Disciplina de Filosofia – Prof. Me. Marcos Crepaldi Criciúma, Maio de 2014. 1
Temas:
Consumismo
Homossexualismo (família, adoção, preconceito, amor) Prostituição
Protestos / Manifestações (vandalismo, direitos) Tecnologia (privacidade, benefícios, redes sociais)
Violência
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FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO – LEGISLAÇÃO NACIONAL
Em 2008, a Lei n. 11.684/08 alterou as diretrizes e bases da educação nacional e incluiu a Filosofia como disciplina obrigatória em todos os currículos do ensino médio. A referida Lei orienta para que a Filosofia esteja presente em todas as séries do ensino médio.
A Resolução CEB n. 3 (1998), que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio orienta:
Art. 4º As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, previstas pelas finalidades do ensino médio estabelecidas pela lei:
I - desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo, da autonomia intelectual e do pensamento crítico, de modo a ser capaz de prosseguir os estudos e de adaptar-se com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento; II - constituição de significados socialmente construídos e reconhecidos como verdadeiros sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política [...] (Grifo do autor).
A mesma Resolução, ao tratar da organização das áreas de conhecimentos determina:
Art. 10 A base nacional comum dos currículos do ensino médio será organizada em áreas de conhecimento, a saber: [...]
III - Ciências Humanas e suas Tecnologias, objetivando a constituição de competências e habilidades que permitam ao educando: [...]
§ 2º As propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar tratamento interdisciplinar e contextualizado para:
a) Educação Física e Arte, como componentes curriculares obrigatórios;
b) Conhecimentos de filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania.
Disciplina de Filosofia – Prof. Me. Marcos Crepaldi Criciúma, Maio de 2014. 3 Ainda a Resolução CEB n. 3 (1998) exige que as escolas de Ensino Médio, ao organizar os currículos devem:
Art. 5º [...]
I - ter presente que os conteúdos curriculares não são fins em si mesmos, mas meios básicos para constituir competências cognitivas ou sociais, priorizando-as sobre as informações;
II - ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos e competências;
III - adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras competências cognitivas superiores [...]. (Grifo do autor).
Já em 1996, a Lei n. 9.294/96 regulamenta que o ensino médio deve garantir ao aluno o domínio de conhecimentos filosóficos indispensáveis para o exercício da cidadania.
FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO – LEGISLAÇÃO ESTADUAL
A Resolução CEE/SC n. 17 (1999), ao estabelecer a concepção filosófico-pedagógica para as escolas estaduais, afirma:
Art. 2º A formulação e opção por uma concepção filosófica deverá estar embasada e substanciada em experiências práticas, produzidas a partir de sólidas concepções doutrinárias e fundamentadas nos princípios de socialização do saber e solidariedade humana.
Em consonância com a legislação federal, o Estado de Santa Catarina fixou normas complementares para o ensino médio estadual na Resolução n. 157/2008. Essa resolução tornou obrigatória a oferta da disciplina de Filosofia em todos os currículos de ensino médio em Santa Catarina a partir do ano letivo de 2009.
Disciplina de Filosofia – Prof. Me. Marcos Crepaldi Criciúma, Maio de 2014. 4 A Comissão de Educação Básica em seu Parecer 390/2008 aprovou a Minuta da Resolução acima mencionada.
JUSTIFICATIVA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) faram elaborados para auxiliar a comunidade escolar na realização das atividades de ensino-aprendizagem diárias. Servem de apoio para a reflexão sobre os conteúdos, planejamento das aulas e desenvolvimento do currículo escolar (MEC, 2013).
O PCN+ Ensino Médio (2013) evidencia artigos da Lei de Diretrizes e Bases (LEI n. 9394/1996):
a) a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, com fins a cidadania e sua qualificação para o trabalho;
b) os conteúdos da educação básica têm como diretrizes a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática;
c) o ensino médio deve aprimorar o aluno como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico.
