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1 o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores:

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Aula 6 – Questões Comentadas e Resolvidas

Efeitos nas mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis.

Registro e divulgação de operações com partes relacionadas. Subvenções para investimento e assistência governamental.

Reconhecimento, mensuração e evidenciação de instrumentos financeiros.

Grandes manutenções (paradas programadas). Capitalização dos encargos financeiros.

Custo dos empréstimos, inclusive custos de transação. Operações descontinuadas.

Arrendamento mercantil.

Efeitos inflacionários sobre o patrimônio das empresas. Benefícios a empregados pós-emprego.

Evidenciação contábil dos aspectos ambientais. Ajuste a valor presente de direitos e obrigações. Redução ao valor recuperável de ativos.

Antes de iniciar a resolução dos exercícios propriamente dita, vou comentar algumas dúvidas que considerei relevantes (que recebi por email ou fórum).

Dúvidas Interessantes

Reserva de Lucros a Realizar

Nesse item, houve confusão para saber o que são lucros a realizar e lucros realizados. Como diria o velho Jack, vamos por partes (Risos):

A definição de lucros a realizar está na Lei das S.A.:

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e

II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (grifos meus)

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Repare que o parágrafo primeiro fala em “considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder...”. Portanto, por dedução, são lucros não realizados:

- ganho (resultado líquido positivo) de equivalência patrimonial; e - ganhos de longo prazo.

Ou seja, são receitas que não se transformarão em “dinheiro” no exercício seguinte e, portanto, se não há dinheiro, não haveria como pagar dividendos. Daí a permissão da Lei de constituir a reserva de lucros a realizar. Vamos ver um exemplo.

Exemplo: A empresa KAPRISMA S/A apurou as seguintes informações em relação ao exercício social encerrado em 31/12/2006:

• Lucro Líquido do Exercício = R$ 40.000,00

Lucro em vendas a prazo, cujas duplicatas a receber têm vencimento no exercício de 2008 = R$ 18.100,00

Receita de Equivalência Patrimonial = R$ 9.800,00

No encerramento do exercício, além da reserva de lucros a realizar, houve as seguintes destinações do lucro líquido do exercício para as reservas de lucros:

• Reserva Legal = R$ 2.000,00

Reserva Estatutária = R$ 2.500,00

Reserva para Contingências = R$ 5.000,00 • Reserva Orçamentária = R$ 6.000,00

Houve também, no encerramento do exercício de 2006, reversão de reserva para contingências no valor de R$ 2.000,00. O valor da reserva de lucros a realizar, sabendo-se que ela foi constituída pelo seu valor máximo e que o estatuto foi omisso em relação à determinação do dividendo obrigatório, é de: I – Determinação do Dividendo Mínimo Obrigatório:

Lucro Líquido do Exercício 40.000 (-) Reserva Legal (2.000) (-) Reserva para Contingências (5.000) (+) Reversão de Res. de Contingências 2.000 Base de Cálculo do Dividendo Obrigatório 35.000 Dividendo Mínimo Obrigatório = 50% x 35.000 = 17.500 II – Cálculo da Parcela do Lucro Não Realizada:

Lucro em vendas a prazo, cujas duplicatas a receber têm vencimento no exercício de 2008 = R$ 18.100,00

Receita de Equivalência Patrimonial = R$ 9.800,00

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III – Cálculo da Parcela Realizada do Lucro:

Parcela Realizada do Lucro = 40.000 - 27.900 = 12.100 IV – Cálculo da Reserva de Lucros a Realizar:

Dividendos a Pagar = Parcela Realizada do Lucro = 12.100

Reserva de Lucros a Realizar = Dividendo Obrigatório – Dividendos a Pagar Reserva de Lucros a Realizar = 17.500 – 12.100 = 5.400

Duplicatas Descontadas

Outro ponto polêmico! Como, agora, o que vale na contabilidade é essência sobre a forma, e uma duplicata descontada nada mais é que um empréstimo que a empresa fez no banco, esta conta deveria passar a ser classificada no Passivo, como uma obrigação (empréstimo a pagar).

É assim que prevê o Manual de Contabilidade Societária, edição de 2010, de Sérgio de Iudícibus e outros autores, em sua página 572: “Lembremo-nos que neste manual estamos recomendando que as duplicatas descontadas sejam classificadas diretamente no passivo.”

Contudo, as bancas examinadoras ainda não estão adotando esta postura, mas é bom ficar ligado na hora da prova!

Diversos a Diversos

Alguns alunos não entenderam o lançamento com a palavra “Diversos”. Diversos significa mais de um débito ou mais de um crédito.

Exemplos:

1) Compra de mercadorias para revenda com tributação:

Diversos (informa que há mais de um débito, que serão demonstrados abaixo do crédito)

a Caixa

crédito

Mercadorias

débito

ICMS a Recuperar

débito

É o mesmo que escrever (D = débito e C = crédito): D – Mercadorias

D – ICMS a Recuperar C – Caixa

2) Recebimento de duplicatas com juros: Caixa

débito

a Diversos (informa que há mais de um crédito) a Duplicatas a Receber

crédito

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3) Compra de móveis e computadores, parte à vista e parte a prazo: Diversos (informa que há mais de um débito)

a Diversos (informa que há mais de um crédito) Móveis e Utensílios

débito

Computadores

débito

a Caixa

crédito

a Títulos a Pagar

crédito

Despesas com Depreciação x Depreciação Acumulada

Não confunda as despesas com depreciação com a depreciação acumulada. As despesas são contas transitórias, que são zeradas ao final do período de apuração.

Por outro lado, a depreciação acumulada é uma conta patrimonial. Seu saldo não zera ao final do período e sim, como o próprio nome sugere, é acumulado. Portanto, cuidado, pois, se a questão perguntar qual é a despesa de depreciação de determinado período, você não deve somar com as despesas de períodos anteriores.

É isso. Vamos iniciar, efetivamente, nossa aula de hoje.

1.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio-Adaptada) Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - Pronunciamento Técnico CPC 05, aprovado pela Deliberação CVM no 642/2010, é considerada transação com partes relacionadas

(A) a aquisição de produtos para revenda por parte de uma sociedade controlada de outra sociedade controlada, até o limite de 10% da participação do capital social da controladora em cada controlada.

(B) a opção de compra de controle acionário de uma empresa feita pela subsidiária integral de outra empresa, desde que o capital da subsidiária seja o dobro do capital da empresa adquirida.

(C) a transferência de recursos, serviços ou obrigações entre partes relacionadas, independentemente de haver ou não um valor alocado à transação.

(D) qualquer operação entre partes relacionadas cujo início e fim da transação ocorram dentro do mesmo exercício.

