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ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EM MOÇAMBIQUE

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EM

MOÇAMBIQUE

Categorização e Próximos Passos

Junho 2016

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Índice

1. INTRODUÇÃO: O ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO ... 3

2. AS POTENCIAIS VANTAGENS DA RATIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO ... 7

2.1 RATIFICAÇAO ... 7

2.2 IMPLEMENTACAO ... 8

3. METODOLOGIA DA CATEGORIZAÇÃO DAS PROVISÕES DO ACORDO DE FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EM MOÇAMBIQUE ... 10

4. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES ... 12

5. CATEGORIZAÇÃO E PRAZOS PROPOSTOS ... 14

6. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE DESAFIOS E ‘GANHOS RÁPIDOS’ ... 54

6.1 DESAFIOS ... 54

6.2 ‘GANHOSRÁPIDOS’ ... 56

7. RECOMENDAÇÕES E PRÓXIMOS PASSOS ... 57

ANEXO 1: ACRÓNIMOS ... 59

ANEXO 2: LISTA DE ENTIDADES E INDIVÍDUOS ENTREVISTADOS ... 60

ANEXO 3: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 61

ANEXO 4: TABELA DE CATEGORIZAÇÃO DETALHADA ... 62

ANEXO 5: ESBOÇO DE PLANO DE ACÇÃO PARA PROVISÕES DE CATEGORIA B ... 66

ANEXO 6: TERMOS DE REFERÊNCIA PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA PROVISÕES DE CATEGORIA C ... 68

ANEXO 7: ESBOÇO DE COMUNICADO DE NOTIFICAÇÃO DA CATEGORIZAÇÃO ... 88

ANEXO 8: ESBOÇO DE NOTIFICAÇÃO DE RATIFICAÇÃO NACIONAL ... 91

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Introdução: O Acordo de Facilitação do Comércio

O objectivo principal deste relatório é de apresentar os resultados do processo de um trabalho de base feito como fundamento para a ratificação do Acordo de Facilitação do Comércio (AFC), adoptado pelos Estados-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) – incluindo Moçambique – na conferência ministerial em Bali, em Dezembro 2013.

Este acordo visa estabelecer boas práticas e regras comuns para o comércio internacional, de modo a estimula-lo e, por conseguinte, trazer benefícios para todos os países Estados-membros da OMC. O AFC contém disposições para acelerar o movimento, e desembaraço de mercadorias, incluindo mercadorias em trânsito. Ele também estabelece medidas de cooperação entre as alfândegas e outras autoridades competentes em matéria de facilitação do comércio e questões de conformidade aduaneira. Outrossim, contém ainda disposições relativas à assistência técnica e capacitação para países menos desenvolvidos.

Mais especificamente, o AFC tem provisões sobre a transparência da informação e procedimentos de importação, exportação e trânsito (artigos 1-5), sobre taxas e formalidades aduaneiras (artigos 6 – 10), sobre o trânsito (artigo 11) e sobre cooperação entre agências e instituições envolvidos na importação, exportação e trânsito (artigo 12).

O AFC entrará em vigor – somente para os países que o tiverem ratificado – após ratificação por dois terços dos Estados-membros da OMC, ou seja, quando 108 países já tenham ratificado. Até Abril 2016, 79 países dos 162 Estados-membros da OMC tinham ratificado o AFC, ou seja, quase 50%, incluindo 9 países em África, nomeadamente, Quénia, Zâmbia, Botsuana, Lesotho, Níger, Mali, Costa de Marfim, Ilhas Maurícias e Togo.

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Devido às preocupações sobre capacidade institucional para implementar as medidas do AFC, há provisões específicas para os países em vias de desenvolvimento e os países menos avançados. Estas provisões permitam um tratamento especial para estes países, incluindo Moçambique. Este tratamento especial permite a um Estado-membro decidir quais as provisões do AFC que irá implementar logo que entre em vigor, estabelecer prazos mais longos para implementação de outras provisões e só implementar as restantes provisões mediante a disponibilização de financiamento e de assistência técnica.

De modo a beneficiar do tratamento especial, um Estado-membro deve proceder à

‘categorização’. Isto significa indicar, provisão por provisão, qual a categoria (A, B ou C – ver tabela abaixo) e o prazo indicativo (em anos) em que pretende implementar o artigo.

Categoria

A O Estado-membro implementará o artigo logo que o AFC entre em vigor (ou dentro de um ano após a entrada em vigor para os países menos desenvolvidos, que é o caso de Moçambique).

Categoria

B O Estado-membro pode definir um ‘período de transição’ para implementação. Este período pode ser indicativo no início, e só 3 anos após entrada em vigor do AFC é necessário definir prazos definitivos para implementação.

Categoria

C O Estado-membro pode indicar que a implementação de um artigo requer assistência técnica, e só é obrigado a implementar depois da provisão da AT e após um período de transição definido pelo Estado-membro. Os prazos podem ser indicativos no início, mas o Estado-membro deve apresentar as necessidades para assistência técnica dentro de 2 anos após entrada de vigor do AFC.

O gráfico 1.ilustra o processo de implementação para países menos avançados.

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Gráfico 1: Processo e Prazos para Notificações para Tratamento Especial para Países Menos Avançados.

Notificação:

1. Categorias A, B, C 2. Datas indicativos para

categoria B.

Notificação Assistência

Técnica necessária para

Categoria C.

Notificação Datas indicativas

Categoria C.

Informar sobre acordos de assistência técnica

com doadores.

Entrada em Vigor (2/3 dos

Estados- membros ratificaram)

1 Ano 2 Anos 3 Anos

Notificação Datas Definitivas

Categoria C.

Informar progresso na Assistência

Técnica.

