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Bio Piscinas, Lda Piscinas biológicas de uso público

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Academic year: 2021

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Bio Piscinas, Lda. 2014

Piscinas biológicas

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Uma piscina biológica é um lago artificial de banho, com tratamento biológico. É composto por uma zona destinada a banhos e outras destinadas à depuração da água, por processos biológicos e mecânicos, ou seja, trabalha com um sistema natural de depuração de água. A visão de uma água balnear naturalizada, sem quaisquer aditivos químicos, torna-se uma realidade com as piscinas biológicas.

Considera-se que uma piscina biológica é um ecossistema artificial, em que a água é tratada graças às espécies nela instaladas. Neste ecossistema está presente uma complexa comunidade de espécies aquáticas, capaz de proceder à purificação da água através de serviços ecossistémicos. A piscina biológica permite tomar banho numa água naturalizada, com qualidade balnear, límpida e transparente. Uma água que não é prejudicial para a saúde humana nem para o meio ambiente, uma vez que estas piscinas produzem água de qualidade balnear, através de processos naturais. Não é necessário usar nenhum aditivo químico, nem sal, nem cloro.

Uma piscina biológica é obrigatoriamente impermeabilizada contra o subsolo, na grande maioria dos casos com uma tela plástica de alta qualidade.

As plantas, numa piscina biológica, desempenham três funções importantes: a oxigenação da água, a assimilação de nutrientes e o ensombramento da superfície da água. Através da bioatividade das plantas a água limpa, transparente e com

qualidade balnear é, por assim dizer, pobre em nutrientes e rica em oxigénio. Oferece, então, uma função anti-séptica relativamente a organismos nocivos à saúde humana. O zooplâncton (seres vivos microscópicos) presente na água remove as bactérias e as algas em excesso, acabando por constituir um filtro vivo e permanente da água deste sistema balnear e sem exigir a presença de qualquer equipamento técnico. Pode-se dizer que, a própria água da piscina biológica está "equipada" com um filtro "vivo", no qual se pode tomar banho. A fonte de energia do plâncton é o oxigénio produzido pela bioatividade das plantas aquáticas.

Por vezes, as piscinas biológicas têm ainda filtros externos que retiram as partículas suspensas na água. Neste filtro vive uma comunidade de outros micro-organismos, que garante a decomposição das impurezas filtradas até a sua mineralização. Para uma piscina biológica de uso público não é aplicável a Diretiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Fevereiro de 2006, relativa à gestão da qualidade das águas balneares (como é o caso nas praias fluviais, por exemplo). Esta diretiva, não é aplicável "às massas de água confinadas criadas artificialmente e separadas das águas de superfície e das águas subterrâneas".

Também não é aplicável, em grande parte, a diretiva CNQ N.º 23/93 relativa à qualidade nas piscinas de uso público, sobretudo no que respeita ao sistema de tratamento.

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Directrizes

Esta situação, de uma certa ausência de base legal, não é uma particularidade de Portugal. A mesma situação existe ou existia na maioria dos países da UE. Existem, entretanto, vários exemplos de como ultrapassar esta situação e já há cerca de 250 piscinas públicas com tratamento biológico, muitas delas com centenas de utentes por dia, em vários países da EU como Alemanha, Áustria, França, Bélgica, Suécia, Polónia, República Checa, Itália e também na Suíça.

Com base numa proposta de diretiva guia, elaborada pela International Organization for natural bathing waters (IOB) (www.iob-ev.eu), foi elaborada uma proposta de regulamento pelo Grupo Ibérico de Aguas de Baño Naturalizadas (GIABN) (www.giabn.org), ver anexo.

Em Portugal já existe um diálogo, entre

representantes do GIABN e de uma Administração Regional de Saúde (ARS), sobre esta proposta de "Diretrizes para instalações de banho com

tratamento biológico". Este diálogo, acompanhado por uma campanha exaustiva de análises das águas balneares de piscinas biológicas de uso turístico, pode culminar numa proposta para um regulamento de piscinas com tratamento biológico e de uso público, em Portugal.

Uma piscina biológica de uso público segue as regras internacionais para piscinas de uso público, com tratamento biológico (www.iob-ev.eu) e deve ser concebida por um especialista credenciado na área, que partilha a responsabilidade de garantir

qualidade de água balnear, com a entidade promotora da piscina biológica pública. Projetar uma piscina biológica é uma tarefa complexa e exigente. Compor uma "fatia da natureza" e instalar os respectivos processos de auto-depuração da água, é a tarefa de uma equipa experiente, capaz de unir várias disciplinas das ciências naturais, como a ecologia e a limnologia (biologia da água doce), com os do planeamento (arquitectura paisagista).

