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SÃO SETE OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

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Academic year: 2022

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Diretor: António José Ferreira www.jornaldamarinha.pt SEMANÁRIO QUI12AGO2021 ANO: LX - Nº 2967 Preço: 1,20 € (IVA inc.) Pub

Ò DESPORTO

SL MARINHA QUER INSTALAR NOVO CAMPO SINTÉTICO

Foi aprovado em reunião de câmara um apoio no montante de 100 mil euros ao Sport Lisboa e Marinha para a requalificação do seu relvado sintético » pág. 11

SÃO SETE OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Foram sete as candidaturas entregues até dia 2 de agosto, no Tribunal Judicial da Marinha Grande, com vista às Eleições Autárquicas de 26 de setembro. PS, PSD, +MpM, CDU, CDS, BE e Chega vão a votos » pág. 7

“QUEREMOS CONTINUAR A CRESCER”

Rui Cardeira, em entrevista ao JMG, faz um balanço positivo dos 20 anos de atividade da Cardeira & Costa

» págs. 4 e 5

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DESPORTIVO NÁUTICO

CONQUISTA 11 MEDALHAS

» pág. 12

Ò PATINAGEM

CIDÁLIA PROMETE PATINÓDROMO NA HOMENAGEM A PITEIRA

A presidente da Câmara da Marinha Grande anunciou que o Instituto Português do Desporto e Juventude já deu parecer positivo ao projeto do futuro Patinódromo » pág. 3

Ò EDUCAÇÃO

MARINHENSE DESTACA-SE EM CONCURSO DE INOVAÇÃO

Rafael Pereira e Salomé Novo, recém-licenciados em design pelo IPL, conquistaram o 2.º lugar no Europe Enterprise Challenge » pág. 6

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A u t o r i z a d o p e l o s C T T a c i r c u l a r e m invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE11332021GSB2B

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

SEGUNDA EQUIPA DE INTERVENÇÃO PERMANENTE IMPRESCINDÍVEL

Em permanência nos quartéis de Bombeiros para acorrer a qualquer situação de urgência e emergência, as Equipas de Intervenção

Permanente (EIP) foram criadas, em 2001, para aumentar a eficácia da resposta às populações

Cada uma destas equipas é constituída por cinco elementos, bombeiros profissionais, caracterizando-se pela sua elevada especia- lização, com conhecimentos em valências diferenciadas para atuarem em diferentes cenários. A sua implementação e funciona- mento passa pela congregação de esforços entre a Autoridade Nacional de Proteção Ci- vil, as Câmaras Municipais e as Associações Humanitárias de Bombeiros.

A corporação de Bombeiros Voluntários da Marinha Grande tem uma EIP, que iniciou a sua atividade a 1 de maio de 2009, com um horário de funcionamento entre as 10h e as 13h e das 14h às 19h.

Uma segunda equipa, uma pretensão an- tiga da corporação, permitiria estender este horário, melhorando a prontidão e resposta dada à população marinhense.

A sua importância é inquestionável. No ano de 2019, por exemplo, a EIP da Mari- nha Grande realizou 348 serviços, dos quais a larga maioria no socorro a doenças e a vítimas de vários tipos de acidentes. Mas não só. Dedicou também muitas horas a ações de prevenção como limpeza e desobstrução de vias, sinalização de perigo, levantamento de riscos de vária ordem (como incêndios ou inundações) ou verificação de equipamen- tos indispensáveis à segurança, como bocas de incêndio ou pontos de abastecimento de água, entre outros.

Em 2020, mesmo com a situação pandé- mica, esta equipa prestou 325 serviços à po- pulação marinhense, a maioria de socorro a ocorrências diversas, como doenças súbitas ou acidentes. Foram ainda realizadas des- locações de apoio e socorro a inundações

e incêndios em habituações e fogos rurais e industriais.

Os Bombeiros Voluntários de Vieira de Lei- ria têm também uma EIP, criada cerca de 10 anos mais tarde, a funcionar com horários diferenciados e alternados. Os números das ocorrências e dos serviços são mais discretos, mas, mesmo assim, não deixam de ser uma importante mais-valia para a comunidade.

Irão os Bombeiros Voluntários da Marinha Grande e de Vieira de Leiria obter autoriza- ção para constituírem a sua segunda equi- pa? Haverão efetivamente meios humanos e financeiros para o efeito? É que, já este mês de julho, o Ministério da Administração In- terna anunciou a criação de 100 novas EIP.

ÒCONCELHOS DE MAIOR RISCO

Atualmente existem no país 406 EPI, 337 (83%) das quais foram criadas desde 2017, no quadro da reforma do sistema de emer- gência e proteção civil. Este programa do Governo prevê a criação destas equipas nos concelhos de maior risco.

As EIP visam assegurar, em permanência, o socorro às populações, designadamente nos casos de combate a incêndios, inunda- ções, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes ou catástrofes; socorro a náufragos; socorro complementar, em se- gunda intervenção, desencarceramento ou apoio a sinistrados no âmbito da urgência pré-hospitalar, não podendo substituir-se aos acordos com a autoridade nacional de emer-

gência médica; minimização de riscos em si- tuações de previsão ou ocorrência de aciden- te grave; e colaboração em outras atividades de proteção civil, no âmbito do exercício das funções específicas que são cometidas aos corpos de bombeiros.

Contudo, os elementos que constituem as EIP desempenham, ainda, outras tarefas de âmbito operacional, incluindo planeamento, formação, reconhecimento dos locais de ris- co e das zonas críticas, preparação física e desportos, limpeza e manutenção de equipa- mento, viaturas e instalações, sem prejuízo da prontidão e auxílio.

A EIP assegura o socorro e permanece ativa em todos os dias úteis, por um perío- do semanal de 40 horas, de acordo com um plano de horário mensal elaborado pelo Co- mandante do Corpo de Bombeiros.

No caso da Marinha Grande e de Vieira de Leiria, são várias as razões que contri- buem para a relevância da constituição de uma segunda EIP. Por um lado, o município é atravessado por importantes vias rodoviárias (como a A8 ou a EN 242) e pela ferrovia, através da Linha do Oeste. Conta também como um conjunto muito elevado de empre- sas, divididas por vários polos industriais. A floresta, apesar da destruição causada pelo incêndio de 2017 no Pinhal de Leiria, repre- senta ainda um risco acrescido no que diz respeito a incêndios. Trata-se de um contexto que exige uma resposta operacional profis- sional e de máxima prontidão. ß

Arquivo

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SENSIBILIZAÇÃO

LUAS & FALUAS INCENTIVA

ALEITAMENTO MATERNO

A Luas & Faluas – Associação para o Desenvolvimento Pessoal, Social e Co- munitário, sedeada na Marinha Grande, dinamizou na última semana um leque de ações de sensibilização a respeito da importância e responsabilidade partilha- da na proteção da amamentação.

A iniciativa teve como público-alvo a comunidade local e interventores sociais e decorreu no âmbito da Semana Mun- dial do Aleitamento Materno, que decor- reu de 1 a 7 de agosto.

“Proteger a amamentação - uma res- ponsabilidade de todos” foi o tema des- te ano, lançado pela WABA – Aliança Internacional para Ação em Amamenta- ção, que é uma rede de pessoas que tra- balham em escala global para eliminar obstáculos à amamentação, segundo explicaram as responsáveis pela asso- ciação Luas & Faluas.

“A amamentação é um ato de saúde e um direito que precisa ser respeitado e protegido. Este ato depende da mãe mas pensar que depende APENAS da mãe amamentar ou não o/a seu/sua bebé pelo tempo que deseja é uma vi- são extremamente reducionista do que é o aleitamento humano”, referem as pro- motoras.

Hélia Gomes, diretora geral da As- sociação, salienta que a maioria das mulheres opta pela amamentação, mas muitas outras não o conseguem fazer devido a múltiplos desafios. “Pouco apoio prático e informativo, críticas à forma como e quando o fazem, o re- gresso ao trabalho precoce, o ataque muitas vezes aparentemente subtil mas feroz dos média e empresas a favor dos leites artificiais, profissionais pouco in- formados e que transmitem informação e aconselhamento não baseado na me- lhor evidência científica, são apenas al- guns deles”, refere.

Entretanto, e no âmbito do projeto Lua do Brincar, a Associação Luas&Faluas prepara-se para dinamizar na manhã do próximo dia 22 de agosto (domingo), um Atelier de Verão, destinado a crian- ças até aos 6 anos e respetivas famílias.

Desenvolver a criatividade, auto- -estima, motricidade fina e motora dos mais pequenos, apoiando o seu cresci- mento saudável e o desenvolvimento de competências é o grande desígnio da iniciativa.

