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DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO DE SAÚDE DO ACES PIN 1

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(1)

AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE DO

PINHAL INTERIOR NORTE 1

DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO DE SAÚDE DO

ACES PIN 1

CONSELHO CLÍNICO DO ACES PIN1

Avelino Pedroso Vogal do Conselho Clínico

(2)

“Nada estará perdido enquanto

estivermos em busca.”

(3)

_____________________________________________________________________________________________________________

2

ÍNDICE

Página

i ÍNDICE DE QUADROS E FIGURAS ………...………. 3

ii ÍNDICE DE ANEXOS E CHAVE DE SIGLAS ………. 4

1 INTRODUÇÃO ………. 5

2 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ACES PIN1 ………. 5

2.1

Caracterização geral ……….

5 2.2

Topografia e hidrografia ………

6 2.3

Acessibilidades ………..

7 3 CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA ……… 8 3.1

População residente ……….

8 3.2

Índices de dependência ………

12

3.3

Índices de envelhecimento e de longevidade ………

12

3.4

Nados vivos e taxa de natalidade ………

13

4 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA ………. 14 4.1

Área social ………

14 4.2

Educação e formação ………

15 4.3

Cultura e desporto ……….

16 4.4

Actividade económica ………

17 4.5

Emprego ……….

19 4.6

Ambiente ……….

20 5 INDICADORES DE SAÚDE ……… 22

5.1

Óbitos e taxas de mortalidade ………

22

5.2

Morbilidade ……….

24

5.3

Recursos de saúde ………

25

5.3.1 Equipamentos de saúde ………. 26

5.3.1.1 Equipamentos de saúde no âmbito do SNS ………. 26

5.3.2 Recursos humanos no âmbito do SNS ……… 28

6 INDICADORES DE ACTIVIDADE DOS C S ……… 28

6.1

Enquadramento geral ………

28

6.2

Utentes inscritos ………

29

6.3

Caracterização das consultas ……….

30

6.3.1 Consultas urgentes ………. 31

6.3.2 Consultas de ambulatório ……….. 32

6.4

Programas no âmbito da prevenção e controlo da doença ………

33

6.4.1 Diabetes ……… 33

6.4.2 Hipertensão arterial ………. 33

6.4.3 Planeamento familiar ……….. 34

6.4.4 Saúde materna ……… 35

6.4.5 Saúde infantil ……… 35

6.5

Programas no âmbito da promoção da saúde e da prevenção da doença ….

36 6.5.1 Vacinação ………. 36

6.6

Desempenho económico ……….

37

6.6.1 Custo com MCDT (Meios complementares de diagnóstico e terapêutica) ……….. 37

6.6.2 Custo com medicamentos (Prescrição) ……… 37

7 DISCUSSÃO ………. 38

8 CONCLUSÕES ……… 39

8.1

Conclusões gerais ……….

39

8.2

Análise SWOT ………

41

8.2.1 Análise SWOT cruzada ……… 42

8.3

Propostas ………

43

9 BIBLIOGRAFIA ………. 44

(4)

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3

ÍNDICE DE QUADROS

Página

Quadro I – Dados demográficos do ACES PIN1 9 Quadro II – Distribuição da população por lugares no ACES PIN1 10 Quadro III – Taxa de crescimento efectivo da população no ACES PIN1 11 Quadro IV – Distribuição da população por grupos etários no ACES PIN1 11 Quadro V – ACES PIN1 Índices de dependência 12 Quadro VI – Índice de longevidade no ACES PIN1 13 Quadro VII – Nados vivos e taxa de natalidade no ACES PIN1 13 Quadro VIII – Índice de desenvolvimento social por concelho - ACES PIN1 14 Quadro IX – Distribuição da população residente segundo o nível de ensino – PIN 15 Quadro X – Distribuição dos estabelecimentos e dos alunos segundo o nível de ensino 16 Quadro XI – Indicadores de cultura e desporto – ACES PIN1 16 Quadro XII – Indicadores de actividade económica – Pinhal Interior Norte 17 Quadro XIII – Distribuição dos trabalhadores p/ concelho e p/ sector de actividade 17 Quadro XIV – Distribuição dos trabalhadores p/ concelho e p/ estabelecimento 18 Quadro XV – Indicadores de actividade turística – ACES PIN1 18 Quadro XVI – Beneficiários de subsídios de desemprego / sexo / idade /concelho 19 Quadro XVII – Distribuição dos pensionistas / concelho / motivo de aposentação 19 Quadro XVIII – Distribuição dos beneficiários de subsídio de doença por concelho 20 Quadro XIX – Indicadores ambientais por concelho 21 Quadro XX – Óbitos e taxa bruta de mortalidade geral por concelho (‰) 22 Quadro XXI – Taxas de mortalidade específica por concelho (‰) 22 Quadro XXII – Acidentes mortais por concelho 23 Quadro XXIII – Caracterização global de problemas por utente – ACES PIN1 24 Quadro XXIV – Caracterização global de diagnósticos por utente – ACES PIN1 25 Quadro XXV – Recursos de saúde no âmbito do SNS / concelho 25 Quadro XXVI – Outros recursos de saúde / concelho – ACES PIN1 26 Quadro XXVII – Unidades de Cuidados Continuados / concelho – ACES PIN1 26 Quadro XXVIII – Equipamentos de saúde / concelho no âmbito do SNS 27 Quadro XXIX – Número extensões / centro de saúde 27 Quadro XXX – Unidades funcionais no âmbito do ACES PIN 27 Quadro XXXI – Recursos humanos do ACES PIN1 28 Quadro XXXII – Utentes inscritos por centro de saúde no ACES PIN1 28 Quadro XXXIII – Referenciação de utentes para cuidados diferenciados – PIN 29 Quadro XXXIV – Utentes inscritos por sexo, novos inscritos e variação anual 29 Quadro XXXV – Caracterização das consultas por centro de saúde – ACES PIN1 30 Quadro XXXVI – Caracterização das consultas urgentes – ACES PIN1 31 Quadro XXXVII – Caracterização das consultas de ambulatório – ACES PIN1 32 Quadro XXXVIII – Percentagem de consultas efectuadas pelo médico de família 32 Quadro XXXIX – Caracterização do programa de diabetes 33 Quadro XL – Caracterização do programa de hipertensão arterial 34 Quadro XLI – Caracterização do programa de planeamento familiar 34 Quadro XLII – Caracterização do programa de saúde materna 35 Quadro XLIII – Caracterização do programa de saúde infantil 35 Quadro XLIV – Avaliação do programa de vacinação 36

ÍNDICE DE FIGURAS

Página

Figura 1 – ACES PIN1 referenciado às NUT I e II 6 Figura 2 – Relevo do território (altitude em metros) do ACES PIN 6 Figura 3 – Hidrografia do território do ACES PIN1 7 Figura 4 – ACES PIN1 distâncias em relação à sede 7 Figura 5 – ACES PIN1 acessibilidades 8 Figura 6 – Densidade populacional (hab/Km2) no ACES PIN1 9 Figura 7 – Evolução da população 1801 – 2004 no ACES PIN1 10 Figura 8 – Índice de envelhecimento no ACES PIN1 12 Figura 9 – Evolução dos nascimentos2000 a 2009 no ACES PIN1 14 Figura 10 – Distribuição dos equipamentos sociais por concelho no Pinhal Interior Norte 15 Figura 11 – Qualidade ambiental (Portugal = 100), NUTS III 20 Figura 12 – Principais causas de mortalidade – ACES PIN1 23 Figura 13 – Distribuição dos utentes inscritos por grupo etário – ACES PIN1 30 Figura 14 – Distribuição do número de consultas urgentes por hora de atendimento 31