Ao reconhecer a contribuição da Filosofia, o PCN+ Ensino Médio (2013) destaca:
abre o espaço por excelência para tematizar e explicitar os conceitos que permeiam todas as outras disciplinas, e o faz de forma radical, ou seja, buscando suas raízes ou fundamentos e pressupostos;
Disciplina de Filosofia – Prof. Me. Marcos Crepaldi Criciúma, Maio de 2014. 5 discute os fins últimos da razão humana e os fins a que se
orientam todas as formas de ação humanas, e sob esse aspecto, levanta a questão dos valores;
examina os problemas sob a perspectiva de conjunto – enquanto as ciências particulares abordam “recortes” da realidade – o que permite à Filosofia elaborar uma visão globalizante, interdisciplinar e mesmo transdisciplinar (metadisciplinar);
não trata de um objeto específico, como nas ciências, porque nada escapa ao seu interesse, ocupando-se de tudo (Grifo do autor).
O referido PCN+ Ensino Médio (2013) traz as competências específicas da Filosofia:
a) ler textos filosóficos de modo significativo;
b) elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
c) debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes;
d) articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos de modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais;
e) contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
Posto os fundamentos legais nacionais e estaduais que norteiam o ensino de Filosofia no ensino médio, as diretrizes dos parâmetros nacionais voltados à educação, justifica-se a realização do 2º Fórum Filosófico de Argumentação.
Disciplina de Filosofia – Prof. Me. Marcos Crepaldi Criciúma, Maio de 2014. 6 positivo da avaliação efetuada pelos participantes do 1º Fórum Filosófico de Argumentação, ocorrido em Setembro de 2013, conforme relatório que se encontra nos arquivos da Unidade Escolar.
OBJETIVO GERAL
Exercitar a competência da construção de argumentos que sustentam posicionamentos pessoais acerca de assuntos relacionados à vida humana, à vida social e às convicções individuais.
HABILIDADES
As atividades do Fórum buscam auxiliar o desenvolvimento das seguintes habilidades:
a) pensar criticamente;
b) expressar opiniões a partir da construção de argumentos;
c) desenvolver respeito pelo posicionamento diverso;
d) interpretar realidades;
e) agir político e moralmente em debates;
f) utilizar adequadamente as formas de linguagem;
g) demonstrar visão racional e sistêmica dos assuntos discutidos;
h) reconhecer princípios e regras de convivência social;
i) construir valores orientados para a cidadania.
PARTICIPANTES
Poderão participar do 2º Fórum Filosófico de Argumentação todos os alunos regularmente matriculados nas turmas do 3º Ano do Ensino Médio (Período Matutino), professores, equipe técnica e equipe diretiva da EEB Maria José Hülse Peixoto.
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Todos os interessados deverão efetuar pré-inscrição até dia 09 de Maio de 2014, conforme procedimentos informados oportunamente. ORGANIZAÇÃO DO FÓRUM
O Fórum Filosófico é uma atividade diretamente relacionada à disciplina de Filosofia. Será organizado e conduzido pelo professor da disciplina. Ocorrerá no dia 16 de Maio de 2014, nas dependências da EEB Maria José Hülse Peixoto, no período das 8h às 11h45m.
Os temas selecionados para o debate são: Consumismo, Homossexualismo (família, adoção, preconceito, amor), Prostituição, Protestos / Manifestações (vandalismo, direitos), Tecnologia (privacidade, benefícios, redes sociais) e Violência.
Não haverá formação de equipes. O direito de manifestação de argumentos, com a exposição verbal de opiniões detalhadas que sustentam posições diversas frente aos temas abordados, será garantido.
Incentivar-se-á o direito à defesa de opiniões divergentes, assegurando-se a liberdade e o respeito às diferenças de posicionamento.
As discussões serão iniciadas por conceituação, vídeo ilustrativo, apresentação de cenário ou por dinâmica. A condução dos trabalhos será feita por um Professor Mediador. Este será responsável pela condução das discussões e poderá intervir a qualquer momento, visando garantir o respeito mútuo, a correção de equívocos conceituais e a observância do tempo estabelecido.
As aulas regulares das turmas participantes na data do Fórum (excetuando-se a disciplina de Filosofia) serão compensadas em outra data.
ATRIBUICOES DO PROFESSOR MEDIADOR
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a) organizar o ambiente em que se realizará o Fórum de modo que seja facilitada a exposição de posicionamentos;
b) solicitar a instalação de todos os equipamentos tecnológicos necessários;
c) selecionar e apresentar os conceitos, vídeos ilustrativos, cenários ou aplicar dinâmicas introdutória aos temas selecionados;
d) incentivar a participação de todos;
e) garantir o respeito mútuo;
f) garantir o direito de exposição de argumentos;
g) organizar e controlar o tempo destinado aos temas.
DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO
Aos alunos e demais integrantes da Unidade Escolar participantes do 2º Fórum Filosófico de Argumentação será conferida Declaração de Participação.
A Declaração será emitida pela Unidade Escolar em conjunto com o Professor Mediador. Nela constarão os dados do Fórum, os temas debatidos e o número de horas (4 horas-aula).
As Declarações serão entregues posteriormente, mediante assinatura do participante na Secretaria da Unidade Escolar.
DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES
As atividades do 2º Fórum Filosófico de Argumentação serão distribuídas conforme quadro a seguir:
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Horário Descrição das Atividades
7:45 – 8:00 Recepção dos participantes e Credenciamento (registro de participação e entrega de crachás).
8:00 – 8:15
Abertura oficial do Fórum (execução do Hino Nacional e pronunciamento da Direção da Escola e do Organizador do Evento). 8:15 – 8:45 Tema 1: Consumismo Introdução: 10m Debate: 20m 8:45 – 9:15
Tema 2: Homossexualismo (família, adoção, preconceito, amor) Introdução: 10m Debate: 20m 9:15 – 9:45 Tema 3: Prostituição Introdução: 10m Debate: 20m 9:45 – 10:00 Intervalo. 10:00 – 10:30
Tema 4: Protestos / Manifestações (vandalismo, direitos)
Introdução: 10m Debate: 20m 10:30 – 11:00
Tema 5: Tecnologia (privacidade, benefícios, redes sociais) Introdução: 10m Debate: 20m 11:00 – 11:30 Tema 6: Violência Introdução: 10m Debate: 20m 11:30 – 11:40 Avaliação do evento.
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Criciúma, Maio de 2014. 10 Sabendo-se que o tempo disponibilizado para discussões tem finalidade puramente organizacional, havendo necessidade serão realizadas adaptações.
AVALIAÇÃO DO EVENTO
Ao final das atividades todos os participantes serão convidados a participar da avaliação o Fórum. Os critérios investigados abrangem os temas, a estrutura física, a condução das atividades e o desempenho global do evento.
Mais especificamente, a avaliação realiza-se com a investigação dos seguintes critérios:
Temas estudados
Distribuição do tempo para discussão
Condução das atividades pelo Professor Moderador
Qualidade do debate produzido pelos participantes
Contribuição das discussões para sua vida Espaço físico
Recursos tecnológicos utilizados Avaliação global do Fórum
Os participantes serão incentivados a avaliar o evento sem que haja a identificação pessoal, para garantir a qualidade da avaliação.
Os resultados serão analisados e definirão a possibilidade da realização do 3º Fórum Filosófico de Argumentação no próximo ano.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica.
Resolução CEB n. 3, de 26 de junho de 1998. Institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
BRASIL. Lei n. 11.684 de 02 de junho de 2008. Altera o art. 36 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio.
BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de q996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM). 2013.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content &view=article&id=12598%3Apublicacoes&Itemid=859>. Acesso em: 24 ago. 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. PCN+
Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parêmetros
Curriculares Nacionais – Ciências Humanas e suas Tecnologias. 2013. SANTA CATARINA. Conselho Estadual de Educação. Parecer n. 390 de 25 de novembro de 2008. Proposição de estudos e normas complementares que trata de oferta das disciplinas de Filosofia e de Sociologia, a luz da Lei Federal n. 11.684/2008 e da Lei Complementar n. 173/98.
SANTA CATARINA. Conselho Estadual de educação. Resolução n. 157 de 25 de novembro de 2008. Fixa normas complementares para o Sistema Estadual de Ensino, relacionadas a oferta obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia, no Ensino Médio das escolas públicas e privadas,
Disciplina de Filosofia – Prof. Me. Marcos Crepaldi
Criciúma, Maio de 2014. 12 vinculadas ao Sistema Estadual de Ensino, de Santa Catarina, com fundamento na Lei Complementar n. 173/1998 e Lei Federal n. 11.684/2008.
SANTA CATARINA. Conselho Estatual de Educação. Resolução CEE/SC n.
17, de 13 de abril de 1999. Estabelece diretrizes para a elaboração do
projeto político-pedagógico das Escolas de Educação Básica e Profissional integrantes do Sistema Estadual de Educação de Santa Catarina.