Mais informações pelo contacto 919 657 566. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 12 de agosto de 2021

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ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

SORTEADA ORDEM DOS CANDIDATOS

NOS BOLETINS DE VOTO

Já é conhecida a ordem pela qual os diferentes partidos e movimento candidatos às próximas autárquicas vão aparecer no boletim de voto no próximo dia 26 de setembro. O sorteio decorreu dia 3 de agosto no Tribunal Judicial da Marinha Grande.

No boletim de voto para a Câmara da Marinha Grande, em primeiro lugar vai surgir o Partido Socialista com a sigla PS, seguido do Partido Social-Democrata (PPD/PSD), em ter- ceiro lugar o Chega (CH), em quarto o Bloco de Esquerda (BE), seguido do Movimento pelo Concelho (+MPM), do CDS - Partido Popular (CDS-PP), e, finalmente, da CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV).

Para a Assembleia Municipal da Marinha Grande, a or- dem pela qual as diferentes candidaturas vão aparecer, será diferente: PPD/PSD, +MPM, CDS-PP, CH, BE, PCP-PEV, e PS.

Quanto à Assembleia de Freguesia da Marinha Grande, concorrem seis candidaturas, e o sorteio ditou a seguinte or- dem: BE, PPD/PSD, CH, PS, PCP-PEV, e +MPM.

À Assembleia de Freguesia de Vieira de Leiria, são 4 as candidaturas submetidas: PS, PCP-PEV, +MPM, e PPD/PSD.

Finalmente, no que se refere à Assembleia de Freguesia da Moita, o sorteio ditou que seja o PPD/PSD o primeiro a figurar no boletim de voto, seguido do PCP-PEV, do +MPM e do PS. ß

INTERVENÇÃO ABRANGE 41 QUILÓMETROS

AUTARQUIA LIMPA LINHAS DE ÁGUA

Decorrem este mês e prolongam-se até setembro os traba- lhos de desobstrução e limpeza das valas e linhas de água urbanas existentes no concelho da Marinha Grande, numa ex- tensão superior a 41 quilómetros.

A medida, dinamizada pela autarquia, representa um in- vestimento de 11 mil euros (mais Iva), com vista à “melhoria das condições de escoamento da água em situações normais e extremas, garantindo a minimização das situações de risco para pessoas e bens, em situações de cheia”.

Está prevista a remoção de vegetação e de outros resíduos que possam impedir a livre circulação de águas, bem como a proteção das áreas contra a erosão provocada pelas cheias.

Em nota de imprensa, o Município recorda que no aglo- merado urbano este tipo de intervenção é da sua responsa- bilidade, nos termos descritos na Lei da Água, mas que fora dos aglomerados urbanos é da competência dos proprietários a manutenção do bom estado de conservação e limpeza nas parcelas confinantes com leitos e margens de águas públicas.

Vão ser intervencionadas as ribeiras de Albergaria, Tece- lão, Embra, Bernardas, Salgueiro, Figueiras, Forno da Telha, Pedrulheira, Gaeiras, Trutas, Valdreanes e Escoura, na Fregue- sia da Marinha Grande; Barqueiro, Talhões da Vieira e Ribei- ra dos Talhões da Praia da Vieira, na Freguesia de Vieira de Leiria; e ainda as ribeiras existentes na Freguesia da Moita, e que não foram identificadas no comunicado. ß

OBRA VAI NASCER NA ZONA DESPORTIVA

PATINÓDROMO VAI CUSTAR 1 MILHÃO DE EUROS

A presidente da Câmara da Marinha Grande anunciou que o Instituto Português do Desporto e Juventude já deu parecer positivo ao projeto do futuro Patinódromo, que vai custar um milhão de euros e que será construído na Zona Desportiva

Cidália Ferreira fez o anúncio no passado dia 5 de agosto, no auditório da Resinagem, durante a cerimónia de homenagem ao atleta António Piteira, que con- quistou duas medalhas, uma de prata e outra de bronze, no Cam- peonato Europeu de Patinagem de Velocidade que decorreu no final de julho, em Estarreja.

A presidente da autarquia lembrou que a proposta para a construção de um Patinódromo foi a vencedora do Orçamento Par- ticipativo de 2017 [por proposta de Neusa Rosa], com um montan- te global de 100 mil euros, afir- mando que a Câmara abraçou o

“sonho” do Clube de Patinagem do Agrupamento de Escolas Ma- rinha Grande Poente e o projeto, que inicialmente seria construído junto ao Parque Municipal de Ex- posições foi deslocalizado para a Zona Desportiva, atrás do campo relvado n.º 2, e a sua construção implicará agora um investimento de um milhão de euros, tendo em conta a requalificação das ruas adjacentes. O Patinódromo terá condições, segundo foi anuncia- do, para acolher a realização de Campeonatos de âmbito Nacio- nal e Internacional.

ÒPATINÓDROMO SANTANA – PITEI- RA?

Na cerimónia foram apresen- tadas algumas imagens de como será o futuro Patinódromo da Ma- rinha Grande, que também já re- cebeu parecer favorável da Fede- ração Portuguesa de Patinagem e

cujos projetos de especialidades estão em elaboração, prevendo- -se que possa ir a reunião de câ- mara já em setembro.

Cidália Ferreira sugeriu ainda e considerou “justo” que o Pati- nódromo possa vir a denominar- -se “Santana – Piteira”, numa alusão a José Santana, treinador do Clube e grande impulsionador da modalidade no concelho, e a António Piteira, o jovem de 15 anos que soma diversos títulos de campeão nacional e que acaba de conquistar duas medalhas no Europeu de Patinagem de Veloci- dade. A presidente remeteu, no entanto, a eventual decisão sobre o nome da infraestrutura para uma futura reunião do executivo camarário.

Ò“SEM ELES EU NÃO ESTARIA AQUI”

António Piteira demonstra ser, aos 15 anos, além de um atleta de excelência, um jovem com va- lores, método e muito foco. Rece- bido pelo Município em cerimónia oficial, após a conquista de duas medalhas de âmbito europeu, o jovem marinhense agradeceu o apoio do treinador José Santa- na e de todos os seus colegas:

“Sem eles eu não estaria aqui”.

Piteira agradeceu ainda à mãe pelo esforço de, após um dia de

trabalho, percorrer uma centena de quilómetros para o levar a Ca- nelas, onde tem as condições de que precisa para treinar.

José Santana, grande impul- sionador da modalidade no con- celho e treinador do Clube de Patinagem do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, recordou a criação do projeto em 2010 e que logo no ano seguinte começou a dar resultados. Em 11 anos de atividade, o Clube foi 11 vezes campeão e foram conquis- tados 27 títulos individuais de âm- bito nacional a que se juntaram agora duas medalhas de âmbito europeu. Santana salientou a im- portância do desporto escolar e fez votos que se consigam reunir as condições necessárias para dar apoio aos jovens atletas ma- rinhenses na concretização dos seus sonhos.

Cidália Ferreira, por sua vez, reconheceu o valor e empenho do treinador José Santana, bem como “o feito” do jovem António Piteira que através da sua con- quista levou longe o nome da Ma- rinha Grande. A autarca realçou o esforço, trabalho e dedicação do atleta de patinagem de velo- cidade, considerando o seu feito

“motivo de orgulho e exemplo a seguir”. ß

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4 entrevista

ENTREVISTA

“QUEREMOS CONTINUAR A CRESCER NO RAMO IMOBILIÁRIO”

Rui Cardeira, em entrevista ao JMG, faz um balanço positivo dos 20 anos de atividade da Cardeira & Costa, imobiliária da Marinha Grande. O empresário mostra-se otimista quanto à evolução do negócio e antevê que 2021 seja o melhor ano de sempre para a empresa que lidera

Em tempos de pandemia, como se tem adaptado a Cardeira & Costa a esta nova realidade: vender casas em segu- rança?

Felizmente a nossa atividade não tem tido grandes restrições, comparando, por exemplo, com outras atividades como a restauração e o turismo. Tirando os dois confinamentos em que tivemos de ficar em casa, de facto agora conseguimos desen- volver a nossa atividade de uma forma quase normal. É certo que temos de ga- rantir o uso da máscara, o uso do gel, o distanciamento social, não permitir muita gente no escritório, mas temos conseguido desenvolver a nossa atividade normalmen- te.

O digital é hoje uma “arma” impor- tante na venda. Acredita que caminha- mos para vendas e arrendamentos on- -line ou o presencial nunca será substi- tuído?

Acho que o online será mais um com- plemento e já o é. O negócio via online tem mudado um pouco, por conta da nova tecnologia que está sempre a surgir e a Century 21 até é pioneira na criação de uma aplicação que permite praticamente fazer todo o negócio e acompanhá-lo.

