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CATEGORIZAÇÃO E PRAZOS PROPOSTOS

5. Categorização e Prazos Propostos

Nesta secção apresenta-se, provisão por provisão, um breve sumário dos objectivos principais da provisão, (quando necessário recorrendo ao Guião de Avaliação de Necessidades da OMC para facilitar a interpretação), bem como a descrição da situação actual da mesma. Onde há questões de interpretação, estes são alistadas, as implicações de diferentes interpretações indicadas, e a decisão tomada indicada com justificação. Onde existem, identificam-se as barreiras ou lacunas para estar em conformidade – ou seja, identifica-se o que teria que mudar para que o país possa estar em conformidade – e a seguir, com base nos elementos acima referidos, propõe-se, uma categoria e um prazo para implementação, e ainda procura-se, quando possível, definir próximos passos.

Esta informação bem como as decisões sobre categorização e prazos foram validadas durante os dois encontros técnicos em Março, mas ainda serão sujeitos a discussão e validação a nível superior. Uma vez validada e acordada a nível superior, deve servir de base para o processo nacional de ratificação, para a notificação à OMC, para o processo de definição de planos de acção para orientar o Governo na implementação de artigos de categoria B e para a definição de termos de referência detalhados para os artigos de categoria C.

Sumário da Categorização Validada a Nível Técnico

De um total de 41 provisões1, 24 foram considerados como categoria A, 7 como categoria B, e 10 como categoria C. Das provisões da categoria B, 6 podem ser implementados num prazo de 1 ano, e uma precisará de 2 anos. Das categorias C, 1 precisará de um ano para implementação, 2 precisarão de 3 anos, e os mais complexos, em número de 7, precisarão de 5 anos para implementação.

Na tabela a seguir, apresenta-se o sumário das categorizações.

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Tabela 1: Sumário da Categorização

No. Provisão Categoria/

Prazo (anos)

1.1 Publicação B1

1.2 Informação disponível por meio de Internet B1 1.3 Serviços de Informação C3

1.4 Notificação B1

2.1 Oportunidade de formular observações, informação antes da entrada em vigor

A

2.2 Consultas C5

3.1 Resoluções Antecipadas C5 4.1 Direito a recurso e revisão A 5.1 Notificações de controlos ou inspecções reforçadas A

5.2 Retenção A

5.3 Procedimentos de teste B1 6.1 Disciplinas gerais sobre os direitos e custos estabelecidos para a

importação e exportação ou com elas relacionadas C3 6.2 Disciplinas específicas em emolumentos e custos impostos sobre ou em

conexão com a importação e exportação

C5 6.3 Disciplinas em matéria de sanções A 7.1 Tramitação pré-chegada A 7.2 Pagamento electrónico A 7.3 Separação entre a entrega e a determinação definitiva dos direitos

aduaneiros, impostos, taxas e custos A

7.4 Gestão de Risco A

7.5 Auditoria pós-despacho aduaneiro A 7.6 Estabelecimento e publicação de prazos médios de entrega B1 7.7 Medidas de Facilitação de Comércio para Operadores Autorizados A 7.8 Envios urgentes C5 7.9 Mercadorias perecíveis A 8 Cooperação entre instituições que intervém na fronteira C5 9 Movimento de Mercadorias Sob Controlo Aduaneiro Destinados a

Importação A

10.1 Formalidades e requisitos de documentação A 10.2 Aceitação de cópias A

10.3 Utilização de normas internacionais B1

10.4 Janela única C5

10.5 Inspecção pré-embarque C5 10.6 Recurso à agentes aduaneiros A 10.7 Procedimentos em fronteira comum e requisitos de documentação

uniforme A

10.8 Mercadorias rejeitadas B 2 10.9 Admissão temporária de mercadorias/ perfeccionamento activo e passivo A 11.1-3 Transito, emolumento ou encargos A 11.4 Transito não discriminatório A

11.5-10 Transito, procedimentos A 11.11 Transito, garantia em forma de caução A

11.12-13 Transito, cooperação e coordenação A 12 Cooperação Aduaneira A 13.2 Comité de Facilitação do Comércio C1

5.2 Análise Detalhada e Fundamentação da Categorização por Provisão

Nesta secção analisa-se e justifica-se as categorizações por provisão. A cada provisão é alocada uma categoria (A, B ou C), e no caso de categorias B e C, um prazo de entre 1 a 5 anos que é a previsão do tempo necessário para a sua implementação.

