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ANA FLÁVIA SILVA COSTA

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Academic year: 2021

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CAMPUS FLORIANÓPOLIS

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL-MECÂNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO

ANA FLÁVIA SILVA COSTA

DESENVOLVIMENTO DE UMA LUMINÁRIA EM MADEIRA PARA A EMPRESA WOODENCRAFT MARCENARIA

FLORIANÓPOLIS – SC 2016.

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CAMPUS FLORIANÓPOLIS

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL-MECÂNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO

ANA FLÁVIA SILVA COSTA

DESENVOLVIMENTO DE UMA LUMINÁRIA EM MADEIRA PARA A EMPRESA WOODENCRAFT MARCENARIA

FLORIANÓPOLIS, DEZEMBRO DE 2016.

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina como parte dos requisitos para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Produto.

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COSTA, Ana Flávia Silva. Desenvolvimento de uma Luminária em Madeira para a Empresa WoodenCraft Marcenaria. 2016. 98 f. TCC (Graduação) - Curso Tecnólogo em Design de Produto, Departamento Acadêmico de Metal-Mecânica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.

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Com admiração e amor para: Deus, e minha família.

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso, realizado no Instituto Federal de Santa Catarina, é sobre o desenvolvimento de uma luminária em madeira para a empresa WoodenCraft Marcenaria. A luminária foi desenvolvida esteticamente para apresentar características típicas do design contemporâneo, ao mesmo tempo que se adequa as características estéticas da marca WoodenCraft. Para o desenvolvimento do projeto foi utilizado o método de projeto MD3E, Método de Desdobramento em Três Etapas. O método contribuiu para o desenvolvimento de um projeto sólido, embasado em conceitos bibliográficos e em pesquisa de campo. Todas as etapas cumpridas foram fundamentais para a criação da Luminária Madi, que atingiu as expectativas da WoodenCraft, além de apresentar uma estética contemporânea de acordo com as pesquisas feitas.

A luminária Madi é o pontapé inicial da venda de luminárias na empresa parceira. A partir deste trabalho a WoodenCraft poderá se apropriar dos conceitos e da pesquisa para o desenvolvimento de não apenas uma luminária, mas de uma linha de luminárias que poderão ser vendidas pela marca.

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ABSTRACT

This completion of course work, completed at the Instituto Federal de Santa Catarina, describes the development of a wooden luminaire for the company WoodenCraft Marcenaria. This luminaire was developed considering the aesthetical typical features presents in the contemporary design, while adapting these aesthetic characteristics to the WoodenCraft brand. To this project, it was used the MD3E design methodology (Method of Deployment in Three Steps). The methodology contributed to the development of a solid project, based on bibliographical concepts and field research. All the steps were fundamental to the creation of the Madi luminaire, which reached the expectations of WoodenCraft, besides following completely the contemporary aesthetic as suggested the done researches.

The Madi luminaire intend to be the kick-off of lighting sales by the partner company. From this work, WoodenCraft can appropriates the concepts and researches for the development of not only a luminaire, but a line of luminaires that might be sold by the brand.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7 1.1 Problematização ... 8 1.2 Objetivos ... 9 1.3 Justificativa ... 9 2 MÉTODO DE PROJETO ... 11

2.1 Detalhamento das etapas ... 11

2.2 Planejamento do projeto ... 12 2.3 Análise do problema ... 12 2.4 Atributos do produto ... 13 2.5 Caminhos criativos ... 13 2.6 Geração de alternativas ... 13 2.7 Seleção e adequação ... 13 2.8 Subsistemas/Componentes ... 14 2.9 Processos produtivos ... 14 2.10 Mercado ... 14 3 ANÁLISE DO PROBLEMA ... 15 3.1 Empresa ... 15 3.1.1 Percepção de valor ... 15 3.1.1.1 Perfil do consumidor ... 17 3.2 Contemporaneidade ... 18 3.3 Madeiras ... 25 3.4 Iluminação ... 28

3.4.1 O controle sobre a luz ... 28

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4 ATRIBUTOS DO PRODUTO ... 32

4.1 Análise de Portfólio da Empresa ... 32

4.2 Análise de Similares ... 36

4.3 Pesquisa de campo... 41

4.3.1 Análise dos dados... 42

4.4 Requisitos ... 46 5 CAMINHOS CRIATIVOS ... 48 5.1 Painéis semânticos ... 48 6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ... 51 7 SELEÇÃO E ADEQUAÇÃO ... 53 7.1 Ambientação ... 57

8 SUBSISTEMAS/COMPONENTES E PROCESSO PRODUTIVO ... 60

8.1 Desenho técnico ... 63

9 CONCLUSÃO ... 64

REFERÊNCIAS IMAGÉTICAS ... 66

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 70

APENDICE A – CRONOGRAMA ... 72

APENDICE B – ROTEIRO DA ENTREVISTA ... 73

APENDICE C – COMPUTAÇÃO DE DADOS DA ENREVISTA ... 82

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1 INTRODUÇÃO

Ao que se entende de iluminação e seus efeitos no ambiente, é possível perceber a importância e as influencias que um ambiente com determinado tipo de iluminação pode causar. A luz pode influenciar diretamente nas sensações e impressões de uma pessoa em determinado ambiente. Ambientes com o pé direito muito alto, por exemplo, podem parecer mais aconchegantes quando se utiliza uma iluminação voltada para o piso. Um foco luminoso diretamente direcionado para uma superfície, por sua vez, pode causar um efeito de contraste de luz e sombra bastante dramático. Para se conseguir um efeito mais informal é interessante o uso de uma grande quantidade de luz colocada de maneira difusa (GURGEL, 2013).

A luz pode atuar na emoção, na psique, no humor e no estado de espírito. Ela é capaz de alterar a atmosfera de um ambiente. A iluminação de um ambiente deve ser funcional, prática e criativa. Além disso é de grande importância lembrar que a luz se relaciona diretamente com a cor. A incidência da luz sobre determinada superfície pode mudar uma tonalidade, além das diferentes cores refletirem a luz de maneira distinta (GURGEL, 2013).

Dada a importância do efeito da luz no ambiente, o projeto a ser desenvolvido trata-se do desenvolvimento de uma luminária de chão em parceria com o arquiteto Elton Canani, proprietário da loja WoodenCraft Marcenaria. A loja vende móveis como sofás, cadeiras, mesas, bar, estantes, aparadores, mesinhas de centro entre outros. Os móveis produzidos pela loja são móveis de alta qualidade e acabamento, que são desenhados e produzidos pelo proprietário da loja juntamente com seus marceneiros.

A WoodenCraft também trabalha em parceria com outros arquitetos e designers, expondo e colocando à venda em seu showroom produtos produzidos por arquitetos e designers locais.

A pesquisa desenvolvida neste trabalho, realizou-se a partir de estudos baseados na literatura e dados obtidos da empresa parceira. Para melhor organização da pesquisa, utilizou-se como metodologia de projeto o método MD3E, Método de desdobramento em três etapas.

O presente documento é relativo ao trabalho de Conclusão de Curso em Design de Produto do Instituto Federal de Santa Catarina. A proposta desse trabalho é o desenvolvimento de uma luminária que atenda às necessidades da empresa WoodenCraft Marcenaria.

O público alvo deste projeto foi definido a partir dos clientes da própria WoodenCraft. Sendo assim, este projeto busca alcançar pessoas da classe média alta em todo o território

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nacional. A idade destes compradores é de 26 a 60 anos. Este público busca produtos de bom acabamento e qualidade de material, além de serem pessoas que valorizam peças contemporâneas.

1.1 Problematização

Ao visitar a loja WoodenCraft, cujo nome fantasia é Urutu Movelaria, verificou-se que em seu showroom existem poucos modelos de luminárias. A empresa possui pendentes e abajures de outras marcas e apenas um abajur da própria marca. Este último, porém, ainda estava em fase de experimentação e desenvolvimento pelo Elton Canani.

Por meio de uma conversa informal com o proprietário, percebeu-se que ele está insatisfeito com as luminárias que são vendidas em sua loja. Além disso, a parte de iluminação não é muito explorada pela empresa. Segundo o proprietário da WoodenCraft, existe uma vontade grande de que a empresa passe a desenvolver produtos voltados para a área de iluminação.