Mas, na minha opinião, o digital será um complemento. Isto é um negócio de pes- soas, para pessoas, é um negócio de re- lação e não há aplicação nenhuma que substitua a relação. É importante que as pessoas que queiram ter uma carreira nes- ta atividade estejam em constante forma- ção para poderem acompanhar a evolu- ção da tecnologia.

O primeiro semestre está cumprido.

Já é possível fazer um balanço dos pri- meiros seis meses do ano?

É um balanço extremamente positivo, mesmo nesta época os números são muito animadores. Todos os indicadores nos di- zem que vamos ter mais um ano de recor- des e de grandes resultados. No primeiro semestre estamos a crescer significativa- mente em termos de faturação, em número de clientes compradores, em número de

leads que conseguimos reter no digital, tudo nos indica que vamos ter um ano de grandes resultados e acredito bastante que a Cardeira & Costa vai continuar a crescer a sua cota de mercado, não só na Marinha Grande mas também no mercado de Leiria onde estamos a ter um crescimen- to surpreendente.

Como é possível obter estes resulta- dos aqui na Marinha Grande quando a realidade nos mostra que há uma enor- me escassez de produto?

Digo muitas vezes aos meus agentes que as nossas dificuldades são as dificuldades dos outros. Não é só na Marinha Grande que existe escassez de produto, é geral.

Temos a sorte de estar numa rede nacional e temos a sorte de perceber o mercado nas várias zonas do país. De facto existe escassez de produto novo. Recordo-me há 20 e alguns anos quando comecei a tra- balhar nesta área, e a Marinha Grande tinha uma característica, que curiosamente ainda mantém, que é vendia-se tudo em projeto. Qualquer projeto que existe com fundações, nós chegávamos lá e estava vendido. A agora está a acontecer exata- mente o mesmo. As pessoas têm aqui al- gumas opções: ou compram novo e ficam à espera que se concretize, temos vários imóveis já vendidos em projeto, ou com- pram usado e fazem obras e remodelam as casas. Acredito que uma pessoa que precisa de casa não deixa de a comprar pelo facto de não haver aquela casa que procurava, há sempre uma adaptação. Te- mos uma fantástica equipa que sabe apre- sentar soluções aos clientes.

A pandemia, pelos dados que tem, alterou os hábitos de quem compra casa? Ou seja, o logradouro passou a ser ainda mais relevante ou um imóvel com terreno?

Sim, a pandemia veio trazer novos há- bitos às pessoas, habituadas a estar mais em casa. De facto, nota-se não só aqui na Marinha Grande a tendência de as pes- soas quererem ter um espaço exterior. Mas depois vem a realidade, que é aquilo que

as pessoas querem e depois aquilo que podem. Se as pessoas pretendem uma mo- radia mas não têm capacidade se calhar temos de arranjar um apartamento com cave ou uma moradia para remodelar. De facto, a oferta é escassa e os preços estão elevados.

O que é que hoje mais se procura na Marinha Grande? Casas ou apartamen- tos? A “febre” das casas antigas ainda se mantém?

A procura a nível de habitação própria é 50/50. A tendência em primeiro lugar é as pessoas quererem uma moradia. Nos outros 50 por cento temos as pessoas que ou não dão importância ao espaço exte- rior, ou não têm capacidade de endivida- mento para a tal moradia que gostariam de ter, e então também há o tal mercado das casas antigas que está a funcionar em duas vertentes: o investidor, e aquela pes- soa que não consegue comprar a moradia mais cara e então compra uma casa anti- ga que depois vai remodelando.

Os preços das casas aparentemente

não desceram na Marinha Grande. Em sua opinião, os preços tendem a estabi- lizar ou prevê ainda um crescimento do preço por metro quadrado?

A minha perceção é que o mercado vai continuar a subir os preços. É a lei da oferta e da procura. É o mercado a funcio- nar. Há muito mais procura que oferta. O preço da construção também tem estado a subir, em preços de materiais e mão-de- -obra. A minha perspetiva, infelizmente para os compradores, é que não vejo uma luz ao fim do túnel para a estabilização dos preços nos próximos tempos.

Mas a Marinha Grande continua a ser, segundo o INE, uma das cidades mais ba- ratas em termos do preço por metro qua- drado do país.

E qual é a sua opinião em relação às moratórias?

Acredito que vai haver algumas famí- lias que não vão conseguir honrar o com- promisso de pagar a prestação da casa.

O desemprego aumentou, os salários não cresceram… Mas, se vier a acontecer não será no imediato. Mas vai levar algum tem-

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entrevista

JORNAL DA MARINHA GRANDE | 12 de agosto de 2021

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entrevista

po até se verificar o incumprimen- to e a banca ficar com o imóvel.

Também não prevejo que haja aqui muita oferta feita dessa for- ma. No curto/médio prazo não vejo que vá influenciar a oferta de imóveis.

Comprar para arrendar é ain- da uma via com forte rentabili- dade?

Sim e cada vez mais. Os inves- tidores já perceberam que a nível de segurança/rentabilidade, o investimento no imobiliário para arrendamento é o mais seguro.

Sabemos que a Banca não está a pagar juros de depósitos a prazo, a única coisa que os Bancos es- tão a oferecer são investimentos de risco. No imobiliário o risco é nulo, porque o imóvel está lá, está a valorizar e as pessoas confiam em nós, com taxas de rentabilida- de de 6 a 7 por cento ao ano no arrendamento.

Têm existido algumas movi- mentações no mercado, desig- nadamente novas agências e mudanças de consultores em al- gumas imobiliárias. Como olha para essa realidade? Há espaço para mais agências na Marinha Grande?

Eu olho para isto de uma forma muito calma, porque afinal tenho 23 anos de imobiliário e a Cardei- ra & Costa fez agora 20 anos e já assisti a muita coisa. Estamos a assistir a um momento muito forte, com muita procura e muito negó- cio. É perfeitamente natural que outras pessoas queiram investir no imobiliário para terem o seu pró- prio negócio. No que diz respeito aos agentes que mudam de lojas é novamente o mercado a funcionar, porque os melhores são sempre co- biçados.

Lido serenamente com isso, sei que tenho grandes profissionais na minha empresa, que são frequen- temente assediados por outras em- presas, mas sei que tenho de lhes dar boas condições de trabalho, e com um staff fantástico que os apoia.

Gosto de concorrência saudá- vel, porque isso faz-nos mais fortes.

Qual é o segredo do vosso su- cesso?

Recordo-me, há 13 anos, quan- do assinámos com a Century 21 que era eu e uma funcionária. Pri- meiro, conhecer o modelo de ne-

gócio e depois aplicá-lo. Uma das coisas em que sempre apostámos foi na formação. 80 por cento da nossa equipa é formada aqui. Te- mos um plano de formação e ten- tamos formar as pessoas. Tem isso este o nosso percurso. Felizmente temos encontrado boas pessoas que se têm formado no ramo imo- biliário. Sem pessoas este negócio não existe e sinto-me muito grato pelas pessoas que tenho a traba- lhar comigo.

A mediação imobiliária con- tinuará a ser a vossa principal atividade ou poderá existir di- versificação no vosso modelo de negócio, 20 anos depois de terem iniciado este percurso de sucesso?

No que concerne à Cardeira &

Costa, o nosso core business é a mediação imobiliária, sendo certo que também temos um departamen- to e somos licenciados pelo Banco de Portugal como intermediários de crédito. Tenho um ex-bancário a trabalhar comigo na parte do desenvolvimento do crédito à ha- bitação.

Queremos continuar a crescer no ramo imobiliário e desenvolver esta parte do crédito à habitação, que complementa o nosso negócio.

Nestes 20 anos, a empresa tem vindo a crescer de forma sustentada. Era aqui que queria chegar ou a Cardeira & Costa cresceu muito além do que ima- ginava há 20 anos atrás?

Muito mais! Há 20 anos se me dissessem que nós estávamos aqui hoje com esta dimensão eu di- zia: “Tu és maluco!”. Como disse quando conheci o projeto da Cen- tury 21 e alguém me disse que era possível uma imobiliária faturar um milhão de euros…

Eu trabalhava numa outra em- presa, a Réplica, que chegou a existir na Marinha Grande, eu era diretor comercial e o Luís Costa, que é indissociável deste projeto, era meu vendedor. Quando essa empresa me quis vender o escritó- rio deles em Leiria, que era onde eu trabalhava, eu não aceitei e quis fundar a minha empresa, e o início da Cardeira & Costa é este.