Artigo 1: Publicação e Disponibilidade de Informação

1.1– Publicação

Este artigo vela pela transparência dos procedimentos aduaneiros, incluindo procedimentos não directamente sob controlo das alfândegas (e.g. licenças fitossanitárias). Exige a publicação de forma não discriminatória de toda a informação relevante.

Situação Actual Grande parte da informação exigida está

disponível no website da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), incluindo informação sobre procedimentos aduaneiros, a pauta aduaneira, legislação, formulários e procedimentos para produtos que precisam de licenças de outras instituições. Só falta publicar informação sobre os mecanismos de recurso, ou seja alínea h) e como existem mecanismos para recurso já definidos na lei (ex: artigo 30 da Lei Orgânica do Tribunal Administrativo). Apesar destes precisarem de ser aprimorados, para esta provisão, é suficiente publicar os mecanismos existentes, que pode ser feito internamente e dentro de 1 ano. Não existe uma única entidade pública responsável pela publicação de toda a informação ligada ao comércio.

Questões de Interpretação A provisão só exige publicação – não tem de ser por internet no entanto, concordou-se que, como o espírito do acordo é facilitar o comércio, não é suficiente que os procedimentos de recurso estejam definidos na legislação e publicados no boletim da república, mas é necessário torná-los facilmente disponíveis, sendo por via da internet o mais prático.

Barreiras/Lacunas Informação sobre procedimentos de recurso.

Proposta de Categoria, Prazo

(Anos) e Justificação “B 1” porque só falta alguma informação de fácil processamento e disponibilização.

Passos Necessários para Conformar

Processar e publicar informação sobre procedimentos de recurso na internet.

1.2– Informação disponível na Internet

Este artigo requer que toda a informação necessária sobre procedimentos de importação, exportação e trânsito esteja disponível na internet, incluindo formulários a preencher, etc. Portanto em termos de análise e próximos passos, esta provisão é idêntica à anterior.

Situação Actual Grande parte da informação exigida está disponível no site da Autoridade tributária, incluindo informação sobre procedimentos aduaneiros, a pauta aduaneira, legislação,

formulários e procedimentos para produtos que precisam de licenças de outras instituições. Só falta publicar informação sobre os mecanismos de recurso, ou seja alínea h) e como existem mecanismos para recurso já definidos na lei (ex: artigo 30 da Lei Orgânica do Tribunal

Administrativo), apesar destas precisarem de ser aprimorados, para esta provisão, é suficiente publicar os mecanismos existentes, que pode ser feita internamente e dentro de 1 ano. Não existe uma única entidade pública responsável pela publicação de toda a informação ligada ao comércio.

Questões de Interpretação A provisão só exige publicação – não tem de ser por internet, no entanto, concordou-se que como o espírito do acordo é facilitar o comércio, não é suficiente que os procedimentos de recurso estejam definidos na legislação e publicados no Boletim da República. Assim, é necessário torná-los facilmente disponíveis, sendo por via da internet o mais prático.

Barreiras/Lacunas Informação sobre procedimentos de recurso.

Proposta de Categoria, Prazo

(Anos) e Justificação “B 1” porque só falta alguma informação que não deve ser muito complicado disponibilizar.

Passos Necessários para Conformar

Publicar informação sobre procedimentos de recurso na internet.

1.3Serviços de informação

Este artigo estabelece a necessidade de uns (ou vários) pontos de informação onde comerciantes podem solicitar informação sobre procedimentos aduaneiros. Estes

pontos de informação devem responder dentro de um prazo ‘razoável’ e não devem cobrar mais do que o custo de fornecimento da informação.

Situação Actual Existe um 'helpdesk' da AT mas só respondem a pedidos de informação directamente ligados a assuntos da responsabilidade das alfândegas. A Janela Única Electrónica só trata de assuntos ligados ao seu funcionamento. Existe um

'helpdesk' do MIC para sector privado mas não é muito funcional nem especificamente relacionado com assuntos de facilitação do comércio. Existe também um ponto nacional de informação para aspectos sanitários e fitossanitários no INNOQ. Portanto, existem elementos que conformam com este artigo, mas há lacunas, por exemplo para produtos que precisam de licenças emitidas por outras instituições. Não existe interligação entre as várias entidades que podem ser

necessárias para responder a todos os pedidos de informação. Os serviços de informação não são cobrados.

