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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO - FEAAC DEPARTAMENTO DE TEORIA ECONÔMICA CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS ALEX CUSTODIO RABELO GOMES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO - FEAAC

DEPARTAMENTO DE TEORIA ECONÔMICA CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

ALEX CUSTODIO RABELO GOMES

O PROGRAMA SELO MUNICIPIO VERDE E O ICMS SOCIOAMBIENTAL: AVANÇOS E DESAFIOS NA GESTÃO AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO

DO CEARÁ.

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ALEX CUSTODIO RABELO GOMES

O PROGRAMA SELO MUNICIPIO VERDE E O ICMS SOCIOAMBIENTAL: AVANÇOS E DESAFIOS NA GESTÃO AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO

DO CEARÁ.

Monografia apresentado à Coordenação do

Curso de Ciências Econômicas da

Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientadora: Profa. Mônica Alves Amorim

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade

G612p Gomes, Alex Custódio Rabelo.

O Programa Selo Município Verde e o ICMS socioambiental: avanços e desafios na gestão ambiental nos municípios do estado do Ceará / Alex Custódio Rabelo Gomes - 2013.

50 f.: il.

Monografia (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Curso de Ciências Econômicas, Fortaleza, 2013.

Orientação: Profa. Ma. Mônica Alves Amorim.

1.Desenvolvimento sustentável 2.Gestão ambiental I. Título

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ALEX CUSTODIO RABELO GOMES

Monografia apresentado à Coordenação do

Curso de Ciências Econômicas da

Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Ciências Econômicas.

Aprovada em _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________ Professora Mônica Alves Amorim (orientadora)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

______________________________________________ Professor Francisco Correia de Oliveira

Universidade Federal do Ceará (UFC)

________________________________________________

Professor José de Jesus Sousa Lemos

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Clécia e Maurício, que foram o início de tudo, pelo amor, carinho, educação e apoio que dispensam a mim constantemente.

À minha família, irmãos, avós, tios e primos, que estiveram ao meu lado sempre em todas as fases da minha vida.

À Victória, pelo amor e compreensão, que me foi dedicado antes e durante a efetivação desta pesquisa, e que sei que me dedicará ao longo da vida.

À Profa. Mônica Amorim, que me conduziu ao longo deste trabalho, pela dedicação, empenho, comprometimento, incentivo e lições aprendidas.

À Profa. Dra. Nájila Rejanne Alencar Julião Cabral, pelos ensinamentos, participações, e sugestões valiosas para a realização deste trabalho.

Aos meus amigos, João Vitor, Júnior Sousa, e Rosana Lobo, por terem sido amigos verdadeiros além da Universidade e trazerem cotidianamente mais alegria para minha vida.

Aos meus amigos, Islane Júnior e Luciana Magalhães, pelo apoio, material, empréstimos e acima de tudo pelas energias positivas enviadas a mim.

Ao meu amigo Gleverson Passos por ter me aconselhado e sido companheiro. Sei que posso confiar em você apesar da distância.

A todos os professores que em minha vida me incentivaram a buscar a disciplina e o prazer pelos estudos, vocês foram essenciais para essa conquista.

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A todos os meus colegas que torceram pelo meu sucesso e que se identificarão com este trabalho.

Por fim. A todos que contribuíram de alguma maneira para a elaboração dessa

monografia, que participaram da minha rotina, que acompanharam de longe e que se sentiram realizados com as minhas realizações.

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RESUMO

O objetivo geral da pesquisa foi analisar o Programa Selo Município Verde e o ICMS Socioambiental, no período de 2004 a 2011, como instrumentos incentivadores de politicas publicas voltada a cuidados ambientais no Estado do Ceará, na busca de um desenvolvimento sustentável. Como objetivo específico, a pesquisa procurou verificar a evolução do Programa Selo Município Verde do Governo do Estado do Ceará e quais os benefícios auferidos pelos municípios participantes. A pesquisa fez uso de pesquisa bibliográfica, observação passiva e entrevistas diretas com participantes envolvidos no Programa. Os resultados da pesquisa evidenciaram a importância do Programa Selo Município Verde como incentivador de ações publicas municipais voltadas para cuidados ambientais. Em relação ao ICMS Socioambiental, constatou-se que esse instrumento de política afetou positivamente o Programa Selo Município Verde, por se tratar de um instrumento econômico que financia os agentes que adotem ações de preservação ambiental, observou-se então que após a criação do ICMS Socioambiental foram constatadas melhorias significativas nos resultados do Programa Selo Município Verde.

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Résumen

El objetivo general de la investigación fue analizar el “Programa Selo Município Verde” y “ICMS Socioambiental” en el período 2004-2011, como instrumentos de políticas públicas que impulsen la orientación al cuidado del medio ambiente en el Estado de Ceará, en la búsqueda del desarrollo sostenible. Los objetivos específicos, la investigación tuvo como objetivo investigar la evolución del “Programa Selo Municipio Verde” del Gobierno do Estado de Ceará y de los beneficios obtenidos por los municipios participantes. La investigación hizo uso de la búsqueda en la literatura, la observación pasiva y entrevistas directas con los participantes involucrados en el Programa. Los resultados de la encuesta mostraron la importancia del “Programa Selo Município Verde” como promotor de las actuaciones públicas municipales para el cuidado del medio ambiente. En relación con el “ICMS Socioambiental”, se encontró que esta herramienta de política afectó positivamente el “Programa Selo Municipio Verde”, porque es un instrumento económico que financia a los agentes a adoptar acciones de preservación del medio ambiente, por lo que se observa que después de la creación del “ICMS” se observaron mejoras socio ambientales significativos en los resultados del “Programa Selo Municipio Verde”.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Aplicação de IE em âmbito internacional 22

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município

Verde, no estado do Ceará, em 2004, 2005 e 2006 37

Figura 2 - Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município

Verde, no estado do Ceará, em 2007, 2008 e 2009 38

Figura 3 - Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município

Verde, no estado do Ceará, em 2010 e 2011 40

Figura 4 - Resultados obtidos no período de 2007 a 2010 42

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APRECE Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado Ceará

ASSUMA Associação Serras Úmidas do Estado do Ceará

BNB Banco do Nordeste do Brasil

CAGECE Companhia de Água e Esgoto do Ceará

CNUMAD Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento

COEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

COEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente

COMDEMA Conselho Municipal de Defesa de Meio Ambiente

CONPAM Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente.

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação.

