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SBAS - Satellite Based Augmentation System no Brasil e seus benefícios para aviação geral

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DORIS BAIERLE

SBAS – SATELLITE BASED AUGMENTATION SYSTEM NO BRASIL E SEUS BENEFÍCIOS PARA AVIAÇÃO GERAL

Palhoça 2018

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DORIS BAIERLE

SBAS – SATELLITE BASED AUGMENTATION SYSTEM NO BRASIL E SEUS BENEFÍCIOS PARA AVIAÇÃO GERAL

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Prof. Esp. Orlando Flávio Silva

Palhoça 2018

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DORIS BAIERLE

SBAS – SATELLITE BASED AUGMENTATION SYSTEM NO BRASIL E SEUS BENEFÍCIOS PARA AVIAÇÃO GERAL

Esta monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 05 de Novembro de 2018.

__________________________________________ Orientador: Prof. Orlando Flávio Silva, Esp.

__________________________________________ Prof. Marcos Fernando Severo de Oliveira, Esp.

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Dedico este trabalho aos meus pais fiéis e incansáveis apoiadores em minha jornada, e ao meu amado companheiro de voo e vida que nunca me deixou desistir ou desanimar nesta caminhada, sem você nada disso seria possível.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao Professor Especialista Orlando Flávio Silva por instigar a busca constante pelo conhecimento, me apoiando sempre durante o processo de confecção deste trabalho, ao querido amigo Comandante Anderson Miranda que compartilhou abertamente sua experiência no ramo da aviação geral, ao Sr. Renato Soares de Paula, Gerente Administrativo Financeiro da empresa Eletronave LTDA, pela disponibilização de informações que contribuíram imensamente, e ao Comandante Fábio José Bruns que foi peça fundamental de apoio, companheirismo e conhecimento.

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“Inventar é imaginar o que ninguém pensou; é acreditar no que ninguém jurou; é arriscar o que ninguém ousou; é realizar o que ninguém tentou. Inventar é transcender.” (Alberto Santos-Dumont)

(7)

RESUMO

O Satellite Based Augmentation System é um sistema que possui a capacidade de melhorar a integridade do sinal GNSS, proporcionando novos tipos de aproximações mais precisas, com mais segurança e menor carga de trabalho. Visando o aprofundamento sobre o assunto e novas oportunidades de modernização dos sistemas de navegação, esta pesquisa teve como objetivo verificar a aplicabilidade deste moderno sistema em território brasileiro, buscando formas de superar as dificuldades existentes quanto a sua instalação, como fatores atmosféricos e financeiros, e apresentando seus inúmeros benefícios para as operações da aviação geral, facilitando assim a criação de procedimentos de voo por instrumentos mais seguros e precisos, em aproximações com baixas condições de visibilidade e teto com a utilização de equipamentos (já disponíveis em território brasileiro) de fácil adaptação, instalação, atualização e aplicabilidade nas aeronaves utilizadas neste ramo, criando também mais possibilidades de aeródromos de destino e alternativa. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória com procedimentos bibliográficos e documentais, por meio de artigos, declarações, regulamentos e leis. A análise dos dados foi feita através de gráficos, imagens, quadros, documentos, orçamentos e depoimentos, analisados de acordo com a fundamentação teórica. Ao finalizar a pesquisa, concluiu-se que a aplicabilidade do Satellite Based Augmentation System se tornará possível com a evolução de estudos que estão ocorrendo atualmente em outros países, aumentando assim a segurança e operacionalidade de aeródromos desprovidos de procedimentos de aproximação por instrumentos.

Palavras-chave: Procedimentos LPV. Satellite Based Augmentation System. Aviação Geral. Equipamentos.

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ABSTRACT

The Satellite Based Augmentation System is a method that has the capacity of enhance the integrity of the GNSS signal, allowing new types of approach procedures that are more precise, safer and with a lower workload. Aiming on the study of the subject and new modernization opportunities of the navigation systems, this research had the objective of verifying the applicability of this modern system in brazilian territory, looking for ways to overcome the difficulties about its installation, such as atmospheric and financial problems, and presenting its countless benefits regarding general aviation, allowing the creation of safer and more precise instrument procedures, in approaches with low ceiling and visibility values and the use of equipments (already in use in brazilian territory) that are easy to adapt, install, update and the applicability in aircraft used in this sector, creating more possibilities of destination and alternative airports as well. This research is exploratory with bibliographical and documental procedures, using articles, declarations, regulations and laws. The data analysis was made through graphics, images, representations, documents, estimates and an interview, all of that studied in accordance with the theoretical basis. By the end of the research, it was concluded that the applicability of the Satellite Based Augmentation System will be possible with the evolution of the studies that are currently being made in other countries, then improving the safety and operability of aerodromes that are deprived of instrument approach procedures.

Keywords: LPV procedures. Satellite Based Augmentation System. General Aviation. Equipments.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Detecção dos sinais GPS pelas Estações de Referência de Área Plana (WRS) ... 21

Figura 2 - Transmissão de dados para as Estações Principais de Área Plana (WMS) ... 21

Figura 3 - Transmissão de dados para satélites geoestacionários ... 22

Figura 4 - Transmissão de dados aos usuários ... 22

Figura 5 - Equipamentos utilizados no sistema WAAS ... 23

Figura 6 - SBAS no cenário mundial ... 23

Figura 7 - Comparativo de mínimos de aproximação ... 25

Figura 8 - Aeronave King Air B200C após pouso de emergência realizado no Aeroporto de Coffs Harbor (Austrália) ... 27

Figura 9 - Áreas mais afetadas pela cintilação ionosférica ... 28

Figura 10 - Ilustração dos efeitos da cintilação ionosférica ... 29

Figura 11 - Ilustração da funcionalidade do DFMC ... 30

Figura 12 - Hipótese de expansão de estações para o hemisfério sul ... 30

Figura 13 - Combinação dual-frequency, cobertura LPV-200 com GPS e Galileo ... 31

Figura 14 - Combinação dual-frequency dos SBAS's disponíveis com as estações no hemisfério sul ... 31

Figura 15 - Combinação dual-frequency, cobertura LPV-200 com GPS e Galileo e estações no hemisfério sul ... 32

Figura 16 – Equipamento Garmin modelo GNS 430 ... 36

Figura 17 - Equipamento Garmin modelo GNS 530 ... 36

Figura 18 - Equipamento Garmin modelo GNS 430W ... 37

Figura 19 – Equipamento Garmin modelo GTN 650 ... 37

Figura 20 - Mínimos para aproximação RNAV pista 24 Aeroporto de Belém ... 39

Figura 21 - Mínimos para aproximação RNAV pista 11 Aeroporto de Chapecó ... 39

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE SIGLAS

ATM Air Traffic Management / Gerenciamento do Tráfego Aéreo

BDSBAS BeiDou Satellite Based Augmentation System / BeiDou Sistema de Aumentação com Base em Satélites

