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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

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Grupo de Harmonização Estatística

Brasil x China

SECEX

(2)

No âmbito das negociações entre o Brasil e a China,

foram apresentados valores das balanças comerciais pelas partes com divergências significativas, com cada país defendendo seus números.

Diante do impasse de quais valores estariam

corretos, decidiu pela criação de um Grupo de Harmonização Estatística composto pelos responsáveis pela produção das estatísticas nos dois países (2006).

Em 2006 foi assinada em Beijing a criação do GHE

– Brasil x China, com o início do intercâmbio de dados.

(3)

O crescimento contínuo da divergência chamou a atenção das autoridades dos dois países para iniciar estudos para determinar as causas dessas discrepâncias. Em 10 de fevereiro de 2006 foi assinado o Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento da Cooperação em Comércio e Investimento (MOU) pelo MDIC e MOFCOM em que o primeiro item do artigo 4º prevê o intercâmbio de informações sobre os princípios estatísticos e metodologias utilizadas por ambas as partes e a harmonização das estatísticas de exportação e importação dos dois países.

Em 18 de agosto de 2006, a fim de colocar em prática o que foi estabelecido no Memorando de Entendimento, foi assinado o Protocolo de Cooperação em matéria de estatísticas entre MDIC e MOFCOM para estudar as divergências e harmonizar as estatísticas do comércio bilateral dos dois países. De acordo com o Protocolo, o Grupo de Harmonização Estatística (GHE) foi aprovado e constituído, sendo composto por técnicos do MOFCOM e do MDIC e das Alfândegas de ambos os países, e coordenado pelo MDIC e MOFCOM.

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ANO

ESTATÍSTICA DA CHINA* ESTATÍSTICA DO BRASIL** DIVERGÊNCIA SALDO VALOR

US$ Bilhões

SALDO US$ Bilhões

VALOR

US$ Bilhões SALDO VALOR

%[1] (*) (**) 2005 14.82 -5.16 12.16 1.51 3.65 24.64 30.03 2006 20.30 -5.54 16.33 0.48 5.06 24.94 31.01 2007 29.71 -6.96 23.23 -1.73 8.69 29.25 37.41 2008 48.67 -11.06 36.32 -3.28 14.34 29.46 39,48 2009 42.40 -14.16 36.62 5.39 8.77 20.68 23.94 2010 62.48 -13.56 56.03 5.54 8.02 12.83 14.31

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(6)

Ainda em 2006, o Brasil apresentou uma

metodologia de trabalho, informando os pontos focais, detalhando o tipo de informação a ser intercambiada com o respectivo cronograma e, principalmente, a metodologia adotada por cada país na produção das estatísticas de comércio exterior.

No referido documento foram estabelecidos os

passos a serem considerados para a análise dos dois fluxos e o cronograma de reuniões presenciais alternadas no Brasil e na China. O documento só foi assinado em 2007.

(7)
(8)

Em reunião realizada em julho/2008, foram analisadas as divergências entre as exportações brasileiras comparadas com as importações chinesas, fluxo que apresentava tanto percentualmente como em termos absoluto, as maiores discrepâncias (em US$ bilhões):

ANO EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

PARA A CHINA** IMPORTAÇÕES CHINESAS DO BRASIL*

DIVERGÊNCIA[1] VALOR % 2005 6.83 9.99 3.16 46.27 2006 8.40 12.92 4.52 53.81 2007 10.75 18.33 7.58 70.51 2008 16.52 29.86 13.34 80.75 2009 21.00 28.28 7.28 34.67 2010 30.79 38.02 7.23 23.48

(9)

Principais causas das divergências em 2007:

1 – Valoração (dados FOB comparados com dados CIF) A China é importadora de produto básicos (minério de ferro e soja) , cujo valor de frete é superior ao custo da mercadoria. Os dois produtos foram responsáveis por 90,15% das divergências, explicadas pelo custo do frete. 2 – Comércio Indireto

3 – Momento de Registro

4 – Diferentes classificações e unidades de quantidades 5 – Sub e sobre valoração

(10)

Em reunião realizada em outubro/2009 no Brasil, foram analisadas as divergências entre as exportações chinesas comparadas com as importações brasileiras, fluxo que apresentava discrepâncias menores que o outro fluxo, porém também significativas (em US$ bilhões):

ANO EXPORTAÇÕES CHINESAS PARA O BRASIL* IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DA CHINA** DIVERGÊNCIA[1] VALOR %[2] 2005 4.83 5.32 0.49 10.14 2006 7.38 7.92 0.54 7.32 2007 11.37 12.48 1.11 9.76 2008 18.81 19.80 0.99 5.26 2009 14.12 15.61 1.49 10.55 2010 24.46 25.25 0.79 3.23

[1] Valor da divergência no comércio para o leste = Importações brasileiras da China – Exportações chinesas para o Brasil.

