SOCIEDADES PERSONIFICADAS: se tornam personificadas com o registro (art.
45
1, 985
2, 1150
3cc). Surgindo autonomia patrimonial, capacidade negocial, capacidade
processual.
SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS: ato constitutivo sem registro. Não sofrem
efeitos da aquisição de personalidade. art. 986
4cc. (sociedade em comum (Se aplica as
regras do empresário sem registro.) e sociedade em conta de participação(a sociedade
só existe internamente entre os sócios, sendo que um dos sócios exerce todas as
atividades em nome próprio e o outro é sócio participante ou oculto, que investe
apenas)).
ESTRUTURA ECONÔMICA DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA:
EX: AMR - ‘A’, um dos sócios, quer vender suas cotas, por R$ 120 mil, para ‘X’, para
que aquele possa viajar para o estrangeiro, fazendo cessão de cotas para ‘X’. ‘X’ então
começa a ser sócio. Pode ‘A’ vender suas cotas sem consentimento do M e R? tem
corrente para os dois lados. Uma de que não, numa SOCIEDADE DE PESSOAS
importa o intuito personae. (sendo estes: Sociedade simples, em nome coletivo); Outra
corrente diz que pode, pois na SOCIEDADE DE CAPITAL (S/A, Comandita por
ações) o que importa é o dinheiro.
A SOCIEDADE LTDA é tipo híbrido em relação ao critério de transferência de cotas,
precisando de anuência de 75% do capital social, art. 1057
5CC.
Ex: se ‘A’ tiver 60% do capital precisará de mais 25% de capital anuente para vender
sua cota. Se ‘M’ tiver 30% e ‘R’ tiver 10%, ‘A’ precisará da anuência de ‘R’ para vender
1 Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
2 Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos
constitutivos (arts. 45 e 1.150).
3 Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das
Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
4 Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo
disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
5 Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio,
independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.
DIREITO
EMPRESARIAL
PONTO
1:
SOCIEDADES
PERSONIFICADAS
E
DESPERSONIFICADAS
PONTO 2: RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
PONTO 3: DESCONSIDERAÇÃO DA SOCIEDADE E
TEORIAS
suas cotas. Se ‘A’ não conseguir anuência pedirá ‘para sair’(direito de retirada na
sociedade de pessoas, que é irrestrito, art. 1029
6CC).
O direito de retirada em SOCIEDADE DE CAPITAL deve ser motivada (justo
motivo). Art. 136e 137 lei SAs
7.
6 Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo
indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.
7 Art. 136. É necessária a aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, das ações com direito a voto, se
maior quorum não for exigido pelo estatuto da companhia cujas ações não estejam admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão, para deliberação sobre: (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
I - criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações preferenciais existentes, sem guardar proporção com as demais classes de ações preferenciais, salvo se já previstos ou autorizados pelo estatuto; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
II - alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
III - redução do dividendo obrigatório; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
IV - fusão da companhia, ou sua incorporação em outra; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) V - participação em grupo de sociedades (art. 265); (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) VI - mudança do objeto da companhia; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
VII - cessação do estado de liquidação da companhia; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) VIII - criação de partes beneficiárias; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
IX - cisão da companhia; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997) X - dissolução da companhia. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 1º Nos casos dos incisos I e II, a eficácia da deliberação depende de prévia aprovação ou da ratificação, em prazo improrrogável de um ano, por titulares de mais da metade de cada classe de ações preferenciais prejudicadas, reunidos em assembléia especial convocada pelos administradores e instalada com as formalidades desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 2º A Comissão de Valores Mobiliários pode autorizar a redução do quorum previsto neste artigo no caso de companhia aberta com a propriedade das ações dispersa no mercado, e cujas 3 (três) últimas assembléias tenham sido realizadas com a presença de acionistas representando menos da metade das ações com direito a voto. Neste caso, a autorização da Comissão de Valores Mobiliários será mencionada nos avisos de convocação e a deliberação com quorum reduzido somente poderá ser adotada em terceira convocação.