Questões de Interpretação Não é obrigatório que seja um ponto único, desde que a informação seja providenciada de forma atempada2. O serviço de informação (ou os serviços de informação) deve(m) funcionar ‘dentro dos limites dos recursos’ disponíveis e as respostas devem ser dadas ‘em tempo razoável’. No entanto, considera-se que o ideal seria operacionalizar o e-BAU, juntando toda a informação relevante e formando o pessoal de atendimento afecto a estes serviços de modo a tornar o e-Baú verdadeiramente único.

Barreiras/Lacunas Integração dos vários serviços de informação, e sistematização de informação facilmente acessível para aspectos não relacionados com alfândegas (ou seja, não já no helpdesk da AT).

Proposta de Categoria, Prazo “C 3” porque será necessário apoio para a recolha de toda a informação e a sua integração num

2

(anos) e Justificação banco de dados ou sistema único, ou ligação de vários bancos de dados de diferentes instituições e formação dos funcionários.

Passos Necessários para Conformar

Assistência técnica para a sistematização e integração da informação e formação dos técnicos. Pode ser necessário também rever o enquadramento institucional (o ideal seria que uma instituição fosse responsável para responder a todas as questões, em nome do governo).

1.4Notificação

Este artigo exige que os Estados-membros informem a OMC sobre a localização da informação sobre procedimentos aduaneiros (websites, serviços de informação etc.).

Situação Actual A informação está espalhada em diferentes publicações e websites, e há lacunas que precisam ser preenchidas.

Questões de Interpretação Não está claro que é preciso ter toda a informação disponível antes de notificação – presume-se que seria possível notificar dos

websites onde será incluída a informação.

Barreiras/Lacunas Inclusão dos elementos em falta para 1.1 e 1.2 e decisão sobre serviço de informação no 1.3.

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “B 1” assumindo que se notifica depois de resolver lacunas de 1.1 e 1.2 e depois de tomada de decisão sobre 1.3.

Passos Necessários para Conformar

Inclusão de informação para 1.1 e 1.2 e

designação de serviços de informação confirme 1.3. Depois, proceder à notificação oficial.

Artigo 2: Oportunidade de Formular Observações, Informação antes da Entrada em Vigor e Consultas

2.1 Oportunidades de formular observações, informação antes da entrada em vigor

Este artigo estabelece a necessidade de dar oportunidade aos comerciantes participarem no processo de formulação de políticas sobre o comércio, criando espaço para comentários destes sobre propostas de leis, regulamentos, decretos etc., e uma vez aprovados, disseminando estes o quanto mais cedo possível antes da sua entrada em vigor.

Situação Actual Há consultas regulares com o sector privado de forma ad-hoc, e também formalmente via diálogo público-privado liderado pelo Primeiro-ministro onde o CTA representa o sector privado.

Portanto, considera-se que já existem

mecanismos suficientes para consultas. Aliás, o sector privado é que impulsiona grande parte de alterações na legislação ou procedimentos, daí que considera-se em conformidade com esta provisão. Leis e regulamentos relevantes são publicados (por exemplo no boletim da república, no website da AT e via circulares aos

despachantes).

Questões de Interpretação O artigo é bastante vago sobre a ambição das consultas (‘à medida do praticável e de maneira compatível com o seu direito e sistema jurídico’) e não define qual o prazo que se deve dar para consultas antes da entrada em vigor de alguma modificação a legislação, no entanto, considera-se que há bastantes fóruns para tais consultas, e é prática que haja consultas antes de qualquer alteração à legislação (sendo muitas vezes que quaisquer alterações surgem das preocupações do sector privado).

Barreiras/Lacunas Nenhumas.

(anos) e Justificação consultas menos formais.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum.

2.2 Consultas

Este artigo estabelece a necessidade de consultas regulares entre os organismos que intervém na fronteira, e entre estes e os comerciantes/outros stakeholders de modo a melhorar a coordenação e comunicação.

Situação Actual Não existem consultas regulares entre organismos que intervêm na fronteira e os comerciantes ou outras partes envolvidas dentro do território. A gestão das fronteiras é integrada na medida em que ocorrem consultas ad-hoc entre as instituições representadas, sobretudo, nos momentos de muito movimento durante a quadra festiva. No âmbito da SADC está a ser discutido a criação de uma 'Autoridade de Fronteira'.

