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CONSELHO PROFISSIONAL - PESSOAL - CONCURSO PÚBLICO

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1.549 (posteriormente convertida na Lei NI!

9.649/98), na atividade de controle exercida pelo TCU

3. Entidades: Conselhos de Fiscalização do Exercício Profissional

4. Interessado: Tribunal de Contas da União -TCU

5. Relator: Ministro 'Marcos Vinícios Vila- ça

Revisor: Ministro-Substituto José Antonio Barreto de Macedo

6. Representante do Ministério Público: Dr.

Ubaldo Alves Caldas

7. Unidade Técnica: Grupo de Trabalho ins- tituído pela Ordem de Serviço TCU-Pres. NI!

014, de 29.10 97

8. Decisão: O Tribunal Pleno diante das razões expostas pelo Relator e pelo Revisor DECIDE,

8.1 - firmar o entendimento de que as Conselhos de Fiscalização do Exercício Pro- fissional estão obrigados a prestar contas a este Tribunal, em face do disposto nos arts.

52, 62, 71! e 82 da Lei nl! 8.443/92;

8.2 - determinar à SEGECEX que, de con- formidade com o parágrafo único do

an.

150 do Regimento Interno do TCU apresente pro- posta de alteração da INITCU nl! 12/96, vi- sando à simplificação do exame e do julga-

mento das prestações de contas dos referidos Conselhos;

8.3 - determinar a publicação desta Deci- são, do Relatório e dos Votos do Relator e do Revisor e da Declaração de Voto apresentada pelo Ministro-Substituto Lincoln Magalhães da Rocha, na Ata da Sessão Pública hoje rea- lizada e;

84 - arquivar o presente processo.

9. Ata n!l41198 - Plenário.

10. Data da Sessão: 07/1 0/1998 - Extraor- dinária de Caráter Reservado.

li. Especificação do quorum:

11.1. Ministros presentes: Adhemar Paladi- ni Ghisi (Presidente em exercício), Carlos Átila Álvares da Silva, Marcos Vinícios Ro- drigues Vilaça (Relator), Humberto Guima- rães Souto, Valmir Camelo e os Ministros- Substitutos José Antonio Barreto de Macedo (Revisor) Lincoln Magalhães da Rocha e Ben- jamin Zymler.

11.2. Ministros com voto vencido: Marcos Vinícios Rodrigues Vilaça (Relator) e Benja- min Zymler.

ADHEMAR PALADINI GHISI Presidente em exercício

JOSÉ ANTONIO BARRETO DE MACEDO Ministro-Revisor

CONSELHO PROFISSIONAL - PESSOAL - CONCURSO PÚBLICO

- Embora os empregados de conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas sejam regidos pela legislação trabalhista, tal condição não os exime da sujeição ao concurso público.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Proc. TC 400.088/97

GRUPO I - CLASSE 11 - 21 Câmara TC-400.088/97-5

Natureza: Prestação de Contas, exercício de 1996.

Entidade: Conselho Regional de Contabili- dade de Mato Grosso do Sul- CRClMS.

Responsáveis: Dorgival Benjoino da Silva, Presidente, e outros.

EMENTA: Prestação de Contas. Contrata- ção de pessoal sem concurso público. Dili- gências. Entendimento da Corte, nos casos como o da espécie, no sentido da regularidade

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com ressalva das contas e determinação às entidades para que se abstenham de admitir pessoal sem a realização de prévio concurso público, ante o disposto no art. 37, 11, da Constituição Federal, e na Súmula n. 231 da Jurisprudência deste Tribunal. Contas regula- res com ressalva. Quitação aos responsáveis.

Determinação.

RELATÓRIO

Trata o presente processo da Prestação de Contas de Conselho Regional de Contabilida- de de Mato Grosso do Sul - CRCIMS, rela- ti va ao exercício de 1996.