(5)

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4

ÍNDICE DE ANEXOS

Página

ANEXO 1 – Dados de Arganil ………. 46

ANEXO 2 – Dados de Góis ………...……….. 49

ANEXO 3 – Dados de Lousã ………...………... 51

ANEXO 4 – Dados de Miranda do Corvo ………..………... 54

ANEXO 5 – Dados de Oliveira do Hospital …..………...………...……. 56

ANEXO 6 – Dados de Pampilhosa da Serra ………...……… 59

ANEXO 7 – Dados de Tábua ………..……… 61

ANEXO 8 – Dados de Vila Nova de Poiares ………...……….... 63

CHAVE DE SIGLAS

ACES - Agrupamento de Centros de Saúde

ACES PIN1 - Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte 1 ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde

APDA - Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas ARS - Administração Regional de Saúde

CAC - Consulta de Atendimento Complementar DDD - Dose Diária Definida

DGS - Direcção Geral da Saúde

ECCI - Equipa de Cuidados Continuados Integrados IDS - Índice de Desenvolvimento Social

MEDICINE 1 - Aplicação informática

INE - Instituto Nacional de Estatística NUT - Nomenclatura de Unidade Territorial

MCDT - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica PIN Unidade territorial do Pinhal Interior Norte

SAM - Aplicação informática

SAP - Serviço de Atendimento Permanente SNS - Serviço Nacional de Saúde

TAC - Tomografia Axial Computorizada UAG - Unidade de Apoio à Gestão

UCC - Unidade de Cuidados na Comunidade UMD Unidade de Internamento de Média Duração UCSP - Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados URAP - Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF - Unidade de Saúde Familiar USP - Unidade de Saúde Pública

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5

1– INTRODUÇÃO

O Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de Fevereiro veio criar os agrupamentos de centros de saúde (ACES) no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, estabelecendo o seu regime de organização e funcionamento.

Consta do preâmbulo do citado diploma que para efeitos de gestão preconiza-se a celebração de contratos-programa, entre o director executivo do ACES e o conselho directivo da administração regional de saúde, que fixam os objectivos do ACES, os recursos a afectar para o seu cumprimento e as regras relativas à respectiva execução.

Ora a definição de objectivos constitui uma das etapas fundamentais do processo de planeamento em saúde, sucedendo-se à realização do diagnóstico de situação e à definição dos problemas prioritários.

O diagnóstico de situação deve permitir a identificação dos principais problemas de saúde de uma determinada área, bem como os respectivos factores condicionantes.

No que concerne aos aspectos metodológicos procurou-se dar sequência ao guião habitualmente seguido na avaliação diagnóstica, nomeadamente a recolha de dados relativos à caracterização geográfica, demografia, desenvolvimento socioeconómico, indicadores de saúde e bem-estar, de recursos de saúde e de actividade dos serviços e unidades de saúde afectas ao ACES PIN1.

Sabemos que o nível de saúde de uma comunidade resulta da acção de diversos factores, designadamente, ambientais, demográficos e socioculturais, o que impõe uma pesquisa exaustiva dos mesmos, no entanto não nos foi possível elencar todos esses dados e coligir toda a informação relevante no contexto do território do ACES PIN1. Contudo pensamos ter traçado um quadro que permite reproduzir no essencial a caracterização do nível de saúde e dos recursos desta comunidade, agradecendo desde já a todas as instituições e profissionais que colaboraram neste desiderato.

2 – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ACES PIN1

2.1 - Caracterização geral

Em termos administrativos o ACES PIN1 faz parte da Região Centro (NUT II) e insere-se na zona do Pinhal Interior Norte (NUT III), que no âmbito da reforma dos cuidados de saúde primários foi dividido em dois agrupamentos de centros de saúde (ACES).

O Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte 1 (ACES PIN1) integrou os oito centros de saúde pertencentes aos concelhos de Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Tábua e Vila Nova de Poiares (Figura 1).

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6 Figura 1 – ACES PIN1 referenciado às NUT I e II

Fonte: ARS Centro IP

2.2 – Topografia e hidrografia

O território do ACES PIN1 detém uma área de 1.776,65 Km2 (Quadro I), com uma orografia bastante acidentada, dominada por relevos acentuados e declives profundos, em especial nas zonas mais montanhosas adstritas às serras da Lousã e do Açor, cujo ponto mais alto, situado no concelho da Pampilhosa da Serra, atinge 1415 m. Á excepção dos concelhos de Vila Nova de Poiares, Tábua e Miranda do Corvo os relevos mais acentuados ultrapassam os 1000 m de altitude (Figura 2).

Figura 2 – Relevo do território (altitude em metros) do ACES PIN1

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7

Quanto à hidrografia a zona do Pinhal Interior Norte 1 é condicionada por duas grandes bacias hidrográficas a do Mondego e a do Tejo (Figura 3). A primeira alimentada pelos rios Alva e Ceira, cujos vales alicerçaram a história dos concelhos que atravessam e condicionam o “modus

vivendis” das respectivas populações. A ligação à bacia hidrográfica do Tejo faz-se

essencialmente à custa do rio Zêzere.

Figura 3 – Hidrografia do território do ACES PIN1

Fontes: ACP (s.d.), DGF (2003), DGF (2004), ICN (2004), IgeoE (s.d.)

,

2.3 – Acessibilidades

O ACES PIN1 tem a sua sede na vila e concelho da Lousã. Os concelhos de Pampilhosa da Serra, Tábua e Oliveira do Hospital, neste caso a 66,5 Km, são os que se encontram mais distantes da sede do ACES (Figura 4). Por outro lado estes concelhos e ainda os municípios de Arganil e Góis possuem constrangimentos no que concerne às acessibilidades internas e intermunicipais, o que se reflecte na mobilidade dos seus habitantes.

Figura 4 – ACES PIN1 distâncias em relação à sede

(9)

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8

No outro extremo temos os concelhos de Lousã e Miranda do Corvo que dispõem de rede ferroviária com ligação a Coimbra, a área metropolitana mais próxima e sede de distrito, uma mais-valia em termos de acessibilidade e de dinamização do desenvolvimento socioeconómico e que em certa medida atenuam as insuficiências da mobilidade rodoviária.

A zona do Pinhal Interior Norte possui uma rede viária que, mercê das condições orográficas já referidas e do seu traçado obsoleto, não se coaduna com as necessidades de mobilidade das suas populações e do desenvolvimento sustentado desta vasta área. Nesse sentido está em curso a designada concessão do Pinhal Interior que, através da requalificação da EN 342, com as suas variantes e ligações à IC3 e à IC6, permitirá a tão almejada integração e desenvolvimento sustentado desta zona (Figura 5).

Figura 5 – ACES PIN1 acessibilidades

3 – CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA

3.1 – População residente

Segundo os dados do INE (2008) o ACES PIN1 tinha uma população residente de 95.826 habitantes e uma densidade populacional de 53,9 hab. / Km2, inferior à da Região Centro, mas superior à da totalidade da zona do Pinhal interior Norte (Quadro I).

Ainda no que concerne à população residente havia dois concelhos que não ultrapassavam os 5.000 habitantes, um que se aproximava dos 20.000 e outro que ultrapassava este número (Oliveira do Hospital).