(E) somente quando houver transferência de recursos ou obrigações entre empresas com participação acionária mútua.

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Resolução

Parte relacionada: é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis (grande definição essa, você não acha? Risos).

Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com a entidade que reporta a informação se:

- tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação;

- tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; ou - for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta a informação ou da controladora da entidade que reporta a informação.

Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se qualquer das condições abaixo for observada:

- a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada são inter-relacionadas, bem como as entidades sob controle comum são relacionadas entre si);

- a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra entidade (ou coligada ou controlada em conjunto de entidade membro de grupo econômico do qual a outra entidade é membro);

- ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade;

- uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade;

- a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são os empregados de ambas as entidades, a que reporta a informação e a que está relacionada com a que reporta a informação. Se a entidade que reporta a informação for ela própria um plano de benefício pós-emprego, os empregados que contribuem com a mesma serão também considerados partes relacionadas com a entidade que reporta a informação;

- a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa relacionada;

- uma pessoa que possui controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal chave da administração da entidade (ou de controladora da entidade).

Transação com parte relacionada: é a transferência de recursos, serviços ou obrigações entre uma entidade que reporta a informação e uma parte relacionada, independentemente de ser cobrado um preço em contrapartida.

Repare que independe de haver ou não um valor alocado à transação.

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2.(Contador Junior-Petrobras-2010-Cesgranrio-Adaptada) A Regulamentação das operações com arrendamento mercantil (Leasing) foi determinada pelo Pronunciamento Técnico CPC 06 que, por sua vez, originou a Deliberação CVM 645/2010 e a Resolução CFC 1.304/10 que aprovou a NBC 10.2. Na Resolução CFC 1.304/10, que aprovou a NBC 10.2, o item 20 determina a forma de reconhecer os arrendamentos mercantis financeiros no início das operações. Assim, o registro inicial de uma operação de arrendamento mercantil financeiro deve ser efetuado pelo

(A) valor residual garantido do bem ou pelo valor justo futuro dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil.

(B) valor de transferência de propriedade do bem, no final da operação de arrendamento.

(C) valor presente dos benefícios de caixa esperados, deduzidos do valor residual garantido do arrendamento mercantil.

(D) valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil.

(E) montante das saídas de caixa futuras deduzido do valor residual esperado ou pelo valor justo, caso o primeiro seja menor.

Resolução

Vamos estudar os conceitos principais:

De acordo com o art. 179, IV, da Lei no 6.404/76, com redação dada pela Lei no 11.638/07, são classificados no Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.

Exemplos: Móveis e Utensílios, Imóveis, Máquinas, Equipamentos, Veículos, etc.

De acordo com a nova redação deste inciso, serão classificados no ativo não circulante imobilizado os direitos oriundos de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens (tangíveis). O que isso significa? A nova redação tem o objetivo de abranger o arrendamento mercantil financeiro (leasing financeiro), que é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou uma série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado.

Quando a nova redação da Lei das S.A. estabelece que serão classificados no imobilizado os bens corpóreos decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, a operação de arrendamento mercantil financeiro deve ser contabilizada como uma venda a prazo. Portanto, a essência da transação é a base da análise,

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São definições importantes:

Arrendamento mercantil: é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado.

Arrendamento mercantil financeiro: é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido.

Arrendamento mercantil operacional: é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro (Tudo bem, não precisa rir, mas é esta a definição da norma. Está parecendo aquela brincadeira: por que o carro é vermelho? Porque não é verde. Risos).

Valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado ou transferido, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem transação compulsória.

Vida econômica: é o período durante o qual se espera que um ativo seja economicamente utilizável por um ou mais usuários; ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que um ou mais usuários esperam obter do ativo.

Vida útil: é o período remanescente estimado, a partir do começo do prazo do arrendamento mercantil, sem limitação pelo prazo do arrendamento mercantil, durante o qual se espera que os benefícios econômicos incorporados no ativo sejam consumidos pela entidade.

Arrendamento Mercantil Financeiro e Operacional

Um arrendamento mercantil pode ser classificado em financeiro ou operacional. A diferença entre os dois, basicamente, é em relação a quem pertence os benefícios econômicos, riscos e controle dos bens, se do arrendador ou do arrendatário.

No arrendamento mercantil financeiro há a transferência substancial dos riscos e benefícios econômicos para o arrendatário. O título de propriedade do bem poderá ou não ser transferido ao final do contrato de arrendamento mercantil financeiro.

Basta que o contrato de arrendamento não transfira substancialmente todos os riscos e benefícios ao arrendatário para que o contrato seja registrado contabilmente como arrendamento operacional.

Como temos a necessidade de analisar a essência da transação e não seus aspectos formais, pode ser que um contrato seja elaborado como arrendamento mercantil operacional, mas percebe-se, na prática, que se trata,

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na verdade, de arredamento mercantil financeiro. O inverso também é possível, ou seja, temos um contrato elaborado como arrendamento mercantil financeiro, mas, na prática, é um arrendamento mercantil operacional.

São exemplos de situações classificadas como arrendamento mercantil financeiro:

- o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil;

- o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida;

- o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; - no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e

- os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

Os indicadores de situações que individualmente ou em combinação também podem levar a que um arrendamento mercantil seja classificado como arrendamento mercantil financeiro são:

- se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário;

- os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil); e

- o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado.

Um arrendamento mercantil será classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

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Contabilização pelo Arrendatário e pelo Arrendador Arrendamento Mercantil Operacional

Contabilização pelo Arrendatário

Os pagamentos do arrendamento mercantil operacional devem ser registrados periodicamente como despesa em contrapartida de passivo ou disponibilidades (ativo circulante).

Lançamento:

Despesas com Arrendamento Operacional (Despesa) a Contas a Pagar (Passivo Circulante)

ou

Despesas com Arrendamento Operacional (Despesa) a Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)

Percebe-se que esse tipo de arrendamento tem as características de um contrato de aluguel, diferentemente do arrendamento financeiro, que nada mais é do que uma operação de compra financiada (essência econômica).

Ou seja, na contabilização de um arrendamento mercantil operacional não deve ser reconhecido o passivo total no início do contrato e sim no decorrer do contrato, por ocasião do pagamento, como se representassem um aluguel. Repare que não há demonstração, no balanço patrimonial, da dívida total e muito menos do bem arrendado.

Outro detalhe importante diz respeito aos pagamentos. Se eles não forem regulares, deverão ser reconhecidos de forma linear ao longo do contrato (regime de competência da apropriação de despesas), exceto se outra base sistemática for mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário.