CFIT Controlled Flight Into Terrain / Colisão com o Solo em Voo Controlado DA Decision Altitude / Altitude de Decisão

DCA Diretriz do Comando da Aeronáutica

DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DFMC Dual Frequency Multi Constellation / Múltipla Constelação de Dupla Frequência

DME Distance Measuring Equipment / Equipamento Rádiotelemétrico

EGNOS European Geostationary Navigation Overlay Service / Serviço Europeu de Navegação de Cobertura Geoestacionária

FAA Federal Aviation Administration / Administração Federal de Aviação – Estados Unidos da América

GAGAN GPS and GEO Augmented Navigation / Navegação Aumentada da Órbita da Terra Geoestacionária e de GPS

GNSS Global Navigation Satellite System / Sistema Mundial de Navegação por Satélite

GPS Global Positioning System / Sistema Mundial de Determinação de Posição GSA European Global Navigation Satellite Systems Agency / Agência Europeia de

Sistemas de Navegação Global por Satélite

IFR Instrument Flight Rules / Regras de Voo por Instrumentos ILS Instrument Landing System / Sistema de Pouso por Instrumentos

IMC Instrument Meteorological Conditions / Condições Meteorológicas de Voo por Instrumentos

KASS Korean Augmentation Satellite System / Sistema de Aumentação por Satélite Coreano

LP Localizer Performance / Desempenho do Localizador

LPV Localizer Performance with Vertical guidance / Desempenho do Localizador com Referência Vertical

MDA Minimum Descent Altitude / Altitude Mínima de Descida METAR Informe Meteorológico Aeronáutico Regular

MSAS Multi-functional Satellite Augmentation System / Sistema de Aumentação por Satélite com Base em Satélite de Transporte Multifuncional

NDB Non-Directional Radio Beacon / Rádiofarol Não-Direcional

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REDEMET Rede de Dados Meteorológicos RNAV Area Navigation / Navegação de Área

RNP Required Navigation Performance / Performance de Navegação Exigida SBAS Satellite Based Augmentation System / Sistema de Aumentação com Base em

Satélite

SBBI Aeroporto Bacacheri SBMT Aeroporto Campo de Marte

SDCM System for Differential Corrections and Monitoring / Sistema de Correções Diferenciais e Monitoramento

SPECI Informe Meteorológico Aeronáutico Especial Selecionado UHF Ultrahigh Frequency / Frequência Ultra-Alta

VFR Visual Fight Rules / Regras de Voo Visual VHF Very High Frequency / Frequência Muito Alta

VOR VHF Omnidirectional Radio Range / Radiofarol Onidirecional em VHF WAAS Wide Area Augmentation System / Sistema de Aumentação de Área Plana WMS Wide Area Master Station / Estação Principal de Área Plana

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SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO ... 14 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ... 16 1.2 OBJETIVOS ... 16 1.2.1 Objetivo Geral ... 16 1.2.2 Objetivos Específicos ... 17 1.3 JUSTIFICATIVA ... 17 1.4 METODOLOGIA ... 18

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa ... 18

1.4.2 População amostra ou Sujeitos da pesquisa ou Materiais e métodos ... 18

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados ... 18

1.4.4 Procedimentos de análise dos dados ... 19

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ... 19

2INÍCIO DAS OPERAÇÕES SBAS ... 20

2.1 COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA SBAS ... 20

2.2 SISTEMA SBAS NO CENÁRIO MUNDIAL ... 23

2.3 PROCEDIMENTOS LPV E SEUS BENEFÍCIOS ... 24

2.4 SUCESSO DOS PROCEDIMENTOS COM SBAS ... 25

2.5 CONTRIBUIÇÃO DIRETA DO SBAS PARA SEGURANÇA OPERACIONAL SEGUNDO DADOS DA AUSALPA... 26

3PROBLEMAS IONOSFÉRICOS ... 28

3.1 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS IONOSFÉRICOS ... 29

4MELHORIAS A SEREM PROPORCIONADAS NO BRASIL ... 33

4.1 MELHORIAS EM SBBI E SBMT ... 33

4.2 OPINIÃO DE PILOTOS DA AVIAÇÃO GERAL ... 35

4.3 EQUIPAMENTOS PARA AVIAÇÃO GERAL COM POTENCIAL SBAS ... 35

4.4 CUSTOS DO ILS ... 37

4.5 VISÃO DO DECEA SOBRE O SBAS ... 38

5CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 41

REFERÊNCIAS ... 43

APÊNDICE A - Roteiro de entrevista para pilotos ... 46

APÊNDICE B - Autorização de uso de dados de entrevista ... 48

APÊNDICE C - Orçamento disponibilizado pela empresa Eletronave LTDA ... 50

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1 INTRODUÇÃO

A aviação vem se desenvolvendo muito através dos anos quanto ao assunto “auxílios à navegação aeronáutica”. Podemos perceber este avanço pela cronologia dos fatos, que se iniciam com a implementação do rádio-farol em 1929, que proporcionava inicialmente apenas impulsos sonoros em código Morse das letras A e N, possibilitando a navegação em quatro cursos. Posteriormente o sistema veio a se tornar o que conhecemos hoje como Non-Directional Beacon (NDB), ainda utilizado em escassos procedimentos de aproximação e saída1.

Durante a segunda guerra mundial desenvolveu-se sistemas de navegação que utilizavam ondas VHF, o que proporcionava um ângulo completo de 360˚ de direções magnéticas, surgindo assim o Very High Frequency Omnidirectional Range (VOR)2, que no Brasil faz parte do cotidiano operacional de uma grande gama de aeroportos.

Com o passar do tempo, a necessidade de guiar aeronaves de maneira mais segura e eficiente durante aproximações e pousos em baixas condições de visibilidade e teto se fez necessária, e foi entre as décadas de 1940 e 1950 que a combinação entre transmissores VHF e UHF proporcionaram um guia vertical de aproximação dando origem ao Instrument Landing System (ILS), acompanhado de um sistema de luzes de aproximação, a fim de auxiliar a transição entre o voo por instrumento e a visualização da pista3.

Com o intuito de criar um sistema independente de ondas rádio desenvolveu-se na década de 1950 o sistema inercial, autônomo a meios externos, que opera através de sensores, acelerômetros, giroscópios e computadores digitais para processamento de informações4.

