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Propostas de controles de potência e otimização do desempenho do gerador de relutância variável aplicado em geração eólica conectada à rede elétrica baixa tensão

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS ´ ˜ FACULDADE DE ENGENHARIA ELETRICA E DE COMPUTAC ¸ AO. ´ DOS SANTOS BARROS TARCIO ANDRE. ˆ ˜ DO PROPOSTAS DE CONTROLES DE POTENCIA E OTIMIZAC ¸ AO ˆ ´ DESEMPENHO DO GERADOR DE RELUTANCIA VARIAVEL APLICADO EM ˜ EOLICA ´ ` REDE ELETRICA ´ ˜ GERAC ¸ AO CONECTADA A DE BAIXA TENSAO.. CAMPINAS 2015.

(2) ´ DOS SANTOS BARROS TARCIO ANDRE. ˆ ˜ DO PROPOSTAS DE CONTROLES DE POTENCIA E OTIMIZAC ¸ AO ˆ ´ DESEMPENHO DO GERADOR DE RELUTANCIA VARIAVEL APLICADO EM ˜ EOLICA ´ ` REDE ELETRICA ´ ˜ GERAC ¸ AO CONECTADA A DE BAIXA TENSAO.. Tese apresentada `a Faculdade de Engenharia El´etrica e de Computa¸ca˜o como parte dos requisitos exigidos para a obten¸ca˜o do t´ıtulo de Doutor em ´ Engenharia El´etrica, na Area de Energia El´etrica.. Orientador: ERNESTO RUPPERT FILHO ` VERSAO ˜ FINAL ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE A ´ DA TESE DEFENDIDA PELO ALUNO TARCIO ANDRE DOS SANTOS BARROS, E ORIENTADA PELO PROF. DR. ERNESTO RUPPERT FILHO. CAMPINAS 2015.

(3) n.

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(5) ` s pessoas que Dedico este trabalho a sempre me inspirei: meus pais (Zezito ´tua ) e meus avo ´ s (Flore ˆncio e Perpe ˆs). e Merce.

(6) Agradecimentos. Agrade¸co A DEUS! ao meu pai (Zezito), mesmo sem estar mais presente aqui sempre ser´as o motivo da minha inspira¸ca˜o. a minha m˜ae (Perp´etua) por todo o seu amor. a minha linda esposa (Juliana) pelo amor, carinho, afeto e companheirismos. aos meus irm˜aos (Thiago e Tain˜a) pelo companheirismo de sempre. a minha fam´ılia por todo incentivo. ao meu orientador (Ruppert) pela valorosa orienta¸ca˜o, pelos ensinamentos e por acreditar em meu potencial. aos meus amigos de laborat´orio: Paulo S´ergio, Leonardo Ruffeil e Adson que me ajudaram bastante na execu¸ca˜o deste trabalho. aos meus amigos da Unicamp; Tiago Curi, Fernando, Vanessa, Ramon, Marcos, Dante, Rolando, Alex, Bacurau, Fl´avio e Lu´ıs, pela convivˆencia descontra´ıda e as trocas de experiˆencias. a todos os meus professores da escola Estadual Humberto Soares, do SENAI-PE, da Universidade Federal do Vale do S˜ao Francisco e da UNICAMP pelos ensinamentos durante esta minha jornada de estudos. aos membros da banca examinadora pelos coment´arios, sugest˜oes e contribui¸co˜es, que ajudaram a melhorar a qualidade e a reda¸ca˜o final do manuscrito. a` FAPESP, pelo apoio financeiro (proc. 2012/04872−0 e proc. 2012/08911−0) concedido durante todo o per´ıodo de doutoramento. `a CPFL pela ajuda financeira. `a FEEC/UNICAMP pela ´otima estrutura que oferece aos estudantes e pesquisadores..

(7) N˜ao sabendo que era imposs´ıvel, foi l´a e fez. Jean Cocteau.