Exemplo: A empresa J4M2 (arrendatária) fez um arrendamento mercantil operacional de um veículo por 5 anos em 02/01/2010. No contrato, há previsão de 5 prestações anuais de R$ 6.000,00. A primeira prestação será paga em dezembro de 2010, a segunda em janeiro de 2012, a terceira em fevereiro de 2013, a quarta em março de 2014 e a quinta em dezembro de 2014. Como deve ser feita a contabilização do arrendamento no arrendatário? Como as prestações não são regulares, vamos reconhecer a despesa mensalmente pelo princípio da competência, durante todo o contrato.

Total a ser pago = 5 x 6.000 = R$ 30.000,00 Total de Meses = 5 anos x 12 meses = 60 meses

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Despesa a ser apropriada mensalmente = 30.000/60 = R$ 500,00 Lançamento mensal (a partir de 31/01/2010):

Despesa de Arrendamento Operacional (Despesa)

a Contas a Pagar (Passivo Circulante) 500 Por ocasião do pagamento de cada prestação:

Contas a Pagar (Passivo Circulante)

a Bancos (Ativo Circulante) 6.000

Contabilização pelo Arrendador

Como o ativo, no arrendamento mercantil operacional, é propriedade do arrendador, além da receita pelo recebimento dos pagamentos, o arrendador deve reconhecer a depreciação do ativo.

A receita deve ser reconhecida em base linear, pelo princípio da competência, independentemente da forma de pagamento, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do modelo temporal em que o benefício do uso do ativo arrendado seja diminuído.

Lançamentos:

I – Reconhecimento da receita: Títulos a Receber (Ativo Circulante)

a Receita de Arrendamento Operacional (Receita) II – Recebimento dos pagamentos:

Bancos (Ativo Circulante)

a Títulos a Receber (Ativo Circulante) III – Depreciação:

Despesas de Depreciação (Despesa)

a Depreciação Acumulada (Ativo Não Circulante)

Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção das receitas devem ser considerados como despesas. Por outro lado, os custos iniciais para colocação do ativo em funcionamento devem ser adicionados ao seu valor contábil.

A política de depreciação para os ativos arrendados deve ser consistente com a política de depreciação normal do arrendador e os ativos arrendados também devem ser submetidos ao teste de recuperabilidade.

Exemplo: A empresa Linotécnica (arrendadora) fez um arrendamento mercantil operacional de um veículo por 5 anos em 02/01/2010. No contrato, há previsão de 5 prestações anuais de R$ 6.000,00. A primeira prestação será

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fevereiro de 2013, a quarta em março de 2014 e a quinta em dezembro de 2014. Suponha que o ativo tenha um valor registrado na contabilidade de R$ 120.000,00 e que a sua vida útil é de 5 anos. Como deve ser feita a contabilização do arrendamento na arrendadora?

Total a ser recebido = 5 x 6.000 = R$ 30.000,00 Total de Meses = 5 anos x 12 meses = 60 meses

Receita a ser apropriada mensalmente = 30.000/60 = R$ 500,00 Lançamento mensal (a partir de 31/01/2010):

Títulos a Receber (Ativo Circulante)

a Receita de Arrendamento Operacional (Receita) 500 Por ocasião do recebimento de cada prestação:

Bancos (Ativo Circulante)

a Títulos a Receber (Ativo Circulante) 6.000 Valor Depreciável = 120.000

Vida Útil = 5 anos x 12 meses = 60 meses Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil = 1/60

Despesa com Depreciação (Mensal) = 1/60 x 120.000 = 2.000 Lançamento mensal de depreciação:

Despesas com Depreciação (Despesa)

a Depreciação Acumulada (Ativo Não Circulante – Imobilizado – Retif.) 2.000

Arrendamento Mercantil Financeiro Contabilização pelo Arrendatário

No registro inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se contabilizá-lo como ativo e passivo, ou seja, o direito de uso do bem é registrado no ativo imobilizado e a dívida assumida é lançada no passivo.

O valor a ser contabilizado para o direito de uso deve ser igual ao valor justo do bem arrendado ou ao valor presente dos pagamentos do referido arrendamento, dos dois o menor.

Se o bem arrendado for passível de depreciação, deve-se proceder ao seu cálculo e contabilização. Se não houver certeza de que a propriedade do bem será transferida para o arrendatário no fim do prazo do contrato, o ativo deverá ser depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil financeiro ou da sua vida útil, o que for menor.

O bem arrendado também está sujeito ao teste de impairment ou recuperabilidade, que verificará se o mesmo está desvalorizado ou não.

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A dívida não pode ser representada como dedução do ativo imobilizado, devendo ser segregada em passivo circulante e não circulante, conforme o prazo de pagamento das parcelas.

Além disso, deve-se lançar o valor dos juros a transcorrer como conta redutora da dívida. O encargo financeiro deve ser reconhecido como despesa financeira a cada período, em obediência ao regime de competência.

Lançamentos:

I – Pagamento de prestações:

Financiamento por Arrendamento Financeiro (Passivo Circulante) a Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)

II – Decurso do tempo (longo prazo para curto prazo):

Financiamento por Arrendamento Financeiro (Passivo Não Circulante) a Financiamento por Arrendamento Financeiro (Passivo Circulante) Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante)

a Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Não Circulante) III – Reconhecimento da despesa financeira:

Despesa Financeira (Despesa)

a Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante)

IV – Reconhecimento da despesa com depreciação do bem arrendado: Despesa com Depreciação (Despesa)

a Depreciação Acumulada (ANC – Imobilizado – Retificadora)

Exemplo: Determine o valor do Passivo Circulante da Cia. Arrendatária a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade arrendadora, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anuais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra no montante de R$ 190,76 ao final do quinto ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse ato, o bem arrendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades operacionais normais).

Sabe-se que:

• o contrato foi firmado em 31/12/2008;

• a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações vencem no dia 31 de dezembro dos anos subseqüentes;

• o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; • a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano.

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• o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendatária apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:

Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 15.000,00 Ativo Não Circulante

-Realizável a Longo Prazo

30.000,00 Passivo Não Circulante 25.000,00 Ativo Não Circulante

-Imobilizado 50.000,00 Patrimônio Líquido 60.000,00 (a) R$ 3.900,00 (b) R$ 8.500,00 (c) R$ 15.000,00 (d) R$ 19.600,00 (e) R$ 23.500,00

Passivo Circulante (Saldo Inicial) = R$ 15.000,00 Passivo Circulante da Cia. Arrendatária = ?

Reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil (31/12/2008) Prestações do Arrendamento = R$ 8.500,00 (5 prestações anuais e iguais) Valor Residual = R$ 190,76 (opção de compra juntamente com a última prestação anual)

Valor de Mercado do Bem Arrendado (à vista) = R$ 30.000,00 Taxa de Juros implícita no contrato = 13% ao ano

Arrendamento Financeiro - Arrendatária Ano 1:

Saldo Inicial do Bem Arrendado = 30.000

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 30.000 = 3.900 Valor Total = 30.000 + 3.900 = 33.900

Primeira Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2009 = 33.900 – 8.500 = 25.400 Aumento do Passivo Circulante (2009):

Saldo Inicial – Passivo Circulante 15.000 (+) Prestação a Pagar (31/12/2009) 8.500 (-) Juros Passivos a Transcorrer (3.900) Saldo Final do Passivo Circulante 19.600 Continuando a resolução, para fins didáticos: Ano 2:

Saldo Inicial = 25.400

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 25.400 = 3.302 Valor Total = 25.400 + 3.302 = 28.702

Segunda Prestação = 8.500

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Ano 3:

Saldo Inicial = 20.202

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 20.202 = 2.626,26 Valor Total = 20.202 + 2.626,26 = 22.828,26

Terceira Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2011 = 22.828,26 – 8.500 = 14.328,26 Ano 4:

Saldo Inicial = 14.328,26

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 14.328,26 = 1.862,67 Valor Total = 14.328,26 + 1.862,67 = 16.190,93

Quarta Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2012 = 16.190,93 – 8.500 = 7.690,93 Ano 5:

Saldo Inicial = 7.690,93

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 7.690,93 = 999,82 Valor Total = 7.690,93 + 999,82 = 8.690,76

Quinta Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2013 = 8.690,76 – 8.500 = 190,76 Total dos Juros Passivos a Transcorrer (PNC) =

= 3.302 + 2.626,26 + 1.862,67 + 999,82 = 8.790,76

Prestações a Pagar (PNC) = 4 x 8.500 + 190,76 = 34.190,76 Lançamento na Arrendatária (2008):

Diversos a Diversos

Veículo (Ativo Imobilizado) 30.000,00 Juros Passivos a Transcorrer (PC) 3.900,00 Juros Passivos a Transcorrer (PNC) 8.790,76

a Prestações a Pagar (PC) 8.500,00 a Prestações a Pagar (PNC) 34.190,76 A alternativa “d” é a correta.

Contabilização pelo Arrendador

Os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento mercantil financeiro nos seus balanços e apresentá-los como conta a receber por valor igual ao investimento líquido no arrendamento mercantil e considerar os valores recebidos como sendo reembolso de capital (pelo investimento feito) e receita financeira (recompensa pelo investimento e serviço).

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classificado em conta que o represente e a contrapartida será uma conta do passivo (compra a prazo) ou de disponibilidades (compra à vista).

Por ocasião do arrendamento mercantil financeiro, o arrendador reclassifica o bem do ativo como contas a receber e considera os valores recebidos como uma amortização do capital (pelo investimento realizado) e receita financeira (recompensa pelo investimento).

Os custos direitos iniciais envolvidos na negociação, como comissões, honorários legais e custos internos, que sejam diretamente atribuíveis à negociação e ao arranjo do contrato de arrendamento, serão incluído na mensuração inicial da conta a receber, reduzindo o valor da receita reconhecida durante o prazo do arrendamento mercantil.

Gastos gerais relativos a venda, como marketing e equipe de vendas, são excluídos do montante inicial de contas a receber, sendo considerados como despesas, uma vez que ocorrem antes da negociação.

Quanto ao reconhecimento subsequente da receita financeira, deve se basear em modelo que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido, pois, a mesma deve ser apropriada durante o prazo do arrendamento em base sistemática e racional.

Um arrendador tem como meta apropriar a receita financeira durante o prazo do arrendamento mercantil em base sistemática e racional. Essa apropriação da receita baseia-se em modelo que reflete o retorno periódico constante sobre o investimento líquido do arrendador no arrendamento mercantil financeiro. Lançamentos:

I – Por ocasião do arrendamento financeiro:

Contas a Receber – Arrendamento Financeiro (Ativo Circulante e Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo)

a Diversos

a Bem (Ativo Não Circulante)

a Juros Ativos a Transcorrer (AC e ANC-RLP – Retificadora) II – Decurso do tempo (longo prazo para curto prazo):

Contas a Receber – Arrendamento Financeiro (Ativo Circulante) a Contas a Receber – Arrendamento Financeiro (ANC-RLP)

Juros Ativos a Transcorrer (ANC-RLP)

a Juros Ativos a Transcorrer (Ativo Circulante)

III – Reconhecimento da receita (regime de competência): Juros Ativos a Transcorrer (Ativo Circulante)

(16)

IV – Recebimento das Prestações: Caixa ou Bancos (Ativo Circulante) a Contas a Receber (Ativo Circulante)

Exemplo: Determine o lançamento na Cia. Arrendadora a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade arrendatária, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anuais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra no montante de R$ 190,76 ao final do quinto ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse ato, o bem arrendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades operacionais normais).

Sabe-se que:

• o contrato foi firmado em 31/12/2008;

• a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações vencem no dia 31 de dezembro dos anos subseqüentes;

• o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; • a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano.

• o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendadora apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:

Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 15.000,00 Ativo Não Circulante

-Realizável a Longo Prazo

30.000,00 Passivo Não Circulante 25.000,00 Ativo Não Circulante

-Imobilizado

50.000,00 Patrimônio Líquido 60.000,00

Ativo Circulante (Saldo Inicial) = R$ 20.000,00 Ativo Circulante da Cia. Arrendadora = ?

Reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil (31/12/2008) Prestações do Arrendamento = R$ 8.500,00 (5 prestações anuais e iguais) Valor Residual = R$ 190,76 (opção de compra juntamente com a última prestação anual)

Valor de Mercado do Bem Arrendado (à vista) = R$ 30.000,00 Taxa de Juros implícita no contrato = 13% ao ano

Arrendamento Financeiro - Arrendadora Ano 1:

Saldo Inicial das Contas a Receber (pelo bem arrendado) = 30.000 Juros Ativos a Transcorrer = 13% x 30.000 = 3.900

Valor Total = 30.000 + 3.900 = 33.900 Primeira Prestação = 8.500

(17)

Ano 2:

Saldo Inicial = 25.400

Juros Ativos a Transcorrer = 13% x 25.400 = 3.302 Valor Total = 25.400 + 3.302 = 28.702

Segunda Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2010 = 28.702 – 8.500 = 20.202 Ano 3:

Saldo Inicial = 20.202

Juros Ativos a Transcorrer = 13% x 20.202 = 2.626,26 Valor Total = 20.202 + 2.626,26 = 22.828,26