4 Anos 5.5 Anos Notificação:

Datas definitivas para Categoria

B.

É, portanto, possível que para países menos avançados, cada Estado-membro possa determinar como e quando vai implementar cada provisão no AFC, dependendo das suas capacidades. É também possível ratificar o AFC sem que este tenha um impacto imediato nos procedimentos – pois só começa a ter impacto

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após ratificação de dois terços de países, e mesmo assim, para países menos avançados, até as provisões de categoria A só são necessárias implementar um ano após entrada em vigor do AFC.

Existem mecanismos para estender os prazos para categoria B e C, e trocar de categoria B para C, caso o país encontre dificuldades inesperadas com provisões inicialmente classificadas como categoria B, ou em encontrar fontes de financiamento para a assistência técnica para categoria C. Ainda há salvaguardas para países menos avançados que definam que estes não podem ser levados aos mecanismos de resolução de disputas (Dispute Settlement Understanding) num período de 6 anos após entrada em vigor do AFC para categoria A e 8 anos para categorias B e C.

O resto deste relatório descreve o processo e resultado da categorização de Moçambique, levado pela equipa multissectorial coordenada pelo Ministério de Indústria e Comércio, com apoio técnico do Programa para o Desenvolvimento Económico e Empresarial (SPEED), financiado pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID/Moçambique).

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1. As Potenciais Vantagens da Ratificação e Implementação do Acordo de Facilitação do Comércio

A ratificação e a implementação do AFC têm o potencial de trazer benefícios para o país, sem grandes riscos devido ao tratamento especial e diferenciado descrito no capítulo anterior.

1.1 RATIFICAÇAO

A ratificação do AFC passa por um processo nacional de ratificação, ao nível do Conselho de Ministros, e subsequente notificação oficial à OMC.

A ratificação em si não tem grandes implicações imediatas – o AFC só entrará em vigor após a ratificação por dois terços dos Estados-membros da OMC, e mesmo depois disso, Moçambique tem um ano para estar em conformidade com as provisões da para categoria A, e mais alguns anos para estar em conformidade com as provisões das categorias B e C.

No entanto, o processo de ratificação é uma oportunidade para o Governo enviar um sinal forte que está comprometido com a facilitação do comércio, e que está a responder às preocupações dos seus importadores, exportadores e operadores de trânsito.

Para além disso, a ratificação assegurará que a facilitação do comércio e a necessidade de assistência técnica e financeira se mantenha no topo da agenda para os potenciais financiadores das atividades necessárias para categoria C, tirando partido da conjuntura. Ademais, o próprio processo de ratificação assegurará também que todos os elementos relevantes dentro do Governo estejam envolvidos e informados, o que facilitará a subsequente implementação do AFC.

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1.2 IMPLEMENTACAO

O objectivo principal do AFC é de tornar todo o processo de importação, exportação e trânsito menos complexo, mais padronizado, estabelecendo algumas regras básicas que possam ser implementadas por todos os Estados-membros da OMC. Por sua vez, isso deverá estimular o comércio e, por conseguinte, trazer benefícios para todos. O especialista de comércio Daniel Plunkett, escrevendo sobre Moçambique em Setembro de 2015, considerou que “há muitos benefícios potenciais para Moçambique em reformar os seus procedimentos no sentido sugerido pelo AFC da OMC. Melhorar a eficiência dos seus sistemas de importação, exportação e trânsito, permitiria mais mercadorias por mês e estimularia o investimento em infra-estruturas, bem como nas TICs relacionadas com o comércio. O resultado líquido seria de maiores oportunidades económicas para todos os níveis da sociedade moçambicana”(SPEED, 2015).

Para além de um aumento generalizado no comércio, um benefício potencial de particular interesse para Moçambique está relacionado com as provisões sobre procedimentos de trânsito (em que Moçambique já está em conformidade com a grande maioria). Como Moçambique pretende desenvolver o negócio do comércio de trânsito, através dos corredores de desenvolvimento, o facto de estar comprometido a harmonizar e simplificar os procedimentos poderá ser uma vantagem comparativa para o país, funcionando como um ‘selo de qualidade’ para empresas que não conhecem o país.

De igual modo, simplificando os procedimentos e aumentando a transparência sobre os mesmos pode dar um ímpeto à exportação de produtos nacionais, tornando-se mais fácil para empresas nacionais exportar os seus produtos, trazendo não só lucros para as empresas, mas divisas para o país.

Finalmente, a simplificação do processo de importação pode beneficiar as empresas nacionais – em particular aquelas pequenas e medias empresas que não

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conhecem os processos – que pretendem importar matérias-primas, ou bens para venda.

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2. Metodologia da Categorização das Provisões do Acordo de Facilitação do Comércio em Moçambique

Foi decidido abordar este processo de forma interactiva, através de trabalho aprofundado com grupos restritos de técnicos das instituições públicas, com domínio da realidade, dado o dia-a-dia do trabalho da sua instituição. Embora trabalhoso, esta abordagem permitiu um conhecimento muito mais detalhado dos processos reais de importação, exportação e trânsito, e identificar as lacunas ou barreiras a conformidade com o AFC. As sessões de trabalho mais intensivas foram com os Serviços das Alfândegas, com várias sessões de 3-4 horas cada.

Foram realizadas sessões com várias entidades governamentais e o provedor de serviços da janela única electrónica. Veja Anexo 1 para a lista de todos os entrevistados.

O objectivo das sessões de trabalho foi primeiro de entender a realidade actual, para compará-la com o que está espelhado no AFC, e depois debater se o país está em conformidade com o AFC, ou, caso não esteja, quais os passos necessários para estar em conformidade. Esta análise obviamente levou à identificação de passos que podem ser tomados internamente sem assistência técnica (levando a categorização B), e outros que necessitam de assistência técnica (levando a categorização C). Este foi um processo interactivo, pois a medida que prosseguiam as entrevistas, constatou-se um aprofundamento do entendimento do AFC pelos intervenientes.

