CRIPTOGRAFIA
ASSINATURAS DIGITAIS
CERTIFICADOS DIGITAIS
Professor
CRIPTOGRAFIA E DESCRIPTOGRAFIA
Texto Aberto
(PlainText)
Texto Fechado
(Ciphertext)
CRIPTOGRAFIA
DECRIPTOGRAFIA
SISTEMA DE CRIPTOGRAFIA SIMPLES
Caesar Cipher: Shift Cipher
Substituição de letras pelas letras deslocadas de N.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C
Nada de novo
no front.
Qdgd gh qryr
qr iurqw.
N = 3
N = 4
Rehe hi rszs rs
jvstx.
ESPAÇO DAS CHAVES (KEYSPACE)
Uma chave é um valor específico do espaço de chaves (keyspace).
No exemplo anterior:
• Keyspace = 25
• N = 3, é a chave específica.
Algoritmos modernos:
• Chaves binárias: 128, 256, 1024, 2048 bits
Tipos de Criptografia:
• Simétrico: Keyspace 2tamanho da chave
QUEBRA DE CRIPTOGRAFIA
A quebra da criptografia utilizando força bruta é inviável para espaço
de chaves acima de 2128
Exemplo:
• Keyspace = 264
• Computador: Deep Crack
• 90 bilhões de chaves por segundo
• Tempo para encontrar uma chave: 4 dias e meio • Keyspace = 2128
• Computador = 1 trilhão de chaves por segundo • Tempo para testar todas as chaves:
CRIPTOGRAFIA SIMÉTRICA E
ASSIMÉTRICA
Dois sistemas de criptografia são usados atualmente:
• sistemas de chave secreta (secret-key) • Também denominados simétricos
• Trabalha com uma única chave, denominada SECRETA. • sistemas de chave pública (public-key)
• Também denominado assimétrico • Trabalho com um par de chaves
• CHAVE PÚBLICA • CHAVE PRIVADA
CHAVE SECRETA (CRIPTOGRAFIA SIMÉTRICA)
Texto
Simples
(plaintext)
Texto
Codificado
(ciphertext)
Texto
Simples
(plaintext)
Chave Secreta
Algoritmo de
Criptografia
Algoritmo de
Decriptografia
Chave Secreta
=
DES – DATA ENCRYPTION STANDARD
Um dos algoritmo de chave secreta mais difundido é o DES.• Originalmente desenvolvido pela IBM.
• Algoritmo padronizado pela ANSI e adotado pelo governo americano. DES criptografia blocos de 64 bits com chaves de 56 bits.
• DES utiliza técnicas baseadas em permutação sucessiva de bits. O algoritmo é considerado obsoleto:
• 1998:
• DES-cracker da Electronic Frontier Foundation (EFF)
• Custo de US$250.000, quebrou o algoritmo em 2 dias.
• 2008:
• COPACOBANA RIVYERA (128 Spartan-3 5000's),
DES - ESTRUTURA
Uma permutação inicial (IP)
16 rounds de processamento (função de Feistel –F) Uma permutação final (FP)
FUNÇÃO DE FEISTEL
Opera em meio bloco (32 bits) de cada vez. É composto de 4
operações:
• Expansion : transforma o bloco de 32 bits em 48 duplicando alguns bits.
• Key mixing : combina o resultado com uma sub-chave de 48 bits.
• Substitution : divide o bloco em partes de 6-bits e aplica o (S-Boxes)
substitution boxes.
• Cada um dos 8 S-boxes substitui uma parte de 6 bits por outra de 4 bits através de uma operação tabelada.
• Permutation : efetua uma permutação nos 32 bits para espalhar os bits
de cada S-box em pelo menos 4 S-boxes differences para o próximo round.
MODOS DE OPERAÇÃO
Block Cipher Mode of Operation:
• Muitos algoritmos de criptografia conseguem criptografar apenas um tamanho fixo de bits denominado “bloco”.
• O modo de operação define como aplicar um algoritmo de bloco em múltiplos blocos
O DES usa blocos de 64 bits, e possui vários modos de operação.
Alguns exemplos são:
• ECB: Electronic Codebook Mode • CBC: Cipher Block Chaining
MODO ECB
O Modo ECB divide a mensagem em blocos de 64 bits, e criptografa
cada bloco de maneira independente.
DADOS BLOCO 64 bits CRIPTOGRAFIA BLOCO 64 bits (cipher text) BLOCO 64 bits CRIPTOGRAFIA BLOCO 64 bits (cipher text) BLOCO 64 bits CRIPTOGRAFIA BLOCO 64 bits (cipher text)
MODO CBC
O Metodo CBC torna a criptografia de um bloco dependente do bloco
anterior.
