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1. Princípios e regras fundamentais da Previdência Social continuação:

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

PONTO 1: Princípios e regras fundamentais da Previdência Social – continuação

PONTO 2: Plano de Benefício

PONTO 3: Segurados do regime geral

1. Princípios e regras fundamentais da Previdência Social – continuação: A) Filiação obrigatória.

B) Caráter contributivo.

C) Equilíbrio financeiro e atuarial.

D) Correção monetária dos Salários de Contribuição (S.C.). E) Preservação do Poder Aquisitivo do valor dos benefícios. F) Garantia do beneficio mínimo.

G) Previdência Complementar Facultativa. H) Princípio da Comutatividade.

I) Indisponibilidade dos direitos dos beneficiários.

D) Correção monetária dos Salários de Contribuição (S.C.).

Uma das determinações da CF é de que todos os salários de contribuição que servirão para calculo da media salarial para o beneficio devem ser atualizados monetariamente mês a mês, até o mês anterior a concessão do beneficio.

Um exemplo de ação revisional que foi reconhecida e pacificada pela Jurisprudência Nacional foi a questão de IRSM de fevereiro de 1994. Para correção monetária era utilizado o índice oficial utilizado era o IRSM. Quando surgiu a URV em março de 1994, a lei que determinava conversão dos valores para atualização dos salários de contribuição determinou que aqueles valores anteriores a fevereiro de 1994 seriam atualizados até fevereiro pelo IRSM e convertidos pela URVA do dia 28 de fevereiro de 1994.

Na pratica, os salários de contribuição foram atualizados até 1º fevereiro e convertidos em URV no dia 28 de fevereiro, ficando um mês sem atualização dos salários de contribuição. Por isso, se reconheceu, com base neste dispositivo na Constituição, que devem ser corrigidos monetariamente todos os salários de contribuição até o mês anterior da concessão do beneficio.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Salário de contribuição: é a remuneração do segurado sobre a qual incide a contribuição, com os limites mínimos e máximos. Adicional de periculosidade, insalubridade, hora-extra entra como salário contribuição, ou seja, tudo o que tem natureza remunaretatoira é considerado como salário contribuição.

Porém, os valores que têm natureza indenizatória não são considerados salário contribuição. Por exemplo: diárias que não excedam 50% do valor da remuneração mensal, auxílio alimentação, vale transporte, FGTS.

A função gratificada depende da época e do regime de previdenciário ao qual o segurado está vinculado para ser considerado salário contribuição. Atualmente, o servidor público federal é regido pela Lei 9.717/98 que prevê o regime próprio de previdência e a Lei 10.887/04.

Art. 1o No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, previsto no § 3o do art. 40 da Constituição Federal e no art. 2o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência.

§ 2o

A base de cálculo dos proventos será a remuneração do servidor no cargo efetivo nas competências a partir de julho de 1994 em que não tenha havido contribuição para regime próprio.

Art. 4o A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de 11% (onze por cento), incidente sobre a totalidade da base de contribuição. (Vide Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 1o

Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas: I - as diárias para viagens;

II - a ajuda de custo em razão de mudança de sede; III - a indenização de transporte;

IV - o salário-família; V - o auxílio-alimentação; VI - o auxílio-creche;

VII - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;

VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança; e IX - o abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5o do art. 2o e o § 1o do art. 3o da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO E) Preservação do Poder Aquisitivo do valor dos benefícios.

De regra, tudo o que se vale como base contributiva será considerado para base de cálculo do beneficio. Com exceções, como por exemplo, 13º salário.

O cálculo do beneficio: renda mensal inicial de um beneficio corresponde a percentual X (Lei indica) do salário de beneficio. Não se trata de salário de contribuição. O salário de beneficio é uma média aritmética simples do salário de contribuição.

Atualmente, o reajuste dos benefícios previdenciários tem sido feito no mesmo mês em que se aumenta o salário mínimo.

O legislador e o governo não podem resolver não dar nenhum aumento, devido a obrigação constitucional de preservação do valor real do beneficio.

O princípio constitucional menciona que o índice da correção monetária será feito nos termos da lei.

