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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TDAH

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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TDAH

Alline Gonçalves de Souza

1

Sheila Santos Sant’Anna

2

Eber da Cunha Mendes

3

Resumo

O presente artigo visa fornecer informações e esclarecimentos sobre crianças em idade escolar portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), para profissionais da educação, no intuito de auxilia-los no processo de aprendizagem. Tendo como objetivo principal conhecer melhor o transtorno e orientar a equipe docente em maneiras de promover o desenvolvimento cognitivo-intelectual deste aluno.Visto que este transtorno está entre os que mais causam reprovação escolar, é que se faz necessário a utilização do método de observação de aluno portador de TDAH, para entender que o transtorno não é empecilho para que uma criança possa aprender.

Palavras-chave: Aprendizagem; docente; TDAH

Introdução

Um número expressivo de crianças, têm sido diagnosticadas com TDAH- Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, e muitos casos geralmente ocorrem no período escolar, devido à grande dificuldade de concentração destas crianças em assimilar o aprendizado. Isto se deve as características que este transtorno apresenta.

Por esta razão, este artigo trata de uma pesquisa exploratória ede campo, com técnica de observação, dentro do contexto da Educação Especial e Inclusiva, a partir da observação de um aluno, diagnosticado com TDAH com dificuldades no processo

1

Graduanda do curso de Artes pela FABRA-Faculdade Brasileira, Serra/ES. Pesquisadora do programa de Residência Pedagógica promovido em parceria CAPES/FABRA.allineg.souza@gmail.com

2

Graduanda do curso de Artes pela FABRA-Faculdade Brasileira, Serra/ES. Pesquisadora do programa de Residência Pedagógica promovido em parceria CAPES/FABRA.sheilaanna43@gmail.com

3

Bacharel em Teologia(MACKENZIE) e Filosofia (FJC) e História (FABRA). Mestre em História (UFES)e pós-

graduado em Psicopedagogia Institucional e Ensino Religioso (FABRA). Coordenador de área do programa de

Residência Pedagógica FABRA/CAPES.

(2)

de aprendizagem e assimilação dos conteúdos. Este aluno observado está matriculado no 5º ano do ensino fundamental l, numa escola pública da cidade de Serra – ES, é do sexo masculino, tem 13 anos, de cor parda, com o devido laudo médico.

O TDAH, é um transtorno de ordem neurológica que afeta o comportamento e a interação social, trazendo enormes prejuízos no aprendizado escolar devido à grande dificuldade em concentrar a atenção, pois são indivíduos denominados indisciplinados e dispersos (JOU, G,I et al. p. 29, 2010)

Devido a esta questão tão crucial, que é o período escolar da criança, e o fato de ser alfabetizada e assimilar os conteúdos escolares, tornando-se um indivíduo competente em sua comunicação humana, é que entender e conhecer o TDAH, seus sintomas e suas características, e principalmente sua influência na concentração e a dificuldade do aprendizado é que torna o tema tão pertinente aos docentes e responsáveis. Sendo assim, quais a dificuldades que um aluno com TDAH enfrenta em seu processo de aprendizagem?

Os objetivos deste artigo são: Em primeiro plano, entender o TDAH, seus sintomas, características e como o transtorno afeta de forma significativa a concentração trazendo prejuízos no aprendizado. O segundo objetivo foi levantar e discutir as dificuldades que uma criança diagnosticada de TDAH enfrenta em seu processo de aprendizagem. E o terceiro objetivo é sugerir possibilidades pedagógicas às equipes de docentes para que saibam como lidar com alunos nestas condições, indicando estratégias e métodos que possam ajudar a desenvolver as habilidades e capacidades cognitivas, de forma que eles possam aprender os conteúdos, prosseguir e avançar nas series escolares.

