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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MURILO VALENTE AMORIM

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

MURILO VALENTE AMORIM

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO: OS BENEFÍCIOS DO USO DE FERRAMENTAS DE ROTEIRIZAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA NA CIDADE DE

TERESINA-PIAUÍ.

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MURILO VALENTE AMORIM

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO: OS BENEFÍCIOS DO USO DE FERRAMENTAS DE ROTEIRIZAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA NA CIDADE DE

TERESINA-PIAUÍ.

Trabalho de conclusão de Curso – TCC, apresentado ao Centro Universitário UNINOVAFAPI, como requisito para obtenção de título de Bacharel em Engenharia de Produção.

Orientador: Prof. Esp. Francisco Silva de Moura

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FICHA CATALOGRÁFICA

Catalogação na publicação Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035 Francisco Renato Sampaio da Silva – CRB/1028 A524l Amorim, Murilo Valente.

Logística de distribuição: os benefícios do uso de ferramentas de roteirização em uma indústria metalúrgica na cidade de Teresina-PI / Murilo Valente Amorim. – Teresina: Uninovafapi, 2018.

Orientador (a): Prof. Esp. Francisco Silva de Moura; Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018.

54. p.; il. 23cm.

Monografia (Graduação em Engenharia de produção) – Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.

1. Custo. 2. Logítica. 3. Transporte. 4. Distribuição. 5.

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MURILO VALENTE AMORIM

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO: OS BENEFÍCIOS DO USO DE FERRAMENTAS DE ROTEIRIZAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA NA CIDADE DE

TERESINA-PIAUÍ.

Trabalho de conclusão de Curso – TCC, apresentado ao Centro Universitário UNINOVAFAPI, como requisito para obtenção de título de Bacharel em Engenharia de Produção.

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AGRADECIMENTOS

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Não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto de alcançar sucesso, do que a introdução de uma nova ordem. Pois a inovação tem como inimigos todos aqueles que prosperam sob condições antigas.

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RESUMO

Os custos das atividades de transporte de mercadorias representam a maior parte dos custos logísticos das empresas. A gestão desse setor procura opções para melhorar a agilidade do transporte e redução do custo logístico dessas atividades, com novas tecnologias e ferramentas inovadoras, dentre essas ferramentas, situa-se a roteirização. O presente trabalho busca evidenciar as principais utilizações e benefícios que uma ferramenta de roteirização pode trazer para as atividades de transporte e distribuição de mercadorias à uma empresa. O estudo também tem a finalidade de criar uma aplicação prática, onde serão elaboradas algumas rotas, com a contribuição de um método de roteirização, e estabelecer uma comparação com as rotas já elaboradas pela empresa em estudo. Para a realização deste trabalho foram utilizados métodos como pesquisa documental, estudo de caso e observação participante, onde, foram colhidas informações reais do modo de distribuição da empresa observada. Foram gerados gráficos e tabelas relativos à análise do processo. Após análise desses dados evidenciou a viabilidade do uso dessa ferramenta e concluiu-se que existe um potencial para utilização de tecnologias de informação capazes de otimizar as operações de distribuição de produtos acabados, por meio de soluções que forneçam diferenciais competitivos, sobretudo, pela agilidade e redução de custos logísticos.

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ABSTRACT

Costs of freight transport activities account for the lion's share of logistics costs. The management of this sector looks for options to improve transportation agility and reduce the logistic cost of these activities, with new technologies and innovative tools, among these tools, is the routing. The present work seeks to highlight the main uses and benefits that a routing tool can bring to the transport and distribution of goods to a company. The study also has the purpose of creating a practical application, where some routes will be elaborated, with the contribution of a method of routing, and establish a comparison with the routes already elaborated by the company under study. In order to perform this work, we used methods such as documentary research, case study and participant observation, where real information was collected on the mode of distribution of the observed company. Graphs and tables related to the process analysis were generated. After analyzing these data, the feasibility of the use of this tool was verified and it was concluded that there is a potential for the use of information technologies capable of optimizing the operations of distribution of finished products, through solutions that provide competitive advantages, above all, for the agility and reduction of logistics costs.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fluxos no canal de distribuição ... 22

Figura 2: Ligações alternativas entre depósito e dois pontos quaisquer... 24

Figura 3: Padrão tipo “gota” para roteiros ótimos. ... 27

Figura 4: Formação de rota no Google Maps. ... 31

Figura 5: Formação de rota no MinhasRotas... 32

Figura 6: Alguns produtos fabricados pela indústria ... 37

Figura 7: Áreas de atuação da marca ... 37

Figura 8: Fluxo de distribuição da empresa... 40

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Funcionalidades em relação ao modelo de roteirização manual adotado pela

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 14 1.1 Delimitação do Tema... 16 1.2 Problema de pesquisa ... 17 1.3 Objetivos ... 17 1.3.1 Objetivo Geral ... 17 1.3.2 Objetivos Específicos ... 18 1.4 Justificativa ... 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 19 2.1 Logística ... 19 2.2 Logística Empresarial ... 21 2.3 Distribuição Física ... 21 2.4 Análise de Rotas ... 24 2.4.1 Roteirização de Veículos ... 25

2.4.2 Problemas básicos de Roteirização ... 28

2.4.3 Softwares para Roteirização ... 30

3 METODOLOGIA ... 34

3.1 Definição da metodologia ... 34

3.2 Coleta dos dados ... 35

3.3 Tratamento dos dados ... 35

4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ... 36 4.1 Foco de aplicação ... 36 4.2 Aspectos da empresa ... 36 4.3 Atividade econômica ... 36 4.4 Mercado consumidor ... 37 4.5 Apresentação do Processo ... 38

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 39

5.1 Processo de distribuição física da empresa... 39

5.2 Processo de roteirização ... 40

5.3 Simulação de uma roteirização realizada pelo RoutEasy ... 42

5.4 Análise dos dados após simulação... 44

5.5 Comparativo de roteirização ... 44

5.6 Análise dos dados ... 45

6 CONCLUSÃO ... 48

REFERÊNCIAS ... 50

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14 1 INTRODUÇÃO

Em função das mudanças ocorridas nos últimos anos, a logística aumentou sua importância, com a introdução de uma nova ordem mercadológica, isto é, estamos diante de uma nova postura em relação ao processo de decisão de compra, onde as características técnicas dos produtos perderam sua capacidade total de atrair o consumidor final, ele está menos suscetível aos apelos da marca e passa a valorizar o conjunto de atributos oferecidos junto ao produto que estão de acordo com suas específicas necessidades. Fatores como disponibilidade, suporte técnico pós-venda e prazo de entrega passaram a ser, em muitos mercados, mais importantes que o próprio produto. A logística passou a ser enxergada como arma estratégica na criação de valor, por conceder que produtos anteriormente sem diferenciação pudessem se destacar pelo serviço logístico. (ARBACHE, 2011)

Em outro momento, o referido autor ainda afirma que o escopo da logística é muito amplo, envolve cada vez em maior grau de importância a gestão das muitas informações relevantes ao processo de planejamento execução e controle do fluxo de armazenamento de produtos além de todos os serviços associados e tornou-se muito importante, pois ela pode ser a chave para uma estratégia empresarial de sucesso, promovendo uma multiplicidade de maneiras para diferenciar a empresa da concorrência através de um serviço superior ou, ainda, por meio de interessantes reduções de custo operacional.