2. A Secretaria de Controle Interno do Mi- nistério do Trabalho - CISETIMTh emitiu Certificado de regularidade com ressalva das presentes contas (fls. 1271128), tendo a auto- ridade ministerial declarado ter tomado co- nhecimento (fls. 131).

3. A SECEXlMS, ao instruir o feito às fls.

139/140, considerando que as contas eviden- ciam impropriedades de natureza formal, já devidamente saneadas, propôs fossem julga- das regulares com ressalva, dando-se quitação aos responsáveis.

4. No entanto, o douto Ministério Público, por meio do Parecer da lavra da Exma. Sra.

Procuradora Maria Alzira Ferreira - por ve- rificar que consta .. do Relatório de Gestão (fls. 17) que, no exercício de 1996, foram contratados, pelo regime da Consolidação das leis do Trabalho - CLT, três funcionários para suprir o setor de fiscalização, não haven- do informação acerca da realização de con- curso público para sua efetivação, consoante disposição contida no art. 37, 11, da Consti- tuição Federal" - opinou pela realização de diligência, a fim de que fosse esclarecida essa questão.

5. Em nova manifestação nos autos, a su- pramencionada Procuradora assim se pronun- cia, no essencial (fls. 171/176):

.. 3. Em resposta à diligência, o Presidente do CRC/MS encaminhou o Of. n~ 302197- PRES., de 30.10.97 (f. 145/146), manifestan- do-se, preliminarmente, pelo arquivamento do processo, com base no art. 58, §§ 1 ~ e ~

da Medida provisória n~ 1.549-35, de 09.10.97.

4. Em seguida, escreve:

'Assim, a partir de 10/10/97, o Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso do Sul não tem qualquer vínculo com entidade fora do Sistema CFC/CRC, inclusive com o Tribunal de Contas da União.

O Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso do Sul não é, nem nunca foi autarquia. Não integra, nem nunca integrou o campo da Administração Pública.

O art. 8~ do Decreto-Lei n~ 1.040/69, decla- ra que aos empregados dos Conselhos de Con- tabilidade se aplica o regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

Seus empregados são optantes pelo FGTS.

O art. 37, da Constituição reporta-se à Ad- ministração Pública. O Conselho não a inte- gra.

Os empregados do Conselho não desempe- nham cargo público. Este só estabelecido em lei.

O Conselho não recebe qualquer tipo de renda oriunda dos cofres públicos.

Aos empregados se aplica a CLT, nos ter- mos da Medida Provisória n~ 1.549, e o citado Decreto-Lei n~ 1.040/69.

Os cargos e contratações são disciplinados por atos normativos do Conselho.

O procedimento de contratação de empre- gados é o mesmo adotado desde a criação do Conselho, o qual é seguido por todos os de- mais Conselhos Regionais de Contabilidade do país.' (Grifamos)

5. Ao analisar a resposta do Presidente do CRC/MS, a SECEXlMS, considerando que as informações prestadas não esclareceram a questão da realização, do concurso público para a contratação dos três servidores, opinou pela realização de nova diligência objetivan- do informações sobre a forma adotada para a contratação. Solicitou, ainda, cópia dos atos normativos internos que regulam a matéria.

6. Atendendo à segunda diligência, o Pre- sidente do CRC/MS enviou o documento de folhas 155/156, explicando o processo adota- do pelo conselho para a contratação de pes- soal, acompanhado do Regulamento de Pes-

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soai e Plano de Cargos e Salários do CRC/MS (f. 1571168).

7. Na última análise do processo, a Unidade Técnica, no quadro SINOPSE DAS FALHAS VERIACADAS, registrou o seguinte:

'Contratação de três funcionários para atuar no setor de fiscalização sem concurso público, por processo seletivo próprio, conforme es- clarece o Presidente do CRC às fls. 1551156.