(11)

Principais causas das divergências em 2007:

1 – Comércio Indireto – Com a globalização e pelo critério de origem das mercadorias, muitos produtos chineses são comprados pelo Brasil de outros países, correspondente a 25% de toda a importação (quadro) 2 – Classificação de mercadorias (diferentes SH6)

3 – Momento de registro (pela distância entre os países) 4 – Diferentes unidades das quantidades

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Comércio indireto (cont.) PAÍS/REGIÃO DE TRÂNSITO EXPORTAÇÕES CHINESAS PARA O BRASIL* IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DA CHINA DIVERGÊ NCIA PART.% PARTICIPAÇÃO DA DIVERGÊNCIA NO COMÉRCIO INDIRETO% Total 11,372.03 12,477.21 1,105.18 100.00 - Comércio direto 10,220.90 9,020.92 -1,199.98 -108.58 - Comércio indireto 1,151.12 3,456.28 2,305.16 208.58 100.00 EUA 169.66 1,251.49 1,081.83 97.89 46.93 Hong Kong 948.99 1,174.52 225.52 20.41 9.78 Taiwan 12.18 181.55 169.37 15.32 7.35 Singapura 2.58 100.92 98.34 8.90 4.27 Japão 0.00 80.68 80.68 7.30 3.50 Alemanha 0.94 77.38 76.44 6.92 3.32 Países Baixos 0.65 70.05 69.40 6.28 3.01 Coréia 9.37 75.61 66.23 5.99 2.87 Uruguai 0.13 61.27 61.13 5.53 2.65 Suiça 0.00 47.66 47.66 4.31 2.07

(13)

Os principais aspectos a serem observados numa

análise bilateral de dados estatísticos de comércio exterior passa obrigatoriamente pela metodologia adotada por cada um dos países. Conseqüentemente, para se fazer uma conciliação estatística, faz-se necessária a adoção de metodologias iguais na geração dos dados e exclusão daqueles que por questões operacionais não podem ser adotados.

(14)

Os principais conceitos a serem considerados são:

Passo 1 – Análise dos dados com o maior detalhamento

possível (ideal por operação) de cada um dos países; Inicialmente pode ser feito a nível de SH-2 (Capítulo); considerar sempre mais de um ano.

Passo 2 – Identificação das divergências por SH-2, passando-se a um detalhamento maior (SH-4, SH-6 ou SH-8), mesmo com diferenças nas tabelas de códigos das mercadorias.

(15)

Os principais conceitos a serem considerados são:

Passo 3 – Identificados os produtos com divergência,

efetuar análise sob os seguintes aspectos:

1 – Cobertura 2 - Tempo de registro 3 – Sistema de Comércio 4 – Classificação de mercadorias 5 – Valoração 6 – Unidade da quantidade

(16)

Cobertura:

Mercadorias especificas ou tipos de transações

especiais podem ser definidas ou classificadas de formas diferentes ou até mesmo incluídas nas estatísticas de comércio exterior por um país e excluída

por outro (exemplo: mercadorias militares,

mercadorias exportadas para reparo, doações, etc.). Usualmente países podem ter tratamentos diferentes para mesmas operações dependendo, incluindo-as ou excluindo-as das estatísticas divulgadas, como maior ou menor detalhamento.

(17)

Tempo de registro (momento):

Muitos fatores contribuem para paises terem tempos de registro das operações diferentes, principalmente em decorrência das características dos produtos negociados, tempo de entrepostagem, distância entre os países e tipo de transporte utilizado, e até mesmo dos trâmites burocráticos diferentes, o que pode ocasionar demora nas liberações das mercadorias e consequentemente em momentos diferentes dos de saída. Por exemplo, em um país, o registro é feito no momento que é recebido o invoice do país importador enquanto naquele país o registro é feito no momento de liberação da mercadoria à praça ou quando os custos aduaneiros são pagos. Isso pode significar diferentes meses e até, dependendo do período do ano, diferentes anos.