Caso haja vários índices de desvalorização monetária, o STF menciona que o legislador pode optar por qualquer um dos índices.

Não pode atrelar a apresentação do valor real ao número de salário mínimo vigente na época da concessão do beneficio - Súmula Vinculante 41

.

Atualmente, a Lei regulamenta essa determinação de preservação do valor rela do beneficio no art. 41-A:

Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do

reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último

reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

O índice atual de reajustamento do benéfico previdenciário é o INPC, é aplicado de ano em ano, no mesmo mês em que é ajustado o salário mínimo.

1 STF Súmula Vinculante nº 4 - Salário Mínimo - Indexador de Base de Cálculo de Vantagem de

Servidor Público ou de Empregado. Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

O legislador ou Governo pode ser num percentual maior do que o INPC, pois deve, ao menos, preservar o valor da moeda.

Segundo o STF é constitucional alteração do índice por Medida Provisória, desde que seja convertida em Lei.

STF refere que não há necessidade da utilização do mesmo índice para atualização do salário de contribuição e do beneficio.

O simples aumento do limite máximo do salário contribuição, como ocorreu com a E.C. 20 e a 41, não implica reajuste de beneficio.

O legislador refere que o beneficio será “pro rata”, ou seja, proporcional, de acordo com a data de inicio do benefício ou último reajustamento.

Súmula 51 do TRF4: “Não se aplicam os critérios da súmula nº 260 do extinto Tribunal Federal de Recursos aos benefícios previdenciários concedidos após a Constituição Federal de 1988”.

F) Garantia do beneficio mínimo.

Art 201, §2º da CF - Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Trata-se de nenhum beneficio que substitua a renda do trabalhador menos que um salário mínimo. Mas pode receber o salário contribuição menor que salário mínimo.

G) Previdência Complementar Facultativa.

Art. 202 da CF regulamentado pela LC 108 e 109 de 2001.

A CF/88 traz o Regime Geral da Previdência Social – RGPS (Estatal) que abrangia dois regimes:

- Obrigatório:

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

- Segurado obrigatório, tendo opção do segurado facultativo também se inscrever.

-Facultativo Complementar: - também estatal.

- permitia para que as pessoas que ganhassem mais que o limite máximo complementasse sua renda.

- Nunca foi regulamentado.

Com E.C. 20 de 1998, ao invés do Legislador Constituinte Ordinário complementar o regime estatal facultativo complementar, o legislador Constituinte Derivado optou por cindir os regimes. Tornando-se regime privado. Ficou a cargo das empresas criarem os regimes fechados para os seus funcionários ou os regimes abertos (privado).

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,

Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese

alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 20, de 1998)

Exceção na qualidade de patrocinador, só até o mesmo valor que o funcionário paga. Ex: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) – LC 108.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

H) Princípio da Comutatividade.

Contagem recíproca do tempo de contribuição.

Art 201, §9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

I) Indisponibilidade dos direitos dos beneficiários.

O STF já decidiu em inúmeras vezes que soldo, salário, pensão e aposentadoria tem natureza alimentar. Portanto, são inalienáveis, impenhoráveis, insuscetíveis de cessão de direitos.

Art. 114 da Lei 8213/91: Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou derivado da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode ser objeto de penhora, arresto ou seqüestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para o seu recebimento.

Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios:

I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; II - pagamento de benefício além do devido;

III - Imposto de Renda retido na fonte;

IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial;

V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados.

VI - pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de trinta por cento do valor do benefício. (Incluído pela Lei nº 10.820, de 17.12.2003)

§ 1o

Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em parcelas, conforme dispuser o regulamento, salvo má-fé. (Renumerado pela Lei nº 10.820, de 17.12.2003)

§ 2o Na hipótese dos incisos II e VI, haverá prevalência do desconto do inciso II. (Incluído pela Lei nº 10.820, de 17.12.2003)

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

2. Plano de Benefício:

Na relação jurídica de amparo – estatal, o ato de concessão do beneficio tem natureza de ato administrativo vinculado a Lei. Ou seja, o órgão autárquico (INSS) quando defere ou indefere beneficio não pode utilizar a oportunidade e convivência, devendo se pautar de legalidade. Natureza jurídica é ato administrativo vinculado à lei.