Como a madeira de lei é a principal matéria prima utilizada pela empresa surgiu então a oportunidade de desenvolver uma luminária de chão que se utilize esse tipo de material, valorizando e realçando suas propriedades físico-estéticas. Dessa forma, é importante destacar que a luminária deverá apresentar em sua forma e materiais o conceito de contemporaneidade.

Tal conceito foi indicado pela própria empresa. E para definir em formas, cores e materiais o que contemporaneidade significa para empresa, foi desenvolvido um painel semântico com imagens dos produtos vendidos pela WoodenCraft. Tal painel, também foi desenvolvido/criado com o objetivo de mostrar os diferentes tipos de madeiras aplicadas em diferentes produtos, mostrando também o tipo de acabamento utilizado. Além da análise do portfólio da WoodenCraft, também se realizou uma pesquisa sobre design contemporâneo, a fim de avaliar os produtos da loja, e também esclarecer o que o presente trabalho adota como design contemporâneo.

No que diz respeito a qualidade do produto, a luminária à ser projetada deverá ser um produto com o uso de materiais duráveis e resistentes ao tempo. Além disso, a madeira deverá apresentar um acabamento fino, ou seja, liso e acetinado ao toque. Tal acabamento está presente em todos os produtos da WoodenCraft.

A fim de esclarecer melhor a finalidade da luminária de chão, Gurgel (2013) define que a luminária de pé (ou luminária de chão) é uma solução para ambientes que precisam de muita

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luz esporadicamente. Os tipos de lâmpadas que podem ser utilizadas em tais luminárias são dos mais variados tipos, formas, cores e intensidade luminosa. Além disso, os inúmeros modelos de luminárias de pé, com diversos estilos, possuem uma flexibilidade de movimento que garantem a praticidade ao produto (GURGEL, 2013).

1.2 Objetivos

A luminária de chão a ser desenvolvida nesse projeto, além de ter como finalidade proporcionar o aumento da funcionalidade de um ambiente durante o período noturno, sendo capaz de torná-lo mais eficiente e adequado a realização de certas tarefas, também tem como objetivo proporcionar ao ambiente, através de uma luz adequada, a sensação de aconchego e conforto. Durante o período diurno, período em que a luminária estará apagada, suas características estéticas servirão como elemento decorativo do ambiente.

1.2.1 Objetivo Geral

Projetar uma luminária de chão, predominantemente em madeira, que atenda ao conceito de contemporaneidade da WoodenCraft Marcenaria.

1.2.2 Objetivo Específico

 Analisar o portfólio da empresa e compreender o conceito de contemporaneidade para aplicá-lo ao produto;

 Conhecer/identificar o público alvo;

 Pesquisar possíveis concorrentes ao projeto que será desenvolvido;

 Diferenciar as características dos principais tipos de madeiras que podem ser usadas pela WoodenCraft;

 Compreender através da literatura como se dá a percepção de valor em relação aos produtos;

1.3 Justificativa

A partir do momento que o ser humano passa a ter domínio sobre o fogo, ele começa a desenvolver formas de transportar essa luz produzida para o local de seu interesse. Quando o homem desenvolve técnicas que possibilitam a obtenção de luz a qualquer hora, o período noturno não é mais um limitador para a realização de certas tarefas antes apenas realizáveis no

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período diurno. Segundo Fiell e Fiell (2005) o desenvolvimento da luz artificial possibilitou que o homem se libertasse dos ritmos da natureza, permitindo que ele redefinisse cada vez mais o mundo ao seu redor.

Segundo Museum (2011) a luz não pode ser tocada, porém pode ser emocionalmente sentida de uma forma bastante intensa. A luz é capaz de determinar a maneira como sentimos o ambiente. Dependendo da maneira como a luz é direcionada e demarcada espacialmente, um mesmo ambiente pode se tornar acolhedor ou ameaçador, apertado ou espaçoso, intrigante ou fútil (MUSEUM, 2011).

Uma vez que a WoodenCraft ainda não fabrica produtos voltados a área de iluminação, este projeto tem como finalidade oferecer a empresa parceira, o projeto de uma luminária de chão que dará o pontapé inicial para a fabricação de produtos voltados para esta área. Sendo assim, o projeto desenvolvido na presente pesquisa, possibilitará o começo da venda de produtos ainda não explorados pela WoodenCraft Marcenaria.

Segundo Aquino e Zilber (2014), o segmento de iluminação brasileiro vem sendo marcado pelo seu crescimento no mercado e por uma nova regulamentação técnica. A partir do apagão ocorrido no ano de 2001, houve um grande marco no setor, uma mudança no padrão de consumo de lâmpadas no Brasil. A preocupação com a utilização de lâmpadas mais eficientes e duráveis levaram a um aperfeiçoamento técnico da lâmpada eletrônica.

De acordo com a Abilux, Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, o faturamento das indústrias de iluminação em 2012, foi de R$ 3,8 bilhões, sendo que deste faturamento 61% vem da venda de luminárias, 28% da venda de lâmpadas e 11% da venda de reatores (AQUINO; ZILBER, 2014).

Visando proporcionar a WoodenCraft Marcenaria um projeto adequado a sua realidade de mercado, este projeto trata-se da criação de um produto que estará dentro do setor de produtos com maior faturamento das indústrias de iluminação, o da venda de luminárias (61%).

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2 MÉTODO DE PROJETO

Para o desenvolvimento deste projeto, será utilizado o método MD3E, Método de Desdobramento em 3 Etapas. Este método deixa de lado os fluxogramas e parte para uma estrutura radial, ou seja, a partir de uma etapa central o projeto vai se desdobrando (SANTOS; ANTHERO, 2006).

O diferencial de tal método, motivo de ser o escolhido para este projeto, é permitir o uso conjunto de outros métodos com ênfases mais específicas, sendo assim, este método permite um projetar livre e criativo. Além disso, uma vez que dentro de cada etapa, existe um desdobramento mínimo, o MD3E deixa bastante claro o objetivo que deve ser atingido dentro de cada etapa básica.

Somando as etapas básicas, juntamente com os desdobramentos mínimos e sua forma gráfica (crescimento radial), este método permite a visualização do projeto como um todo, possibilitando assim que a compreensão e organização da pesquisa se tornem mais eficientes. 2.1 Detalhamento das etapas

O MD3E ou Método Aberto é formado por três grandes etapas básicas: a pré-concepção, a concepção e a pós-concepção (SANTOS; ANTHERO, 2006).

Na fase da pré-concepção, devem ser definidas todas as atividades que antecedem a geração de alternativas. Já na pós-concepção devem estar presentes todas as atividades a serem desenvolvidas após a concepção da alternativa. (SANTOS; ANTHERO, 2006).

Para que o método ocorra de maneira adequada é necessário que haja alguns desdobramentos mínimos a partir das grandes etapas básicas. Esses desdobramentos servem como guia para que o projeto permeie as várias áreas necessárias para o seu desenvolvimento. Tais desdobramentos são: planejamento do projeto, análise do problema, atributos do produto, caminhos criativos, geração de alternativas, seleção e adequação, subsistemas/componentes, processos produtivos e mercado (SANTOS; ANTHERO, 2006).

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Figura 1: Desdobramentos mínimos obrigatórios.

Fonte: SANTOS; ANTHERO, 2006, p. 42. 2.2 Planejamento do projeto

Para o planejamento do projeto foi feito um cronograma com datas de início e de término das atividades. Tal cronograma tem como objetivo auxiliar na organização do tempo que deverá ser gasto em cada uma das atividades propostas, no qual se dá entre os meses de agosto a dezembro e encontra-se no apêndice A.

2.3 Análise do problema

Para a análise do problema foi feita uma pesquisa bibliográfica a respeito do tema percepção de valor, design contemporâneo e iluminação. Além disso, foram feitas entrevistas com o proprietário da empresa parceira para extrair informações a respeito dos atributos por ele considerados importantes.

O portfólio da empresa foi fotografado, e as imagens dos produtos foram colocadas em uma tabela afim de permitir uma análise dos produtos vendidos, além de ter a finalidade de extrair as principais características estético-formais da empresa.

