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PLANO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO AUSÊNCIA DE ACORDO

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Tribunal da Relação do Porto

Processo nº 1520/14.5TBSTS-A.P1 Relator: RUI MOREIRA

Sessão: 25 Novembro 2014

Número: RP201411251520/14.5TBSTS-A.P1 Votação: UNANIMIDADE

Meio Processual: APELAÇÃO Decisão: CONFIRMADA

PLANO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO AUSÊNCIA DE ACORDO

CREDORES CONVERSÃO EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA

Sumário

I - Num processo especial de revitalização que termina sem obtenção de

acordo dos credores, na sequência do que o administrador provisório requer a declaração de insolvência dos devedores, esse requerimento (eventualmente por certidão), que pressupõe o encerramento do próprio PER, deve ser

remetido à distribuição como processo de insolvência.

II - A esse processo, em que se converte o precedente PER, serão apensados os autos deste PER, nos termos e para os efeitos do disposto nos nºs 4 e 7 do art. 17º-G do C.I.R.E., respectivamente.

Texto Integral

PROC. N.º 1520/14.5TBSTS-A.P1

Tribunal de Santo Tirso – Instância Central – 1ª Sec Comércio – J1 REL. N.º 194

Relator: Rui Moreira

Adjuntos: Henrique Araújo Fernando Samões

*

1- RELATÓRIO

Em processo especial de revitalização em que foram requerentes B… e C…, casados entre si, residentes na R. …, bl. ., .º esq, …, na Trofa, após a

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comunicação efectuada pelo Administrador Judicial Provisório sobre a não aprovação do Plano de Revitalização ali sujeito à apreciação dos credores, veio o tribunal proferir decisão com o seguinte teor:

“Atento o teor do requerimento junto a fls. 285 declaro encerrado o presente processo especial de revitalização e a sua consequente conversão em processo de insolvência.

Notifique o Sr. Administrador Judicial Provisório para, em cinco dias, informar se procedeu à publicação no portal Citius da comunicação a que alude o artigo 17.º-G, n.º 1 do CIRE, devendo a mesma ser comprovada nos autos no mesmo prazo.

Desentranhe fls. 285 e ss. (deixando cópia nos autos) e remeta à distribuição como processo de insolvência, ao qual este processo de revitalização deverá, oportunamente, ser apensado.

D.N.”

*

Vêm os requerentes nesse processo impugnar tal decisão, através de recurso de apelação, na parte em que determinou a distribuição de expediente

extraído deste processo como um novo processo de insolvência, em vez,

simplesmente, converter o presente Processo especial de Revitalização (PER) no processo de insolvência que necessariamente se lhe sucederá, proferindo nos próprios autos a correspondente sentença.

Terminaram tal recurso formulando conclusões, de entre as quais, com utilidade, se retiram as seguintes:

“(…)

II. O presente processo configura um Processo Especial de Revitalização, tendo o Sr. Administrador Judicial Provisório emitido parecer no sentido de que os Recorrentes se encontram em situação de insolvência, tendo requerido, em conformidade, a sua declaração de insolvência.

III. O Tribunal a quo, em vez de ter dado cumprimento ao disposto no artigo 17º -G, nº 3, do CIRE, determinou a distribuição do presente processo, como processo especial de insolvência,

IV. Atenta a letra da lei, outra conclusão não pode ser alcançada senão que deve ser no próprio processo especial de revitalização que deve ser declarada a insolvência da devedora e não num outro novo processo a distribuir.

V. De outra forma não poderia ser, uma vez que, por um lado, os

extremamente curtos prazos dos artigos a que o Processo Especial de

Revitalização se reporta não se compaginam com a distribuição do processo a nova análise, de todo o processo, por parte de um outro Juiz, totalmente alheio ao até então processado; VI. Por outro lado, o processo de insolvência vai aproveitar actos praticados no Processo Especial de Revitalização, como sejam

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as reclamações de créditos ou a lista de credores definitiva.