IDA Índice de Desempenho Ambiental

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IFCE Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará

IGA Índice de Gestão Ambiental

IMA Índice de Mobilização Ambiental

IPECE Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

ISA Índice de Sustentabilidade Ambiental

OAB Ordem dos advogados do Brasil

PGJ Ministério Público Estadual

PIB Produto Interno Bruto

PSMV Programa Selo Município Verde.

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SEFAZ Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará

SEINFRA Secretaria de Infraestrutura

SEMACE Superintendência Estadual de Meio Ambiente - Ceará

SEPLAG Secretaria do Planejamento e Gestão

SESA Secretaria de Saúde

SETUR Secretaria de Turismo

SOMA Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente

SRH Secretaria de Recursos Hídricos

UECE Universidade Estadual do Ceará

UFC Universidade Federal do Ceará

URCA Universidade Regional do Cariri

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 14

2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E POLÍTICAS PÚBLICAS 17

2.1 Desenvolvimento sustentável 17

2.2 Direito ao Meio Ambiente 20

2.3 Politicas Públicas Ambientais no Brasil 21

3 O PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL PROGRAMA SELO

MUNICÍPIO VERDE-PSMV DO CEARÁ 24

3.1 Gestão Ambiental no Ceará 24

3.2 Programa Selo Município Verde 25

3.3 Conselhos de Defesa do Meio Ambiente (COEMA e COMDEMA) 28

3.4 Mecanismos de funcionamento do PSMV 30

3.5 Prêmio de Sensibilidade Ambiental 32

3.6 ICMS Socioambiental 33

4 ANALISE DOS RESULTADOS 36

4.1 Evolução das certificações do PSMV 36

4.2 Resultados Alcançados 41

4.3 Relação com Outros Indicadores Sociais 43

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 45

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1 INTRODUÇÃO

A degradação ambiental que acompanha a historia da evolução humana foi intensificada com as revoluções industriais e com o aumento da população mundial. A revolução industrial trouxe também uma pressão sobre a preocupação ambiental, devido à contaminação de rios, lagos e do solo, a poluição da atmosfera, o desmatamento e da ameaça à extinção de alguns animais causados pelo novo sistema de produção da economia (SILVA e CRISPIM, 2011).

A década de 60 ficou marcada pela crescente preocupação ecológica, em grande parte por causa do lançamento do livro “Primavera Silenciosa”, da bióloga e escritora norte-americana Rachel Carson que retratava os efeitos nocivos do uso de agrotóxicos e questionou os rumos da relação entre o homem e a natureza (SANTOS, 2009). Desde então, a relação ente o homem e a natureza passou por modificações, e dessa forma o discurso passou a ser mais incisivo em relação o a obtenção de um modelo que atenda os interesses econômicos e ao mesmo tempo, eleve a qualidade de vida da população.

Os países passaram a buscar o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, um desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. A esse modelo de desenvolvimento foi chamado de desenvolvimento sustentável. O termo “desenvolvimento sustentável” surgiu na Conferencia Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1972, elaborada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

O termo conservação distingue-se de preservação. Para Padua (2006), conservação contempla o cuidado com a natureza, mas permite o uso sustentável estimulando a proteção por meio de uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza. A preservação compreende a proteção da natureza, independentemente do interesse utilitário e do valor econômico que possa conter.

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provocados pela poluição, congestionamentos, desastres ambientais, escassez dos recursos naturais e impactos negativos na biodiversidade do planeta.

No Brasil, o tema veio a ter mais importância apenas na década de 90, com a realização da ECO-92 no Rio de Janeiro, uma conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento. Nessa conferência foi feito um balanço dos problemas existentes quanto dos progressos realizados, a presença maciça de inúmeros chefes de Estado, comprova a importância da questão ambiental no início dos anos 90. Os principais resultados da ECO-92 foram a aprovação de duas importante conversões: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Outro importante resultado foi a assinatura da Agenda 21, que constituía um plano de ações com metas para a melhoria das condições ambientais do planeta.

O Estado do Ceará, compreendendo essa preocupação passou a estimular discussões sobre a necessidade de dispor de medidas de conservação e uso sustentável dos recursos naturais. Assim, em 2003, foi estabelecida a Lei Estadual n.º 13.304/03, posteriormente regulados pelos decretos n.º 27.073/03 e n.º 27.074/03, instituindo assim o Programa Selo Município Verde (PSMV), uma certificação ambiental fornecida pelo Governo do Estado do Ceará. O Programa procura verificar, anualmente, os municípios que promovem melhorias ambientais e na qualidade de vida de sua população. O Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (CONPAM), presidente do comitê gestor do PSMV foi criado objetivando dar credibilidade e transparência ao programa.

A Lei que instituiu o PSMV também contempla o Prêmio Sustentabilidade Ambiental, entregue ao município certificado que melhor tenha atendido aos critérios estabelecidos pelo CONPAM.

Após os municípios que se adequaram aos critérios estabelecidos receberem os certificados, eles são classificados de acordo com o seu desempenho, o que serve como um indicador do que é preciso continuar cumprindo e o que falta para melhorar suas práticas ambientais.

Dessa forma, o Programa Município Selo Verde é uma ferramenta de grande importância para avaliar como estão às políticas municipais que tratam o problema ambiental e com isso pode contribuir para que o Estado do Ceará alcance um desenvolvimento com bases mais sustentáveis.

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critérios relacionados ao PSMV, fortalecendo a ideia de que os municípios cearenses devessem adotar políticas de gestão ambiental. Esses instrumentos servem de estimulo para adoção de politicas publicas com diretrizes do desenvolvimento sustentável.

Esta pesquisa se propõe a verificar quais são os benefícios que PSMV vem trazendo aos municípios cearenses, no contexto do desenvolvimento sustentável. Para tanto, o trabalho faz uma analise da trajetória da certificação pelo Programa, durante as suas oito primeiras edições (2004 a 2011).

O resultado esperado pela pesquisa é a confirmação de que os municípios que participam do programa estão apresentando uma melhoria na gestão ambiental, assim se aproximando relativamente do desenvolvimento sustentável.

O trabalho se justifica pela importância de verificar se essas ferramentas de gestão do governo estadual, procuram incentivar os municípios cearenses a promoverem continuamente politicas, leis e projetos ambientais que resultem na melhoria da qualidade de vida de sua população e conservação da biodiversidade.

O método de procedimento utilizado na pesquisa foi o estudo de caso, fazendo uso de fontes secundarias por meio de recursos bibliográficos como fontes impressas, publicações em livros, teses e pesquisas; documentais; entre outros. Outras ferramentas de pesquisa utilizadas compreendem entrevistas diretas com os atores pertinentes.