Questões de Interpretação O guião de apoio da OMC indica que este artigo incide sobre ‘todas as agências da fronteira’ com o objectivo de ‘obter as perspectivas dos

comerciantes e outros stakeholders sobre os assuntos que lhes dizem respeito. Esta medida pretende facilitar a disseminação de informação e um diálogo inclusivo sobre politicas comerciais – i) entre o governo e as agências da fronteira, ii) entre as várias agências da fronteira, e iii) entre as agências da fronteira e os comerciantes. Mais, salienta que a medida pretende resolver a questão de pouca coordenação e comunicação nas

fronteiras entre diferentes stakeholders e a não-inclusão dos comerciantes na definição de políticas. Foram consideradas não suficientes para conformidade as consultas ad hoc nas

fronteiras ou as consultas gerais Governo-Sector privado.

Barreiras/Lacunas A existência de um mecanismo para promover essa coordenação e consulta.

Proposta de Categoria, Prazo

(anos) e Justificação “C 5”. Embora esta provisão só requeira que haja coordenação e consultas regulares, qualquer alteração no actual modus operandi poderá ter impacto sobre os mandatos das várias agências. Por isso, considera-se necessário apoio técnico e financeiro, o que poderá durar alguns anos para se concretizar. Seria bom ter um consultor para rever boas práticas nos outros países e propor qual o melhor mecanismo em Moçambique. Podia também desenhar TdR para o mecanismo proposto.

Passos Necessários para

Conformar Assistência técnica para definir boas práticas e opções para Moçambique. Provavelmente alteração dos estatutos/responsabilidades de algumas agências.

Artigo 3: Resoluções Antecipadas

Este artigo pretende assegurar que um comerciante, antes de importar, pode receber informação das alfândegas, que é juridicamente vinculativa (ou seja, é um compromisso legal) sobre o tratamento que a sua mercadoria receberá das alfândegas, por exemplo a classificação na pauta aduaneira e sobre a origem. Significa que as alfândegas deverão, quando solicitado, fornecer uma decisão, por escrito, sobre estes aspectos, dentro de um prazo razoável e válido por um período razoável. Devem também informar ao comerciante, por escrito, caso recuse (evocando as razões) ou se altere/revogue uma resolução antecipada. O governo deverá publicar os procedimentos para as resoluções antecipadas.

Este artigo pretende resolver o problema de decisões inconsistentes em fronteiras diferentes ou até entre diferentes agentes das alfândegas, o que cria incerteza do comerciante sobre o tratamento que vai receber e as tarifas a pagar. Pretende

reduzir disputas entre comerciantes e alfândegas e tornar o processo de importação mais célere.

Situação Actual Não existe um mecanismo para emitir uma decisão prévia que seja juridicamente vinculativo. O despachante tem obrigação de poder

interpretar as regras, mas o comerciante não tem a segurança de uma decisão formal e legal antes da transacção.

Questões de Interpretação O artigo ‘obriga’ resoluções antecipadas para classificação tarifária e origem. E ‘encoraja’ resoluções antecipadas para outros aspectos, incluindo

i. Método apropriado ou critério, e a aplicação a ser utilizada, para determinar o valor aduaneiro em relação a um determinado conjunto de factos;

ii. A aplicabilidade das prescrições do Estado-membro em matéria de alívio ou isenção aduaneira;

iii. A aplicação das prescrições do Estado-membro em matéria de quotas, incluindo tarifas de quotas; e

iv. Qualquer outra matéria adicional sobre a qual o Estado-membro considera apropriada a emissão de uma resolução antecipada.

Barreiras/Lacunas A inexistência deste tipo de mecanismo na lei ou na prática.

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “C 5”, porque necessita alteração da legislação e antes de isso estudar profundamente as implicações, ferramentas para implementação, e sistemas de outros países.

Passos Necessários para

Conformar Assistência técnica para aprofundar o conhecimento sobre esta provisão e entender as práticas em outros países, e propor um

de alterações nas responsabilidades das alfandegas e/ou tribunal aduaneiro.

Artigo 4: Procedimentos de Recurso ou de Revisão

Este artigo estabelece os direitos dos comerciantes obter revisão e correcção de decisões tomadas pelos oficiais das alfândegas ou outros oficiais de outras agências nas fronteiras, via recurso administrativo e/ou judicial.