Convidei o Luís Costa para vir tra- balhar comigo para montarmos a Cardeira & Costa e o que que- ríamos na altura era vender umas casas, e ir fazendo a nossa vida.

Depois houve uma evolução,

fomos conhecendo outras realida- des, outros projetos, e a partir do momento em que nós conhecemos como é trabalhar numa rede desta dimensão e conhecer o negócio da forma como nos era ensinado, em termos do know how da rede Century 21, claro que queremos crescer e cada vez crescer mais, e não estamos a falar em lucros.

Claro que o lucro é importante e todos precisamos de dinheiro para viver, mas também é o sentir que ajudamos as pessoas a mudarem a vida delas. Temos pessoas que aprenderam aqui uma profissão e hoje têm uma vida organizada a trabalharem numa empresa que lhes dá conforto e segurança para a sua vida, e é isto que me alimen- ta, digamos assim, em continuar este percurso.

E depois há outra coisa que também me dá muito prazer, nós somos PME Excelência há 10 anos consecutivos. Há poucas imobiliá- rias no país que o são e isso é um estatuto que muito orgulho me dá. Mas isto só se consegue com pessoas, e sou muito grato porque tenho uma fantástica equipa, tan- to de staff como de comerciais, a trabalhar comigo. Estas distinções não são minhas, são de todos.

Qual é a visão que tem para os próximos 20 anos?

O meu sonho, digamos assim, e as coisas estão a orientar-se nesse sentido, é que os meus filhos daqui a 20 anos estejam cá, e eu esteja também cá para ver, quem sabe com uma cadeia de lojas da Car- deira & Costa a nível nacional…

Para já, tem duas agências em Leiria e uma na Marinha Grande. Poderão existir novida- des em breve noutros concelhos do distrito, ou fora do distrito?

É uma possibilidade. Não fe- cho a porta. Neste negócio, como noutros, temos de ter é os recursos humanos, ter alguém em quem de- legar a abertura de uma loja num novo mercado e isso não é fácil arranjar. Se eu tivesse alguém em quem eu confiasse e com o know how suficiente para abrir outros mercados, era já amanhã, não havia dúvidas nenhumas.

Felizmente temos as lojas con- solidadas e de facto estava na altura certa para caminharmos para outros mercados, mas temos de arranjar as pessoas certas e ter calma. ß

»LEITURAS

“No mundo há livros fantásticos que ninguém lê”,

Umber to Eco

“O Paraíso na Outra Esquina”, de Mário Vargas Llosa,

Dom Quixote, 2003

Mário Vargas Llosa, escritor Peruano, Prémio Nobel da Lite- ratura em 2010, conta-nos nesta obra e em capítulos interca- lados, a vida de duas curiosas personalidades do século XIX que procuraram alcançar a felicidade.

Flora Tristán (1803-1844) mulher altruísta foi uma fervorosa defensora dos direitos da mulher e dos operários, idealizando a construção de uma sociedade perfeita em que todos tives- sem os mesmos direitos e oportunidades. Já doente e com um passado familiar traumático, abdicou do amor familiar e con- tinuou a luta por uma causa que achava justa.

«Abriu os olhos às quatro da madrugada e pensou: “Hoje começas a mudar o mundo, Florita.” Não a surpreendia a perspectiva de pôr em andamento a maquinaria que ao fim de alguns anos transformaria a huma-

nidade, desaparecendo a injusti- ça. Sentia-se tranquila, com forças para enfrentar os obstáculos que lhe sairiam ao caminho (…)».

Paul Gauguin (1848-1903) foi um apaixonado pela pintura. Re- nunciou à vida burguesa levada em Paris, abandonou a mulher e os filhos e viajou para o Tahiti na esperança de encontrar um lugar ainda não contagiado pelas con- venções de ordem social que pre- dominavam na Europa do seu tem-

po. Ali realizou, fascinado pela visão daquele mundo desco- nhecido, uma obra original integrada no pós-impressionismo.

(…) «Devia o apodo de Koke a Teha’amana, a sua primeira mulher da ilha, porque a anterior, Titi Pechitos, essa gralha neo-zelandesa-maori com a qual nos primeiros meses no Tahiti vivera em Pepeete, a seguir em Paea e finalmente em Mataiea, não tinha sido, falando com propriedade, sua mulher, mas apenas uma amante. Nesses primeiros meses toda a gente lhe chamava Paul (…)».

Ainda há a particularidade de Flora Tristán ser avó materna de Paul Gauguin tendo vivido, porém, em tempo diferente.

Têm em comum a vontade de nunca desistir das suas ideias.

Passando pelo sofrimento com a tragédia a acompanhá-los, eles ansiavam alcançar um Paraíso onde se possa viver em felicidade. Não o conseguindo deixam-nos, porém, perceber o quanto lutaram pelos seus sonhos. Uma leitura a não perder…

Mario Vargas Llosa nasceu em 1936, em Arequipa, no Peru. Professor universitário, académico e político, grande vul- to intelectual, é considerado como um dos maiores escritores da América Latina e do mundo. ß

Carlos Reys

Designer

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COMPETIÇÃO EUROPEIA DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

RECÉM-LICENCIADOS DO IPL CONQUISTAM 2.º LUGAR

O marinhense Rafael Pereira e Salomé Novo, recém-licenciados da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Politécnico de Leiria, con- quistaram o 2.º lugar no Europe Enterprise Challenge, uma competição europeia de inovação e empreendedorismo que reúne as melhores ideias de negócio de estudantes de todo o continente europeu, que se reali- zou em julho em formato online.

Os dois licenciados em Design Indus- trial integram a equipa “Mute”, vencedora da Competição Nacional do Start Up Pro- gramme da Junior Achievement Portugal, e representaram o país neste desafio anual europeu, com a ideia de negócio “MUTE Música Têxtil”.

O projeto foi desenvolvido no âmbito da

unidade curricular de Design e Inovação, do 3.º ano da licenciatura em Design Industrial, que no último ano letivo acolheu o Start Up Programme da Junior Achievement Portugal.

“MUTE Música Têxtil” consiste num módulo de canto para isolamento de frequências e reverberações acústicas, alternativo aos painéis de parede em espumas sintéticas, realizado a partir de desperdícios têxteis.

Destina-se a aplicações profissionais na in- dústria da música, mas pode igualmente ser utilizado em outras situações, incluindo o espaço doméstico.

A ideia para o produto e respetivo ne- gócio surgiu a partir da experiência na indústria da música do marinhense Rafael Pereira, com base na observação de pro- blemas detetados na produção, aplicação

e utilização dos painéis acústicos conven- cionais. Partiu igualmente de preocupações ambientais e ecológicas dos autores.

“Representar Portugal é uma experiência emocionante. Acreditamos no valor do nos- so projeto, e sentimo-nos muito felizes pelo seu reconhecimento. Enquanto designers, esta distinção traz-nos confiança sobre um futuro mais consciente e sustentável. Agra- decemos imenso toda a confiança e apoio”, referem os jovens designers Salomé Novo e Rafael Pereira. ß

JOAQUIM CORREIA

MUSEU COM VISITAS GUIADAS AOS SÁBADOS

A partir de agora é possível visitar o Mu- seu Joaquim Correia, situado no centro da ci- dade, com acompanhamento especializado.

As visitas guiadas decorrem aos sábados à tarde, mediante marcação prévia.

As medalhas, pinturas, esculturas e es- tátuas em bronze, elaboradas pelo Mestre Joaquim Correia podem ser visitadas com acompanhamento especializado aos sába- dos, pelas 15 horas. Devido à pandemia, as visitas guiadas são restritas a pequenos gru- pos que devem fazer as respetivas reservas previamente através do endereço de email museu.jcorreia@cm-mgrande.pt.

Instalado no Palácio Taibner de Morais desde dezembro de 1997, o Museu consa- gra a obra de um dos maiores expoentes no campo da criação artística do concelho da Marinha Grande, o Professor Escultor Joa- quim Correia.

O seu acervo é composto por inúmeras coleções de obras de arte e por estudos, criados pelo escultor. É possível contemplar bustos, estátuas em bronze e em gesso, mas também medalhas, desenhos e pinturas ela- boradas por Joaquim Correia ao longo da sua vida.

O Museu Joaquim Correia pode ser visita- do de quarta feira a sábado, entre as 10 e as 13h e das 14h às 18h. ß

“ECO PRAIAS”

VALORLIS INCENTIVA À RECICLAGEM

NAS PRAIAS

A Valorlis vai estar este mês nas praias da região para dinamizar a campanha “Eco Praias” que decorre em parceria com os Municípios e que consistirá na realização de ações de sensibilização destinadas aos veraneantes, comércio e serviços.