§ 3o O disposto no § 2o deste artigo aplica-se também às assembléias especiais de acionistas preferenciais de que trata o §
1o. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 4º Deverá constar da ata da assembléia-geral que deliberar sobre as matérias dos incisos I e II, se não houver prévia aprovação, que a deliberação só terá eficácia após a sua ratificação pela assembléia especial prevista no § 1º. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
Art. 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a VI e IX do art. 136 dá ao acionista dissidente o direito de retirar-se
da companhia, mediante reembolso do valor das suas ações (art. 45), observadas as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
I - nos casos dos incisos I e II do art. 136, somente terá direito de retirada o titular de ações de espécie ou classe prejudicadas; (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997)
II - nos casos dos incisos IV e V do art. 136, não terá direito de retirada o titular de ação de espécie ou classe que tenha liquidez e dispersão no mercado, considerando-se haver: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
a) liquidez, quando a espécie ou classe de ação, ou certificado que a represente, integre índice geral representativo de carteira de valores mobiliários admitido à negociação no mercado de valores mobiliários, no Brasil ou no exterior, definido pela Comissão de Valores Mobiliários; e (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
b) dispersão, quando o acionista controlador, a sociedade controladora ou outras sociedades sob seu controle detiverem menos da metade da espécie ou classe de ação; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
III - no caso do inciso IX do art. 136, somente haverá direito de retirada se a cisão implicar: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
a) mudança do objeto social, salvo quando o patrimônio cindido for vertido para sociedade cuja atividade preponderante coincida com a decorrente do objeto social da sociedade cindida; (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)
Em caso de morte de um dos sócios se transfere aos herdeiros? Depende. Se é Soc. De
pessoas, art. 1028
8CC, liquidar-se-á a sua cota, salvo se o contrato social dispuser em
contrário. Se for soc. De capital, o herdeiro se torna acionista.
Soc. De capital pode ser adjudicada, art. 685-A
9CPC, as cotas. Soc. De pessoas se
aplica a regra do art. 1026 CC.
LTDA – é soc. De pessoas ou de capital? É híbrida transitando pelas duas formas. O
Código Civil pende mais para soc. De pessoas, o que importará é o que está no
contrato social, se exige anuência pende para soc. De pessoas se não penderá para soc.
De capital.
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS:
c) participação em grupo de sociedades; (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)
IV - o reembolso da ação deve ser reclamado à companhia no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da ata da assembléia-geral; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
V - o prazo para o dissidente de deliberação de assembléia especial (art. 136, § 1o) será contado da publicação da respectiva
ata; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
VI - o pagamento do reembolso somente poderá ser exigido após a observância do disposto no § 3o e, se for o caso, da
ratificação da deliberação pela assembléia-geral. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º O acionista dissidente de deliberação da assembléia, inclusive o titular de ações preferenciais sem direito de voto, poderá exercer o direito de reembolso das ações de que, comprovadamente, era titular na data da primeira publicação do edital de convocação da assembléia, ou na data da comunicação do fato relevante objeto da deliberação, se anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 2o O direito de reembolso poderá ser exercido no prazo previsto nos incisos IV ou V do caput deste artigo, conforme o
caso, ainda que o titular das ações tenha se abstido de votar contra a deliberação ou não tenha comparecido à assembléia. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 3o Nos 10 (dez) dias subseqüentes ao término do prazo de que tratam os incisos IV e V do caput deste artigo, conforme o
caso, contado da publicação da ata da assembléia-geral ou da assembléia especial que ratificar a deliberação, é facultado aos órgãos da administração convocar a assembléia-geral para ratificar ou reconsiderar a deliberação, se entenderem que o pagamento do preço do reembolso das ações aos acionistas dissidentes que exerceram o direito de retirada porá em risco a estabilidade financeira da empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 4º Decairá do direito de retirada o acionista que não o exercer no prazo fixado. (Incluído pela Lei nº 9.457, de 1997) 8 Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
I - se o contrato dispuser diferentemente;
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
9 Art. 685-A. É lícito ao exeqüente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer lhe sejam adjudicados os bens
penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 1o Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de imediato a diferença, ficando esta à disposição
do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.(Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 2o Idêntico direito pode ser exercido pelo credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o
mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado.(Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 3o Havendo mais de um pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação; em igualdade de oferta, terá preferência o cônjuge,
descendente ou ascendente, nessa ordem. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 4o No caso de penhora de quota, procedida por exeqüente alheio à sociedade, esta será intimada, assegurando preferência
aos sócios. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).