Dentre as técnicas mais recentes e com melhores benefícios se encontra o Global Navigation Satellite System (GNSS), tornando procedimentos dependentes da Navegação com Base em Desempenho (PBN), que engloba a Navegação de Área (RNAV) e a Performance de Navegação Exigida (RNP).5

Este moderno sistema já conta com aprimoramentos, como é o caso do Satellite Based Augmentation System (SBAS) que iniciou suas operações no ano de 2003 (FAA, 2013),

1 PORTILHO, F. A.; BUKZEM, S. C. Os precedentes históricos da navegação aérea baseada em instrumentos: necessidade, surgimento e evolução. Aviation in Focus: Journal of Aeronautical Science, v. 6, n. 1, p. 17-27, jan/jun, 2015.

2 Ibid., p. 24. 3 Ibid., p. 25. 4 Ibid., p 25. 5 Ibid., p. 26.

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e é conhecido como Wide Area Augmentation System (WAAS) nos Estados Unidos, Multi-functional Satellite Augmentation System (MSAS) no Japão, GPS and GEO Augmented Navigation (GAGAN) na Índia, BeiDou Satellite Based Augmentation System (BDSBAS – em desenvolvimento) na China, Korean Augmentation Satellite System (KASS – em desenvolvimento) na Coreia do Sul, System for Differential Corrections and Monitoring (SDCM – em desenvolvimento) na Rússia, e por fim, European Geostationary Navigation Overlay Service (EGNOS) na Europa (FAA, 2018). O mesmo melhora a confiabilidade e acuracidade do sistema GNSS. A European Global Navigation Satellite Systems Agency (GSA) descreve o funcionamento deste sistema:

“O SBAS usa medições GNSS feitas por estações de referência localizadas com precisão e implementadas em todo continente. Todos os erros GNSS medidos são transferidos para um centro de computação central, onde as correções diferenciais e mensagens de integridade são calculadas. Estes cálculos são transmitidos através das áreas de cobertura usando satélites geoestacionários que servem como aumento, ou sobreposição para a mensagem GNSS original”. (European Global Navigation

Satellite Systems Agency (GSA), 2016, tradução nossa)

Com isso, este sistema traz inúmeros benefícios à aviação, sendo um deles o Localizer Performance with Vertical guidance (LPV), que segundo dados da Federal Aviation Administration (2018), além de não necessitar de auxílios à navegação pode substituir procedimentos ILS Categoria I, podendo prover mínimos tão baixos quanto 200 pés em aeroportos qualificados, aumentando o número de aeródromos de alternativa e destino, melhorando assim a flexibilidade, segurança e o planejamento de voos.

Porém, o SBAS apresenta falhas devido a cintilação ionosférica, que se agrava em latitudes baixas e altas, o que compromete drasticamente por vezes sua acuracidade. O fenômeno de cintilação ionosférica é definido pelo Space Weather Prediction Center como:

“[...] a rápida modificação de ondas rádio causadas por estruturas de pequena escala na ionosfera. Condições severas de cintilação podem impedir que um receptor GPS estabilize o sinal e pode impossibilitar o cálculo de uma posição. Condições de cintilação menos severas podem reduzir a precisão e a confiança dos resultados de posicionamento”. (Space Weather Prediction Center, tradução nossa)

O território brasileiro situa-se entre as áreas prejudicadas, impossibilitando a utilização do sistema SBAS, porém projetos e hipóteses promissores preveem sistemas capazes de sanar as dificuldades enfrentadas com a cintilação ionosférica. Um exemplo desses novos

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projetos é o Dual Frequency Multi Constellation (DFMC)6, que vem sendo desenvolvido pela Austrália e Nova Zelândia, que também pretendem desenvolver seu próprio sistema SBAS no hemisfério sul.

Com o desenvolvimento desses novos projetos países como o Brasil teriam a oportunidade de desfrutar desta tecnologia, a fim de aprimorar ou implementar procedimentos de aproximação e pouso com baixa visibilidade e teto em aeródromos desprovidos de auxílios à navegação, desde as pistas mais remotas às mais bem localizadas.

Com isso, a operação e segurança da aviação geral aumentariam consideravelmente, devido a maior quantidade de pistas de apoio em condições meteorológicas adversas, precisão dos equipamentos utilizados e simplicidade na operação. Empresas conhecidas mundialmente como a Garmin Ltd., dispõem de equipamentos e atualizações compatíveis com aeronaves utilizadas no cotidiano da aviação geral, como é o exemplo do Garmin modelo GTN 6507, utilizado nos Estados Unidos, que possui recursos de navegação interna WAAS e está aprovado para a realização de procedimentos LPV8 atendendo aos rigorosos padrões estabelecidos.

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

Quais as possibilidades de implementação do SBAS no Brasil e seus benefícios para com o desenvolvimento da aviação geral?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar as possibilidades de implementação do SBAS no Brasil e seus benefícios para com o desenvolvimento da aviação geral.

6 CRCSI. Technical Specification Document for Satellite-Based Augmentation System (SBAS) Testbed, rev. 05, 2017.

7 Informações sobre o equipamento disponíveis em https://buy.garmin.com/pt-BR/BR/p/67884>. 8 Localizer Performance with Vertical guidance (LPV).

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1.2.2 Objetivos Específicos

• Obter dados a respeito do SBAS e seus benefícios; • Descrever a estrutura física do SBAS;

• Definir os problemas com a cintilação ionosférica; • Definir a operação LPV e sua aplicabilidade; • Analisar dados a respeito do DFMC;

• Verificar equipamentos aplicáveis a aeronaves utilizadas na aviação geral com funcionamento SBAS;

• Analisar o custo-benefício do SBAS em relação ao ILS.

1.3 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o atual cenário da disponibilidade de auxílios à navegação, viu-se a oportunidade de levantar dados sobre a possível aplicação de um moderno sistema capaz de sanar a dificuldade que alguns aeródromos em território nacional brasileiro têm de apresentar procedimentos para condições meteorológicas adversas de baixa visibilidade e teto.

A aviação geral é uma das áreas que mais sofre com a disponibilidade de pistas que possuam apoio para aproximação em condições de voo por instrumentos, pois opera desde as pistas mais remotas até as mais movimentadas e modernizadas, além de a maioria delas dispor de auxílios à navegação não tão precisos quanto necessário em algumas situações. A maioria dos aeródromos conta com aproximações visuais ou procedimentos para apenas uma cabeceira, reduzindo as opções do piloto além de dificultar a operação.

