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Cristo, ideal do humilde obediente CIMBRA 2014 MOSTEIRO DA TRANSFIGURAÇÃO SANTA ROSA RS

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Texto

(1)

“Cristo, ideal do

humilde obediente”

(2)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“Santo Tomás lembra que Santo Agostinho liga a humildade

ao dom do temor assim como a virtude de religião. Tocamos

aqui no ponto mais profundo, na própria raiz da virtude. Esta

doutrina é de uma capital importância”

(CIM 2,11,3)

(3)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“A virtude da humildade não é constituída de um ato particular; podemos

cumprir atos sem possuir esta virtude... A humildade é uma disposição

habitual... como um fogo de cujas chamas jorram faíscas, atos de

humildade... Na humildade é a boa vontade que, auxiliada pela graça,

inclina-se, abaixa-se por reverência a Deus, e leva a inteligência e todo o

homem a permanecer no lugar que lhe é devido”

(4)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“Recebi, ultimamente, uma luz que me parece preciosíssima: Deus, neste

momento, contempla-me. Vê o abismo da minha miséria. Sabe perfeitamente em

que abismo eu soçobraria se Ele me privasse de Sua graça. Conhece com exatidão

aquilo que sou capaz. Eu mesmo posso adivinhá-lo recordando o meu passado, e

resvalaria mais baixo ainda, porque o abuso da graça seria tão grave que me

arrastaria a cometer os maiores crimes. Isto é rigorosamente verdadeiro a

qualquer momento, até quando me sinto todo abrasado pelo desejo de agradar a

Deus. Sou tão inconstante! Este pensamento me humilha e me faz compreender

quanto Deus é bom ao suportar-me e como só nos méritos de Jesus Cristo posso

apoiar minha confiança”

(5)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“Compreende-se com facilidade porque São Bento, que nos indica como único

objetivo “encontrar Deus” fundamenta nossa vida espiritual sobre a humildade.

Ele próprio chegou muito perto de Deus para ignorar que somente a humildade

atrai a graça e que, sem a graça não podemos nada. Toda a ascese de São

Bento se traduz em tornar a alma humilde, depois a faze-la viver na obediência

(que é a expressão prática da humildade): este será o segredo da íntima união

com Deus.”

(6)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“Deus é essencialmente o Primeiro Princípio. Nossa homenagem para com Ele consiste em reconhece-Lo como fonte de todo bem. Eis o que nega, na prática, aquele que tenta

agir por si mesmo. Não se acha toda criatura, em relação a Deus, num vínculo de total dependência? A humildade é o reconhecimento prático desse vínculo. É infinita a elevação à qual Deus nos destina. Só Ele pode fazer com que a alcancemos. Disto, tem

consciência o humilde, de um modo habitual. O orgulhoso, de maneira quase

inconsciente, coloca-se a si mesmo em lugar de Deus. Exalta-se em pensamento, em palavra, em ação, constituindo o seu próprio “eu” como princípio de tudo. Pouco a

pouco, deseja que o admirem constitui-se fim supremo e centro de tudo” (Retiro, Erdington, dezembro 1907).

(7)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“A consideração de nossa miséria pode produzir um

sentimento passageiro de humildade, mas não é aí que está

a virtude, que é uma disposição habitual; a humildade nasce

necessariamente da reverência a Deus: esta é a única causa

que possa gerar e, sobretudo, tornar estável esta virtude”

(8)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“Quando a fé, que preludia a beleza divina, nos faz tocar algo das insondáveis perfeições divinas, nós nos prostramos imediatamente em adoração. A alma capta, numa forte luz interior, esta espécie de face a face entre ela e Deus; ela tem a visão do contraste infinito dos dois termos que se

repelem um ao outro: a pequenez e a baixeza repelirem a grandeza e a majestade; e estas repelirem aquelas. A alma pode, além disto, fixar sua atenção sobre um dos dois termos da relação: se o termo é Deus, ela tende a adorar; se o termo é ela mesma, tende a humilhar-se. É

precisamente no instante do aniquilamento de nós mesmos face à majestade divina que a

humildade nasce na alma. Desde que a reverência de Deus enche a alma é como uma fonte donde emana a humildade: a humildade é causada pela reverência divina [II-II q 161, a4, ad1]”

(9)

A – A HUMILDADE NA VIDA MONÁSTICA.

