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ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DAS ÁREAS VERDES PÚBLICAS DA CIDADE DE ALFENAS-MG

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Academic year: 2021

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ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DAS ÁREAS VERDES PÚBLICAS DA CIDADE DE ALFENAS-MG

Gustavo Andrade Godoy¹ e Marta Felícia Marujo Ferreira²

gugodoy@yahoo.com.br, martafelicia@uol.com.br

¹Graduando em Geografia Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Federal de Alfenas-Bolsista IC - FAPEMIG

²Professora Doutora da Universidade Federal de Alfenas Palavras-Chave: áreas verdes; Alfenas-MG

INTRODUÇÃO

Com o crescimento das cidades, as áreas verdes estão desaparecendo da paisagem urbana, intensificando os problemas ambientais e de conforto térmico especialmente nos centros urbanos. São inúmeras as vantagens de espaços verdes nas cidades, os quais proporcionam a melhoria micro climática, o equilíbrio do ciclo hidrológico, controlando a poluição atmosférica, sonora, hídrica e visual.

No âmbito social, a arborização ajuda na construção da conscientização ambiental da população e também ameniza os bolsões de pobreza. Além disso, destaca- se ainda, que a vegetação deve ser distribuída de maneira uniforme na cidade visando à eficácia ecológica e sócio-econômica.

Este trabalho tem como finalidade o diagnóstico das estruturas e estado de conservação das praças e parques da cidade e, posteriormente, um mapeamento das áreas verdes da cidade de Alfenas, através do cálculo do índice de áreas verdes por habitantes (IAVH).

OBJETIVOS - Geral

Realizar um diagnóstico das atuais estruturas e estados de conservação de praças e parques de Alfenas.

- Específicos

Fotointerpretar e quantificar as áreas verdes na cidade, relativo a praças e parques METODOLOGIA

Inicialmente, é necessário discutir o que será contabilizado como áreas verdes.

Na literatura pertinente ao tema da presente pesquisa, diversos autores trazem definições

distintas sobre o que considerar como área verde. A definição que orienta este estudo é

oferecida por Demattê (1997), que define: ”áreas verdes” acabam por ser um vocábulo

que exprime diversos tipos de locações urbanas que têm em comum o fato de serem

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abertos e acessíveis à população, correlacionando-se à saúde e recreação, tanto ativa quanto passiva, proporcionando interação de atividades antrópicas com o meio ambiente.

Será levado em conta no estudo, apenas áreas verdes que estão disponíveis à população, deixando áreas privadas à margem da quantificação e qualificação. Destarte, é passível de classificação como área verde no perímetro urbano de Alfenas, locações como: praças, parques, canteiros centrais ajardinados, parque infantil, bosques, jardins, entre outros, desde que sejam espaços públicos e estejam exercendo suas funções. De acordo com Guzzo (2007) as principais funções são: fornecer lazer a população, diversificar flora e fauna locais, contribuir para a melhoria climática, hídrica e do solo, estar a disposição de estudos e atividades extra-classe e também servindo para a criação de conscientização ambiental populacional.

Para se avaliar o estado de conservação de áreas verdes devem-se observar alguns aspectos, como os referidos por Costa (2006) em estudo realizado na cidade de Manaus. Alguns destes semblantes seriam, por exemplo, o tipo de piso do local, podendo ser de terra, concreto, gramado entre outros, sendo importante na analise deste ponto o grau de infiltração da área. Outro aspecto a ser abordado é se há algum tipo de invasor, ou seja se conjuntamente com esta praça ou parque reside determinado tipo de estabelecimento, como uma igreja, indústria ou comércio. Um terceiro ponto de suma importância é a espécie de vegetação encontrada na locação: arborização nativa ou plantada, forrações pisoteáveis, arbustos ou árvores isoladas ou em pequenos grupos.