(8) Resumo. Este trabalho ´e pioneiro no sentido de propor duas formas de acionamentos, para o gerador de relutˆancia vari´avel (GRV) aplicado em gera¸ca˜o e´olica, que permitem a opera¸ca˜o em uma ampla faixa de velocidade. Com os sistemas propostos ´e poss´ıvel ter um maior aproveitamento da energia e´olica em pequenos e m´edios aerogeradores quando comparado aos sistemas que utilizam geradores el´etricos convencionais. Nesta tese prop˜oe-se o controle direto de potˆencia por histerese para opera¸ca˜o em baixas velocidades e o controle direto de potˆencia por pulso u ´nico para altas velocidades. Os controles de potˆencias foram inicialmente desenvolvidos utilizando controladores proporcionais integrais e, para melhora do desempenho do sistema, foram utilizados controladores n˜ao lineares de modos deslizantes. Prop˜oe-se um sistema de comuta¸ca˜o dos modos de controle de potˆencias que permite a opera¸ca˜o do GRV em toda faixa poss´ıvel de varia¸ca˜o de velocidade. Outra originalidade deste sistema proposto ´e que, diferentemente dos trabalhos j´a realizados, o GRV funciona no modo autoexcitado utilizando o barramento comum do elo de corrente cont´ınua do inversor de frequˆencia conectado com a rede el´etrica de baixa tens˜ao. Com isto elimina-se a necessidade de conversores adicionais e fontes de excita¸ca˜o para magnetiza¸ca˜o do GRV, reduzindo o custo e aumentando a eficiˆencia do sistema. Toda modelagem do sistema desenvolvido ´e descrita detalhadamente. Foram realizadas simula¸co˜es dinˆamicas para verifica¸c˜ao dos constru´ıdas dos sistemas de controle propostos. Plataformas experimentais foram desenvolvidas para realiza¸ca˜o dos ensaios dos sistemas propostos. Os resultados dos ensaios experimentais comprovaram a eficiˆencia do sistema. Palavras-chave: Gerador de Relutˆancia Vari´avel, Energia E´olica, Controle Direto de Potˆencia, Conversor VSC, Conversor AHB..

(9) Abstract. This PhD thesis has as its main contribution the realization of proposed power control systems for the Switched Reluctance Generator (SRG) in wind power generation. This work pioneers two proposals of drives for switched reluctance generator that depend on the operating speed. With the proposed systems it’s possible to get 30% more wind energy those systems with conventional generator. It is proposed to direct power control by hysteresis for operation at low speeds and direct power control by single pulse for high speeds. The power controls were first developed using proportional integral controllers and to improve system performance sliding mode controllers were used. It introduces a switching system of modes operation which enables SRG to operate in large range of speed variation. The modeling of the developed system is described in detail and dynamic simulations were carried out to verify the performance of the proposed control systems. The SRG works in self- excited mode using the common DC link bus of the frequency inverter connected to electrical low-voltage grid. This eliminates the need for additional converters and excitation sources for magnetizing of SRG. An experimental platform was developed for testing of the proposed system. Keywords: Switched Reluctance Generator, Wind Energy, Direct Power Control, Sliding Mode Control,.