Concluídas as sessões de trabalho, a informação destas foi analisada. Em seguimento, foram conduzidas consultas à OMC, à especialistas em comércio internacional e à literatura. Foram analisadas questões ou dúvidas em relação à interpretação, para chegar à proposta de categorização inicial. Esta foi discutida e acordada a nível técnico em dois encontros de todas as instituições relevantes, liderados pelo MIC, nos dias 10 e 17 Marco 2016. Encontros de validação com

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representantes do sector privado também decorreram nos dias 19 e 26 de Maio de 2016 para partilhar a análise, receber subsídios e confirmar a categorização. Este relatório reflecte o cúmulo do trabalho técnico em grupos e as decisões tomadas nos dois encontros técnicos de validação e os dois encontros com o sector privado.

Metodologia da Categorização A Nível Técnico

A categorização agora requer discussão e validação a nível superior, e depois deve ser notificada à OMC, enquanto se procede à ratificação, e desenvolvimento de planos de acção (categoria B) e termos de referência (categoria C).

3.

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4. Considerações Importantes

A facilitação do comércio em qualquer país – e Moçambique não é excepção – envolve múltiplos intervenientes nos processos de importação, exportação e trânsito. Embora grande parte do AFC diga respeito às normas, práticas e procedimentos dos serviços das alfândegas, muitas vezes para estar em conformidade com uma determinada provisão, há necessidade de coordenação das alfândegas com outras entidades. Não é suficiente, por exemplo, para facilitar um processo de importação, exportação ou trânsito, que os serviços ligados as alfândegas sejam ultramodernos e online, se os outros elementos do processo (por exemplo, obtenção de licenças fitossanitários) são ainda tratados de forma burocrática e offline. Assim, a liderança do Ministério de Indústria e Comércio (MIC) no processo de facilitação do comércio, trazendo todos os intervenientes à mesa e assegurando que todos estejam alinhados e a trabalhar em conjunto, é imprescindível. O AFC prevê a criação de um Comité Nacional de Facilitação do Comércio, ou o uso de um fórum existente para dar enfâse e ímpeto a implementação do AFC. Este comité ou fórum será um passo importante para começar o processo de identificação detalhada de necessidades de assistência técnica e angariação dos fundos para tal. Como resultado das discussões ao nível técnico, foi proposto a criação de um comité que reportará ao Grupo Interministerial de Remoção de Barreiras ao Investimento (GIRBI).

De notar que a descrição da situação actual, e por conseguinte, a categorização proposta, foi feita com base na informação obtida das entidades entrevistadas e as sessões de trabalho/validação. Embora tenha sido feita uma leitura de legislação relevante e posterior verificação da informação fornecida, quando possível, caberá às mesmas entidades, e por fim, ao MIC como coordenador deste trabalho, confirmar (ou propor alterações) a informação descrita na matriz de categorização, e assumir como a posição oficial de Moçambique.

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Deve se notar também que tal como outros acordos internacionais, em muitas provisões há várias interpretações que podem ser feitas da linguagem usada. Isso é feito de propósito para deixar algum espaço para países que queiram ir para além do mínimo na implementação. Cabe, assim, ao Governo de Moçambique, decidir sobre estes aspectos de interpretação de cada provisão, e como categorizá-la. Essas questões de interpretação foram devidamente identificadas e discutidos nos encontros de validação, e decisões sobre interpretação tomadas a nível técnico.

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5. Categorização e Prazos Propostos

Nesta secção apresenta-se, provisão por provisão, um breve sumário dos objectivos principais da provisão, (quando necessário recorrendo ao Guião de Avaliação de Necessidades da OMC para facilitar a interpretação), bem como a descrição da situação actual da mesma. Onde há questões de interpretação, estes são alistadas, as implicações de diferentes interpretações indicadas, e a decisão tomada indicada com justificação. Onde existem, identificam-se as barreiras ou lacunas para estar em conformidade – ou seja, identifica-se o que teria que mudar para que o país possa estar em conformidade – e a seguir, com base nos elementos acima referidos, propõe-se, uma categoria e um prazo para implementação, e ainda procura-se, quando possível, definir próximos passos.

Esta informação bem como as decisões sobre categorização e prazos foram validadas durante os dois encontros técnicos em Março, mas ainda serão sujeitos a discussão e validação a nível superior. Uma vez validada e acordada a nível superior, deve servir de base para o processo nacional de ratificação, para a notificação à OMC, para o processo de definição de planos de acção para orientar o Governo na implementação de artigos de categoria B e para a definição de termos de referência detalhados para os artigos de categoria C.

Sumário da Categorização Validada a Nível Técnico

De um total de 41 provisões1, 24 foram considerados como categoria A, 7 como categoria B, e 10 como categoria C. Das provisões da categoria B, 6 podem ser implementados num prazo de 1 ano, e uma precisará de 2 anos. Das categorias C, 1 precisará de um ano para implementação, 2 precisarão de 3 anos, e os mais complexos, em número de 7, precisarão de 5 anos para implementação.

Na tabela a seguir, apresenta-se o sumário das categorizações.