DADOS BLOCO 64 bits CRIPTOGRAFIA BLOCO 64 bits (cipher text) BLOCO 64 bits CRIPTOGRAFIA BLOCO 64 bits (cipher text) XOR BLOCO 64 bits CRIPTOGRAFIA BLOCO 64 bits (cipher text) XORCHAVE PÚBLICA = CRIPTOGRAFIA
ASSIMÉTRICA
Sistema de Criptografia Assimétrico
• Utiliza um par de chaves.
• A chave publica (não é secreta) criptografa a mensagem.
• A chave privada (é secreta) descriptografa a mensagem.
A chave pública deve ser distribuída para os transmissores para garantir comunicação segura com o receptor.
CHAVE PÚBLICA (CRIPTOGRAFIA
ASSIMÉTRICA)
Texto
Simples
(plaintext)
Texto
Codificado
(ciphertext)
Texto
Simples
(plaintext)
Chave Pública
Chave Privada
Algoritmo de
Criptografia
Algoritmo de
Descriptografia
RSA (RIVEST, SHAMIR, ADLEMAN)
Sejam p, q números primos (> 512 bits).• n = p*q
• escolher e co-primo com n tal que: 1 < e < (p-1)(q-1)
• encontrar d tal que: e*d % (p-1)(q-1) = 1
As chaves são definidas da seguinte maneira:
• Chave pública: (n,e)
• Chave privada: (n,d)
Para criptografar uma mensagem “m” efetua-se a operação:
• s = me mod n
Para descriptografar, efetua-se a operação:
RSA ALGORITHM EXAMPLE
1. Escolher: p = 3 e q = 11
2. Calcular: n = p * q = 3 * 11 = 33
3. Calcular: φ = (p - 1) * (q - 1) = 2 * 10 = 20
4. Escolher: e tal que 1 < e < φ e e e n são co-primos.
solução possível: e = 7
5. Calcular: d tal que (d * e) % φ(n) = 1.
solução possível: d = 3 pois (3 * 7) % 20 = 1
6. Escolher: chave pública = (e, n) (7, 33)
7. Escolher: chave privada = (d, n) (3, 33)
8. Criptografar: c = me mod n: se m = 2 c = 27 % 33 = 29
RSA
Ron Rivest, Adi Shamir, and Leonard Adleman publicaram o algoritmo pela primera vez em 1978.
O mesmo algoritmo era conhecido pelo governo britânico desde 1973 (Clifford Cocks), mas só foi tornado público em 1997.
O algoritmo RSA é muito mais lento que o DES, pois os cálculos efetuados são complexos.
Por utilizar números primos, o RSA precisa de chaves muito grandes para reproduzir o mesmo grau de segurança do DES.
As chaves em RSA são em geral da ordem de 1024 bits.
Por isso o RSA não é usado para criptografar dados.
ALGORITMOS DE HASH
Uma função hash é um algoritmo que mapeia dados de tamanho variável em códigos de tamanho fixo:
• digest ou hashes
As principais aplicações das funções hash são:
• tabelas hash: indexar e localizar rapidamente estruturas de dados
• detectar registros duplicados em tabelas (chaves primárias)
• verificar a integridade de dados recebidos pela rede ou potencialmente modificados por virus
colisão: quando duas entradas diferentes geram o mesmo digest.
Algoritmos usados em tabelas hash e em verificação de
integridade não são os mesmos, pois em tabelas hash um
certo nível de colisões é desejável.
Em verificação de integridade o algoritmo precisa ser
CRYPTOGRAPHIC HASH
Uma função de hash precisa atender a certas propriedades para ser
aplicável em criptografia:
(SHA1 – efeito avalanche)
1. determinística 2. rápida
3. inversão inviável 4. efeito avalanche
APLICAÇÃO DE FUNÇÕES HASH
Verificação de
integridade de
distribuições de
software e
mensagens
transmitidas.
EXEMPLO: MD5 (MESSAGE DIGEST V5)
Projetado por Ronald Rivest, 1991 (RFC 1321) Gera digests de 128 bits.
A mensagem original é fragmentada em blocos de 512 bits (16x32) Para mensagens não múltiplo de 512 é feito padding no bloco final:
• 100...0 + tamanho original (64 bits)
- O digest corresponde a um estado e 128 bits dividido em 4 palavras de 32 bits
- O estado inicial é fixo, e os blocos de 512 bits são usados para modificar o estado
- Cada bloco é processado em 4 rounds, usando funções F diferentes a cada vez:
- Cada round consiste de 16 operação, cada uma com uma parte de 32 bits Mi da mensagem original
- Ki é uma constante diferente para cada operação
ASSINATURA DIGITAL COM CHAVE
PÚBLICA
Permite ao receptor verificar a integridade da mensagem:
• O conteúdo não foi alterado durante a transmissão. • O transmissor é quem ele diz ser.