Terceira Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2011 = 22.828,26 – 8.500 = 14.328,26 Ano 4:

Saldo Inicial = 14.328,26

Juros Ativos a Transcorrer = 13% x 14.328,26 = 1.862,67 Valor Total = 14.328,26 + 1.862,67 = 16.190,93

Quarta Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2012 = 16.190,93 – 8.500 = 7.690,93 Ano 5:

Saldo Inicial = 7.690,93

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 7.690,93 = 999,82 Valor Total = 7.690,93 + 999,82 = 8.690,76

Quinta Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2013 = 8.690,76 – 8.500 = 190,76 Total dos Juros Ativos a Transcorrer (ANC-RLP) = = 3.302 + 2.626,26 + 1.862,67 + 999,82 = 8.790,76

Contas a Receber (ANC-RLP) = 4 x 8.500 + 190,76 = 34.190,76 Lançamento na Arrendadora (2008):

Diversos a Diversos

Contas a Receber (AC) 8.500,00 Contas a Receber (ANC-RLP) 34.190,76

a Veículo (Ativo Não Circulante - Imobilizado) 30.000,00 a Juros Ativos a Transcorrer (AC) 3.900,00 a Juros Ativos a Transcorrer (ANC-RLP) 8.790,76

Ufa! Vamos à resolução da questão:

No começo do prazo de arrendamento mercantil financeiro, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente

(18)

dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil. A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento do arrendatário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à quantia reconhecida como ativo.

GABARITO: D

3.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras- 2010-Cesgranrio) A empresa Arco Íris Bebidas Ltda. realizou uma aplicação financeira de R$ 20.000,00 em 16.11.2009, com vencimento para 15.01.2010 e rendimento prefixado de R$ 1.520,00. Considerando as determinações da Lei no 6.404/76, com as alterações das Leis no 11.638/2007 e no 11.941/2009, o valor dessa aplicação financeira no balanço patrimonial extraído em 31.12.2009 monta, em reais, a (A) 20.000,00 (B) 20.506,67 (C) 21.013,33 (D) 21.140,00 (E) 21.520,00 Resolução 16/11/2009: Aplicação Financeira = R$ 20.000,00 Rendimento Prefixado = R$ 1.520,00

15/01/2010 – Vencimento da aplicação financeira

Repare o rendimento prefixado, inicialmente, deve ser considerado como juros ativos a transcorrer e ser reconhecido como receita do período, pelo princípio da competência, no decorrer do período da aplicação.

Período da Aplicação – de 16/novembro/2009 a 15/janeiro/2010 = 2 meses Juros Ativos Mensais = 1.520/2 = 760

Lançamentos:

I – Por ocasião da aplicação financeira (16/11/2009): Aplicação Financeira (Ativo Circulante)

a Diversos

a Bancos (Ativo Circulante) 20.000

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II – Reconhecimento da receita de juros em 30/11/2009:

De 16/11/2009 a 30/11/2009 se passaram 15 dias, ou metade do mês. Portanto, os juros reconhecidos serão:

Juros Ativos = Juros Ativos Mensais/2 = 760/2 = 380 Juros Ativos a Transcorrer (Ativo Circulante – Retificadora) a Juros Ativos (Receita) 380 III – Reconhecimento da receita de juros em 31/12/2009: Juros Ativos a Transcorrer (Ativo Circulante – Retificadora) a Juros Ativos (Receita) 760

IV – Saldo da aplicação financeira em 31/12/2009 (valor contábil): Aplicação Financeira (Ativo Circulante) 21.520 (-) Juros Ativos a Transcorrer = 1.520 – 380 – 760 (380) Saldo da Aplicação Financeira (Ativo Circulante) 21.140 GABARITO: D

4.(Técnico de Contabilidade Junior-Petrobras- 2010-Cesgranrio) A Cia. Austral S.A., que utiliza insumos importados na sua produção, realizou a seguinte aquisição em março de 2009:

• Compra de matéria-prima dos Estados Unidos por US$ 120.000,00, pelo critério FOB;

• Valor do câmbio na data da compra: US$ 1,00 = R$ 1,80;

• Valor do câmbio na data da chegada no porto brasileiro da matéria-prima: US$ 1,00 = R$ 1,85;

• Despesas incorridas no desembaraço da mercadoria na alfândega: R$ 1.780,00;

• Despesas de seguros e frete por conta da empresa importadora: R$ 1.234,00;

• Valor do câmbio no momento em que a matéria-prima chegou à empresa: US$ 1,00 = R$ 1,89.

Considerando-se exclusivamente as informações acima, o valor que deve ser registrado na conta estoque de matérias-primas da Cia. Austral, referente a essa aquisição, em reais, será

(A) 219.014,00. (B) 223.780,00. (C) 225.014,00. (D) 228.580,00. (E) 229.814,00.

(20)

Resolução

A Cia. Austral S.A., que utiliza insumos importados na sua produção, realizou a seguinte aquisição em março de 2009:

Primeiramente, para definirmos o câmbio utilizado para registro na contabilidade da empresa, temos que entender o conceito de FOB (Free On Board).

Como a questão não especificou que é FOB-Destino (nessa situação, a responsabilidade pelas mercadorias até o porto de destino seria do vendedor), a responsabilidade pelas mercadorias ainda no porto de origem é do comprador (FOB), ou seja, o comprador recebeu, efetivamente, as mercadorias, no porto de origem.

Portanto, o câmbio de registro na contabilidade do comprador (importadora) será o da data da compra. Além disso, há que se ressaltar que as despesas de desembaraço das mercadorias e de seguros e frete (por conta do comprador) também farão parte do custo das mercadorias.

Compra de matéria-prima dos Estados Unidos por US$ 120.000,00, pelo critério FOB;

Valor do câmbio na data da compra: US$ 1,00 = R$ 1,80

Compra de Matéria-Prima = U$ 120.000,00 x R$ 1,80 216.000 (+) Despesas de Desembaraço na Alfândega 1.780 (+) Despesas de Seguros e Frete 1.234 Custo das Mercadorias Adquiridas 219.014 GABARITO: A

5.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) A Comercial de Máquinas Pesadas S.A. vendeu uma máquina nas seguintes condições: entrada R$ 500.000,00 e mais duas parcelas anuais iguais e sucessivas no valor de R$ 968.000,00 cada uma. Admita a inexistência de impostos e que a taxa de juros para a empresa, na data da venda, seja de 10% ao ano. O valor da receita de venda da máquina a ser contabilizado no ato da venda, em reais, é

(A) 500.000,00 (B) 1.468.000,00 (C) 2.180.000,00 (D) 2.268.000,00 (E) 2.436.000,00

(21)

Resolução

Essa é uma questão de ajuste a valor presente. Vamos aos conceitos principais:

Importante alteração ocorrida com a publicação da Lei no 11.638/07 diz respeito ao ajuste a valor presente de elementos do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, e, dos demais elementos, caso tenha efeito relevante.