A arquitectura e o design de uma piscina biológica podem variar muito, desde o aspecto de um lago com uma cintura de plantas e com nenúfares, até a uma piscina com tratamento biológico sem plantas. Tudo é possível. A configuração de cada projecto depende dos desejos do cliente, da lotação máxima prevista e das condicionantes do local de implantação. Como resultado, cada piscina biológica é desenhada de forma a inserir-se, em perfeita harmonia, com o local onde será construída.

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Para decidir sobre a construção, ou não, de uma piscina biológica pública, torna-se necessário proceder a uma prévia análise exaustiva das condicionantes - designada por Estudo de Viabilidade. Este estudo serve para verificar a possibilidade de executar um projeto, em particular, quando existe alguma incerteza referente às condicionantes relacionadas com o mesmo.

Na fase inicial, o Estudo de Viabilidade procura definir claramente os critérios e as prioridades da implementação de uma piscina biológica. Este trabalho permite explicar de um modo simples e intuitivo as vantagens e desvantagens da realização do projeto, através de uma adequada ponderação. O Estudo analisa os "prós e contras" relacionados com a construção de um lago balnear, apresentando também diferentes soluções técnicas para a sua execução. São avaliados os recursos técnicos e financeiros necessários. E será apresentada ainda, uma primeira calendarização da realização da piscina biológica.

Na sua essência, um estudo de viabilidade tem em conta a viabilidade económica (por exemplo, os custos de construção, os custos operacionais), a viabilidade técnica (nível freático das águas subterrâneas, a construção das instalações de apoio e infra-estrutura). Mais os recursos e as estruturas existentes a aproveitar (instalações de apoio eventualmente existentes) e a organização e gestão (nadador-salvador, etc.).

Caso, nesta análise, não existam resultados que inviabilizem a construção, isto é, se o estudo de viabilidade for positivo, pode-se então iniciar a fase de planeamento da piscina biológica pública.

Viabilidade

Revista: Stadt + Grün 1/2003 (ISSN 0948-9770), pág. 29-31

Biológica ou convencional?

Comparação – exemplo com custos reais da piscina da cidade de Kirchdorf, Alemanha

Variante piscina de tratamento

biológico mil € Variante de piscina convencional mil €

Modelação da forma da piscina,

impermeabilização, substratos 130 Bacia 1.500

Bacia

Demolições 10 Reconstruções 100

Tubagem 36 Tubagem 60

Bombas 12 Bombas 25

Instalações electricas 15 Instalações electricas 20

Iluminação 9 Iluminação 9

Bacia para crianças mais pequenas 20 Bacia para crianças mais pequenas 0

Casa das máquinas 10 Casa das máquinas 40

Paisagismo 30 Paisagismo 30

Passadiço e ponte em madeira 48 Passadiço e ponte em madeira 48

Área de jogos desportivos 12 Área de jogos desportivos 12

Área de jogos com água 10 Área de jogos com água 10

Área envol-vente

Campo de beach volley 2,5 Campo de beach volley 2,5

Custos de construção auxiliares 100 0

Equipamentos de limpeza 5 Equipamentos de limpeza 12

Filtro biológico emerso 16 Equipamento de dosagem de cloro 15

Filtro biológico submerso 10 Filtro de areia 150

Trata-mento de água

Tratamento da água de enchimento 12 Tratamento da água de enchimento 0

Total 487,5 Total 2.033,5

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Os custos anuais, de funcionamento de uma piscina de tratamento biológico, representam apenas cerca de 60% a 70% dos custos de funcionamento de uma piscina convencional de tamanho equiparado. No exemplo seguinte apresentam-se os custos de operação de uma piscina pública de tratamento biológico, em comparação com os de uma piscina pública convencional, ambas com uma lotação diária de 300 banhistas. Os custos com pessoal são incluídos no trabalho relacionado com a manutenção contínua, durante o período de utilização da piscina e ainda as horas de trabalho

Quadro de comparação de custos

Dados da instalação Piscina de tratamento biológico

Piscina convencional Lotação 300 banhistas 300 banhistas Área da zona de natação 300 m2 300 m2 Área da zona de regeneração e filtro de plantas 200 m2 - Área total de água 500 m2 300 m2 Custos (€)

Consumo de produtos químicos (cloro, fungicidas) 0,- 1.950,- Esgotos p/ água da piscina 0,- 2.800,- Consumo de água 3.500,- 2.800,- Consumo de energia 2.450,- 6.400,- Pessoal e os custos de manutenção

(manutenção de instalações) 13.500,- 15.800,- Manutenção

(prédios, máquinas, equipamentos etc.) 1.700,- 1.700,- Administração (telefone, seguro, lixo, esgotos) 1.100,- 1.100,- Análises de água 1.160,- 480,- Total de custos operacionais 23.410,- 31.030,-

Fonte: http://www.wasserwerkstatt.com

realizadas anualmente (trabalhos de pré-temporada e de final de pré-temporada).