1 Algumas provisões semelhantes foram agrupadas, por exemplo aquelas de artigo 11 sobre trânsito.

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Tabela 1: Sumário da Categorização

No. Provisão Categoria/

Prazo (anos)

1.1 Publicação B1

1.2 Informação disponível por meio de Internet B1

1.3 Serviços de Informação C3

1.4 Notificação B1

2.1 Oportunidade de formular observações, informação antes da entrada em vigor

A

2.2 Consultas C5

3.1 Resoluções Antecipadas C5

4.1 Direito a recurso e revisão A

5.1 Notificações de controlos ou inspecções reforçadas A

5.2 Retenção A

5.3 Procedimentos de teste B1

6.1 Disciplinas gerais sobre os direitos e custos estabelecidos para a

importação e exportação ou com elas relacionadas C3 6.2 Disciplinas específicas em emolumentos e custos impostos sobre ou em

conexão com a importação e exportação

C5

6.3 Disciplinas em matéria de sanções A

7.1 Tramitação pré-chegada A

7.2 Pagamento electrónico A

7.3 Separação entre a entrega e a determinação definitiva dos direitos

aduaneiros, impostos, taxas e custos A

7.4 Gestão de Risco A

7.5 Auditoria pós-despacho aduaneiro A

7.6 Estabelecimento e publicação de prazos médios de entrega B1 7.7 Medidas de Facilitação de Comércio para Operadores Autorizados A

7.8 Envios urgentes C5

7.9 Mercadorias perecíveis A

8 Cooperação entre instituições que intervém na fronteira C5 9 Movimento de Mercadorias Sob Controlo Aduaneiro Destinados a

Importação A

10.1 Formalidades e requisitos de documentação A

10.2 Aceitação de cópias A

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10.3 Utilização de normas internacionais B1

10.4 Janela única C5

10.5 Inspecção pré-embarque C5

10.6 Recurso à agentes aduaneiros A

10.7 Procedimentos em fronteira comum e requisitos de documentação

uniforme A

10.8 Mercadorias rejeitadas B 2

10.9 Admissão temporária de mercadorias/ perfeccionamento activo e passivo A

11.1-3 Transito, emolumento ou encargos A

11.4 Transito não discriminatório A

11.5-

10 Transito, procedimentos A

11.11 Transito, garantia em forma de caução A

11.12-

13 Transito, cooperação e coordenação A

12 Cooperação Aduaneira A

13.2 Comité de Facilitação do Comércio C1

5.2 Análise Detalhada e Fundamentação da Categorização por Provisão Nesta secção analisa-se e justifica-se as categorizações por provisão. A cada provisão é alocada uma categoria (A, B ou C), e no caso de categorias B e C, um prazo de entre 1 a 5 anos que é a previsão do tempo necessário para a sua implementação.

Artigo 1: Publicação e Disponibilidade de Informação 1.1 – Publicação

Este artigo vela pela transparência dos procedimentos aduaneiros, incluindo procedimentos não directamente sob controlo das alfândegas (e.g. licenças fitossanitárias). Exige a publicação de forma não discriminatória de toda a informação relevante.

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Situação Actual Grande parte da informação exigida está

disponível no website da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), incluindo informação sobre procedimentos aduaneiros, a pauta aduaneira, legislação, formulários e procedimentos para produtos que precisam de licenças de outras instituições. Só falta publicar informação sobre os mecanismos de recurso, ou seja alínea h) e como existem mecanismos para recurso já definidos na lei (ex: artigo 30 da Lei Orgânica do Tribunal Administrativo). Apesar destes precisarem de ser aprimorados, para esta provisão, é suficiente publicar os mecanismos existentes, que pode ser feito internamente e dentro de 1 ano. Não existe uma única entidade pública responsável pela publicação de toda a informação ligada ao comércio.

Questões de Interpretação A provisão só exige publicação – não tem de ser por internet no entanto, concordou-se que, como o espírito do acordo é facilitar o comércio, não é suficiente que os procedimentos de recurso estejam definidos na legislação e publicados no boletim da república, mas é necessário torná-los facilmente disponíveis, sendo por via da internet o mais prático.

Barreiras/Lacunas Informação sobre procedimentos de recurso.

Proposta de Categoria, Prazo

(Anos) e Justificação “B 1” porque só falta alguma informação de fácil processamento e disponibilização.

Passos Necessários para Conformar

Processar e publicar informação sobre procedimentos de recurso na internet.

1.2 – Informação disponível na Internet

Este artigo requer que toda a informação necessária sobre procedimentos de importação, exportação e trânsito esteja disponível na internet, incluindo formulários a preencher, etc. Portanto em termos de análise e próximos passos, esta provisão é idêntica à anterior.

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Situação Actual Grande parte da informação exigida está disponível no site da Autoridade tributária, incluindo informação sobre procedimentos aduaneiros, a pauta aduaneira, legislação,

formulários e procedimentos para produtos que precisam de licenças de outras instituições. Só falta publicar informação sobre os mecanismos de recurso, ou seja alínea h) e como existem mecanismos para recurso já definidos na lei (ex:

artigo 30 da Lei Orgânica do Tribunal

Administrativo), apesar destas precisarem de ser aprimorados, para esta provisão, é suficiente publicar os mecanismos existentes, que pode ser feita internamente e dentro de 1 ano. Não existe uma única entidade pública responsável pela publicação de toda a informação ligada ao comércio.

Questões de Interpretação A provisão só exige publicação – não tem de ser por internet, no entanto, concordou-se que como o espírito do acordo é facilitar o comércio, não é suficiente que os procedimentos de recurso estejam definidos na legislação e publicados no Boletim da República. Assim, é necessário torná- los facilmente disponíveis, sendo por via da internet o mais prático.

Barreiras/Lacunas Informação sobre procedimentos de recurso.

Proposta de Categoria, Prazo

(Anos) e Justificação “B 1” porque só falta alguma informação que não deve ser muito complicado disponibilizar.

Passos Necessários para Conformar

Publicar informação sobre procedimentos de recurso na internet.