Valor presente: é aquele que expressa o montante ajustado em função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros, praticada no mercado. Outro item importante a ser destacado é que o ajuste a valor presente não deve ser aplicado aos tributos diferidos sobre o lucro (Imposto de Renda a Pagar e CSLL a Pagar), em conssonância com as normas internacionais de contabilidade.

As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando então as reversões serão apropriadas como receita operacional.

Não entendeu? Vamos fazer dois exemplos para que você entenda melhor o ajuste a valor presente de ativos e passivos:

Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 S/A vendeu mercadorias a prazo, por R$ 150.000,00, para pagamento, pelos clientes, daqui a dois anos (longo prazo). Suponhamos, ainda, que este valor de R$ 150.000,00, trazido a valor presente considerando uma determinada taxa de juros, seja de R$ 126.000,00. Ou seja, R$ 24.000,00 corresponde ao ajuste a valor presente. I – Transação de venda:

Clientes (Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo)

a Receita Bruta de Vendas (Receita) 150.000 II – Ajuste a Valor Presente (no momento em que é realizada a transação de venda):

Como o pagamento é em dois anos, uma parte dos juros a apropriar é curto prazo (de janeiro de 2009 a dezembro de 2009) e outra parte é longo prazo (de janeiro de 2010 a dezembro de 2010).

(22)

Juros a Apropriar (Curto Prazo) = (12 meses/24 meses) x 24.000 = 12.000 Juros a Apropriar (Longo Prazo) = (12 meses/24 meses) x 24.000 = 12.000 Receita Bruta de Vendas (Receita)

a Diversos

a Juros Ativos a Apropriar (Ativo Circulante – Retificadora) 12.000 a Juros Ativos a Apropriar (ANC Longo Prazo - Retificadora) 12.000 III – Reconhecimento da Receita (reversão):

Mensalmente, pelo regime de competência, iríamos reconhecer a receita referente ao ajuste, da seguinte forma: como são 24 meses (2 anos) até o pagamento, seria reconhecido o valor de R$ 1.000,00 por mês (R$ 24.000,00/24 meses).

Juros Ativos a Apropriar (Ativo Circulante - Retificadora) a Receita Financeira (Receita) 1.000

A conta “Receita Financeira” poderá fazer parte da Receita de Vendas, na DRE, somente se a empresa tiver a atividade de financiamento como parte de contrato ou estatuto. Caso contrário, sua classificação, na DRE, deverá ser na partes das Receitas Financeiras, para apuração do Lucro Operacional Líquido.

IV - Lançamento por ocasião do pagamento do cliente: Caixa (Ativo Circulante)

a Clientes (Ativo Circulante – já estaria no Ativo Circulante, pois o vencimento desta operação já seria antes do término do exercício seguinte) 150.000 Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 S/A comprou mercadorias a prazo, por R$ 150.000,00, para pagamento, aos fornecedores, daqui a dois anos (longo prazo). Suponhamos, ainda, que este valor de R$ 150.000,00, trazido a valor presente considerando uma determinada taxa de juros, seja de R$ 126.000,00. Ou seja, R$ 24.000,00 corresponde ao ajuste a valor presente. I – Transação de compra:

Diversos

a Fornecedores (Passivo Não Circulante – Longo Prazo)

Estoques (Ativo Circulante) 126.000 Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante) 12.000 Encargos Financeiros a Transcorrer

(Passivo Não Circulante Longo Prazo - Retificadora) 12.000 150.000 II – Reconhecimento da Despesa (reversão):

Mensalmente, pelo regime de competência, iríamos reconhecer a despesa referente ao ajuste, da seguinte forma: como são 24 meses (2 anos) até o pagamento, seria reconhecido o valor de R$ 1.000,00 por mês (R$

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Despesa Financeira ou Encargos Financeiros (Despesa)

a Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante – Retif.) 1.000 III - Lançamento por ocasião do pagamento aos fornecedores:

Fornecedores (Passivo Circulante – já estaria no Passivo Circulante, pois o vencimento desta operação já seria antes do término do exercício seguinte)

a Caixa (Ativo Circulante) 150.000

O método de contabilização utilizado é o método custo amortizado, pois o valor (encargos financeiros a apropriar) é amortizado mensalmente para uma conta de resultado (encargos financeiros) até zerar o saldo da conta encargos financeiros a apropriar.

Se fosse o caso, a depreciação seria calculada tendo como base de cálculo os valores originais deduzidos dos ajustes a valor presente.

Vamos à resolução da questão:

Comercial de Máquinas Pesadas S.A.

Venda de uma máquina nas seguintes condições: Entrada = R$ 500.000,00

Duas parcelas anuais iguais e sucessivas = R$ 968.000,00 cada uma Não há tributação.

Taxa de Juros para a empresa (na data venda) = 10% ao ano

I – Inicialmente, temos que calcular o valor presente: para isso temos que trazer as duas parcelas anuais iguais e sucessivas para a data da venda, considerando uma taxa de juros de 10% ao ano.

Desconto Racional, Financeiro, Matemático ou Por Dentro: é o desconto que determina um valor atual (VPn) que, corrigido nas condições de mercado, resulta em um montante igual ao valor nominal (Rn).

Rn = VPn . (1 + ir)n

VPn = Rn/(1 + ir)n

Onde,

Rn = resultado do ano n;

VPn = valor presente do resultado do ano n; ir = custo do capital

0 1 2

P1 P2

(24)

Valor Presente das Parcelas = 968.000/(1 + 10%) + 968.000/(1 + 10%)2

Valor Presente das Parcelas = 968.000/(1 + 0,10) + 968.000/(1 + 0,10)2

Valor Presente das Parcelas = 968.000/(1,10) + 968.000/(1,10)2

Valor Presente das Parcelas = 968.000 x [1/(1,10) + 1/(1,10)2]

Valor Presente das Parcelas = 968.000 x [(1,10 + 1)/(1,10)2]

Valor Presente das Parcelas = 968.000 x (2,10/1,21)

Valor Presente das Parcelas = (968.000/1,21) x 2,10

Valor Presente das Parcelas = 800.000 x 2,10

Valor Presente das Parcelas = 1.680.000,00

Valor Presente Total = Entrada + Valor Presente das Parcelas

Valor Presente Total = 500.000 + 1.680.000

Valor Presente Total = 2.180.000

GABARITO: C

6.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio) A redução ao valor recuperável de ativos visa a assegurar que esses mesmos ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior ao de sua possível recuperação por uso ou por venda. Sob o enfoque da redução ao valor recuperável do ativo, o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, resultantes do uso de um ativo, indica o seu valor

(A) de uso. (B) contábil. (C) residual. (D) recuperável. (E) líquido de venda. Resolução

Questão de redução ao valor recuperável. Vamos estudar os conceitos principais.