A revisão bibliográfica nos dá o pano de fundo teórico para esta pesquisa. Desta forma, vejamos:

O DSM-5 conceitua de forma sucinta o TDAH como:

Acaracterística essencial do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade

é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade

que interferem no funcionamento ou no desenvolvimento. (2014, p. 59)

E ainda esclarece de forma clara e detalhada sobre os sintomas, comportamentos e

as características para o diagnóstico mais preciso do TDAH abordando

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separadamente a hiperatividade e o déficit de atenção para um maior entendimento do assunto.

O estudo das causas é amplo e vasto e ainda não possui nenhuma comprovação cientifica que justifique seu aparecimento, Rohde e Halpern (2004, p.2) acreditam que a influência de fatores genéticos e ambientais é mais aceita nas literaturas. Já para Bonadio e Mori (2013, p.41) as causas justificáveis para o TDAH são de cunho hereditário, estes autores também falam de sua predominância em um determinado gênero, que neste caso do TDAH, é mais prevalente no sexo masculino (2013, p.

37)

Tendo ciência do apanhado geral sobre o funcionamento do TDAH, sintomas, comportamentos e características torna-se mais fácil a compreensão de uma criança portadora do transtorno e como isto afeta sua vida, principalmente no ambiente escolar e sua ação direta no aprendizado.

O processo de aprendizagem se torna mais complexo em uma criança com TDAH, e por isso é necessário entender um pouco como se dá este processo. Jean Piaget aborda a aprendizagem e seu processo de forma construtivista através da assimilação e acomodação do conhecimento. Na visão Piagetina “a aprendizagem, é um processo complexo, que requer elaboração interna de um modo ativo e singular, não sendo um ato de incorporação passiva e mecânica”. (Oliveira, 2014 p.

94).

Outro autor que desenvolve o conceito da psicologia da aprendizagem, é Lev Vigotsky que define a “aprendizagem como um processo central no desenvolvimento humano, como apropriação de conhecimentos, habilidades, signos, valores, envolvendo a interação do sujeito com o mundo cultural no qual se insere”.

(OLIVEIRA, 2014 p.112)

A metodologia aplicada a esta pesquisa é de via exploratória, bibliográfica e de estudo de caso,pois de acordo com Gil (2008, p.27) este tipo de pesquisa “envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudo de caso”. Gil ainda diz que:

As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de

problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos

posteriores. (2008, p. 27)

(4)

Além disso trata-se de uma pesquisa qualitativacom técnica adotada de observação, pois de acordo com Gil (2008, p. 100) “ A observação nada mais é que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano”.

Fazendo o uso da observação coleta-se os dados de forma indutiva e subjetiva para o estudo de caso retratado neste artigo.

Ao se aprofundarem sobre o assunto, buscando estudar e pesquisar, e se interagir com outros profissionais, permitindo trocas de experiências e detendo assim de informações que possam amenizar as consequências negativas e extrair o máximo de habilidades e competências da criança portadora deste transtorno, é que se torna possível o sucesso no aprendizado dos conteúdos escolares e na vida deste aluno como um todo.

Compreendendo o TDAH

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou TDAH, é um transtorno de ordem neuropsiquiátrico, que afeta a atenção e o controle do comportamento (DESIDÉRIO; et ali, 2007, p.1). Geralmente se desenvolve na infância, e por este motivo é que seu diagnóstico se torna um pouco mais difícil, visto que geralmente os comportamentos infantis tendem a ser agitados e as crianças se dispersam com mais facilidade (Jou; et ali, 2008, p.29)

Como o TDAH é a junção de duas patologias, iremos ver como a característica de cada uma funciona, e assim nortear as providências a serem tomadas, quando há suspeita do mesmo.

Segundo o DSM-5 (2014, p.61) a hiperatividade “refere-se à atividade motora excessiva (como uma criança que corre por tudo) quando não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em excesso ”. Ou seja, a criança não tem controle sobre seus atos, não consegue ficar parada por muito tempo, quando lhe é exigido isto, apresenta sinais físicos, como balançar a perna e bater os pés em movimento repetitivos, é como se tivesse necessidade de movimentar-se o tempo inteiro.