O estudo irá quantificar e qualificar apenas as áreas verdes que residem no perímetro urbano de Alfenas, entre as coordenadas de 21°25’30” - 21°25’26” de latitude Sul e 45°56’33”- 45°56’53” de longitude Oeste.

Como materiais, são utilizadas: carta topográfica de Alfenas na escala 1:50.000 do IBGE, Planta cadastral de Alfenas digital na escala 1:1.000 e Fotografias Aéreas na escala 1:6.000. Esta documentação cartográfica foi útil para a localização e mapeamento das áreas verdes. Para a qualificação de tais áreas, se faz necessária a aplicação de formulário, in loco, para análise avaliativa das atuais estruturas e o estado de conservação dos equipamentos disponíveis nestas áreas. O formulário foi construído com base em Costa (op. cit.).

RESULTADOS PRELIMINARES

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Até o presente, foram mapeadas 15 áreas verdes, sendo que 12 são praças, uma praça acoplada a um parque infantil, um parque infantil e uma praça que também se configura como canteiro central ajardinado. A praça Fausto Monteiro, localizada na Rua Dr. Marcial Júnior, está em reforma, portanto, não foi avaliada.

Para avaliação destas praças foram contabilizadas os tipos de equipamentos, os elementos de vegetação, o tipo de piso predominante, os equipamentos de serviço e lazer, monumentos arquitetônicos, além de avaliar a iluminação e o estado de conservação destes locais.

Os tipos de piso encontrados nas áreas verdes foram: terra nua, piso hidráulico, gramado, concreto, asfalto, terra com vegetação e areia. Entretanto, para a avaliação de tais áreas foi levado em conta apenas o piso predominante. Destarte, os tipos de piso mais encontrados foram piso hidráulico, em 5 áreas (33,3%), e gramado, também em 5 locações (33,3%). Em seguida, tem-se o concreto, em 3 áreas verdes (20%), e por último, a terra nua e areia, ambos residindo predominantemente em 1 área verde cada (7% areia; 7% terra nua).

Entre os elementos de vegetação foram encontrados: forrações pisoteáveis, árvores isoladas ou em pequenos grupos e vegetação natural ou plantada. Para o atual artigo, levou-se em consideração apenas os elementos de vegetação predominantes.

Deste modo, o elemento com maior frequência observado foi vegetação natural ou plantada, predominando em 9 áreas verdes (60%). Na seqüência, aparecem as árvores isoladas ou em pequenos grupos em 4 locações (26,67%). A terceira maior frequência foi das forrações pisoteáveis, em 2 áreas verdes (13,33%).

Um ponto a ser destacado é que nenhuma área verde mapeada é desprovida de vegetação. Todas apresentam um ou mais tipos de vegetação.

Entrando no cerne da disponibilização de tais áreas para a população, foram quantificados os equipamentos de serviço e lazer. No que tange aos equipamentos de serviço, apenas 2 áreas verdes (13,33%) não apresentam nenhum tipo de equipamento desta natureza. As outras 13 áreas (86,67%) apresentam, no mínimo, um tipo de equipamento. Os equipamentos oferecidos em maior número são telefones públicos, em 12 áreas (80%), e pontos de ônibus, que são observados em 10 áreas verdes (66,67%).

Outro tipo de equipamento de serviço oferecido são as lixeiras, em 6 locações (40%).

Levando-se em conta a importância de se ter lixeiras disponíveis para manutenção da

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limpeza das áreas verdes, o número de locais que disponibilizam o equipamento é bastante diminuto, o que explica a alta incidência de lixo espalhado por diversas praças visitadas.

Os pontos de táxi aparecem em 5 áreas verdes diferentes (33,33%). Bancas de jornais residem em 4 locais distintos ( 26,67%). Os carrinhos de lanche aparecem em 3 áreas (20%). Ressalta-se que nenhuma praça apresenta guarita, o que implica em falta de segurança das áreas verdes alfenenses. Também não é disponibilizado serviço de correio em nenhuma locação visitada.