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2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E POLÍTICAS PÚBLICAS

Essa seção aborda a discussão teórica que envolve o desenvolvimento sustentável e a importância das intervenções do estado para se alcançar resultados positivos com as diretrizes sustentáveis.

2.1 Desenvolvimento sustentável

Para Viola (1996), a preocupação pública com problemas ambientais tem crescido desde meados da década de 60. De acordo com Leff (2001), a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO-92), realizado em 1992, no Rio de Janeiro, teve como objetivo legitimar, oficializar e difundir a ideia de desenvolvimento sustentável. Mas para o referido autor, foi o livro “Primavera Silenciosa”, da bióloga e escritora Rachel Carson, que mostrava os efeitos nocivos do uso de agrotóxicos, atribuindo a esses a principal responsabilidade pela mudança da consciência ambiental na década de 60. E, graças a essa conscientização, na década seguinte, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, 1972.

Mesmo a “questão da sustentabilidade” ganhando cada vez mais destaque no mundo, ainda havia o problema da dificuldade de defini-la. De acordo com Lago (2006, p. 56), apenas com a publicação do “Relatório Brundtland” (1987), passa-se a ter uma definição com grande aceitação do conceito de desenvolvimento sustentável: “desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias necessidades”.

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[...] Malthus, fatalista, considerava ser a pobreza o fim inevitável do homem, visto que a população cresceria à taxa superior à da produção de meios de subsistência. Segundo ele, “nos Estados Unidos da América, onde os meios de subsistência têm sido mais amplos, as maneiras do povo mais puras e, conseqüentemente, menores os obstáculos aos casamentos precoces do que em qualquer dos modernos Estados da Europa, foi calculado que a população dobra em 25 anos”. Daí, Malthus concluiu que a população, se não controlada, cresceria em progressão geométrica (razão 2 a cada 25 anos): 1:2:4:8:16:32:... Enquanto isso, “a produção de alimentos da Ilha (Grã-Bretanha) poderia ser aumentada a cada 25 anos, por uma quantidade de subsistência igual à que ela atualmente produz”. Estaria, então, crescendo em progressão aritmética de razão 1 (1:2:3:4:5:...). [...]. Em exercício de fácil resolução, verificaríamos que em um século a população estaria multiplicada por 16 (a evolução estaria ocorrendo em progressão geométrica: 1:2:4:8:16:...), em relação ao número de habitantes do início do período, enquanto a produção de alimentos seria apenas cinco vezes maior (1:2:3:4:5). Com isso, se, de início, havia alimento apenas suficiente para alimentar toda a população, sem nenhum excedente, ao fim do período apenas 5/16 da população encontraria alimentação.

Segundo Furtado et al. (1994), o termo desenvolvimento sustentável trata de

uma combinação suportável de recursos para que ocorra o processo econômico, supondo assim que o ecossistema funcione de uma forma que seja possível conciliar as condições econômicas e ambientais. Dessa maneira, sabemos que não é aceitável que a lógica de desenvolvimento da economia entre em conflito com as leis que movem a biosfera, como vem acontecendo.

Para Veiga (2007, p. 60), o desenvolvimento sustentável é a situação em que “o crescimento econômico respeita os limites da natureza em vez de destruir seus ecossistemas”. O autor acredita que essa situação fornece uma chance para que as gerações futuras também possam alcançar o Progreso, fazendo uso de recursos naturais.

Por sua vez, Hempel (2006, p.42) acredita que “Qualquer modelo de desenvolvimento sustentável deve promover geração de riqueza sustentável, buscar a justiça social e ter uma atuação ambientalmente responsável”. Ainda para esse autor, o desenvolvimento sustentável deve ser fundamentado em três pilares: o econômico, o social e o ambiental.

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preservação da natureza. Esse grupo se posiciona contra qualquer tipo de atividade econômica que possa ser danosa para o ecossistema. Para o referido autor, “É o grau de aceitação das implicações das atividades econômicas no meio ambiente que diferencia os defensores do desenvolvimento sustentável dos defensores da sustentabilidade pura” (MELO, 2013, p.79).

Dado que os problemas ambientais estão diretamente relacionados com a dinâmica econômica, Diamond (2005) afirma que esses problemas precisam ser resolvidos através de planejamento de longo prazo e reconsiderando os valores da sociedade, pois tais problemas podem levar o sistema econômico ao colapso na sua totalidade.

Sachs (1981, p.14) afirmar que, "trata-se de gerir a natureza de forma a assegurar aos homens de nossa geração e à todas as gerações futuras a possibilidade de se desenvolver".

Segundo Merico (2002 apud HEMPEL, 2006), o desenvolvimento

sustentável está ligado com a discussão da permanência ou durabilidade da estrutura de todo o processo produtivo, questionando o tempo desta sustentabilidade. Referido autor acredita que associar a palavra “desenvolvimento” à ideia de crescimento econômico, no contexto do atual modelo adotado no mundo, impossibilita o desenvolvimento sustentável.

Diante do exposto, concluímos que o atual modelo de desenvolvimento econômico é insustentável, tornando necessário um ajuste que possibilite uma racionalidade econômica relativa à questão ambiental e social.

Essa é a ideia defendia por Merico (2002 apud HEMPEL, 2006, p.43),

segundo ele:

Para a adoção desta reorientação, entretanto, é necessário o reconhecimento de que algo está errado: que as presentes politicas econômicas não mais respondem aos desafios deste novo momento histórico, no qual os limites da biosfera foram encontrados e, em vários casos, ultrapassados, provocando rupturas. As evidencias econômicas e ecológicas desses fatos precisam ser consideradas em profundidade, nas tomadas de decisão.

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primeiro passo que deve ser dado para isso é a criação de leis ligadas à conservação ambiental.

2.2 Direito ao Meio Ambiente

O direito do meio ambiente no Brasil é assegurado pela Constituição Federal de 1988. Para Machado (2003), esse direito compreende princípios e normas que regulam as atividades humanas, que afetam o meio ambiente, direta ou indiretamente, visando à sustentabilidade das presentes e futuras gerações.