A hiperatividade está relacionada com a impulsividade, e o Manual diz que:

A

impulsividade

refere-se a ações precipitadas

que ocorrem no momento sem premeditação e com elevado potencial para

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dano àpessoa(p.ex., atravessar uma rua sem olhar). A impulsividade pode

ser reflexo de um desejo de recompensas

imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação. Comportamentos impulsivos podem se manifestar com intromissão social (p. ex., interromper

os outros em excesso) e/ou tomada de

decisões importantes sem considerações acerca das consequências no longo prazo [...](2014, p.61).

E a desatenção “manifesta-se comportamentalmente no TDAH como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização” (DSM- 5 2014, p. 61). Ou seja,ela demonstra grande dificuldade em manter a concentração em algo que seja importante e necessário, como a realização de atividades e as provas escolares ou o simples ato de assistir a um filme.

Barkley(apud BONADIO, et ali: 2013), diz que:

O Transtorno de Déficit de Atenção compromete a capacidade de inibir o comportamento em manter atenção, controle ou inibição dos impulsos. Elas lutam, às vezes com tenacidade, para manter sua atenção em coisas mais demorada, que as usuais. Especialmente aquelas mais maçantes, repetitivas e tediosas. Tarefas escolares desinteressantes, atividades domésticas extensas e palestras longas são problemáticas, assim como leituras extensas e trabalhos desinteressantes (2007, p. 50).

Barkley está dizendo que se o aluno não for acompanhado e ajudado, o Transtorno de Déficit de atenção pode trazer sérios prejuízos a longo prazo, impedindo que o indivíduo leve uma vida dentro dos padrões considerados normais.Por esta razão, é que o TDAH, no seu aspecto geral,não pode ser deixado de lado ou simplesmente ignorado pelos responsáveis da criança ou o próprio indivíduo.

O DSM-5 esmiúça e detalha os comportamentos e sintomas do TDAH, elucidando com clareza as características do transtorno e assim trazendo melhor compreensão do mesmo.

Nos parágrafos abaixo, veremos separadamente a especificidade de cada uma das patologias que compõe o TDAH.

Sobre a desatenção temos as seguintes considerações: (2014, p. 59):

a. Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefa s escolares, no trabalho ou durante outras atividades (p. ex., negligencia ou deixa passar detalhes, o trabalho é impreciso).

b. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades

lúdicas (p. ex., dificuldade de manter o foco durante aulas, conversas ou leituras

prolongadas).

(6)

c. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente (p.ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia).

d. Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (p. ex., começa as tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo).

e. Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (p. ex., dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tempo; dificuldade em cumprir prazos).

f. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lições de casa; para adolescentes mais velhos eadultos, preparo de relatórios, preenchimento de formulários, revisão de trabalhos longos).

g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular).

h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados).

i. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas (p. ex., realizar tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, pagar contas, manter horários agendados).

Em relação à Hiperatividade, informa-nos o DMS – 5 (2014, p. 60):

a. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.

b. Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em outro local de trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em um mesmo lugar).

c. Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.

(Nota: Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude).

d. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.

e. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado” (p.

ex., não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo,

(7)

como em restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou difícil de acompanhar).

f. Frequentemente fala demais.

g. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída (p. ex., termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar).

h. Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (p. ex., aguardar em uma fila).

i. Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas, jogos ou atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se em ou assumir o controle sobre o que outros estão fazendo).