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2.4 Atributos do produto

Para o desenvolvimento dos atributos do produto foram feitas algumas entrevistas com o proprietário da WoodenCraft Marcenaria para buscar informações pertinentes ao que diz respeito ao mercado consumidor e técnicas de fabricação. Além disso, também foi feita uma pesquisa de luminárias concorrentes e similares.

A fim de compreender as características estéticas consideradas importantes para o público alvo, foram realizadas entrevistas com 19 moradores de um condomínio. O condomínio, localizado em São José, Santa Catarina, é um condomínio fechado de casas padrão classe média alta. Tal pesquisa encontra-se melhor detalhada no tópico 4.3 Pesquisa de Campo, e seu roteiro de entrevista e tratamento dos dados encontra-se no apêndice B e C.

2.5 Caminhos criativos

Em relação aos caminhos criativos foi utilizado os painéis semânticos presentes no tópico 3.2 Contemporaneidade. Com base nesses painéis foram feitos outros três painéis semânticos com imagens de produtos contemporâneos, tipos de materiais e paleta de cores, que serviram de inspiração para o desenvolvimento da luminária. O painel semântico do portfólio da empresa parceira, também serviu como um caminho criativo, uma vez que a luminária a ser desenvolvida deve estar de acordo com o conceito da loja. Tais imagens serviram de apoio para a definição de formas que serão traduzidas para a luminária.

2.6 Geração de alternativas

Para a geração de alternativas foram utilizados como elemento de apoio os painéis semânticos, segundo Baxter, desenvolvidos no tópico caminhos criativos. Além disso, toda a pesquisa sobre contemporaneidade, similares, iluminação e a pesquisa sobre a empresa parceira serviram de apoio para a criação dos esboços.

2.7 Seleção e adequação

Para a seleção e adequação foram feitos, por meio de uma matriz, esboços que serão comparados e avaliados tanto pela autora da pesquisa, quanto pela empresa parceira. Tal matriz tem como objetivo alcançar uma alternativa melhor pontuada e avaliada de acordo com os objetivos e requisitos dessa pesquisa e da empresa.

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2.8 Subsistemas/Componentes

Em relação aos subsistemas/componentes foi feita uma consultoria com o responsável pela execução do projeto para que a estrutura do produto esteja de acordo com a capacidade produtiva da loja.

2.9 Processos produtivos

A alternativa escolhida foi avaliada pela WoodenCraft no que diz respeito a sua viabilidade e capacidade de produção. O produto foi produzido pela própria empresa em seu galpão de produção.

2.10 Mercado

Assim que o produto estiver finalizado será exposto na loja parceira e entrará em contato com o público.

Este projeto busca atender a cada etapa estabelecida pelo MD3E, objetivando chegar a um resultado satisfatório tanto em termos estético-formais, quanto no que diz respeito a funcionalidade do produto.

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3 ANÁLISE DO PROBLEMA

A partir dos objetivos geral e específicos, foi possível fazer o levantamento de alguns tópicos relevantes a pesquisa, como a descrição da empresa parceira, a definição do público alvo e a análise do portfólio da empresa. Além destas análises, para que seja possível a criação de um produto coerente no que diz respeito ao seu conceito, material e função, foi realizada uma breve pesquisa sobre iluminação, tipos de madeira e acabamentos, e sobre o conceito contemporaneidade.

3.1 Empresa

A WoodenCraft, loja de móveis situada no Shopping Casa e Design localizado em Florianópolis – SC, é uma empresa que desenvolve móveis em madeira maciça. Através de um processo artesanal, a empresa oferece produtos com características exclusivas, qualidade de estrutura e acabamento. Para Elton Canani, arquiteto e proprietário da empresa, a qualidade do material, da construção e do acabamento devem ser características essenciais de seus produtos. Visando atender a um público que busca o conforto, aconchego e a qualidade no que diz respeito ao material, acabamento e durabilidade do produto, a WoodenCraft adota um conceito em que deve se enquadrar sua linha de produtos: contemporaneidade.

A principal matéria prima dos produtos vendidos na loja é a madeira de lei. A empresa trabalha com vários tipos de madeira como a sucupira, canela, imbuia, cedro, garapeira, louro freijó, angelim, eucalipto, pinus e outras.

3.1.1 Percepção de valor

Em conversa com o proprietário do local, ficou evidente que seu objetivo é a venda de produtos com alto valor agregado. Sendo assim, foi feito um breve levantamento de alguns conceitos que podem ser utilizados como estratégia de marketing pela WoodenCraft. Tais conceitos são: valor entregue ao consumidor, satisfação do cliente, desempenho da oferta e estratégia genérica da diferenciação.

Segundo Kotler (2000) o valor entregue ao cliente é a diferença do conjunto de benefícios que o cliente espera de um determinado produto e o conjunto de custos que ele espera sujeitar-se para avaliar, obter, utilizar e descartar tal produto. Sendo assim, é importante que o produto, para se tornar interessante ao cliente, seja capaz de entregar um alto valor. Tal valor, porém,

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pode variar de acordo com os diferentes consumidores, uma vez que cada consumidor pode possuir diferentes expectativas em relação ao uso de determinado produto (KOTLER, 2000).

Definida sua percepção de valor em relação a determinado produto, a ponto de efetuar a compra, o segundo ponto a ser avaliado pelo consumidor é a sua satisfação em relação ao produto. A satisfação do comprador depende do desempenho da oferta em relação às suas expectativas, ou seja, é a sensação de prazer ou descontentamento que resulta da comparação do desempenho do produto em relação as expectativas de quem compra (KOTLER, 2000).

Uma vez que o desempenho não alcança as expectativas, o cliente se torna um comprador insatisfeito. Quando o desempenho consegue alcançar as expectativas do comprador, o cliente se torna satisfeito. Porém, quando o desempenho supera as expectativas, o comprador se torna um cliente com alto grau de satisfação ou encantamento, o que o torna um cliente fiel, que dificilmente mudará de marca ou fornecedor (KOTLER, 2000).

Segundo Kotler (2000) para ir em direção ao desenvolvimento de um produto ou serviço com alto desempenho, é fundamental que a empresa defina qual é o seu público interessado e quais são as suas necessidades. Dentro do público interessado, por exemplo, está a própria equipe de funcionários, que uma vez estando altamente satisfeita com a empresa, passam a fornecer um esforço maior, levando a produtos e atendimento de qualidade, criando maior satisfação entre os clientes e levando a maiores taxas de crescimento e lucro (KOTLER, 2000). Algumas empresas, segundo Kotler (2000), são guiadas pela orientação de produto, ou seja, consideram que os consumidores dão preferência a produtos que vão oferecer qualidade e desempenho superiores ou produtos que possuam características inovadoras. Tais empresas consideram que o comprador é aquele que admira produtos bem-feitos, aquele que avalia qualidade e desempenho.

Ao falar de empresas guiadas pela orientação de produto, ou seja, aquelas que investem na qualidade do produto, é interessante destacar a estratégia genérica da diferenciação. Segundo Porter (2004) a estratégia genérica da diferenciação é aquela usada para que empresa venha a se destacar no mercado em função de um produto ou serviço diferenciado, o produto deve ser considerado único no mercado.

Existem alguns métodos capazes de levar a uma estratégia de diferenciação, e o ideal para que a empresa se diferencie, e que esta utilize várias destas estratégias. Tais métodos podem atribuir-se através de diversas formas como: serviços sob encomenda, tecnologia, projeto ou

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imagem da marca, peculiaridades ou rede de fornecedores. É importante destacar que os custos não são o alvo estratégico primário, porém ele não deve ser ignorado (PORTER, 2004).

A estratégia da diferenciação é interessante para alcançar retornos acima da média. Por meio dela, a empresa pode se tornar capaz de adquirir a lealdade dos consumidores, afastando a rivalidade competitiva. Com a diferenciação a empresa pode aumentar as margens de lucro, e consequentemente se tornar capaz de excluir uma posição de baixo custo. Através da diferenciação do produto o consumidor se vê na falta de alternativas comparáveis, sendo assim ele se torna menos sensível ao preço (PORTER, 2004).