(10) Lista de Figuras. 2.1. MRV 12/8 polos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28. 2.2. Posi¸co˜es b´asicas do rotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30. 2.3. Perfil da indutˆancia da MRV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30. 2.4. Varia¸ca˜o de co-energia com posi¸ca˜o para uma mesma corrente i. . . . . . . 31. 2.5. M´aquina de relutˆancia vari´avel 12/8. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32. 2.6. Sistema de acionamento de um GRV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33. 2.7. Per´ıodo de excita¸ca˜o (durante derivada negativa da indutˆancia) e gera¸ca˜o para uma fase do GRV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34. 2.8. a) Acionamento por MLP de tens˜ao. b)Regulador por histerese de corrente. c)Acionamento por pulso u ´nico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36. 2.9. Principais t´opicos estudados sobre a opera¸ca˜o do GRV. . . . . . . . . . . . 37. 3.1. Diagrama geral do sistema autom´atico para obten¸ca˜o das curvas de magnetiza¸ca˜o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49. 3.2. Fluxograma do software de gerenciamento do ensaio. . . . . . . . . . . . . 50. 3.3. Bancada experimental montada para realiza¸ca˜o dos ensaios. . . . . . . . . 51. 3.4. Resultados dos ensaios de magnetiza¸ca˜o obtido com o software de gerenciamento desenvolvido no LabView. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52. 3.5. Modelo de uma fase do GRV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52. 3.6. Procedimento para obter I(Φ, θ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54. 3.7. Curvas de magnetiza¸ca˜o obtidas pelas regress˜oes polinomiais. . . . . . . . . 55. 3.8. a) Fluxo concatenado para diferente posi¸co˜es com corrente constante. b)Caso (a) com destaque para a regi˜ao inferior das curvas. . . . . . . . . . . . . . . 56. 3.9. Indutˆancia e torque em fun¸ca˜o da corrente para diferentes posi¸co˜es a-b) Smoothing spline. c-d) Interpola¸ca˜o cubica, e-f) Regress˜ao polinomial g-h) Interpola¸ca˜o polinomial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.

(11) 3.10 a) Curvas de magnetiza¸ca˜o estimadas a partir dos dados do ensaio b) Coenergia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 3.11 a) Dados da tabela I(Φ, θ) b) Dados da tabela T (I, θ). . . . . . . . . . . . 59 R 3.12 Diagrama do GRV desenvolvido no Simulink . . . . . . . . . . . . . . . . 60. 3.13 Sistema de controle simulado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 R 3.14 Conversor AHB e cargas modelados no Simulink . . . . . . . . . . . . . . 62. 3.15 Modelagem do sistema de controle de tens˜ao de barramento do GRV. . . . 63. 3.16 Diagrama da montagem experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 3.17 Foto da bancada experimental para realiza¸ca˜o do controle de tens˜ao. . . . . 64 3.18 a) Tens˜ao Vdc e referˆencia. b) Ripple em Vcc e correntes do GRV. . . . . . 65 3.19 a) Indutˆancia, corrente, fluxo e tens˜ao na fase A do GRV. b) Corrente no Capacitor c)Torque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 3.20 a)Resultados experimentais para os mesmos instantes da Figura 3.18(b). b) Posi¸ca˜o, corrente el´etrica da fase do GRV, corrente el´etrica no capacitor e tens˜ao na fase do GRV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 3.21 Resultado simula¸ca˜o para varia¸ca˜o em Vref . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 3.22 Resultado experimental para varia¸ca˜o em Vref . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 3.23 Corrente da fase do GRV na simula¸ca˜o e no experimento quando: a) Vdc = 100V b)transit´orio c) Vdc = 160V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 4.1. Compara¸ca˜o entre a potˆencia mecˆanica para opera¸c˜ao com velocidade fixa e vari´avel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73. 4.2. Sistema de controle de potˆencia do GRV conectado `a rede el´etrica. . . . . . 74. 4.3. Curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV de 2kW utilizado. . . . . . . . . . . . . . 75. 4.4. Curva de potˆencia ´otima para sistema e´olico em estudo. . . . . . . . . . . . 75. 4.5. a)Per´ıodo de excita¸ca˜o do GRV b)Per´ıodo de gera¸ca˜o do GRV . . . . . . . 77. 4.6. Tipos de formas de onda das correntes do GRV. . . . . . . . . . . . . . . . 78. 4.7. a)For¸ca contra eletromotriz estimada b)Detalhe em e no intervalo de gera¸ca˜o. 79. 4.8. Tens˜ao, corrente el´etrica e fluxo magn´etico na fase do GRV. . . . . . . . . 81. 4.9. Estrutura controle de corrente por histerese. . . . . . . . . . . . . . . . . . 83. 4.10 Fluxograma otimiza¸ca˜o em baixas velocidades. . . . . . . . . . . . . . . . . 84 4.11 Resultados de simula¸co˜es para w = 80rad/s e θof f = 18◦ a) Fluxo magn´etico b)Corrente na fase a do GRV c)Torque eletromagn´etico. . . . . . . . . 86 4.12 a) Fun¸co˜es Tripple normalizas. b) Fun¸co˜es Imed normalizas. c)Fun¸co˜es Φmax normalizas d) Fun¸ca˜o custo para diferentes θof f. . . . . . . . . . . . . 87.