E dentre os ramos da logística destaca-se a distribuição física, pois, conforme Ballou (2015), de alguma forma, nenhuma empresa moderna pode funcionar sem lidar com a movimentação de seus produtos acabados ou de suas matérias primas, logo, a atividade logística mais importante na maioria das empresas é o transporte (mais popularmente rodoviário, ferroviário e aeroviário) já que em média as atividades de transporte consomem de um a dois terços dos custos logísticos. Assim, essas atividades se tornam primordiais no mercado atual. Sua importância pode ser percebida com clareza, por exemplo, quando há greve ferroviária nacional ou greve de carreteiros quando paralisam suas atividades por conta de aumentos de combustíveis, consequentemente, os mercados não conseguem ser atendidos e os produtos permaneceriam nos canais de distribuição para deteriorarem-se. Tais eventos afetam a normalidade do funcionamento social à um nível nacional, e faz-se comum denominá-los de desastre nacional.

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15 reduzir os estoques e agilizar o manuseio, transporte e Distribuição de seus produtos. Também deve-se levar em consideração a concorrência entre as empresas onde é exigido melhores níveis de serviço no atendimento aos clientes. E por outro lado, pelo o motivo de que o esquema produtivo está tendendo à diversificação da produção. Alguns problemas comuns no Brasil, envolve desde o planejamento e projeto dos sistemas de frota, depósitos, coleta, transferência, distribuição, etc, até sua operação e controle. (ALVARENGA; NOVAES, 2000).

A logística de distribuição física tem importância elevada, devido a esse processo basear-se no fato de que muitas vezes essa é a única avaliação de serviço notada pelos clientes da empresa distribuidora de bens. Ou por outra forma, podemos considerar que muitas vezes o agente responsável pelo transporte é o único elo entre vendedor e comprador, como podemos evidenciar no comércio eletrônico. Com a eficiente gestão dos canais de distribuição, muitas vezes chamadas de marketing, a percepção do valor agregado pela empresa pode ser maior ou menor, e contribuir significativamente para retenção de clientes e posicionamento da marca da empresa no mercado diante da concorrência. (ARBACHE, 2011)

Segundo o engenheiro e professor de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina, Antonio Galvão Novaes (2007, p. 241), a distribuição física, tem como meta ideal, “levar os produtos certos para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível”.

Nesse contexto, a Engenharia de produção está associada à Logística. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), A Engenharia de Produção, quando focado no sistema produtivo e nas dimensões do produto, conduz-se vigorosamente com as ideologias de projeção de produtos, viabilização de produtos, projeção de sistemas produtivos, viabilização de sistemas produtivos, planejar a produção, produção e distribuição de produtos que a sociedade tem interesse. Dentre as áreas de atuação do Engenheiro de Produção situa-se a Logística e sua subárea a Distribuição Física.

O transporte é um elemento que operacionaliza o processo de distribuição. Segundo Ballou (2015), juntamente com os custos de produção, vendas e outros, o transporte é um dos componentes de custo que compõe o custo agregado do produto. Conforme o transporte se torna mais eficiente e oferece melhor desempenho, a sociedade beneficia-se de melhor padrão de vida.

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16 disponível na data exata em que se precisa dele, poderá gerar perda de venda, insatisfação do cliente ou parada da produção. (ARBACHE, 2011)

Imaginando uma rodovia, observamos vários meios de transporte em movimento e assim percebemos a enorme presença de variadas rotas estabelecidas, pois toda a movimentação está pretendida a um destino. Segundo Novaes (2007), diariamente, milhares de veículos são roteirizados distribuindo diferentes tipos de produtos e respeitando a diferentes especificações. Vários exemplos de aplicações práticas podem ser mencionadas, como: entrega em domicílio, de produtos comprados nas lojas de varejo ou internet; distribuição de CDs para lojas de varejo; distribuição de bebidas em bares e restaurantes; distribuição de combustível para postos de gasolina; coleta de lixo urbano; entrega de correspondências; distribuição de artigos de toalete (toalhas, roupa de cama etc.) para hotéis, restaurantes e hospitais, etc.

A roteirização de veículos é o processo de planejamento e execução de roteiros de entrega de mercadorias para os consumidores finais, de maneira que reduza os custos e satisfaça as necessidades dos clientes nos prazos estabelecidos. E se faz alvo de estudos e preocupações dos gestores por envolverem altos custos. (NETO; GOMES, 2016)

A empresa a ser estudada é do ramo metalúrgico, está localizada em Teresina, Piauí. Fundada em 2000, atuando na industrialização, comercialização e distribuição de produtos. Desde então, passou a distribuir variados tipos de produtos, principalmente de aço. A empresa possui 11 caminhões disponíveis para fazer entrega nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, e o ponto de distribuição está localizado no mesmo lugar de sua sede.

1.1 Delimitação do Tema

Logística de Distribuição Física

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17 1.2 Problema de pesquisa

Imaginando uma situação onde, por exemplo, não se determina a capacidade de um veículo e o peso da carga, entende-se que esse veículo passa a ter uma menor eficiência nas suas operações logísticas, no qual pode ocasionar atrasos na elaboração das rotas e proporcionar a chegada da carga ao destino em horários indesejados onde não há mais condições para descarregar a mercadoria prevista, acarretando assim, o retorno do veículo e da mercadoria para a fábrica e consequentemente, repetir a mesma rota no dia seguinte. Por outro lado, se o veículo já estivesse com a mercadoria adequadamente alocada, baseado em dados mais precisos, como se revelam os dos softwares de roteirização, o veículo poderia continuar de onde se encontrava para o próximo destino. Proporcionando assim, agilidade, qualidade, lucratividade e, consequentemente, a satisfação do cliente, que se beneficiaria pelo nível de serviço, ou seja, pela presteza organizacional da empresa em questão.

Diante disso, a falta de uma organização logística dos roteiros pode também condicionar desvios de rotas, entregas erradas e outros imprevistos ocorridos no decorrer do processo de transporte, causados por erros no processo de definição de rota e, consequentemente, fazer com que o tempo de entrega seja comprometido, estendendo a data de entrega da mercadoria.

A falta de roteirização também pode ocasionar a ociosidade dos veículos que às vezes chegam aos momentos que não são os apropriados para se fazer entregas em determinadas empresas, e assim, têm que ficar aguardando o momento adequado para descarregarem a mercadoria.

Em vista disso, quais seriam as possibilidades de um sistema de roteirização minimizar os custos e melhorar a agilidade do transporte de mercadorias na distribuição física da empresa, no que se refere ao setor de entrega de móveis de aço?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

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18 1.3.2 Objetivos Específicos

• Pesquisar em literatura pertinente informações sobre o tema a ser estudado. • Analisar o processo de distribuição da empresa pesquisada

• Identificar possíveis falhas no processo logístico existentes na empresa • Realizar uma aplicação prática de elaboração de rotas

• Avaliar o tempo de entrega de mercadorias ao cliente

• Apresentar possíveis benefícios que possam aperfeiçoar o processo de distribuição física da empresa.

1.4 Justificativa

Atualmente muitas empresas, inclusive a ser estudada, não utilizam um módulo de roteirização para ajustar e planejar as entregas, e muitas vezes, devido ao auto volume de entregas, é necessário horas de dedicação especial de um ou mais colaboradores para o processo, isto é, o processo manual de roteirização devido ao grande volume de entregas acaba sendo fatigante, além da dificuldade de organizar e determinar as rotas mais adequadas a serem utilizadas.

Perante o contexto e objetivos apresentados, acredita-se que a utilização de uma ferramenta de roteirização contribuirá para um melhor planejamento do processo de atividades de transporte e distribuição de mercadorias, pois possibilitará uma melhor gestão da distribuição física e otimização dos roteiros. Esta ferramenta contribuirá para que o nível de serviço prestado ao cliente seja aperfeiçoado, para a redução dos custos operacionais, para ter mais agilidade nas entregas e minimizar erros no processo.