Segundo Hempel (2006), a constituição de 1988 foi à primeira a abordar a questão ambiental no Brasil. Nessa constituição, um capítulo foi destinado a tratar especificamente do meio ambiente. Assim, no artigo 225, consta:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 1988)

Para Figueiredo (2005, apud HEMPEL, 2007, p.200), a mesma expressa

inúmeros princípios ambientais. São eles: O princípio da salubridade ambiental como um direito de todos; O princípio do acesso equitativo aos recursos naturais; O princípio da natureza pública e compulsória da proteção ambiental; O princípio da precaução; O princípio da prevenção; O princípio da responsabilidade objetiva e solidária; O princípio do poluidor-pagador; O princípio da informação; O princípio da cooperação; O princípio da participação; O princípio do desenvolvimento sustentável. Esses princípios têm por objetivo nortear a proteção da vida e a defesa ambiental.

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2.3 Politicas Públicas Ambientais no Brasil

As políticas públicas são instrumentos estatais de intervenção na sociedade, na economia, na política, executando programas políticos que visam assegurar os direitos previstos na Constituição, buscando melhores condições de vida aos seus cidadãos.

Sob o ponto de vista de Vecchiatti (2004, apud HEMPEL, 2007, p.200), “à

medida que as politicas públicas contemplarem propostas que articulem o meio ambiente, a sociedade e a subjetividade humana, o abismo que separa o crescimento econômico do desenvolvimento poderá não parecer tão grande e a sustentabilidade, não tão distante”.

As politicas públicas ambientais utilizam instrumentos para nortear sua atuação, um exemplo desses instrumentos é o econômico. Os instrumentos econômicos veem ganhando destaque no cenário nacional com a criação pioneira do ICMS Ecológico, em 1991, no Paraná, por meio de uma lei estatual. Posteriormente, o ICMS Ecológico se espalhou por outros estados do Brasil, chegando ao Ceará somente em 2007 (Lei Estadual nº 14.023).

Queiroz e Jorge (2011), afirmam que “Os instrumentos econômicos criados pelo Estado surgem com o objetivo de corrigir distorções de mercado provocadas pelos processos produtivos quando os impactos ambientais ou externalidades não são considerados no sistema de preços tradicionais, causando danos ao meio ambiente e à sociedade”.

De acordo com Pessoa (2006), a adoção de instrumentos econômicos representa uma busca por melhor eficiência alocativa dos recursos ambientais na perspectiva do desenvolvimento econômico com base sustentáveis, e na busca pela maximização do bem-estar social.

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Quadro 1 – Aplicação de IE em âmbito internacional.

Tipos de IE País Aplicação

Taxas de emissão Malásia Controle de efluentes na indústria de azeite de palmeira

Cobrança pelo uso Holanda Licença e cobrança por descargas industriais

Cobranças Administrativas

Cingapura Sistema de licenças negociáveis para limitar a entrada em certas regiões

Licenças

intercambiáveis

Estados Unidos

Tradeable permits para a poluição do ar

Sistema de depósito com reembolso

Japão Sistema de depósitos para incentivar a reciclagem

Subsídios Taiwan Legislação ambiental/subsídios

ambientais/meta verde Fonte: Oliveira (2003).

A intervenção do Estado nas questões ambientais por meio de politicas públicas se mostram como força motriz para evitar problemas e ate mesmo resolve-los. Evidente que para atingir um melhor resultado é importante fazer uso de instrumentos corretos e coerentes com a realidade de cada localidade, além de conscientizar os agentes da sociedade da importância e o cuidado que se deve ter com o ambiente.

Podemos visualizar essas politicas publicas ao analisar o Ceará. O PSMV, criado em 2003, procura mobilizar tanto as autoridades municipais quanto a sociedade civil para que em conjunto os problemas ambientais possam ser solucionados e associados ao desenvolvimento do município nas diretrizes do desenvolvimento sustentável.

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3 O PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL PROGRAMA SELO MUNICÍPIO VERDE-PSMV DO CEARÁ

Esta seção tem como objetivo apresentar os conceitos e a metodologia do Programa Selo Município Verde-PSMV, seus mecanismos participativos e outros instrumentos de gestão ambiental criados no estado do Ceará, tal qual o ICMS ecológico e o Premio Sensibilidade Ambiental.

3.1 Gestão ambiental no Ceará

A gestão ambiental procura, por meio de politicas ambientais, balancear os interesses individuais em um dado período de tempo e espaço, de forma a propiciar a proteção do ecossistema (CABRAL, 2006).

Segundo Merico (2002, apud HEMPEL, 2007, p.200),

A gestão ambiental publica depende de três elementos fundamentais para a sua existência e eficácia. É necessário um arcabouço jurídico/legal em nível federal, estadual ou municipal, para permitir o desenvolvimento de ações que conduzam à sustentabilidade, dado que a própria constituição define que “ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude da lei”. A aplicação deste arcabouço jurídico/legal depende de uma estrutura administrativa capaz de motivar, em todos os sentidos, a sociedade a adotar padrões de produção, consumo e comportamento mais sustentáveis. Finalmente precisa-se de programas e projetos que constituam, em seu conjunto, politicas ambientais que interferiam na sociedade e na atividade econômica, criando as condições para sua evolução.

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qualidade de vida para todos os agentes de uma sociedade e assegurando o futuro das próximas gerações.

Em 28 de dezembro de 1987, foram criadas no Ceará instituições específicas para tratar da gestão ambiental no estado: a Superintendência Estadual de Meio Ambiente (SEMACE) e o Conselho Estadual de Meio Ambiente (COEMA) com as funções, respectivamente, de executar politicas ambientais e assessorar o governo no tocante às questões ambientais. (CONPAM, 2012)

Em 2007, ocorreu uma alteração na estrutura administrativa do governo do estado com a criação do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (CONPAM), entidade vinculada a SEMACE, objetivando um modelo mais participativo, democrático e transparente, pois busca a colaboração da sociedade civil e não apenas da esfera politica. Essa mudança estrutural envolvi a criação de um espaço institucional e político para implementação de programas e projetos de caráter ambiental, além de envolver os diversos níveis de governo (federal, estadual e municipal), com outros poderes e com representação da sociedade civil, a fim de garantir maior eficiência na busca dos resultados.

Com o CONPAM, o estado passou a buscar alternativas de modelos de gestão ambiental que contasse com a adesão de vários segmentos da sociedade, como empresas, centros acadêmicos e sociedade civil.

3.2 Programa Selo Município Verde

Mesmo já existindo normas que regulamentem o problema ambiental no Brasil e no Ceará, não existia mecanismos que implementassem e incentivassem essas leis. Desta forma, o Programa Selo Município Verde (PSMV) surge com o objetivo de legitimação do compromisso com a problemática ambiental, transformando obrigação legal em ação efetiva (Hempel, 2006).

