Anexo 6: Termos de Referência para Assistência Técnica para Provisões de Categoria C
Termos de Referência
Criação de Serviços de Informação para a Facilitação do
Comércio (1.3)
[Aproximadamente 30 dias Consultor] Objectivos
Desenvolvimento de um serviço de informação único, no âmbito do Balcão Único de Atendimento existente, para importadores, exportadores e operadores de trânsito para que estes possam obter informações sobre os procedimentos e documentação para o comércio internacional, incluindo informações sobre procedimentos aduaneiros, normas fitossanitárias, requisitos de licenciamento para produtos diferentes, procedimentos de recurso ou de revisão etc. . O objectivo de BAU é de assegurar que instituição seja verdadeiramente única, ou seja, se o BAU não tem informação, os funcionários coordenam com as demais instituições do Governo para obter a informação para o comerciante – em vez deste ter que procurar de várias entidades governamentais. -
Contexto
- O Acordo de Facilitação do Comércio (AFC), adoptado pelos Estados membros da
Organização Mundial do Comércio em Bali em 2013 estabelece compromissos vinculativos em matéria de medidas de facilitação do comércio, embora com algumas excepções para os países menos avançados. Moçambique, como um membro da OMC, é obrigado a cumprir as disposições, mas como um país menos avançado tem direito a um tratamento especial, em que a aplicação de determinadas disposições é necessária apenas quando é prestada assistência técnica e financeira por parte dos doadores.
- Moçambique concluiu um processo de " categorização " em 2016 em que atribuiu
uma categoria a cada provisão do acordo - sendo provisões da categoria A aquelas com que o país já está em conformidade e pode implementar logo que o AFC entrar em vigor, provisões de categoria B sendo aquelas que o país precisa de mais tempo para implementar mas que não necessita de recorrer a assistência técnica para tal, e provisões de categoria C sendo aquelas que requerem assistência técnica e
financiamento, bem como o tempo extra.
- Provisão 1.3, ‘serviços de informação’ foi classificada como categoria C, e é a esta
provisão que estes termos de referência se referem.
- Esta provisão estipula que: Cada membro estabelecerá ou manterá, dentro dos limites
dos recursos a que se dispõe, um ou mais serviços de informação para responder aos pedidos de informação razoável aos governos, comerciantes e outras partes interessadas em matéria abrangida no parágrafo 1.1, assim como providenciar os formulários e documentos necessários.
o Os procedimentos de importação, e exportação e trânsito (incluindo os procedimentos
dos portos, aeroportos e outros pontos de entrada) e os formulários e documentos exigidos;
o Os tipos de direitos e impostos de qualquer classe aplicados à importação e à
exportação ou com elas relacionadas;
o Os direitos e custos impostos por ou em nome de organismos governamentais a ou em
relação à importação, exportação ou trânsito ou com elas relacionadas;
o As normas para a classificação ou a valorização dos produtos para efeitos aduaneiros;
o As leis, os regulamentos e as disposições administrativas da aplicação geral
relacionadas com as normas de origem;
o As restrições ou proibições em matéria de importação, exportação ou trânsito;
o As disposições sobre as sanções por infracções das formalidades de importação,
exportação ou trânsito;
o Procedimentos de recurso
o Os acordos ou parte dos acordos com outros países relativos à importação, à
exportação ou trânsito;
o Os procedimentos relativos à administração das quotas e tarifas.
- Actualmente, vários serviços de assistência e fontes de informação existem, mas são
fragmentados e muitos têm capacidade e recursos limitados. Em particular, existe uma rede de ‘Balcões Únicos de Atendimento’ operados pelo Ministério de Indústria e Comercio que prestam apoio ao sector privado, existe também uma linha de suporte que faz parte da janela única electrónica, mas abrange apenas os pedidos directamente relacionados com a janela única e procedimentos aduaneiros - não incluindo, por exemplo informação sobre os requisitos fitossanitários e de licenciamento,
procedimentos de recurso etc. Algumas instituições de licenciamento (por exemplo, o Instituto Nacional de Inspecção do Pescado) têm linhas de apoio destinadas a fornecer respostas sobre questões específicas relacionadas com os produtos individuais, mas, novamente, são limitados em recursos e apoio.
- Foi tomada a decisão que toda a informação exigida pelo AFC devia ser integrada
na informação dos Balcões Únicos, mas não a forma exacta desta integração, que pode ser por exemplo física, virtual, ou uma mistura dos dois.