De acordo com o Manual DSM-5, há “levantamentos populacionais sugerem que o TDAH ocorre na maioria das culturas em cerca de 5% nas crianças e 2,5% nos adultos”. (2014, p.61)

E também segundo o Manual, a prevalência do TDAH

é mais frequente no sexo masculino do que no feminino na população em geral, com uma proporção de cerca de 2:1 nas crianças e de 1,6:1 nos adultos”. (2014, p. 63)

Visto que estas estatísticas apontam a maior incidência para o sexo masculino, e também é o apontamento da maioria dos estudos dos casos, o autor Barkley (2008) (apud BONADIO, et ali, 2003) diz que:

[...] a maioria dos indivíduos no teste de campo DSM era do sexo masculino, tornando os critérios do DSM referentes principalmente a homens. A adaptação do ponto de corte para cada gênero em separado pode resultar na anulação da observação de que o TDAH é mais comum em homens do que em mulheres, por uma razão de 3:1 (BARKLEY, 2008 , p. 102).

Para Barkley (apud BONADIO, et ali, 2003), esta prevalência do TDAH sobre o sexo masculino, na tese do diagnóstico baseado em gêneros, ainda se encontra em discussão. O que ainda não foi constatado no campo cientifico, é o porquê que o TDAH ocorre maisno sexo masculino.

Com base nestas características e comportamentos dos indivíduos com TDAH é que

podemos com mais clareza revelar a necessidade de um olhar mais proximal desta

criança, que é também aluno, e que se encontra dentro destas limitações que o

transtorno causa.

(8)

Estas limitações o impedem que se desenvolva intelectualmente dentro dos padrões considerados normais, devido estar comprometida a sua concentração. Alguns padrões de comportamentos escolares revelam a dificuldade de se concentrarem, de acordo com Bonadioe Mori (2013), as crianças tendem:

[...] perder materiais escolares e pessoais, ou deixá-los espalhados. Os cadernos estão sempre sujos, com orelhas, muitos sinais de uso constante da borracha, folhas em branco e registro de conteúdos em lugares não determinado.Essas crianças evitam atividades como leitura, jogos e brincadeiras que exigem atenção, persistência e organização para concluí- las. Ruídos e estímulos ignorados pelas outras crianças atraem a atenção delas, levando-as a interromper as atividades que estão realizando. (2013, p. 43).

Estes autores ainda falam que parece paradoxal uma criança que não consegue se concentrar, mas quando são submetidas em atividades que lhe são interessantes, estes sintomas são mínimos . Já em situações de afazeres pouco atraentes, nota-se um grande aumento dos sintomas. Por isso manter o interesse e a concentração das crianças com TDAH torna-se um desafio.

Etiologia

Muitas pesquisas vêm sendo realizadas para descobrir as causas do TDAH, mas nenhuma delas é precisa e por isso várias teses cientificas são aceitas. As causas para fatores biológicos e ambientais são as mais prováveis segundo as literaturas cientificas (ROHDE E HALPERN: 2004, p. 62).

As influencias orgânicas e biológicas herdadas dos pais, ou seja, os quesitos genéticos podem desenvolver o transtorno no indivíduo, os autores Bonadio e Mori (2013), dizem que:

Neste sentido, os fatores orgânicos determinariam a existência ou não do transtorno, ou seja, se na família os pais apresentam os genes para o TDAH, a probabilidade de o filho desenvolvê-lo se amplia em relação à outra criança que geneticamente não apresenta esta suscetibilidade.

Parece-nos que, desta perspectiva, não há nada a fazer; o orgânico conduz o destino da criança, e o ambiente externo apenas serve de pano de fundo para um transtorno de comportamento, interferindo em pequena proporção na composição do quadro nosológico. (2013, p. 38)

Os autores defendem que não há muito o que se fazer, eque, quando a criança

nasce com o gene propenso ao desenvolvimento do transtorno, e sendo submetida

às influenciasdos fatores externos, é bem provável o aparecimentodo TDAH logo na

primeira infância.

(9)

Já as hipóteses para as causas externas e ambientais, não se sustentam em si, pois são variáveis que mudam de acordo com cada cultura e meio que vivem.E de acordo com Barkley(apud BONADIO, et ali, 2013):

[...] o TDAH não pode e não ocorre em decorrência de fatores puramente sociais, como a criação infantil, os conflitos familiares, as dificuldades maritais/do casal, o apego infantil inseguro, a televisão ou os

videogames, o ritmo

de vida moderna ou a interação com outras crianças (BARKLEY, 2008, p.