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19 2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Logística

Na sua origem, o conceito de logística estava relacionado às operações militares, pois, para executar determinada estratégia estabelecida pelos generais, era necessário ter uma equipe que providenciasse o deslocamento de equipamentos na hora certa, como munição e socorro médico, para vencer as batalhas. (MARTINS; ALT, 2005)

A contínua evolução da logística militar trouxe grandes avanços nos métodos e modelos utilizados para distribuir os reduzidos recursos às diversas frentes de combate, motivando o nascimento da pesquisa operacional, que no pós-guerra teria seus métodos transpostos para as empresas. Outros métodos, como a simulação e a programação matemática, passaram a auxiliar a redução de custos operacionais em várias empresas, principalmente nos países desenvolvidos. E com o amadurecimento dos mercados consumidores nesses países e o surgimento dos clientes que optam por disponibilidade de produto na prateleira antes de se preocupar com a marca, a logística passou a ser enxergada como arma estratégica na criação de valor, por permitir que produtos antes sem diferenciação pudessem destacar-se pelo serviço logístico. (ARBACHE, 2011).

Nesse contexto, com base em Kobayashi (2000) a Sociedade Internacional de Logística (The International Society of Logistics), afirma que os objetivos da logística podem ser compreendidos nos “8 R” a seguir:

• Right Material (materiais justos) • Right Quantity (na quantidade justa) • Right Quality (de justa qualidade) • Right Place (no lugar justo) • Right Time (no tempo justo)

• Right Method (com o método justo) • Right Cost (segundo o custo justo)

• Right Impression (com uma boa impressão)

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20 estruturá-las em conjunto e fazer das mesmas um sistema. Cabe as empresas definir solidariamente suas finalidades, extraindo-as das características desses “8R”.

Bowersox e Closs (2001), afirmam que o objetivo da logística é fornecer produtos ou serviços no local e momento em que são desejados pelos clientes, e ressaltam que a implementação das melhores práticas logísticas é um dos grandes desafios das organizações na concorrência global.

Mas o que é logística? Baseado em Novaes (2007) a CSCMP – Council of Supply

Chain Management Professionals, nos EUA, conceitua da seguinte maneira:

“Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.”

Arbache (2011) afirma que as definições do termo logística podem variar de acordo com o mercado analisado. Entretanto, o que se pode observar é uma forte propensão a

aceitação das características definidas pelo Conselho de Profissionais de Gestão da Cadeia de Suprimentos (CSCMP) seguindo uma linha de raciocínio onde a logística deve ser abordada como um processo que se inicia na aquisição de matéria-prima e finaliza na entrega do produto ao consumidor final, de acordo com as suas necessidades.

A logística passou a ter maior importância quando as empresas começaram a ter uma visão integrada de suas atividades. Segundo Novaes (2004), a Logística Empresarial evoluiu muito desde seus primórdios e foi ganhando um destaque cada vez maior entre os empresários porque os processos logísticos agregam muitos benefícios e valores dentro das organizações, com valor de lugar, no qual a mercadoria é colocada no lugar desejado; valor de tempo, referente ao cumprimento de prazos; valor de qualidade, relacionada à qualidade relacionada à operação logística; e valor de informação, disponibilizando informações importantes no processo. Além de agregar os quatro tipos de valores positivos para o consumidor final, a Logística moderna também procura no processo tudo o que não tenha valor para o cliente. A logística envolve também elementos humanos, materiais, tecnológicos e de informação.

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21 2.2 Logística Empresarial

A partir da integração da logística com as empresas, surge a logística empresarial, onde as atividades e os objetivos das empresas são inter-relacionados, agregando valor a mercadoria ou serviço gerado e atendendo a satisfação do consumidor. Quando a empresa consegue realizar essa integração e alcançar a satisfação do cliente com sucesso, existe um aumento natural no lucro gerado pela empresa, pois impacta diretamente no número de vendas (BALLOU, 2006).

Em outro momento, o citado autor (2001), ressalta que a logística empresarial é uma área de gestão integrada que, em comparação com finanças, marketing e produção, é relativamente nova.

Por sua vez, Arbache (2011) salienta que a logística empresarial moderna está situada em uma gestão eficaz e eficiente das informações em relação a dois pontos básicos da cadeia de negócios, a demanda e oferta. Esta forma de gestão contribui para que a empresa tenha condições de atender as necessidades do mercado de forma a garantir um custo adequado e, consequentemente, a rentabilidade dos produtos ofertados.

Nessa perspectiva Ballou (2015) afirma que a logística empresarial estuda como a administração pode providenciar melhor rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem com o intuito de facilitar o fluxo de produtos. Em uma sociedade moderna, tanto os recursos quanto os consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica, criando um hiato de tempo e espaço entre produção e demanda. Este é o problema enfrentado pelo profissional de logística: vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e eficiente. Ou seja, disponibilizar as mercadorias ou serviços certos no lugar e momento corretos e na condição desejada, ao menor custo possível.

Assim, diante do exposto, faz-se evidente que a logística empresarial é voltada para uma gestão eficaz, refletida na redução de custos e na dinâmica das atividades de movimentação e armazenamento de mercadorias e serviços para um bom atendimento aos clientes.

2.3 Distribuição Física

De acordo com Arbache (2011), Distribuição, distribuição física, logística de saída ou

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22 armazenamento até a entrega aos seus clientes, em atendimento aos seus pedidos ou contratos de fornecimento contínuo.

Segundo Ballou (2015) Distribuição Física é uma área da logística empresarial que trata da movimentação de produtos acabados, estocagem e processamento de pedidos da empresa. Esta, costuma ser a atividade de mais importância para a maioria das empresas, pois em relação à custo, absorve cerca de dois terços dos custos logísticos. Esse ramo preocupa-se principalmente com bens acabado ou semi-acabados, ou seja, com mercadorias que a empresa oferece para vender e que não pretende realizar mais nenhum processamento posterior. A partir do ponto em que o processo de produção é finalizado até o instante onde o cliente toma posse dela, as mercadorias passam a ser responsabilidade da logística, que precisam mantê-las no local de armazenagem da fábrica e transportá-las até armazéns ou entregar diretamente ao comprador. A figura 1 mostra, de maneira simples, algumas alternativas básicas de distribuição. Geralmente há dois mercados para qual se deve planejar, um deles é o de usuário finais, formado por aqueles que usam o produto para fazer suas necessidades; os consumidores industriais, que criam novos produtos; e as companhias, que vendem seus produtos aos seus clientes. E o segundo mercado são os intermediários no qual não consomem a mercadoria, mas o ofertam-nos para revenda, que de modo geral são ofertados para outros intermediários ou consumidores finais, como por exemplo, distribuidores, varejistas e usuários finais. A principal diferença entre os dois mercados está no volume e perfil de compra.

Figura 1: Fluxos no canal de distribuição

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23 Para tanto, o presente autor destaca que há três formas básicas das muitas configurações estratégicas de distribuição que podem ser utilizadas.

a) Entrega direta a partir de estoques de fábrica

b) Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção c) Entrega utilizando sistema de depósitos.

Ele ainda salienta que quando os clientes compram bens em uma quantia satisfatória para encher um veículo, as entregas das mercadorias podem ser praticadas diretamente a partir de vendedores, da linha de produção ou dos estoques de fábrica. Tornando menores os fretes quando cargas cheias de veículos vão até um único local do cliente. Já quando há clientes que não deseja comprar em quantia suficiente para gerar carga completa, os logísticos utilizam uma estratégia alternativa, onde suprem essa demanda através de um sistema de depósitos, motivado pela redução de custo de distribuição e melhoria do nível de serviço ofertado.