(12) 4.13 Diferentes situa¸co˜es de otimiza¸ca˜o a)Fluxo magn´etico b) Corrente m´edia da fase do c) Ondula¸ca˜o de torque. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 ˆ 4.14 Angulos θonopt para velocidades de opera¸ca˜o do GRV. . . . . . . . . . . . . 88 4.15 Estrutura de controle de potˆencia otimiza¸ca˜o para controle a pulso u ´nico. . 89 4.16 Fluxograma para otimiza¸ca˜o em altas velocidades. . . . . . . . . . . . . . . 90 4.17 Resultados de simula¸co˜es para w = 120rad/s a) Fluxo magn´etico b)Corrente na fase a do GRV c)Torque eletromagn´etico d) Legenda. . . . . . . . . . . 91 4.18 Resultados de simula¸co˜es a) Fluxo magn´etico b)Corrente na fase a do GRV c)Torque eletromagn´etico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92 4.19 Resultados das simula¸co˜es normalizados a) Ripple de torque eletromagn´etico c)Corrente na fase a do GRV c)Fluxo magn´etico d) Fun¸c˜ao custo . . . 93 4.20 Resultados de simula¸co˜es para otimiza¸ca˜o em w = 120rad/s a) Fluxo magn´etico b)Corrente na fase a do GRV c)Torque eletromagn´etico. . . . . . . . 94 ˆ 4.21 Angulos θon ´otimos obtidos nas simula¸co˜es para diferentes velocidades. . . 95 4.22 a) Ajuste linear para velocidades de 100 a 165rad/s. b)Ajuste linear para velocidades de 100 a 180rad/s. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 4.23 Instrumenta¸ca˜o experimental para verifica¸ca˜o de vari´aveis de otimiza¸ca˜o. . 96 4.24 . Resultados experimentais para comprova¸ca˜o da metodologia de otimiza¸ca˜o para opera¸ca˜o do GRV em baixa velocidades(tens˜ao no elo cc, perfil de varia¸ca˜o da referˆencia de potˆencia e potˆencia gerada). . . . . . . . . . . . . 97 4.25 Correntes experimentais controle potˆencia em 80rad/s. . . . . . . . . . . . 97 4.26 Torque eletromecˆanico medido experimentalmente com GRV operando em 80rad/s. a) (θon = 20.0◦ , θof f = 39.7◦ )b)(θon = 41.5◦ , θof f = 18.0◦ )c)(θon = 48.0◦ , θof f = 18.0◦ ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 4.27 . Resultados experimentais para comprova¸ca˜o da metodologia de otimiza¸ca˜o para opera¸ca˜o do GRV em alta velocidades . . . . . . . . . . . . . . . 99 4.28 Correntes experimentais GRV operando em 120rad/s. . . . . . . . . . . . . 100 4.29 Torque eletromecˆanico medido experimentalmente controle em 120rad/s. a) θon = 38.0◦ b) θon = 43.24◦ c) θon = 46.0◦ . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 5.1. Estrutura do controle direto de potˆencia para opera¸c˜ao em baixas velocidades CDP-BV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103. 5.2. Estrutura do controle direto de potˆencia para opera¸c˜ao em altas velocidades CDP-AV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104. 5.3. Regi˜oes do sistemas definidos pela equa¸ca˜o s(x1, x2) = 0. . . . . . . . . . . 106. 5.4. Plano de fase do sistema completo com superf´ıcie de chaveamento. . . . . . 106.