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9 Quadro I – Dados demográficos do ACES PIN1

Fonte: INE – 2001, 2006 e 2008

Relativamente à densidade populacional verificava-se uma clara dicotomia entre os concelhos de Góis e Pampilhosa da Serra, apresentando o índice mais baixo de densidade populacional e os municípios de Lousã e Miranda do Corvo com valores claramente superiores aos dos restantes e ultrapassando significativamente os das respectivas NUT II e NUT III (Figura 6).

Figura 6 – Densidade populacional (hab/Km2) no ACES PIN1

(11)

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10

A população do território do ACES PIN1 distribuía-se por 711 lugares, 1 cidade, 11 vilas e 84 freguesias, sendo que 5.495 pessoas eram dadas como vivendo isoladas (Quadro II).

Quadro II – Distribuição da população por lugares no ACES PIN1

Fonte: INE - 2001 / 2008

Quanto à distribuição das pessoas por agregados familiares verificou-se a existência de 34.583 famílias clássicas e de 48 institucionais, no âmbito do território do ACES PIN1 (INE 2001, Quadro I).

No que concerne à evolução da população ao longo dos últimos anos têm-se verificado um decréscimo do número de habitantes, mais acentuado nas décadas de 60 e 70, menos na década de 80 - 90 e com tendência para a estabilização a partir do ano 2000 (Figura 7).

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11

Analisando a taxa de crescimento efectivo, segundo os dados do INE (2008), verificou-se a existência de taxas negativas na Região Centro e na zona do Pinhal Interior Norte, bem como na maioria dos concelhos que constituem o ACES PIN1. Contrariaram esta tendência os municípios de Lousã, Vila Nova de Poiares e de Miranda do Corvo que apresentaram taxas positivas (Quadro III).

Quadro III – Taxa de crescimento efectivo da população no ACES PIN1

Fonte: INE - 2008

Relativamente à distribuição da população por grupos etários verificou-se um predomínio da população em idade activa, essencialmente baseado no peso do grupo etário dos 25 aos 64 anos (Quadro IV).

Quadro IV – Distribuição da população por grupos etários no ACES PIN1

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12

3.2 – Índices de dependência

No âmbito do território do ACES PIN1 verificou-se um índice de dependência total inferior ao da zona do Pinhal Interior Norte, mas superior ao da Região Centro e sobretudo à custa do índice de dependência dos idosos. Pampilhosa Serra, Góis e Arganil foram os concelhos que evidenciaram um maior índice de dependência em relação aos idosos, ultrapassando o dos outros municípios e o das respectivas NUT II e NUT III. Por outro lado os concelhos de Lousã, Vila Nova de Poiares e Tábua, apresentaram o maior índice de dependência em relação aos jovens, que também foi superior ao das respectivas NUT II e NUT III (Quadro V).

Quadro V – ACES PIN1 Índices de dependência

Fonte: INE - 2008

3.3 – Índices de envelhecimento e de longevidade

No território do ACES PIN1 verificou-se um índice de envelhecimento inferior ao da zona do Pinhal Interior Norte, contudo superior ao da Região Centro. Verificou-se ainda que os concelhos do “maciço central do ACES PIN1” (Pampilhosa da Serra, Góis, Arganil e Tábua) apresentavam os índices de envelhecimento mais elevados (Figura 8).

Figura 8 – Índice de envelhecimento no ACES PIN1

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13

Acresce que os concelhos de Vila Nova de Poiares e da Lousã apresentaram o menor índice de envelhecimento não só em relação aos restantes municípios, mas também relativamente às respectivas NUT II e NUT III (Quadro V).

No que concerne

ao

índice de longevidade verificou-se ser mais elevado na zona do Pinhal Interior do que na Região Centro. Relativamente ao ACES PIN1 observaram-se os índices mais elevados nos concelhos de Góis, Pampilhosa da Serra, Arganil e Tábua (Quadro VI).

Quadro VI – Índice de longevidade no ACES PIN1

Fonte: INE - 2008

3.4 – Nados vivos e taxa de natalidade

Segundo os dados do INE (2008) no território do ACES PIN1 nasceram 746 crianças, a que correspondeu uma taxa de natalidade de 7,8 º/ºº. Verificou-se ainda que apenas os concelhos de Vila Nova de Poiares, Lousã, Tábua e Miranda do Corvo apresentavam taxas de natalidade superiores à do ACES (Quadro VII).

Quadro VII – Nados vivos e taxa de natalidade (‰) no ACES PIN1

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14

Embora noutro contexto, recorrendo aos dados da ACSS (SAM ESTATISTICA), verificou-se relativamente a 2009 o registo de 667 nascimentos, o que indicia um decréscimo de natalidade no território do ACES PIN1. Este dado percepciona-se de forma mais evidente analisando a evolução dos nascimentos ocorridos no período de 2000 a 2009 (Figura 9).

Figura 9 – Evolução dos nascimentos2000 a 2009 no ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA)

4 – CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA

4.1 – Área social

Analisando os dados da Direcção Geral das Autarquias Locais, relativamente ao período de 2000 a 2006, verifica-se que em 2000 apenas a Lousã superava o índice de desenvolvimento social do país. Posteriormente registou-se uma evolução positiva de todos os concelhos do ACES PIN1 e em 2006 cinco municípios (Lousã, Arganil, Oliveira do Hospital, Miranda do Corvo e Vila Nova Poiares) apresentaram valores de IDS superiores à média nacional (Quadro VIII).

Quadro VIII – Índice de desenvolvimento social por concelho - ACES PIN1

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15

A Figura 10 apresenta a distribuição espacial dos equipamentos sociais por concelho, no Pinhal Interior Norte, em 2005. Verificou-se que o território do ACES PIN1 dispunha do maior número de infra-estruturas de apoio social, especialmente nos concelhos de Lousã, Arganil e Oliveira do Hospital, constituindo assim um factor decisivo para a promoção da coesão e da qualidade de vida.

Figura 10 – Distribuição dos equipamentos sociais por concelho no Pinhal Interior Norte

Fonte: Relatório da Carta Social, MTSS

4.2 – Educação e formação

Em 2001 era reportada à zona do Pinhal Interior Norte uma taxa de analfabetismo de 13,1%. A distribuição da população residente segundo o nível de ensino atingido mostrava a predominância da frequência do ensino básico, seguindo-se o nível secundário, enquanto o ensino superior representava apenas 5,4% da população (Quadro IX).

Quadro IX – Distribuição da população residente segundo o nível de ensino - Pinhal Interior Norte

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16

Segundo os dados do INE, de 2008, existiam 223 estabelecimentos de ensino no território do ACES PIN1, correspondendo o maior número aos níveis de ensino básico e pré-escolar. Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil foram os concelhos que apresentaram maior número de estabelecimentos de ensino. A esta rede escolar correspondia um universo de 14.253 alunos (Quadro X).

Quadro X – Distribuição dos estabelecimentos e dos alunos segundo o nível de ensino ministrado

Fonte: INE - 2008

Embora não esteja referenciado na tabela anterior existe um estabelecimento de ensino superior em Oliveira do Hospital.

4.3 – Cultura e desporto

O Quadro XI apresenta informação relativa à visita a museus e outros equipamentos, verificando-se que, comparativamente às NUT I (nacional) e NUT II (Região Centro), a zona do Pinhal Interior Norte revelava uma menor proporção de visitantes escolares a esses espaços.