Quando a empresa adere a estratégia da diferenciação ela atinge o sentimento de exclusividade, e consequentemente se torna incompatível com a alta parcela de mercado. Além disso, é necessário que a empresa tome uma posição de pesquisa extensiva, projeto de produto, materiais de alta qualidade, ou apoio intenso ao consumidor (PORTER, 2004).

Uma vez que a WoodenCraft busca a produção de produtos de alta qualidade é interessante que a mesma adote a estratégia da diferenciação em seus produtos. A criação de uma luminária com materiais de alta qualidade e acabamento, pode ser uma estratégia de marketing interessante para atrair clientes fiéis.

3.1.1.1 Perfil do consumidor

Como a estratégia da diferenciação não atinge a alta parcela de mercado (tal estratégia requer um público comprador específico, focado na qualidade do produto, geralmente classe média alta), se torna indispensável o conhecimento dos consumidores fiéis da empresa. Uma vez que a WoodenCraft está localizada em um shopping com empresas e marcas consideradas de alto padrão, é importante conhecer o consumidor dessas lojas. De acordo com a WoodenCraft, seu público está posicionado dentre a classe média alta, sendo assim é importante conhecer a dinâmica de tal classe.

Segundo Kanuk e Schiffman (2009) as pesquisas com consumidores encontraram evidências de que existem perfis de estilo de vida das classes sociais. Opiniões, comportamentos compartilhados, atitudes e atividades tem geralmente a tendência de distinguir membros de uma determinada classe. O perfil de determinada classe é apenas um retrato genérico, sendo que cada indivíduo pode apresentar comportamentos variados, de duas ou mais classes (KANUK; SCHIFFMAN, 2009).

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Para entender melhor o público alvo desse projeto, além da pesquisa qualitativa, é interessante ter em mente a definição de perfil de classe social proposta por Kanuk e Schiffman (2009). De acordo com os autores, a classe média alta é composta pelos profissionais realizadores. Tal classe não possui uma riqueza fora do comum e são orientados para a carreira. jovens profissionais liberais de sucesso, gerentes corporativos e proprietários de empresas são alguns exemplos de perfis profissionais desta classe (a maioria deles possui alto grau de escolaridade). Este perfil possui um interesse bastante forte em relação a obtenção das “melhores coisas da vida”. Além disso, as casas do perfil classe média alta são como símbolos de suas realizações (KANUK; SCHIFFMAN, 2009).

Sendo assim, para entender quais características estético-formais a classe média alta aprecia, foi realizado uma pesquisa com perguntas sobre quais materiais, formas e cores tal público aprecia em uma luminária. A análise da pesquisa de campo encontra-se no tópico 4.2 Análise do problema. O roteiro da entrevista e a computação dos dados encontram-se respectivamente nos apêndices B e C.

3.2 Contemporaneidade

A idade contemporânea começa desde a Revolução Francesa (Século XVIII) e permanece até os dias atuais. O design contemporâneo, uma ação e tradução do momento presente, parte de uma interpretação e análise do tempo presente e do passado próximo. Ele é marcado também pelo rompimento de fronteira e pela integração de diversas áreas, como a arte, arquitetura, moda, engenharia entre outras (MOURA, 2011).

Analisando o contexto atual, pode se dizer que o design contemporâneo está inserido dentro de um enorme desenvolvimento industrial tecnológico, e em um mercado global altamente competitivo. Como consequência dessa alta competitividade, laboratórios de pesquisa de atenção ao usuário passam a ter grande importância como ferramenta de criação, de marketing e fortalecimento de marca. Sendo assim, inserido a esse contexto e com o objetivo de se manter vivo no mercado, o design contemporâneo tem adotado cada vez mais a ênfase na emoção e subjetividade (MARTINS et al., 2013).

Uma vez que o papel do designer é o de configurar o seu entorno a fim de contribuir para o bem-estar e a evolução da humanidade, outras características que envolvem o design contemporâneo são: a ergonomia, a capacidade de agregar valor aos produtos e a sustentabilidade (MARTINS et al., 2013).

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O avanço da tecnologia, com a possibilidade do uso de novos materiais, e as diversas mudanças que o mundo contemporâneo vem sofrendo, fizeram com que os designers criassem experiências de produtos e não apenas produtos. Em tais projetos a funcionalidade se funde com a significação e o emocional se une a qualidade. As características estéticas e simbólicas têm a intenção de satisfazer as necessidades psíquicas dos usuários (MARTINS et al., 2013).

Segundo Schneider (2010), a década de 1990 foi marcada pela nova simplicidade, ou seja, uma preferência para a redução a formas simples. As primeiras influencias da nova simplicidade vieram da Grã-Bretanha. Fugindo um pouco do racionalismo representado pela Escola de Ulm, os adeptos a nova simplicidade buscavam a experimentação baseada em uma abordagem criativa individual.

Os designers britânicos optaram por trabalhar de preferência com materiais brutos como o aço e o concreto. Na Suíça, desde o século XIX, a simplicidade foi um importante critério para um design de qualidade, havendo então uma busca por formas geométricas simples (SCHNEIDER, 2010).

A partir dos anos 1990 houve uma tendência de uma grande variedade de estilos. O design de autoria, ou peças com “design assinado”, com as características e estilos individuais do designer foram ganhando força (SCHNEIDER, 2010). E ainda hoje, no chamado mundo contemporâneo, produtos com design assinado fazem parte de um mercado de luxo, em que peças exclusivas ou edições limitadas chegam a adquirir preços exorbitantes.

Em contraponto, segundo Moura (2011), hoje o design contemporâneo vem sendo marcado pela criação coletiva. Ou seja, grupos interdisciplinares fazem parte de uma equipe responsável pelo desenvolvimento de projetos e produtos. Devido à complexidade do mundo contemporâneo fica cada vez mais difícil o domínio do designer individual (MOURA, 2011).

É possível perceber, em relação aos inúmeros produtos presentes no mercado nos dias atuais, a existência tanto de grupos de criação e desenvolvimento, quanto de designers individuais. Estúdios de criação como Ipisilon Design, Studio VA, Studio Zanini e nomes específicos como Jader Almeida, Sergio Rodrigues e Carlos Motta, são exemplos disso.

A estética contemporânea assume formas e características estéticas que são herança do design moderno, e não só do design moderno, mas do design que fez história desde a industrialização e os primórdios do design até hoje. O modernismo, que se desenvolveu no período entre guerras, e sua estética acabam permanecendo até os dias atuais. Produtos que

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foram desenvolvidos pela primeira escola de design, a Bauhaus, como a cadeira Wassily de Marcel Breuer por exemplo, ainda hoje são produzidas e utilizadas em ambientes.

Sendo assim, a luminária a ser desenvolvida por esse projeto busca apresentar características estéticas que podem facilmente se fundir com características do design modernista industrial, prioritariamente funcional, até o design contemporâneo atual, caracterizado pelo design emocional.

Afim de melhor esclarecer a estética contemporânea foi feito uma tabela com imagens de produtos e ambientes que marcaram época desde o século XIX até o século XXI.

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Figura 2: Tabela Imagética – Contemporaneidade.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 3: Tabela Imagética – Contemporaneidade.

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Figura 4: Tabela Imagética – Contemporaneidade.

Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 5: Planificação e extração das linhas.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Percebe-se a partir das imagens das tabelas acima a presença dominante de formas geométricas como circunferências, retângulos, retas, e curvas suaves.

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A partir da figura 5, é possível perceber que a luminária WG 24 e a Luminária Arco (indicadas na figura 2), são formadas por linhas geométricas simples. A parte da cúpula, em ambas as luminárias, é formada basicamente pela metade de uma esfera. Ao analisar essas luminárias de forma bidimensional, ou planificada através da fotografia, é possível perceber as formas geométricas simples, nesse caso, um círculo cortado por uma reta. Na WG 24, a haste é composta por um cilindro, que planificado se torna um retângulo. Já na luminária Arco, a base é um paralelepípedo, que se planificado também se torna um retângulo. O mesmo se aplica a luminária Tube e o pendente 0024, ambas as luminárias são formadas por circunferências que se extrudadas se tornam cilindros.

