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Boletim Trabalhista JULHO/2016

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Academic year: 2021

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Prezados,

OBoletim Trabalhistafoi elaborado com o objetivo de levar ao conhecimento de clientes e

demais interessados o entendimento dos Tribunais acerca de relevantes questões trabalhistas.

Nesta edição, abordamos recentes julgamentos realizados pelo Tribunal Superior do Trabalho e outros Tribunais, trazendo, ainda, os novos valores de depósitos recursais aprovados, bem como as novas alterações aprovadas pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal em sua jurisprudência, visando à sua adequação ao novo Código de Processo Civil. Desejamos a todos uma boa leitura!

 TST DIVULGA NOVOS VALORES PARA DEPÓSITOS RECURSAIS

O TST divulgou (SEGJUD.GP 326/2016) os novos valores referentes aos limites de depósito recursal previstos no artigo 899 da CLT. Os valores, que entram em vigor a partir de 1º de agosto de 2016, foram reajustados pela variação acumulada do INPC do IBGE do período de julho de 2015 a junho de 2016.

A nova tabela prevê o depósito de R$ 8.959,63 (oito mil novecentos e cinquenta e nove reais e sessenta e três centavos) para interposição de recurso ordinário e de R$ 17.919,26 (dezessete mil novecentos e dezenove reais e vinte e seis centavos) para interposição de recurso de revista, embargos, recurso extraordinário e recurso em ação rescisória.

O depósito recursal é requisito indispensável para interposição de recursos e tem como escopo garantir a execução e o pagamento da condenação.

 SÚMULAS:

Tribunal Superior do Trabalho (TST):

O TST aprovou as novas alterações na jurisprudência para se adequar ao novo Código de Processo Civil.

Foram canceladas a Súmula 164 e as Orientações Jurisprudenciais 338 e 331 da SDI-I. A antiga OJ 338 foi absorvida pela nova redação da OJ 237, que, juntamente com a súmula 383, teve seu texto alterado.

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Supremo Tribunal Federal (STF):

Súmula 383

RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015)

I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.

II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

OJ 237 DA SBDI-I

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. Sociedade de economia mista. Empresa pública (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 338 da SBDI-I)

I - O Ministério Público do Trabalho não tem legitimidade para recorrer na defesa de interesse patrimonial privado, ainda que de empresas públicas e sociedades de economia mista.

II – Há legitimidade do Ministério Público do Trabalho para recorrer de decisão que declara a existência de vínculo empregatício com sociedade de economia mista ou empresa pública, após a Constituição Federal de 1988, sem a prévia aprovação em concurso público, pois é matéria de ordem pública.

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 DECISÕES DOS TRIBUNAIS

Tribunal Superior do Trabalho (TST):

DISPENSA DO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA NO CURSO DO AUXÍLIO-DOENÇA – FALTA COMETIDA EM PERÍODO ANTERIOR À FRUIÇÃO DO BENEFÍCIO – POSSIBILIDADE.

Este foi o entendimento da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais do TST (SDI-1) ao admitir dispensa de um empregado da Caixa Econômica Federal. Por maioria de votos, foi provido o recurso da CEF por entender que, cessada a confiança entre as partes, compromete-se importante pilar da contratação, justificando-se a dispensa por justa causa. O juízo de primeira instância havia declarado nula a portaria de demissão por entender inviável a despedida no curso do auxílio-doença, pois sua concessão suspende o contrato de trabalho. O TRT da 4ª Região manteve a sentença com os mesmos fundamentos.

A 2ª Turma do TST também manteve a sentença. A CEF, então, interpôs embargos à SDI-1. O Relator, Ministro Lelio Bentes Corrêa, aliou-se à corrente doutrinária que admite a dispensa por justa causa no curso do auxílio-doença, mas com efeitos somente após o término da licença.

Prevaleceu, porém, a divergência aberta pelo ministro Renato de Lacerda Paiva, segundo o qual a suspensão do contrato de trabalho desobriga o empregador apenas das verbas decorrentes diretamente da prestação de serviços, mas mantém o pagamento das verbas acessórias. Assim, entendeu que seria incoerente reconhecer a justa causa, mas obrigar o empregador a continuar pagando as obrigações acessórias. "Comprovada a justa causa, a suspensão do contrato de trabalho não se revela como motivo capaz de impedir a rescisão de imediato", afirmou.

EMPREGADO QUE PEDE DEMISSÃO TEM DIREITO AO RECEBIMENTO DE PLR

A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em decisão unânime, reconheceu o direito ao recebimento do PLR proporcional ao tempo de trabalho de dois auxiliares de laboratório que pediram demissão antes da data da distribuição dos lucros pela empregadora.

Os ministros do TST consideraram inválida a norma coletiva que excluía o pagamento da parcela do PLR aos empregados que pedissem demissão antes da data prevista para distribuição dos lucros.

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O Relator do recurso, Ministro Antônio José de Barros Levenhagen, ponderou que cada trabalhador, seja de forma integral ou parcial, contribui ativamente para a obtenção de lucros pela empresa. Ou seja, o simples fato do empregado ter se desligado da empresa antes da distribuição dos lucros não lhe retira o direito de receber, de forma proporcional, pelo trabalhado despendido durante o período.

Dessa forma, o TST reconheceu o direito dos empregados que pediram demissão antes da data prevista para distribuição dos lucros ao recebimento do PLR proporcional ao período trabalhado.

O Ministro alertou, ainda, que tal entendimento vai ao encontro do disposto na Súmula 451 do TST, que trata do pagamento proporcional do PLR ao empregado que solicitou a rescisão contratual anterior à data de distribuição de lucros.

Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

SEGURO-DESEMPREGO NÃO PODE SER NEGADO POR MERA EXISTÊNCIA DE REGISTRO COMO SÓCIO DE EMPRESA.

O Juiz Federal da 1ª Vara de Londrina garantiu a um homem o direito ao seguro-desemprego, após negativa do Ministério do Trabalho sob o argumento de que o cidadão estaria registrado como sócio de uma empresa.

O MTE entendeu que tal registro sinalizava a existência de renda própria e indeferiu o pedido administrativamente.

Contudo, o juízo da 1ª Vara Federal de Londrina considerou que a mera manutenção do registro da empresa não é capaz de comprovar que o cidadão possui fonte de renda própria suficiente à sua manutenção e de sua família.

Ademais, asseverou o Magistrado que não há impeditivo previsto em lei para percepção de seguro-desemprego em razão de pessoa física integrar quadro societário de pessoa jurídica. Assim, foi deferida a liminar em sede de Mandado de Segurança reconhecendo o direito do cidadão-Impetrante ao recebimento do seguro-desemprego (parcelas vencidas e vincendas), desde que preenchidos os demais requisitos exigidos por lei.

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Equipe:

Carmino De Léo Neto Ana Carolina Ferreira Menegon Peduti

deleo@dlpm.com.br ana.menegon@dlpm.com.br

Tullio Vicentini Paulino Taís Negrisoli Camargo

tullio@dlpm.com.br tais@dlpm.com.br

Fábio de Oliveira Machado Thalita Maria Felisberto de Sá

Referências

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