232)

Isto não quer dizer, de acordo com o autor, que os fatores ambientais não causem certa influência no comportamento da criança, mas apenas ao fato de que eles, isoladamente, não são suficientes para o desenvolvimento do TDAH. Como diz ainda Barkley(apud BONADIO, et ali, 2013):

[...] na última década, não foi desenvolvida nenhuma teoria ou mesmo uma hipótese social ou ambiental plausível com relação às causas do TDAH, que seja condizente com o conhecimento científico sobre o transtorno, ou que tenha qualquer valor explicativo ou preditivo para se entender o transtorno e motivar pesquisas científicas com o fim de testá-las (BONADIO, apud BARKLEY, 2008, p. 231).

Contudo, estas questões sociais e a criação no ambiente familiar, principalmente em lares com muitos conflitos, podem comprometer a saúde mental da criança e até suscitar outras doenças patológicas (BONADIO, et ali, 2013, p. 41). Por esta razão, é que trazer uma convivência familiar saudável é benéfica para o crescimento físico, emocional e psicossocial da criança, além dos benefícios da saúde propriamente dita.

Durante o período de observação do estudo de caso - aluno com TDAH - notou-se com clareza ascaracterísticas do déficit de atenção, mas não muito evidente algum sintoma de hiperatividade, apesar de ter sido diagnosticado com TDAH. De acordo com o laudo do aluno, foi prescrito Ritalina (Metilfenidato 20mg LA), medicamento muito usado nos casos do TDAH, para tomar diariamente antes de ir para a escola.

Após o diagnóstico, e com o uso do medicamento, o aluno apresentou uma certa

“melhora”. Ele consegue realizar as atividades que mais lhe agradam, como

desenho e jogos e se esforça para fazeraquelas impostas pelos professores. No

entanto, assim mesmo el apresenta grandes dificuldades na aprendizagem. Ele está

repetindo o 5º ano pela 3ª vez, e é bem notória suas dificuldadesem desenvolver

atividades de leitura e escrita.

(10)

E é exatamente este o outro ponto que abordaremos, a aprendizagem e como se ocorre o seu processo.

A aprendizagem e seu processo

A aprendizagem é definida por Oliveira (2014, p.65) como “ um processo no qual o indivíduo apropria-se de certos conhecimentos e habilidades. ”Ainda segundo Oliveira, “aprender traz consigo a possibilidade de algo novo, incorporado ao conjunto de elementos que formam a vida do indivíduo, relacionando-se com a mudança dos conhecimentos que ele já possui”.

Todo o processo de aprendizagem envolve o indivíduo com o meio em que vive, experimentando, sentindo, testando, sendo submetido a circunstâncias que lhe proporcione viver o novo.

Existem muitas linhas de pensamentos científicos, voltadas para a pesquisa da aprendizagem. Dentre eles, Jean Piaget e Vygotsky são os mais citados e comentados neste assunto. Suas visões serão citadas neste artigo como embasamento teórico para compreender os processos de aprendizagem.

A teoria de aprendizagem de Piaget se baseia no construtivismo, que nada mais é que uma teoria do conhecimento aplicada à educação. Nesta teoria, o professor tem autoridade, mas não é autoritário. O respeito entre aluno e professor é mútuo. A construção do conhecimento tem origem nas raízes históricas e sociais e o docente é apenas um ajudador, iniciando o ponto de partida, para o aluno alcançar o alvo.

(OLIVEIRA: 2014, p. 89).

Ainda segundo Oliveira (2014, p. 90), a “formação do professor construtivista deve ter uma base teórica, cientifica e pratica, sabendo criar um clima favorável ao aprendizado”.