ILIMITADA – esgotando o patrimônio social TODOS os sócios respondem
solidariamente pelas dívidas da sociedade. (soc. Em comum, em nome coletivo, e
simples)
MISTA – esgotando o patrimônio social UM OU ALGUNS dos sócios respondem
pelas dívidas da sociedade. (soc. comandita simples, comandita por ações e em conta
de participação). No contrato social onde o estatuto irá prever.
LIMITADA- esgotando o patrimônio social NENHUM dos sócios respondem pelas
dívidas da sociedade. (LTDA, S/A, COOPERATIVA). Essa regra não é absoluta
quando se trata de credores hipossuficientes ou quando há fraude a responsabilidade é
também dos sócios.
Benefício de ordem (subsidiariedade dos bens dos sócios)– pressupõe o esgotamento
dos bens sociais. Art. 1024 CC x 596
10CPC.
EXCEÇÕES À REGRA DE LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE (LTDA)
Sociedade marital - Art. 977
11CC
Integralização do capital social – art. 1052
12CC (todos respondem pela
integralização do capital social). Diferença entre subscrição e integralização:
subscrição – é a promessa que se faz para integralizar na sociedade feita no
contrato social. Integralização – quando se paga efetivamente ou integralizar na
sociedade.
O sócio que não integraliza o capital é sócio remisso. Os credores podem cobrar
dos outros sócios para que a integralidade do sócio remisso se perfectibilize,
independentemente, se os sócios integralizaram sua parte.
Exata estimação bens conferidos ao capital social (art. 1055, §1º
13CC)
integralização pode ser por instrumento particular e devidamente arquivado na
junta comercial sem pagamento de ITBI e escritura pública. Há imunidade de ITBI
para transferência de sociedade salvo se for comércio de locação de bens imóveis.
O percentual é de 30%. Quem avalia imóvel é o engenheiro civil, na falta deste um
10 Art. 596. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade senão nos casos previstos em lei; o
sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade.
§ 1o Cumpre ao sócio, que alegar o benefício deste artigo, nomear bens da sociedade, sitos na mesma comarca, livres e
desembargados, quantos bastem para pagar o débito.
§ 2o Aplica-se aos casos deste artigo o disposto no parágrafo único do artigo anterior.
11 Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
12 Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem
solidariamente pela integralização do capital social.
13 Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco
corretor de imóveis. Se for para automóveis um engenheiro mecânico, na falta
pode ser um ‘picareta’ de automóveis.
Distribuição de lucros com prejuízo do capital (art. 1059
14CC)
Diferença entre capital social e patrimônio – o primeiro é o patrimônio inicial da
sociedade é o valor estático. O patrimônio é dinâmico, varia diariamente.
Deliberação contrária à lei ou ao contrato social (art. 1080
15CC)
Responsabilidade pessoal dos sócios na falência, segundo os termos da lei, será
apurada no próprio juízo falimentar (art. 82
16Lei 11101/05 - Falências)
RESPONSABILIDADE
PESSOAL
SUBJETIVA
(DOLO/CULPA)
POR
VIOLAÇÃO À LEI/CONTRATO SOCIAL OU ESTATUTO
Art. 1016
17CC ⇒ Administradores respondem perante terceiros por culpa no exercício
de suas funções
Art. 158
18LSA ⇒ Administradores respondem pelos prejuízos que causar quando agir
com culpa/dolo ou violação da lei/estatuto
14 Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados
pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.
15 Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as
aprovaram.
16 Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da
sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil.
§ 1o Prescreverá em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência, a ação de
responsabilização prevista no caput deste artigo.
§ 2o O juiz poderá, de ofício ou mediante requerimento das partes interessadas, ordenar a indisponibilidade de bens
particulares dos réus, em quantidade compatível com o dano provocado, até o julgamento da ação de responsabilização.
17 Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no
desempenho de suas funções.
18 Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em
virtude de ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder: I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;
II - com violação da lei ou do estatuto.
§ 1º O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros administradores, salvo se com eles for conivente, se negligenciar em descobri-los ou se, deles tendo conhecimento, deixar de agir para impedir a sua prática. Exime-se de responsabilidade o administrador dissidente que faça consignar sua divergência em ata de reunião do órgão de administração ou, não sendo possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao órgão da administração, no conselho fiscal, se em funcionamento, ou à assembléia-geral.
