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ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO FINAL DE LITERATURA

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Academic year: 2021

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ROTEIRO​ ​DE​ ​RECUPERAÇÃO​ ​FINAL​ ​DE​ ​LITERATURA​ ​-​ ​2017 Nome:​ ​__________________________​ ​Nº____​ ​3ª​ ​Série​ ​_______ Professor​ ​:​ ​Fernando Nota:​ ​​ ​______​ ​​ ​(Valor:​ ​2,0) I​ ​–​ ​Introdução Caro aluno,

Neste ano, você obteve média ​inferior a 6,0 e, portanto, não assimilou completamente os conteúdos necessários. É chegado o momento de retomar os​ ​assuntos​ ​estudados​ ​para​ ​complementar​ ​seus​ ​conhecimentos.

O presente roteiro tem por objetivo auxiliar a organização de seus estudos, para que os assuntos fundamentais discutidos neste ano sejam efetivamente assimilados. Para tanto, você fará um trabalho que visa ao resgate de informações fundamentais para a sequência de seus estudos em Literatura.

II​ ​-​ ​Procedimento​ ​de​ ​estudo

Leia suas anotações de aula, ​faça resumos dos capítulos do livro

didático e resolva as ​listas de exercícios (disponíveis no ​Classroom​) referentes às obras de Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Machado de Assis, Helena Morley, Pepetela, Graciliano Ramos, José de Alencar, Aluísio Azevedo e Eça de Queirós. É possível ainda consultar o

material​ ​de​ ​revisão​ ​do​ ​Poliedro.

É fundamental ​a releitura de ​Iracema​, de José de Alencar, ​A cidade

e as Serras, ​de Eça de Queirós, ​Minha Vida de Menina​, de Helena Morley, O Cortiço​, de Aluísio Azevedo, ​Claro Enigma​, de Carlos Drummond de

Andrade, ​Mayombe​, de Pepetela, ​Sagarana​, de João Guimarães Rosa, e

Memórias Póstumas de Brás Cubas​, de Machado de Assis, ​que estudamos

neste ano, observando as análises realizadas em sala de aula​, sobretudo, ​a

partir das listas de exercícios. Importantes também são as relações entre os livros estudados da lista Fuvest / Unicamp, tão enfatizadas neste ano e no​ ​decorrer​ ​de​ ​todo​ ​o​ ​Ensino​ ​Médio.

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Releia ​suas anotações das aulas e as obras analisadas ao longo do ano. Além disso, ​sugerimos que estude ​por meio das provas mensais e bimestrais e também faça ​resumos dos seguintes capítulos do livro

didático ​(​Literatura: tempos, leitores e leituras​. Maria Luiza M. Abaurre e Marcela​ ​Pontara):

● Romantismo;

● Realismo​ ​​ ​em​ ​Portugal; ● Realismo​ ​no​ ​Brasil;

● Primeira,​ ​segunda​ ​e​ ​terceira​ ​gerações​ ​modernistas​ ​no​ ​Brasil.

Atenção: não será necessário entregar os resumos, trata-se de uma sugestão

para​ ​seus​ ​estudos.

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III​ ​-​ ​Trabalho

Texto​ ​para​ ​a​ ​questão​ ​01.

Tirei a carteira, escolhi uma nota de cinco mil-réis, – a menos limpa, – e dei-lha [a Quincas Borba]. Ele recebeu-ma com os olhos cintilantes de cobiça. Levantou​ ​a​ ​nota​ ​ao​ ​ar,​ ​e​ ​agitou-a​ ​entusiasmado.

​ ​In​ ​hoc​ ​signo​ ​vinces!*​ ​bradou.

E depois beijou-a, com muitos ademanes de ternura, e tão ruidosa expansão, que me produziu um sentimento misto de nojo e lástima. Ele, que era arguto, entendeu-me; ficou sério, grotescamente sério, e pediu-me desculpa da alegria, dizendo que era alegria de pobre que não via, desde muitos​ ​anos,​ ​uma​ ​nota​ ​de​ ​cinco​ ​mil-réis.

​ ​Pois​ ​está​ ​em​ ​suas​ ​mãos​ ​ver​ ​outras​ ​muitas,​ ​disse​ ​eu. ​ ​Sim?​ ​acudiu​ ​ele,​ ​dando​ ​um​ ​bote​ ​para​ ​mim.