Actividades
(i) Revisão de Literatura (2 dias)
(ii) Definir, junto com as autoridades, os principais Objectivos e preocupações deste no
âmbito dos serviços de informação, e em particular analisar a categorização finalizada em 2016 e qualquer progresso entre a categorização e o início das actividades desta
consultoria, incluindo assistência técnica já presente neste âmbito. (2 dias)
(iii) Mapeamento dos serviços de informação já existentes e de fontes de informação
relevantes. (5 dias)
(iv) Avaliar o nível de uso e de satisfação dos serviços de informação existentes, e as
necessidades (tipo de informação, modalidade de interacção, percepções de tempo ‘razoável’ para resposta etc.) para um futuro serviço, via consultas com o sector
privado. (5 dias)
(v) Identificar ‘melhores práticas’ neste âmbito (via por exemplo estudos de caso de outros
países). (3 dias)
(vi) Propor opções ao Governo para se chegar a um sistema de Balcões Únicos que esteja
em conformidade com os requisitos do AFC, mas que também responde às necessidades do sector privado e seja apropriado para o nível de recursos disponíveis.
Isto podia ser via serviço de informação único dentro de cada BAU, ou uma série de serviços interconectados sediados em instituições diferentes onde o BAU é ponto de entrada. Atenção deve ser dada aos custos e benefícios de diferentes abordagens, tal como constrangimentos ou barreiras institucionais (por exemplo ligados a estatutos,
responsabilidades etc.). (3 dias)
(vii)Apoiar o Governo em criar/adequar o serviço (ou serviços) de informação ao plano
acordado no número (v), incluindo elaboração de Termos de Referência, proposta de plano de transição institucional (gestão de mudança), orçamento proposto, recolha e sistematização de toda a informação necessária, identificação de necessidades de
formação, etc. (10 dias).
Produtos
- Um breve relatório inicial, mapeando os serviços e fontes de informação existentes,
desafios e constrangimentos, incluindo informação recolhida do sector privado sobre o Sistema actual e necessidades, e considerações iniciais sobre as possíveis opções.
- Facilitação de um encontro com os stakeholders relevantes para discutir o relatório
inicial e obter orientação para o resto do trabalho. (apresentação, breve resumo do encontro)
- Proposta detalhada para a integração dos aspectos relacionados com a facilitação do
comércio, incluindo aspectos práticos como proposta de recursos humanos necessários (incluindo consideração sobre os recursos humanos existentes), arranjos institucionais, um plano de ‘gestão de mudança’ para a transição da situação actual para a proposta, lacunas na informação existente, orçamento e propostas de financiamento, necessidades tecnológicas (por exemplo se é necessário juntar vários sistemas existentes ou se propõe serviços electrónicos como por exemplo serviço de
chat ou email) etc.
- Produção de material para formação de recursos humanos, e facilitação de sessões de
formação. (manuais, apresentações, relatório sobre a formação etc.). .
Documentos Relevantes
- Acordo de Facilitação do Comércio (WTO, 2013)
- O Acordo de Facilitação do Comércio em Moçambique, Categorização e Próximos
Passos (MIC, 2016).
Termos de Referencia
Definição de Estruturas e Procedimentos para Consultas
entre Organismos que Intervêm nas Fronteiras no
Âmbito da Facilitação do Comércio (2.2)
[Aproximadamente 16 dias consultor]Objectivos
Analisar a situação actual no âmbito de interacção e coordenação entre instituições que intervêm nas fronteiras nacionais e os comerciantes, estudar melhores práticas dos outros países neste sentido, e propor uma estrutura institucional e procedimentos que satisfaçam as necessidades nacionais e a provisão relevante do Acordo de Facilitação do Comércio da Organização Mundial do Comércio.
Contexto
- O Acordo de Facilitação do Comércio (AFC), adoptado pelos Estados membros da
Organização Mundial do Comércio em Bali em 2013 estabelece compromissos vinculativos em matéria de medidas de facilitação do comércio, embora com algumas excepções para os países menos avançados. Moçambique, como um membro da OMC, é obrigado a cumprir as disposições, mas como um país menos avançado tem direito a um tratamento especial, em que a aplicação de determinadas disposições é necessária apenas quando é prestada assistência técnica e financeira por parte dos doadores.