Está prevista a distribuição de sacos de papel aos veraneantes, convidando-os desta forma a separar corretamente os seus resí- duos e para assegurar que após uma ida à praia esta permanece limpa.

Será ainda promovida uma aplicação que funciona como um jogo, que pretende premiar o bom desempenho ambiental dos cidadãos e através do qual devem ser acu- muladas EcoMoedas, que podem depois ser trocadas por prémios, como vales de descon- to no supermercado.

A Valorlis vai estar na Praia da Vieira no próximo domingo, dia 15, e em São Pedro de Moel no sábado, 14, e também no pró- ximo dia 21.

»PARTICIPAR PARA MELHORAR

Vale tudo… até divulgar notícias duvidosas

Estamos num tempo em que vale tudo.

As eleições aproximam-se e aproveitam-se todos os momentos para apresentar obra feita, quer seja do Executivo PS, quer seja do governo, quer seja de anteriores Execu- tivos. Tudo é metido no mesmo saco. Não interessa a qualidade nem a veracidade dos factos, o que importa é colocar muitos post no Facebook a toda a hora e minuto.

Uma das notícias colocada nesta rede so- cial, como sendo a Presidente a escrevê-la, dizia respeito ao anúncio de uma visita às obras de requalificação dos molhes sul e norte do rio Lis na Praia da Vieira “ao longo de meses, lutei por este investimento junto do governo e da APA (Agência Portuguesa do Ambiente)”, evidenciando também que a obra também era da sua responsabilida- de. Como lembrou o ex-Vice-Presidente na reunião do passado dia 19 de julho, esta requalificação é de total responsabilidade da APA e está englobada num programa mais vasto que vai da Vieira a Cortegaça.

As notícias muitas vezes repetidas de que tudo é de sua autoria não se transformam automaticamente em verdadeiras, aliás,

quando confrontada com a notícia na re- ferida reunião admitiu que não era da sua autoria, mas apenas porque “quis acompa- nhar o que se está a fazer e o que falta fazer”, ou seja, ser fiscal de uma obra que não é sua, apenas para ficar na fotografia, algo que não faz nas obras que são da res- ponsabilidade da autarquia.

Um tema que ainda não foi notícia nas redes sociais da câmara, é um pouco mais complexo, foi levantado pela Vereadora Alexandra Dengucho na mesma reunião, dizia respeito a Projetos que a Câmara se pode candidatar no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), designado por “Bazuca”. Como resposta, a Presidente informou “Estamos a acompanhar, ainda não saíram candidaturas para as câmaras, mas já estão a ser vistas questões ligadas à ferrovia. A linha do Oeste vai ser eletrifica- da e passará na nossa terra e em Leiria”.

Analisando os concursos divulgados pelo governo, já estão alguns disponíveis, um deles na Área de Acolhimento Empresarial (AAE), virado para as empresas, que per- mitirá a sua fixação em diversos pontos do país, carregamento de viaturas elétricas e de abastecimento de hidrogénio e também de soluções de resiliência ativa a incêndios, que estará disponível entre 10 de agos- to e 15 de setembro. A câmara, embora não sendo uma empresa, poderá e deve- rá apoiar e até influenciar as que queiram

concorrer. Brevemente, abrirão outros a que a autarquia se poderá candidatar, nomea- damente, na componente das Respostas Sociais e de Administração Pública e Digi- tal. Pelo que foi observado, ainda não se debruçaram sobre eles.

Nesta discussão, foi evidente o seu des- conhecimento sobre estes assuntos, de outro modo, como aliás fizeram inúmeras câma- ras, algumas perto de nós, teria referido um documento solicitado às autarquias e empresas no âmbito da consulta pública do PRR, cujo prazo terminou no dia 1 de março de 2021. Seria interessante ter conhecimen- to se o fez. Caso não o tenha feito, é muito grave. Não tiveram o cuidado de analisar as diversas componentes do Plano e ver o que o concelho pode beneficiar ou sugerir outros. Por exemplo, a câmara de Leiria, dado que o PRR não contemplava algumas obras que considera urgentes e inadiáveis, enunciou as que o Plano deve contemplar, por exemplo “Modernização da linha do Oeste, aeroporto de Monte Real, despolui- ção do rio Lis”. A eletrificação da linha do Oeste é uma miragem. Não está contem- plada no Plano da ferrovia como a Presi- dente anunciou. Um lapso a acrescentar a muitos que acontecem diariamente. Oxalá o próximo Executivo ainda vá a tempo de deitar mãos à obra e fazer alguma coisa pelo concelho. De outro modo, perderemos o comboio irremediavelmente. ß

Elvira Ferreira

elvira.g.ferreira@gmail.com

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 12 de agosto de 2021

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AUTÁRQUICAS

CHEGA SUBSTITUI CABEÇA DE LISTA À ÚLTIMA HORA

Foram entregues na tarde de 2 de agosto, último dia possível, no Tribunal Judicial da Marinha Grande, as listas de candidatos autárquicos do Chega no concelho.

No lugar do cabeça de lista à Câmara, Pedro Moreira, o partido apresentou Ezequiel Murteira

Em comunicado divulgado na véspera da entrega das listas no Tribunal, a distrital de Leiria do Chega dava conta, através da sua página de Facebook, que “Pedro Moreira não será o candidato do Chega à [Câmara da] Marinha Grande por desistência deste”.

Ezequiel Murteira, empresário de 45 anos, foi escolhido como novo cabeça de lis- ta à autarquia marinhense e foi o seu nome que figurou na documentação entregue no Tribunal Judicial no último dia permitido por lei para o efeito. À Assembleia Municipal, o Chega apresenta-se com Helga Sousa, e à Assembleia de Freguesia da Marinha Gran- de com Paulo Jorge Cunha Velho.

ÒCHEGA ALEGA DESISTÊNCIA DO CANDIDATO

No comunicado, a distrital de Leiria co- munica que Pedro Moreira não será o can- didato do CHEGA à Marinha Grande “por desistência deste”, informando que a distrital

“vinha rececionando queixas da concelhia e militantes quanto ao comportamento, condu- ta e excessos cometidos pelo candidato e seu

escolhido vice presidente”.

Segundo o documento, “no dia marcado pela concelhia para análise de listas na sede da distrital, os Vices da concelhia à hora mar- cada prepararam todo o trabalhoso processo de candidatura”, acrescentando que “nos documentos não constavam os do candidato Pedro Moreira”.

O comunicado assinado por Luís Paulo Fernandes, presidente da distrital, faz ainda saber que “a representação da concelhia re- gistou e informou de factos muito graves que tinham ocorrido, cometidos por Pedro Morei- ra e Sandro Cardoso na última reunião, su- gerindo que Sandro Cardoso fosse integrado mas não aconselhável a vice presidente”.

A distrital explica ainda que o candidato e o seu vice chegaram à dita reunião com hora e meia de atraso e que “confrontados com a sugestão da proposta da concelhia ratificada pela distrital em ordenar o Sr. Sandro Cardo- so para quarto, estes que não se encontra- vam no seu estado normal, foram agressivos verbalmente, chantageando a candidatura do partido”, acrescentando que “o Candida-

to Pedro Moreira, não entregou documentos mesmo depois de prazo concedido por es- crito. Este nunca esteve em causa...”. Mais escreveu a distrital que “no CHEGA os can- didatos devem reunir competência, mérito e sustentabilidade da lista. Não passarão nun- ca por imposição”.

Também em comunicado, Sandro Cardo- so, na qualidade de vice presidente escolhido por Pedro Moreira, refuta as acusações da distrital acusando de “má-fé” os seus respon- sáveis por terem alterado, à última hora, o local da referida reunião.

“A nossa grande indignação foi ver que toda a equipa preparada pelo candidato Pedro Moreira tinha sido alterada por esses dois vices [Helga Sousa e Carlos Aquino] e com a conivência do Sr. Luís Paulo Fernandes presidente da distrital, além das calúnias di- tas a respeito da minha pessoa e por último também sobre o próprio candidato Pedro Moreira”, afirmando que este entregou os documentos necessários para prosseguir com a candidatura à Câmara da Marinha Grande. ß

AUTÁRQUICAS

CDS-PP CONCORRE APENAS À CÂMARA E À ASSEMBLEIA

O CDS-PP vai concorrer à Câmara e à Assembleia Municipais da Marinha Grande nas Eleições Autárquicas de 26 de setembro. As listas foram entregues no Tribunal Judicial a 2 de agosto, último dia permitido por lei para o efeito.

Ao contrário do que sucedeu nas Autárquicas de 2017, em que o CDS-PP se apresentou a votos na Marinha Grande em coligação com o Partido Popular Mo- nárquico (PPM), sob a sigla + Marinha, desta vez o partido submete-se sozinho ao escrutínio dos eleitores marinhenses.