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“ Art. 1º. Fica criado o “Selo Município Verde”, distintivo que identificará os municípios cearenses que desenvolvam ações protetivas do meio ambiente com melhores resultados positivos na salvaguarda ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, a ser entregue anualmente na última sexta-feira do mês de novembro.

(...)

Art. 3º. Fica criado o “Prêmio Sensibilidade Ambiental” que será conferido ao Município cearense, dentre os credenciados com o “Selo Município Verde”, que melhor desempenho apresente nos moldes do Art. 1º dessa Lei.” (Ceará, 2003).

O PSMV, posteriormente regulado pelos decretos nº 27.073 e 27.074 de 2003, é um programa de certificação ambiental anual que, através de critérios preestabelecidos referentes à conservação e utilização sustentável dos recursos naturais, procura identificar os municípios cearenses que tenham proporcionado uma melhor qualidade de vida às presentes e futuras gerações. (CONPAM, 2011)

Segundo a Cartilha do PSMV elaborada pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (CONPAM) em 2011, o programa tem como objetivo geral incentivar as municipalidades na implementação de políticas públicas ambientais, visando a sustentabilidade e a qualidade de vida da população.

De forma a garantir a credibilidade e a transparência do programa, foi formado um Comitê Gestor e uma Comissão Técnica, compostos por representantes de entidades publicas, privadas e sociedade civil organizada e com atuação na área ambiental.

O Comitê Gestor do PSMV é composto por diversos órgãos e entidades, são eles:

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• Das Universidades: Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Universidade Regional do Cariri (URCA).

• Dos Segmentos da Sociedade: Associação Caatinga, Ordem dos advogados do Brasil – Ceará (OAB - CE), Associação Serras Úmidas do Estado do Ceará (ASSUMA), Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado Ceará (APRECE), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (SEBRAE – CE).

De cada instituição que compõe o Comitê Gestor são selecionados quatro técnicos de referencia em suas respectivas áreas para que componham a Comissão Técnica do PSMV (Hempel, 2006).

Apesar de instituído por lei estadual e regulado por decreto em 2003, o PSMV ainda não possuía um conteúdo temático e programático para sua implementação. Por esse motivo a instituição então coordenadora do PSMV, a Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente (SOMA), convidou especialistas e alguns segmentos governamentais e não governamentais relacionados com o objetivo do programa para que eles desenvolvessem a metodologia da certificação ambiental (Pessoa, 2006).

As entidades convidadas desenvolveram a metodologia do PSMV e em seguida, passaram a compor o Comitê Gestor e a Comissão Técnica do programa. Atualmente a presidência do Comitê é exercida pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (CONPAM), tendo como Secretaria Executiva a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE). O Comitê tem a forma de colegiado, de caráter interinstitucional, formado por representantes de instituições públicas, universidades e representantes da sociedade civil organizada. O Programa Selo Município Verde tem como parâmetros a Sustentabilidade, Exequibilidade, Legitimidade, Confiabilidade e Equidade Seletiva. (CONPAM, 2011).

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mobilizar e articular a sociedade local a respeito de soluções para os problemas ambientais enfrentados na localidade.

3.3 Conselhos de Defesa do Meio Ambiente (COEMA e COMDEMA)

Em 1989, foi instituída a Constituição do estado do Ceará, que apresenta em seu Capítulo VIII, Art. 269:

o meio ambiente equilibrado e uma sadia qualidade de vida são direitos inalienáveis do povo, impondo-se ao Estado e à comunidade o dever de preservá-los e defende-los (Ceará, 1989).

Para que esse direito seja assegurado, foi instituído, baseado na Lei Estadual nº 11.411, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (COEMA), subordinado ao Governo estadual e com o objetivo de auxiliar o Chefe do Poder Executivo em assuntos relacionados à politicas de proteção ambiental.

O COEMA é um órgão colegiado. Sua estrutura é formada por representantes da Assembleia Legislativa, do poder público, universidades, ambientalistas, sociedade civil e representantes de classes profissionais de nível superior. As decisões são obtidas por meio de votações durante as reuniões, de forma que elas sejam tomadas de forma democrática.

Como os problemas que atingem o meio ambiente e a qualidade de vida da população acontecem, principalmente, em nível municipal, tornou-se necessário à criação de um conselho de meio ambiente municipal, um COMDEMA, para a conservação do ambiente. Esse conselho tem entre suas competências, a propor soluções para os problemas ambientais enfrentados pelo município e, assim contribuir para uma estratégia de desenvolvimento que concilie crescimento econômico com a preservação ambiental, promovendo um aumento no bem-estar da população.

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e medidas devem ser implantadas, concomitantemente, pela população e as instituições governamentais locais, indicando quais as diretrizes de política ambiental deverão ser adotadas, dirigindo o desenvolvimento do município em direção à sustentabilidade (SOMA, 2004).

A então existente SOMA (2004) definiu o COMDEMA como unidade colegiada, de caráter consultivo, deliberativo, recursal e de assessoramento do Poder Público Municipal na problemática do equilíbrio ambiental e à melhoria da qualidade de vida local. Cada respectivo caráter designado para o COMDEMA está descrito no Quadro 2, abaixo:

Quadro 2 – Tipos de caráter atribuído aos COMDEMAs.

Caráter Descrição

Consultivo

É a ação de ser consultada toda vez que alguma atividade venha a alterar o ambiente local e, de prestar assessoria ao Poder Público sempre que

necessário.

Deliberativo

É uma das funções mais importantes do COMDEMA, porque significa decidir por todos os temas e problemas

apresentados.

Recursal Significa que o COMDEMA é o último

recurso administrativo do infrator para apresentar sua defesa.

Fonte: SOMA (2004).

Possuir um COMDEMA é condição necessária para que cada município possa participar da certificação ambiental no estado do Ceará. Dessa forma, o PSMV tem estimulado a criação desses conselhos no estado.

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Quando o Programa foi instituído, em 2003, existiam apenas 36 COMDEMAS, já em 2012 esse numero subiu para 163 dos 184 municípios cearenses, o que representa um significativo avanço no compromisso dos municípios com a qualidade ambiental em suas municipalidades (CONPAM, 2012).