1.3Serviços de informação

Este artigo estabelece a necessidade de uns (ou vários) pontos de informação onde comerciantes podem solicitar informação sobre procedimentos aduaneiros. Estes

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pontos de informação devem responder dentro de um prazo ‘razoável’ e não devem cobrar mais do que o custo de fornecimento da informação.

Situação Actual Existe um 'helpdesk' da AT mas só respondem a pedidos de informação directamente ligados a assuntos da responsabilidade das alfândegas. A Janela Única Electrónica só trata de assuntos ligados ao seu funcionamento. Existe um

'helpdesk' do MIC para sector privado mas não é muito funcional nem especificamente relacionado com assuntos de facilitação do comércio. Existe também um ponto nacional de informação para aspectos sanitários e fitossanitários no INNOQ.

Portanto, existem elementos que conformam com este artigo, mas há lacunas, por exemplo para produtos que precisam de licenças emitidas por outras instituições. Não existe interligação entre as várias entidades que podem ser

necessárias para responder a todos os pedidos de informação. Os serviços de informação não são cobrados.

Questões de Interpretação Não é obrigatório que seja um ponto único, desde que a informação seja providenciada de forma atempada2. O serviço de informação (ou os serviços de informação) deve(m) funcionar

‘dentro dos limites dos recursos’ disponíveis e as respostas devem ser dadas ‘em tempo razoável’.

No entanto, considera-se que o ideal seria operacionalizar o e-BAU, juntando toda a informação relevante e formando o pessoal de atendimento afecto a estes serviços de modo a tornar o e-Baú verdadeiramente único.

Barreiras/Lacunas Integração dos vários serviços de informação, e sistematização de informação facilmente acessível para aspectos não relacionados com alfândegas (ou seja, não já no helpdesk da AT).

Proposta de Categoria, Prazo “C 3” porque será necessário apoio para a recolha de toda a informação e a sua integração num

2 Apresentação de ITC/UNCTAD Outubro 2015, Maputo

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(anos) e Justificação banco de dados ou sistema único, ou ligação de vários bancos de dados de diferentes instituições e formação dos funcionários.

Passos Necessários para Conformar

Assistência técnica para a sistematização e integração da informação e formação dos técnicos. Pode ser necessário também rever o enquadramento institucional (o ideal seria que uma instituição fosse responsável para responder a todas as questões, em nome do governo).

1.4 Notificação

Este artigo exige que os Estados-membros informem a OMC sobre a localização da informação sobre procedimentos aduaneiros (websites, serviços de informação etc.).

Situação Actual A informação está espalhada em diferentes publicações e websites, e há lacunas que precisam ser preenchidas.

Questões de Interpretação Não está claro que é preciso ter toda a informação disponível antes de notificação – presume-se que seria possível notificar dos websites onde será incluída a informação.

Barreiras/Lacunas Inclusão dos elementos em falta para 1.1 e 1.2 e decisão sobre serviço de informação no 1.3.

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “B 1” assumindo que se notifica depois de resolver lacunas de 1.1 e 1.2 e depois de tomada de decisão sobre 1.3.

Passos Necessários para Conformar

Inclusão de informação para 1.1 e 1.2 e

designação de serviços de informação confirme 1.3. Depois, proceder à notificação oficial.

Artigo 2: Oportunidade de Formular Observações, Informação antes da Entrada em Vigor e Consultas

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2.1 Oportunidades de formular observações, informação antes da entrada em vigor

Este artigo estabelece a necessidade de dar oportunidade aos comerciantes participarem no processo de formulação de políticas sobre o comércio, criando espaço para comentários destes sobre propostas de leis, regulamentos, decretos etc., e uma vez aprovados, disseminando estes o quanto mais cedo possível antes da sua entrada em vigor.

Situação Actual Há consultas regulares com o sector privado de forma ad-hoc, e também formalmente via diálogo público-privado liderado pelo Primeiro-ministro onde o CTA representa o sector privado.

Portanto, considera-se que já existem

mecanismos suficientes para consultas. Aliás, o sector privado é que impulsiona grande parte de alterações na legislação ou procedimentos, daí que considera-se em conformidade com esta provisão. Leis e regulamentos relevantes são publicados (por exemplo no boletim da república, no website da AT e via circulares aos

despachantes).

Questões de Interpretação O artigo é bastante vago sobre a ambição das consultas (‘à medida do praticável e de maneira compatível com o seu direito e sistema jurídico’) e não define qual o prazo que se deve dar para consultas antes da entrada em vigor de alguma modificação a legislação, no entanto, considera-se que há bastantes fóruns para tais consultas, e é prática que haja consultas antes de qualquer alteração à legislação (sendo muitas vezes que quaisquer alterações surgem das preocupações do sector privado).

Barreiras/Lacunas Nenhumas.

Proposta de Categoria, Prazo “A” porque existem fóruns formais e também

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(anos) e Justificação consultas menos formais.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum.

2.2 Consultas

Este artigo estabelece a necessidade de consultas regulares entre os organismos que intervém na fronteira, e entre estes e os comerciantes/outros stakeholders de modo a melhorar a coordenação e comunicação.

Situação Actual Não existem consultas regulares entre organismos que intervêm na fronteira e os comerciantes ou outras partes envolvidas dentro do território. A gestão das fronteiras é integrada na medida em que ocorrem consultas ad-hoc entre as instituições representadas, sobretudo, nos momentos de muito movimento durante a quadra festiva. No âmbito da SADC está a ser discutido a criação de uma 'Autoridade de Fronteira'.