Para Novaes (2007), o sistema de distribuição física envolve alguns componentes importantes, a saber:

Instalações fixas (centros de distribuição, armazéns); fornecem os espaços destinados para alocação de mercadorias. São também providas de facilidades para descarga dos produtos, transporte interno e carregamento dos veículos de distribuição (plataformas de carga/descarga, carrinhos, empilhadeiras etc.).

O segundo elemento é formado pelo estoque de produtos; ou seja, o armazenamento das mercadorias. Esse estoque faz-se em custos muito elevado para as empresas, ficam estocados nos atacadistas, varejos, fábricas e até nos veículos de transporte, devido às variedades de produtos oferecidos. Contudo, deve-se haver um equilíbrio desse componente, pois um grande estoque realmente aumenta o custo de investimento do varejista, mas, por outro lado, condiciona maiores condições de atendimento ao cliente.

Os veículos; um componente importante devido às particularidades do processo de distribuição, e a necessidade de se adequar o veículo para cada situação. Como por exemplo, quando as condições de trânsito em regiões urbanas não são permitidas o uso de veículo de grande porte.

O quarto componente são as Informações; que se fazem necessárias de formas variadas, como: no caso de distribuição para vários pontos de varejo, cadastro de clientes, quantidade de produtos a serem entregues a cada cliente, condições (horários para entrega, tipo de acondicionamento), roteiro de distribuição e outros.

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24 aplicativos, que ajudam na preparação dos romaneios de entrega, roteirização dos veículos, controle dos pedidos, devoluções, monitoramento da frota, além de outros.

Os custos; que se fazem necessários em uma análise estrutural adequada e atualizada. O custo do transporte é calculado basicamente pela distância e pela quantidade de carga deslocada.

E por fim, o componente pessoal, que se trata de peça vital no processo de distribuição física deve estar capacitado e treinado. Isto porque muitas vezes o agente responsável pelo transporte é o único elo entre vendedor e comprador, e se mal orientados ou treinados podem transmitir uma imagem negativa da empresa.

Com o intuito de representar uma boa gestão e tornar a empresa mais competitiva é de fundamental importância uma boa seleção e utilização destes componentes.

2.4 Análise de Rotas

Para Novaes (2004), o estudo da roteirização de veículos surge a partir de problemas frequentes encontrados na distribuição física que atrapalham o planejamento logístico quando o enfoque é operacional. Para a realização da roteirização, é necessário conhecer sua frota de caminhões, as demandas de entrega e as localizações precisas dos clientes.

Supondo uma situação em que cada roteiro contenha apenas um cliente (Fig. 2 a), isto é, o veículo sairia do depósito com a carga de um único cliente, realizasse a entrega e retornaria ao depósito para um novo carregamento e assim o surgimento de uma nova entrega, sucessivamente. Segundo os referidos autores essa seria a pior situação em ternos de custos e quilometragem percorrida, pois não se beneficia da vantagem do uso compartilhado do veículo para atender vários clientes num único roteiro. Já admitindo que o veículo possa visitar os dois pontos numa única viagem (Fig. 2 b), haverá um ganho pela redução da quilometragem percorrida quando passamos do caso a, da Fig. 2, para o caso b.

Figura 2: Ligações alternativas entre depósito e dois pontos quaisquer

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25 Na conceituação de Lumare Junior (2007), partindo-se de um ponto centralizador, o melhor roteiro é aquele que apresenta um itinerário completo, em que desde seu início até o seu término, o rendimento econômico e a qualidade da prestação de serviço são ressaltados. Pois, o que ocorre para um melhor rendimento de uma rota, sem dúvida, é a concentração geográfica de coletas e entregas dos produtos, no entanto, o perfil das encomendas afeta a fluidez da rota, isto é, o volume, o peso, a quantidade e a qualidade do acondicionamento.

Ele ainda afirma que não é correto mesclar categorias em uma mesma rota, nem mesmo juntas rotas para reduzir ociosidade, já que aumenta o tempo da rota, tornando-as menos eficazes. Se a produtividade vier pela via do aproveitamento das ociosidades, isso quer dizer que o rendimento ideal foi ultrapassado. E como o objetivo de produtividade equivale a uma programação produtiva, realizar alterações na frequência e os horários de parada dos veículos nos pontos de coleta e entrega, pode combater a ociosidade, mas não favorece o princípio que põe a qualidade em primeiro lugar, não justificando uma suposta economia, pois ela seria ilusória. A melhor alternativa seria aceitar a ociosidade em um primeiro momento e estudar a questão do ponto de vista comercial, do que tentar adaptar o processo a um padrão de serviço que não promova a excelência trabalhista desejada.

Em relação às mercadorias, Alvarenga e Novaes (2000) afirmam que poderá ocorrer acréscimo nos custos quando o veículo não for bem dimensionado para a distribuição dos produtos específicos, ou seja, se o veículo estiver com excesso de entregas, a tendência é estourar o tempo máximo de trabalho dos funcionários, ocasionando prováveis retornos e se estiver abaixo de sua capacidade máxima, poderá haver sobras de mercadoria no depósito, obrigando viagens extras, o que prejudica o nível de serviço aos clientes.

2.4.1 Roteirização de Veículos

Para Ballou (2001) a roteirização é o processo para a determinação de um ou mais roteiros ou sequências de paradas a serem cumpridos por veículos de uma frota, tendo por objetivo utilizar um conjunto de pontos geograficamente dispersos, em locais predeterminados, que necessitam de atendimento. Considerando esse contexto pode-se deduzir que a roteirização está perceptivelmente relacionada ao nível de serviços prestados aos clientes.

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26 encarregado do depósito, que conta com a prática de muitos anos e conhecimento das condições viárias e de tráfego. O encarregado define os roteiros e os clientes a serem visitados. O rápido desenvolvimento da informática nos últimos anos é responsável pelo surgimento de programas de computador voltados a estes tipos de problemas. Programas mais sofisticados consideram as coletas e entregas de cada rota, aceitando o emprego de diferentes tipos de veículos, controlando o carregamento por peso, volume ou por número de paradas, e estabelecendo horários de partida e de chegada ao depósito. (ALVARENGA; NOVAES, 2000).

Em outro momento, o referido autor, Novaes (2007), assegura que o principal intuito da roteirização de veículos é a execução de um alto nível de serviço prestado aos clientes, em que juntamente com isso possa também manter os custos operacionais baixos.

Ele ainda cita que a real adversidade da roteirização é determinada por três aspectos essenciais: restrições, decisões e objetivos.

• Decisões: corresponde ao destino de um conjunto de clientes, a qual precisam ser visitados, envolvendo um grupo de condições, como o veículo utilizado, o motorista, a programação e a sequência das visitas.

• Objetivos: relaciona-se ao processo de roteirização que pretende proporcionar um alto nível de serviço aos clientes, mas, ao mesmo tempo, mantendo os custos de capital e operacional o mais baixo possível.

• Restrições: têm como base o dever de concluir as rotas estabelecidas com os recursos disponíveis, mas cumprindo na totalidade as responsabilidades consideradas com os clientes, é importante obedecer o tempo limite exigidos pela jornada de trabalho dos ajudantes e motoristas, e por fim, devem ser respeitadas as leis de trânsito, com relação as velocidades máximas, tempo de carregamento e descarregamento, tamanho adequado dos veículos que podem transitar nas vias públicas dentre outras.