Jean Piaget (apud Oliveira, 2014, p. 90) “afirma que a aprendizagem se processa através de dois movimentos simultâneos e integrados, mas de sentido contrário: a assimilação e a acomodação”. Para entender como isso ocorre, a autora Oliveira nos resume da seguinte forma:

Assimilação: ação do sujeito sobre o objeto do conhecimento, podendo

incorporar esse objeto a esquemas mentais já existentes no sujeito.

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Acomodação: o sujeito age sobre o objeto, e este, por suas características especificas, impele o sujeito a uma transformação de seus esquemas mentais, a fim de que possa incorporar este novo objeto do conhecimento.

(2014: p.91)

A autora nos diz que para Piaget “o desenvolvimento do sujeito se dará no sentido de promover uma adaptação mais precisa da realidade”. Ele relaciona o processo de aprendizagem dos indivíduos com o meio em que estão inseridos, e na sua relação com os objetos de conhecimentos. Assim Piaget (apud OLIVEIRA) ressalta que:

As estruturas mentais, assim como os processos afetivos da criança, tenderão a alcançar níveis cada vez mais elevados de desenvolvimento, em função da ação reciproca entre a criança e seu ambiente. Esse processo se dará por meio de sucessivas assimilações e acomodações do sujeito na interação com os objetos de conhecimentos (2014; p. 91).

É assim que, para Jean Piaget, a aprendizagem se acomoda na criança, através do processo de construção ativa do conhecimento envolta na própria realidade.

(ApudOliveira, 2014, p. 94).Assim sendo, “A aprendizagem é o conjunto de mecanismos que o organismo movimenta para se adaptar ao meio ambiente. ” (Oliveira, 2014, p.90)

Vygotsky também defende o ambiente como importante no desenvolvimento cognitivo, mas sua teoria que será abordada neste artigo será a ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal) que está intimamente relacionada com a educação.

A Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é por Vygotsky (apudOliveira, 2014, p.

102) um“conjunto de habilidades onde o sujeito pode ter sucesso se assistido por um adulto ou alguém mais experiente”.

A autora Oliveira exemplifica da seguinte maneira:

[...]uma criança que já tem capacidade de sozinha, montar um quebra- cabeça de quatro peças. Neste sentido, já conhece elementos deste jogo, como o encaixe de peças, as cores, reconhecimento das figuras, o que podemos chamar de desenvolvimento real. Com o auxílio de outra pessoa de maior conhecimento, a criança poderá ser desafiada a avançar para a montagem de um quebra-cabeça de seis peças. A intervenção do outro vai requerer estratégias diversas [...] (2014: pg.103)

No caso deste exemplo, a mediação possibilita o aprendizado de um jogo mais complexo, permitindo o desenvolvimento do seu potencial (Oliveira, 2014, p.103).

Esta interação/relação que rodeia a Zona de Desenvolvimento e suas implicações

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no processo de ensino e aprendizagem, podem ser melhor compreendidas no próprio conceito de Vygotsky:

Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é a distância entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente, e o nível de desenvolvimento potencial, demarcado pela capacidade de solucionar problemas com ajuda de um parceiro mais experiente. (Apud Oliveira, 2014, p. 104)

Partindo deste princípio, a interação social que promove o conhecimento é que o autor Fino (2001, p.8) reforça este aspecto importante na teoria de Vygotsky:

[...] é a ideia da existência de uma área potencial de desenvolvimento cognitivo, definida como a distância que medeia entre o nível actual de desenvolvimento da criança, determinado pela sua capacidade de actuar de resolver problemas individualmente, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de problemas sob orientação de adultos ou em colaboração com pares mais eficazes. (Vygotsky, 1978)

É neste ponto da teoria da ZDP de Vygotsky que a aprendizagem vai acontecer.