(…)

VIII. Quer a letra da lei quer o seu espírito apontam no sentido de que a declaração de insolvência incumbe ao juiz do PER, o que se extrai, logo aquando da apresentação do requerimento e formalidades do PER, previstas no artigo 17º-C, decorrendo do disposto no nº 3, alínea a), que o devedor comunica que pretende dar início às negociações conducentes à sua

recuperação ao juiz do tribunal competente para declarar a sua insolvência, devendo este nomear de imediato, por despacho, administrador judicial provisório.

IX. Daí decorre cristalinamente que o Juiz que profere o despacho inicial de nomeação de administrador provisório, é juiz do tribunal competente pala declarar a sua insolvência, porquanto é a este, por via deste preceito, que o devedor comunica que pretende dar início ao PER.

X. No caso dos autos, tendo sido ultrapassado o prazo previsto no n´º 5 do artigo 17,°-D, que tem o máximo de três meses findo o prazo para as

impugnações, o processo negocial foi encerrado, e apresentado pelo Sr.

Administrador Judicial Provisório, parecer no sentido da insolvência dos Recorrentes.

XI. Estando, assim, a devedora em situação de insolvência o encerramento do processo especial de revitalização acarreta a sua insolvência, pelo que deveria a mesma ser declarada pelo juiz no prazo de três dias úteis contados a partir da recepção pelo tribunal da comunicação mencionada no nº 1 – art. 17º G, nº 3

(…)

XIII. No mesmo sentido veja-se a previsão do nº 7 do artigo 17º-G, onde expressamente se afirma sendo o processo especial de revitalização

convertido em processo de insolvência por aplicação do disposto no nº 4, que nos leva sem qualquer dúvida, à conclusão de que, quando o processo negocial se conclua sem aprovação do plano de recuperação, e o administrador judicial comunique tal facto ao PER, emitindo o seu parecer no sentido de que o

devedor se encontra em situação de insolvência, e requerendo que a mesma seja decretada (nºs 1 e 4 do citado preceito), o juiz do PER declara

imediatamente a insolvência do devedor.

XIV. Da interpretação de todos os indicados normativos, decorre que, convertido o PER em processo de insolvência, seguirá como tal a partir da sentença que a declara, ficando os autos iniciais do PER apensos àquele onde é decretada a insolvência e, por esta via, é convertido em processo de

insolvência.

XV. Solução contrária levaria à inviabilização prática daquela que foi a

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intenção do legislador: criar um processo urgente onde ou a empresa é considerada passível de recuperação, ou, caso tal não ocorra a mesma se encontre em situação de insolvência, esta é imediatamente decretada pelo juiz no prazo máximo de três dias,

XVI. Assim, tendo o PER sido encerrado e apresentado pelo administrador judicial provisório parecer no sentido de ser decretada a insolvência do devedor, a mesma deveria ter sido imediatamente decretada pelo Juiz no próprio PER, convertendo-se em processo de insolvência, ficando os autos iniciais apensos a este (…).

Termos em que (…) revogando o despacho recorrido e declarando que a insolvência (…) deve ser decretada no próprio PER, farão V. Exas a habitual justiça.”

Não foi apresentada qualquer resposta a este recurso.

O recurso foi admitido como de apelação, com subida imediata, nos próprios autos e com efeito devolutivo.

*

Cumpre decidir.

2- FUNDAMENTAÇÃO

Identificando a questão a resolver a partir do leque de conclusões formuladas pelos apelantes, como impõe o disposto nos arts. 635º, nº 4, e 639º, nºs 1 e 2, do C.P.Civil, haverá de decidir-se tão somente sobre se a sentença de

insolvência subsequente à constatação da correspondente situação dos requerentes num Processo Especial de Revitalização, deve ser proferida no próprio processo, ou determinar a distribuição e autuação de um novo processo de insolvência.

Para o efeito, é útil ter presentes os elementos que integram o próprio processo e que, para além da decisão recorrida que supra se transcreveu, incluem o requerimento do Administrador Provisório nela mencionado, de fls.