Quadro XI – Indicadores de cultura e desporto – ACES PIN1

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17

Já no que concerne às despesas das câmaras municipais em actividades culturais e de desporto verificava-se um maior investimento por habitante nestas rubricas na zona do Pinhal Interior Norte comparativamente às NUT I (nacional) e NUT II (Região Centro) (Quadro XI).

4.4 – Actividade económica

Dados de 2001 (Quadro XII) revelavam que mais de metade da população empregada da zona do Pinhal Interior Norte exercia a sua actividade no sector terciário, sendo a expressão do sector primário quase residual (7,2%). Verificava-se também que os serviços de natureza social representavam 47,8% do sector terciário.

Quadro XII – Indicadores de actividade económica – Pinhal Interior Norte

Fonte: CCDRC 2005

Segundo os dados do INE de 2007 no território do ACES PIN1 mais de metade da população activa exercia a sua actividade no sector secundário, seguindo-se o sector terciário com 46,4% e o sector primário com uma expressão bastante mais reduzida, 2,5%. Os concelhos de Góis e da Pampilhosa da Serra eram os concelhos com a proporção mais elevada de pessoas no sector primário, enquanto no sector secundário se destacavam os municípios de Oliveira do Hospital, Arganil e Tábua e no sector terciário, os de Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra e Vila Nova de Poiares, aqui também certamente que se reflecte o peso dos serviços de natureza social no sector (Quadro XIII).

Quadro XIII – Distribuição dos trabalhadores p/ concelho e p/ sector de actividade – ACES PIN1

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18

No que concerne à estrutura empresarial do território do ACES PIN1, analisando dados do INE de 2008, predominavam as pequenas e médias empresas, pois quase um terço (30,4 %) não chegavam aos 10 trabalhadores por unidade, 64,8% tinham menos de 50 trabalhadores e apenas 5,8% tinham 500 ou mais trabalhadores. Verificou-se ainda que os concelhos de Arganil, Lousã e Oliveira do Hospital eram os que apresentavam maior proporção de empresas com mais de 250 trabalhadores (Quadro XIV).

Quadro XIV – Distribuição dos trabalhadores p/ concelho e p/ estabelecimento, segundo o escalão de pessoal – ACES PIN1

Fonte: INE 2008

Quanto ao turismo verificou-se uma capacidade de alojamento reduzida, à excepção dos concelhos de Tábua, Arganil, Oliveira do Hospital e Lousã (Quadro XV).

Quadro XV – Indicadores de actividade turística – ACES PIN1

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19

4.5 – Emprego

Quanto à situação perante o emprego, analisando os dados relativos aos desempregados no âmbito do território do ACES PIN1 (Quadro XVI) verificou-se que o sexo feminino apresentava uma maior percentagem de desempregados, 68,0%. Relativamente à distribuição por grupo etário, metade dos desempregados pertenciam à faixa etária dos 30 aos 49 anos e 30% tinham mais de 50 anos de idade, o que coloca algumas reservas quanto à futura colocação no mercado de trabalho.

Quadro XVI – Beneficiários de subsídios de desemprego, segundo o sexo e idade por concelho

Fonte: INE 2008

No que concerne à população não activa verificou-se a existência de 32.180 aposentados no âmbito do território do ACES PIN1. Contudo verificou-se que 25% das reformas atribuídas correspondia a pensões de sobrevivência e 11% das aposentações ocorreram por situações de invalidez. Lousã, Miranda do Corvo e Oliveira do Hospital foram os concelhos que revelaram maior percentagem de pensionistas por invalidez (Quadro XVII).

Quadro XVII – Distribuição dos pensionistas por concelho e por motivo de aposentação

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No ano de 2008 foram registados 5.148 beneficiários de subsídio de doença, a que correspondeu o processamento de 215.761 dias. No que se refere à distribuição por concelho apurou-se uma média de 42 dias processados por beneficiário, havendo apenas dois municípios que registaram índices inferiores, Arganil e Tábua (Quadro XVIII).

Quadro XVIII – Distribuição dos beneficiários de subsídio de doença por concelho

Fonte: INE 2008

4.6 – Ambiente

No que concerne à temática do ambiente, tendo por base o índice de qualidade ambiental do INE, 2006, verificou-se que a zona do Pinhal Interior Norte se encontrava num patamar de qualidade superior à média nacional e numa das melhores posições a nível regional (Figura 11).

Figura 11 – Qualidade ambiental (Portugal = 100), NUTS III

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Relativamente ao abastecimento de água para consumo humano, segundo dados da APDA, 2008, verificou-se uma taxa de cobertura para o território do ACES de 93%. Tendo-se verificado uma taxa de população atendida inferior a este valor médio em três concelhos, Oliveira do Hospital, Arganil e Góis, tendo este município apresentado o valor mais baixo, 78% (Quadro XIX).

Quadro XIX – Indicadores ambientais por concelho

Acresce que na maioria destes concelhos, em especial nos de cariz mais montanhoso, a qualidade das águas em termos físico-químicos não apresenta alterações relevantes, à excepção de valores pH baixos e teor de ferro e manganês elevados nas águas subterrâneas. O maior problema reside na multiplicidade de pequenos sistemas e os problemas daí decorrentes, mormente a dificuldade de implementar sistemas de tratamento eficientes, particularmente a desinfecção.

Relativamente às taxas de cobertura em termos de saneamento observaram-se valores mais modestos, da ordem dos 56%, com valores aquém desta média para os concelhos de Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra e Vila Nova de Poiares (Quadro XIX). Obviamente que estes problemas acabam por ter as suas repercussões nos meios receptores, especialmente nas bacias hidrográficas dos rios Alva, Ceira e Mondego.

No que concerne à gestão de resíduos há ainda questões a melhorar, designadamente no aumento da eficiência na recolha dos resíduos indiferenciados, na taxa de atendimento em matéria de recolha selectiva, no sistema de triagem e recolha dos resíduos perigosos, na promoção da compostagem doméstica e na recolha de óleos alimentares usados.

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5 – INDICADORES DE SAÚDE

5.1 – Óbitos e taxas de mortalidade

Segundo os dados do INE (2008) no território do ACES PIN1 ocorreram 1.192 óbitos, a que correspondeu uma taxa bruta de mortalidade de 12,4 º/ºº. Verificou-se ainda que os concelhos de Lousã, Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo e Oliveira do Hospital apresentavam taxas de mortalidade inferiores à do ACES. Dos restantes os concelhos, Pampilhosa da Serra e Góis eram os que apresentavam as taxas de mortalidade mais elevadas (Quadro XX). Atendendo a que estes concelhos possuem uma elevada percentagem de idosos, obviamente que haverá tendência para se encontrarem valores mais altos de mortalidade, daí que para uma avaliação mais substantiva ter-se-á de recorrer à comparação de taxas padronizadas.

Quadro XX – Óbitos e taxa bruta de mortalidade geral por concelho

(

‰)

Fonte: INE 2008

Relativamente às taxas quinquenais de mortalidade específica, de 2008, verificou-se que a zona do Pinhal Interior Norte apresentava valores inferiores às taxas nacional e regional no que respeita à mortalidade infantil e neonatal e valores mais elevados das taxas de mortalidade por neoplasias e por doenças cardiovasculares (Quadro XXI).

Quadro XXI – Taxas de mortalidade específica por concelho (‰)

(24)

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23

Embora atendendo a que estamos a tratar de realidades em que prevalecem os pequenos números e ser prudente não arriscar inferências, é de referir que os concelhos de Góis e Pampilhosa da Serra apresentaram os valores mais elevados das taxas de mortalidade por neoplasias e por doenças cardiovasculares (Quadro XXI).

