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Resenha sobre a obra: O Monge e o Executivo

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Academic year: 2021

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Resenha sobre a obra: O Monge e o Executivo

Andréia Rodrigues da Silva Santos1

Janaína da Silva Mariano Jéssica Maria da Silva Kauê Ratier Samuel Santos da Silva Vanessa R. Magalhães Gomes

James C. Hunter, na obra O Monge e o Executivo: Uma história sobre a essência da liderança expressa possíveis formas de viver melhor em diversos âmbitos, tais como o da família, trabalho, equipe, enfim, entre as comunidades que cada ser humano participa na sociedade. Utilizando, em sete capítulos, o autor utiliza exemplos dos problemas mais comuns em líderes de distintas áreas, deixando claro assim, que os comportamentos descritos são, de fato, indicados a todos aqueles que almejam um cargo de liderança em suas vidas.

A partir da leitura do prólogo, pode-se entender melhor sobre a história a ser contada, em que o autor expõe situações do cotidiano, presentes na vida de um líder que obtém sucesso em sua carreira, mas que, em determinada etapa da vida, sem perceber, entra em crise, ou seja, todas as áreas de sua vida começaram a ficar ruins e, neste momento, ao ver sua vida desmoronando, tenta desesperadamente melhorar sem precisar de ajuda, acreditando somente em seu orgulho próprio.

Logo após, no primeiro capítulo, Hunter dá uma definição sobre liderança e já apresenta alguns comportamentos que devem ser criados, desenvolvidos e

1 Alunos do 1º semestre de graduação em Administração de Empresas da Faculdade Paulista de Pesquisa e Ensino Superior.

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cultivados pelos líderes, como a humildade, presente de forma contextual na obra, fala também sobre a diferença entre autoridade e poder, que se dão a partir de seus resultados, ou seja, os subordinados daquele que detém o poder não o obedecem por vontade própria, mas cogentemente, fazendo com que o relacionamento se torne ruim ao passar do tempo, e os liderados por aquele que tem autoridade, cumprem as tarefas designadas, geralmente com mais entusiasmo, pois ninguém está obrigando-os a fazer aquilo, e também pela consideração e respeito a eles empregada. Também informa que devemos utilizar sim o poder, mas em situações que exijam tal comportamento.

No decorrer da obra, o escritor revela outros comportamentos como honestidade, confiabilidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, confiança, respeito, motivação, atitudes positivas e entusiásticas, enfatizando sempre a importância de executar tarefas construindo relacionamentos saudáveis, sendo que nestes relacionamentos, deve-se buscar satisfazer as necessidades dos liderados e clientes, assim conquistando sua confiança e respeito, alcançando melhores resultados.

Um dos primeiros comportamentos abordados no capítulo dois é sobre a mudança de paradigmas, no qual Hunter faz referência às mudanças de hábitos antigos e considerados ruins para novos comportamentos, tentando alcançar a melhoria contínua no caráter do ser humano e seus relacionamentos. O autor apresenta mudanças como: não interromper alguém quando estiver falando, pois isso indicaria que não está sendo dada importância ao que essa pessoa diz e, ao ouvirmos o que alguém tem a dizer, cumprimos alguns comportamentos já citados no primeiro capítulo, a confiança e o respeito, por exemplo.

Hunter, mais uma vez, fala sobre a humildade, em que não são necessários bens materiais para obter alegrias na vida, também define o que são paradigmas, explicando que são padrões psicológicos, modelos que o ser humano utiliza para realizar suas tarefas, e que a mudança é muito importante

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para melhores resultados. Ele cita alguns paradigmas velhos, e traz os novos também, como o modelo piramidal, em que o foco era em agradar a empresa - presidente, vice-presidente, supervisores, gerentes -, e não ao cliente, e muda este paradigma invertendo a pirâmide, fazendo com que a empresa foque muito mais o cliente, buscando suprir suas necessidades, isto é, para liderar, precisa-se primeiro servir. Também se observa a pirâmide das necessidades humanas de Maslow, que pode ser utilizada como uma definição do caminho a ser percorrido para alcançar o sucesso e autorrealização.