3.4 Mecanismo de Funcionamento do PSMV

Os municípios que buscam receber a certificação ambiental do PSMV outorgado pelo CONPAM são avaliados sobre três esferas: Gestão Ambiental, Mobilização Ambiental e Desempenho Ambiental. (CONPAM, 2011)

A avaliação da Gestão Ambiental é realizada por meio de um questionário onde se analisam as iniciativas municipais na implantação de políticas de meio ambiente, tendo como principio básico o cumprimento da legislação ambiental. Este questionário demanda informações sobre programas, projetos e ações relacionados com infraestrutura, biodiversidade e educação ambiental. Os COMDEMAs são responsáveis pelo preenchimento e o retorno ao CONPAM do questionário, dos documentos necessários e do termo de responsabilidade assinado pelo prefeito do município. Com as informações recebidas, a Comissão técnica calcula o Índice de Gestão Ambiental (IGA) de cada município participante.

A avaliação da Mobilização Ambiental é obtida também por meio do questionário, que inclui perguntas referentes aos níveis de organização e envolvimento da sociedade civil organizada com a gestão dos problemas ambientais municipais, tendo como foco principal a participação do COMDEMA, o orçamento destinado ao meio ambiente, os mecanismos de participação pública em processos decisórios referentes ao meio ambiente e as ações compartilhadas. Quando o CONPAM recebe toda a documentação necessária, a Comissão Técnica obtém o Índice de Mobilização Ambiental (IMA) de cada município participante.

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infraestrutura. A partir dessa avaliação, a Comissão Técnica obtém o Índice de Desempenho Ambiental (IDA) dos municípios participantes.

É importante salientar que os índices: IGA, IMA e IDA são sujeitos a uma verificação do Comitê Gestor, podendo sofrer alterações em seus valores a depender da confirmação das informações fornecidas e com o intuito de dar maior credibilidade a esses índices.

Após a conclusão das três etapas de avaliação descritas acima, o CONPAM, de posse dos IGAs, IMAs e IDAs dos municípios, efetua o cálculo do Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA) de cada município participante do processo de certificação ambiental e, a partir desse índice, define a sua pré-qualificação, de acordo com uma nota mínima de corte estabelecida anualmente para a certificação.

Batista (2013, p.80) discorre sobre a relação entre o ISA e o PSMV:

O Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA) tem relação direta com o desenvolvimento sustentável em nível local, contribuindo com as municipalidades quando da sua implementação no município. Haja vista, que leva em conta variáveis como aspectos sociais, educação ambiental, equipamentos culturais, patrimônio histórico, IDM, saúde; aspectos ambientais que levam em conta a biodiversidade, legislação ambiental; além de aspectos econômicos, que tratam de orçamento, atividades de agricultura dentre outros.

Após a avaliação da Comissão Técnica e aprovação do Comitê Gestor do PSMV, os municípios, de acordo com os seus respectivos ISAs do ano especifico, são enquadrados nas seguintes classificações:

• Desclassificado – Atribuído ao município que não atingiu o ISA mínimo estabelecido e consequentemente não possui condições para receber a certificação.

• Categoria A – Composta por municípios que apresentaram forte comprometimento com a sustentabilidade.

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• Categoria C – São os municípios que demonstram pouco ou fraco compromisso com a sustentabilidade.

O PSMV avalia anualmente os municípios e, dessa forma, os que desejam manter a certificação ou melhorar sua classificação, devem se empenhar no atendimento dos critérios exigidos pela Comissão Técnica do programa (avaliação de Gestão Ambiental, Mobilização Ambiental e Desempenho Ambiental).

A fim de estimular os municípios a participarem do PSMV, foi criado, juntamente com esse programa, o Premio de Sensibilidade Ambiental.

3.5 Prêmio de Sensibilidade Ambiental

Instituído pela Lei Estadual n.º 13.304/03, o Prêmio Sensibilidade Ambiental premia o município que melhor atenda os critérios estabelecidos pelo PSVM, buscando uma melhoria na qualidade ambiental. O Prêmio incentiva as municipalidades a instituir, implantar com efetividade boas políticas ambientais.

Além de receber a certificação ambiental, o município que atingir a melhor avaliação pelo Índice Sustentabilidade Ambiental (ISA) é bonificado com o Prêmio de Sensibilidade Ambiental. Em caso de coincidência na pontuação máxima, os critérios de desempates utilizados serão: o percentual de área protegida dos municípios, seguido da existência do COMDEMA e posteriormente o que obtiver o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

3.6 ICMS Socioambiental

Mesmo concedendo aos municípios aptos à certificação ambiental e premiando o que melhor apresente melhorias ambientais, ainda faltava um instrumento que financeiramente incentivasse as municipalidades a atender as exigências necessárias para a certificação do PSMV.

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14.023, fundando o ICMS Ecológico no Estado do Ceará (Cabral, 2012). Essa lei veio alterar a Lei nº 12.612, que estava em vigor desde o dia 07 de agosto de 1996, onde estava definido que a parcela de 25% do ICMS repassados aos municípios cearenses atenderia aos seguintes critérios (Lei Nº 12.612):

• 75% (setenta e cinco por cento) referente ao Valor Adicionado Fiscal - VAF - obtido mediante a aplicação dos índices resultantes da relação percentual entre as médias dos valores adicionados ocorridos em cada Município, e dos valores adicionados totais do Estado, nos dois anos civis imediatamente anteriores;

• 5% (cinco por cento) conforme relação entre a população do Município e a população total do Estado, medida segundo dados fornecidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;

• 12,5% (doze e meio por cento), mediante a relação entre o somatório das despesas realizadas pelo Município na manutenção e desenvolvimento do ensino, nos termos do Art. 212 da Constituição Federal, e do Art. 2º da Lei nº 7.348/85, e a receita municipal proveniente de impostos e transferências constitucionais federais e estaduais, calculada com base em dados relativos ao segundo ano civil imediatamente anterior, fornecidos pelo Tribunal de Contas dos Municípios;

• 7,5% (sete e meio por cento) correspondente à quota a ser distribuída equitativamente para todos os Municípios.

Em 06 de junho de 2008, o Diário Oficial do Estado publica o Decreto nº 29.306, de 05 de junho de 2008, que regulamenta a Lei nº 14.023/2007. Esse decreto atribui ao IPECE o cálculo e publicação (até 31 de agosto de cada ano) dos Índices: IQE, IQS e IQM. Esses índices serão utilizados como critérios para a distribuição do repasse de 25% do ICMS Socioambiental pertencente aos municípios.

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Mesmo com o Decreto nº 29.586, ainda era necessário adequar a metodologia para cálculo do IQE, além de aperfeiçoar a metodologia para cálculo da participação que caberia a cada município em função do Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente, IQM. Desse modo, foi publicado o Decreto nº 29.881, de 31 de agosto de 2009, buscando solucionar esses problemas.

