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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.38 número5

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Academic year: 2018

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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 38( 5) :446-447, set-out, 2005

CARTAS AO EDITOR/LETTERS TO EDITOR

Tratamentos antimoniais da

leishmaniose

Antimonial treatments of leishmaniasis

Se nho r Edito r :

Em um exc elente e metic uloso artigo ( Retrospec tive study o f 1 5 1 patients with c utaneo us leishmaniasis treated with meglumine antimoniate. Rev Soc B ras Med Trop 3 8 ( 3 ) :2 1 3 -2 1 7 , -2 0 0 5 ) , Sc hubac h e c olaboradores fazem a revisão de tr a ta m e n to s a n tim o n ia is da le is h m a n io s e e c h e ga m à c onc lusão de que tratamentos c om doses baixas de antimônio merec em ser objeto de maior número de ensaios c línic os.

Esta conclusão não nos surpreende visto que, desde a década de 8 0 ( há cerca de 2 5 anos portanto) já vínhamos trabalhando com esta possibilidade e em 1 9 8 7 relatávamos nossos primeiros resultados no 1 7 ° Congresso Internacional de Dermatologia em Berlim Ocidental. Em trabalho publicado em 1 9 9 6 ( Mem Inst Oswaldo Cr uz 9 1 :2 0 7 -2 0 9 , 1 9 9 6 ) , j á r evelávamo s no ssas observações de que doses baixas eram efetivas na leishmaniose do Estado do Rio de Janeiro. Este trabalho preliminar motivou estudos posteriores, citados pelos autores ( Rev Inst Med Trop São Paulo 4 2 : 3 2 1 -3 2 5 , 2 0 0 0 ; Am J Trop Med Hyg 5 7 :6 5 1 -6 5 5 , 1 9 9 7 ; Path Biol 4 5 :4 9 6 -4 9 9 , 1 9 9 7 ) , os quais vieram a confirmar a eficácia das doses baixas.

Desde aquela époc a proc uramos alertar a c omunidade científica através de inúmeras comunicações em Congressos, sejam no Brasil sejam no exterior ( 1 7 ° Congresso Internacional de Dermatologia, 1 9 8 7 - Berlim; 5 0 ° Congresso Brasileiro de Dermatologia, 1 9 9 5 - Belém, Pará; XIV Reunião sobre Pesquisa Básica em Doença de Chagas, 1 9 9 7 - Caxambu, Minas Gerais, 5 5 ° Congresso Brasileiro de Dermatologia, 2 0 0 0 - Salvador, Bahia; 2 0 ° Congresso Internacional de Dermatologia, 2 0 0 2 -Paris, França, entre muitas outras comunicações) .

Vale lembrar ainda, fato não menc ionado no artigo de Sc hubac h e c olaboradores, que enc ontramos igualmente bons r esultado s em tr atamento s intr alesio nais ( Int J Der mato l 3 6 :4 6 3 -4 6 8 , 1 9 9 7 ) nos quais a dose de antimônio é mínima. Nos parece, portanto, que a conclusão do referido artigo merece um outro foco, ou seja, deveria ser mais abrangente, sugerindo que ensaios clínicos com doses baixas fossem levados a efeito sobretudo em outras áreas endêmicas, pois no Rio de Janeiro já temos suficientes evidências do bom resultado destas doses. A investigação em outras áreas endêmicas foi sugerida várias vezes por nós ao Ministério da Saúde mas nunca obtivemos êxito. O grupo de Schubach e colaboradores poderia conseguir junto ao Ministério aquilo que nunca conseguimos.

Rio de Janeiro, 6 de junho de 2 0 0 5

Manoel Paes de Oliveira Neto

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1 . Amb ulató r io de Leishmanio se do Ser viç o de Espec ialidades Clínic as do

Departamento de Do enç as Infec c io sas do Instituto de Pesquisa Clínic a Evandro

Chagas da Fundaç ão Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro , RJ, B rasil.

Nova definição de casos de sífilis

congênita para fins de vigilância

epidemiológica no Brasil, 2 0 0 4

New case definition of congenital syphilis

for epidemiological surveillance purposes

in Brazil, 2004

Senho r Edito r :

As ações de vigilância epidemiológica de qualquer agravo o u do e nç a de m andam e str até gias b e m de finidas par a a identificação de eventos relacionados ao processo saúde-doença q ue r e q ue ir a m a ç õ e s de Sa úde Púb lic a a s s o c ia da s a o planejamento, ao monitoramento e à avaliação de programas1.

A definiç ão de c aso em epidemiologia c onstitui-se em uma dessas estratégias, possibilitando a identific aç ão de indivíduos que apresentam um agravo ou doenç a de interesse de forma a padronizar c ritérios para o monitoramento das c ondiç ões de saúde e para a desc riç ão da oc orrênc ia desse evento. O o b j e ti vo p r i n c i p a l é to r n a r c o m p a r á ve i s o s c r i té r i o s diagnóstic os que regulam a entrada de c asos no sistema, tanto no nível nac ional quanto internac ional8.

Do ponto de vista da vigilância epidemiológica, a definição de caso pode se modificar ao longo do tempo devido à expansão dos conhecimentos específicos relacionados aos aspectos clínicos e de avaliação complementar, às alterações epidemiológicas e à intenção de ampliar ou reduzir os parâmetros de entrada de casos no sistema, aumentando ou diminuindo sua sensibilidade e especificidade, de acordo com as etapas e as metas estabelecidas por um programa de controle1 6.

Como reflexo desse proc esso dinâmic o, a definiç ão de c a s o de s ífilis c o n gê n ita ve m pa s s a n do po r dife r e n te s modificações nas últimas duas décadas não apenas no Brasil, mas também em outras partes do Mundo. No caso do Brasil, a Sífilis Co n gê n ita to r n o u- s e um a do e n ç a de n o tific a ç ã o compulsória em 2 2 de Dezembro de 1 9 8 6 , por meio da Portaria no 5 4 2 do Ministério da Saúde ( publicada no D.O.U. de 2 4 /1 2 /

1 9 8 6 )2, j untamente c o m a síndro me da imuno defic iênc ia

adquirida ( aids) . Desde então, já houve três revisões da definição de caso7. A definição de casos de 2 0 0 4 foi o resultado de reuniões

do s Co mitê s Asse sso r e s de Epide mio lo gia e de Do e nç as Sexualmente Transmissíveis do Programa Nacional de DST/AIDS r e alizadas e m 2 0 0 3 e q ue c o ntar am c o m a im po r tante participação de representantes da Área Técnica de Saúde da Mulher, da Área Técnica de Saúde da Criança e do Departamento da Atenção Básica, todos do Ministério da Saúde. Além disso, estavam presentes a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia ( FEBRASGO) da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis ( SBDST) .

Referências

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