“Por via de consequência, esta reverência a Deus se estende a tudo o que lhe

diz respeito, tudo o que o representa: a humanidade de Cristo e todos os

membros de seu Corpo místico. Devemos, diz São Tomás, não somente

reverenciar Deus em Si mesmo como também reverenciar em todo homem o

que é de Deus, ainda que de outra maneira. É por isto que, conclui São

Tomás, devemos, pela humildade, submetermo-nos a nossos semelhantes por

causa de Deus” (CIM 2,11,3; STh II-II q 61 a 3 ad 1).

(10)

B – MONGE, O HUMILDE OBEDIENTE.

“O fundamento da vida espiritual é, como vimos, segundo São

Bento e São Tomás, constituído pela humildade pois esta virtude é

a disposição preliminar e necessária para que se estabeleça na

alma o estado da caridade perfeita... Mas, como o mostra SB, a

expressão prática da humildade no monge é a obediência; com

efeito, quando a alma é cheia de reverência a Deus ela se

submete a Ele e aos que O representam para cumprir sua vontade

em todas as coisas; isto é a obediência. Esta virtude é o fruto e o

(11)

B – MONGE, O HUMILDE OBEDIENTE.

“A obediência monástica é a disposição em virtude da qual o homem, por amor de Deus, consente em prostrar-se diante de Cristo na pessoa escolhida pelo próprio Deus, quer se trate de um superior simpático ou não, perfeito ou imperfeito. Em meu Abade, devo considerar Cristo e submeter-me inteiramente a Ele. Nada avilta tanto o homem quanto a obediência servil. Assim, para que a nossa obra seja sobrenatural, é

preciso ver em toda autoridade uma participação na autoridade de Deus. Isto porém só se descobre na luz de Deus, é uma questão de fé. Quanto maior vossa fé, mais

vosso Abade será para vós o Cristo” (Conferência, Maredret, 1905).

(12)

B – MONGE, O HUMILDE OBEDIENTE.

“Viver na obscuridade de uma fé prática e ativa, tal é a homenagem que Deus

reclama de nós. Ora, a obediência nos dá ocasião de mostrar a Deus nossa fé

Nele: a obediência é a manifestação da nossa fé. É necessário, com efeito, uma

grande fé, uma fé perfeita para sustentar constantemente a obediência a um

homem que, é verdade, representa Deus mas o representa guardando ele próprio

suas imperfeições. Aí está a fonte de uma profunda virtude e de um grande

mérito”

(13)

B – MONGE, O HUMILDE OBEDIENTE.

“É por amor a Deus que nós nos submetemos ao superior em toda obediência (RB VII). Algumas linhas escritas por São Bento sobre a obediência mostram em sua alma uma tendência profunda a agir por amor. Nele queima como que um entusiasmo por Deus,

por Cristo, a própria caridade. No seu pensamento a obediência não é somente uma disposição íntima que inclina a executar todo comando com prontidão e devotamente

porque a ordem moral exige que o inferior se submeta ao superior. A obediência do monge deve ser um exercício perpétuo de amor... a obediência torna-se assim

expressão de uma disposição habitual de vida unitiva pela conformidade ou comunhão perpétua da vontade humana com a vontade divina”

(14)

B – MONGE, O HUMILDE OBEDIENTE.

“O princípio que faz, para nós monges, a obediência tão necessária, é que esta virtude resume nela todos os meios de encontrar Deus. Porque viemos ao mosteiro? Qual é

nosso objetivo? Somente um: buscar Deus, tender em sua direção com todas as energias de nosso ser. Mas, como dissemos frequentemente, é seguindo Cristo Jesus que chegamos a Deus, pois é Ele somente que leva ao Pai toda a humanidade... Ora,

como Cristo realiza esta obra gigantesca? Por sua obediência. O caminho que Ele percorreu e no qual devemos segui-Lo é um caminho de obediência”.

(15)

CONCLUSÃO: CRISTO, OBJETO E IDEAL DO

HUMILDE OBEDIENTE.

“Na base, um temor reverencial e todo filial que conserva a alma sempre

em adoração diante de Deus. Depois, a subida para a perfeição sob a

direção exterior e a autoridade do Abade, tendo, como atitudes virtuosas e

correspondentes ao interior da alma, uma profunda humildade, expressão

da obediência, sendo esta, por sua vez, a expressão do amor e achando seu

ponto culminante no Opus Dei. Enfim, no temor, caritas perfecta, a

consumação no amor” (Conferência Monástica, Louvain, antes de 1909).

Referências

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