A presente questão sobre o regime jurídico a que estão subordinados os servidores dos Conselhos está sendo questionado pelo Con- selho Federal de Odontologia por intermédio do Mandado de Segurança n!!. 21.797/9 que se encontra pendente de apreciação definitiva pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, pro- pomos dar continuidade ao feito adotando-se decisão similar àquelas contidas nos TCS nlls 300.117/97-3, 375.248/97-8 e 550.160/97-3 que julgaram as contas daqueles Conselhos regulares com ressalva, dando quitação aos responsáveis indicados, sem prejuízo de de- terminar aos referidos Conselhos para que observem os princípios constitucionais, apli- cáveis à contratação de pessoal, em especial o disposto no art. 37, 11. '

Na CONCLUSÃO da análise escreve:

'Diante do exposto, submetemos os autos à consideração superior, propondo que as con- tas sejam julgadas regulares com ressalva, dando-se quitação aos responsáveis, Srs. Dor- gival Benjoino da Silva e outros, arrolados às fls. 02, nos termos do artigos Il!, inciso I, 16, inciso 11, 18 e 23, inciso 11, da Lei nl! 8.443/92, considerando que as contas evidenciam im- propriedades de natureza formal, relatadas nos subi tem 4 desta instrução, que não resul- taram dano ao Erário, sem prejuízo de se de- terminar ao mencionado Conselho que se abs- tenha de admitir pessoal sem a realização de concurso público, ante o tenha de admitir pes- soal sem a realização de concurso público, ante o disposto no art. 37, 11, da Constituição Federal, e na Súmula 23 I, da jurisprudência deste Tribunal' .

8. Por fim, em 23.07.98, foi protocolizado neste Tribunal o OFÍCIO CJU/CFC nl!

1.261198, de 10.07.98, do Conselho Federal de Contabilidade (anexado à contracapa), as- sinado pelo seu procurador Pedro Miranda,

mediante o qualmallifesta seu inconformismo com o pedido de diligência quanto à contra- tação de pessoal, alegando que a Lei n!!.

9.649/98, no seu art. 58, § 32, declara que os empregados dos Conselhos de Fiscalização são regidos peLa CLT e que fica vedada qual- quer relação com a Administração.

Diz, ainda, que:

'Os Conselhos são dotados de personalida- de jurídica de direito privado.

Na entidade de direito privado, inexistem servidores públicos.

A referida lei prescreve que o controle das atividades financeiras e administrativas dos Conselhos de Fiscalização de Profissões Re- gulamentadas será realizado pelos seus ór- gãos internos. Os Conselhos Regionais pres- tarão contas ao Conselho Federal e este àque- les.

A norma legal cortou toda e qualquer liga- ção dos Conselhos com o Eg. Tribunal de Contas da União.

Diante do exposto, requer o arquivamento do referido processo, eis que o Eg. Tribunal de Contas da União não se reveste de autar- quia Conselho de Contabilidade.'

11

9. Relativamente ao conteúdo do Of. nl!

302l97-PRES. (f. 1451146 e itens 3 e 4 deste parecer) cabe observar que:

lI! - Embora o responsável não tenha con- signado na transcrição do § 4l! do art. 58 da MP nl! 1.544-35 que o controle das atividades financeiras e administrativas seria realizado exclusivamente pelos seus órgãos internos de controle, a 36f! edição da citada medida pro- visória, publicada no DOU de 06.11.97, ex- cluiu o termo exclusivamente do parágrafo correspondente (§ 52).

21! - A 35i edição da Medida Provisória nl!

1.549, de 09.10.97, citada pelo ilustre Presi- dente do CRC/MS, também dispunha que:

'§ 31! Constituirão receitas dos conselhos as contribuições anuais devidas por pessoas fí- sicas ou jurídica, fixadas pela assembléia ge- rai, bem como multas, taxas e emolumentos estabelecidos em lei.' (Grifamos).

31! - A 361 edição da Medida Provisória nl!