Em 29 de dezembro de 2011, foi publicado mais um decreto para regulamentar a Lei Estadual nº 14.023, que instituiu o denominado ICMS Socioambiental, regulamentado pelo Decreto nº 30.796, que trouxe como principais mudanças: alteração nas ponderações entre IQA e IQF, alteração nas ponderações entre nível e evolução e alteração no critério de avaliação da dispersão.

Assim temos que a metodologia empregada no cálculo dos índices de qualidade e as normas legais que norteiam os procedimentos constam na seguinte legislação: Lei nº14.023 de 17.12.2007, Decreto nº 29.306 de 05.06.2009, Decreto nº 29.586 de19.12.2008,Decreto nº 29.881 de 31.08.2009 e Decreto nº 30.796 de 29.12.2011 (IPECE, 2013).

Segundo Cabral (2012), com a Lei nº 14.023, o repasse de 25% do ICMS aos municípios será distribuído da seguinte forma: 18% pelo Índice Municipal de Qualidade Educacional (IQE); 5% pelo Índice Municipal de Qualidade da Saúde (IQS); e 2% pelo Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (IQM). Por sua distribuição ser feita levando em conta educação, saúde e meio ambiente ele ficou conhecido, no Ceará, como ICMS Socioambiental.

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O ICMS é tributo de grande relevância, por ser o que gera a maior receita tributaria dos estados. A utilização de parte desses recursos em benefício do meio ambiente representa um poderoso instrumento, que se aplicado e fiscalizado corretamente no sentido de se inibir as distorções e possíveis desvios da sua finalidade, trará resultados positivos aos municípios cearenses.

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4 ANALISE DOS RESULTADOS

Essa seção aborda os resultados encontrados do PSMV, no período de 2004 a 2011, buscando verificar se os dados apresentados comprovam uma evolução da gestão ambiental no Ceará.

4.1 Evolução das certificações do PSMV

Nessa parte do trabalho apresentaremos como evoluíram as certificações ambientais no Ceará, no âmbito do PSMV, durante o período 2004 a 2011.

Os municípios que obtiveram a categoria A, são associados à cor verde (selo verde). A atribuição do selo verde significa que o município apresenta um desenvolvimento que atenda a demanda e garanta a condição mínima de sobrevivência da geração atual e futura. Para receber essa classificação o município deve apresentar forte compromisso com a sustentabilidade. É esta classificação que é estimulada pelo programa e que os municípios devem perseguir. Esta é uma certificação anual e para evitar a perda do certificado ou rebaixamento de categoria, os municípios participantes do programa são encorajados a realizar um trabalho continuo com vista a assegurar a manutenção do selo verde.

Os municípios que receberam a categoria B são representados pela cor amarela. A categoria B significa que o município possui médio compromisso com a sustentabilidade, necessitando de ajustes estratégicos em sua gestão ambiental municipal. O município possui uma atenção com a sustentabilidade em seu território, mas sua gestão ambiental não é satisfatória para promover o desenvolvimento sustentável.

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esses municípios estejam comprometendo a qualidade de vida de sua população, por meio de gestão ambiental ineficiente.

Além das categorias A, B e C, os municípios podem ser enquadrados como: i) não classificados ou ii) não receberam a certificação (representados pela cor branca nas figuras seguintes). Nesse caso, existem duas hipóteses possíveis: a primeira é que o município não se inscreveu para receber a certificação pelo PSMV, lembrando que ela é opcional; a segunda é que o município se inscreveu, mas não conseguiu atingir o ISA mínimo estabelecido anualmente como “nota de corte”.

De qualquer forma, aqueles que não receberam a certificação muito provavelmente apresentam uma insatisfatória gestão ambiental, indicando a falta de garantia da manutenção da qualidade ambiental no curto, médio e longo prazo.

A figura 1 mostra como era o cenário cearense nos três primeiros anos de certificações (2004 a 2006).

Figura 1 – Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município Verde, no estado do Ceará, em 2004, 2005 e 2006.

Fonte: COMPAM, 2012.

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Em 2005, foram feitas 92 inscrições, sendo que apenas 22 se concretizaram em certificação. Um total de 13 municípios receberam a cor amarela, o que representa a categoria B e 9 receberam a cor vermelha que simboliza a categoria C.

Em 2006 os resultados mostram certa queda de entusiasmo relacionada a participação no programa. O número de inscrições caiu para 67 municípios. Entretanto, mesmo com essa redução do numero de inscrições, o numero de municípios certificados continuou constante (22 certificados), sendo que apenas 3 receberam a categoria B, enquanto todos os outros 19 foram classificados na categoria C.

Podemos perceber que a partir de 2004, o numero de municípios que recebem a categoria C vem aumentando. Segundo o CONPAM (2011), isso ocorre porque na primeira edição do Programa, os municípios foram avaliados apenas pelo Sistema de Avaliação de Gestão Ambiental. E somente depois de 2005 foram acrescentados os Sistemas de Desempenho Ambiental e Mobilização Ambiental, para que melhor se pudessem identificar as ações executadas pelos municípios na direção da sustentabilidade.

Os cenários dos anos 2007, 2008 e 2009 estão mostrados na Figura 2, abaixo.

Figura 2 – Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município Verde, no estado do Ceará, em 2007, 2008 e 2009.

Fonte: COMPAM, 2012.

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categoria B e 24 na categoria C. A partir deste ano, o Governo do Estado decidiu que, além de receber o certificado, o município que se qualificasse receberia também prêmios para estimular os agentes públicos na defesa do meio ambiente e na conscientização das comunidades da necessidade da convivência harmoniosa com a natureza.

Em 2008, 110 municípios se inscreveram para receber a certificação ambiental, mas somente 39 dos municípios foram habilitados. Um total de 32 municípios ficou enquadrada na categoria B e 7 na categoria C. Neste ano, os municípios que foram certificados receberam também um computador para uso no CONDEMA do seu município.

Um grupo de 139 municípios participou da sexta edição do programa, em 2009, desses, 27 obtiveram a certificação ambiental, sendo que 25 pela categoria B e somente 2 pela categoria C.

Durante esses três anos, percebe-se um aumento no numero de municípios que participam do programa. Essa tendência continua e o CONPAM tem a expectativa de que, nas edições seguintes, todos os 184 municípios cearenses participem, pois em 2009 apenas 33 deles ainda não possuíam CONDEMA, que é o primeiro passo para que o município possa inscrever-se e participar efetivamente do Programa Selo Verde.