§ 2º Os administradores são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles.
Art. 134, VII
19, CTN ⇒ Liquidação de sociedade de pessoas
Art. 135
20CTN ⇒ Excesso de poder e infração lei/contrato/estatuto: responsabilidade
do administrador pelos atos ilícitos. Dissolução irregular.
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
TEORIA MAIOR (CREDORES NEGOCIAIS) para débitos tributários, conforme
entendimento jurisprudencial.
_ SUBJETIVA = fraude/abuso – prova do dolo
_ OBJETIVA (evolução da subjetiva) = fraude presumida (- confusão patrimonial (art.
50 CC
21); - desvio de finalidade (art. 50 cc); - dissolução irregular; - subcapitalização; -
inversa).
Desconsideração é ‘inter partes’ a pedido do MP ou o credor, mas o JT já declarou
de ofício. Assegura contraditório e ampla defesa. O juiz defere ou não a
desconsideração da sociedade abarcando todos os sócios, depois se discuti, é
forma de imputação de responsabilidade.
Confusão patrimonial – o sócio usa o patrimônio da empresa para pagar coisas
pessoas. Nem sempre é por má-fé, pode ser pode desorganização. Se provar que
foi por desorganização, mesmo assim pode pedir a desconsideração da sociedade.
Dissolução irregular: S 435
22STJ (constata que a sociedade não está operando se
dissolve a sociedade).
§ 3º Nas companhias abertas, a responsabilidade de que trata o § 2º ficará restrita, ressalvado o disposto no § 4º, aos administradores que, por disposição do estatuto, tenham atribuição específica de dar cumprimento àqueles deveres.
§ 4º O administrador que, tendo conhecimento do não cumprimento desses deveres por seu predecessor, ou pelo administrador competente nos termos do § 3º, deixar de comunicar o fato a assembléia-geral, tornar-se-á por ele solidariamente responsável.
§ 5º Responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto.
19 Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
20 Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
21 Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial,
pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
22 SÚM. 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem
Subcapitalização: não existe capital social mínimo, sendo uma das formas de
capitalização. Se o capital é ínfimo, mas os créditos bancários são maiores.
Desconsideração inversa: Ex - execução de alimentos e devedor não tinha bens. A
advogada indicou uma caminhonete. Ao fazer constrição o devedor apresentou o
documento, que constava em nome de sociedade da companheira. Perguntado pela
oficial de justiça se ele não tinha um carro para se deslocar de sua propriedade, foi
dito que não colocaria nada em seu nome para não ter que dar para a antiga família.
Foi certificado pela oficial de justiça que houve fraude confessada.
Grupo CAOA – empresa com capital social de 500 milhões – verificado a pessoa
física do sócio daquela empresa, foi constatado que devia não havia nada em nome
do devedor, mas era sócio de uma sociedade gigantesca, portanto foi deferida
penhora de bens da sociedade para pagamento da dívida.
Desconsideração é, basicamente, matéria de prova.
TEORIA MENOR (CREDORES NÃO NEGOCIAIS)
_ OBJETIVO – basta o mero inadimplemento (trabalhista, consumidor, ordem
econômica, ambiental). Depende de previsão legal.
Trabalhistas ⇒ Sem norma legal - em razão da primazia do crédito trabalhista. É
principiológico.
Consumidor ⇒ Art. 28, § 5º
23CDC – RESP 279 E 273 RS – a tese defendia
interpretação autônoma ao §5º do art. 28 CDC – hipótese de a pessoa jurídica não ter
bens. Sendo que o caput deste artigo está superado.
Ordem Econômica ⇒ Art. 16 (REVOGADO) Lei nº 8.884/94 - Art. 32
24e 34
25lei
12.529/11 (CADE)
23 Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver
abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
24 Art. 32. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a responsabilidade da empresa e a responsabilidade
individual de seus dirigentes ou administradores, solidariamente.
25 Art. 34. A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem econômica poderá ser desconsiderada quando
houver da parte deste abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.
Parágrafo único. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
Ambiental ⇒ Art. 4º
26Lei nº 9.605/98
26 Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de