285, do qual se retira o seguinte excerto:

“O plano de revitalização, apresentado pelos Devedores, que se anexa (…) considera-se não aprovado por não ter recolhido mais de dois terços dos votos emitidos nos termos previstos no nº 1 do art. 212º do C.I.R.E..

Mais requer, atento o resultado da votação e nos termos do disposto no nº 3 do artigo 17º-G, que seja proferida sentença de declaração de insolvência dos Devedores.”

*

Como resulta do anteriormente exposto, os apelantes não discutem que se imponha a declaração da sua insolvência, por sentença inevitavelmente

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subsequente ao insucesso, junto dos credores, do plano de revitalização que eles próprios haviam proposto.

Cumpre apenas decidir da regularidade da decisão proferida, que determinou que, com base em certidão que traduz tais pressupostos, deve ser autuado novo processo, de insolvência, no qual a sentença devida venha a ser

proferida.

Sobre esta matéria, dispõe o art. 17º-G, do C.I.R.E., na parte que nos é agora útil;

“3 - Estando, porém, o devedor já em situação de insolvência, o encerramento do processo regulado no presente capítulo acarreta a insolvência do devedor, devendo a mesma ser declarada pelo juiz no prazo de três dias úteis, contados a partir da recepção pelo tribunal da comunicação mencionada no n.º 1.

4 - Compete ao administrador judicial provisório na comunicação a que se refere o n.º 1 e mediante a informação de que disponha, após ouvir o devedor e os credores, emitir o seu parecer sobre se o devedor se encontra em

situação de insolvência e, em caso afirmativo, requerer a insolvência do devedor, aplicando-se o disposto no artigo 28.º, com as necessárias

adaptações, e sendo o processo especial de revitalização apenso ao processo de insolvência.

(…)

7 - Havendo lista definitiva de créditos reclamados, e sendo o processo

especial de revitalização convertido em processo de insolvência por aplicação do disposto no n.º 4, o prazo de reclamação de créditos previsto na alínea j) do n.º 1 do artigo 36.º destina-se apenas à reclamação de créditos não

reclamados nos termos do n.º 2 do artigo 17.º-D.”

Tem-se por adquirido que o PER tramita no tribunal que, competente para ele, o é também para o processamento da insolvência que lhe sucederá.

Por outro lado, sabe-se que a pendência do PER origina a suspensão de acções de cobrança de créditos já pendentes contra o devedor e impede a instauração de outras (art. 17º-E, nº 1), o que se estende à suspensão do próprio processo de insolvência que se encontre em curso, sendo caso disso. Assim, após a sua interposição, toda a condição creditícia do devedor fica pendente do destino do PER.

Gorada a revitalização, e constatada a situação de insolvência do devedor, o devir é óbvio e imediato: no prazo de três dias, o juiz deve decretar a

insolvência dos devedores, convertendo-se o PER em processo de insolvência e ficando os anteriores termos daquele apensos a este (conjugação das normas do nº 4 e do nº 7 citadas).

Esta solução de “conversão” de um processo especial de revitalização no subsequente processo de insolvência, expressamente constante do texto da

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norma do nº 7, traduz claramente a pretensão de eficiência que determinou o legislador: o processo de insolvência constitui uma evolução do infrutífero processo de revitalização e deste se aproveitarão os respectivos termos,

designadamente a parte mais relevante que é a da identificação dos créditos já reclamados, prevenindo-se a necessidade de repetição dessa reclamação.

Todavia, não é da essência de uma tal conversão, nem é condição desse ganho de eficiência, que o processo de insolvência prossiga a correr nos próprios autos que antes tramitavam como PER. A conversão pode operar-se por uma distinção, também material, entre os dois processos, na medida em que um nasça com o encerramento do outro (em linha com a interpretação feita pelo tribunal recorrido), mas salvaguardando-se a eficácia dos actos até então praticados, como prescreve o citado nº 7 do art. 17º-G.