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1.549, de 06.11.97, e seguintes, alteram a re- dação do § 31! da 3511 edição, passando a ser:

'§ 42 Os conselhos de fiscalização de pro- fissões regulamentadas, existentes até 10 de outubro de 1997, ficam autorizados a cobrar e executar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas ou jurídicas, bem como taxas e emolumentos instituídos em lei.' (Grifa- mos).

42-Por fim, com a edição da Lei n!! 9.649, de 27.05.98, o art. 58 da Medida Provisória nl! 1.549 passou a ter a seguinte redação:

'Art. 58. Os serviços de fiscalização de pro- fissões regulamentadas serão exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Pú- blico, mediante autorização legislativa.

§ ]2 A organização, a estrutura e o funcio- namento dos conselhos de fiscalização de pro- fissões regulamentadas serão disciplinados mediante decisão do plenário do conselho fe- deral da respectiva profissão, garantindo-se que na composição deste estejam repre- sentados todos seus conselhos regionais.

§ 21! Os conselhos de fiscalização de profis- sões regulamentadas, dotados de personalida- de jurídica de direito privado, não manterão com os órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico.

§ 31! Os empregados dos conselhos de fis- calização de profissões regulamentadas são regidos pela legislação trabalhista, sendo ve- dada qualquer forma de transposição, transfe- rência ou deslocamento para o quadro da Ad- ministração Pública direta ou indireta.

§ 42 Os conselhos de fiscalização de profis- sões regulamentadas são autorizados a fixar, cobrar e executar as contribuições anuais de- vidas por pessoas físicas e jurídicas, bem como preços de serviços e multas, que cons- tituirão receita próprias, considerando-se títu- lo executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos decorrentes.

§ 51! O controle das atividades financeiras e administrativas dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, será realizado pelos seus órgãos internos, devendo os con- selhos regionais prestar contas, anualmente, ao conselho federal da respectiva profissão, e estes aos conselhos regionais.

§ 62 Os conselhos de fiscalização de profis-

sões regulamentadas, por constituírem servi- ço público, gozam de imunidade tributária total em relação aos seus bens, rendas e ser- viços.

§ 71! Os conselhos de fiscalização de profis- sões regulamentadas promoverão, até 30 de junho de 1998, a adaptação de seus estatutos e regimentos ao estabelecido neste artigo.

§ 81! Compete à Justiça Federal a apreciação das controvérsias que envolvam os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, quando no exercício dos serviços a eles dele- gados, conforme disposto no caput.

§ 91! O disposto neste artigo não se aplica à entidade de que trata a Lei nl! 8.906, de 4 de julho de 1994.' (Grifamos).

Vê-se, portanto, que os elementos constan- tes do § 42 do art. 51! da Lei nl! 9.649/98 são típicos da atividade da administração pública, que os delega, aos serviços de fiscalização de profissões regulamentadas.

Assim, como aceitar que um órgão que te- nha entre suas atividades-fim a atribuição de fixar, cobrar e executar as contribuições pa- rafiscais, preços de serviços e multas, esteja excluído do Poder Público. Daí a razão de sua subordinação ao Tribunal de Contas da União.

No MS n!!21.797, impetrado pelo Conselho Federal de Odontologia contra o TCU, o Mi- nistro-Relator, Carlos Mário Veloso, no seu voto expôs:

'Esclareça-se, ademais, que as contribui- ções cobradas pelos conselhos de fiscalização das profissões têm caráter tributário, porque são contribuições de interesse de categorias profissionais, assim contribuições corporati- vas - C.F., art. 149. Reporto-me, no ponto, ao voto que proferi por ocasião do julgamento do RE 138.284-CE, em que analisei e discuti, amplamente, o tema das contribuições para- fiscal (RTJ 143/313)'. (Transcrição da p. 167 da Ata nl! 4l/96-P-TCU).

