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Assistência de Enfermagem ao Paciente Anestesiado

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Academic year: 2021

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(1)

Assistência de Enfermagem ao

Paciente

Anestesiado

Prof.ª Dr.ª Aparecida de Cássia Giani Peniche Ramon Oliveira e Cassiane Lemos

Doutorandos –PROESA, EEUSP

São Paulo, 2017

(2)

Histórico

¡  Escola de Alexandria extratos do ópio, mandrágora e meimendro: Esponja Soporífica aplicada sobre o nariz e a boca

¡  40-90 d.C: Discorides de Anazarba.- médico grego utiliza- se dos extratos do ópio, mandrágora e meimendro e vinho como anestésico

¡  1800: Sir. Humpher Davy (UK) empregou óxido nitroso,

“gás hilariante”, para alivio da dor

¡  N2O promove a inibição de áreas do cérebro relacionadas à autocensura

¡  1846: William Thomas Green Morton, dentista, utilizou vapores de éter sulfúrico para promoção da analgesia durante a extração de dentes = surgimento da anestesia

Sir. Humpher Davy

(3)

Objetivo da anestesia

¡  Conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico

¡  Promove a analgesia

¡  Inconsciência

¡  Imobilidade

¡  Bloqueio dos reflexos

(4)

Complicações associadas à anestesia

¡  Morte ( 1: 20.000 a 1 a 4:10.000)

¡  Causas mais frequentes

§  Falência circulatória (hipovolêmia + sobredose)

§  Hipóxia

§  Hipoventilação ( problemas na entubação)

§  Reações anafiláticas

§  Negligência humana

§  Reanimação intra-operatória ineficiente

§  Observação inadequada do paciente

§  Inexperiência e controle inadequado do paciente

§  Cuidados pós-operatório insatisfatórios

(5)

Percurso do paciente

Indicação da cirurgia

Avaliação pré- anestésica

Anestesia no intraoperatório

Cuidados pós- anestésicos

(6)

Avaliação pré-operatória

¡  Recomendada para todos os pacientes submetidos a qualquer procedimento anestésico e busca:

¡  Avaliar condições clinicas e psicológicas

¡  Avaliar o risco anestésico por meio:

¡  ASA

¡  Classificação de Mallampati (via aérea difícil)

¡  Exame físico

¡  Planejar a técnica anestésica

¡  Orientar o paciente

(7)

Avaliação pré-operatória: Classificação do estado físico da American Society of Anesthesiology (ASA)

Escore

ASA Estado físico

ASA I Indivíduo normal

ASA II indivíduo com doença sistêmica leve e controlada

ASA III indivíduo com doença sistêmica que limita atividade, mas não incapacitante

ASA IV indivíduo com doença sistêmica grave e com ameaça a vida

ASA V Indivíduo moribundo, sem esperança de sobrevida maior que 24hs ASA VI Indivíduo com morte encefálica, doador de órgãos e tecidos

(8)

Classificação de Mallampati

Classe Condições

I Visível palato mole, pilares, úvulas e tonsilas palatinas anterior e posterior

II Palato mole, pilares e úvula são visíveis III Visível palato mole e base da úvula

IV Apenas uma visão parcial do palato mole

(9)

Abertura da boca < 3cm

Distância tireomentoniana

< 6cm Flexão cervical < 35º

Extensão < 80° Arcada palatal alta e estreita

Mobilidade da ATM diminuída

Via aérea difícil

(10)

Pré-operatório imediato

¡  Objetivos da administração de medicamentos pré-anestésicos:

•  Ansiedade

•  Secreção nas aéreas

•  Emprego de medicamentos anestésicos:

•  Sedação

•  Amnésia anterógrada

(não se recorda de acontecimentos recentes)

•  Analgesia

(11)

Pré-operatório imediato

¡  Objetivos da administração de medicamentos pré-anestésicos:

•  Antieméticos

•  Prevenção de respostas autonômicas (hipertensão, taquicardia, sudorese etc.)

•  Profilaxia de reações alérgicas

•  Elevação do pH gástrico

•  Bloqueio do nervo vago (evita alterações em SSVV, p.ex.)

(12)

Classe Medicamentos, ex.

Benzodiazepínicos

Diazepam,

Lorazepam Midazolam Barbitúricos Pentobarbital

Opiáceos Morfina

Meperidina

Anticolinérgicos Atropina (êsecreção)

Antiácidos Ranitidina

Pré-operatório imediato:

medicamentos empregados

(13)

Anestesia

TI PO S

Anestesia geral:

Endovenosa Inalatória

Balanceada (Intravenosa +Inalatória) Anestesia regional:

Tópica Infiltrativa

Bloqueio de nervo periférico(troncular e plexo) Bloqueio peridural (sobre a dura máter)

Raquianestesia (subaracnóide)

Anestesia combinada:

Geral + regional

(14)

Anestesia

(15)

Fases da anestesia

Indução

Período compreendido entre a administração dos agentes anestésicos até o início do procedimento cirúrgico

Manutenção

Período compreendido entre o início do procedimento cirúrgico e o seu término.