Este exemplo, que se refere a uma época balnear na Alemanha, é apresentado por uma empresa projetista congénere, que já elaborou dezenas de projectos de piscinas públicas de tratamento biológico na Alemanha, Suíça e Itália. Esta tabela poderá ser especialmente interessante para os proprietários de empreendimentos turísticos no nosso país, uma vez que esta comparação também é válida para instalações destinadas a 100 ou menos banhistas.

Financiamento

No anterior QREN, as piscinas biológicas eram projetos apoiados e financiados em 60% integradas na rúbrica de Conservação e Valorização do Patri-mónio Rural, do PRODER. Por exemplo o

Subprograma 3 - "Dinamização das Zonas Rurais" do PRODER, integrava a Medida nº 3.3

-"Implementação de Estratégias Locais de Desenvol-vimento". De uma forma, mais ou menos seme-lhante, serão disponibilizadas novas linhas de financiamento no novo quadro QREN.

Além disto, surgirão outras oportunidades noutros programas de apoio comunitário, como o HORI-ZONTE 2020, um programa de apoio à investiga-ção, mas com programas estruturados de forma a fomentar a interação entre os polos científicos, empresas e entidades públicas (um exemplo: http://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/ en/h2020-section/climate-action-environment-resource-efficiency-and-raw-materials). Mais oportunidades de co-financiar projetos de piscinas biológicas, oferece o novo programa SUDOE (Interreg IV B). O programa de cooperação territorial do espaço Sudoeste Europeu (SUDOE) apoia o desenvolvimento regional, através do co-financiamento de projetos transnacionais por intermédio do FEDER (Fundo Europeu de Desenvol-vimento Regional). Isto é, o interesse mútuo na construção de piscinas biológicas de ambos os lados da fronteira podia gerir uma fonte de financi-amentos, ainda pouco explorados. Uma vez reunido e definido em candidatura, entre os parceiros na Península Ibérica e Sudoeste da França, vão surgir

novas formas de cooperação e de ir a banhos. Todas as fotos nesta brochura mostram a piscina biológica do P

arque biológico de V

inhais (CM de V

inhais). O projecto foi

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Licenciamento

Caso esteja interessado em saber mais ou em iniciar um estudo de viabilidade, não hesite em contactar os especialistas da Bio Piscinas, Lda. 1. Uma entidade (município, associação etc.) adjudica a um técnico credenciado na área (com projectos de referência já construídos) um projeto de uma piscina pública de tratamento biológico. O projeto fornece uma descrição pormenorizada da piscina, dos processos de funcionamento e do sistema de tratamento biológico da água. 2. A elaboração do projeto segue os princípios de regulamentos aplicáveis, incluindo as diretrizes do GIABN (independente se elas já se tornaram documentos legais ou não). Um plano de gestão da piscina e um plano de manutenção da piscina fazem, ainda, parte do projeto.

3. A entidade licenciadora (p.e. com competências na área de planeamento do território, saúde etc.) inclui na licença de utilização da instalação: - O projeto elaborado,

- Os respetivos regulamentos aplicáveis,

- As diretrizes do GIABN (independente se elas já se tornaram documentos legais ou não),

- O plano de gestão da piscina e, - O plano de manutenção da piscina. 4. A entidade gestora da piscina fica assim obrigado a respeitar e seguir o projeto, o plano de gestão da piscina e o plano de manutenção da piscina.

5. Recomenda-se que os três parceiros responsáveis pelo projeto (autor do projeto, entidade adjudicadora e autoridades de licenciamento) acordem um esquema

pormenorizado sobre o tipo, os parâmetros e a periodicidade das análises de qualidade de água a concretizar e adaptar as especificações indicadas nas diretrizes do GIABN, para cada projeto. 6. É ainda recomendável prever um sistema de monitorização e documentação que, não só abrange os parâmetros da qualidade de água, mas também dados sobre o tempo, o funcionamento e o número de visitantes por dia.

Contacto: Bio Piscinas, Lda.

Claudia Schwarzer, Arquitecta paisagista Udo Schwarzer, Biólogo

Apartado 1020 8671-909 Aljezur www.biopiscinas.pt Tel. 282 97 33 63

Claudia Schwarzer e Udo Schwarzer são os sócio-gerentes da Bio Piscinas, Lda. Desde 1995 o casal projetista elabora projetos de piscinas biológicas® em Portugal. Piscinas biológicas® é uma marca registada da Bio Piscinas, Lda.

Referências

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