51!- Relativamente à afirmação de que"o art. 37 da Constituição reporta-se à Adminis- tração Pública. O conselho não a integra", cumpre lembrar que o § 62 da Lei nl! 9.649/98 diz, expressamente, que os conselhos de fis- calização de profissões regulamentadas se constituem em serviço público.

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'Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfa- zer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Es- tado." (Hely Lopes Meirelles, Direito Admi- nistrativo Brasileiro, 16i edição, Editora, Re- vista dos Tribunais, p. 290).

()I! - Embora o § 32 da Lei n2 9.649/98

estabeleça que os empregados dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são regidos pela legislação trabalhista, tal condição não os exime da sujeição ao con- curso público. No Mandado de Segurança nl!

21.322-DFimpretado por Teima Leite Morais e outro contra o TCU, indeferido, por maioria, em Sessão Plenária do STF, de 03-12-92, o eminente Ministro Néri da Silveira, ao acom- panhar o ilustre Ministro-Relator, conhecen- do do mandado de segurança e o indeferindo, assim redigiu o seu voto:

'0 Sr. Ministro Néri da Silveira: Sr. Presi- dente. A regra do art. 37, 11, da Constituição, é abrangente de investidura em cargo ou em- prego público, ao estipular que, em qualquer das hipóteses, há dependência de aprovação prévia em competi tório de provas e títulos ressalvadas as nomeações para cargo em co- missão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

Pouco importa se a investidura há de se fazer segundo vínculo funcional estatutário, ou conforme o regimento da CLT. Dessa ma- neira, não há conflito entre o que se estabelece no art. 37, 11, e o que está no art. 173 da Constituição, de maneira a entender-se que a última regra é excludente da incidência do art.

37,11, da Lei Maior, quando se trata de inves- tidura e emprego em empresas que realizem exploração direta de atividade econômica pelo Estado.'

72 - Não obstante as novas disposições relativas aos conselhos de fiscalização de pro- fissões regulamentadas (art. 58 da Lei n2 9.649/98), o colendo Supremo Tribunalfede- ral vem, reiteradamente, afirmando que tais conselhos são autarquias. (MS 21.466-DF, MS 22.643-SC).

82 - Sendo os serviços de fiscalização de profissões regulamentadas autarquias, perten-

centes, portanto, à administração indireta (Decreto-lei n2 200/67, art. 42, 11, a), devem sujeitar-se às disposições dos arts. 37 e 39 da CF/88.

10. Quanto aos documentos de folhas 155/168 (resposta à segunda diligência) en- tendemos que:

12 -

O

procedimento adotado pelo CRC/MS para recrutamento e seleção do seu pessoal não caracteriza o concurso público exigido pela CF/88, para a investidura em cargo ou emprego público.

22 - O fato de ser este o procedimento adotado desde a instalação daquele Conselho Regional não justifica a sua continuidade.

11. Com relação ao ofício anexado à con- tracapa, considerando serem os argumentos ali expostos os mesmos de Of. n2 302197- PRES., de 30.10.97 (f. 145/436), já comenta- dos no item 9 deste parecer, deixaremos de tecer outras considerações. Apenas, esclare- ceríamos, que .. a autoridade de ordem legal, para proceder julgamento de processo envol- vendo Conselho de Contabilidade", com a qual se reveste o Eg. Tribunal de Contas da União, está insculpida na nossa Lei Maior (art. 71, inciso 11).

III

12. Em conclusão, considerando que a apro- vação em concurso público de provas ou de provas e títulos é pressuposto jurídico exigido pela Constituição FederaV88 (art. 37, 11, pri- meira parte), para a investidura em cargo ou emprego público, na administração direta, in- direta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como princípios consti- tucional explícito, opinamos pela ilegalidade das admissões.

13. Manifestamo-nos, ainda, pela regulari- dade das presentes contas, com ressalva."

6. É o relatório.