- Moçambique concluiu um processo de " categorização " em 2016 em que atribuiu
uma categoria a cada provisão do acordo - sendo provisões da categoria A aquelas com que o país já está em conformidade e pode implementar logo que o AFC entrar em vigor, provisões de categoria B sendo aquelas que o país precisa de mais tempo para implementar mas que não necessita de recorrer a assistência técnica para tal, e provisões de categoria C sendo aquelas que requerem assistência técnica e
financiamento, bem como o tempo extra.
- Provisão 2.2, ‘consultas’ foi classificada como categoria C, e é a esta provisão que
estes termos de referência se referem.
- Esta provisão estipula que: Cada membro proverá, como apropriado, consultas
regulares entre organismos que intervenham na fronteira e os comerciantes ou outras partes envolvidas dentro do território.
- Actualmente, embora existam consultas gerais entre o sector privado (representado
pela CTA) e o Governo, não existe nenhum mecanismo formal ou informal para consultas entre comerciantes e as agências que operam nas fronteiras.
- O trabalho efectuado no âmbito desta consultoria deve tomar em consideração o
trabalho no âmbito de provisão 8 (‘Cooperação entre os organismos que intervém na fronteira’) e possivelmente ser feito em conjunto.
Actividades
(i) Revisão de literatura, incluindo estudos já levados a cabo na região sobre gestão
integrada das fronteiras. (2 dias)
(ii)Definir, junto com as autoridades, os principais Objectivos e preocupações deste no
âmbito de consultas entre as agências que operam nas fronteiras e os comerciantes ou
outros stakeholders, e em particular analisar a categorização finalizada em 2016 e
qualquer progresso entre a categorização e o início das actividades desta consultoria,
incluindo assistência técnica já presente neste âmbito. (2 dias)
(iii) Analisar boas práticas de 2-3 outros países relevantes, e a experiência com outros fóruns em Moçambique no passado (por exemplo o Conselho Superior Técnico
Aduaneiro) e as lições que Moçambique pode aprender destes. (3 dias)
(iv) Analisar iniciativas regionais (por exemplo no âmbito do SADC e a iniciativa de
Gestão Integrada de Fronteiras) de modo a assegurar o alinhamento das propostas
com iniciativas já existentes. (1 dia)
(v) Consultar aos comerciantes para obter informação sobre as perspectivas desses neste
âmbito e em particular o que gostariam de ver num mecanismo de consulta. (2 dias)
(vi) Em conjunto com o Governo, definir um mecanismo de consultas, que pode ser a
adequação de uma estrutura existente em vez da criação de um novo mecanismo, incluindo a definição de assuntos relevantes para consultas, responsabilidades das várias entidades envolvidas, como são organizados (quem define a agenda, quem
convoca etc.), periodicidade, e outros assuntos relevantes. (4 dias)
(vii) Elaborar Termos de Referencia para um fórum de consultas, ou adaptar termos
de referência para um mecanismo existente, com base no que for acordado na alínea
(iv). (2 dias)
Produtos
- Breve relatório inicial com mapeamento da situação actual em Moçambique,
incluindo as práticas actuais de consulta, e perspectivas das instituições do governo relevantes e dos comerciantes, e 2-3 breves estudos de caso de outros países relevantes.
- Relatório ou manual para as consultas que define os procedimentos em detalhe,
incluindo termos de referência para o fórum de consultas (ou, caso seja a decisão de adaptar um mecanismo existente, termos de referência deste mecanismo adaptado para reflectir esta decisão).
Documentos Relevantes
- Acordo de Facilitação do Comércio (WTO, 2013)
- O Acordo de Facilitação do Comércio em Moçambique, Categorização e Próximos
Passos (MIC, 2016).
Termos de Referência
Resoluções Antecipadas (3)
[Mínimo 25 dias consultor] ObjectivosO objectivo principal desta consultoria é de propor opções ao Governo de Moçambique sobre como estar em conformidade com os seus compromissos assumidos com a adopção do Acordo de Facilitação do Comércio, no âmbito da provisão sobre Resoluções Antecipadas, num contexto em que actualmente não é prática os serviços nacionais das alfândegas emitirem resoluções antecipadas. Para tal, será necessário uma análise da situação actual em Moçambique, analise das melhores práticas em outros países, incluindo, caso existam exemplos de boas práticas, nos países lusófonos, e uma análise do contexto legislativo e normativo em Moçambique, apresentando sugestões de alterações necessárias para o país conformar-se com às disposições do Acordo de Facilitação do Comercio.