Outra das diferenças face às eleições autárquicas anteriores reside no facto de o CDS-PP apenas apresentar candidatos à Câmara e Assembleia Municipais, deixan- do de fora as três Juntas de Freguesia do concelho. Refira-se que já em 2017, o par- tido não apresentou candidatos às Juntas da Moita nem de Vieira de Leiria, apenas à Junta da sede de concelho.

Com o slogan “Marinha Merece Me- lhor”, o CDS-PP apresenta como cabeça de lista à Câmara Pedro Amorim, que em 2017 concorreu à Junta da Marinha Gran- de, e à Assembleia Municipal Ana Paula Silva. ß

AUTÁRQUICAS

TRIBUNAL JUDICIAL RECEBE

7 CANDIDATURAS

Foram sete as candidaturas entregues até dia 2 de agosto, no Tribunal Judicial da Marinha Grande, com vista às Eleições Autárquicas de 26 de setembro. Na corri- da à Câmara estão assim 7 candidatos.

Alexandra Dengucho (CDU), Aurélio Ferreira (+MPM), Carlos Caetano (PSD), Cidália Ferreira (PS), Ezequiel Murteira (Chega), Pedro Amorim (CDS-PP) e Pedro Luzio (BE). São estas as 7 pessoas que con- correm para ser o(a) próximo(a) presidente do Município da Marinha Grande. ß AUTÁRQUICAS

PSD APRESENTA LISTA À CÂMARA

O auditório do Centro Empresarial da Marinha Grande, situado na Zona Industrial, foi o local escolhido pelo PSD para a apresentação da sua lista de candidatos ao Município nas Autárquicas de 26 de setembro

Para a Câmara Municipal, acompanham Carlos Caetano (56 anos, licenciado em Ana- tomia Patológica) os candidatos José Duarte (55 anos, gestor), Susana de Sousa Pereira (engenheira eletrotécnica e docente no IPLei- ria), Carlos Militão Guerra (enfermeiro), Rita Santos (formada em gestão de empresas tu- rísticas), Arlete Gonçalves (solicitadora) e Vítor Franco (docente universitário).

Já no que se refere à Assembleia Munici- pal, cuja lista é encabeçada por Joaquim João Pereira, seguem-se Manuel Santos, Paula Teo- dósio, Pedro Silva, Paulo Silvério, Ana Bártolo,

Álvaro Santos, Rui Manuel Lopes, Maria Isabel Manso, José Guímaro, Manuel Roque, Tânia Ferreira, António Cabeço, Florentino Pereira, Francisca Pereira, Matilde Pereira, Henrique Guardiano Santos, Herculano Duarte, Cláudia Gonçalves, Manuel Joaquim Lopes, e Américo Pereira.

Quanto à Assembleia de Freguesia da Ma- rinha Grande, o PSD apresenta como cabeça de lista Gastão Salvado, seguido de Pedro Roldão, Bárbara Sampaio, Hélio Costa, Fer- nando Sampaio, Susana Garcia dos Santos, Ana Magalhães, José Ascenço, Hugo Arrimar,

Anabela Salvado, João Pedro Santos, António Martins, Elisa Pinheiro, Fernando Henriques, Maria Marques, Rui Pedro Panta, Ana Paula Santos, João Silva e Joana Fortunato.

Para a Assembleia de Freguesia da Moi- ta, o Partido Social Democrata concorre com Teodoro Simões, Franklim Ascenso, Íris Bento Cruz, Guilherme Pina, Maria Laureano Pina, Alcino Frade, Daniela Catarino, Acácio Ventu- ra e Andreia Moreira.

Finalmente, à Assembleia de Freguesia de Vieira de Leiria, são candidatos pelo PSD Vítor Dinis, Adriano Sousa, Vera Sousa, Vítor Hugo Dinis, Florbela Chavinha, António Grazina, Rui Marcelino, Sílvia Faria, João Arcanjo, José Manuel Oliveira, Maria Amália Barosa, Vítor Gomes e Isabel Batista. ß

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BIP

ESPETÁCULOS FECHAM ANO DE ATIVIDADES

A Biblioteca de Instrução Popular (BIP) de Vieira de Leiria

encerrou no passado dia 31 de julho mais um ano de atividades, com um conjunto de pequenos espetáculos. Ao palco subiram crianças, jovens e adultos para mostrarem um pouco do que foi a aprendizagem num ano fortemente marcado pela pandemia

Ao longo da tarde, e perante pequenas plateias formadas essencialmente por fami- liares dos participantes em palco (devido às limitações decorrentes da pandemia), foram apresentadas performances de algumas dis- ciplinas, como Karaté, Danças Circulares, Ballet e Piano, tendo sido entregues certifica- dos a todos os que participaram nas ativida- des dinamizadas ao longo do ano.

Na ocasião, Catarina Barreto, presiden- te da Direção da BIP, sublinhou o “esforço e dedicação” de monitores e participantes que, em cumprimento de todas as regras

emanadas pelas autoridades de saúde, leva- ram a bom porto mais um ano de atividades na associação que pugna pela promoção cultural da Freguesia de Vieira de Leiria.

ÒALUNOS EXPÕEM OBRAS DE ARTE

Entretanto, na noite da última quinta feira foi inaugurada a exposição de pintura dos alunos da Academia de Artes, que ficará patente no salão principal da BIP até ao fi- nal do mês. A inauguração foi marcada por uma atuação do jovem saxofonista vieirense António Pedrosa. ß

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TEATRO

“AVIEIROS” RECORDADOS JUNTO AO RIO LIS

“Avieiros” é como se intitula a peça de teatro que a Câmara da Marinha Grande se prepara para apresentar no próximo dia 21 de agosto, pelas 21h, na Praia da Vieira. A representação será levada a cabo pelo Teatresco – Grupo de teatro, ao ar livre, junto à margem norte do Rio Lis, nas imediações do Parque de Merendas.

Com encenação, cenários e texto dra- mático de Pedro Wilson, com base no ro- mance lírico “Avieiros”, de Alves Redol, a peça é produzida pelo Teatresco e os figuri- nos estão a cargo de São Trindade e Ju Vi- torino. Integram o elenco Alfredo Mendes, Ana Carqueijeiro, Andreia Susano, Carlos Turco, Célia Miranda, Fátima Ferreira, Fi-

lipe Pedrosa, Florentino Ferreira (Belinha), Gonçalo Ferreira, Ju Vitorino, Judite Sapa- teiro, Luís Teixeira, Margarida Saramago, Mariana Nunes, Matilde Miranda, Miguel Miranda, Nuno Russo, Odete Laranjo, Pedro Neto, Rodrigo Pedro, Rogério Gou- veia e São Trindade.

A peça tem entrada livre embora sujei- ta à lotação do espaço. Segundo a orga- nização é obrigatório o uso de máscara, a desinfeção das mãos e o respeito pelas orientações dos colaboradores técnicos do espetáculo, tendo em conta o contex- to pandémico. A iniciativa conta com o apoio da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 12 de agosto de 2021

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OCORRÊNCIAS

CAFÉ LUSITANO

FOI ALVO DE FURTO

O Café Restaurante Lusitano, situado junto à Avenida José Gregório, foi visitado pelos ‘amigos do alheio’ na madrugada de 31 de julho, sábado.

Os responsáveis pelo espaço estimam um prejuízo na ordem dos 700 euros

Segundo o JMG conseguiu apu- rar junto de Corina Borges, res- ponsável pelo espaço, o ou os in- divíduos terão conseguido entrar por uma porta lateral, após terem partido um vidro para aceder ao átrio do prédio. Para sair, usaram a porta que dá para a esplanada e

“conseguiram fazê-lo sem disparar o alarme”.

Foram furtadas várias garrafas de bebidas brancas e aberta uma das caixas registadoras, que “não continha dinheiro”. O prejuízo, contabilizadas as bebidas, o vidro

e as fechaduras arrombadas, deve- rá rondar os 700 euros, segundo Corina Borges.

No local esteve a PSP da Mari- nha Grande e a respetiva equipa técnica para a recolha de indícios para investigação. ß

PARA VER ATÉ DIA 18

COSMOS AZUL E MAR RECEBE EXPOSIÇÕES

São duas as exposições que podem ser apreciadas por estes dias no espaço Cosmos Azul e Mar, antigo Centro Azul, situado em São Pedro de Moel.

“Expressões” e “Antes & Depois” é como se intitu- lam as mostras que foram inauguradas na última sexta feira, 6 de agosto, e que vão ficar patentes até dia 18.