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27 • O primeiro passo é iniciar o agrupamento pela parada mais distante do depósito; • Segundo passo, encontrar o próximo ponto, tendo como base o ponto disponível que

esteja o mais aproximado do meio central dos pontos no grupo. E integre o referido ponto ao grupo/veículo, na condição de que a capacidade máxima do veículo não tenha excedida;

• Para preencher a capacidade do veículo, repita a segunda etapa;

• Sequencie os pontos das paradas de modo que tenha a forma de uma gota d’agua; • O quinto passo é encontrar o próximo ponto, que corresponde localizar a parada mais

distante do depósito, e repita o segundo e quarto passo;

• E por fim, siga continuamente para que todas as paradas sejam indicadas.

Esse método fornece coerentemente bons roteiros, que podem de certa forma competir com os adquiridos por outras técnicas matemáticas e computacionais desse problema. (BALLOU, 2015).

Figura 3: Padronização da roteirização tipo “gota d’agua” para roteiros otimizados.

Fonte: BALLOU, 2015, p. 146

Ainda em relação aos problemas encontrados na roteirização, Valente et al (2003), afirma que existem três grupos de problemas na roteirização que podem ser apontados da seguinte forma:

• Em relação a roteirização, ocorre quando a ordem ou o horário em que as tarefas devem ser cumpridas não são impostos anteriormente.

(29)

28 • E entre roteirização e sequenciamento, ocorrem quando no problema de sequenciamento a questão de escolha de uma rota também deve ser levada em conta, onde se concentra a maioria dos problemas.

2.4.2 Problemas básicos de Roteirização

Segundo Valente et al (2003), os problemas de roteirização são baseados em três grupos de problemas, que estão relacionados a roteirização, que ocorre quando o horário ou a ordem em que as obrigações devem ser realizadas não são impostas anteriormente; o sequenciamento, que compreenda-se na existência de restrições de ordem de atendimento a serem cumpridas; e a roteirização e sequenciamento, que ocorrem quando no problema de sequenciamento a questão de escolha de uma rota também deve ser levada em conta, onde se concentra a maioria dos problemas.

Para tanto, após o levantamento bibliográfico desempenhado neste trabalho, encontrou-se a possibilidade de especificar os principais e diferentes problemas de roteirização de veículos. Estes critérios foram classificados em quatro categorias, em conformidade com os referimentos de Novaes (2007): variáveis de decisão, função objetivo e as restrições, que podem ser constituídas levando em consideração os veículos, clientes e rotas. E também devemos ponderar algumas outras características, listadas a seguir:

Variáveis de Decisão

• A quantidade de veículos que serão empregados; • Definir o roteiro a ser cursado por cada veículo; • Selecionar o veículo que será destinado a cada cliente;

• Determinar a quantidade de carga transportada para cada cliente da rota;

• Determinar o tempo de duração de início de atendimento do primeiro cliente da rota.

Função Objetivo

(30)

29 • Minimizar a distância total percorrida;

• Minimizar o número de veículos.

Restrições

Restrições dos veículos:

• Limite de capacidade dos veículos – tonelagem ou m³;

• Limite com relação ao tipo de carga dos veículos – existe uma

• Especialização dos veículos para transporte de graneis sólidos, granéis líquidos, carga paletizada, etc;

• Operação de carga e descarga dos veículos; • Número e tipo de veículos disponíveis.

Restrições com os clientes:

• Agenda de horário para recebimento/ coleta; • Atendimento total ou parcial das demandas; • Tempo máximo permitido para carga e descarga;

• Necessidade ou restrição de serviço em algum dia especifico da semana; • Disponibilidade de área para estacionamento do veículo.

Restrições das rotas:

• Horário de início e termino das viagens; • Tempo máximo de viagem de um veículo; • Distância máxima percorrida;

• Locais de parada fixas etc.

Características do Problema Tipo de operação:

• Coleta; • Entrega;

• Coleta e entrega simultaneamente; Tipo de carga:

• Única ou carga de lotação;

(31)

30 • Limitada;

• Ilimitada.

Deposito e localização de veículos: • Um único deposito;

• Vários depósitos;

• Quantidade de produtos disponíveis no deposito central para entrega aos clientes; • Número de bases de origem e destino dos veículos.

Jornada de trabalho • Duração;

• Horário de almoço e outras interrupções;

• Permissão para viagem com mais de um dia de duração;

As presentes questões apontam que, se a roteirização é uma luz para a dinâmica organizacional de distribuição logística de mercadorias em uma empresa, os benefícios da mesma não se faz aleatoriamente, mas sim, por meio de uma análise bem detalhada de inúmeras questões que refletem na dinamicidade do processo logístico de distribuição de produtos.

2.4.3 Softwares para Roteirização

Na conceituação de Valente et al (2003), são muitas as empresas que estão oferecendo no mercado produtos que têm como objetivo resolver os problemas de armazenagem e roteiros, operacionalização dos sistemas e aumento da produtividade. O autor menciona que no caso dos

softwares de roteirização, a vantagem está na diminuição dos custos.

Para Novaes (2007), hoje se dispõe no mercado um número razoável de softwares de roteirização, que ajudam as empresas a planejar e programar seus serviços de distribuição física. Atualmente, estas ferramentas consideram um grande número de restrições ou condicionantes, que tornam possível a obtenção de modelos bastante precisos. Além disso, são dotados de muitos recursos de visualização gráfica e de relatórios que auxiliam o usuário na tomada de decisão.

(32)

31 funcionalidades. Porém, não cumpre todas as funções que um sistema específico de roteirização pode disponibilizar.

Figura 4: Formação de rota no Google Maps.

Fonte:Google Maps, 2018

Alguns sistemas disponibilizados para roteirização e suas características podem ser observados a seguir:

BR Express: A primeira solução a ser relatada está disponível em (www.brexpress.com.br), é a ferramenta BR inCity & BR onRoad criada pela empresa BR Express, que segundo a mesma são ferramentas com o propósito de criar rotas partindo dos pedidos e veículos disponíveis, simulando como os pedidos devem ser distribuídos na frota, e a rota de cada veículo, com o objetivo de reduzir custos para a empresa que faz uso da ferramenta. Particularmente esta empresa possui duas soluções para atender este propósito, a BR inCity, que trabalha a nível urbano, é fornecido com a malha viária das regiões a serem atendidas, enquanto o BR onRoad, para roteirizações rodoviárias é fornecido com a malha viária completa do Brasil.

Esse sistema dispõe como suas principais funcionalidades:

• Determinar a melhor sequência de entregas, que pode ser ponto-a-ponto ou multiponto; • Separar carga, determinar qual o veículo deve realizar qual entrega;

• Considera restrições de capacidade, tempo e urgência; • Respeitar horários de atendimento a clientes;

• Possui os pontos de entrega mapeados;

(33)

32 • Registra as informações de clientes, entregas e rotas em base de dados;

• Possui malha viária, com possibilidade de visualização dos mesmos através de mapas vetoriais;

• O sistema mostra que produtos devem ser retirados do armazém, como eles devem ser separados, e a ordem ideal de carregamento nos veículos.

MinhasRotas: disponível em (www.minhasrotas.com), é uma ferramenta criada pela empresa Maplink, e traz um diferencial pouco visto em ferramentas roteirizadoras, a possibilidade de visualizar em tempo real o nível de tráfego nas rodovias. A Figura 5, obtida do próprio site do fabricante, demostra esta funcionalidade:

Figura 5: Formação de rota no MinhasRotas.

Fonte:MinhasRotas, 2018

Dentre as suas características destacam-se: • Calcular custo de combustível e pedágio • Importar endereços

• Calcular rotas multiveículos

• Define a quilometragem de pavimentação entre pista simples e duplas • Armazena todas as informações em nuvem

• Acessar algoritmos para otimização de rotas

(34)

33 Segundo Valente et al (2003), com o passar do tempo e pela velocidade com que a área computacional vem evoluindo, novas versões de softwares, cada vez melhores vão aparecendo no mercado para competir com os existentes ou para atender uma gama maior de empresas. O autor afirma que tais produtos são de grande utilidade para os operadores e usuários do transporte.