Com isso, a implementação de um sistema moderno com bom custo-benefício seria ideal, e dentre as opções mais conhecidas atualmente temos o Satellite Based Augmentation System, que vem se apresentando promissor em diversos países no hemisfério norte, beneficiando usuários da aviação comercial e geral com maior precisão e confiabilidade do sinal GNSS, e novos procedimentos como o Localizer Performance with Vertical guidance (LPV), que proporciona simplicidade em sua execução, maior estabilidade e mínimos tão baixos quanto 200 pés em aeroportos qualificados. O LPV já conta com equipamentos de bordo aplicáveis a aeronaves que operam na aviação geral e que são conhecidos mundialmente, como é o caso da Garmin Ltd., que cumprem com os requisitos estabelecidos para este tipo de

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procedimento, apresentando facilidade e segurança em sua operação devido a diversidade de funcionalidades.

Com os avanços em pesquisas recentemente verificou-se o desenvolvimento do primeiro sistema SBAS no hemisfério sul, iniciativa do governo australiano com o governo neozelandês, que também pretendem aprimorar o mesmo com a criação do Dual Frequency Multi Constellation, que possivelmente sanará os problemas gerados pela cintilação ionosférica em relação a acuracidade do sinal GNSS em latitudes altas e baixas. Portanto se as pesquisas resultarem em dados satisfatórios se torna possível analisar a aplicabilidade do sistema no Brasil.

1.4 METODOLOGIA

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa

A pesquisa é de característica exploratória com procedimento bibliográfico e documental, com abordagem qualitativa.

1.4.2 População amostra ou Sujeitos da pesquisa ou Materiais e métodos

Os materiais utilizados foram de caráter bibliográfico, como periódicos, sites e revistas que apresentam detalhes a respeito do sistema SBAS e seus benefícios, além de artigos explicativos sobre cintilação ionosférica e hipóteses sobre o sistema DFMC. Além disso foi também apresentado conteúdo documental referente ao tema tratado, sendo eles:

• Documentos da Federal Aviation Administration;

• Documentos da European Global Navigation Satellite Systems Agency; • Documentos do Australian Government;

• Documentos do DECEA; • Documentos da AusALPA.

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados

Para coleta de dados sobre o assunto foi utilizado o método de coleta bibliográfica, e de entrevista. A entrevista foi aplicada a um piloto que trabalha na área de aviação geral e faz uso do equipamento Garmin modelo G1000, com o objetivo de relatar sua opinião a respeito

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das possíveis mudanças em sua operação caso o SBAS seja implementado no Brasil, além da apresentação de orçamento simulado pela empresa Eletronave LTDA a fim de verificar a presença de equipamentos aplicáveis em território nacional.

1.4.4 Procedimentos de análise dos dados

Após a coleta de dados os mesmos foram analisados e apresentados através de descrição científica.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O trabalho foi estruturado para atingir os objetivos propostos, tendo sido composto da seguinte estrutura:

No capítulo 1, apresenta-se a introdução, onde constam o problema da pesquisa, os objetivos, a justificativa e a metodologia.

Nos capítulos 2 e 3 temos a fundamentação teórica, onde demonstra-se basicamente a composição e funcionamento do sistema SBAS, sua ampliação no cenário mundial, o sucesso alcançado através dos procedimentos LPV, sua contribuição direta para a segurança operacional e os possíveis problemas ionosféricos a serem enfrentados.

Na sequência, o capítulo 4 destaca a apresentação, análise e discussão dos dados da pesquisa.

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2 INÍCIO DAS OPERAÇÕES SBAS

O Satellite Based Augmentation System iniciou sua operação nos Estados Unidos em julho de 2003, fazendo com que o GPS pudesse se tornar um sistema primário de navegação, além do desenvolvimento de diversos procedimentos sem necessidades adicionais de infraestrutura aeroportuária através do LPV, com suas primeiras publicações em setembro de 2003. (FAA, 2013)

2.1 COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA SBAS

Utilizando como exemplo o funcionamento do sistema WAAS (norte americano), podemos observar que o mesmo é composto por diversas estações em solo denominadas Estações de Referência de Área Plana (WRS), que captam os sinais GPS detectando seus erros e os enviando às Estações Principais de Área Plana (WMS) através de uma rede de comunicações terrestre.9

Nas Estações Principais de Área Plana (WMS) as mensagens são geradas contendo informações que permitem que os receptores GPS eliminem os erros no sinal, aumentando a precisão e confiabilidade na localização.10

9 FAA (2015) 10 FAA (2015)

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21

Figura 1 - Detecção dos sinais GPS pelas Estações de Referência de Área Plana(WRS)

Fonte: FAA (2015)

Figura 2 - Transmissão de dados para as Estações Principais de Área Plana(WMS)

Fonte: FAA (2015)

As mensagens são enviadas das Estações Principais de Área Plana (WMS ) às Uplink Stations, sendo assim transmitidas para satélites geoestacionários11.

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Figura 3 - Transmissão de dados para satélites geoestacionários

Fonte: FAA (2015)

As mensagens de navegação transmitem as informações de correção em um sinal semelhante ao do GPS. O receptor GPS/WAAS processa as mensagens como parte da estimativa de posição.12

Figura 4 - Transmissão de dados aos usuários

Fonte: FAA (2015)

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23

Figura 5 - Equipamentos utilizados no sistema WAAS

Fonte: FAA WAAS Update (2015)

2.2 SISTEMA SBAS NO CENÁRIO MUNDIAL

O sistema SBAS se demonstrou tão eficiente que se estendeu pelo Japão, Índia, China (em desenvolvimento), Coreia do Sul (em desenvolvimento), Rússia (em desenvolvimento) e Europa, com diferentes nomenclaturas, porém com a mesma funcionalidade. (GSA, 2016)

Figura 6 - SBAS no cenário mundial

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Como o SBAS ainda apresenta dificuldades de expansão e funcionamento para o hemisfério sul, países como Austrália e Nova Zelândia vem desenvolvendo seu próprio sistema. Além disso esta parceria analisa as possibilidades de desenvolvimento do DFMC, sendo os primeiros a realizarem testes, o que consideraríamos um avanço no SBAS, pois seria uma possibilidade de sanar os problemas com a cintilação ionosférica. Segundo as palavras de Vinci di Pietro, chefe executivo da Lockheed Martin Austrália:

“Estamos entusiasmados por ter a oportunidade de trabalhar com a indústria australiana e a Geoscience Australia para demonstrar o melhor desempenho possível do GNSS e estamos orgulhosos de que a Austrália esteja liderando o caminho para melhorar a navegação espacial e a segurança industrial”. (PIETRO, Vinci di, 2017, tradução nossa)