Já no capitulo três, Hunter comenta a importância em ter uma opinião diferente, pois através de duas opiniões opostas é que se obtém o equilíbrio para tomada das melhores decisões. Ele comenta sobre alguns líderes de admirável sucesso, como Jesus, Gandhi, Dr. King, que através de seus esforços e sacrifícios, sua vontade, seu amor, terminam por alcançar a autoridade e liderança até mesmo nos dias de hoje.

No quarto capítulo, o autor aborda comportamentos relacionados com o amor, que por sua vez é um sentimento baseado na relação com o próximo. No desenvolvimento do capítulo, ele explica a relação entre o amor e a liderança. Hunter descreve comportamentos que um líder deve ter com seus liderados, como por exemplo, ter autocontrole ao apontar deficiências em funcionários, ser bom ouvinte, prestando atenção, incentivando e elogiando aos empregados, ser autêntico e verdadeiro, sempre tratar as pessoas como se fossem importantes, satisfazendo as necessidades e não as vontades das pessoas, lidar de forma afirmativa com as controvérsias do dia a dia, ser honesto e dedicado à verdade, mesmo quando iremos exigir das pessoas o cumprimento correto de suas tarefas, e o comportamento mais importante de todos é ser sempre comprometido, que tem o intuito de desenvolver o crescimento individual e do grupo, lembrando que para seguir tais comportamentos será necessário grande sacrifício.

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Já no capítulo cinco da obra, James C. Hunter destaca a importância de um líder criar um ambiente de trabalho agradável e sadio, pois dessa forma as pessoas se sentirão motivadas a crescer. Neste capítulo o autor sinaliza como o equilíbrio de relacionamentos é importante e delicado, principalmente com as pessoas das quais lideramos. O autor exemplifica o fato de que geralmente temos uma alta opinião sobre nós mesmos e, quando agimos de forma negativa com outras pessoas, teremos de agir quatro vezes de forma positiva para tentar reverter ou igualar o saldo de nossa conta de relacionamentos. Hunter alega que os lideres têm o poder de determinar o comportamento de seus funcionários, muitas das vezes, de forma simples como, por exemplo, usando políticas e procedimentos e, desta forma, padronizando o comportamento de todos, e sempre influenciando as melhorias de seus liderados, dando-lhes condições de fazerem suas próprias escolhas.

No capítulo seis o autor afirma que o comportamento é compreendido como sendo apenas um sintoma do problema real, tanto na empresa como na família, quando a crise se apresenta podemos notar que o problema está no topo: quem lidera exerce influência sobre os liderados. Compreende-se então que, se cada líder souber liderar para o sucesso e o alcance de metas, com certeza eles conseguirão alcançar seus objetivos. Hunter explica que é o nosso comportamento que influencia nossos pensamentos e nossos sentimentos.

Segundo a obra, é certo que quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e outros recursos em alguém ou algo, durante certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objeto de nossa atenção, ou, em outras palavras, nos tornamos ligados a ele.

O autor alega que assumir responsabilidades diante dos relacionamentos, sejam eles de que tipo forem, é importante e necessário, e não podemos esquecer que a liderança começa com uma escolha, e isso requer que tenhamos responsabilidades em assumir as ações de acordo com nossas intenções, assumir nossos atos e a responsabilidade adequada por eles. Ele

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também destaca a definição de que a disciplina tem por objetivo ensinar-nos a fazer o que não é natural. Através da disciplina podemos fazer com que o natural se torne um hábito. Somos criatura de hábitos e, para tal, alguns estágios são necessários para adquirir novos hábitos ou habilidades, pois os hábitos e as habilidades geram comportamentos aplicados a liderança.