De resto, em favor de uma tal solução e em sentido contrário à do Ac. do TRC de 12-3-2013, disponível em dgsi.pt, citado pelos apelantes (a que aderiu o Ac.

do TRG de que foi junta cópia) podem identificar-se vários argumentos.

Em primeiro lugar, a identidade material entre o processo de revitalização e o processo de insolvência que lhe sobrevém (que se concretizaria, então, numa sucessão de duas fases processuais de um mesmo processo material) não resulta do texto da lei. Com efeito, o conceito de “conversão” constante do nº 7 não impõe essa conclusão.

Em segundo lugar, no nº 4 da norma citada, determina-se que o processo de revitalização frustrado fique “apenso” ao processo de insolvência. A tese defendida pelos apelantes e seguida pela jurisprudência citada desvaloriza completamente essa solução material prescrita pelo legislador, pois que se a sentença de insolvência for proferida nos próprios autos do PER e o processo passar a seguir como insolvência, não pode ele, em simultâneo, prosseguir nos próprios autos e ser apensado (como diz o legislador) a si mesmo. A apensação prescrita no texto legislativo pressupõe a duplicidade dos processos, por

oposição à unicidade inerente à conversão como entendida pelos apelantes.

Em terceiro lugar, só uma solução tal como a determinada na decisão

recorrida é compatível com uma solução coerente para os casos em que haja um prévio processo de insolvência entretanto suspenso ou não haja.

Com efeito, nos casos em que haja processo de insolvência previamente instaurado contra os devedores, cujos termos tenham ficado suspensos por efeito do PER, parece evidente que, frustrado este, cessa aquela suspensão. O processo de insolvência há-de retomar-se, sendo remetido o PER para

apensação ao mesmo, ali cabendo decretar a insolvência. Então, em harmonia com os interesses de eficiência e celeridade prosseguidos pelo legislador, nesse processo de insolvência retomado se acolherá a validade dos actos

praticados no PER, seja o parecer do administrador sobre a insolvência, sejam

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os inerentes à reclamação de créditos, nos termos do nº 7.

Pelo contrário, nenhum ganho decorreria de se declarar a insolvência no próprio PER e se declarar, no anterior processo de insolvência, a necessária extinção da instância, com desaproveitamento de tudo o que ali tivesse sido praticado.

Ora se em tal caso, frustrado o PER, a insolvência deve ser declarada e prosseguir no correspondente processo anteriormente instaurado, a este ficando apenso aquele PER, também no caso de inexistir prévio processo de insolvência, um tal processo deve ser instaurado, por conversão do PER frustrado, no processo assim criado se declarando a insolvência. De resto, tal como foi entendido pelo tribunal recorrido.

Acresce, e esse será um quarto argumento, que só em função de uma tal solução tem sentido a remissão operada no art. 17º-G, nº 4 para o art. 28º, ambos do CIRE.

Com efeito, através dessa remissão, o legislador equipara a eficácia do

parecer do administrador provisório sobre o estado de insolvência do devedor, no termo frustrado do PER, ao reconhecimento feito pelo próprio devedor sobre esse estado, quando se apresenta ele próprio à insolvência. Se assim é, também por isso se justifica o tratamento processual idêntico em ambas as situações: a distribuição de um processo novo, de insolvência, num caso por conversão do PER frustrado; noutro caso por requerimento do próprio

devedor; e, em ambos os casos, a justificar a declaração judicial da insolvência no prazo de três dias.

Por todas as razões expostas, e em concordância com o tribunal recorrido, entendemos que a solução a aplicar no caso em apreço não poderia deixar de ser a autuação do requerimento do administrador provisório tendente à

declaração da insolvência dos devedores, ora apelantes (ou certidão do

mesmo) e a sua distribuição como processo de insolvência, no qual se converte o frustrado PER, cujos termos àquele serão apensados.