Questões de Interpretação O guião de apoio da OMC indica que este artigo incide sobre ‘todas as agências da fronteira’ com o objectivo de ‘obter as perspectivas dos

comerciantes e outros stakeholders sobre os assuntos que lhes dizem respeito. Esta medida pretende facilitar a disseminação de informação e um diálogo inclusivo sobre politicas comerciais – i) entre o governo e as agências da fronteira, ii) entre as várias agências da fronteira, e iii) entre as agências da fronteira e os comerciantes. Mais, salienta que a medida pretende resolver a questão de pouca coordenação e comunicação nas

fronteiras entre diferentes stakeholders e a não- inclusão dos comerciantes na definição de políticas. Foram consideradas não suficientes para conformidade as consultas ad hoc nas

fronteiras ou as consultas gerais Governo-Sector privado.

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Barreiras/Lacunas A existência de um mecanismo para promover essa coordenação e consulta.

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “C 5”. Embora esta provisão só requeira que haja coordenação e consultas regulares, qualquer alteração no actual modus operandi poderá ter impacto sobre os mandatos das várias agências.

Por isso, considera-se necessário apoio técnico e financeiro, o que poderá durar alguns anos para se concretizar. Seria bom ter um consultor para rever boas práticas nos outros países e propor qual o melhor mecanismo em Moçambique.

Podia também desenhar TdR para o mecanismo proposto.

Passos Necessários para

Conformar Assistência técnica para definir boas práticas e opções para Moçambique. Provavelmente alteração dos estatutos/responsabilidades de algumas agências.

Artigo 3: Resoluções Antecipadas

Este artigo pretende assegurar que um comerciante, antes de importar, pode receber informação das alfândegas, que é juridicamente vinculativa (ou seja, é um compromisso legal) sobre o tratamento que a sua mercadoria receberá das alfândegas, por exemplo a classificação na pauta aduaneira e sobre a origem.

Significa que as alfândegas deverão, quando solicitado, fornecer uma decisão, por escrito, sobre estes aspectos, dentro de um prazo razoável e válido por um período razoável. Devem também informar ao comerciante, por escrito, caso recuse (evocando as razões) ou se altere/revogue uma resolução antecipada. O governo deverá publicar os procedimentos para as resoluções antecipadas.

Este artigo pretende resolver o problema de decisões inconsistentes em fronteiras diferentes ou até entre diferentes agentes das alfândegas, o que cria incerteza do comerciante sobre o tratamento que vai receber e as tarifas a pagar. Pretende

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reduzir disputas entre comerciantes e alfândegas e tornar o processo de importação mais célere.

Situação Actual Não existe um mecanismo para emitir uma decisão prévia que seja juridicamente vinculativo.

O despachante tem obrigação de poder

interpretar as regras, mas o comerciante não tem a segurança de uma decisão formal e legal antes da transacção.

Questões de Interpretação O artigo ‘obriga’ resoluções antecipadas para classificação tarifária e origem. E ‘encoraja’

resoluções antecipadas para outros aspectos, incluindo

i. Método apropriado ou critério, e a aplicação a ser utilizada, para determinar o valor aduaneiro em relação a um determinado conjunto de factos;

ii. A aplicabilidade das prescrições do Estado- membro em matéria de alívio ou isenção aduaneira;

iii. A aplicação das prescrições do Estado- membro em matéria de quotas, incluindo tarifas de quotas; e

iv. Qualquer outra matéria adicional sobre a qual o Estado-membro considera apropriada a emissão de uma resolução antecipada.

Barreiras/Lacunas A inexistência deste tipo de mecanismo na lei ou na prática.

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “C 5”, porque necessita alteração da legislação e antes de isso estudar profundamente as

implicações, ferramentas para implementação, e sistemas de outros países.

Passos Necessários para

Conformar Assistência técnica para aprofundar o

conhecimento sobre esta provisão e entender as práticas em outros países, e propor um

mecanismo adequado. Provavelmente necessitará

(25)

de alterações nas responsabilidades das alfandegas e/ou tribunal aduaneiro.

Artigo 4: Procedimentos de Recurso ou de Revisão

Este artigo estabelece os direitos dos comerciantes obter revisão e correcção de decisões tomadas pelos oficiais das alfândegas ou outros oficiais de outras agências nas fronteiras, via recurso administrativo e/ou judicial.

Situação Actual Existe um departamento de contencioso das alfândegas que lida com recursos administrativos.

Existe a possibilidade de se recorrer a uma

decisão administrativa, do tribunal administrativo.

Foi criado há pouco tempo o tribunal aduaneiro, para decisões judiciais mas não lida com recursos dos comerciantes, mas sim do Estado. É

‘encorajado’ pelo acordo que o processo de recurso não seja limitado a decisões das alfândegas mas também outras agências que intervêm na fronteira. O Decreto 4/2000 de 17 Marco estabelece um conselho técnico presidido pelo Director geral das alfândegas com

representantes de MIC, BdM, representantes dos despachantes e caixeiros despachantes,

representantes das entidades responsáveis pela inspecção pré-embarque, e a entidade que pediu o recurso, como convidada.

Questões de Interpretação O sistema actual de recurso tem fraquezas, dado que obriga os comerciantes a esgotar o recurso técnico antes de um recurso judicial. No entanto, o acordo permite isso, pelo que considera-se em conformidade, mas com necessidade de maior ambição na defesa dos direitos dos comerciantes (por exemplo via acesso ao tribunal aduaneiro) que pode ser levado a frente com outras iniciativas.

Barreiras/Lacunas Nenhumas

Proposta de Categoria e Prazo “A”, porque embora o sistema de recursos possa ser melhorado, o que o país oferece (recurso

(26)

(anos) administrativo primeiro e depois judicial), está conforme.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum para conformidade com o acordo, mas

considera-se necessário avaliar como o tribunal aduaneiro pode ter um papel mais forte em assegurar um processo de recurso célere e justo para o sector privado.