Ao observar a fotografia da Panton Chair (indicada na figura 2), de maneira planificada, é possível observar a presença de curvas suaves, que tem sua origem partindo de circunferências e elipses. O mesmo acontece com a cadeira para café, de Philippe Starck (indicada na figura 2). A parte do encosto é formada por uma elipse e seus pés são circunferências, que se extrudadas formam cilindros.

A presença de círculos e retângulos é bastante forte na Cadeira Temperada, de Ron Arad, no sofá de Jasper Morrison, no Buffet da Ikea e no carrinho de chá Teca, de Jader Almeida. Já no cabideiro Loose, na luminária Memory, no pendente de Tom Dixon, e na banheira de Philippe Starck, é possível observar a presença bastante forte de elipses e circunferências que serviram de apoio para a construção das linhas do produto. Nesses produtos, as formas geométricas simples foram usadas como auxílio e não diretamente na forma final do produto.

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Figura 6: Tabela Imagética – Contemporaneidade: Ambientes Casa Cor.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Em relação as cores e materiais, os ambientes contemporâneos da Casa Cor 2015 trazem a presença bastante forte dos tons de cinza. E os materiais, como o aço e a madeira, se fazem presente em todos os ambientes.

No ambiente 5x São Paulo com Deca, de Juliana Pippi, é bastante forte a presença dos materiais, como o cimento queimado o aço e a madeira. A cor da iluminação é amarelada e direcionada em alguns pontos, o que confere ao ambiente a sensação de aconchego.

No Loft da Cris, Cris Passin faz uso de linhas retas e geométricas, tanto na arquitetura do ambiente quanto nos móveis e na decoração. A cor cinza é predominante no ambiente, e a luz branca é distribuída de forma homogênea através de vários pontos de luz no teto. O laminado de madeira, e alguns móveis em madeira, conferem ao ambiente a sensação de conforto, o que traz equilíbrio com as cores e a iluminação.

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Figura 7: Tabela Imagética – Contemporaneidade: Ambientes Casa Cor.

Fonte: Arquivo Pessoal.

O living África, de Ana Paula Ronchi, traz a madeira clara como protagonista do ambiente. Os painéis de madeira na parede, à esquerda da fotografia, juntamente com as mesas de centro e mesinhas auxiliares, trazem para o ambiente as formas geométricas simples, como os círculos e os quadrados. Em relação a iluminação, o ambiente apresenta pontos específicos de luz amarelada, que somada com a madeira proporciona a sensação de aconchego para o ambiente.

No Ateliê do Mestre Cervejeiro, a cor cinza e a madeira clara também são protagonistas no ambiente. Porém, além da cor cinza, os designers optaram pelo uso de cores vibrantes em alguns pontos, como o laranja, o azul e o verde, o que traz para o ambiente uma sensação menos sóbria e mais informal. A iluminação é uma mistura de cor branca e alguns pontos específicos de luz amarelada.

3.3 Madeiras

A principal matéria prima da WoodenCraft é a madeira maciça. Sendo assim, é importante que a luminária de chão a ser desenvolvida contenha como principal matéria prima a madeira. Logo, são apresentadas algumas das características relevantes sobre alguns tipos de madeiras que o proprietário Elton citou como possíveis de serem trabalhadas em seus produtos.

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Figura 8: Tipos de Madeira.

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Figura 9: Tipos de Madeira.

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Figura 10: Tipos de Madeira.

Fonte: Arquivo Pessoal. 3.4 Iluminação

A fim de justificar a importância da luz artificial no ambiente e como ela é capaz de modificar maneira de viver do ser humano foi feito uma breve pesquisa a respeito do controle sobre a luz e os efeitos da luz.

3.4.1 O controle sobre a luz

Acredita-se que em 70 000 a.C. começaram a surgir as primeiras lâmpadas. Essas lâmpadas eram feitas de conchas e pedras ocas que tinham como combustível matérias orgânicas secas misturadas com gordura animal. Depois, por volta de 3000 a.C. começaram a surgir as lâmpadas a óleo. Um grande passo da humanidade foi quando o homem conseguiu evoluir da fogueira no chão para a lamparina a óleo, uma vez que essa última tornou possível a mobilidade da luz (FIELL; FIELL, 2005).

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No período romano as lâmpadas a óleo se tornaram comuns entre os cidadãos romanos. As lamparinas eram feitas de argila e possuíam diversas formas, eram decoradas com cenas alegóricas, eróticas ou de caça. Desde então o óleo foi o principal combustível no uso das lâmpadas, até que em 1792 o engenheiro escocês William Murdock passou a utilizar o gás como combustível para a iluminação (FIELL; FIELL, 2005).

Murdock trabalhava na Boulton & Watt, que em 1799 passou a produzir aparelhos de iluminação a gás. Quatro anos depois em Londres foram instalados aparelhos de iluminação pública a gás. E em 1900, com o avanço da tecnologia, a iluminação a gás passou a apresentar uma luz branca e brilhante. Mais tarde com o avanço da eletricidade os aparelhos a gás foram substituídos pela iluminação elétrica (FIELL; FIELL, 2005).

O avanço da iluminação artificial trouxe progressos desde a área econômica até a artística, e trouxe ganhos até mesmo para a saúde e segurança do homem. Com a disseminação da eletricidade dentro de casa no fim no século XIX houve então a emergência de uma nova profissão, a de desenhista industrial (FIELL; FIELL, 2005).

Artistas, arquitetos e engenheiros, aderindo as novas tecnologias desenharam e produziram luminárias dos mais variados tipos. A maior flexibilidade em relação aos requisitos ergonômicos no produto permitiu desenhos de luminárias de diversas formas, cores, tamanhos e materiais. As luminárias já não possuíam apenas uma função prática, de iluminar certo ambiente/local, mas existiam também como objetos decorativos da casa (FIELL; FIELL, 2005). 3.4.2 Efeitos da luz

Cada tipo de espaço requer um tipo específico de iluminação de acordo com o destino que será dado ao ambiente. Dependendo da tarefa a ser realizada em cada espaço, diferentes lâmpadas com cores distintas podem ser mais adequadas do que outras.

Como em ambientes domésticos a luz artificial tende a ser semelhante a luz natural, e somando com a presença de diversas tonalidades de luz (natural mais artificial), o ser humano pode ser afetado subliminarmente pela maneira como a cor é refletida por elas (MUSEUM, 2011).

A lâmpada incandescente, por exemplo, emite uma temperatura de cor muito semelhante a luz natural, produzindo um tom quente e amarelado que garantem uma sensação acolhedora e

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embeleza a fisionomia das pessoas. Já a luz fluorescente, emite um tom esverdeado e azulado que pode causar certa irritação além de empalidecer a fisionomia (MUSEUM, 2011).

A partir de 1938 as lâmpadas fluorescentes foram inseridas no mercado, e devido a sua relativa durabilidade, por ser uma fonte de luz considerada barata e pelo fato de não aquecer como as lâmpadas incandescentes, tais lâmpadas passaram a fazer parte em larga escala de ambientes como escritórios, escolas e fábricas. No ambiente doméstico, porém, devido a temperatura de cor emitida, as lâmpadas fluorescentes eram destinadas aos cômodos como garagem, despensa e área de serviço (MUSEUM, 2011).

Segundo Museum (2011), as lâmpadas halógenas por sua vez, vieram fazer parte da vida doméstica em 1980. Tal lâmpada é capaz de emitir uma luz de cor branca que permite uma percepção precisa das cores no ambiente, porém apresenta um aquecimento considerável.

Hoje o mercado de lâmpadas incandescentes e halógenas está diminuindo cada vez mais, com tendência entrar em extinção. Uma vez que as lâmpadas de LED possuem a capacidade de emitir diversas cores e tonalidades, com um custo bastante baixo, sendo elas ao mesmo tempo econômicas, é cada vez maior o número de lâmpadas de LED tanto em ambientes comerciais quanto em ambientes domésticos.

É interessante observar a questão da temperatura de cor emitida pelas lâmpadas, pois é ela que influencia nas tonalidades de cores refletidas e consequentemente na percepção que se tem ao se identificar tais tonalidades. Segundo Costa (2010), quanto mais claro o branco, ou seja, quanto mais próximo da luz do dia ao meio-dia, maior é a temperatura de cor. A luz incandescente apresenta uma temperatura de cor em torno dos 2700K (Kelvin).