2.3 PROCEDIMENTOS LPV E SEUS BENEFÍCIOS

O LPV é um procedimento realizado através de sinais GNSS proporcionando orientação vertical e horizontal ao piloto, disponibilizando uma rampa de aproximação mais estável, não necessitando de nenhum auxílio à navegação ou equipamento em solo, sendo muito semelhante às aproximações ILS. Devido a sua capacidade o mesmo pode reduzir os mínimos para pouso13 podendo chegar até 200 pés dependendo das condições do aeródromo. Até o dia

24 de maio de 2018 os Estados Unidos já contava com 3909 LPV’s operacionais, no caso do Canadá e Europa foi constatado que até 29 de março de 2018 os mesmos contavam com 365 e 410 LPV’s operacionais respectivamente (FAA, 2018a), além de mais de 90 mil aeronaves da aviação geral equipadas e capazes de voar procedimentos WAAS (FAA, 2018b). Para estabelecer o procedimento LPV dependemos diretamente de uma avaliação criteriosa de obstáculos, marcas da pista, iluminação, etc. Quanto mais adicionais disponíveis no aeródromo menores os mínimos para procedimento14. O mesmo proporciona um nível similar de serviço ao do ILS Categoria I, porém possui glidepath mais estável, isto é, uma rampa de pouso mais estável para o procedimento, estabelecendo assim uma aproximação mais segura. (FAA, 2018c)

13 Limites de utilização de um aeródromo, tanto para pouso como para decolagem, geralmente expressos em função da visibilidade ou alcance visual da pista, altura de decisão e das condições de nebulosidade. (Fonte: Anacpédia)

14 EUA. FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Maximizing Airport Operations Using the Wide Area

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Figura 7 - Comparativo de mínimos de aproximação

Fonte: Rockwell Collins (2017)

2.4 SUCESSO DOS PROCEDIMENTOS COM SBAS

Como exemplo de sucesso no funcionamento do sistema podemos mencionar as operações com WAAS no Alasca, segundo Dennis Parrish15, do Conselho de Aviação do Governo do Alasca, mais de 82% das comunidades não possuem acesso rodoviário, dependendo completamente da aviação para o recebimento de mantimentos, medicamentos, produtos vitais, serviços de emergência, etc. Parrish ainda menciona a grande demanda de serviços aéreos e a pressão para a prestação dos mesmos devido a falta de estradas, o que acaba proporcionando ao Alasca um recorde anual de acidentes aéreos no país. Porém Parrish acredita que o WAAS se tornará a solução do problema. “A aproximação estabilizada em aeroportos com infraestrutura limitada, que esse sistema oferece, salvou muitas vidas em nosso estado.” (FAA, 2018, tradução nossa)

Segundo Joann Ford16, engenheira do FAA:

“Nestas aldeias menores, tudo o que se pode ter é uma pequena pista. Não há nenhum operador fixo lá, nenhum sistema de iluminação e nenhum sistema meteorológico automatizado, então a possibilidade de se voar para este tipo de aeroporto, mesmo sem nenhuma torre de controle, é fundamental. E com o WAAS passa a existir um procedimento de aproximação publicado, sendo assim o aeródromo se torna mais acessível.” (FAA, 2018, tradução nossa)

15 Depoimento disponível em: https://www.faa.gov/nextgen/snapshots/stories/?slide=68 16 Depoimento disponível em: https://www.faa.gov/nextgen/snapshots/stories/?slide=68

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2.5 CONTRIBUIÇÃO DIRETA DO SBAS PARA SEGURANÇA OPERACIONAL SEGUNDO DADOS DA AUSALPA

Conforme o posicionamento da AusAlpa (Australian Airline Pilots’ Association) realizado em fevereiro de 2018 disponibilizado em seu site17, os benefícios trazidos pelo SBAS

poderiam ter evitado acidentes envolvendo fatores como o CFIT, que muitas vezes pode ser fatal.

Dentre os acidentes mencionados neste documento temos os ocorridos em Kokoda (2009), Lockhart River (2005), Hotham (2005), Benalla (2004), Coffs Harbour (2004) e Young (1993) (AUSALPA, 2018).

Exemplificando para fins de análise de como o SBAS poderia ter evitado diversos fatores que levaram aos acidentes, temos o caso de Coffs Harbour18, ocorrido em 15 de maio de 2003, onde a aeronave King Air B200C realizou um procedimento de não precisão19 baseado em GPS em condições IMC com chuva forte e visibilidade baixa. No momento da aproximação o piloto aplicou uma descida muito íngreme a fim de compensar as restrições de altitude impostas pelo controlador, e sob alta carga de trabalho o mesmo ultrapassou os limites da MDA20 não sendo alertado pelos equipamentos de bordo, avistando assim o solo em altitude muito baixa e vindo a colidir com o mar ou recife, o que danificou o trem de pouso esquerdo, impossibilitando-o de ser recolhido devido aos danos severos. Após a colisão o piloto iniciou o procedimento de arremetida, decidindo fazer uma espera sobre o mar aguardando melhores condições meteorológicas para uma nova aproximação.21

A nova aproximação e pouso foram realizados com sucesso e sem nenhum ferido, porém os danos materiais relacionados a aeronave foram extensos, incluindo partes como trem de pouso principal, naceles dos motores, hélices, nervuras da parte central da asa, longarina principal, ailerons, revestimentos da asa (superior e inferior), revestimentos internos do tanque de combustível, etc.22

17 Documento disponível em: https://www.ausalpa.org.au

18 Australian Government. Aviation safety investigation & reports. Número da investigação: 200302172. 19 Aproximação por instrumentos baseada em auxílio à navegação que não possua indicação eletrônica de trajetória de planeio. (Fonte: Anacpédia)

20 Menor altitude, especificada em um procedimento de aproximação por instrumentos, para a qual a descida é autorizada na aproximação final, ou durante uma manobra de circulação para pouso, até que o piloto aviste uma referência visual requerida para o aeródromo onde pretende pousar. (Fonte: Anacpédia)

21 Australian Government. Aviation safety investigation & reports. Número da investigação: 200302172. 22 Australian Government. Aviation safety investigation & reports. Número da investigação: 200302172.

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Figura 8 - Aeronave King Air B200C após pouso de emergência realizado no Aeroporto de Coffs Harbor (Austrália)

Fonte: Australian Government (2004)

Com isso, verificamos que o SBAS neste caso poderia ocasionar um ambiente mais tranquilo para o piloto, reduzindo consideravelmente sua carga de trabalho, proporcionando avisos efetivos através do equipamento com o procedimento programado, mínimos mais baixos o que poderia ter evitado o equívoco de ultrapassar a MDA, além de o procedimento vir a se tornar de precisão. Além disso o piloto já teria uma rampa definida para este procedimento com orientação horizontal e vertical, tornando a descida menos íngreme, mais calma e segura, podendo assim se preocupar com os demais fatores que estavam ocorrendo.