Artigo 5: Outras Medidas Para Aumentar a Imparcialidade, Não Discriminação e Transparência

5.1 Notificações de controlos ou inspecções reforçadas

Este artigo estabelece os procedimentos para emissão de notificações ou orientação para as autoridades com vista a reforçar os controlos e inspecções sobre as mercadorias importadas, principalmente produtos alimentares, bebidas e alimentos.

Situação Actual Existe um sistema de notificações, gerido pelo MASA. A Direcção Geral das Alfandegas é notificada em situações específicas. O sistema para notificações para entidades internacionais é electrónico e padronizado. O sistema interno pode ter algumas fraquezas mas é funcional, e cumpre com os critérios definidos no acordo.

Questões de Interpretação Este artigo estabelece as regras para países que tem um sistema de notificações de controlos ou inspecções reforçadas. Portanto, se um país tem, deve aplicar as regras, mas se não tem, não há obrigatoriedade da sua introdução.

Barreiras/Lacunas Nenhumas.

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “A”, porque o sistema existe e está conforme.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum

(27)

5.2 Retenção

Este artigo refere a casos em que mercadoria fica retida pelas alfândegas, por exemplo, por motivos de saúde, segurança etc.

Situação Actual Se algum produto é retido, o comerciante ou o seu representante é informado de imediato.

Questões de Interpretação Nenhumas

Barreiras/Lacunas Nenhumas

Proposta de Categoria, Prazo (anos) e Justificação

“A”, porque o que está previsto já é prática normal.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum.

5.3 Procedimentos de teste

Este artigo define os procedimentos para um comerciante obter um ‘segundo teste’

quando um teste feito na chegada da mercadoria mostrar resultados negativos para o comerciante. Estados-membros devem publicar uma lista de laboratórios que podem ser usados pelos comerciantes (e cujos resultados serão reconhecidos) ou fornecer a lista aos comerciantes que pretendem efectuar um segundo teste.

Situação Actual Não existe uma lista de laboratórios acreditados ou reconhecidos pelas entidades relevantes para efeito de 2º teste. Na prática, qualquer laboratório acreditado internacionalmente é aceite – mas este facto não está explicitamente definido em algum sítio facilmente acessível (por exemplo o site da JUE). No entanto, como parte de um processo de recurso, podia ser possível um comerciante pedir um segundo teste. A Lei Geral Tributaria (Decreto 19/2005) permite o contraditório pelo que existe a possibilidade de recurso ao segundo teste, caso o agente de comércio externo não concorde com os resultados apresentados pela

(28)

Intertek (entidade que presta assistência técnica às Alfandegas nesta área).

Questões de Interpretação Este artigo tem ambição bastante limitada. Diz que um Estado-membro ‘poderá’ conceder uma oportunidade para um segundo teste, e

‘considerará’ o resultado do segundo teste.

Portanto parece suficiente para estar em

conformidade ter isto definido na lei e compilar a lista de laboratórios reconhecidos. Nota que o AFC não exige laboratórios nacionais capazes de fazer os testes, basta indicar os laboratórios reconhecidos pelo país, que podem ser regionais ou internacionais.

Barreiras/Lacunas Publicação da lista de laboratórios (ou do facto que se aceitam todos acreditados

internacionalmente).

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “B1”, porque basta publicar a informação.

Passos Necessários para Conformar

Publicar a informação.

Artigo 6: Disciplinas sobre Direitos e Custos Estabelecidos para a Importação e Exportação ou Com Elas Relacionadas.

6.1 Disciplinas gerais sobre os direitos e custos estabelecidos para a importação e exportação ou com elas relacionadas

Este artigo estabelece as regras sobre definição e aplicação de direitos e outras taxas relacionados com a importação e exportação. Estabelece que direitos e taxas devem estar de acordo com o GATT, que Estados-membros devem publicar informação sobre direitos e taxas, incluindo a forma da sua aplicação, qual a instituição responsável, os motivos de tais direitos ou taxas, quando e como devem ser pagos. Alterações a direitos ou taxas devem ser antecipadamente dadas a

(29)

conhecer (antes de entrada em vigor) e ‘onde for praticável’ o Estado-membro deve rever periodicamente as taxas de modo a reduzi-las.

Situação Actual Toda a informação relacionada com alfândegas está no website da Janela Única. Porém, de outras instituições do governo (por exemplo para

licenças fitossanitários) ou de serviços fornecidos por privados (scanners, serviços portuários etc.) não está publicitada. Para impostos, a legislação prevê publicação um ano antes da entrada em vigor, mas o mesmo não se aplica a taxas dos provedores de serviços do sector privado.

Questões de Interpretação Considera-se que os direitos e taxas incluem não só taxas pagas à autoridade tributaria mas

também a outras entidades públicas ou empresas privadas se está relacionado com importação, exportação ou trânsito (e.g. para licenças, inspecção não intrusiva etc.).

Barreiras/Lacunas Todos os direitos e taxas relacionados com importação e exportação que não estejam inclusos na JUE, ou seja, aqueles pagos a outras entidades senão alfandegas. Contratos com provedores de serviços que potencialmente não prevêem publicação de novas taxas antes da sua entrada em vigor.

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “C 3”, porque precisa de assistência técnica para consolidar toda a informação e tempo para assegurar conformidade dos contratos dos provedores de serviços.

Passos Necessários para

Conformar Necessidade de incorporar toda a informação

sobre taxas não incluídas na JUE, e criar um guião prático que consolida todos os custos e taxas para fácil referência. Será necessário também estudar o assunto da notificação de alteração a custos de provedores de serviços privados, de modo a assegurar conformidade com o AFC.