Ao dizer que um sistema de iluminação apresenta uma luz quente, não necessariamente significa que esse sistema apresenta uma alta temperatura de cor. Significa apenas dizer que tal sistema de iluminação apresenta a cor mais amarelada. Esse tipo de iluminação é mais utilizado em salas de jantar, quartos ou em ambientes em que se deseja ter um efeito mais a aconchegante (COSTA, 2010).

Quanto maior é a temperatura de cor mais “fria” é a luz. Esse tipo de iluminação geralmente é aplicado a ambientes onde se deseja estimular alguma atividade, como por exemplo em cozinhas, escritórios e sala de estudos (COSTA, 2010).

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As lâmpadas de LED, possuem uma variedade de modelos com uma larga faixa de temperatura de cor (pode variar de 2.670 K até 10.000 K). Tal característica permite que as lâmpadas de LED possam ser utilizadas em diversos ambientes com diversas finalidades. Além disso, a vida média das lâmpadas de LED é 50.000 horas, sendo que a vida média das incandescentes é de 1000 horas, halógenas 2000 horas e fluorescentes variam de 8.000 a 16.000 horas (PINTO, 2008).

Outra característica que deve ser observada nas lâmpadas é o seu IRC (índice de reprodução de cores). Segundo Pinto (2008), o IRC é a relação entre a cor real do objeto com a sua cor aparente quando o mesmo é colocado sob uma fonte de luz artificial. O IRC pode ser avaliado em uma escala de 0 a 100, em que 100 representa um alto IRC, é quando a fonte luminosa está mais próxima à luz do dia ao meio-dia. Quanto mais próximo de 100 for o IRC mais fiel será a reprodução das cores do objeto iluminado. As lâmpadas de LED branco podem apresentar um IRC entre 70 e 90 (PINTO, 2008).

Figura 11: Classificação do índice de reprodução de cores

Fonte: PINTO, 2008, p. 33.

De acordo os dados abordados pelos diferentes autores citados anteriormente, este projeto deverá apresentar em sua fonte luminosa temperatura de cor e IRC adequados para tal ambiente. De acordo com os resultados obtidos com a pesquisa de campo tal luminária deverá atender de forma satisfatória, tanto em aspectos funcionais quantos estéticos, o ambiente no qual ela estará inserida.

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4 ATRIBUTOS DO PRODUTO

Para auxiliar na criação da luminária, foram levantados e analisados alguns dados importantes que devem ser levados em consideração neste projeto. O levantamento e a análise dos dados, compõem-se da análise de portfólio da empresa, análise de similares e pesquisa de campo. Tais análises resultam na definição dos requisitos.

Analisar os aspectos formais do portfólio da empresa permite que se verifique os principais traços que compõem a linha de produtos da WoodenCraft. O objetivo desta coleta é identificar no portfólio da loja as características comuns entre os produtos, e comparar com o conceito de contemporaneidade descrito na fundamentação deste trabalho.

A fim de analisar as possíveis concorrentes à luminária a ser desenvolvida, realizou-se uma pesquisa imagética de algumas luminárias oferecidas no mercado. Como o objetivo deste projeto é a criação de uma luminária que possua a madeira como matéria prima, a pesquisa foi direcionada na busca de luminárias que possuem tal material em sua composição. O objetivo deste levantamento é avaliar o que está sendo vendido hoje na área de iluminação, e como a WoodenCraft, por meio deste produto, pode se diferenciar nesse mercado.

Além da pesquisa de similares também foram realizadas pesquisas a campo com pessoas da classe média alta. Tal pesquisa tem o objetivo de avaliar características consideradas importantes para o público no que diz respeito ás características estético-formais de uma luminária.

4.1 Análise de Portfólio da Empresa

Para entender os conceitos de contemporaneidade aplicados aos produtos da WoodenCraft foram feitos registros de alguns dos móveis expostos em seu showroom.

As imagens foram organizadas em grupos com características semelhantes. Na figura 8 e 9 foram agrupados os produtos que apresentam os retângulos e os quadrados como principais linhas de formação dos produtos.

Na figura 12, percebe-se que os produtos possuem formas elementares, ou seja, simples. As linhas usadas para a construção do produto não fogem das formas geométricas básicas. Se avaliados de acordo com a Gestalt, existe em tais produtos um alto grau de pregnância, pois são produtos de fácil compreensão e leitura.

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Já na figura 13, se comparada a figura 12, os produtos, apesar de também serem formados por linhas elementares, apresentam uma maior quantidade de informação, ou seja, de linhas de construção. Sendo assim, os produtos agrupados na figura 12 apresentam uma maior pregnância se comparados com os produtos agrupados na figura 13.

Figura 12: Portfólio WoodenCraft.

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Figura 13: Portfólio WoodenCraft.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Na figura 14, as principais linhas que compõem os produtos continuam sendo os retângulos e quadrados, porém no Balcão Buffet, no Banco Bell, na mesa de centro e no buffet com portas em laca, existe a presença de curvas suaves, que surgem da junção dos retângulos com as circunferências. Tais produtos também apresentam um alto grau de pregnância se comparados aos produtos da figura 13.

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Figura 14: Portfólio WoodenCraft.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Na figura 15, os círculos aparecem como principal linha de composição dos produtos. Tais produtos possuem características formais bastante elementares, ou seja, as formas básicas simples, como os círculos e os quadrados, podem ser percebidas na construção dos produtos. Sendo assim, tais produtos apresentam um alto grau de pregnância, pois são produtos de fácil compreensão e leitura.

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Figura 15: Portfólio WoodenCraft.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Após a análise do local, dos produtos e das fotografias, foi possível conhecer os tipos de móveis, objetos e ambiente que para o proprietário carregam consigo os conceitos contemporâneo e atemporal. É interessante destacar que as formas geométricas presentes nas tabelas dos produtos contemporâneos se fazem presentes nos produtos vendidos pela empresa. Destaca-se nos móveis a presença de linhas retas e curvas suaves.

Em relação a criação da luminária, é fundamental o desenvolvimento de um produto que contenha formas elementares com um alto grau de pregnância, uma vez que a principal cacterística do produto contemporâneo são as linhas elementares, como círculos e retângulos, e alta pregnância formal.

4.2 Análise de Similares

Para o desenvolvimento desse projeto foram selecionados os similares nas seguintes lojas: Masotti Objeto de Estima, Ouse Iluminação, Simmetria Ambienti, Mies Casa, Arquivo Contemporâneo, Carlos Motta, Ipsilon Design e Sollos.

A loja Masotti Objeto de Estima, é uma franquia que possui lojas em oito estados do Brasil (São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí, Paraná, Mato Grosso e Ceará). Em Florianópolis a loja se localiza no Shopping Casa e Design. A Ouse Iluminação

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também está localizada em Florianópolis e possui duas lojas, uma delas localizada no Shopping Casa e Design e a outra localizada no Centro. A loja trabalha com diversas marcas de luminárias, tanto nacionais quanto internacionais.

Simmetria Ambienti é uma loja de móveis e objetos decorativos localizada em Curitiba. A loja trabalha com peças de alto padrão e assinadas por designers conceituados. Já a Mies Casa, também loja de móveis e objetos decorativos de alto padrão, está localizada em Araraquara (São Paulo). A loja, assim como a Simmetria, possui peças assinadas por diversos designers e marcas. Também considerada uma loja de alto padrão, a loja Arquivo Contemporâneo, localizada em Ipanema no Rio de Janeiro, trabalha com peças ícones do design contemporâneo brasileiro.

Ipsilon Design, localizada em Florianópolis e Sollos (em Florianópolis representada pela Icon Interiores) são lojas que trazem consigo peças características do design contemporâneo. A primeira (Ipsilon) possui produtos que são desenvolvidos por três designers, respectivos sócios da marca. Já a segunda (Icon) é propriedade do designer Jader Almeida e vende em sua loja produtos criados por ele e algumas peças de Sérgio Rodrigues.

O objetivo dessa busca é extrair características do mercado brasileiro de luminárias que utilizam a madeira como matéria prima.