Contexto
- O Acordo de Facilitação do Comércio (AFC), adoptado pelos Estados membros da
Organização Mundial do Comércio em Bali em 2013 estabelece compromissos vinculativos em matéria de medidas de facilitação do comércio, embora com algumas excepções para os países menos avançados. Moçambique, como um membro da OMC, é obrigado a cumprir com as disposições, mas como um país menos avançado tem direito a um tratamento especial, em que a aplicação de determinadas disposições é necessária apenas quando é prestada assistência técnica e financeira por parte dos doadores.
- Moçambique concluiu um processo de " categorização " em 2016 em que atribuiu
uma categoria a cada provisão do acordo - sendo provisões da categoria A aquelas com que o país já está em conformidade e pode implementar logo que o AFC entrar em vigor, provisões de categoria B sendo aquelas que o país precisa de mais tempo para implementar mas que não necessita de recorrer a assistência técnica para tal, e provisões de categoria C sendo aquelas que requerem assistência técnica e
financiamento, bem como o tempo extra.
- Provisão 3, ‘Resoluções Antecipadas foi classificada como categoria C, e é a esta
provisão que estes termos de referência se referem.
- Esta provisão estipula que: Cada membro emitirá, dentro de um prazo razoável e
determinado, uma resolução antecipada ao solicitante que haja solicitado por escrito que contenha toda a informação necessária. Se um membro negar de emitir uma resolução antecipada notificará ao solicitante por escrito e sem demora os factos pertinentes e a justificação da sua decisão.
- A provisão também define quando é permitido negar de emitir a resolução antecipada,
natureza vinculativa das resoluções antecipadas, e obrigações de publicação de informação sobre o processo e critérios para resoluções antecipadas.
- A provisão divide os pedidos de resoluções antecipadas em que é obrigatório o país
responder (classificação da tarifa e de origem), e aqueles em que os países são
simplesmente ‘encorajados’ a responder.
- Um sistema de resoluções antecipadas é visto por muitos membros da OMC como um
mecanismo importante para facilitar o comércio, providenciando aos comerciantes certeza sobre como os seus produtos serão tratados no momento de importação (principalmente em termos de classificação na pauta aduaneira e classificação de origem), promovendo uniformização de aplicação de procedimentos e normas, e aumentando o nível de confiança entes comerciantes e agentes aduaneiros.
- Um sistema de resoluções antecipadas envolverá vários actividades e abrangerá vários
aspectos do trabalho aduaneiro, e transfere a responsabilidade para informação sobre classificação do despachante para os serviços das alfândegas.
- Actualmente, é o despachante que deve saber qual o tratamento um produto deverá
ter, por exemplo a determinação da origem ou a classificação tarifária a aplicar, mas isso não tem carácter vinculativo, já que são os serviços das alfândegas, no momento de importação que confirmam ou disputam estes.
Actividades
(i) Revisão da literatura. (2 dias)
(ii) Preparar e dar uma formação às instituições e stakeholders relevantes sobre o conceito
e prática de resoluções antecipadas, com base nas boas práticas internacionais e a
experiência de países de referência que já usem este sistema. (3 dias)
(iii) Com base na formação referida na alínea (i), e em consultas com as autoridades
nacionais relevantes, definir, os principais Objectivos e preocupações do Governo e dos comerciantes em relação a resoluções antecipadas, e em particular analisar a categorização finalizada em 2016 e qualquer progresso entre a categorização e o início das actividades desta consultoria, incluindo assistência técnica já presente neste
âmbito. (2 dias)
(iv) Analisar o contexto normativo e legislativo para determinar se existe algum
constrangimento legal aos serviços das alfândegas fornecerem resoluções antecipadas,
e caso sim, propor as alterações necessárias. (2 dias)
(v) Analisar as boas práticas em outros países, e os vários modelos diferentes, de modo a
produzir um ‘options paper’ que propõe diferentes opções para a criação de um sistema de resoluções antecipadas, incluindo a identificação das questões que necessitam de decisão do Governo, o impacto – caso houver – que isso podia ter sobre o uso de despachantes aduaneiros e inspecção pré-embarque, considerações institucionais e
normativas etc. (5 dias)
(vi) Com base no ‘options paper’, facilitar uma discussão com o governo e obter orientação
sobre a opção para implementação. (1 dia)
(vii)Uma vez definido pelo Governo a sua opção preferida para implementação, definir um
plano de mudança institucional detalhado para a criação de um sistema de resoluções antecipadas, incluindo uma análise das necessidades em termos de recursos humanos, formação, equipamento informáticos etc., e um plano de acção com prazos realísticos. Será particularmente importante basear este plano numa análise detalhada da capacidade actual das alfândegas de responderem a solicitações para resoluções
antecipadas, e um plano de formação deve fazer parte do plano de mudança
institucional. (7 dias)
(viii)Apresentação do diagnóstico de necessidades e plano de acção ao governo, e
incorporação de comentários. (3 dias)
(ix) Possivelmente, apoiar na implementação do plano de Accão. (dias a determinar)
Produtos
- Formação sobre Resoluções Antecipadas
- ‘Options paper’ que propõe diferentes opções para a criação de um sistema de
resoluções antecipadas.