(13) 5.5. Exemplo de trajet´oria do sistema controlado por modos deslizantes. . . . . 107. 5.6. Tipos de fun¸ca˜o de chaveamento eval. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108. 5.7. Controlador de modos deslizantes utilizado no CDP-BV-MD. . . . . . . . . 109. 5.8. Controlador de modos deslizantes utilizado CDP-AV-MD. . . . . . . . . . . 110. 5.9. Sistema de controle comutativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111. 5.10 Sistema de controle comutativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 5.11 Estrutura do conversor fonte de tens˜ao dois n´ıveis conectado com a rede el´etrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 5.12 Realimenta¸co˜es diretas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 5.13 Malhas de controle de corrente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 5.14 Diagrama de blocos controle Vdc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 5.15 Princ´ıpio de funcionamento b´asico de um PLL . . . . . . . . . . . . . . . . 119 5.16 PPL trif´asica SRF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 5.17 Resposta em frequˆencia da malha fechada do controle de corrente.. . . . . 122. 5.18 Resposta em frequˆencia sem o compensador. . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 5.19 Resposta em frequˆencia com compensador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 6.1 6.2. R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Estrutura geral modelada no Simulink R . . . . . . . . . . 127 Modelagem dos controles de potˆencia usando o Simulink. 6.3. Modelagem dos controles do VSC no Simulink. . . . . . . . . . . . . . . . . 128. 6.4. Diagrama da montagem experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130. 6.5. Bancada experimental desenvolvida a)Vis˜ao geral b)Circuitos de controle c)Placa central d)DAC e DAQ e oscilosc´opio e)Conversor AHB f)Circuitos para conex˜ao com rede el´etrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131. 6.6. Visualiza¸ca˜o das vari´avels da conex˜ao com a rede el´etrica.. . . . . . . . . . 132. 6.7. Visualiza¸ca˜o das vari´aveis do controle do GRV.. 6.8. Resultado da simula¸ca˜o do controle de potˆencia em baixa velocidades. . . . 134. 6.9. Resultado experimental do controle de potˆencia em baixa velocidades. . . . 134. . . . . . . . . . . . . . . . 132. 6.10 Corrente el´etrica na fase A do GRV com controle por histerese(Simula¸ca˜o). 135 6.11 Corrente el´etrica na fase A do GRV durante degrau de potˆencia(Experimento).135 6.12 Resultado da simula¸ca˜o do controle de potˆencia em altas velocidades. . . . 136 6.13 Resultado experimental do controle de potˆencia em altas velocidades. . . . 137 6.14 Erro e derivada do erro do controle de modos deslizantes(Simula¸ca˜o). . . . 137 6.15 Erro e derivada do erro do controle de modos deslizantes( Experimento). . 138 6.16 Corrente el´etrica nas fases do GRV durante controle pulso u ´nico (Simula¸ca˜o).138.