De resto, no mesmo sentido se decidiu, com alargado suporte doutrinal, no Ac.

do TRL de 15/5/2014, no proc. nº 614/13.9TBPNI-B.L1-2 (disponível em dgsi.pt), no qual se entendeu de forma igualmente expressa divergir da solução proposta pelo citado Ac. do TRC, de 12/3/2013. Daí se retira a seguinte citação: “Fátima Reis Silva, na sua obra Processo Especial de

Revitalização, Notas Práticas e Jurisprudência Recente, Porto Editora, 2014, págs. 42-43, refere, a propósito da matéria em apreço, o seguinte: «Entre o n.°

3 e o n.° 4 ocorreu um lapso derivado da alteração sofrida por este preceito entre o primeiro projecto e a presente redacção. No primeiro projecto o

próprio PER convertia-se em processo de insolvência - e o actual n.º 3 reflecte essa opção. Mas entretanto foi alterado o n.° 4 (que antes apenas previa que o

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administrador aferia a insolvência) e passou a prever-se que o administrador judicial requer a declaração de insolvência, aplicando-se o art.° 28.° do CIRE com as devidas adaptações (insolvência por iniciativa do devedor), e sendo o processo especial de revitalização apenso ao processo de insolvência.

Embora a ideia geral permaneça e seja compreensível - segue declaração de insolvência, porquanto o requerimento do administrador judicial vai equivaler a confissão da situação de insolvência, que, sendo apresentação, tanto pode ser actual como iminente - não havia qualquer necessidade de complicar, indo ao ponto de prever o que corre por apenso ao quê.

A equivalência desta posição do administrador ao requerimento de apresentação de insolvência apenas veio complicar o processo e lançar

dúvidas sobre o que me parecia ser um bom princípio. O devedor que recorria ao PER sabia do risco que corria no final e assumia-o. Agora vê-se literalmente substituído pelo administrador judicial (que tem preferência para a nomeação como administrador da insolvência) com base num parecer que não pode contestar ou pôr em causa senão depois de declarada a insolvência e produzidos muitos dos seus efeitos nefastos.

Sendo agora claramente um outro processo (contra o já citado Ac. TRC, de 12/03/13), o requerimento do administrador do qual resulte estar a devedora em situação de insolvência, nos tribunais onde haja mais de um juízo, deve ser remetido à distribuição acompanhado do PER apensado.

Quando haja outro processo de insolvência anterior suspenso, deve ser este a prosseguir suspendendo-se o "novo" processo de insolvência, nos termos do 8.

° do CIRE e seguindo o seu regime - como explicitado nas notas ao artigo 17.°- E.”

Contra a solução que se vem defendendo, nem sequer pode argumentar-se ser ela contrária ao interesse de celeridade do legislador (cfr. concs. V, VI e XV) pois que não só ela continua a compreender o aproveitamento dos actos do PER que o justifiquem, como o prazo de três dias é idêntico ao previsto no art.

28º, como, ainda, tais ganhos se ampliam – justificando a solução em abstracto - nos casos não pouco frequentes em que exista um processo de insolvência que se suspendeu por efeito da abertura do PER. Não colhem, pois, os correspondentes argumentos dos apelantes.

Por todo o exposto, e em atenção aos argumentos antes expostos, concluímos nenhuma censura merecer a solução decretada pela decisão recorrida que, por isso mesmo, resta confirmar.

- Sumariando (art. 663º, nº 7 do CPC)

● Num processo especial de revitalização que termina sem obtenção de

acordo dos credores, na sequência do que o administrador provisório requer a

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declaração de insolvência dos devedores, esse requerimento (eventualmente por certidão), que pressupõe o encerramento do próprio PER, deve ser

remetido à distribuição como processo de insolvência.

● A esse processo, em que se converte o precedente PER, serão apensados os autos deste PER, nos termos e para os efeitos do disposto nos nºs 4 e 7 do art.

17º-G do C.I.R.E., respectivamente.

3 - DECISÃO

Face ao exposto, os juízes que constituem este Tribunal acordam em julgar improcedente a presente apelação, confirmando na íntegra a decisão

recorrida.

Custas pelos apelantes.

Porto, 25/11/2014 Rui Moreira

Henrique Araújo Fernando Samões

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