Situação Actual Existe um departamento de contencioso das alfândegas que lida com recursos administrativos. Existe a possibilidade de se recorrer a uma

decisão administrativa, do tribunal administrativo. Foi criado há pouco tempo o tribunal aduaneiro, para decisões judiciais mas não lida com recursos dos comerciantes, mas sim do Estado. É

‘encorajado’ pelo acordo que o processo de recurso não seja limitado a decisões das alfândegas mas também outras agências que intervêm na fronteira. O Decreto 4/2000 de 17 Marco estabelece um conselho técnico presidido pelo Director geral das alfândegas com

representantes de MIC, BdM, representantes dos despachantes e caixeiros despachantes,

representantes das entidades responsáveis pela inspecção pré-embarque, e a entidade que pediu o recurso, como convidada.

Questões de Interpretação O sistema actual de recurso tem fraquezas, dado que obriga os comerciantes a esgotar o recurso técnico antes de um recurso judicial. No entanto, o acordo permite isso, pelo que considera-se em conformidade, mas com necessidade de maior ambição na defesa dos direitos dos comerciantes (por exemplo via acesso ao tribunal aduaneiro) que pode ser levado a frente com outras iniciativas.

Barreiras/Lacunas Nenhumas

Proposta de Categoria e Prazo “A”, porque embora o sistema de recursos possa ser melhorado, o que o país oferece (recurso

(anos) administrativo primeiro e depois judicial), está conforme.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum para conformidade com o acordo, mas considera-se necessário avaliar como o tribunal aduaneiro pode ter um papel mais forte em assegurar um processo de recurso célere e justo

para o sector privado.

Artigo 5: Outras Medidas Para Aumentar a Imparcialidade, Não Discriminação e Transparência

5.1 Notificações de controlos ou inspecções reforçadas

Este artigo estabelece os procedimentos para emissão de notificações ou orientação para as autoridades com vista a reforçar os controlos e inspecções sobre as mercadorias importadas, principalmente produtos alimentares, bebidas e alimentos.

Situação Actual Existe um sistema de notificações, gerido pelo MASA. A Direcção Geral das Alfandegas é notificada em situações específicas. O sistema para notificações para entidades internacionais é electrónico e padronizado. O sistema interno pode ter algumas fraquezas mas é funcional, e cumpre com os critérios definidos no acordo.

Questões de Interpretação Este artigo estabelece as regras para países que tem

um sistema de notificações de controlos ou inspecções reforçadas. Portanto, se um país tem, deve aplicar

as regras, mas se não tem, não há obrigatoriedade da sua introdução.

Barreiras/Lacunas Nenhumas.

Proposta de Categoria e Prazo

(anos) “A”, porque o sistema existe e está conforme. Passos Necessários para

5.2 Retenção

Este artigo refere a casos em que mercadoria fica retida pelas alfândegas, por exemplo, por motivos de saúde, segurança etc.

Situação Actual Se algum produto é retido, o comerciante ou o seu representante é informado de imediato.

Questões de Interpretação Nenhumas

Barreiras/Lacunas Nenhumas

Proposta de Categoria, Prazo (anos) e Justificação

“A”, porque o que está previsto já é prática normal.

Passos Necessários para

Conformar Nenhum.

5.3 Procedimentos de teste

Este artigo define os procedimentos para um comerciante obter um ‘segundo teste’ quando um teste feito na chegada da mercadoria mostrar resultados negativos para o comerciante. Estados-membros devem publicar uma lista de laboratórios que podem ser usados pelos comerciantes (e cujos resultados serão reconhecidos) ou fornecer a lista aos comerciantes que pretendem efectuar um segundo teste.

Situação Actual Não existe uma lista de laboratórios acreditados ou reconhecidos pelas entidades relevantes para efeito de 2º teste. Na prática, qualquer laboratório acreditado internacionalmente é aceite – mas este facto não está explicitamente definido em algum sítio facilmente acessível (por exemplo o site da JUE). No entanto, como parte de um processo de recurso, podia ser possível um comerciante pedir um segundo teste. A Lei Geral Tributaria (Decreto 19/2005) permite o contraditório pelo que existe a possibilidade de recurso ao segundo teste, caso o agente de comércio externo não concorde com os resultados apresentados pela

Intertek (entidade que presta assistência técnica às Alfandegas nesta área).

Questões de Interpretação Este artigo tem ambição bastante limitada. Diz que um Estado-membro ‘poderá’ conceder uma oportunidade para um segundo teste, e

‘considerará’ o resultado do segundo teste. Portanto parece suficiente para estar em

conformidade ter isto definido na lei e compilar a lista de laboratórios reconhecidos. Nota que o AFC não exige laboratórios nacionais capazes de fazer os testes, basta indicar os laboratórios

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