(14) 6.17 Corrente el´etrica na fases A do GRV durante controle pulso u ´nico (Experimento). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 6.18 a)Vari´aveis do PLL(simula¸ca˜o) b)Vari´aveis do PLL (experimento). . . . . . 140 6.19 a)Processo de conex˜ao com a rede el´etrica a) Simula¸ca˜o b) Experimento). . 141 6.20 Degrau de potˆencia ativa com gerador em (135rad/s), corrente na fase A do GRV e tens˜ao e corrente el´etrica da fase R da rede el´etrica a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 6.21 Correntes do GRV operando em alta velocidade e ˆangulo da fase A do GRV a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 6.22 Tens˜ao e corrente el´etrica na fase A do GRV em alta velocidade a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 6.23 Torque eletromecˆanico do GRV, corrente el´etrica Ie, corrente na fase A do GRV e ˆangulo da fase A a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . 145 6.24 Degrau em Iq, tempo de resposta 2ms a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . 146 6.25 Degraus de potˆencia ativa e reativa a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . 146 6.26 Tens˜ao Vr e correntes trif´asicas com P=1200W a)Simula¸ca˜o b)Experimento. 147 6.27 Tens˜ao Vr e correntes el´etricas trif´asicas com P=1200W Q=1200VA a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 6.28 Tens˜ao Vr e correntes el´etricas trif´asicas com P=1200W Q=-1200VA a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 6.29 THD das correntes enviadas para a rede el´etrica (simula¸ca˜o) a)P=1200W b)P=1200W Q=1200VA c)P=1200W Q=-1200VA . . . . . . . . . . . . . . 148 6.30 THD das correntes enviadas para a rede el´etrica (experimento) a)P=1200W b)P=1200W Q=1200VA c)P=1200W Q=-1200VA . . . . . . . . . . . . . . 148 6.31 Degrau de potˆencia ativa gerador em (95rad/s), corrente na fase A do GRV e tens˜ao e corrente el´etrica da fase R da rede el´etrica a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 6.32 Correntes eletricas e ˆangulo da fase A do GRV operando em baixa velocidade a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 6.33 Tens˜ao e corrente el´etrica na fase A do GRV em baixa velocidade a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 6.34 Torque eletromecˆanico do GRV, corrente Ie, corrente na fase A do GRV e ˆangulo da fase A a)Simula¸ca˜o b)Experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . 152 6.35 Tens˜ao Vr e correntes el´etricas trif´asicas a)P=400W b)P=400W(experimento).153.

(15) 6.36 Tens˜ao Vr e correntes el´etricas trif´asicas a)P=400W Q=1200VA b)P=400W Q=1200VA (experimento) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 6.37 Tens˜ao Vr e correntes el´etricas trif´asicas a)P=400W Q=-1200VA (simula¸ca˜o) b)P=400W Q=-1200VA (experimento). . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 6.38 THD das correntes enviadas para a rede el´etrica (simula¸ca˜o) a)P=400W b)P=400W Q=1200VA c)P=400W Q=-1200VA . . . . . . . . . . . . . . . 154 6.39 THD das correntes enviadas para a rede el´etrica (experimento) a)P=400W b)P=400W Q=1200VA c)P=400W Q=-1200VA. . . . . . . . . . . . . . . . 154 6.40 Rampa de velocidade aplicada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 6.41 Resultado de simula¸ca˜o do sistema de comuta¸ca˜o de controles sem realimenta¸ca˜o inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 6.42 Resultado experimental do sistema de comuta¸ca˜o de controles sem realimenta¸ca˜o inicial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 6.43 Resultados de simula¸ca˜o do sistema de comuta¸ca˜o de controles com realimenta¸ca˜o inicial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 6.44 Resultados experimentais do sistema de comuta¸ca˜o de controles com realimenta¸ca˜o inicial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 6.45 Corrente el´etrica na fase A do GRV durante comuta¸ca˜o dos controles (Simula¸ca˜o). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 6.46 Corrente el´etrica na fase A do GRV durante comuta¸ca˜o dos controles (Experimento). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 ˆ 6.47 Angulos de acionamento e corrente de referˆencia do controle histerese (Simula¸ca˜o). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 ˆ 6.48 Angulos de acionamento e corrente de referˆencia do controle histerese (Experimento). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 6.49 Estrutura para gerar s´erie temporal da velocidade do vento. . . . . . . . . 163 6.50 Velocidade de rota¸ca˜o do GRV e modo de controle. . . . . . . . . . . . . . 164 6.51 Velocidade de rota¸ca˜o do GRV e modo de controle. . . . . . . . . . . . . . 164 6.52 Potˆencia de referˆencia e potˆencia gerada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 6.53 Correntes nas fases do GRV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 ˆ 6.54 a)Correntes de referˆencia do controle de histerese b)Angulos de disparo durante simula¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 6.55 Correntes id e iq do conversor fonte de tens˜ao. . . . . . . . . . . . . . . . . 166 7.1. Curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV1 de 2kW . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171. 7.2. Curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV2 de 1.5kW . . . . . . . . . . . . . . . . . 172.