(28)

3 PROBLEMAS IONOSFÉRICOS

A cintilação ionosférica afeta vários países, sendo os mais críticos os que se localizam em altas e baixas latitudes, impossibilitando o funcionamento adequado do sistema SBAS. O fenômeno pode ser descrito como:

“[...] a rápida modificação de ondas rádio causadas por estruturas de pequena escala na ionosfera. Condições severas de cintilação podem impedir que um receptor GPS estabilize o sinal e pode impossibilitar o cálculo de uma posição. Condições de cintilação menos severas podem reduzir a precisão e a confiança dos resultados de posicionamento”. (Space Weather Prediction Center, tradução nossa)

Podemos visualizar sua predominância através das cores em tonalidade mais quente e sua interferência nas imagens a seguir:

Figura 9 - Áreas mais afetadas pela cintilação ionosférica

(29)

29

Figura 10 - Ilustração dos efeitos da cintilação ionosférica

Fonte: NASA (2013)

3.1 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS IONOSFÉRICOS

Com a intenção dos governos australiano e neozelandês em obter seu próprio SBAS que também contará com aproximações LPV, surgiu o desejo pelo desenvolvimento do DFMC, um passo muito importante quanto a questões de soluções possíveis para problemas com cintilação ionosférica.

A proposta de DFMC a ser utilizada na Austrália e Nova Zelândia é composta pela segunda geração SBAS, que é capaz de utilizar múltiplas frequências e constelações, a fim de melhorar o sinal recebido pelos usuários. O sistema utilizado em questão conta com sinais GPS e da constelação Galileo, além de frequências duplas L1 e L5 (GPS)/ E1 e E5 (Galileo), o que aprimora a integridade e eficiência SBAS. (Lockheed Martin, 2017)

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Figura 11 - Ilustração da funcionalidade do DFMC

Fonte: Lockheed Martin (2017)

Com isso, expectativas de sucesso com este método visam uma cobertura abrangente em países do hemisfério sul, caso seja efetuada a instalação de estações em solo conciliadas com o sistema DFMC (WALTER, Todd et al, 2010).

Figura 12 - Hipótese de expansão de estações para o hemisfério sul

(31)

31

Figura 13 - Combinação dual-frequency, cobertura LPV-200 com GPS e Galileo

Fonte: Walter, Todd et al. (2010)

Figura 14 - Combinação dual-frequency dos SBAS's disponíveis com as estações no hemisfério sul

(32)

Figura 15 - Combinação dual-frequency, cobertura LPV-200 com GPS e Galileo e estações no hemisfério sul

Fonte: Walter, Todd et al. (2010)

Caso esta possibilidade venha a se tornar real, países como o Brasil desfrutariam das facilidades de procedimentos LPV em diversas pistas em território nacional, o que contribuiria com o desenvolvimento e segurança no setor de aviação geral, o qual faz uso contínuo de pistas carentes de procedimentos de voo por instrumentos para ambas as cabeceiras e auxílios à navegação.

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33

4 MELHORIAS A SEREM PROPORCIONADAS NO BRASIL

O ramo da aviação geral é um dos que mais sofre quanto ao assunto procedimentos de voo por instrumentos, pois no Brasil a maioria dos aeródromos não possui procedimentos precisos o suficiente para proporcionar valores de visibilidade e teto mais baixos, ou aproximações com menos carga de trabalho.

A maioria dos aeródromos com pistas não tão movimentadas contam apenas com procedimentos RNAV23, VOR24 e NDB25 para apenas uma cabeceira, sem mencionar os que possuem ILS26 mas o mesmo também serve apenas para uma única pista.

Com os avanços em estudos atuais realizados em território australiano podemos criar expectativas de possíveis soluções para os problemas ionosféricos que nos impedem de desfrutar de novos procedimentos, que nos garantiriam mais segurança e precisão em aproximações em condições adversas e mais aeródromos de destino e alternativa, por um custo-benefício aplicável e plausível em investimentos com equipamentos de bordo com potencial SBAS, que já se encontram em território nacional brasileiro.

4.1 MELHORIAS EM SBBI E SBMT

Os aeródromos de SBBI e SBMT localizados nas cidades de Curitiba-PR e São Paulo-SP respectivamente, são os mais frequentados pelo público da aviação geral.

Analisando cenários distintos observou-se que ambos apresentam características meteorológicas diferentes, sendo o aeródromo de SBBI mais instável e propenso a condições IMC, possuindo aproximações NDB, VOR/DME e RNAV27. Já em SBMT, o mesmo se localiza

entre os aeródromos de Congonhas e Guarulhos, não possuindo procedimentos IFR, porém não apresentando condições tão instáveis28.

23 Procedimento guiado através de sinais GNSS que traçam os segmentos da aproximação guiando o piloto sem a necessidade de auxílios à navegação em solo.

24 Procedimento guiado através de ondas rádio VHF emitidas por uma estação em solo afim de guiar o piloto durante a aproximação.

25 Procedimento guiado através de ondas rádio emitidas por uma estação em solo, afim de guiar o piloto durante a aproximação.

26 Procedimento guiado através de ondas rádio emitidas por estações em solo, proporcionando guia horizontal e vertical auxiliando o piloto durante a aproximação.

27 Consulta realizada através da AISWEB no ano de 2018. 28 Consulta realizada através da AISWEB no ano de 2018.

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Se tratando de SBBI ao fazer um levantamento dos dados meteorológicos da localidade durante o período do inverno nos meses de junho e julho, disponibilizados no site do REDEMET, viu-se que o mesmo permaneceu 25 dias em condições de voo por instrumentos29

e 36 dias em condições de voo visual30, totalizando 61 dias analisados através das informações

METAR/SPECI. Observou-se também que na maioria dos dias IMC o aeródromo permaneceu em condições abaixo da DA/MDA permitida nos procedimentos aplicáveis, comprovando-se assim a necessidade de métodos mais precisos que proporcionem mínimos mais baixos. Nesse caso a aplicabilidade de aproximações LPV ou LP seriam uma sugestão para sanar este tipo de problema, criando aproximações semelhantes ao ILS Categoria I para ambas as pistas.