Mesmo com esse expressivo aumento no numero de inscritos no programa, o numero de municípios habilitados a receber o certificado ainda se mantem em faixas constantes. Esse é um fato preocupante, pois significa que a maioria dos municípios ainda precisa evoluir em termos de políticas públicas ambientais que visem à sustentabilidade do seu desenvolvimento e a qualidade de vida da população.

Na figura 3 está o cenário estadual dos municípios certificados pelo PSMV, em 2010 e 2011.

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Fonte: COMPAM, 2012.

Em 2010, houve uma pequena redução na quantidade de municípios inscritos comparado com 2009, caindo de 139 para 137. Em compensação, o numero de certificações aumentou de 27 para 33, sendo que 12 desses municípios obtiveram a categoria B e 21 foram certificados na categoria C.

Em 2011, o numero de inscrições caiu ainda mais, chegando a 122. O fato encorajador é que o numero de municípios certificados passou de 27 para 39, 11 representando a categoria B e 28 na categoria C.

(41)

Um fato relevante a ser considerado é o aumento das exigências mínimas a cada ano, uma vez que os municípios devem continuamente dispor de meios legais para solucionar problemas relacionados com o meio ambiente, englobando assim os recursos hídricos, saneamento básico, saúde, resíduos sólidos dentre outros.

Ao analisar as oito primeiras edições do programa, conclui-se que, no período em estudo, nenhum município foi outorgado na categoria A. Uma das causas desse fato é a problemática dos resíduos sólidos, pois todos os municípios ainda possuem dificuldade na destinação final dos resíduos sólidos. Esse não é o único motivo pela falta de participantes na categoria A, mas acredita-se que esse seja o principal entrave para tal classificação.

Para tomar dimensão do problema da gestão de resíduos sólidos, o Instituto de Planejamento do Ceará, em 2000, constatou que os 184 municípios cearenses, produziam 10.150,5 t/dia de lixo, dos quais 72% iam para aterros sanitários ou controlados e 27% destinavam-se para vazadouros a céu aberto, esse resultado não seria ruim, se aproximadamente 90% dos municípios destinassem seus resíduos sólidos em lixões.

Outro ponto negativo averiguado é o fato de que a maioria dos municípios certificados ainda se encontrarem na categoria C significando que apresentam pouco compromisso com a sustentabilidade, fato esse que merece preocupação de todos, tanto Governo do Estado como da Sociedade Civil.

4.2 Resultados Alcançados

O programa se apresenta como instrumento promissor para a implantação de políticas ambientais e participação da sociedade civil, definindo suas necessidades e estabelecendo de prioridades em defesa do meio ambiente.

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com o CONPAM, em 2010, pelo menos 176 dos 184 municípios do Estado elaboraram seus Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos (PGIRSU), um dos critérios de repartição do ICMS Socioambiental, relativo aos 2% do Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (IQM). A gestão de resíduos sólidos consiste em um grave problema ambiental presente em todo o estado. Esses resultados estão evidenciados na figura 4, a seguir.

Figura 4 – Resultados obtidos no período de 2007 a 2010.

Fonte: Governo do Estado do Ceará, 2011.

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4.3 Relação com Outros Indicadores Sociais

Quando analisamos outros indicadores sociais é possível verificar que os municípios que receberam a certificação ambiental, geralmente apresentam os melhores índices sociais se comparados com outros municípios cearenses.

Em 2010, os quatro municípios com maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal foram: Crato, Fortaleza, Eusébio e Sobral. Esses municípios também obtiveram no mesmo ano a certificação pelo PSMV na categoria B.

Além disso, se compararmos o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 2000 com esse indicador do ano de 2010 podemos verificar o avanço alcançado pelos municípios cearenses ao longo desses 10 anos (ver figura 5).

Figura 5 – Comparação do IDHM do ano 2000 com o ano 2010.

Fonte: COMPAM.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A discussão sobre modelos de desenvolvimento econômicos que consigam conciliar crescimento com cuidados ambientais visando à sustentabilidade dos recursos naturais vem se intensificando nas ultimas décadas, em face da ênfase nos desequilíbrios ambientais presenciados no cotidiano, por exemplo, a poluição, a extinção de espécies da fauna e flora entre outros. Essa questão é de grande interesse, em especial para os países e regiões pobres que confrontam suas possibilidades de desenvolvimento futuras. O desafio consiste em adotar um sistema que possibilite o crescimento econômico da região de forma que não comprometa a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

O presente trabalho procurou mostrar como o Programa Selo Município Verde e o ICMS Socioambiental atuam como encorajadores da boa gestão ambiental, ofertando recursos para o equilíbrio financeiro dos municípios, juntamente com a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida da população cearense.

O PSMV trouxe artifícios legais de defesa do meio ambiente, além da mobilização social para essa causa. O programa procura sensibilizar e conscientizar as autoridades responsáveis, além de toda a população quanto à importância do tema e da busca por caminhos por um desenvolvimento sustentável.

Mesmo com esse aparato legal e com a mobilização popular, o programa ainda tem muito a evoluir, pois, segundo o comitê gestor do PSMV, a maioria dos municípios apresenta pouco ou nenhum compromisso com a sustentabilidade no período estudado.

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desse recurso. O ICMS Socioambiental passa a ser um grande incentivo na melhoria da qualidade de vida da população.

Os municípios que adotarem politicas sustentáveis, além de ganhar socialmente, serão também beneficiados financeiramente através do ICMS Socioambiental. Dessa forma os municípios ganhariam em dobro adotando tais politicas.

Dado o aumento dos municípios que participam do PSMV, a partir da criação do ICMS Socioambiental, conclui-se que areadequação dos critérios redistributivos desse imposto, veio contribuir a busca por um caminho pautado no equilíbrio entre economia, meio ambiente e seres humanos. Esses instrumentos, além de proporcionar discursões sobre o tema em questão formam uma valiosa base de dados que propiciam estudos científicos nessa área.

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Imagem

Figura 1 – Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município  Verde, no estado do Ceará, em 2004, 2005 e 2006
Figura 2 – Cenário estadual dos municípios certificados pelo Programa Selo Município  Verde, no estado do Ceará, em 2007, 2008 e 2009
Figura 4 – Resultados obtidos no período de 2007 a 2010.
Figura 5 – Comparação do IDHM do ano 2000 com o ano 2010.

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