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Se o Recife fosse meu eu mandava ladrilhar, com pedrinhas diamante para TODOS MARACATUS PASSEAREM.

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Academic year: 2021

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Walter Ferreira de França Filho

Inventário Sonoro / INRC – IPHAN / FUNDARPE / LAHOI - UFPE

“Se o Recife fosse meu eu

mandava ladrilhar, com

pedrinhas diamante para

TODOS MARACATUS

PASSEAREM”.

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INTRODUÇÃO

Os Maracatus Nação do Recife podem ser considerados na atualidade como a principal atração do carnaval do Recife. Possuem maior visibilidade e valoração no tempo presente, talvez pelo novo tipo estilístico de se fazer Maracatu Nação na atualidade com destaque na cena cultural local e internacional. Seus mestres são ambicionados para ministrarem oficinas realizadas até no exterior em grupos percussivos / estilizados. Seu batucar com elementos inovadores tais como o “baque”, mais acelerados ou lentos, com breques, e a não menos importante melodia, criam ao mesmo tempo os sotaques nas nações para se diferenciarem. Esta apresentação discute dentre outras a relação cultural “tradicional” construídas pelo modo inovador com que os grupos, ‘reinventam’ tradições e/ou as transformam como meio estratégico que fazem, ou se inserem nas diversas táticas para sua promoção.

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Sobre o autor

Desde os oito anos de idade tenho participado de grupos culturais do ciclo carnavalesco recifense, a maior parte dele, nos maracatus nação, sobre os quais me atrevo a dizer que tenho um olhar diferenciado, tanto de ‘nativo’ quanto ‘acadêmico’, pela experiência vivida. Desde a graduação em história venho me debruçando sobre a temática da história dos maracatus nação, e pesquisado e participado de grupos de pesquisa no Recife sobre ‘’AS

PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES DO MARACATU NAÇÃO DE PE’’. Sou ainda

integrante da Nação Estrela Brilhante do Recife, um grupo NAÇÃO datado de 1906 que desde o ano de 1993 foi reativado ao ciclo carnavalesco da cidade do Recife sob a presidência de Lourenço Lira Molla e posteriormente desde 1994/95 com D. Marivalda até o presente.

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Walter Ferreira de França Filho

Durante os anos de 2010/2011 compus a equipe de pesquisa do INVENTÁRIO SONORO DOS

MARACATUS NAÇÃO DE PERNAMBUCO, financiado pelo FUNCULTURA e desenvolvido no LABORATÓRIO DE HISTÓRIA ORAL E DA IMAGEM DA UFPE, o qual teve objetivo de registrar através de

gravação em estúdio móvel a música de dezenove maracatus nação em Pernambuco, demonstrando a

polissemia rítmica existente nos maracatus nação na atualidade. É importante destacar, que através

deste projeto, mesmo se tratando de uma coletânea alguns grupos pela primeira vez, tiveram a oportunidade de gravar um CD. O LAHOI-UFPE deve ser destacado pela atuação dentro da cultura imaterial da cidade, além de um largo acervo sobre a cultura afro-descendente no Recife.

Posteriormente como pesquisador no INVENTARIO NACIONAL DE REFERÊNCIAS CULTURAIS DO

MARACATU NAÇÃO DE PERNAMBUCO - INRC - em conjunto com a FUNDARPE, IPHAN e LAHOI-UFPE,

catalogamos os maracatus existentes na contemporaneidade, suas historias, sedes, seus mestres, o modo de fazer de cada um, com o intuito de apresentar elementos para o inventário cultural que subsidiará o pedido de patrimônio imaterial aos MARACATUS NAÇÃO DE PERNAMBUCO, sob a coordenação dos professores Dr.ª Isabel Cristina Martins Guillen e Dr. Ivaldo Marciano de França Lima dois autores de referência sobre o assunto.

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Durante os anos de 2010/2011 compus a equipe de pesquisa do

Inventário Sonoro Dos Maracatus Nação, financiado pelo

FUNCULTURA e desenvolvido no Laboratório de História Oral e da

Imagem da UFPE, o qual teve objetivo de registrar através de gravação

em estúdio móvel a música de dezenove maracatus nação em Pernambuco, demonstrando a polissemia rítmica existente nos maracatus nação na atualidade.