​ ​Trabalhando,​ ​concluí​ ​eu.

*​ ​“​In​ ​hoc​ ​signo​ ​vinces​!”:​ ​citação​ ​em​ ​latim​ ​que​ ​significa​ ​“Com​ ​este​ ​sinal​ ​vencerás”​ ​(frase​ ​que teria​ ​aparecido​ ​no​ ​céu,​ ​junto​ ​de​ ​uma​ ​cruz,​ ​ao​ ​imperador​ ​Constantino,​ ​antes​ ​de​ ​uma​ ​batalha).

(Machado​ ​de​ ​Assis,​ ​​Memórias​ ​póstumas​ ​de​ ​Brás​ ​Cubas​.)

Q 01.

(FUVEST 2013 - adaptada)

No excerto acima, narra-se parte do

encontro de Brás Cubas com Quincas Borba, quando este, reduzido à miséria, mendigava nas ruas do Rio de Janeiro. Tendo em vista a autobiografia de Brás Cubas e as considerações que, ao longo de suas Memórias póstumas, ele tece a respeito do tema do trabalho, comente o conselho que, no excerto, ele dá a Quincas​ ​Borba:​ ​“—​ ​Trabalhando,​ ​concluí​ ​eu”.

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Textos​ ​para​ ​a​ ​questão​ ​02.

Texto​ ​1

​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​AMAR

Que​ ​pode​ ​uma​ ​criatura​ ​senão, entre​ ​criaturas,​ ​amar?

amar​ ​e​ ​esquecer, amar​ ​e​ ​malamar, amar,​ ​desamar,​ ​amar?

sempre,​ ​e​ ​até​ ​de​ ​olhos​ ​vidrados,​ ​amar? Que​ ​pode,​ ​pergunto,​ ​o​ ​ser​ ​amoroso, sozinho,​ ​em​ ​rotação​ ​universal,​ ​senão rodar​ ​também,​ ​e​ ​amar?

amar​ ​o​ ​que​ ​o​ ​mar​ ​traz​ ​à​ ​praia,

o​ ​que​ ​ele​ ​sepulta,​ ​e​ ​o​ ​que,​ ​na​ ​brisa​ ​marinha, é​ ​sal,​ ​ou​ ​precisão​ ​de​ ​amor,​ ​ou​ ​simples​ ​ânsia? Amar​ ​solenemente​ ​as​ ​palmas​ ​do​ ​deserto, o​ ​que​ ​é​ ​entrega​ ​ou​ ​adoração​ ​expectante, e​ ​amar​ ​o​ ​inóspito,​ ​o​ ​áspero,

um​ ​vaso​ ​sem​ ​flor,​ ​um​ ​chão​ ​de​ ​ferro,

e​ ​o​ ​peito​ ​inerte,​ ​e​ ​a​ ​rua​ ​vista​ ​em​ ​sonho,​ ​e​ ​uma​ ​ave​ ​de​ ​rapina. Este​ ​o​ ​nosso​ ​destino:​ ​amor​ ​sem​ ​conta,

distribuído​ ​pelas​ ​coisas​ ​pérfidas​ ​ou​ ​nulas, doação​ ​ilimitada​ ​a​ ​uma​ ​completa​ ​ingratidão, e​ ​na​ ​concha​ ​vazia​ ​do​ ​amor​ ​a​ ​procura​ ​medrosa,

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paciente,​ ​de​ ​mais​ ​e​ ​mais​ ​amor.

Amar​ ​a​ ​nossa​ ​falta​ ​mesma​ ​de​ ​amor,​ ​e​ ​na​ ​secura​ ​nossa amar​ ​a​ ​água​ ​implícita,​ ​e​ ​o​ ​beijo​ ​tácito,​ ​e​ ​a​ ​sede​ ​infinita.

Carlos​ ​Drummond​ ​de​ ​Andrade,​ ​​Claro​ ​Enigma.