Assinatura
digital
Chave privada
Algoritmo
de assinatura
digital
Mensagem
isto é
segredo
IMPLEMENTAÇÃO DA ASSINATURA
DIGITAL
ABFC01 FE012A0 2C897C D012DF 41 DIGEST F18901BAlgoritmo
de
Hashing
ASSINATURA DIGITAL ABFC01 FE012A0 2C897C D012DF 41Mensagem
com
Assinatura
Digital
MENSAGEM aberta ASSINATURA criptografadaAlgoritmo de
Cripografia
GERAÇÃO E VALIDAÇÃO DAS
ASSINATURAS
Assinatura Digital DIGEST 1B2A37... Criptografia com chave privada Algoritmo de Hashing Rede Assinatura Digital xxxx yyyy zzzz DIGEST Descriptografia com chave pública DIGEST Algoritmo de Hashing COMPARAÇÃO RECEPTOR TRANSMISSOR xxxx yyyy zzzzVERIFICAÇÃO DA INTEGRIDADE DA
MENSAGEM
Transmissor
(A)
Receptor
(B)
MENSAGEM ASSINATURA DIGITAL CHAVE PRIVADA DE A CHAVE PÚBLICA DE AO receptor precisa ter a chave pública do
transmissor para verificar a assinatura.
AUTORIDADE CERTIFICADORA
C.A.
(Certification Authority)
I.D. do Proprietário Assinatura Digital
Autoridade Certificadora (Verisign, Certisign, Etc.) Chave pública
(e.g., Banco do Brasil)
CHAVE PRIVADA
I.D. da CA
Certificado X509
www.bancodobrasil.com.br Banco do Brasil S.A.
Brasilia, DF, Brasil
www.verisign.com Verisign, Inc.
NOMENCLATURA X509
Um certificado X509 é emitido para um distinguished name.
DN Field Abbrev. Description Example
Common Name CN Name being certified CN=Joe Average Organization or
Company O
Name is associated with this
organization O=Snake Oil, Ltd.
Organizational Unit OU Name is associated with this
organization unit, such as a department
OU=Research Institute
City/Locality L Name is located in this City L=Snake City State/Province ST Name is located in this State/Province ST=Desert
Country C Name is located in this Country (ISO
ESTRATÉGIAS DE CERTIFICAÇÃO
O software que recebe o certificado (por exemplo, o browser)
deve possuir a chave pública da autoridade certificadora.
Base
de
chaves
I.D. do
Proprietário
Assinatura EletrônicaI.D. da
Autoridade
Certificadora
VERISIGN: www.verisign.com
Off-line
On-line
www.bancodobrasil.com.brPKI (PUBLIC KEY INFRASTRUCTURE)
O termo PKI (Infraestrutura de chave pública) é utilizado para
descrever o conjunto de elementos necessários para implementar um
mecanismo de certificação por chave pública.
EMPRESA A EMPRESA B CA (Autoridade Certificadora) certificados certificados
COMO A CRIPTOGRAFIA PODE SER
IMPLEMENTADA?
Protolco de Aplicação FTP, SMTP, HTTP, Telnet, SNM, etc. TCP, UDP Data Link Ethernet, TokenRing, FDDI, etc
IP Física Aplicações Tecnologia heterogênea aplicação transporte rede enlace física Seqüência de empacotamento
SSL
SSL: Secure Sockets Layer
HTTP TELNET
SSL
TCP/IP
POP80
110
23
HTTPs POPs TELNETs443
995
992
Sockets
EXEMPLO: HTTPS
CLIENTE SERVIDOR SOCKS SSL >1023 >1023 SOCKS SSL 443 80 HTTP HTTPS Recurso Não Protegido Recurso ProtegidoX
SSL - VISÃO SIMPLIFICADA
Servidor (Subjet)
Autoridade Certificadora
1 O servidor gera um par de chaves assimétricas (pública e privada)
Chave privada {PriS} Chave pública {PubS} 2 O servidor envia um CSR , contendo sua chave pública para a CA
A CA envia o certificado X509 para o servidor 4 CSR [PubS] Certificado [PubS][AssCA] 3 Chave privada {PriCA} Certificado [PubS][AssCA] CSR [PubS]
SSL - VISÃO SIMPLIFICADA
Cliente (Subjet) Servidor
(Subject) Requisição TCP para um
recurso protegido
Chave privada {PriS}
Chave pública {PubS}
O servidor envia o seu certificado para o cliente
4 Certificado [PubS][AssCA] 5 6 Certificado [PubS][AssCA] Chave pública {PubCA} O cliente valida o
certificado usando a chave pública da CA e extrai a chave pública do servidor
Chave pública {PubS}
SSL - VISÃO SIMPLIFICADA
Cliente (Subjet) Servidor (Subject) Chave privada {PriS} Chave pública {PubS} 7 Chave secreta {SecC}O cliente gera um chave secreta (simétrica) aleatória = chave de sessão e a criptografa com a chave pública do servidor
Chave pública {PubS}
{{SecC}PubS}
8
O cliente envia sua chave secreta, criptografada, para o servidor
SSL - VISÃO SIMPLIFICADA
Cliente (Subjet) Servidor (Subject) Chave privada {PriS} Chave pública {PubS} Chave secreta {SecC} 9 O servidor descriptografa a chave secreta docliente, utilizando sua chave privada Chave secreta {SecC} 10 {{SecC}PubS} Chave pública {PubS} {(Dados)SecC} A troca bi-direcional de dados é protegida com a chave secreta gerada pelo cliente
SSL E TLS
SSL: Secure Socket Layer
• Definido pela Netscape • Versão atual: 3.0
TLS: Transport Layer Security
• Definido pelo IETF • Versão atual: 1.0
• RFC 2246 (Janeiro de 1999)
O TLS 1.0 é baseado no SSL 3.0, mas eles possuem diferenças que
os tornam incompatíveis.