De acordo com a nova redação do art. 183, § 3o, da Lei das SA, a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

O CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos - fala de testes de recuperabilidade em ativos, enquanto que a Lei das S.A. fala em testes para

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Há que se ressaltar, no entanto, que não existe incoerência, pois a Lei das S.A. já trata da recuperabilidade para ativos em geral. Por exemplo, há a avaliação ao custo ou mercado, dos dois o menor, para os estoques, que nada mais é do que um teste de recuperabilidade.

Outro exemplo é a constituição da Provisão para Devedores Duvidosos, que nada mais é do que a redução do saldo contábil das “Contas a Receber” ao seu valor de realização.

Portanto, o fato mais importante neste ponto é a obrigatória aplicação do fundamento econômico de que nenhum ativo pode existir por valor que não seja recuperável mediante venda ou utilização por parte da empresa.

Resumindo, os ativos que estiverem avaliados por valor superior ao valor recuperável por meio de uso ou da venda, deveram ter seus valores reduzidos ao valor recuperável, sendo a perda por desvalorização reconhecida no resultado.

São conceitos importantes na utilização do procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos:

1. Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa: é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor Líquido de Venda > Valor em Uso

Valor Recuperável = Valor Líquido de Venda

Valor Líquido de Venda < Valor em Uso

Valor Recuperável = Valor em Uso

2. Valor em uso: é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

3. Valor líquido de venda: é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Contrato Comutativo: é aquele feito em caráter oneroso, sendo certas e equivalentes as contraprestações estabelecidas entre as partes intervenientes (troca justa entre as partes).

4. Despesas de venda ou de baixa: são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

(26)

Despesas atribuíveis diretamente à venda ou à baixa (-) Despesas Financeiras

(-) Impostos sobre o resultado gerado Despesas de Venda ou de Baixa

5. Perda por desvalorização: é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Valor Contábil do Ativo (-) Valor Recuperável Perda por Desvalorização

6. Valor contábil: é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.

Valor Registrado no Balanço do Ativo

(-) Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada (-) Perdas Estimadas por Redução ao Valor Recuperável Valor Contábil

7. Depreciação, amortização e exaustão: é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

Taxa de Depreciação, Amortização ou Exaustão (x) Período

(x) Base de Cálculo

Depreciação, Amortização ou Exaustão

8. Valor depreciável, amortizável e exaurível (base de cálculo da depreciação, amortização e exaustão): é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Valor do Custo de Aquisição ou outra base de substitua o custo (-) Valor Residual

Valor depreciável, amortizável e exaurível

9. Valor residual: é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

10. Vida útil é:

- o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou

- o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.

11. Unidade geradora de caixa: é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das

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12. Ativos corporativos: são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa.

13. Mercado ativo: é um mercado onde todas as seguintes condições existem:

- os itens transacionados no mercado são homogêneos;

- vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e

- os preços estão disponíveis para o público.

Nota: Quando aparecer o termo ”um ativo”, os conceitos se aplicarão igualmente a um ativo em particular ou a uma unidade geradora de caixa.

GABARITO: A

7.(Contador Junior-Petrobras-Biocombustível-2010-Cesgranrio-Adaptada) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através da Deliberação 642/10, tornou obrigatória para as companhias de capital aberto a divulgação sobre partes relacionadas. Dentre as obrigatoriedades estabelecidas, está a divulgação da remuneração do pessoal-chave da administração. Tal divulgação deve compreender não só a remuneração total, mas também os benefícios de: I - curto prazo a administradores;

II - curto prazo a empregados; III - pós-emprego;

IV - previdência privada;

V - rescisão de contrato de trabalho.

De acordo com a CVM deve ser divulgado, obrigatoriamente, o conjunto formado APENAS pelos benefícios

(A) I, II, III e IV. (B) I, II, III e V. (C) I, II, IV e V. (D) I, III, IV e V. (E) II, III, IV e V. Resolução

De acordo com a Resolução no 642/10 – Divulgação sobre Partes Relacionadas:

Remuneração: inclui todos os benefícios a empregados e administradores, inclusive os benefícios dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações. Os benefícios a empregados são todas as

(28)

formas de contrapartida paga, a pagar, ou proporcionada pela entidade, ou em nome dela, em troca de serviços que lhes são prestados. Também inclui a contrapartida paga em nome da controladora da entidade em relação à entidade. A remuneração inclui:

- benefícios de curto prazo a empregados e administradores, tais como ordenados, salários e contribuições para a seguridade social, licença remunerada e auxílio-doença pago, participação nos lucros e bônus (se pagáveis dentro do período de doze meses após o encerramento do exercício social) e benefícios não-monetários (tais como assistência médica, habitação, automóveis e bens ou serviços gratuitos ou subsidiados) para os atuais empregados e administradores;

- benefícios pós-emprego, tais como pensões, outros benefícios de aposentadoria, seguro de vida emprego e assistência médica pós-emprego;

- outros benefícios de longo prazo, incluindo licença por anos de serviço ou licenças sabáticas, jubileu ou outros benefícios por anos de serviço, benefícios de invalidez de longo prazo e, se não forem pagáveis na totalidade no período de doze meses após o encerramento do exercício social, participação nos lucros, bônus e remunerações diferidas;

- benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e - remuneração baseada em ações.

GABARITO: B

8.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) A Cia. São Paulo S/A projetou suas vendas para o 1o trimestre de 2010, com os valores apresentados abaixo.

Previsão de vendas (em reais)

Itens Janeiro Fevereiro Março Vendas a prazo 22.000,00 32.000,00 24.000,00 Vendas à vista 33.000,00 48.000,00 36.000,00 Total das Vendas 55.000,00 80.000,00 60.000,00

Sabendo que o prazo concedido aos clientes é de 30 dias, a projeção da entrada de caixa para março de 2010, em reais, é

(A) 72.000,00 (B) 68.000,00 (C) 66.000,00 (D) 48.000,00 (E) 46.000,00

(29)

Resolução

Como o prazo concedido aos clientes é de 30 dias, as vendas a prazo de fevereiro serão recebidas em março, juntamente com as vendas à vista de março. Portanto, temos:

Vendas a prazo (fevereiro) 32.000 Vendas à vista (março) 36.000 Entrada de Caixa (março) 68.000 GABARITO: B

9.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) A Cia. Renascer S/A solicitou ao Banco Atlântico S/A um empréstimo para capital de giro com as condições apresentadas a seguir.