No que concerne à análise das dez principais causas de mortalidade, ocorridas no ano de 2008, no território do ACES PIN1, as três mais frequentes foram por ordem decrescente: doenças cardio e cerebrovasculares (38%), os tumores malignos (20%) e as doenças do aparelho respiratório (10%) (Figura 12).

Figura 12 – Principais causas de mortalidade – ACES PIN1

Fonte: Registos dos Centros de Saúde - 2008

Dados do INE de 2007 apontavam para a ocorrência de 598 acidentes de viação na zona do Pinhal Interior Norte, dos quais 13 mortais, a que correspondeu um índice de gravidade de 2,17 (Quadro XXII).

Quadro XXII – Acidentes mortais por concelho

(25)

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24

5.2 – Morbilidade

Para este item socorremo-nos dos vários registos existentes nos centros de saúde, tendo-nos deparado com vários constrangimentos, nomeadamente a não existência de compatibilidade entre as várias aplicações informáticas existentes nos serviços e em especial os módulos SAM e MEDICINE 1.

A existência de uma multiplicidade de mapas, registos e indicadores por programas, por sector profissional, (etc. …) ocupam demasiado tempo aos profissionais, aspecto agravado pela lentidão de redes e hardware, que em última análise não permitem compatibilizar dados, comparar serviços ou desempenhos de forma a serem ferramentas eficientes de apoio à gestão.

No que diz respeito aos dados de morbilidade, analisando a informação referente aos Centros de Saúde, através da aplicação da ACSS (SAM ESTATÍSTICA 12/2009), a caracterização global dos problemas de saúde por utente permitiu identificar por ordem decrescente os seguintes: problemas do sistema músculo-esquelético (15,8%), do aparelho circulatório (13,7%), do aparelho respiratório (11,4%), gerais e inespecíficos (10,5%), do aparelho digestivo (9,7%) e do foro endócrino, metabólico e nutricional (9,2%) (Quadro XXIII).

Quadro XXIII – Caracterização global de problemas por utente – ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

Analisando o ranking patológico fornecido pelo SAM ESTATÍSTICA em 12/2009 verificou-se uma maior frequência de diagnósticos do âmbito do aparelho circulatório, seguindo-se por ordem

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_____________________________________________________________________________________________________________

25

decrescente o sistema músculo-esquelético, o aparelho respiratório, endócrino, metabólico e nutricional e o aparelho digestivo (Quadro XXIV).

Quadro XXIV – Caracterização global de diagnósticos por utente – ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

5.3 – Recursos de saúde

Por uma questão de melhor percepção e de enquadramento iremos abordar os equipamentos na generalidade e os específicos do SNS e depois os recursos humanos que lhe estão afectos.

Segundo os dados do INE (2007) no território do ACES PIN1 existiam 8 centros de saúde, 49 extensões e 443 profissionais de saúde no âmbito do SNS (Quadro XXV).

Quadro XXV – Recursos de saúde no âmbito do SNS / concelho

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26

5.3.1 – Equipamentos de saúde

Segundo os dados do INE de 2007 no território do ACES PIN1 existiam 25 farmácias, 5 postos de farmácia, 4 laboratórios de análises clínicas e 24 postos de colheita (Quadro XXVI). Acresce que todos os concelhos dispõem de consultórios de estomatologia, a maioria dos quais referenciados na DGS, no âmbito do programa nacional de saúde oral.

Quadro XXVI – Outros recursos de saúde / concelho – ACES PIN1

Fonte: INE - 2007

Existem ainda consultórios médicos e policlínicas com especialidades, nomeadamente em Oliveira do Hospital, Lousã, Arganil, Miranda do Corvo e Tábua. Sem prejuízo de serviços similares existentes noutros concelhos, refiro que na Lousã, Miranda do Corvo e em Arganil existem serviços convencionados de Fisioterapia e em Oliveira do Hospital uma unidade de internamento com especialidades médicas, cirúrgicas e serviço de imagiologia com recurso a TAC. Ainda no âmbito da capacidade de internamento no território do ACES PIN1 existiam 5 Unidades de Cuidados Continuados, correspondendo a um universo de 209 camas (2,2 / 1000 hab), 71 das quais dedicadas a internamentos de média duração (Quadro XXVII).

Quadro XXVII – Unidades de Cuidados Continuados / concelho – ACES PIN1

Fonte: Registos dos Centros de Saúde - 2009

5.3.1.1 – Equipamentos de saúde no âmbito do SNS

Em Dezembro de 2009 o ACES PIN1 integrava 8 centros de saúde, com 18 valências: 2 serviços de imagiologia, Rx (Arganil e Tábua) e ecografia (Arganil); 1 laboratório de análises clínicas (Arganil); 1 serviço de urgência básica (Arganil); 3 unidades de internamento (Arganil,

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27

Góis e Pampilhosa da Serra); 4 SAP; 3 CAC (Consulta complementar) e 4 ECCI (Cuidados continuados) (Quadro XXVIII).

Quadro XXVIII – Equipamentos de saúde / concelho no âmbito do SNS

Fonte: Registos dos Centros de Saúde - 2009

Relativamente às extensões de saúde, num total de 42, apenas em dois concelhos (Arganil e Oliveira do Hospital) ultrapassavam as 5 por centro de saúde, na maioria não ultrapassavam as 3 por unidade (Quadro XXIX).

Quadro XXIX – Número extensões / centro de saúde

Fonte: Registos dos Centros de Saúde - 2009

No que concerne às unidades funcionais, previstas nos termos do DL n.º 28/2008 de 22/02, em Dezembro de 2009 existia 1 USF, a proposta de 7 UCSP, 1 UCC e 6 propostas de UCC, 1 USP, 1 UAG, a proposta de 1 URAP e o Gabinete do Cidadão (Quadro XXX).

Quadro XXX – Unidades funcionais no âmbito do ACES PIN1

Fonte: Registos dos Centros de Saúde - 2009

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28

Em Dezembro de 2009 o ACES PIN1 tinha ao serviço 404 profissionais de saúde, distribuídos de acordo com o Quadro XXXI, dispondo de um ratio de 1 médico para 1546 habitantes e de 1 enfermeiro para 887 habitantes e à excepção dos técnicos, com uma proporção de cerca de 2 profissionais dos outros sectores por médico.

Quadro XXXI – Recursos humanos do ACES PIN1

Fonte: Registos dos Centros de Saúde - 2009

No que se refere à afectação de recursos humanos, acresce que a realidade é distinta de centro de saúde para centro de saúde (Anexos 1 a 8).

6 – INDICADORES DE ACTIVIDADE DOS C S

6.1 – Enquadramento geral

Pelos motivos expostos no item 5.2, especialmente pela dificuldade de compatibilizar a informação do SAM ESTATÌSTICA com a do MEDICINE1, não foi possível comparar em todas as vertentes os dados do Centro de Saúde da Lousã com os dos restantes centros de saúde, à excepção de alguns dados relativos à USF Serra da Lousã (Anexo 3), tendo ficado prejudicada a imagem de conjunto do ACES.

De acordo com dados da ARS Centro de 2008 estavam inscritos no ACES PIN1 101.206

utentes, tendo sido efectuadas 591.826 consultas, o que correspondia a 5,8 consultas por utente, havendo 3 centros de saúde com um ratio inferior a esse valor (Oliveira do Hospital, Miranda do Corvo e Arganil) e Lousã apresentava o índice mais elevado (Quadro XXXII).