- Material para workshop de discussão.
- Relatório com diagnóstico e plano de acção de mudança institucional.
- Material de formação sobre o novo sistema.
Documentos Relevantes
- Acordo de Facilitação do Comércio (WTO, 2013)
- O Acordo de Facilitação do Comércio em Moçambique, Categorização e Próximos
Passos (MIC, 2016).
- WTO TFA Self Assessment Guide (2014).
Termos de Referência
Revisão dos Direitos e Custos para a Importação e
Exportação de Mercadorias, e Avaliação da Sua
Conformidade com as Provisões 6.1 e 6.2 do Acordo
de Facilitação do Comércio.
[Aproximadamente 16 dias consultor]Objectivos
Os objectivos principais desta consultoria são (i) recolher toda a informação sobre direitos e custos para a Importação e Exportação de mercadorias – ou com elas relacionadas, e produzir um guião para comerciantes que define os custos, os objectivos destes, e como são calculados, e (ii) analisar os custos de provisão de serviços de terceiros ligados a importação e exportação, a avaliar se estes estão alinhados com os custos de provisão dos serviços.
Contexto
- O Acordo de Facilitação do Comércio (AFC), adoptado pelos Estados membros da
Organização Mundial do Comércio em Bali em 2013 estabelece compromissos vinculativos em matéria de medidas de facilitação do comércio, embora com algumas exceções para os países menos avançados. Moçambique, como um membro da OMC, é obrigado a cumprir as disposições, mas como um país menos avançado tem direito a um tratamento especial, em que a aplicação de determinadas disposições é necessária apenas quando é prestada assistência técnica e financeira por parte dos doadores.
- Moçambique concluiu um processo de " categorização " em 2016 em que atribuiu
uma categoria a cada provisão do acordo - sendo provisões da categoria A aquelas com que o país já está em conformidade e pode implementar logo que o AFC entrar em vigor, provisões de categoria B sendo aquelas que o país precisa de mais tempo para implementar mas que não necessita de recorrer a assistência técnica para tal, e provisões de categoria C sendo aquelas que requerem assistência técnica e
financiamento, bem como o tempo extra.
- Provisão 6.1 ‘Disciplinas Gerais sobre os direitos e custos estabelecidos para a
importação e exportação ou com elas relacionados’ e provisão 6.2 ‘Disciplinas específicas em emolumentos e custos impostos sobre ou em conexão com a importação e exportação’, foram classificadas como categoria C, e é a estas provisões que estes termos de referência se referem.
- A provisão 6.1 estipula que: Será publicada informação referente a direitos e custos
… esta informação incluirá os direitos e custos que serão aplicados, os motivos para tais direitos e custos, a autoridade responsável e quando e como o pagamento deve ser efectuado. Um período adequado será acordado entre a publicação dos novos direitos ou emendas de emolumentos e custos e a sua entrada em vigor…..
- Actualmente, a pauta aduaneira é publicada e disponível, e existe uma aplicação para
incluindo os aplicados por entidades privados, não existe uma fonte única de informação, com os requisitos apresentados no acordo.
- A provisão 6.2 estipula que: Emolumentos e custos para a tramitação aduaneira
serão limitados em montantes para o custo aproximado aos serviços prestados para a operação de importação ou exportação…..
- Actualmente, este é o caso para custos cobrados pelo Estado, mas é necessário
avaliar se os custos cobrados por privados (por exemplo para serviços portuários ou