Ao nível do rés-do-chão, na denominada Sala Azul, é possível contemplar a mostra coletiva “Expressões”, que junta trabalhos de Álvaro Pereira, Ana Cristina Luz, Ana Filipa Correia, José Manuel Barbosa e Luí- sa Maria Lopes, de fotografia, aguarela e acrílico so- bre tela. As obras refletem diferentes olhares sobre S.

Pedro de Moel, o mar e a natureza.

Já na Sala Mar e na Sala Cosmos, ambas situadas no 1.º andar do edifício, está patente a exposição de pintura de António Pedro, intitulada “Antes & Depois”, que apresenta o Pinhal de Leiria no período anterior e posterior ao trágico incêndio de outubro de 2017.

Os trabalhos expostos podem ser apreciados de segunda a sexta feira das 15h às 22h, e aos fins de semana das 10h às 12h30 e das 16h às 22h, sem- pre com entrada gratuita. O espaço está encerrado às quintas feiras. ß

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10 opinião

»PEÇO A PALAVRA...

Um cheiro de mudança

As sondagens valem o quer valem, são apenas uma indicação sobre a possível vontade do eleito- rado, mas não há dúvida de que aqui na Marinha Grande o PS corre um sério risco de perder e o MPM tem agora a oportunidade de finalmente ver recompensado o seu trabalho sério e consequente de muitos anos. O MPM nunca pactuou com o isolacionismo partidário do PS e com a sua total incapacidade de gerir os destinos do concelho. O facto é que nas próximas eleições só votarão no PS os conformados e os que desistiram de a Mari- nha Grande ser um concelho liderante na região e no País e fazer os investimentos que há muito são promessas nunca concretizadas.

A Marinha Grande lidera no plano econó- mico e exportador com empresas de grande qualidade, motivo de admiração nacional e in- ternacional pela sua capacidade de inovar, de crescer e de criação de novos empregos, mas

é no plano autárquico um caso de estudo de incompetência e de ausência das qualidades mínimas para a gestão das enormes potenciali- dades do concelho. Competência e gestão que são as qualidades naturais dos sectores da so- ciedade marinhense que apoiam o MPM, quali- dades bem representadas pela experiência dos candidatos propostos.

Nesta hora de mudança, a Marinha Grande precisa de profissionais com provas dadas e não de amadores, que por muito bem-intencionados que sejam, já mostraram não reunirem as condi- ções mínimas para uma boa gestão autárquica e para promover o progresso e a modernização que a Marinha Grande há muito merece. Além disso, o PS isolou-se das restantes forças políti- cas do concelho e não reúne as condições de abertura à criação dos consensos necessários e que nunca promoveu. ß

Henrique Neto

Empresário henriquejosesousaneto@gmail.com

# EDITORIAL O fim de um ciclo?

A um mês e meio das eleições locais, muito se tem especulado sobre os resultados no concelho da Marinha Grande e o estudo de opinião que se conhece aponta para uma ligeira vantagem do PS, embora a margem de erro indicie um empate técnico entre socialistas e o +MPM - Movimento pelo Concelho. Ou seja, a vitória tanto pode cair para Cidália Ferreira como para Aurélio Ferreira. Um dos dois será, muito provavelmente, o futuro presidente do município da Mari- nha Grande.

A perceção que temos remete-nos precisamente neste sentido: al- gum degaste de quatro anos de governação socialista e o crescimento do grupo liderado por Aurélio Ferreira, que à terceira poderá obter uma vitória que, a acontecer, será um feito histórico na Marinha Gran- de. Nunca aqui ninguém ganhou em autárquicas a não ser o PS e o PCP. Aliás, estes dois partidos chegaram a ter, juntos, mais de 80%

dos votos e, após estas eleições, prevê-se que possam representar menos de metade do eleitorado.

Ano após ano, socialistas e comunistas têm vindo a perder a sua base de apoio. Note-se que João Paulo Pedrosa perdeu em 2005 as eleições e teve mais de 6 mil votos, ao passo que Cidália Ferreira ganhou com menos de 5 mil.

Outra nota que está em cima da mesa é a passagem do PCP a ter- ceira força política, o que a acontecer será um rude golpe nas aspira- ções deste importante partido na Marinha Grande. Aliás, a CDU pode baixar de dois para apenas um vereador. É isso que as projeções apontam, porém, é um sério aviso à navegação pois a confirmar-se que apenas elegerá Alexandra Dengucho o futuro do PCP na Marinha Grande poderá estar comprometido.

As eleições de 26 de setembro ditarão, assim, não só quem lidera- rá o futuro executivo camarário que, muito provavelmente, não darão maioria absoluta a nenhuma das candidaturas, o que significa que terão que existir entendimentos pós eleitorais.

Se o PS ganhar, sem maioria, é muito natural que procure um enten- dimento político com o PCP. Se não o conseguiu nos últimos 4 anos, será desta?

Caso seja o +MPM a conquistar a vitória, é muito provável que os comunistas sejam chamados à governação. Ou seja, tudo indica que, a confirmar-se o resultado do estudo divulgado, Alexandra Dengucho venha a ser uma espécie de fiel da balança. Veremos o que os eleito- res dirão, pois as sondagens valem o que valem.

Relativamente aos outros partidos, é um dado praticamente adquiri- do que não elegerão qualquer vereador, sendo curioso saber se o PSD consegue ultrapassar a barreira dos 10% e se ficará à frente ou atrás da candidatura do jovem Pedro Luzio do Bloco de Esquerda.

O Chega, é um facto, não terá certamente uma votação que lhe permita sequer sonhar com a eleição de um vereador, já para não falar do CDS-PP que continuará a ter um resultado residual.

O Jornal da Marinha Grande vai promover debates com os candi- datos a todos os órgãos autárquicos, em setembro. Entrevistaremos ainda, um a um, os cabeças de lista à presidência da Câmara da Marinha Grande isoladamente na RCM, com transmissão na Marinha- TV. Ou seja, todos terão voz e nenhum deixará de apresentar as suas propostas através do JMG, da RCM e, claro, na MarinhaTV. Voltare- mos a fazer serviço público numa altura em que nos preparemos para escolher os nossos representantes nas Juntas de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal. Têm a palavra os candidatos…

A Direção do Jornal da Marinha Grande

INSTANTÂNEO

MANUTENÇÃO PRECISA-SE!

Desta vez, precisa-se de manutenção na Garcia, no largo em frente à Igreja. Há um candeeiro há muito a precisar de atenção…. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 12 de agosto de 2021

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desporto

CLUBE QUER INSTALAR NOVO SINTÉTICO

APROVADO APOIO DE 100 MIL EUROS AO SL MARINHA

Foi aprovado na reunião de câmara extraordinária decorrida a 3 de agosto, um apoio no montante de 100 mil euros ao Sport Lisboa e Marinha para a requalificação do seu relvado sintético

O assunto mereceu discussão, após a vereadora Lara Lino, da CDU, ter referido um email enviado pelo Clube da Ordem a todos os vereadores dando conta de que a candidatura que haviam submetido ao PRID, um Programa para a Reabilita- ção de Instalações Desportivas lançado pelo Instituto Português do Desporto e Ju- ventude (IPDJ), havia sido indeferida por responsabilidade do município. Segundo a vereadora, o Clube esperava receber o montante de 50 mil euros para colma- tar despesas com a requalificação do sintético, no entanto, e como o contrato de comodato assinado com o Município para a utilização das instalações foi assi- nado apenas a 27 de julho, após a data da candidatura, esta teria sido excluída.

Lara Lino propôs, por isso, que o valor do apoio do Município ao SL Marinha subis- se de 100 mil para 150 mil euros.

Na resposta, a vereadora do desporto,

Célia Guerra, informou que desde finais de abril, e após uma reunião com o Clube, co- meçou-se a trabalhar na elaboração do re- ferido contrato de comodato, que implicou a realização de trabalhos topográficos, entre outros. Afirmou ter-se comprometido com o Clube em ajudar a resolver o pro- blema até meados de julho, com a assina- tura do contrato de comodato cuja versão final foi aprovada em reunião de câmara a 19 de julho e assinada dias depois. Célia Guerra lembrou que com a assinatura do contrato de comodato se conseguiu resol- ver uma situação que se arrastava há 82 anos, tendo em conta que os terrenos em que o Clube se encontra são propriedade

da autarquia. A vereadora e vice presiden- te informou que mantinha a proposta de apoiar o SL Marinha com 100 mil euros para a requalificação do seu sintético por- que foi o valor solicitado pelo Clube e é com igual valor que têm sido apoiados os restantes clubes do concelho para a con- cretização de igual desígnio. Sugeriu, no entanto, que o Clube apresente outra can- didatura à Câmara e/ou ao IPDJ para con- seguir a verba necessária para as restantes obras de infraestruturas.