Na visão de Junior (2001), um sistema de roteirização deve considerar como premissas algumas características para estabelecer o roteiro otimizado:

• Definir a malha viária previamente;

• Determinar os pontos de coletas e entregas (nós); • Indicar os veículos adequados para o transporte;

• Definir as restrições para malha, veículos e pontos de coleta e entregas;

• Explicar a demanda de entregas e ou coletas que devem ser atendidas pelos motoristas, respeitando as restrições.

Em consequência da utilização desses sistemas, o referido autor ressalta algumas vantagens competitivas que podem ser usufruídas, como:

• Pontualidade e eficiência nas coletas e nas entregas; • Melhor aproveitamento dos veículos e motoristas;

• Redução de tempo e trajeto de viajem, graças ao planejamento das rotas; • Minimizar custos;

• Melhor planejamento considerando as variáveis, como por exemplo: respeitar o tempo de carga e descarga, horários que devem ser realizados as entregas, perfil da frota disponível, etc.;

• Oferta de flexibilidade, oferecendo ao encarregado, a quilometragem, o custo de todas as rotas e o tempo, possibilitando optar pela mais adequada;

• Simular e analisar previsões, possibilitando controlar melhor a distribuição física.

Pelo exposto, pode-se constatar que, existe no mercado uma série de ferramentas que podem ajudar o setor empresarial na gestão de rotas visando uma melhoria no desempenho dos serviços prestados.

(35)

34 3 METODOLOGIA

3.1 Definição da metodologia

Para definir a metodologia utilizada foram adotados: pesquisa documental, estudo de caso e observação participante.

Para suceder o presente estudo foi utilizado os procedimentos de pesquisa documental, em que, segundo Vergara (2007), refere-se de uma forma de investigação realizada nos documentos internos da empresa, que podem ser: regulamentos, registros, ofícios, blocos, dentre outros. Na empresa estudada foram analisados dados existentes de documentos associados ao processo de distribuição dos produtos para se entender a realidade atual praticada. Isto é, a verificação foi elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico.

Outro meio utilizado foi o estudo de caso, que segundo Yin (2005) o estudo de caso é uma investigação empírica que permite o estudo de um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, com o objetivo de verificar a adaptabilidade das teorias estudadas, tais como processos organizacionais e administrativos e no caso deste trabalho, o sistema de roteirização como apoio para a gestão da informação do processo logístico.

A análise de um sistema de roteirização enquadra-se no estudo de caso, pois segundo Vilabol citado por Rodrigues (2008), o estudo de caso é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa profundamente. Pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida, como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa ou uma unidade social. O uso do estudo de caso é adequado quando se pretende investigar o “como” e o “porquê” de um conjunto de eventos contemporâneos. evidenciando a sua unidade e identidade própria. É uma investigação que se assume como particularista, debruçando-se sobre uma situação específica, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O que se faz evidente no presente estudo, pois o mesmo visa, pela logística de distribuição, analisar os benefícios gerados pela utilização de um software de roteirização de veículos na empresa estudada.

(36)

35 3.2 Coleta dos dados

Logo posteriormente à análise documental desenvolvida na empresa, pôde-se perceber que algumas informações eram insuficientes para detalhar o objetivo a ser examinado.

Em razão de que alguns campos de questionamentos abordados em alguns documentos que acompanha os veículos nas entregas não estavam preenchidos e/ou não estavam preenchidos corretamente, e nele há dados relevantes ao processo de distribuição das mercadorias, como, endereço de entrega, e confirmação de recebimento ou retorno de mercadoria, número da nota fiscal, a rota traçada e o horário de chegada até o local de descarrego e o de saída, entre outros. Diante das informações encontradas gerou-se os dados para esta pesquisa.

3.3 Tratamento dos dados

(37)

36 4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

4.1 Foco de aplicação

O foco de aplicação desta pesquisa está voltado para o setor de logística, especificamente para distribuição de mercadorias em áreas urbanas, onde se encontra inserida a empresa em estudo. O objetivo principal é verificar se os benefícios de um software de roteirização poderão minimizar tanto o custo operacional, como o retorno de mercadorias, que estão gerando retrabalho e ainda agilizar o processo de transporte de cargas.

Com a pesquisa propõe-se obter resultados favoráveis, podendo assim reduzir o custo operacional da empresa, melhorando a performance das entregas, tornando a empresa mais competitiva no mercado em que atua.

4.2 Aspectos da empresa

A empresa pesquisada é uma sociedade limitada, com sede em Teresina – Piauí, caracterizada como uma empresa privada de capital fechado, tendo iniciado suas obras no dia 13 de setembro de 2000 e suas atividades oficialmente se iniciaram no dia 19 de dezembro de 2000, conforme cadastro na Secretaria Estadual de Fazenda do estado do Piauí (SEFAZ-PI).

4.3 Atividade econômica

A empresa tem uma área de 24 mil m², sendo 11 mil m² destinados para a área de produção e 1,1 mil m² para a área administrativa. A principal atividade industrial da empresa é a fabricação de móveis com predominância de metal e alumínio (melamínio). Sua classificação por CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) é a seguinte:

• 31.02-1-00: fabricação de móveis com predominância de metal • 31.01-2-00: fabricação de móveis com predominância de madeira

• 31.03-9-00: fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira e metal

• 27.51-1-00: fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico, peças e acessórios

• 27.59-7-99: fabricação de outros aparelhos eletrodomésticos não especificados • 28.23-2-00: fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso

(38)

37 Um dos principais fortes da empresa é a produção de armários, arquivos, estantes para escritório, estantes para bibliotecas, estantes divisórias, gôndolas comerciais e industriais, balcões frigoríficos, roupeiros, fogão industrial, balcões modulados para padaria e supermercados, bebedouros, máquinas de serrar ossos e de crepes, exaustores eólicos, armários para pães, estufas, chapas bifeteiras, carrinhos de espetinho e cachorro quente.

Figura 6: Alguns produtos fabricados pela indústria

Fonte: Empresa Metalúrgica, 2018

4.4 Mercado consumidor

A empresa atualmente conta com uma rede de representantes da marca em cinco estados do Brasil são eles: Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Ceará, sendo sua sede-matriz localizada em Teresina (Piauí).

Figura 7: Áreas de atuação da marca

(39)

38 4.5 Apresentação do Processo

A organização possui uma área de armazenamento de aproximadamente 700 m², onde é realizada a separação das mercadorias a ela concedida para distribuição. Seu principal canal de distribuição é o rodoviário. Para isto, são utilizados caminhões de pequeno porte para os clientes de varejo e pesados para atacadistas, em casos específicos, o porte do caminhão também é definido pela quantidade de carga a ser transportada.

4.6 Descrição da área Crítica

No interior do processo de distribuição física, existem alguns fatores que devem ser levados em consideração, pois estão causando prejuízos para a organização, devido a vários fatores ligados à logística da empresa.

O primeiro fator observado foi o retrabalho, o retorno de mercadorias cuja entrega não foi realizada. Esta deve ser entregue novamente sem qualquer reembolso ou valor adicional. O segundo ponto é o aproveitamento, os caminhões não estão sendo bem aproveitados, ou seja, não estão com sua capacidade máxima de carga. Terceiro, a roteirização, sem controle do tempo que o veículo gasta de cliente a cliente, rotas mal aproveitadas e mal estabelecidas. E as avarias, a probabilidade mensurada de avarias nas mercadorias que retornam é enorme, pois podem ser danificadas com o excesso de manuseio e com seu acondicionamento na carroceria do caminhão. Pôde-se observar também, pedidos que nunca foram entregues.