Gráfico 1 - Análise de dias VFR e IFR no aeródromo de SBBI

Fonte: Confeccionado pela autora

Quanto ao aeródromo de SBMT por apresentar características de teto baixo e muitos obstáculos ao seu redor, além de grande movimentação de aeronaves de asa fixa e rotativa, o mesmo também necessitaria de procedimentos precisos como o LPV/LP para aumentar a segurança dos pilotos em condições adversas, viabilizando também SBMT como um novo aeródromo de alternativa na região de São Paulo, cercada de demais aeródromos com grande fluxo de operações.

29 Condições meteorológicas abaixo dos mínimos estabelecidos para voar segundo as regras de voo visual (Abaixo de 1500 pés de teto e 5km de visibilidade). (Fontes: Anacpédia. e ICA 100-12)

30 Condições meteorológicas iguais ou superior aos mínimos estabelecidos para voar segundo regras de voo visual (Igual ou superior a 1500 pés de teto e 5km de visibilidade). (Fontes: Anacpédia. e ICA 100-12)

59% 41%

(35)

35

4.2 OPINIÃO DE PILOTOS DA AVIAÇÃO GERAL

Conforme relatado durante a entrevista, verificou-se que não existe receio do piloto quanto a procedimentos baseados em GNSS, o mesmo considera as aproximações seguras e mais confiáveis que alguns métodos convencionais (NDB, VOR, ILS), devido a menor taxa de erro.

O mesmo constatou a carência de procedimentos IFR para diversos aeródromos em territórios nacional, e alertou quanto a questão da segurança operacional em aeródromos com procedimentos para apenas uma cabeceira, e o bom planejamento para as escassas alternativas que possuem recurso para aproximações de baixa visibilidade e teto.

Quanto a aplicação dos procedimentos LPV no Brasil e o uso de equipamentos Garmin, o mesmo se mostrou muito otimista, e vê este avanço como uma oportunidade de aumentar o número de procedimentos IFR, diminuindo a carga de trabalho, e relatando a fácil adaptabilidade aos equipamentos por possuírem sistemas simples e objetivos já bastante difundidos em território nacional.

O piloto entrevistado ainda acrescentou que ao passar a operar com equipamentos Garmin que possibilitavam os procedimentos RNAV sua operação foi impactada positivamente quanto aos níveis de segurança, planejamento e conforto, e que o LPV só tem a atribuir para o melhoramento do espaço aéreo brasileiro.

4.3 EQUIPAMENTOS PARA AVIAÇÃO GERAL COM POTENCIAL SBAS

Se tratando dos equipamentos aplicáveis disponíveis em território nacional brasileiro, quanto a questão custo-benefício encontramos o modelo GTN 650 e as atualizações dos equipamentos nos modelos GNS 430 e GNS 530, todos da empresa Garmin Ltd.

Os equipamentos Garmin de modo geral tem uma ótima popularidade entre os pilotos no Brasil, pois possuem diversas funcionalidades e simplicidade em seu manuseio, e dentre os mais utilizados encontram-se os modelos GNS 430 e GNS 530, para os mesmos existe um upgrade aplicável efetuado na própria empresa Garmin Ltd. para prover a este equipamento potencial SBAS. O valor solicitado para este tipo de serviço pode ser encontrado diretamente no site da empresa, e corresponde a U$ 4.395,0031.

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Figura 16 – Equipamento Garmin modelo GNS 430

Fonte: Garmin Ltd

Figura 17 - Equipamento Garmin modelo GNS 530

Fonte: Garmin Ltd

Já o equipamento Garmin modelo GTN 650 pôde ser encontrado na empresa Eletronave LTDA, localizada na cidade de Curitiba-PR, o mesmo vem a ser o substituto do equipamento Garmin modelo GNS 430W (versão do modelo GNS 430 com potencial WAAS), e conforme o orçamento disponibilizado pelo representante (Anexo C) o mesmo apresenta ótimo custo-benefício e semelhança na operacionalidade com o seu antecessor, e já possui potencial SBAS em seu sistema, sem a necessidade de upgrades para implementação, além de possuir instalação fácil e relativamente rápida.

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37

Figura 18 - Equipamento Garmin modelo GNS 430W

Fonte: Garmin Ltd

Figura 19 – Equipamento Garmin modelo GTN 650

Fonte: Garmin Ltd

Com isso, podemos ver que a adaptação das aeronaves da aviação geral do Brasil aos equipamentos mais comuns que podem proporcionar operacionalidade SBAS é simples, com fácil entendimento por parte dos pilotos (muitos já adaptados a esta marca de equipamento).

4.4 CUSTOS DO ILS

Conforme relatado em documentos disponibilizados pelo FAA, podemos ter uma breve noção quanto aos custos relacionados a equipamentos ILS e sua manutenção ao longo dos anos. Conforme Larry Oliver, membro da FAA, estima-se que o custo de instalação de um ILS seja em torno de U$ 1.200.000,00, e durante um ciclo de vida de 20 anos os valores despendidos podem chegar a U$2.700.000,0032.

No Brasil, além dos custos de aquisição de equipamento e instalação verificamos algumas taxas impostas pelo DECEA em relação aos planejamentos, levantamentos, testes de

32 EUA. FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Every Thing You Wanted To Know About GPS

(38)

procedimentos, etc, a serem aplicados, como podemos verificar na tabela abaixo (DECEA, 2016):

Tabela 1 - Exemplos de custos relacionados aos procedimentos ILS no Brasil

Etapa Custo

Inspeção em Voo relacionada a ILS R$ 20.860,00 Elaboração de projeto para implementação de

sistemas, auxílios e/ou equipamentos

R$ 2.200,00 Análise de projeto para implementação de sistemas,

auxílios e/ou equipamentos

R$ 660,00 Serviços de pré-site e site survey para a

implementação de ILS

R$ 16.550,00 Serviço de levantamento topográfico para

implementação de ILS

R$ 9.310,00 Suporte técnico em terra para inspeções em voo R$ 7.200,00 Fonte: Adaptado de Portaria DECEA N˚ 91/DGCEA, de 27 de Junho de 2016

Como os procedimentos LPV não necessitam de auxílios a navegação em solo, poderíamos evitar diversos destes valores, resumindo apenas aos processos burocráticos e de análise impostos para a elaboração do procedimento, economizando um montante considerável, além de prover condições melhores em procedimentos IFR aos usuários, aumentando o número de destinos e alternativas disponíveis aos pilotos em caso de baixa visibilidade e teto e promovendo também procedimentos com potencial de um ILS Categoria I para todas as cabeceiras do aeródromo, sem a necessidade da instalação de equipamentos.