VOTO

Importa destacar que a edição da Medida

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Provisória n. 1.549-35, de 09.10.97, ensejou determinação do Presidente desta Corte no sentido de que fossem realizados estudos acerca da orientação a ser adotada no exame dos processos relativos aos Conselhos de Fis- calização de Profissões Liberais (Comunica- ção da Presidência, 15.10.97).

2. Os mencionados estudos, objeto do TC- 00 1.288/98-9, foram submetidos a este Tribu- nal na Sessão reservada de 07. 10.98, oportu- nidade na qual o Plenário firmou o entendi- mento de que os referidos Conselhos estão obrigados a prestar contas a este Tribunal, em face do disposto nos arts. 52, 62, 72 e 82 da Lei n. 8.443/92 (Decisão n. 701198 - in Ata n.

41198).

3. Ressalte-se, ainda, que foram propostas perante o Supremo Tribunal Federal as Ações Diretas de inconstitucionalidade de IIS.

1.717-6 e 1.847-7, questionando o art. 48 e seus parágrafos da MP 1.549-36, de 06/11/97, e da Lei n. 9.649/98, tendo sido a primeira delas interposta por partidos políticos com representação no Congresso Nacional, invo- cando, entre outros dispositivos constitucio- nais, os arts. 70 e 71, inciso lI.

4. Seja qual for o entendimento que venha a prevalecer no tocante à personalidade jurí- dica de tais entidades, releva considerar que este Tribunal vem decidindo determinar aos mencionados Conselhos que se abstenham

"de admitir pessoal sem a realização de pré- vio concurso público, ante o disposto no art.

37, 11, da Constituição Federal, e na Súmula 231 da Jurisprudência deste Tribunal" (v.g., Acórdão n. 209/98 - TCU/2a Câmara - in Ata n. 18/98; Acórdão n. 212/98 - TCU/2a Câmara -In Ata n. 19/98: Acórdão n. 213/98 - TCUl2a Câmara - in Ata n. 19/98; Acór- dão n. 248/98 - TCU/2a Câmara - in Ata n. 24/98; Acórdão n. 313/98 - TCU/2a Câ- mara - in Ata n. 30/98; Acórdão n. 329/98 - TCU/2il Câmara - in Ata n. 31198; Acór- dão n. 390/98 - TCU/2a Câmara - in Ata n.35/98):

Ante o exposto, acolho, in totum, o parecer da Unidade Técnica e voto por que seja ado- tada a decisão, sob a forma de acórdão, que ora submeto à apreciação desta Câmara.

Sala das Sessões, em 26 de outubro de 1998

JOSÉ ANTONIO B. DE MACEDO, Rela- tor

ACÓRDÃO N2 424/98 - TCU - 2il Câmara

I. Processo TC n. 400.088/97-5.

2. Classe de Assunto: II - Prestação de Contas, exercício de 1996.

3. Entidade: Conselho Regional de Conta- bilidade de Mato Grosso do Sul- CRC/MS.

4. Responsáveis: Dorgival Benjoino da Sil- va, Denizard da Silveira Campos Filho, José Odair Gasparini, Rosângela Pereira de Souza, Osmar Figueiredo Bernardo.

5. Relator: Ministro José Antonio Barreto de Macedo.

6. Representante do Ministério Público:

Dra. Maria Alzira Ferreira.

7. Unidade Técnica: SECEXlMS.

8. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Prestação de Contas de Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso do Sul - CRC/MS - relativa ao exercício de 1996.