Em relação aos equipamentos de lazer, que incluem bancos, quadras, parques infantis, etc., contabiliza-se que apenas uma área verde não apresenta nenhum tipo de equipamento de lazer, a Praça/Canteiro central ajardinado Alfredo Leite da Silva. O equipamento que incide com maior frequência são os bancos, 14 áreas verdes apresentam bancos (93,33%). Três locações verdes (20%) comportam algum tipo de playground, como mesa para xadrez ou brinquedos infantis. Nenhum outro tipo de equipamento de lazer foi encontrado nas áreas verdes trabalhadas in loco.

No que diz respeito aos monumentos e elementos arquitetônicos, 9 praças (60%) apresentam algum tipo destes elementos. São objetos desta natureza cruzes religiosas, bustos em homenagem, relógios e termômetros. 6 áreas (40%) não apresentam nenhum monumento.

Avalia-se agora a iluminação das praças de Alfenas. Foram observados a quantidade de iluminadores e a densidade da copa das árvores. A avaliação comporta 4 classes: Muito boa, boa, razoável e ruim. Destarte, 5 áreas verdes apresentam iluminação muito boa (33,33%), 3 são classificadas como boa (20%), 2 como razoável (13,33%) e 5 áreas tem sua iluminação tida como ruim (33,33%).

Entrando no escopo do estado de conservação das áreas verdes, classificou-se estas em 4 classes: muito bom, bom, razoável e ruim. Foram observados o manejo da vegetação, o lixo espalhado pela praça e o estado de conservação dos equipamentos como bancos, lixeiras e telefones públicos. Quatro áreas foram classificadas em muito

bom estado de conservação (26,67%). Três locações tiveram seu estado de conservação

como bom (20%). Cinco áreas tem a conservação razoável (33,33%). Por fim, 3 áreas verdes apresentam um estado de conservação ruim (20%).

Ressalta-se que as praças (Getúlio Vargas, Emílio da Silveira, Tereza de

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Carvalho e o Parque Infantil Maristela e Maísa Miranda da Silva) que apresentam estado de conservação muito bom se alojam no centro de Alfenas; e praças em estado de conservação ruim, como a Praça Santos Reis, reside em bairro de classe baixa, no bairro homônimo da praça. Isto revela uma má distribuição qualitativa das manchas verdes de Alfenas, sendo que o centro detém melhor infra estrutura que os bairros periféricos.

Conclui-se, portanto, que o número de áreas verdes públicas de Alfenas, que tem a população ultrapassando os 70 mil habitantes, é bastante baixo. As praças e parques que apresentam melhores estados de conservação e maior número de equipamentos de serviço residem no centro. De um modo geral, foi encontrado muito lixo, devido à falta de lixeiras e falta de conscientização da população. Algumas praças demonstram pichações e bancos depredados. Também, em algumas locações há falta de manejo da vegetação, o que contribui para aparição de vetores de doenças.

A pesquisa se encontra em fase de desenvolvimento. Com a continuidade desta será calculado o índice de habitantes por áreas verdes de Alfenas (IAVH). É importante ressaltar que este trabalho faz parte de um projeto de Iniciação Científica, que foi contemplado com bolsa da Fapemig (Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais), em março do corrente ano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, L.A. Avaliação das áreas verdes públicas da cidade de Manaus: situação em 1991. Caminhos de Geografia, v. 6, n. 19 out/2006, p. 1 – 10.

DEMATTÊ, M.E.S.P. Princípios de paisagismo. 3° Ed. Série Paisagismo 1, Unesp, Funep Fundação de Apoio a Pesquisa, Jaboticabal, 1997.

GUZZO, P. 2007. Áreas Verdes Urbanas. Disponível em

http:/educar.sc.usp.br/biologia/prociencia/areasverdes.html .Consultado em 20/11/2007.

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