Quando o professor interfere na Zona de Desenvolvimento proximal dos alunos, ocorre avanços que geralmente não aconteceriam espontaneamente (Oliveira, 2014, p. 105). De acordo com a autora, “a função de um educador escolar, por exemplo, seria, então, a de favorecer esta aprendizagem, servindo de mediador entre a criança e o mundo”. (Oliveira, 2014, p. 105)

Utilizando de estratégias e das ferramentas certas para a intervenção, que a teoria da ZDP de Vygotsky ocorrerá com êxito. É preciso ajudar a desenvolver as habilidades das crianças, através de ambientes favoráveis ao aprendizado.

Vasconcellos (apud Oliveira, 2014, p.105) diz:

Temos que trabalhar, portanto, com a estimativa das potencialidades da criança, potencialidades estas que, para tornarem-se desenvolvimento efetivo, exigem que o processo de aprendizagem, os mediadores e as ferramentas sejam distribuídos num ambiente adequado. (Vasconcellos, Valsiner, 1995)

Portanto a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), dispõe numa interação entre aprendizagem e desenvolvimento que ocorre: dentro de contexto cultural e biológico, onde o indivíduo encontra meios favoráveis para se desenvolver, auxiliados por mediadores. (Oliveira, 2014, p. 106)

Observou-se no aluno com TDAH que seu aprendizado está prejudicado,

principalmente nas áreas de humanas, como português, história e geografia. Como

(13)

se dispersa com facilidade devido ao transtorno, ele não consegue assimilar os conteúdos e, portanto, não acompanha o desenvolvimento da turma.

A equipe pedagógica tem certa dificuldade em ajudar este aluno no seu aprendizado, pois o mesmo não demonstra interesse, e como a escola só possui uma professora especializada, a mesma se encontra demasiadamente ocupada com outros alunos com transtornos e síndromes mais severos.

É este o outro ponto que será abordado neste artigo. Como auxiliar a equipe profissional pedagógica no avanço do aprendizado de alunos com TDAH?

Orientações para a equipe docente

Como podemos identificar um ambiente escolar propício e inclusivo para que ocorra o aprendizado, especialmente, para os alunos portadores do TDAH, que são incluídos na Educação Especial?

Para responder esta pergunta vejamos o que a LDBEN, no decreto nº 3.298/1999, artigo 24, & 1º, diz:

Entende-se um processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação (Mazzota, 1998)

A Escola pública ou privada tem a obrigação por lei, de atender os alunos da educação especial e inclusiva, oferecendo estrutura física com acessibilidade, corpo docente preparado, salas de atendimento especializado e apoio educacional apropriado, e contato com a família do aluno para o bom desenvolvimento e aprendizado do mesmo.

As crianças portadoras do transtorno de déficit de atenção e

hiperatividadenecessitam que os profissionais da educação estejam atentos e sejam

perspicazes em inovar na metodologia do ensino, se mostrando interessados em

buscar maneiras, às vezes, bem peculiares para alcançar a aprendizagem destes

alunos. Segundo os autores Araújo, Rodrigues e Souza (2013), nos diz que:

(14)

O aluno com TDAH necessita ser encorajado a explorar os mais variados materiais sobre determinado conteúdo ou assunto que será ensinado em sala de aula, antes que o ensino ocorra, é preciso que seja uma conexão com as práticas (manusear, olhar, escutar, mover coisas). Relacionar as atividades com questionamento, usar recursos e explorar seu cotidiano.

Utilizar metodologias visuais estimulando a criatividade, a criação e construção, pois ele é atraído por esses estímulos. (2013, p. 5)

Motivar este aluno, com abordagens interessantes, que fogem do padrão “professor fala/aluno ouve”, é essencial para este processo de aprendizagem. Quando o professor traz alternativas de ensino para sala de aula, como uma música, por exemplo, ele envolve não somente o cognitivo deste aluno, mas também o envolve emocionalmente. Araújo, Rodrigues e Souza (2013), falam que a “forma de captar essa emoção desperta uma energia imensa e de uma sensibilidade que reage automaticamente sem avaliar a característica do objeto responsável pelo sinal”.