Considerando que a CISET/MTh certificou a regularidade das contas com ressalva, tendo a autoridade ministerial tomado conhecimen- to;

Considerando que a SECEX./MS propõe sejam as presentes contas julgadas regulares com ressalva, dando-se quitação aos respon- sáveis, sem prejuízo de se determinar ao men- cionado Conselho que se abstenha de admitir pessoaI sem a realização de concurso público, ante o disposto no art. 37, lI, da Constituição Federal;

Considerando que o Ministério Público, embora se manifeste pele regularidade com ressalva das presentes contas, entende ilegal a admissão de três servidores por não terem sido precedidas de concurso público;

Considerando que este Tribunal, em casos análogos, tem determinado às entidades con- gêneres que se abstenham de admitir pessoal sem a realização de prévio concurso público, ante o disposto no art. 37, 11, da Constituição Federal, e na Súmula 231 da Jurisprudência desta Corte de Contas (v.g., Acórdão n.

(7)

209/98 - TCUl2a Câmara - ;11 Ata n. 18/98;

Acórdão n. 212/98 - TCUl2a Câmara - ;11 Ata n. 19/98; Acórdão n. 213/98 - TCUl2a Câmara -;n Ata n. 19/98; Acórdão n. 248/98 - TCUl2a Câmara - in Ata n. 24/98; Acór- dão n. 313/98 - TCU/2a Câmara - in Ata n. 30/98; Acórdão n. 329/98 - TCUl2a. Câ- mara - in Ata n. 31/98; Acórdão n. 390/98 - TCU/2a Câmara - in Ata n. 35/98):

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 2i Câmara, em, com fundamento nos arts. 111,

inciso I, 16, inciso 11, 18 e 23, inciso 11, da Lei n. 8.443/92, julgar as presentes contas regulares com ressalva, dando quitação aos responsáveis em epígrafe, sem prejuízo de determinar ao Conselho Regional de Conta- bilidade de Mato Grosso do Sul - CRClMS que se abstenha de admitir pessoal sem a rea-

lização de prévio concurso público, ante o disposto no art. 37, 11, da Constituição Fede- ral, e na Súmula 231 da Jurisprudência deste Tribunal.

9. Ata nll 37/98 - 2i Câmara.

10. Data da Sessão: 26/10/1998 - Extraor- dinária.

11. Especificação do quorum:

11.1. Ministros presentes: Adhemar Paladi- ni Ghisi (Presidente), Valmir Campelo e os Ministros-Substitutos José Antonio Barreto de Macedo (Relator) e Benjamin Zymler.

ADHEMAR P ALADINI GHISI, Presiden- te

JOSÉ ANTONIO BARRETO DE MACE- DO, Ministro-Relator

Fui presente: MARINUS EDUARDO DE VRIES MARSICO, Repres. do Ministério Pú- blico

ÓRGÃO SOCIAL AUTÔNOMO - LICITAÇÃO - REGULAMENTO PRÓPRIO - Os órgãos sociais autônomos não estão sujeitos à Lei n. 8.666/93.

mas aos seus regulamentos próprios. que devem estar em perfeita consonân- cia com os princípios constitucionais consignados no artigo 37 da Consti- tuição Federal.

- A celebração de convênios deve manter perfeita consonância com os princípios constitucionais de finalidade e impessoalidade.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Proc. TC 675.330.96

Grupo I - Classe I - 2i Câmara TC-675.330/96-3

Natureza: Pedido de Reexame

Entidade: Serviço de Apoio às Micro e Pe- quenas Empresas no estado de Sergipe - SEBRAE/SE

Interessada/Recorrente: Diretor Superin- tendente do SEBRAE/SE

Ementa: Pedido de Reexame interposto pelo interessado acima contra a Decisão N!!

277/97-TCU-2i Câmara (Sessão de 17/10/97).

Conhecimento do recurso para, no mérito, dar-lhe provimento parcial, no sentido de mo- dificar o item 8.1, letras" a" e "b" , da referida Decisão.

Trata-se de Pedido de Reexame interposto contra a Decisão NII277/97; adotada em Ses- são Extraordinária da 2i Câmara, realizada em 17.10.97, quando deliberou sobre o presente Relatório de Auditoria, no sentido de deter- minar ao SEBRAE/SE que:

"a) adotasse procedimentos estatuídos na

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