(40)

39 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este capítulo destina-se à análise dos resultados alcançados pela observação do processo atual de distribuição e roteirização adotado pela organização, e a comparação entre processo manual atualmente utilizado e os resultados alcançados com a simulação no software de roteirização RoutEasy, software específico de roteirização, idealizado em 2009, mas que alcançou maior sofisticação em 2015, e possui sede na cidade de São Paulo – São Paulo. A seleção desse software foi determinada devido à suas características serem equivalente a outros na atualidade.

5.1 Processo de distribuição física da empresa

O processo de distribuição dos produtos aos clientes pode sofrer mudanças de acordo com a região a ser atendida, a empresa atende principalmente a região nordeste, porem em algumas ocasiões o veículo pode demorar tempo considerável para chegar ao local de destino de sua entrega. Os custos relacionados ao frete, de acordo com a política da empresa são calculados juntamente com o produto ao consumidor final.

O responsável pela distribuição relatou que o modo utilizado pela empresa para calcular o produto fundamenta-se na distância percorrida em relação ao valor do combustível e outras despesas variáveis.

A maioria das cargas retratam as características a seguir: são grandes produtos e de diversas dimensões como, bebedouros, balcões, armários, roupeiros, fogões. A frota da empresa é composta por 4 caminhões do tipo Toco (caminhão semipesado), 4 caminhões do tipo Truck, 1 carreta (de 3 eixos) e 2 do tipo VUC (veículo Urbano de Carga). Com essa frota possibilita atender um variado tipo ou volume de cargas. Porém, a empresa ainda não usa os dados concretos relativos a capacidade de cada veículo, afim de agilizar o processo de decisão do veículo a ser utilizado, para o roteiro.

(41)

40 A empresa atende clientes recorrentes e eventuais. Os recorrentes costumam comprar em maior quantidade nos períodos sazonais. Alguns produtos quando se consegue, são estocados, para agilizar o processo de entrega.

Ainda também alguns veículos da empresa que transportam os produtos apresentam um comprimento maior que os outros caminhões, por isso os veículos têm limitações para transitar pelas cidades, além disso, é necessária uma licença especial para transitar em cidades e o processo para obtê-la é muito burocrático, nesse sentido, dificulta a distribuição dos produtos.

Dessa forma, o processo de distribuição da empresa pode ser evidenciado a seguir, conforme a ilustração da Figura 10.

Figura 8: Fluxo de distribuição da empresa

Fonte: Autoria própria, 2018

5.2 Processo de roteirização

A distribuição dos produtos acabados é realizada pela frota própria da empresa. A frota própria é encarregada de transportar o montante de produtos, onde operacionalizam o procedimento de entrega do produto ao cliente final e aos pontos de venda. Nesse processo, a identificação dos pontos de entrega que deverão ser atendidos e a elaboração dos roteiros de cada entrega, isto é, os caminhos a serem percorridos são realizados pelo líder do setor do depósito da empresa. O ponto de origem para a distribuição dos produtos é a própria sede, ou seja, existe somente um ponto de partida.

Atualmente a empresa não utiliza um módulo de roteirização para planejar e ajustar as entregas. Compete a uma pessoa elaborar os romaneios de cargas, que listam, por exemplo, os

(42)

41 produtos a serem enviados, o número do pedido, o endereço de entrega, a data e hora de chegada e saída ao cliente e algumas informações sobre alguma entrega que não tenha sido realizada. Esta, também se responsabiliza por desenvolver uma relação de cargas que devem ser entregues nos locais solicitados pelos clientes, de acordo com os pedidos, no qual são divididas por estado ou região. Na Tabela 1, podemos observar um formato demonstrativo do impresso das relações de cargas realizadas.

Tabela 1: Demonstração do formato de relação de cargas realizada pela empresa

Fonte: Autoria própria, 2018

Nessa relação empregada pela empresa é especificado o número do pedido, o nome do cliente, a cidade e as datas de realização dos pedidos. Vale ressaltar que as cidades repetidas na tabela indicam que existe mais de uma entrega na mesma cidade, e o endereço específico da

RELAÇÃO DE CARRADAS PARA O NORTE DO PIAUÍ

Nº pedido Cliente Endereço Data do pedido

(43)

42 entrega deve ser consultado no romaneio da carga. Esses documentos são entregues a outra pessoa responsável pela elaboração manual dos roteiros, o encarregado do depósito. A firma leva em consideração boas práticas de carregamento e entrega, com a finalidade de melhorar a rota específica e reduzir o tempo de trabalho. O encarregado junto com os motoristas dos veículos determina o roteiro das entregas, com base em: um mapa da região nordeste, seus conhecimentos do trânsito, horários de entregas dos clientes e caminhos que eles julgam ser mais apropriados para atender os prazos estabelecidos, indicando o número e a sequência de clientes a serem visitados por cada percurso e assim anota-se em um papel a sequência das paradas destinadas àquela determinada rota. A roteirização na empresa é feita de forma manual, sem apoio de nenhum software. Nesse sentido, pode-se confirmar a afirmativa de Alvarenga e Novaes (2000), que ainda hoje o processo de roteirização de muitas empresas no Brasil se baseia na prática de muitos anos dos encarregados, onde pela experiencia vivida conhece as condições de tráfego da região atendida.

5.3 Simulação de uma roteirização realizada pelo RoutEasy

Os dados do modelo de Relação de cargas exibidos na Tabela 1, foram direcionados ao sistema online do RoutEasy para compilar os resultados. As restrições de operação foram configuradas em conformidade com o modelo de operação da empresa, perante os dados, apenas as informações encontradas na relação de cargas serviram apara esse.

(44)

43 Figura 9: Simulação de roteirização realizada pelo RouteEasy

Fonte: RoutEasy, 2018

Em relação modo de roteirização, podemos verificar algumas características que o sistema dispõe:

• Estabelecer a melhor sequência a percorrer para entregar os produtos, no qual pode ser ponto-a-ponto ou multiponto;

• Realizar a separação da carga, selecionar o veículo adequado que deve realizar uma determinada entrega;

• Obedecer aos horários que devem ser realizados os atendidos aos clientes; • Mapear os pontos de entrega;

• Construir rotas ideais com base na menor distância, menor tempo, ou menor custo total;

• É possível definir o tempo disponível da jornada de trabalho; • Define a ocupação mínima do caminhão;

• É possível definir pausa para almoço;

• Possibilita estipular a velocidade média que o veículo irá se movimentar; • Calcula o consumo de combustível em litros e reais;

• Calcula pedágio;

(45)

44 5.4 Análise dos dados após simulação

Conforme a representação da Figura 8 a simulação foi submetida em concordância com o roteirizador, que gerou a sequências das entregas e roteiros otimizados, tudo em uma única etapa.

Mediante o exposto, o sistema de roteirização atende muito bem aos requisitos já citados por Novaes (2007) relacionados às restrições, variáveis de decisão e função objetivo, que podem ser constituídas considerando os veículos, clientes e rotas.

No decorrer do processamento dos dados no sistema, observa-se que são grandes as restrições que podem ser adicionados, mas devido a escassez de informações registradas pela empresa, não se obtém um resultado mais eficiente. Vale ressaltar que diante dos documentos apresentados pela empresa, apenas a coluna com o endereço de entrega, encontrada na relação de cargas pôde ser aproveitada para a compilação.