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Figura 16: Tabela de similares 01.

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Figura 17: Tabela de similares 02.

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Figura 18: Tabela de similares 03.

Fonte: Arquivo pessoal.

Ao observar as formas das luminárias nas tabelas acima é possível observar que aquelas que são fabricadas quase que totalmente em madeira, apresentam formas bastante tradicionais que se repetem em diversas luminárias no mercado, compostas por um tripé e uma cúpula, ou uma base, uma haste central e uma cúpula.

A combinação dos materiais, como o aço inox e a madeira, também não foi muito explorada nos similares levantados. Na luminária Ani e Arch, por exemplo, foi utilizado como combinação a madeira e o ferro pintado. Os materiais que mais aparecem neste levantamento são: a madeira, o ferro pintado e o tecido. O vidro, por sua vez, não ganhou muito espaço, sendo que dos itens selecionados na pesquisa nenhum possui vidro em sua composição.

Sendo assim, através do levantamento de similares é possível verificar uma carência de formas que fogem das formas tradicionais (um tripé e uma cúpula, ou uma base, uma haste central e uma cúpula). Logo, existe uma oportunidade para que a luminária a ser desenvolvida

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se diferencie no mercado através de formas que fogem das formas tradicionais oferecidas hoje. Além disso também se verificou a oportunidade da criação de uma luminária que faça o uso de combinações de materiais de qualidade como a madeira de lei, o aço inox e o vidro, com formas que valorizem tais materiais.

4.3 Pesquisa de campo

A pesquisa de campo realizada teve como objetivo a busca de informações do público classe média alta. Como o público da WoodenCraft se caracteriza como classe média alta, a pesquisa de campo foi realizada com moradores de casas um condomínio fechado. O condomínio está localizado em São José no estado de Santa Catarina.

Para a obtenção das informações foram realizadas entrevistas em 18 casas e com 19 moradores, entre um período de duas semanas (de 03/10/2016 à 14/10/2016). A entrevista foi feita a partir de um questionário semiestruturado com perguntas fechadas e outras abertas. As perguntas foram lidas e anotadas as respostas pela própria autora deste projeto. No decorrer das entrevistas foi possível uma conversa informal e proveitosa, que trouxe informações pertinentes para o desenvolvimento da luminária, como por exemplo o tipo de luminária a ser desenvolvida, os materiais a serem utilizados, sua forma e cores.

A técnica de pesquisa utilizada foi a entrevista. Segundo Lakatos e Marconi (2010), o principal objetivo da entrevista é a obtenção de informações do entrevistado sobre determinado assunto ou problema. O tipo de entrevista utilizada foi a padronizada ou estruturada, em que se faz o uso de um roteiro pré-estabelecido por parte do entrevistador, ou seja, as perguntas feitas pelo entrevistador são pré-determinadas. Tal pesquisa deve ser elaborada de preferência com pessoas selecionas de acordo com um plano (LAKATOS; MARCONI, 2010). O roteiro da entrevista encontra-se no apêndice B.

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4.3.1 Análise dos dados

A tabela abaixo mostra os dados colhidos através das entrevistas realizadas. Tabela 1 – Características dos entrevistados.

Número total de entrevistados 19 Homens 3 Mulheres 16 Número de entrevistados com o

segundo grau completo 19 Número de entrevistados com nível

superior completo 13 Faixa etária dos entrevistados

Entre 15 a 25 anos 0 Entre 26 a 35 anos 5 Entre 36 a 45 anos 5 Entre 46 a 55 anos 4 Entre 56 a 65 anos 5 Com mais de 65 anos 0

Fonte: Arquivo Pessoal.

Na questão número 1 foram citados alguns atributos que deveriam ser classificados por ordem de maior importância para o entrevistado. O objetivo era compreender quais características eram consideradas mais relevantes para o entrevistado no que diz respeito a um produto de qualidade. O gráfico 3 – Ordem de relevância das características de um produto, mostra em porcentagens quais atributos os entrevistados consideram de maior importância ao pensar em um produto de qualidade.

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Gráfico 1 – Ordem de relevância das características de um produto.

Fonte: Arquivo Pessoal.

É interessante observar que ao avaliar um produto como sendo de qualidade os entrevistados atribuíram maior pontuação ao atributo durabilidade, em seguida por ordem de maior importância apareceu o atributo funcional, único, com formas que o agradam e por último o atributo barato.

Através da entrevista foi possível perceber que para os entrevistados um produto bom, de qualidade deve ser essencialmente durável e funcional. Além dessas características os entrevistados demonstraram interesse e enxergam qualidade em produtos únicos. Em relação ao preço a maioria dos entrevistados demonstraram que preferem investir em um produto com preço mais elevado, porém durável, do que comprar um produto de menor valor, porém que não fosse durável.

Na questão de número 2 foi questionado ao entrevistado se ele considerava o tempo de duração do produto antes da realização da compra. O objetivo era saber se o entrevistado, na hora da compra de um produto, opta por aquele que irá durar por um bom tempo ou se ele prefere aqueles que lhe agradam esteticamente e apresentam um bom preço, porém que não durem tanto para poder renovar a decoração com maior frequência. O resultado desta questão mostrou que 9 pessoas optaram por produtos duráveis e 10 optaram por produtos com menor tempo de duração pois tem o interesse de renovar a decoração da casa com maior frequência.

Ao analisar esse resultado é relevante concluir que para os participantes uma peça de decoração, como uma luminária, não precisa ser uma peça que permaneça em suas casas a vida toda, pois eles pretendem renovar a decoração de tempos em tempos. A partir de tal informação é possível ter como norte o desenvolvimento de uma luminária com características estéticas próprias do design contemporâneo. Ao passar do tempo e com as mudanças de padrões estéticos tal luminária poderá estar sujeita a ser substituída por outra.

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Gráfico 2 – Durabilidade.

Fonte: Arquivo Pessoal.

A questão de número 3 foi elaborada com o objetivo de entender que tipos de materiais eram vistos como de qualidade para o entrevistado. Foram citados alguns materiais específicos para que o entrevistado pontuasse em quais deles ele enxergava valor, e como ele avaliava os materiais. No gráfico 3 – Avaliação dos materiais, é possível perceber quais os materiais foram vistos como de maior valor para os participantes.

Os três materiais bem avaliados pelos entrevistados foram o aço inox (100%), o vidro (92%) e a madeira de lei (87%) respectivamente. Para auxiliar os entrevistados sobre os materiais, foram fornecidas imagens que exemplificavam o tipo de material que estava sendo citado. Tal material encontra-se no apêndice B.

Ao atribuir qualidade a madeira de lei, o público questionado confirmou o uso de tal material para a luminária. Usar a madeira, principal matéria prima da WoodenCraft, na luminária, pode agradar e aumentar a percepção de valor do público alvo em relação ao produto. Além da madeira, o aço inox e o vidro também são uma boa escolha para a composição da luminária, uma vez que os participantes das entrevistas demonstraram grande interesse em tais materiais. 9 10

Durabilidade

Durável Não durável

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Gráfico 3 – Avaliação dos materiais.

Fonte: Arquivo pessoal.

A questão de número 4 foi elaborada a fim de entender quais as características formais os entrevistados observam como sendo de maior valor. Foi questionado acerca do acabamento da superfície de uma luminária, os tipos de formas e os tipos de cores. O gráfico 6 – Características que chamam a atenção em uma luminária, mostra quais características os entrevistados consideravam interessantes e relevantes em uma luminária.

Gráfico 4 – Características que chamam a atenção em uma luminária.

Fonte: Arquivo Pessoal.

A partir do gráfico acima é possível avaliar que para o desenvolvimento da luminária é imprescindível o uso de cores neutras e formas simples, características consideradas importantes para os entrevistados.