É importante destacar, que através deste projeto, mesmo se tratando de uma coletânea alguns grupos pela primeira vez, tiveram a oportunidade de gravar um CD. O LAHOI-UFPE deve ser destacado pela atuação dentro da cultura imaterial da cidade, além de um largo acervo sobre a cultura afro-descendente no Recife. Sobre o qual pontuarei a sua importância na metodologia.

Posteriormente como pesquisador no Inventario Nacional de

Referências Culturais do Maracatu Nação de Pernambuco - INRC - em

conjunto com a FUNDARPE, IPHAN e LAHOI-UFPE, catalogamos os maracatus existentes na contemporaneidade, suas historias, sedes, seus mestres, o modo de fazer de cada um, com o intuito de apresentar elementos para o inventário cultural que subsidiará o pedido de patrimônio imaterial aos maracatus Nação de Pernambuco, sob a coordenação dos professores Dr.ª Isabel Cristina Martins Guillen e Dr. Ivaldo Marciano de França Lima dois autores referencia no assunto.

Para o inventário sonoro foi necessário usar um critério, este pelos maracatus filiados a AMANPE. Quanto ao inventário Nacional (INRC) foi preciso entrevistar não só os grupos tradicionais, novos, desativados e extintos, mas os percussivos também.

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O CONJUNTO COM A AMANPE

- O que é a AMANPE para que ela foi fundada?

- Existe principalmente para atuar junto as autoridades publicas no que tange a valorização de TODOS os MARACATUS NAÇÃO sem distinção. - A escolha da equipe de pesquisadores.

O pedido da associação: “respeito da pesquisa e que tivesse os

maracatus representados”

A escolha e Critério.

- OS PESQUISADORES: Pessoas que trabalham com os maracatus, sejam na parte acadêmica e vivência.

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O INVENTÁRIO SONORO DOS

MARACATUS NAÇÃO

Qual a intenção de se propor um inventário?

• Qual o principal objetivo dele: Demonstrar a polissemia rítmica existente na atualidade em meio a tantas ressignificações e representações.

• Discutir Verdade ou verdades?

• O que representou/ qual o marco: Muitos maracatus nação tiveram a oportunidade de gravar um cd.

- Existem tentativas de exclusão por determinados grupos em detrimento de outros. Os menores precisam de visibilidade para serem maiores e bonitos. -Destacar a polissemia rítmica existente nos maracatus.

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O INVENTÁRIO NACIONAL DE

REFERENCIAS CULTURAIS – INRC - OS

MARACATUS NAÇÃO DE PERNAMBUCO

• O PROCESSO: Os objetivos da pesquisa.

Propor a patrimonialização dos MARACATUS NAÇÃO de

PE

• CATALOGAÇÃO:

das representações existentes no Maracatu Nação

• O que representou para os maracatus?

• O problema da salva guarda a redação do dossiê de

salvaguarda

• Tradições em choque: Gênese pode se falar?; Legitimidade: mitos fundadores; Discursos legitimadores: através da religião dos Orixás – existe muito de jurema, construções ideológicas do que é maracatu fora de Pernambuco; Tradições e traduções do maracatu nação; Verdades construídas ao longo dos tempos – muitos deles são centenários - falamos em TRADIÇÃO ou TRADIÇÕES ? VERDADE OU VERDADES?

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As discussões

• O Produto da pesquisa ‘’INVENTÁRIO’’ foi um CD - coletânea - onde se encontram 19

maracatus. dispostos em ordem alfabética.

• O Produto da pesquisa ‘’INRC’’ é a PROPOSTA de PATRIMÔNIO IMATERIAL • Presidindo a redação da comissão de proposta de salvaguarda:

- “Existem tentativas de exclusão por determinados grupos em detrimento de outros”. • Qual o ressentimento dos grupos ‘de menor expressão’:

- Pouca visibilidade / Falta de respeito - Muitos maracatus tiveram a oportunidade de gravar - pela primeira vez – e participar de um CD.

- Se sentem deslegitimados por discursos proferidos fora de Pernambuco – proibição de visitas aos grupos existentes. “O meu maracatu é legítimo” Pressupõem que os demais, em comparação com aqueles não são.

- O caso dos patrimônios vivos de Pernambuco Estrela Brilhante de Igarassu e Leão Coroado

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POR EXEMPLO, OUTROS MARACATUS

• Rosa vermelha

• Lira do morro da conceição • Tigre

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