TLS
O TLS define dois sub-protocolos:
• TLS Record Protocol
• Utilizado para encapsular os protocolos das camadas superiores. • TLS Handshake Protocol
• Utilizado para negociar o algorítmo e as chaves de criptografia
TLS
Os objetivos do TLS são:
• Segurança criptográfica entre dois pontos.
• Interoperabilidade: programadores independentes devem ser capazes de desenvolver capazes de se comunicar, sem que um conheça o código do outro.
• Extensibilidade: novos algorítmos de criptografia podem ser incorporados quando necessário.
SECURE SOCKET LAYER (SSL) E
TRANSPORT LAYER SECURITY (TLS)
O SSL/TLS permite executar duas funções básicas:
• autenticação entre o cliente e o servidor. • criptografia na troca de mensagens.
SSL/TLS
O cliente se autentica para o servidor (opctional)
O servidor se autentica para o cliente (obrigatório)
Identificação do CA
AUTENTICAÇÃO DO SERVIDOR
SSL/TLS permite ao usuário confirmar a identidade do servidor.
SSL
Identificação do Servidor Chave pública do servidor Assinatura Digital de uma CAAUTENTICAÇÃO DO CLIENTE
SSL permite ao servidor identificar a identidade do cliente.
SSL
Identificação do CA Identificação do Cliente Chave pública do Cliente Assinatura Digital de uma CACRIPTOGRAFIA DA COMUNICAÇÃO
Após a certificação, o SSL/TLS cria uma chave de sessão que
garante:
• Confidencialidade e Proteção contra Tampering (alteração dos dados em transito).
info
(chave secreta aleatória)info
(chave secreta aleatória)EXEMPLOS DE CIPHER SUITES
TLS_RSA_EXPORT_WITH_RC4_40_MD5 EXP-RC4-MD5 TLS_RSA_WITH_RC4_128_MD5 RC4-MD5 TLS_RSA_WITH_RC4_128_SHA RC4-SHA TLS_RSA_EXPORT_WITH_RC2_CBC_40_MD5 EXP-RC2-CBC-MD5 TLS_RSA_WITH_IDEA_CBC_SHA IDEA-CBC-SHA TLS_RSA_WITH_DES_CBC_SHA DES-CBC-SHA TLS_RSA_WITH_3DES_EDE_CBC_SHA DES-CBC3-SHATLS_RSA_WITH_AES_128_CBC_SHA AES128-SHA TLS_RSA_WITH_AES_256_CBC_SHA AES256-SHA
API SSL
Cria contextoAPI: SSL_CTX_new (SSL_CTX *)
Cria um socket TCP (socket)
> 1023 > 80
Associa o socket ao contexto API: SSL_set_bio
(SSL *ssl)
Verifica o certificado do servidor SSL_get_verify_result(SSL * ssl) Efetua a conexão SSL
SSL_connect( SSL *ssl)
(chave secreta associada ao socket SSL)
Envia dados criptografados SSL_write(SLL *ssl, ...)
Recebe dados já descriptografados SSL_read(SSL * ssl, ...)
Encerra conexão e libera recursos SSL_shutdown(ssl)
SSL_free(ssl)
Carrega bibliotecas Define versão do SSL
Carrega certificado do cliente Carrega certificados da CA
Certificado do Servidor
[Requisição do certificado cliente]
segredos
Dados criptografados com a chave secreta
Dados criptografados com a chave secreta
CONCLUSÃO
Criptografia Simétrica
• Chaves de pelo menos 128 bits • Rápido
• Usado para proteção de dados
Criptografia Assimétrica
• Chaves de pelo menos 1024 bits • Lento