A questão de número 5 foi elaborada a fim de extrair do entrevistado informações a respeito do tipo de luminária que ele gostaria de possuir e em qual ambiente gostaria de ter uma luminária. Em relação ao tipo de luminária o abajur de chão foi a opção mais desejada pelos entrevistados, o que veio a confirmar e aprovar o tipo de luminária escolhida para o desenvolvimento deste projeto. O gráfico 7 – Tipos de luminárias, mostra se os entrevistados

87% 100% 50% 68% 61% 32% 53% 45% 50% 92% 47% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Madeira de lei

Aço Inox Bronze Cobre Alumínio Plástico Acrílico Borracha MDF Vidro Cerâmica

Materiais

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já possuíam; gostariam de possuir ou não possuíam (ou gostariam de obter) o tipo de luminária citada.

Para auxiliar os entrevistados foi mostrado imagens de diferentes tipos de luminárias. E afim de obter dados mais específicos em relação ao tipo de iluminação, as luminárias foram divididas em abajur (exemplificado como aquele que fornece uma luz difusa) e luminária (exemplificada como aquela que fornece um foco de luz direcionado). Além dos abajures e luminárias também foram fornecidos exemplos de lustre e pendente. Os exemplos de tipos de luminárias encontram-se no apêndice B.

Gráfico 5 – Tipos de luminárias.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Em relação ao ambiente em que os entrevistados possuíam maior interesse de obter uma luminária, a sala foi o ambiente mais citado nas entrevistas.

4.4 Requisitos

A partir dos dados obtidos por meio da entrevista foi possível listar alguns requisitos que devem ser considerados para a criação da luminária. Tais requisitos são:

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- Uso de formas geométricas simples e com alta pregnância formal. - Acabamento uniforme.

- Combinação de madeira e aço inox na estrutura. - Uso da lâmpada de LED.

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5 CAMINHOS CRIATIVOS

A fim de auxiliar na geração de alternativas foram feitos painéis semânticos com imagens de produtos contemporâneos, formas e materiais que servirão de referência estética para a criação do abajur de chão.

Tais painéis foram criados a partir da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo. 5.1 Painéis semânticos

As figuras 19, 20 e 21 (produtos contemporâneos), apresentam imagens de produtos contemporâneos que foram produzidos a partir do ano de 1924 até 2016. Tais produtos foram escolhidos por apresentarem características formais comuns: formas simples e geométricas.

O painel de material, apresenta imagens de produtos contemporâneos que possuem em sua estrutura os materiais considerados de maior valor pelos entrevistados na pesquisa de campo. Tais materiais são: aço inox, madeira e vidro.

Figura 19: Painel Semântico de Produtos Contemporâneos 1.

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Figura 20: Painel Semântico de Produtos Contemporâneos 2.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 21: Painel Semântico de Produtos Contemporâneos 3.

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Figura 22: Painel Semântico Material.

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6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Os esboços apresentados abaixo foram desenhados com base nos painéis semânticos apresentados dentro do tópico caminhos criativos. O objetivo foi desenhar linhas e formas presentes nos painéis semânticos e gerar formas com alta pregnância formal, representando assim o design contemporâneo apresentado ao longo da pesquisa.

Figura 23: Esboços.

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Figura 24: Esboços.

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7 SELEÇÃO E ADEQUAÇÃO

A fim de selecionar a alternativa mais adequada, foi realizada uma reunião entre a autora deste projeto e o proprietário da WoodenCraft, em que os 32 esboços foram dispostos de forma a serem comparados e avaliados entre si. O meio de avaliação foi dar notas de 0 a 5 para cada um dos 7 esboços selecionados.

Os esboços foram avaliados no que diz respeito ao uso de formas geométricas simples e com alta pregnância formal, combinação de madeira e aço inox na estrutura, e não apresentar formas básicas (tripé e cúpula, ou base, haste central e cúpula).

As somatórias das notas levaram a escolha de uma alternativa, que foi aprimorada e detalhada no que diz respeito a sua estrutura e dimensões.

Todos os esboços selecionados apresentam em sua forma básica a combinação de formas geométricas simples.

Figura 25: Seleção.

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Figura 26: Seleção.

Fonte: Arquivo Pessoal.

O esboço de número 7, obteve maior pontuação, e foi selecionado para ser a luminária desenvolvida pela WoodenCraft Marcenaria. Composta por um círculo em sua base e dois círculos no topo da haste, a luminária de número 7 apresentou pontuação máxima no que diz respeito a alta pregnância formal e a combinação de madeira e aço inox em sua estrutura.

De acordo com Elton Canani, o esboço de número 7 é capaz de traduzir o conceito contemporâneo da WoodenCraf. Sendo assim, foram feitos alguns refinamentos partindo desse esboço a fim de chegar na alternativa mais adequada.

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Figura 27: Variações.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Com o objetivo de avaliar os possíveis perfis a serem utilizados na haste da luminária, foram testados três tipos de canos. Na luminária de número 1, o cano de inox utilizado foi o de sessão quadrada, com dimensões de 25x25mm. Já a luminária de número 2 foi testada com um cano se sessão circular, com um diâmetro de 38,1mm. E nas luminárias de número 3, 4, 5 e 6 foi testado o cano se sessão circular com o diâmetro de 25,4mm.

Os diferentes tipos de canos foram comparados entre si e avaliados, tanto no que diz respeito a sua estética quanto a sua funcionalidade e sustentabilidade. Sendo assim, o cano de sessão circular, com o menor diâmetro, de 25,4mm, foi o escolhido por apresentar em sua estrutura uma menor quantidade de material se comparado as luminárias 1 e 2. O objetivo foi escolher a alternativa que não fornecesse material em excesso para a luminária.

Em relação a cúpula superior e inferior foi testado alguns tipos de acabamentos, como os diferentes tamanhos de filetes nos cilindros que formam a cúpula. As luminárias 2, 3 e 4 mostram os diferentes tamanhos de filetes que foram experimentados. A luminária de número 2 apresenta um filete de raio 10mm, preservando a forma de cilindro e eliminando apenas o acabamento seco da superfície. A luminária de número 3, por sua vez, apresentou um filete de raio maior, afim de trabalhar uma estética com curvas mais suaves se comparada com a cúpula da luminária de número 2. Já na luminária de número 3, o objetivo foi trabalhar com a meia

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esfera, a fim de fornecer para a luminária uma estética mais feminina, com a forma bastante arredondada.

O fator que definiu o tipo de filete nas cúpulas superior e inferior da luminária foi a questão do melhor aproveitamento da matéria prima. Sendo assim, a luminária com o menor filete foi a escolhida, pois em seu processo de fabricação é a que possibilitará a menor perda de material.

Figura 28: Alternativa Final.

Fonte: Arquivo Pessoal.

A alternativa final apresenta como inspiração o conceito de design contemporâneo apresentado ao longo desta pesquisa. A utilização de formas geométricas simples e uma composição de alta pregnância formal foram fundamentais para o desenvolvimento deste produto. Os materiais utilizados foram aqueles considerados nobres no mercado, como a madeira maciça e o aço inox. As formas e o acabamento das peças são de alta qualidade, em que a madeira foi altamente polida, possibilitando um acabamento acetinado ao toque. O aço inox também apresentou um acabamento de polimento fino, o que conferiu um alto brilho a peça.

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O tipo de iluminação escolhida para a Luminária Madi, foi a fita de LED na cor amarela. A escolha do LED foi devido ao seu baixo consumo de energia e alta duração. E a cor amarela, por sua vez, foi escolhida por proporcionar ao ambiente uma sensação de aconchego e conforto.

Figura 29: Alternativa Final.

Fonte: Arquivo Pessoal. 7.1 Ambientação

A fim de visualizar a luminária em um ambiente real de utilização, foram feitas algumas imagens com a Luminária Madi ambientada em possíveis locais de uso.

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Figura 30: Alternativa Final.

Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 31: Alternativa Final.

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Figura 32: Alternativa Final.

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8 SUBSISTEMAS/COMPONENTES E PROCESSO PRODUTIVO

Juntamente com Elton Canani, a alternativa final foi desenvolvida e pensada no que diz respeito a sua forma de construção e elementos de fixação. A partir do momento em que a luminária passou pelo detalhamento técnico, ela foi produzida por fornecedores da WoodenCraft Marcenaria.

Figura 33: Alternativa Final.

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Figura 34: Alternativa Final.

Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 35: Alternativa Final.

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Figura 36: Processo produtivo.

Fonte: Arquivo Pessoal. Figura 37: Processo produtivo.

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