Emergência

Período compreendido entre a reversão da anestesia até a saída da sala operatória (SO)

(16)

Componentes básicos da anestesia geral

Anestesia geral Hipnose

Relaxamento muscular

Bloqueio neurovegetativo

Analgesia Amnésia

(17)

Cuidados de enfermagem

¡ 

Posicionar o paciente (auxiliar na intubação)

¡ 

Proteger olhos

¡ 

Cuidado com as orelhas

¡ 

Evitar movimentos bruscos

¡ 

Oxigenar

¡ 

Expansibilidade torácica

¡ 

Controlar diurese

¡ 

Aquecer

(18)

Componentes básicos

¡  Intubação:

¡  Máscaras facial; cânulas oro e nasofaríngeas; tubos endotraqueais;laringoscópios (Mallampatti I a IV)

¡  SVD

¡  Monitorização:

¡  Oximetria de pulso

¡  Capnógrafia

¡  Cardioscópia

¡  PANI

¡  Temperatura (central, se possível)

(19)

Materiais e equipamentos

§  Cânula de entubação

§  Laringoscópio

§  Fio guia

§  Conjunto baraka

§  Cânula de guedel

§  Pinça de Maguill

§  Anestésico tópico

§  Gases anestésicos

§  Anestésicos endovenosos

§  Sondas de aspiração

§  Vácuo

(20)

Estação de anestesia

Destinada à administração de gases e/ou vapores anestésicos, através de respiração espontânea ou controlada, manual ou mecânica

A SEÇÃO DE FLUXO CONTÍNUO Conexões de fontes de gases (oxigênio, óxido nitroso e ar comprimido).

Vaporizador

B SISTEMA RESPIRATÓRIO

-Oferece mistura de gases e/ou vapores anestésicos

- R e n o v a ç ã o d a f r a ç ã o expirada de gás carbônico

-  Aquecimento e umidade das vias aéreas

C VENTILADOR MECANICO C

A B

(21)

Finalidade da estação de anestesia

¡  Obter uma mistura gasosa de composição conhecida e de forma precisa

¡  Proporcionar fluxo controlado de O2, óxido nitroso, ar comprimido e gás anestésico sob pressão positiva

¡  Controlar o CO2 alveolar

(22)

Limpeza da estação de anestesia

¡  A estação deverá sofrer:

¡  Limpeza

¡  Desinfecção

¡  Esterilização

¡  Troca da cal sodada (Cal sodada = hidróxido de Ca)

(23)

§  Anestésicos Inalatórios:

§  Gasosos (Óxido Nitroso NO2)

§  Líquidos voláteis (halotano, sevoflurano, isoflurano)

§  Utilizados na anestesia geral inalatória sob pressão efetuada vaporizador do equipamento de anestesia

§  A Inconsciência necessária para a anestesia geral é atingida quando o anestésico chega ao cérebro

§  CAM: é a quantidade de vapor presente nos pulmões suficiente para inibir a resposta motora

Anestésicos inalatórios

(24)

Anestésicos inalatórios

Fatores que aumentam a CAM

§  Recém nascidos e puberdade

§  Hipertermia

§  Uso crônico de álcool

§  Histórico de uso de anfetamina e cocaína

Fatores que reduzem a CAM

§  Hipóxia grave

§  Anemia grave

§  Hipotermia

§  Hipotensão

(25)

Efeitos dos anestésicos inalatórios

¡  Hipotensão

¡  Bradicardia

¡  Vasodilatação periférica

(26)

Anestesia geral intravenosa

(27)

Medicamentos

Barbitúricos

Tiopental Propofol

Ação ultra curta Fraco analgésico Sono superficial Reduzem a FR

Aumentam a RV e PA

(28)

Medicamentos

Narcóticos Demerol

Sonolência Euforia

Amnésia Vômito Fentanil, alfentanil,

sulfentanil, remifentanil Bradicardia Apnéia

Morfina Apnéia

Prurido

Hipotensão Antagonista: NARCAN

(29)

Medicamentos

Relaxantes musculares Adespolarizantes

Cisatracúrio Doxacúrio Pacurônio

Bloqueio da transmissão do impulso

Despolarizantes

Succinilcolina (Quelicin®) Bloqueio não reversível através da despolarização na junção neuromuscular

Efeitos adversos Bradicardia

Dores musculares

Elevação da pressão intraocular Liberação de K

(30)

Anestesia regional

(31)

Anestesia regional: modalidades

¡  Tópico: mucosas

¡  Infiltrativo: Extra/intravascular (Bier)

¡  Bloqueio de nervo periférico (plexo)

¡  Peridural (lombar ou sacral):difusão do anestésico pela dura máter (maior analgesia pós operatória)