Quadro XXXII – Utentes inscritos por centro de saúde no ACES PIN1

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29

No que concerne à referenciação de utentes para outro nível de cuidados, segundo dados do INE de 2006 e relativamente à zona do Pinhal Interior Norte verificou-se o encaminhamento de 19.473 utentes para consultas de especialidade. Das especialidades discriminadas verificou-se que as que envolviam a referenciação de mais utentes foram por ordem decrescente: oftalmologia, ortopedia, cirurgia geral, ginecologia e otorrinolaringologia (Quadro XXXIII).

Quadro XXXIII – Referenciação de utentes para cuidados diferenciados no Pinhal Interior Norte

Fonte: INE – 2006

6.2 – Utentes inscritos

De acordo com os dados da ACSS (SAM ESTATÍSTICA), em 12/2009, no ACES PIN1 estavam inscritos 103.030 utentes, sendo 53.422 do sexo feminino. Embora se tivesse registado a inscrição de 1.469 novos utentes verificou-se uma variação anual negativa, apenas Lousã, Miranda do Corvo e Tábua contrariaram essa tendência (Quadro XXXIV).

Quadro XXXIV – Utentes inscritos por sexo, novos inscritos e variação anual – ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

Relativamente à distribuição dos utentes inscritos por grupo etário, verifica-se uma pirâmide de base estreita, relacionada com a baixa de natalidade, engrossando para o topo, denunciando um envelhecimento do conjunto dos inscritos, mas denotando um aumento relativo

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_____________________________________________________________________________________________________________

30

das classes centrais, correspondendo à população activa, evidenciando o peso dos grupos etários dos 25 aos 55 anos de idade (Figura 13).

Figura 13 – Distribuição dos utentes inscritos por grupo etário – ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

6.3 – Caracterização das consultas

Segundo dados da ACSS (SAM ESTATÍSTICA), em 2009 realizaram-se 387.080 consultas e apuraram-se 75.621 utilizadores, o que dá em média 4,6 consultas por utente. No mesmo período registaram-se 631 consultas domiciliárias, o que repreregistaram-senta 0,16% do total de consultas. Os centros de saúde que registaram menor percentagem de domicílios foram Góis, Vila Nova de Poiares, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, por outro lado Tábua foi aquele que registou a maior percentagem de consultas domiciliárias (Quadro XXXV).

Quadro XXXV – Caracterização das consultas por centro de saúde – ACES PIN1

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31

Também em 2009 na USF Serra da Lousã foram efectuados 361 domicílios.

6.3.1 – Consultas urgentes

Em 2009 foram efectuadas 135.658 consultas urgentes no ACES PIN1 (1,3/ut.). Oliveira do Hospital, Arganil e Tábua foram os centros de saúde que registaram maior número de consultas urgentes. Acresce que os centros de saúde de Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares não dispuseram de atendimento das 0 às 8 horas (Quadro XXXVI).

Quadro XXXVI – Caracterização das consultas urgentes – ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

Analisando a distribuição do número de consultas urgentes por hora de atendimento verificou-se que apenas 3% dos atendimentos, no âmbito do ACES PIN1, ocorreram no período das 0 às 8 horas. O segundo tempo com menos consultas verificou-se no período das 20 às 24 horas. O período de atendimento em que se efectuaram mais consultas foi no das 16 às 20 horas. Mais se constatou que mais de metade (55%) das consultas urgentes foram efectuadas no período das 12 às 20 horas (Figura 14).

Figura 14 – Distribuição do número de consultas urgentes por hora de atendimento – ACES PIN1

(33)

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32

6.3.2 – Consultas de ambulatório

De acordo com os dados da ACSS (SAM ESTATÍSTICA), em 12/2009, no ACES PIN1 verificou-se uma taxa de cobertura de 64,7% nas consultas de medicina geral familiar. Aquém deste valor médio de referência estiveram os concelhos de Vila Nova de Poiares, Arganil e Oliveira do Hospital. Por outro lado o Centro de Saúde de Tábua foi o que registou a maior taxa de cobertura(Quadro XXXVII).

Quadro XXXVII – Caracterização das consultas de ambulatório – ACES PIN1

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

No que concerne à percentagem de consultas efectuadas pelo respectivo Médico de Família, por Centro de Saúde, verificou-se um valor de 92%, tendo os centros de saúde de Góis, Oliveira do Hospital, Tábua e Vila Nova de Poiares ficado aquém dessa referência (Quadro XXXVIII).

Quadro XXXVIII – Percentagem de consultas efectuadas pelo médico de família

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33

6.4 – Programas no âmbito da prevenção e controlo da doença

Procurou-se no âmbito deste item elencar um conjunto de programas que pela sua implantação, acuidade e preponderância nos principais problemas de morbilidade permitisse caracterizar esta área de intervenção.

6.4.1 – Diabetes

Relativamente ao programa de diabetes estavam referenciados 5.013 utentes, dos quais apenas 21,4% estavam controlados. Verificou-se que os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital, Vila Nova de Poiares e Góis não atingiram a média do ACES, enquanto o Centro de Saúde de Tábua foi o que registou a melhor taxa de diabéticos controlados(Quadro XXXIX).

Quadro XXXIX – Caracterização do programa de diabetes

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

Acresce que os diabéticos incluídos no programa de vigilância apenas representavam 4,9% dos utentes inscritos. Estimando uma prevalência de diabetes na comunidade a rondar os 11%, constatamos que ainda há muito para fazer em termos do diagnóstico e da vigilância destes doentes.

6.4.2 – Hipertensão arterial

No que concerne ao programa de vigilância e controlo da hipertensão arterial estavam incluídos 12.043 utentes, destes apenas 13,9% estavam controlados. Aquém deste valor estavam

(35)

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34

os concelhos de Miranda do Corvo, Vila Nova de Poiares e Oliveira do Hospital, enquanto o Centro de Saúde de Góis foi o que registou a melhor taxa de hipertensos controlados(Quadro XL).

Quadro XL – Caracterização do programa de hipertensão arterial

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

Atendendo a que há estudos que apontam para que cerca de 46,5% dos portugueses com mais de 18 anos sejam hipertensos, tendo em conta a percentagem de utentes inscritos no programa (14,2%) há ainda muito para fazer em termos do diagnóstico e da vigilância destes doentes.

6.4.3 – Planeamento familiar

Relativamente ao programa de planeamento familiar estavam referenciadas 1.290 utentes, efectuaram-se 4.592 primeiras consultas e encontrou-se uma taxa de cobertura de 5,6%, tendo os centros de saúde de Tábua e de Góis apresentado as melhores performances (Quadro XLI).

Quadro XLI – Caracterização do programa de planeamento familiar

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35

A USF Serra da Lousã registou 1.095 consultas de planeamento familiar, das quais 267 primeiras consultas e 828 seguintes.

6.4.4 – Saúde materna

No que concerne ao programa de saúde materna registou-se o seguimento de 890 grávidas, realizaram-se 3.685 consultas, das quais 262 primeiras. E 63,7% das primeiras consultas ocorreram no primeiro trimestre da gravidez. As melhores performances neste indicador pertenceram aos concelhos de Tábua e Arganil (Quadro XLII).