Texto​ ​2

​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​FRAGA​ ​E​ ​SOMBRA

A​ ​sombra​ ​azul​ ​da​ ​tarde​ ​nos​ ​confrange. Baixa,​ ​severa,​ ​a​ ​luz​ ​crepuscular. Um​ ​sino​ ​toca,​ ​e​ ​não​ ​saber​ ​quem​ ​tange é​ ​como​ ​se​ ​este​ ​som​ ​nascesse​ ​do​ ​ar. Música​ ​breve,​ ​noite​ ​longa.​ ​O​ ​alfanje que​ ​sono​ ​e​ ​sonho​ ​ceifa​ ​devagar mal​ ​se​ ​desenha,​ ​fino,​ ​ante​ ​a​ ​falange das​ ​nuvens​ ​esquecidas​ ​de​ ​passar. Os​ ​dois​ ​apenas,​ ​entre​ ​céu​ ​e​ ​terra, sentimos​ ​o​ ​espetáculo​ ​do​ ​mundo, feito​ ​de​ ​mar​ ​ausente​ ​e​ ​abstrata​ ​serra. E​ ​calcamos​ ​em​ ​nós,​ ​sob​ ​o​ ​profundo instinto​ ​de​ ​existir,​ ​outra​ ​mais​ ​pura vontade​ ​de​ ​anular​ ​a​ ​criatura.

Carlos​ ​Drummond​ ​de​ ​Andrade,​ ​​Claro​ ​Enigma.

Q. 02.

​Os poemas (textos 1 e 2) encontram-se em “Notícias amorosas”,

segunda parte do livro ​Claro Enigma​, de Carlos Drummond de Andrade. O poeta apresenta, nesse momento da obra, uma contínua visão sobre o ​amor​, ao​ ​longo​ ​de​ ​sete​ ​poemas.

Apoiando-se em sua leitura, faça uma breve comparação entre os textos, explicando a concepção de ​amor ​de acordo com as ideias de ​vazio e de ausência,​​ ​que​ ​atravessam​ ​os​ ​poemas​ ​“Amar”​ ​e​ ​“Fraga​ ​e​ ​sombra”.

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Texto​ ​para​ ​a​ ​questão​ ​03.

Tinha a obrigação de trabalhar para os outros, naturalmente, conhecia do seu lugar. Bem. Nascera com esse destino, ninguém tinha culpa de ele haver nascido com um destino ruim. Que fazer? Podia mudar a sorte? Se lhe dissessem que era possível melhorar de situação, espantar-se-ia. (...) Era a sina. O pai vivera assim, o avô também. E para trás não existia família. Cortar mandacaru, ensebar látegos - aquilo estava no sangue. Conformava-se, não pretendia mais nada. Se lhe dessem o que era dele, estava certo. Não davam. Era um desgraçado, era como um cachorro, só recebia ossos. Por que seria que os homens ricos ainda lhe tomavam uma parte dos ossos? Fazia até nojo pessoas​ ​importantes​ ​se​ ​ocuparem​ ​com​ ​semelhantes​ ​porcarias.

(Graciliano​ ​Ramos,​ ​​Vidas​ ​secas​.)

Q 03.

(UNICAMP 2008 – adaptada) ​O trecho acima é do capítulo “Contas”, da

obra ​Vidas secas​, de Graciliano Ramos. Apoiando-se na referência que Fabiano faz aos “homens ricos”, que visão podemos dizer que ele tem de sua própria​ ​condição?

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Texto​ ​para​ ​a​ ​questão​ ​04.

O casal de pretos, que moravam junto com ele, era quem mandava e desmandava na casa, não trabalhando um nada e vivendo no estadão. Mas, ele, tinham-no visto mourejar até dentro da noite de Deus, quando havia luar claro.

Nos domingos, tinha o seu gosto de tomar descanso: batendo mato, o dia inteiro, sem sossego, sem espingarda nenhuma e nem nenhuma arma para caçar; e, de tardinha, fazendo parte com as velhas corocas que rezavam o terço ou os meses dos santos. Mas fugia às léguas de viola ou sanfona, ou de qualquer​ ​outra​ ​qualidade​ ​de​ ​música​ ​que​ ​escuma​ ​tristezas​ ​no​ ​coração.

(João​ ​Guimarães​ ​Rosa,​ ​"A​ ​hora​ ​e​ ​a​ ​vez​ ​de​ ​Augusto​ ​Matraga",​ ​in: Sagarana​.)

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Q 04.

Comente a passagem do conto “A hora e vez de Augusto Matraga” acima, retomando elementos importantes do enredo e um dos temas cruciais da​ ​obra​ ​​Sagarana​:​ ​a​ ​travessia.

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