¡  Intratecal (raquianestesia): anestésico no espaço

subaracnóideo (cirurgias ortopédicas)

(32)

Anestesia peridural

¡  Anestésico no espaço epidural

¡  Entre a dura-máter

¡  Atinge as raízes nervosas e a medula espinal

¡  Difunde-se pelos forames intervertebrais

(33)

Anestesia raquidiana

¡  Anestésico no espaço subaracnóideo

¡  Anestésico é injetado diretamente em contato com o LCR

¡  Contato direto com a medula espinal

(34)

Medicamentos empregados em anestesia raquidiana ou peridural

¡  Lidocaína

¡  Marcaína

¡  Bupivacaína

¡  Procaína

¡  Ropivacaína

(35)

Cuidados de enfermagem

¡  Atenção para:

¡  Uso prévio de anticoagulantes

¡  Doenças neurológicas

¡  Manter decúbito lateral com flexão de cabeça e joelhos

¡  Manter acesso venoso periférico

¡  SSVV

(36)

Posicionamento

(37)

Emergência

¡  Serão administrados:

¡  Atropina

¡  Prostigmina

¡  Encaminhamento do paciente para SRPA

(38)

Muito obrigado!

(39)

Referências

¡  Rang, HP et. al. Farmacologia. Rio de Janeiro: Ed Elsevier; 2004.

¡  2) Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan; 2005. p. 445.

¡  3) Maranets I, Kain ZN. Preoperative anxiety and intraoperative anesthetic requirements. Anesth Analg. 1999; 89: 1346-51.

¡  4) Amaral JLG, Geretto P. Guia de anestesiologia e medicina intensiva. 1° ed. Ed. Manole; 2011.

¡  5) Junior JOCA, Carmona MJC, Torres MLA, Ramalho AS. Anestesiologia Básica. São Paulo: Manole; 2011.

¡  6) Moody ML, Kremer MJ. Preinduction activities: a closed malpractice claims perspective. AANA Journal. 2001; 69 (6):

461-465.

¡  7) Avaliação pré-anestésica da via aérea, achados aceitáveis e seus significados.[acesso em 27/04/16]. Disponível em:

¡  http://www.viaaereadificil.com.br/avaliacao_vad/avaliacao_via_aerea.htm.

¡  8) Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS. Tratado de anestesiologia. 6ª ed. Saesp. São Paulo: Atheneu; 2006.v.2.

¡  9) Dicionário de administração de medicamentos na enfermagem. 5ª ed. Rio de Janeiro. Ed Epub; 2005.

(40)

Referências

¡ 10) Palmer L. Anesthesia 101- Everything you need to know. Plastic Surgical Nursing. 2013; 33 (4): 164-171.

¡ 11) History of Nurse Anesthesia Practice. [acesso em 13/03/13]. Disponível em: http://www.aana.com/aboutus/Pages/

Resources,-About-AANA.aspx.

¡  12) Syndicat National des Infirmiers Anesthesistes (SNIA). French Union of Nurse Anesthetists. [acesso em 01/04/13].

Disponível em: http://ifna-int.org/ifna/page?37.

¡ 13) Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias seguras salvam vidas (orientações para cirurgia segura da OMS). Organização Mundial da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde;

Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro, 2009.

¡ 14) Merry AF.et. al. An iterative process of global quality improvement: the international standards for a safe practice of anesthesia. 2010. J Can Anesth. 2010; 57: 1021-26.

¡  15) Merry AF.et.al. International Standards for a safe practice of anesthesia 2010. J Can Anesth. 2010; 57: 1027-34.

¡ 16) Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM. Nº 1377, de 9 de julho de 2013. Aprova os protocolos de segurança do paciente. [acesso em 25/07/13]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt137709072013.html.

¡  17) Plaus K, Muckle TJ, Henderson JP. Advancing recertification for nurse anesthetists in an environment of increased accountability. AANA Journal. 2011; 79 (5): 413-18.

(41)

Referências

¡  18) Scope of Nurse Anesthesia Practice. [acesso em 13/03/13]. Disponível em: http://

www.aana.com/aboutus/Pages/Resources,-About-AANA.aspx.

¡  19) Vickers, MD. Anaesthetic team and the role of nurses – European perspective. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology. 2002; 16(3): 409-21.

¡  20) Conselho Federal de Medicina. Lei 12.842 - Dispõe sobre o exercício da Medicina.

Presidência da República. Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 2013. [acesso em 22/10/2014]. Disponível em: http://portal.cfm.org.br.

¡  21) Práticas recomendadas- SOBECC/ Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. 6°ed. São Paulo; 2013

¡  22) Lemos, Cassiane de Santana. Assistência de enfermagem no procedimento anestésico: protocolo para segurança do paciente [dissertação]. São Paulo:

Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem; 2015 [acesso 2016-02-11].

Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13102015-161656/

Referências

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