Quadro XLII – Caracterização do programa de saúde materna

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

A USF Serra da Lousã registou 720 consultas de saúde materna, das quais 152 primeiras consultas e 568 seguintes. E 31,57% das primeiras consultas ocorreram no primeiro trimestre da gravidez.

6.4.5 – Saúde infantil

Relativamente ao programa de saúde infantil registou-se o seguimento de 6.086 crianças e jovens, efectuaram-se 11.348 consultas, das quais 8.505 de vigilância, correspondendo a 74,9% do total de consultas, tendo os centros de saúde de Arganil e de Tábua apresentado a maior proporção de consultas de vigilância (Quadro XLIII).

Quadro XLIII – Caracterização do programa de saúde infantil

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36

A USF Serra da Lousã registou 6.428 consultas de saúde infantil, das quais 4.945 por doença consultas e 1.483 de vigilância., correspondendo a 23,07% do total de consultas

6.5 – Programas no âmbito da promoção da saúde e da prevenção da doença

De um modo geral, por todos os centros de saúde, estão em curso programas na área da promoção da saúde, no âmbito dos estilos de vida saudáveis, da saúde ambiental, da saúde escolar e outras intervenções de índole comunitária. Optou-se por caracterizar o programa da vacinação por ser transversal, fazer apelo a estratégias de intervenção semelhantes aos outros programas, permitir a comparação e poder funcionar como “tracer”.

6.5.1 – Vacinação

Em relação a este programa por uma questão de celeridade utilizaram-se taxas determinadas a meio do ano, pelo que é possível que estejam aquém dos valores esperados para a avaliação do final do ano (Quadro XLIV).

Quadro XLIV – Avaliação do programa de vacinação

Fonte: CS – (SINUS) – 06/2009

Em termos globais os centros de saúde de Arganil, Oliveira do Hospital, Vila Nova de Poiares e Pampilhosa da Serra foram os que apresentaram taxas de cobertura mais baixas.

Acresce que no âmbito do ACES as “coortes” de nascimento dos anos 2008, 2007 e 2002 apresentaram taxas de cobertura que lhes permite beneficiar da imunidade de grupo. Contudo há ainda muita coisa a melhorar relativamente à vacinação antitetânica nos grupos etários mais velhos, especialmente a partir dos 25 anos.

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37

6.6 – Desempenho económico

A informação disponibilizada baseia-se nos dados de prescrição obtidos da aplicação SAM ESTATÍSTICA da ACSS, em 12/2009 e destina-se a ser utilizada apenas como valor indicativo, tendo subjacente a ideia da necessidade de no futuro, em conjunto com outros instrumentos, contribuir para a racionalização da prescrição.

6.6.1 – Custo com MCDT (Meios complementares de diagnóstico e terapêutica) Apurou-se um custo por utilizador de € 41,2. Ultrapassaram este valor os centros de saúde de Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital e Vila Nova de Poiares (ligeiramente) (Quadro XLV).

Quadro XLV – Custos com MCDT (prescrição)

Fonte: ACSS – (SAM ESTATISTICA) - 2009

6.6.2 – Custo com medicamentos (Prescrição)

Encontrou-se um valor global de PVP de 9.752.015, a que correspondeu um custo por utilizador de € 129,0. No que concerne ao preço DDD (indicador que reflecte a dose diária determinada) obteve-se um valor de 0,52, tendo-se encontrado os valores mais elevados nos centros de saúde de Oliveira do Hospital, Arganil e Miranda do Corvo (Quadro XLVI).

Quadro XLVI – Custos com MCDT (prescrição)

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38

7 – DISCUSSÃO

No que concerne aos aspectos metodológicos não foi possível proceder à elaboração de um protocolo de investigação, definindo os objectivos, os recursos e os procedimentos mais adequados. Contudo, apesar destas limitações e da escassez de tempo, almejou-se atingir a finalidade deste trabalho que era dispor de um conjunto de referências e indicadores que funcionassem como linha de base para a identificação de problemas prioritários e propor os instrumentos de planeamento e gestão tendentes à sua resolução.

Atento a esse desiderato, de pesquisa primordial, a análise do território do ACES PIN1 não foi muito aprofundada, no que concerne à caracterização do contexto geodemográfico, ocupação, meios de subsistência, mobilidade, migrações, rede social institucional e informal, bem como outros determinantes de cariz sociocultural da comunidade.

Relativamente à caracterização dos serviços do ACES e no que se refere à avaliação da actividade dos mesmos, deparámo-nos com uma série de suportes de informação (mapas, registos) com uma multiplicidade de variáveis e de indicadores, modificando-se de programa para programa, de sector para sector e por vezes de profissional para profissional, o que contribui para gerar ineficiências e, em muitas situações, não tendo utilidade como instrumento de apoio ao planeamento e à gestão.

Ainda no que se refere aos registos deparámo-nos com constrangimentos a vários níveis, começando pelos profissionais, que não procedem à introdução dos dados, carecendo de formação e de motivação, na vertente dos equipamentos informáticos, alguns deles obsoletos e a nível das redes, que se revelam lentas, com opções de digitação online que de “per si” ou em associação com as dificuldades já enunciadas revelam ineficiência.

Há ainda a referir algumas lacunas sob o ponto de vista da coerência dos dados e dos indicadores, especialmente no que se refere à caracterização da actividade dos serviços do ACES. Verifica-se que pese embora o esforço que tem sido desenvolvido na melhoria das aplicações informáticas, elas carecem de adequação aos critérios clínicos e de vigilância clínica e epidemiológica de forma a permitir a análise estatística. Acresce que, em algumas situações, não há uma constância em alguns resultados, o que se prende por vezes com a variação dos valores do denominador e não tivemos possibilidade de proceder à respectiva validação ou correcção manual. Ainda relativamente a alguns dados de morbilidade e de mortalidade para efeitos de análise comparativa não se procedeu ao controlo de variáveis confundentes ou à padronização de taxas. No que se refere à coerência externa nem sempre se dispôs de elementos que permitissem a comparação com outros níveis de análise, uma lacuna a corrigir em próximas edições.

Por último, procurou-se apresentar o documento com uma estrutura de forma a permitir a respectiva actualização, a adequar-se à disponibilização dos dados debitados pelas aplicações informáticas em uso e a permitir a análise comparativa e a coerência interna e externa dos dados. Contudo trata-se do inicio de uma etapa inacabada, pelo que não resisto a transcrever a expressão conhecida como Lei de Finagle “os dados que se desejam não correspondem aos que nos dão, os dados que pedimos não correspondem aos que necessitamos, os dados que necessitamos são impossíveis de obter”.

(40)

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39

8 – CONCLUSÕES

8.1 - Conclusões gerais

O território do ACES PIN1, correspondendo a uma vasta área, é constituindo por oito concelhos cada um com as suas particularidades, mas com alguns traços comuns, baixa densidade populacional, aglomerados dispersos, predominando a ruralidade, embora tenha uma sede de concelho que é cidade e três concelhos fazendo parte da malha suburbana de Coimbra. A orografia da região, a dispersão dos aglomerados populacionais, a vetustez e o traçado sinuoso das estradas contribui para o seu isolamento e condiciona a mobilidade e as acessibilidades da população residente.

Quanto à população têm-se verificado um decréscimo, que já foi mais acentuado em décadas anteriores, nesse tempo devido às migrações e recentemente à baixa de natalidade, esta condição associada a um elevado índice de envelhecimento e de longevidade colocará problemas relativamente ao acesso e à prestação de cuidados de saúde. Por outro lado há concelhos que registaram uma taxa de crescimento populacional efectivo positiva e também tendo em conta o predomínio das faixas etárias correspondente aos adultos jovens coloca outro tipo de desafios não só no âmbito da prestação, mas também em termos da promoção da saúde e da prevenção.