Colocada à votação, a atribuição deste apoio foi aprovada com 3 votos a favor e duas abstenções do MpM e outra da CDU. ß

»OPINIÃO

Sport Lisboa

e Marinha - Comunicado

Temos o maior prazer de informar os nossos sócios e adeptos que foi, ao fim de 82 anos de história, finalmente regulariza- da a situação que se prende com os terre- nos que são utilizados pelo Sport Lisboa e Marinha desde a sua fundação.

Foi assinado hoje (30 julho 2021) o contrato Comodato entre o Sport Lisboa e Marinha e a nossa Autarquia, que pre- vê a cedência dos terrenos do Campo da Ordem ao clube, por um período de 25 anos, renováveis.

Este era um acordo de vital importân- cia para a regularidade e futuro do clube, podendo assim investir nas melhorias das infraestruturas e usufruir das mesmas, cum- prindo com todos os parâmetros e obriga- ções legais.

Não poderíamos deixar de agrade- cer à Vereadora Célia Faustino Guerra, aos vereadores eleitos e aos técnicos da autarquia que tanto fizeram para encon- trar soluções, para nos dar apoio directo para resolver esta situação, já com tantos anos de atraso, mas que finalmente che- gou a uma resolução, para o bem deste clube histórico que tem como principal objectivo servir as crianças e jovens ma- rinhenses,

Mais uma grande vitoria conquistada, para dar o melhor futuro ao Sport Lisboa e Marinha!

A Direção do SL Marinha

Arquivo

»OPINIÃO

Mais um caso de incompetência do PS

Em outubro de 2020 o Sport Lisboa e Marinha entrou em contacto com a autarquia a fim de conseguirem adquirir um novo campo sintético. Desde outubro até abril de 2021 estudaram-se várias possibilidades para a aquisição desta infraestrutura, uma vez que os terrenos onde está o clube são propriedade da autarquia.

Em abril o executivo permanente de- cide fazer um contrato de comodato a fim de regularizar a questão do clube e permitir assim que o mesmo conseguisse a candidatura à CMMG para colocar o sintético. O valor que a câmara se propôs a entregar para a colocação de sintético foi 100 mil euros (à semelhança do que foi investido noutros clubes). Este valor não é suficiente para a colocação do sin- tético muito menos para a execução do

projecto que o clube deu a conhecer ao executivo.

Desde abril que o Clube informou a autarquia que estava a candidatar-se a fundos do IPDJ - programa PRID 2021 para fazer face aos gastos do dito projec- to. Para a formalização da candidatura era necessário o contrato de comodato que a vereadora do pelouro Célia Guerra se comprometeu a ter concluído ate final de junho. O Clube alertou várias vezes a vereadora para a importância e urgência deste documento.

Após a insistência do SLM para que a CMMG, nos termos do acordo, remetes- se o contrato de comodato, em Junho a Vereadora pediu para o SLM informar o IPDJ que o documento seria enviado até meados de Julho.

Acontece que a Câmara Municipal li-

derada pelo executivo PS não conseguiu elaborar o contrato de comodato atempa- damente – apenas foi assinado em 28 de julho (mesmo sabendo das consequências nefastas para o clube e mesmo sendo re- lembrados ao longo do tempo) - para que o clube pudesse entregar na sua candida- tura ao PRID.

Demoraram 4 meses e o clube viu a sua candidatura indeferida, conforme email enviado pelo próprio Clube, com a resposta do IPDJ.

Entendemos por isso que deve ser a câmara municipal a responsabilizar-se pela sua incompetência e pelo prejuízo que causou ao clube, suportando assim os 50 mil euros.

A CDU tem denunciado em todos os órgãos autárquicos para as grandes di- ficuldades que atravessa o movimento

associativo, nomeadamente solicitando a canalização da verba alocada às festas da cidade para estas entidades. Realida- de que o executivo PS se recusa a ver, criando inclusive dificuldades ao traba- lho que os dirigentes associativos levam a cabo desta forma nefasta.

Na CDU tudo faremos para que este desrespeito pelo movimento associativo, cultural, desportivo e recreativo tenha fim de uma vez por todas!

As vereadoras da CDU não deixarão de pugnar pela defesa intransigente dos direitos do movimento associativo, tal como têm feito ao longo do mandato, le- vando as preocupações dos clubes, asso- ciações e colectividades a este órgão e intervindo para encontrar soluções.

CDU da Marinha Grande

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SUPERMOTO

ÁLVARO PEREIRA CONQUISTA 1.º PÓDIO DA ÉPOCA

Álvaro Pereira conquistou em Vila Nova de Poiares, na 3.ª eta- pa do Campeonato de Supermoto, a 11 de julho, o seu primeiro pódio da época, ao ser 3.º na geral do somatório de pontos, com o 3.º lugar da primeira corrida e o 5.º posto da segunda.

“Rodei muito pouco para me conseguir adaptar devido ao atraso na prova e fui dos poucos que não veio cá treinar antes.

Na corrida 2 houve uma alteração de traçado devido a óleo derramado na pista, o que me dificultou um pouco mais a perfor- mance, mas o importante era ser regular e consegui”, referiu no final o piloto Husqvarna – Jomotos/Ubermoto.

O piloto marinhense é agora 4.º classificado no Campeonato, a 3 pontos do terceiro lugar. O Campeonato terá a sua 4.ª etapa a 29 agosto, mas antes Álvaro Pereira vai estar presente no Gran- de Prémio de Espanha a contar para o Campeonato do Mundo de Supermoto, a 21 e 22 de agosto em Forcarei, Pontevedra. ß

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NATAÇÃO

DESPORTIVO NÁUTICO ALCANÇA 11 MEDALHAS

Realizou-se nos dias 30, 31 de Julho e 1 de Agosto de 2021, no Complexo de Piscinas Olímpicas do Jamor, o Campeonato Nacional de Juvenis e Open de Portugal.

Marcaram presença 609 nadadores em representação de 110 Clubes

O Desportivo Náutico da Marinha Grande fez-se representar por 9 atletas:

Ariana Carapinha, Beatriz Ferreira, Margarida Madeira, Maria Amado, Miguel Oliveira, Tomás Sarreira, Ricar- do Silva, David Relvas e Miguel Silva.

Os nadadores marinhenses superaram as expectativas, verificando-se ótimas performances durante o decorrer da competição. Foram alcançadas um to- tal de 11 Medalhas: 8 de ouro, 1 de Prata e 2 de Bronze, sendo o DNMG o clube mais medalhado na Categoria de Juvenis. Atingiram-se ainda 7 Recordes do Clube, 24 Recordes Pessoais e um desempenho médio de 101,1%.

ÒMEDALHEIRO

Ariana Carapinha (Juvenis A) Ouro: 100 Costas (1:07.18) Ouro: 200 Estilos (2:25.63) Ouro: 400 Estilos (5:14.68) Ouro: 200 Costas (2:26.84) Tomás Sarreira (Juvenis A)

Ouro: 400 Livres (4:12.37) Ouro: 1500 Livres (16:53.75) Prata: 400 Estilos (4:49.16) Miguel Oliveira

Bronze: 200 Estilos (2:16.03) Bronze: 100 Livres (55.00)

Margarida Madeira (Juvenis A) Ouro: 100 Bruços (1:16.29) Ouro: 200 Bruços (2:45.05)

ÒDESTAQUES

Tomás Amor Sarreira

400 Livres (4:12.37) - Recorde Clube Categoria Juvenil A

1500 Livres (16:53.75) - Recorde Clu- be Categoria Juvenil A

Miguel Vicente Silva

50 Livres (24.28) - Recorde Clube Ca-

tegoria Sénior David Relvas

400 Estilos (4:55.18) - Recorde Clube Categoria Junior

200 Mariposa (2:13.86) - Recorde Clube Categoria Junior

Margarida Madeira

200 Bruços (2:45.05) - Recorde Clube Categoria Juvenil A

Maria Amado

100 Costas (1:09.13) - Recorde Clube Categoria Júnior

Ariana Carapinha

200 Estilos (2:25.63) - Recorde Clube Juvenil A

100 Costas (1:07.18) - Recorde Juvenil A e Recorde Absoluto do Absoluto. ß

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Bodas de Ouro 50 anos de casamento

15/08/1971 – 15/08/2021

Maria da Conceição Custódia Domingues e José Manuel Pereira Confraria

Seus filhos, noras e netos felicitam-nos por este exemplo de vida em conjunto.

Felicidades, continuem assim Parabéns!

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