(2013, p. 6)

Esta sensibilidade deve partir principalmente do professor, que é o instrumento capaz de estimular o interesse para o aprender. Cabe a este professor a missão de sempre atualizar seus conhecimentos inovando suas técnicas e estratégias, pois prender a atenção do aluno com TDAH, não é uma tarefa fácil. Para isto, o professor precisa de criatividade para atingir seu mais importante objetivo, alfabetizar este aluno especial.

O profissional docente, sempre que possível, deve “fugir” dos livros e trazer para a sala de aula, objetos a serem manipulados, observados e experimentados pelos alunos e principalmente os portadores de TDAH, segundo Bonadio e Mori (2013):

Ao manipular os objetos, a criança sustenta o estado de atividade do córtex cerebral, responsável por manter a excitabilidade das diferentes regiões do cérebro. Assim, tanto a concentração, quanto a constância da atenção podem ser mantidas pelo professor, quando este utilizar recursos concretos para a explicação do conteúdo. Mapas, ilustrações, materiais e jogos pedagógicos, sucatas e revistas são recursos valiosos ao desenvolvimento da atenção. A manipulação de objetos, em paralelo à explicação teórica do conteúdo, além de contribuir para a constância e concentração da atenção, favorece o estabelecimento de associações, generalizações e abstrações, condições importantes à apropriação dos conceitos científicos. (2013, p.

153)

O que defende estes autores, é que, além de atividades lúdicas, que prendem a

atenção do aluno, haverá os momentos em que a abordagem de certos conteúdos

não serão tão “legais” assim. E como dizemBonadio e Mori (2013, p. 153) o

(15)

professor“ajudará o aluno a compreender que o ensino não será interessante e divertido o tempo todo e que haverá momentos em que ele se ocupará de atividades que podem ser consideradas chatas. ”

Esta postura exige do professor atitude estratégica e didática, para que o ensino flua, ora nos momentos divertidos, ora nos momentos mais sérios. De acordo com os autores, esta atitude do professor, ajudará o educando a ter consciência de que deve cumprir todas as suas obrigações escolares, mesmo as que não sejam tão divertidas assim.(Bonadio e Mori, 2013, p. 153)

Este jogo de cintura do docente, implica em fornecer atividades que possibilitem condições da criança de realizá-la, sem ser uma tarefa muito fácil. Segundo Bonadio e Mori“o que é muito fácil pode gerar desinteresse, dispersar a atenção; a criança, ao contrário, necessita de atividades que exijam certo esforço, mas também é preciso que ela se sinta capaz de realizá-las”. (2013, p.153)

Esta percepção didática abrange todo o corpo docente, portanto a escola deve orientar e auxiliar o professor, estimulando-o a se reciclar, respeitando seus períodos de planejamentos, e participando ativamente no acompanhamento da aprendizagem do educando portador deste transtorno.

Considerações Finais

Com o passar dos anos, a proporção do aumento de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dentre outros transtornos e síndromes, é algo que vem preocupando o meio cientifico. Muitos estudos sobre o tema vêm sendo discutido e pesquisado, estudos estes que auxiliam e muito para o campo acadêmico, trazendo esclarecimentos para os profissionais docentes no intuito de ajuda-los a identificar o TDAH.

Portanto auxiliar no processo de aprendizagem de uma criança portadora do TDAH,

é um trabalho que exige paciência, perseverança e determinação, tanto por parte

dos profissionais da educação, quanto pelos pais/responsáveis que convivem na

maior parte do tempo com o educando.

(16)

O aluno observado para esta pesquisa, em dentro de 1 ano mostrou significativas melhoras, sendo nítido em seu comportamento. Isto só ocorreu devido a todo um esforço em conjunto com família, profissionais da saúde e principalmente do ambiente escolar.

É necessário um olhar de sensibilidade educacional, para que esta criança tenha acesso ao conhecimento que lhe é de direito garantido.Superar um transtorno como TDAH, e aprender a conviver com ele já é em si um aprendizado.

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Referências

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