Em relação aos aspectos socioeconómicos há a referir um sector primário residual, uma maior preponderância do sector secundário, logo seguido do sector terciário e este com um peso substancial do mercado social. Há um predomínio das pequenas e médias empresas, o desemprego atinge mais as mulheres e tem um peso maior nos escalões etários mais velhos. Os indicadores da educação terão tendência a melhorar, tendo em conta o número de pólos educativos disponíveis e a aposta na cultura e no desporto.

Relativamente aos indicadores de saúde e bem-estar, no que se refere aos dados de mortalidade os valores mais elevados das taxas corresponderam às neoplasias e às doenças cardiovasculares. Também analisando a listagem das principais causas de morte, as três mais frequentes foram por ordem decrescente: doenças cardio e cerebrovasculares, os tumores malignos e as doenças do aparelho respiratório. No que se refere aos dados de morbilidade verificou-se uma maior frequência de diagnósticos do âmbito do aparelho circulatório, seguindo-se por ordem decrescente o sistema músculo-esquelético, o aparelho respiratório, endócrino, metabólico e nutricional e o aparelho digestivo. Em termos ambientais a região posiciona-se como tendo dos melhores índices, embora carecendo de mais investimento na área do saneamento. Quanto ao apoio social a região dispõe de boas infra-estruturas o que constitui uma mais-valia, potenciando as parcerias e o desenvolvimento dos cuidados integrados.

No que concerne aos recursos e equipamentos de saúde na comunidade tem melhorado a oferta, nomeadamente no que se refere ao número de camas de cuidados continuados. Em relação aos equipamentos no âmbito do SNS há necessidade de melhorar algumas infra-estruturas, centros de saúde e sobretudo extensões e renovar as redes e equipamentos informáticos. Relativamente aos recursos humanos verificou-se na globalidade um bom ratio por

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40

habitante, no que concerne a médicos e enfermeiros, bem como nos restantes sectores, embora a situação seja diferente de unidade / centro de saúde para centro de saúde. Por outro lado percepciona-se a diferença no que concerne à existência e respectivo funcionamento de valências e de unidades funcionais de centro de saúde para centro de saúde, que carece de avaliação sob o ponto de vista da equidade.

No que se refere à actividade das unidades / centros de saúde há necessidade para efeito de aferição de desempenhos definir os indicadores adequados, melhorar os registos, validar os dados e compatibilizar aplicações, de forma a dispor de suportes adequados ao planeamento e à gestão. Verificou-se que as consultas domiciliárias apenas representavam 0,16% do total de consultas. Relativamente à distribuição do número de consultas urgentes por hora de atendimento verificou-se que apenas 3% dos atendimentos, no âmbito do ACES PIN1, ocorreram no período das 0 às 8 horas. Constatou-se a existência de valores reduzidos de taxas de cobertura no que concerne aos programas de diabetes, hipertensão, planeamento familiar, vacinação e na precocidade da vigilância no que se refere aos programas de saúde materna e saúde infantil.

(42)

_____________________________________________________________________________________________________________

41

8.2 - Análise SWOT

A análise dos dados, o conhecimento da região e o contacto com os diversos agentes locais permite partir para a sistematização dos pontos fortes, das oportunidades, das ameaças e das áreas a melhorar no âmbito do ACES PIN1.

PONTOS FORTES

PONTOS FRACOS

Rede de cuidados no terreno (centros de saúde, extensões, …)

Recursos humanos qualificados

Áreas de atendimento diferenciado (Laboratório de análises clínicas, radiologia, …)

Serviço de Urgência Básica, Unidades Funcionais.

Assimetria na distribuição de recursos humanos

Assimetria na distribuição de valências e equipamentos

Baixa taxa de atendimento nas consultas domiciliárias

Baixa taxa de cobertura nos programas (diabetes, hipertensão, …)

Disfunções no atendimento de doentes urgentes

Disfunções na gestão do sistema de informação

OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

Quadro legal (ACES)

Melhoria da rede viária

Melhoria da rede ferroviária

Requalificação / Construção de Centros de Saúde e Extensões

Parcerias.

Situação económica e financeira

Desertificação

Envelhecimento da população

Baixo nível de escolaridade e iliteracia

Preponderância das doenças crónicas influenciadas pelos estilos de vida.

(43)

_____________________________________________________________________________________________________________

42

8.2.1 - Análise SWOT cruzada

A análise cruzada das áreas supramencionadas permite ainda retirar mais algumas ilações.

FACTORES

EXTERNOS

OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

FACTORES INTERNOS

P

O

N

TOS F

O

R

TE

S

POTENCIALIDADES

Existência de um quadro legislativo e institucional favorável ao

desenvolvimento dos cuidados de saúde primários.

Recursos humanos qualificados e rede de prestação de cuidados no terreno.

Perspectivas de desenvolver boas práticas e criar serviços de excelência

VULNERABILIDADES

Situação económica e financeira.

Concorrência de outros níveis de cuidados, particularmente dos hospitalares, em termos de afectação de recursos.

Dinâmicas populacionais, aspectos socioeconómicos e estilos de vida.

P

O

N

TOS FR

A

C

O

S

CONSTRANGIMENTOS Assimetria na distribuição de recursos humanos e na distribuição de valências e equipamentos.

Dificuldade na criação e organização de unidades funcionais.

Dificuldade na atracção de recursos humanos, especialmente médicos, agravado pela perspectiva de aposentação de alguns profissionais a curto prazo.

PROBLEMAS

Preponderância das doenças crónicas influenciadas pelos estilos de vida.

Deficits de cobertura a nível das consultas domiciliárias e nos programas de vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença.

Disfunções no atendimento dos doentes urgentes.

Disfunções na gestão do sistema de informação.

(44)

_____________________________________________________________________________________________________________

43

8.3 - Propostas

Elencadas as potencialidades, vulnerabilidades, os constrangimentos e os problemas há que definir estratégias de intervenção.

A missão dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) é “garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população de uma área geográfica determinada, procurando manter os princípios de equidade e solidariedade, de molde a que todos os grupos populacionais partilhem igualmente dos avanços científicos e tecnológicos, postos ao serviço da saúde e do

bem-estar”.

A visão proposta para o ACES PIN1 assenta nas particularidades de cada concelho, privilegiando uma perspectiva de integração e a equidade e proximidade no acesso aos cuidados de saúde.

Para a implementação desta visão estratégica propõem-se as seguintes opções estratégicas:

O1 – Promover a implementação da reforma dos cuidados de saúde primários, dando prioridade às USFs e UCSPs.

O2 – Requalificação de infra-estruturas, centros de saúde e extensões de forma a adequá-los à instalação e funcionamento das unidades funcionais.

O3 – Afectação de recursos humanos tendo em conta a realidade geodemográfica do ACES.

O4 – Redefinir e adequar o sistema de informação de forma a dar resposta à gestão clínica, à vigilância epidemiológica e às necessidades de gestão e planeamento. O5 – Actuar na prestação dos cuidados de saúde promovendo a melhoria da cobertura a

nível dos cuidados domiciliários e dos programas de vigilância, promoção da saúde e prevenção da doença e ainda na gestão da doença aguda e na emergência.

Referências

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