4.5 VISÃO DO DECEA SOBRE O SBAS

Segundo a DCA 351-2 correspondente a Concepção Operacional ATM Nacional do ano de 2011, o DECEA considerou o sistema SBAS desnecessário devido aos seguintes fatores: • Possuir elevados custos de implantação e ter os benefícios muito pequenos em relação

aos já providos pelo “GPS Only”;

• As interferências ionosféricas que afetam a confiabilidade dos sinais GNSS em grande parte da área de responsabilidade brasileira, fato que minimizaria os ganhos operacionais;

(39)

39

• Cerca de 85% das operações aéreas brasileiras serem de aeronaves comerciais, que se concentram em aeroportos dotados de infraestrutura adequada de navegação aérea, o que não justifica um sistema de “aumentação” de grande área;

• A implementação da segunda frequência civil GPS e a possível entrada em operação de novas constelações básicas de navegação por satélite poderiam representar um aumento na integridade e disponibilidade do GNSS, que minimizaria os ganhos resultantes de uma possível implementação do SBAS.

Analisando o cenário atual, 7 anos após o lançamento deste documento, podemos observar que o cenário brasileiro mudou consideravelmente, com um aumento significativo da operação de aeronaves da aviação geral e a operação de aeronaves comerciais em aeródromos considerados mais remotos e deslocados, que não apresentam na maioria das vezes procedimentos eficientes para sua operação.

Levando em consideração os benefícios proporcionados por uma aproximação LPV, podemos ver claramente que a mesma pode proporcionar mínimos de até 200 pés, o que supera por vezes com folga os procedimentos “GPS Only” atuais.

Figura 20 - Mínimos para aproximação RNAV pista 24 Aeroporto de Belém

Fonte: Aisweb

Figura 21 - Mínimos para aproximação RNAV pista 11 Aeroporto de Chapecó

(40)

Com a instalação de um sistema SBAS em território brasileiro a necessidade de aeródromos com procedimentos de voo por instrumentos poderia ser sanada, devido a capacidade de proporcionar aproximações semelhantes ao ILS Categoria I para todas as cabeceiras disponíveis, sem a necessidade de auxílios à navegação em solo, economizando um grande montante comparado a instalação e manutenção de equipamentos pertinentes aos procedimentos ILS.

Com o desenvolvimento e sucesso dos estudos atuais voltados aos problemas ionosféricos, os mesmos seriam solucionados através do DFMC, superando assim os efeitos de interferência que comprometiam efetivamente o sinal GNSS e aumentando de maneira significativa a cobertura disponível para procedimentos LPV-20033.

Levando em consideração os fatores apresentados, uma nova análise por parte dos órgãos responsáveis seria pertinente, devido ao interesse e expansão do sistema SBAS em cenário mundial e sua evolução constante, trazendo inúmeros benefícios aos usuários, além da disponibilidade de equipamentos de fácil instalação e compreensão que comportam este tipo de procedimento já disponíveis no Brasil.

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41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou um aprofundamento a respeito do sistema SBAS e sua funcionalidade, deixando claro sua capacidade, funcionamento e estrutura com foco voltado para o ramo da aviação geral.

Outro fator a ser exposto é sua expansão significativa perante o cenário mundial, isso devido a seu grande sucesso operacional e inúmeros benefícios trazidos aos usuários, como é o caso das aproximações LPV, que facilitaram muito as aproximações em condições de baixa visibilidade e teto, sendo sua operação semelhante ao ILS Categoria I.

Com a entrevista e orçamento disponibilizados, podemos ver que a opinião a respeito de procedimentos baseados somente em GNSS é positiva e que os mesmos são considerados seguros e eficientes, e a aceitação perante a apresentação das condições proporcionadas pelo LPV foram recebidas de maneira otimista. Quanto aos equipamentos, foram muito bem vistos, pois a marca Garmin é famosa em território nacional devido a ampla gama de funcionalidades e, como podemos verificar os mesmos já se encontram no Brasil, facilitando consideravelmente a aquisição e instalação.

Outro fator observado durante a pesquisa foi o número de pistas com procedimentos para apenas uma cabeceira, ou procedimentos RNAV/RNP com mínimos altos, o que foi confirmado pelo piloto entrevistado, que relatou a carência de mais aeródromos que atendam voos por instrumentos, o que poderia ser facilmente resolvido através do sistema SBAS.

Quanto a economia de custos, pôde ser verificado alguns dos valores pertinentes aos procedimentos ILS, os quais poderiam ser reduzidos com o SBAS, diante de que o mesmo não necessita de instalação de equipamentos em solo em cada aeródromo.

No quesito pertinente aos órgãos responsáveis pelos sistemas de navegação brasileiros, foram encontrados poucos documentos sobre o SBAS em seu sistema de dados. Observou-se também um aumento significativo nas operações aéreas em aeródromos diversificados em 7 anos, possibilitando assim uma nova análise a respeito deste sistema, visando melhores condições operacionais para a aviação geral e comercial.

Dos fatores mais agravantes que impossibilitam a instalação e correto funcionamento do sistema SBAS encontramos a cintilação ionosférica, que conforme apresentado em estudos e hipóteses desenvolvidos atualmente, há um aumento considerável das chances de sucesso do funcionamento deste sistema em países do hemisfério sul.

(42)

Contudo, cabe o acompanhamento do progresso referente as inovações apresentadas neste trabalho com o intuito de investigar novos estudos que possam levar a aplicabilidade do sistema SBAS no Brasil.

(43)

43

REFERÊNCIAS

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(46)
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47

Roteiro de Entrevista para Pilotos Nome:

CANAC: Data:

Modelo da aeronave operada atualmente:

1. Qual o equipamento Garmin utilizado em sua aeronave?

2. Após passar a operar com este equipamento como o mesmo impactou em sua operação? 3. Em que tipos de pista você costuma operar, remotas e afastadas ou mais urbanas e

movimentadas? Cite algumas.

4. Você considera que o Brasil carece de procedimentos para voo por instrumentos atualmente e que o cenário atual pode impactar a segurança na operação? Por quê? 5. Comparando o método RNAV/RNP e o método convencional (NDB/VOR/ILS) qual

deles você considera mais eficiente para sua operação? Explique. 6. Você considera procedimentos baseados em GNSS seguros? Por quê?

7. Caso fosse possível a instalação de um sistema que proporcionasse mínimos de até 200 pés e procedimentos realizados puramente através de GNSS (sem auxílios rádio-navegação) na maioria das pistas em território nacional, você concordaria e operaria com este tipo de procedimento? Como suas operações seriam impactadas?

8. Você considera que o SBAS resolveria grande parte dos problemas de aproximações por instrumentos devido ao seu potencial em proporcionar o LPV?

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Referências

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