No capítulo sete Hunter chama a atenção ao resultado do esforço. Ele Ressalta que as coisas não são o que parecem ser, pois não vemos o mundo como ele é, mas o vemos como nós somos. No desenvolver do capítulo o autor considera que missão, objetivo e visão são fatores determinantes para o sucesso de todo e qualquer empreendimento humano. Segundo o escritor, nossas vontades e nossos desejos poderão ser satisfeitos a partir do momento que nos colocarmos em movimento de crescimento pessoal, evoluindo para a maturidade psicológica e espiritual. Por fim, o autor conclui que amar os outros nos força a crescer e sair de nós mesmos.

Segundo afirmam Kelen Cristiane dos Santos Chacon, e Roberto Magán, (2007:152), na sociedade atual, alguns aspectos como princípios do Controle Total e da Sociedade Disciplinar, apresentam solução, mesmo que difícil, em relação às questões sociais como globalização mundial e a luta constante pela diminuição da exclusão social, política, econômica, cognitiva, cultural, digital, etc, em que o autor do livro tenta ajudar as pessoas a tornarem-se um pouco melhores, a fim de alcançar uma sociedade mais íntegra. Agregando isto à Administração, pode-se concluir que ao optarmos por melhores lideranças, obtemos uma organização melhor, com setores mais bem distribuídos, profissionais mais capacitados psicologicamente, espiritualmente e direcionados para a melhoria constante de seus processos e perspectivas, e para um estudante de Administração de empresas, é essencial entender sobre como liderar, realizando as funções sequenciais e contínuas para alcançar o sucesso e a plenitude de uma organização, independente de seu status social.

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Conforme afirma o autor Maximiliano Barroso Bonfá (2008), nem todas as pessoas almejam um cargo de liderança, ou sentem vontade de serem líderes, porém a sociedade necessita de que cada indivíduo desenvolva suas habilidades como líderes e empreendedores e, por conta desta falta de vontade, hoje existem muitos que não entendem como liderar de forma a conquistar seus próprios objetivos e os objetivos de seus liderados, por isso a importância em extrair os comportamentos citados na obra, para que através do aprendizado, possam ser mudados velhos paradigmas, e alcançadas mentes inovadoras.

Em um contexto geral, observa-se que o objeto principal da obra – a Liderança – é extenso, e o autor o expõe em forma de texto de divulgação científica, ou seja, o conteúdo torna-se pequeno e, não tratado com mais profundidade, porém com isto, o autor consegue despertar a curiosidade dentro do leitor, fazendo com que o mesmo pesquise e busque entender mais sobre este assunto, pois em um texto de divulgação científica, os leitores têm a oportunidade de entender melhor sobre as idéias propostas. Considerando em se tratar de um livro de autoajuda, fica claro o fato de que o direcionamento do livro é justamente à área administrativa, buscando ajudar aos líderes em como praticar sua liderança da melhor forma possível, apontando alguns erros que não devem ser cometidos, mas corrigidos e aprimorados.

É certo que a área administrativa sempre esteve presente em nossa realidade e, por conta disso, é necessário que saibamos utilizá-la, compreendendo que em toda administração há um líder, e que para cada novo comportamento, deve-se evoluir a sociedade no geral, o Direito, e as pessoas. Cada estudante de Administração de Empresas deve entender os conceitos de uma boa liderança, ser pró-ativo e saber mudar quando necessário. Devemos aceitar que toda ajuda, por mera que seja, é sempre bem vinda, mesmo em situações mais inoportunas, pois conseguimos testar nossa

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capacidade, e provar o quão importante, difícil e excitante é viver, servir e liderar.

Referências Bibliográficas

HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro, Editora Sextante, 2004.

CHACON, Kelen Cristiane dos Santos e MAGÁN, Roberto. O Monge e o

Executivo: Liderança, Massificação e Disciplinarização. Disponível em

<http://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/view/8337/61 84> acesso em: 24. Mai. 2012.

BONFÁ, Maximiliano Barroso. Saber Servir para Saber Liderar. Disponível em <http://www.slideshare.net/maxbonfa/resenha-o-monge-e-o-executivo> acesso em: 24. Mai. 2012.

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