Para verificação se o indivíduo tem direito a um beneficiário previdenciário, deve-se analisar os requisitos:

1) Segurado ou dependente. 2) Carência.

3) Requisito específico – depende do beneficio que está sendo pleiteado (aposentadoria por idade – idade; aposentadoria por tempo de contribuição – tempo de contribuição; por invalidez – incapacidade; salário-maternidade – nascimento filho ou adoção; pensão por morte – óbito do segurado).

Cálculo do benefício:

Renda mensal inicial (RMI) + X% Salário de Beneficio (SB).

3. Segurados do regime geral (efeitos de custeio e beneficio): - Obrigatórios:

a) empregado;

b) empregado doméstico; c) contribuinte individual:

* autônomo (alínea “g”, “h”);

* equiparado autônomo (alíneas “a”, “b”, “c”, “e”); * temporário (alínea “f”);

d) trabalhador avulso; e) segurado especial.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Obrigatórios:

a) Empregado – art. 11, I2, da Lei 8213/91 e art. 12, I3, Lei 8212/91.

Trabalhador urbano ou rural será segurado do regime geral de assistência social.

Contrato de trabalha temporário também é empregado.

2 Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;

e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;

g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. (Incluída pela Lei nº 8.647, de 1993)

h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ; (Incluída pela Lei nº 9.506, de 1997)

i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004)

3 Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado:

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;

e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;

g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais; (Alínea acrescentada pela Lei n° 8.647, de 13.4.93)

h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.506, de 30.10.97) (Vide Resolução do Senado Federal nº 26, de 2005)

i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004).

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Há outras disposições especificas que não são considerados como empregados na legislação trabalhista, mas são considerados empregados para efeitos de enquadramento previdenciário.

A diferença entre a alínea “h” e “j”: a lei que a incluiu, a alínea “h” foi incluída em 1997 – inconstitucional, sendo suspensa pelo Senado, Resolução nº 26 de 21/06/05. A aliena “j” foi incluída em 2004, na qual já havia sido alterada a redação pela E.C. 20 de 98, conseqüentemente é constitucional.

Obs: aprendiz é considerado empregado para fins previdenciário. Médico residente não é considerado empregado é contribuinte individual.

b) Empregado doméstico:

II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;

a) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

b) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não.

Quatro requisitos que a legislação exige para configurar relação de emprego: pessoalidade, onerosidade, habitualidade e subordinação.

No direito trabalhista os empregados domésticos não têm direitos como os demais empregados.

Art. 7º, parágrafo único, CF: São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.

c) Contribuinte individual:

Até a Lei 9876/99 havia sete categorias de segurado consideradas como autônomas. Essa lei inseriu essas três categorias e passaram a tratar como contribuinte individual.

* Autônomo (alínea “g”, “h”):

V - como contribuinte individual: (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

* Equiparado autônomo (alíneas “a”, “b”, “c”, “e”):

a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Redação dada pela Lei nº 10.403, de 8.1.2002)

e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

* Temporário (alínea “f”, inciso V, art. 11):

f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

d) Trabalhador avulso:

Toda vez que um beneficio for dado ao empregado também será dado ao trabalhador avulso.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

Art. 11, VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento.

As diferenças entre o trabalhador avulso do inciso VI do inciso V, “g” – Art. 9º, VI, Decreto 348:

Art. 9º, VI - como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados:

a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;

b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);

d) o amarrador de embarcação;

e) o ensacador de café, cacau, sal e similares; f ) o trabalhador na indústria de extração de sal; g) o carregador de bagagem em porto;

h) o prático de barra em porto; i ) o guindasteiro; e

j ) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos. e) Segurado especial.

Art. 11, VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

Essa Lei esclareceu umas discussões na jurisprudência, como por exemplo, o tamanho da propriedade.

- Facultativos:

Não exercem atividade de filiação obrigatória em nenhum regime (geral ou próprio) e podem se quiser optar pelo recolhimento da contribuição previdenciária como segurado facultativo.

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