(16) 7.3. Curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV 3 de 1.5kW utilizado. . . . . . . . . . . . 173. 7.4. Diagrama PLL no Simulink. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174. 7.5. Controle de corrente do VSC no Simulink. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174. 7.6. Controle de modos deslizantes no Simulink. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174. 7.7. Modelo do Encoder absoluto Simulink. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175. 7.8. a)Conversor AHB b)Conversor VSC c) Circuito de pr´e carga d) Filtros anti aliasing e blocos de amostragem e discretiza¸ca˜o. . . . . . . . . . . . . . . . 176. 7.9. Circuito do conversor AHB 4 fases. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177.

(17) Lista de Tabelas. 3.1. Resultados da an´alise estat´ıstica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68. 4.1. Vari´aveis de inicializa¸ca˜o para otimiza¸ca˜o em baixas velocidades. . . . . . . 85. 4.2. Vari´aveis de inicializa¸ca˜o para otimiza¸ca˜o em altas velocidades . . . . . . . 90. 4.3. Resultados experimentais otimiza¸ca˜o em 80rad/s . . . . . . . . . . . . . . 98. 4.4. Resultados pr´aticos otimiza¸ca˜o alta velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . 100. 5.1. Parˆametros dos controladores de potˆencia do GRV. . . . . . . . . . . . . . 121. 5.2. Parˆametros do controladores do VSC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123. 6.1. Parˆametros do DSP TMS320F28335. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129. 7.1. Dados curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV1 2kW. . . . . . . . . . . . . . . . . 171. 7.2. Dados curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV2 1.5kW. . . . . . . . . . . . . . . . 172. 7.3. Dados curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV3 1.5kW 12/8. . . . . . . . . . . . . 173.

(18) Lista de acrˆonimos e nota¸c˜ao. AHB CC/cc CA CDP CDP-BV CDP-AV CDP-PI CDP-MD DSP DAC DAQ GRV IGBTs ITBL MAE MLP MPPT MRV PAC PLL PWM RMSE SRF SSR TTBL VCO VSC. Assimetric Half Bridge Corrente cont´ınua Corrente alternada Controle Direto de Potˆencia Controle Direto de Potˆencia em baixas velocidades Controle Direto de Potˆencia em altas velocidades Controle direto de potˆencia com controlador PI Controle direto de potˆencia utilizando controlador por modos deslizantes Digital Signal Processor Digital to analog converter Data acquisition system Gerador a Relutˆancia Vari´avel Insulated Gate Bipolar Transistor A tabela das correntes Mean absolute error Modula¸ca˜o por largura de pulso Maximum power point tracking M´aquina a relutˆancia Vari´avel Ponto de acoplamento comum Phase-locked loop Pulse widht modulation Root mean square error (Synchronous reference frame) Sum of squared residuals A tabela das torque Voltage Controlled Oscilator (Voltage Source Converter ).

(19) w θ i, I v Φ ℜ µ l A Wf T Te Ns Nr F fp N Pm ρ A ν Cp ωr ψ Rt β Cp ψ βt Popt R L Pcr Kcr s ke lmin lmax. velocidade Coordenada angular Corrente el´etrica tens˜ao el´etrica ´e o Fluxo magn´etico concatenado Relutˆancia do circuito magn´etico ´e permeabilidade equivalente (ferro entreferro) ´e o comprimento m´edio do circuito magn´etico ´e a ´area transversal por onde circula o fluxo enla¸cado Coenergia Torque eletromecˆanico Torque eletromagn´etico N´ umero de p´olos do estator N´ umero de p´olos do rotor N´ umero de fases da MRV Frequˆencia dos pulsos ´e o n´ umero de espiras do enrolamento ´e a potˆencia mecˆanica da turbina ´e a densidade do ar ´e a ´area varrida pelas p´as da turbina ´e a velocidade do vento ´e o coeficiente de desempenho velocidade do rotor ωR ´e a rela¸ca˜o linear entre ν ´e o raio da turbina. ´e o ˆangulo de passo das h´elices das turbina ´e o coeficiente de potencia. ´e a rela¸ca˜o linear entre a velocidade do vento e a velocidade da ponta da h´elice. ´e o ˆangulo de passo das h´elices. potˆencia optima. ´e a resistˆencia el´etrica. ´e a indutˆancia. ´e o per´ıodo cr´ıtico. ´e o Ganho proporcional cr´ıtico. ´e a Superf´ıcie de chaveamento. ´e o ganho da fun¸ca˜o. ´e o limite m´ınimo. ´e o limite m´aximo..