• Data da operação 12/06/2009 • Vencimento 11/08/2009

• Forma de pagamento no vencimento

• Valor dos encargos financeiros R$ 125.000,00 • Valor liberado pelo Banco R$ 1.562.500,00 • Valor do pagamento R$ 1.687.500,00

Com base nos elementos acima, o registro contábil feito pelo Banco Atlântico, quando da liberação do empréstimo, realizado em 12/06/2009, sem os elementos data e histórico, em reais, foi

(A) Empréstimos

a Depósito de Pessoa Jurídica 1.562.500,00 (B) Empréstimos

a Depósito de pessoa jurídica 1.437.500,00 (C) Empréstimos

a Renda de empréstimos 1.687.500,00 (D) Depósito de Pessoas Jurídicas

a Empréstimos concedidos 1.687.500,00 (E) Conta Corrente de Clientes

(30)

Resolução

Lançamento pelo feito pelo Banco Atlântico em relação ao empréstimo concedido:

Empréstimos a Receber (Ativo Circulante)

a Depósito de Pessoa Jurídica (Ativo Circulante) 1.562.500

Lançamento feito pelo Banco Atlântico por ocasião do pagamento do empréstimo pela Cia. Renascer:

Depósito de Pessoa Jurídica (Ativo Circulante) a Diversos

a Empréstimos a Receber (Ativo Circulante) 1.562.500

a Juros Ativos (Receita) 125.000 1.687.500 GABARITO: A

10.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) Na empresa adquirente, em uma operação de combinação de negócios, os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos, pelo método da aquisição, como regra geral, devem ser mensurados e reconhecidos, na data da aquisição, pelo valor

(A) justo.

(B) de entrada. (C) de saída.

(D) de saída para ativos e de entrada para passivos. (E) realmente despendido na operação.

Resolução

De acordo com a NBC T 19.23 – Combinação de Negócios: Método de aquisição

A entidade deve contabilizar cada combinação de negócios pela aplicação do método de aquisição.

A aplicação do método de aquisição exige: (a) identificação do adquirente;

(b) determinação da data de aquisição;

(c) reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos e das participações societárias de não controladores na adquirida; e

(d) reconhecimento e mensuração do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra vantajosa.

(31)

Identificação do adquirente

Para cada combinação de negócios, uma das entidades envolvidas na combinação deve ser identificada como o adquirente.

Determinação da data de aquisição

O adquirente deve identificar a data de aquisição, que é a data em que o controle da adquirida é obtido.

A data em que o adquirente obtém o controle da adquirida geralmente é a data em que o adquirente legalmente transfere a contraprestação pelo controle da adquirida, adquire os ativos e assume os passivos da adquirida – a data de fechamento do negócio. Contudo, o adquirente pode obter o controle em data anterior ou posterior à data de fechamento. Por exemplo, a data de aquisição antecede a data de fechamento se o contrato escrito determinar que o adquirente venha a obter o controle da adquirida em data anterior à data de fechamento. O adquirente deve considerar todos os fatos e as circunstâncias pertinentes na identificação da data de aquisição.

Reconhecimento e mensuração de ativo identificável adquirido, de passivo assumido e de participação de não controlador na adquirida Reconhecimento

A partir da data de aquisição, o adquirente deve reconhecer, separadamente do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e quaisquer participações de não controladores na adquirida. O reconhecimento de ativos identificáveis adquiridos e de passivos assumidos está sujeito às condições especificadas abaixo.

Condições de reconhecimento

Para se qualificar para reconhecimento como parte da aplicação do método de aquisição, os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos devem atender, na data da aquisição, às definições de ativo e de passivo dispostas na NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. Por exemplo, os custos que o adquirente espera – porém não está obrigado a incorrer no futuro para efetivar um plano para encerrar uma atividade da adquirida ou os custos para realocar ou desligar empregados da adquirida – não constituem um passivo na data da aquisição. Portanto, o adquirente não reconhece tais custos como parte da aplicação do método de aquisição. Em vez disso, o adquirente reconhece tais custos em suas demonstrações contábeis pós-combinação de acordo com o disposto em outras normas, interpretações e comunicados técnicos.

Adicionalmente, para fins de reconhecimento como parte da aplicação do método de aquisição, os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos devem fazer parte do que o adquirente e a adquirida (ou seus ex-proprietários) trocam na operação de combinação de negócios, em vez de ser

(32)

resultado de operações separadas.

A aplicação do princípio e as condições de reconhecimento pelo adquirente podem resultar no reconhecimento de alguns ativos e passivos que não tenham sido anteriormente reconhecidos como tais nas demonstrações contábeis da adquirida. Por exemplo, o adquirente reconhece os ativos intangíveis identificáveis adquiridos como uma marca ou uma patente ou um relacionamento com clientes, os quais podem não ter sido reconhecidos como ativos nas demonstrações contábeis da adquirida por terem sido desenvolvidos internamente e os respectivos custos terem sido registrados como despesa.

Classificação ou designação de ativo identificável adquirido e passivo assumido em combinação de negócios

Na data da aquisição, o adquirente deve classificar ou designar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos da forma necessária para aplicar subsequentemente outras normas, interpretações e comunicados técnicos. O adquirente deve fazer essas classificações ou designações com base nos termos contratuais, nas condições econômicas, nas políticas contábeis ou operacionais e em outras condições pertinentes que existiam na data da aquisição.

Mensuração

O adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição.

Em cada combinação de negócios, o adquirente deve mensurar qualquer participação de não controladores na adquirida pelo valor justo dessa participação ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida.

GABARITO: A

11.(Ciências Contábeis–BNDES–2009–Cesgranrio) A Empresa X informou os seguintes dispêndios, em reais, havidos com um equipamento:

Preço de aquisição 500.000,00

Imposto de importação 50.000,00

Preparação do local 30.000,00

Testes de funcionamento 20.000,00

Honorários dos técnicos que realizaram testes 10.000,00

Custos administrativos 5.000,00

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aprovado pela Deliberação, CVM nº 583 /2009, o custo do equipamento para efeitos de imobilização, em reais, é

(33)

(A) 560.000,00 (B) 565.000,00 (C) 580.000,00 (D) 610.000,00 (E) 615.000,00 Resolução

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado:

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.

Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo quando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições específicas de outros Pronunciamentos, como, por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações.

Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.

Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.

Valor específico para a entidade (valor em uso) é o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera (i) obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.

Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

Perda por redução ao valor recuperável é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade,

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