5.5 Comparativo de roteirização

A partir da análise individual de cada modo de elaboração de roteirização, destaca-se o propósito, as essenciais funções que envolvem a roteirização moderna, o modo que cada solução consegue as informações e as prepara para elaborar rotas eficientes. Diante disso, foi realizado uma comparação e apresentada na Tabela 2, no qual traz as funcionalidades do

software em comparação com as funcionalidades características que a empresa utiliza para

definir sua roteirização atual.

Tabela 2: Comparativo das funcionalidades em relação ao software RoutEasy e o modelo de roteirização manual adotado pela empresa.

RoutEasy Modelo de Roteirização atual da empresa Fu n cion ali d ad es

Utilizar diferentes tipos de veículos X X

Janelas de tempo: Respeitar a horário pré-determinado

por um cliente para o recebimento de cargas X Atentar aos tempos de cargas e descargas X

(46)

45

Fonte: Próprio autor, 2018

Por meio desta tabela, possibilitou-se verificar qual a forma de roteirização atualmente de cada modo e suas particularidades. É possível verificar que os dois modos disponibilizam os recursos de gerar rotas com diferentes tipos de veículos, separar carga, definir qual veículo deve ser utilizado no roteiro, bem como a restrição de tamanho de veículo e equipamentos que devem ser enviados aos clientes. Porém diante das similaridades citadas, ainda há o diferencial entre a velocidade de como cada um dos modos realizam esses processos.

5.6 Análise dos dados

Logo comprova-se a roteirização manual como modo de distribuição de mercadorias empregado pela empresa, em seguida nota-se que diante da competitividade empresarial atual, encontra-se pouco interesse no setor em razão de que poucas restrições são adotadas para tornar o processo mais eficiente, pois, para a elaboração dos roteiros não se tem o controle do limite de peso que um caminhão deve utilizar em viagens, não se controla tempo e combustível gasto relacionados às viagens, não se calcula a duração máxima dos roteiros em relação à velocidade exercida, não possui os locais de entregas mapeados, bem como não considera os horários pré-determinados pelos clientes para o recebimento de cargas.

Perante as particularidades abordadas no comparativo exibidos na Tabela 2, encontra-se que o software Roteirizador possui grande diferencial em suas funcionalidades em relação

Considerar limite de peso e volume X Separação de carga: definir o veículo que deve realizar

uma determinada entrega X X

Considerar a duração máxima do roteiro X Pondera o horário da jornada de trabalho dos motoristas

(com parada para almoço) X

Horários de início e término de viagem X Restrição de tamanho de veículo e equipamentos para

um cliente X X

(47)

46 ao processo praticado pela companhia, representando 81% das funcionalidades abordadas, como mostra a Gráfico 1.

Gráfico 1: Funcionalidades em relação ao modelo de roteirização manual adotado pela empresa e pelo software.

Fonte: Próprio autor, 2018

Para uma melhor elaboração das rotas faz-se necessário principalmente obter, por exemplo, o tipo de veículo utilizado, sua capacidade, a velocidade média, o consumo de combustível, quilometragem percorrida, o valor da mercadoria, peso total da carga que se pode transitar. E em relação ao horário de entrega, deve-se anotar os horários disponíveis que a entrega pode ser realizada.

Verificou-se através da pesquisa que em vários casos o motorista chega ao local de entrega em horários indesejados pelo cliente, onde não há condições de descarrego da mercadoria pelo um determinado período de tempo, e assim, ter que ficar aguardando o momento adequado para descarregarem a mercadoria, ocasionando ociosidade do mesmo.

Após analisar alguns dados relativos ao romaneio de cargas da empresa, foi elaborado uma planilha de registro de datas e horários de chegada ao cliente e entrega de mercadoria, no qual encontra-se relacionado no apêndice A; onde foi possível observar um período de 7 dias registrados, após compilar esses dados constatou-se que em média são gastos 8 horas e 19 minutos de tempo ocioso nesse período, considerando 30 minutos o tempo médio para descarregar as mercadorias. O Gráfico 2, mostra o tempo ocioso encontrado nos dias analisados.

81% 19%

Roteirizador

(48)

47

Gráfico 2: Tempo improdutivo no processo de entrega de mercadorias ao cliente.

Fonte: Próprio autor, 2018

Torna-se importante ressaltar que os problemas foram detectados como um ponto crítico e condiz como objetivo geral do trabalho, que consiste verificar os benefícios que podem ser gerados com a utilização de sistemas de roteirização no processo de distribuição física da empresa, para organizar o processo, minimizar os retornos de mercadorias e os custos.

(49)

48 6 CONCLUSÃO

O objetivo desta pesquisa foi analisar o modo de distribuição física da empresa Metalúrgica, e conjuntamente medir a performance de um sistema de roteirização.

Nesse sentido, foi possível perceber que a logística é objeto fundamental no processo de transportes de bens e mercadorias, ela atua como um caminho eficiente para o bom atendimento aos clientes, e tem como objetivo movimentar os produtos de modo eficaz, com menor custo possível. Proporcionando assim, qualidade, agilidade, e lucratividade a empresa, coincidentemente com a satisfação do cliente, que se favorece pela presteza organizacional da empresa em evidência.

Nesse contexto, podemos supor que as empresas devem buscar diferenciais que agregam valor aos seus produtos e buscar otimizar suas operações, devido à grande concorrência existente, por meio de soluções que forneçam diferenciais competitivos.

Foi proporcionado de acordo com a revisão da literatura conhecer ferramentas que possam contribuir com as empresas em seus processos estratégicos e operacionais de maneira a aperfeiçoar seus processos organizacionais e se tornar competitiva no mercado.

Uma dessas ferramentas é um sistema de roteirização eficiente. Foi o caso do roteirizador RoutEasy, que demonstra ser eficiente para minimizar o retorno de mercadorias na distribuição física da empresa cuja entrega não foi realizada, além de poder prover economia em seu processo de distribuição e também poder fornecer um aumento no aproveitamento dos veículos, diminuindo o percentual de ociosidade, viabilizando uma melhor gestão de todo o processo logístico.

O sistema atingiu todos os objetivos propostos nessa pesquisa, entretanto, durante a utilização deparou-se com a dificuldade de inserção de dados, pois, por se tratar de uma simulação realizada por dados obtidos pela organização, cuja escassez de dados foi constatada, consequentemente, não se pôde observar todas suas funcionalidades na simulação.

(50)
(51)

50 REFERÊNCIAS

ALVARENGA, Antônio Carlos; NOVAES, Antônio Galvão N. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. 3ed. São Paulo - SP: Edgard Blucher, 2000.

ARBACHE, Fernando Saba; et al. Gestão de logística, distribuição e trade marketing. 4. ed. Rio de Janeiro - RJ: Editora FGV, 2011.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimento: planejamento. Organização e logística empresarial. Tradução de Elias Pereira. 4. ed. Porto Alegre:

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. Tradução de Raul Rubenich. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2015.

Bookman, 2001.

BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. Logística empresarial: O Processo de integração da cadeia de suprimentos. Tradução Equipe do Centro de Estudos em Logística, Adalberto Ferreira das Neves; coordenação da revisão técnica Paulo Fernando Fleury, Cesar Lavalle. São Paulo: Atlas, 2001.

JUNIOR A. F., Avaliação da Implantação de um Software Roteirizador em um Sistema de Distribuição de Bebidas – Estudo de Caso. 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

KOBAYASHI, Shun'ichi. Renovação da logística: como definir as estratégias de distribuição física global. São Paulo - SP: Atlas, 2000.

LUMARE júnior, Giuseppe. Valor econômico do cliente no transporte: uma teoria das encomendas. São Paulo: Prentice hall, 2007.

MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2005.

Referências

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