(30)

6.2 Disciplinas específicas em emolumentos e custos impostos ou em conexão com a importação e exportação

Este artigo pretende assegurar que os custos ligados a tramitação aduaneira são limitados a níveis razoáveis, ou seja aproximadamente o custo da provisão do serviço.

Situação Actual Há várias taxas relacionadas com importação, exportação e trânsito, incluindo de entidades públicas (por exemplo para licenças) e privadas (por exemplo para inspecção pré-embarque ou inspecção não intrusiva). Para todos os custos relacionados com serviços prestados pelo Estado, o país estaria em conformidade, mas o mesmo não se aplica a serviços de terceiros. Existem contratos de longa duração que não podem ser violados.

Questões de Interpretação É difícil estabelecer se os custos são ‘limitados em montantes para o custo aproximado aos serviços prestados’.

Barreiras/Lacunas Análise detalhada da relação custos-taxas para serviços prestados por empresas privadas.

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “C 5”, pois seria necessária uma análise detalhada da relação custos-taxas e depois dependendo do resultado de tal análise, podia ser necessário uma renegociação de contratos.

Passos Necessários para

Conformar Análise detalhada da relação custos – taxas para confirmar se estão ou não em conformidade.

Caso não, rever/renegociar contratos com terceiros. Considera-se necessário um estudo comparativo com outros países na região.

6.3 Disciplinas em matéria de sanções

Este artigo estabelece alguns princípios básicos sobre o uso de sanções. Sanções devem incidir somente sobre o indivíduo responsável, e serem proporcionais à infracção cometida. Devem existir medidas para se evitar conflito de interesse na

(31)

determinação de sanções, e medidas para evitar incentivos a sanções não proporcionais com a infracção. Deve se dar explicação por escrito ao indivíduo sancionado das razões e enquadramento legal da sanção. Estados-membro são

‘encorajados’ a considerar factor mitigante se o infractor admitir a infracção de forma voluntária.

Situação Actual Tudo descrito no artigo já é feito.

Questões de Interpretação Sanções são entendidas neste artigo como sendo sanções impostas pelos serviços das alfândegas por infracção de leis e regulamentos aduaneiros.

Barreiras/Lacunas Nenhumas.

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “A” porque a legislação e os procedimentos actuais estão em conformidade com a provisão relevante.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum

Artigo 7: Entrega e Despacho Aduaneiro das Mercadorias

7.1 Tramitação pré-chegada

O objectivo deste artigo é de permitir que os comerciantes submetem toda a documentação necessária para o desembaraço aduaneiro antes da chegada da mercadoria, quando apropriado por via electrónica, de modo a acelerar o processo na fronteira.

Situação Actual É obrigatória a submissão de documentação para tramitação aduaneira antes da chegada da

mercadoria, via JUE. Isto inclui qualquer licença ou outro documento necessário.

Questões de Interpretação Nenhumas

Barreiras/Lacunas Nenhumas

(32)

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “A” porque já é obrigatória a submissão pré-

chegada.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum

7.2 Pagamento electrónico

Este artigo trata de pagamento electrónico de direitos, impostos e taxas e custos cobradas pelas alfândegas sobre a importação e exportação.

Situação Actual Para custos para AT (direitos, taxas de serviços de MCNET etc.) já se faz electronicamente. Para outros custos, ainda não: scanning, serviços

portuários, taxa de assistência legal, licenças sanitárias e fitossanitárias.

Questões de Interpretação Este artigo requer que o Estado-membro adopte ou mantenha, ‘sempre que for praticável,’

procedimentos para pagamento electrónico de direitos, impostos, taxas e custos ‘cobradas pelas alfandegas’. Uma interpretação literal significa que o país já está em conformidade pois os pagamentos às alfândegas já se fazem

electronicamente. Não parece haver necessidade de incorporar outros custos, embora isso pudesse ser desejável.

Barreiras/Lacunas Nenhumas para conformidade, mas idealmente outros custos seriam integrados.

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “A” porque todos os custos cobrados pelas

alfândegas são feitos electronicamente via JUE.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum para conformidade, mas deve se discutir

a possibilidade de permitir pagamento electrónico as demais taxas.

(33)

7.3 Separação entre a entrega e a determinação definitiva dos direitos aduaneiros, impostos, taxas e custos

Este artigo trata da possibilidade de, mediante pagamento de uma garantia, um comerciante poder obter a sua mercadoria antes da determinação definitiva dos direitos aduaneiros, impostos, taxas e custos, se isso não tiver sido feito antes ou no momento da chegada na fronteira. Garantias não devem ser superiores ao valor estimado para o pagamento final acrescido de qualquer possível multa. A garantia deve ser libertada após a determinação definitiva e liquidação dos direitos aduaneiros, impostos, taxas e custos.

Situação Actual Geralmente, tudo é feito antes da chegada da mercadoria, não havendo razões, por isso, para esta situação acontecer. No entanto, existem casos em que, mediante pagamento de caução, a mercadoria pode seguir antes da determinação final (por exemplo, se houver dúvidas sobre o certificado de origem, ou quando a importação é destinada a alguém que pretenda pedir isenção mas ainda não o fez, ou para produtos perecíveis para grandes supermercados em condições excepcionais em que não se tratou de tudo antes, ou ainda quando há um problema com o

despachante ou outra entidade que não o importador - no caso de um carro em que o importador não submeteu a documentação devida, mas o seu cliente necessita do carro).

Nesses casos, as garantias exigidas seguem os critérios estabelecidos no AFC.

Questões de Interpretação Nenhumas

Barreiras/Lacunas Nenhumas

Proposta de Categoria, Prazo (anos) e Justificação

“A”, porque a legislação prevê este caso e está conforme com os critérios estipulados no acordo.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum

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