(18)

Sistema de Comércio:

Uma das causas principais das discrepâncias é o uso

de sistemas de comércio diferentes e isso é uma prática comum, principalmente porque a maioria dos países adota o Sistema Geral para as exportações e o Sistema Especial para as importações, afetando os movimentos de zonas francas (o Especial considera o movimento com o mercado interno e o Geral considera os movimentos da zona franca com o exterior) e o momento de registro dos dados. A utilização de sistemas diferentes também implica em definições diferentes de território estatístico e território aduaneiro.

(19)

Classificação de mercadorias:

A maioria dos países já adotou o Sistema

Harmonizado, sistema de classificação de mercadorias criado pela Organização Mundial de Aduanas. Mesmo com uso da mesma classificação, existem diferentes interpretações e aplicações do Sistema Harmonizado por diferentes países e isso significa compensações no geral mas divergências quanto maior for o detalhamento da mercadoria. As razões para considerar a inclusão de determinada mercadoria depende de onde e como foi classificada, saindo daí a decisão de incluir ou não nas estatísticas de comércio exterior.

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Valoração:

As exportações são normalmente produzidas e

registradas na base FOB e as importações na base CIF. Como o CIF inclui adicionalmente os custos do seguro e do frete, faz-se necessário a exclusão desses valores, para se permitir a comparação com as exportações FOB ou, no mínimo, fazer os ajustes necessários nos valores de frete e seguro e proceder o rateio ou estimativa daqueles custo para se chegar ao valor unitário FOB para as importações. A recomendação da ONU é para se produzir dados individualizados por frete e seguro e obter de forma mais correta os valores na base FOB.

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Unidade da quantidade:

É muito importante considerar ou convergir para a

mesma unidade de medida estatística quando se compara mercadorias. A utilização de unidades diferentes para um mesmo produto gera distorções significativas e são, na maioria das vezes, parte considerável das divergências das quantidades. Isso ocorre muito nos casos de erro ou diferentes classificações para um mesmo produto. O ideal é que sejam comparadas as unidades sugeridas pela OMA no Sistema Harmonizado.

(22)

Pais parceiro (conceito de país):

A atribuição de país de origem para as importações e país

de destino final para as exportações, conhecido no momento da exportação, pode explicar a maioria das divergências entre as estatísticas de países, nos casos quando mercadorias vão de um de um pais de origem para um país de destino final, passando ou cuja procedência é um terceiro país. Neste caso, o país exportador registra para o país de destino final conhecido no momento da exportação mas, como o país importador é outro, a importação será registrada por outro país. Essas divergências são conhecidas como COMÉRCIO INDIRETO.

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Troca de informações sobre a metodologia adotada por cada país – Conhecimento prévio das práticas nacionais

Adoção de lay-out (deseño) único para a troca de dados

Mecanismos que facilitem a troca de informações – Foi

utilizado o FTP, disponibilizado pelo Brasil

Todos os documentos em três versões (em inglês,

português e chinês), prevalecendo a versão em inglês

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Troca dos responsáveis chineses. Os novos não aceitam documentos já firmados.

Exclusão do comércio com terceiros – Não queriam informar o comércio completo

Demora nas respostas

Dificuldade de aceitar alguns tipos de causas das divergências, entre elas, a questão FOB/CIF e o comércio indireto, as principais.

A China registra exportações sem saber o país de destino.

Dificuldade de agendar reuniões (muitas remarcações)

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Acordo de criação do GHE, com a coordenação do

MOFCOM e do MDIC

Acordo de aprovação da metodologia de trabalho

Aprovação pela COSBAN do trabalho permanente do

GHE Brasil x China

Relatório Final – Assinado em 21/06/2012, durante a

Rio + 20, pelo Ministro do Comércio (MOFCOM) da China e pelo Ministro do MDIC, na presença do Premier Chinês e da Presidente do Brasil

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中华人民共和 国 商 务 部 巴西联邦共和 国 发展工业外贸 部 双边货物贸易统计 差异研究报告 (二〇一二年六月二十一日 里约热内卢) REPORT ON THE STATISTICAL DIVERGENCE OF BILATERAL MERCHANDISE TRADE 21st June, 2012 Rio de janeiro Ministry of Development,

Industry and Foreign Trade

Federal Republic of Brazil

Ministry of Commerce

People’s Republic of China

RELATÓRIO DAS

DIVERGÊNCIAS ESTATÍSTICAS DO COMÉRCIO BILATERAL DE

MERCADORIAS

21 de Junho, 2012 Rio de Janeiro

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

República Federativa do Brasil

Ministério do Comércio

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Referências

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