(20) θof f θon θA , θB , θC winicial wf inal ∆w θof f −inicial θof f −f inal ∆θof f θon−inicial θon−f inal ∆θon. ´e o ˆangulo de fim da magnetiza¸ca˜o ´e o ˆangulo de final da gera¸ca˜o s˜ao ˆangulos relativos a cada fase ´e a velocidade inicial ´e a velocidade final ´e o passo velocidade ´e o ˆangulo de desligamento inicial ´e o ˆangulo de desligamento final ´e o passo ˆangulo de desligamento ´e o ˆangulo de acionamento inicial ´e o ˆangulo de acionamento final ´e o passo do ˆangulo de acionamento.

(21) Sum´ario. 1 Introdu¸ c˜ ao. 23. Introdu¸ c˜ ao Geral. 23. 1.1. Organiza¸ca˜o do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25. 2 Estado da arte do gerador de relutˆ ancia vari´ avel. 27. 2.1. Aspectos gerais da MRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28. 2.2. Estrutura e princ´ıpio de funcionamento da MRV . . . . . . . . . . . . . . . 29 2.2.1. Vari´aveis el´etricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. 2.2.2. Perfil da indutˆancia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. 2.2.3. Equa¸ca˜o do torque da MRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30. 2.3. Aspectos construtivos da MRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31. 2.4. O gerador de relutˆancia vari´avel (GRV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32. 2.5. 2.4.1. Acionamento do GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33. 2.4.2. Modos de controles e acionamentos do GRV . . . . . . . . . . . . . 34. Estado da arte sobre o GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 2.5.1. Modelagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37. 2.5.2. Otimiza¸ca˜o do desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39. 2.5.3. Estrat´egias de controles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40. 2.5.4. Estudos para gera¸ca˜o e´olica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41. 2.6. Principais contribui¸co˜es deste trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44. 2.7. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46. 3 Metodologia para modelagem e simula¸c˜ oes da opera¸c˜ ao do GRV. 47. 3.1. Curvas de magnetiza¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48. 3.2. Sistema de obten¸ca˜o das curvas de magnetiza¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . 48. 3.3. Montagem experimental e ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.

(22) 3.4. Metodologia para obter dados para o modelo 3.4.1. 3.5. Processamento dos dados obtidos nos ensaios . . . . . . . . . . . . 53. Simula¸co˜es com o modelo obtido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 3.5.1. R . . . . . . . . . . . 60 Modelagem da m´aquina utilizando o Simulink. 3.5.2. Valida¸ca˜o do modelo do GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61. 3.5.3. Modelagem do sistema de controle usando Simulink . . . . . . . . . 61. 3.6. Montagem experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63. 3.7. Resultados das simula¸co˜es e dos experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . 64. 3.8 4. . . . . . . . . . . . . . . . . 51. 3.7.1. Varia¸ca˜o de carga no elo cc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65. 3.7.2. Varia¸ca˜o da tens˜ao no elo cc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70. Estrutura de gera¸c˜ ao e´ olica utilizando o gerador de relutˆ ancia vari´ avel 71 4.1. Gera¸ca˜o e´olica com extra¸ca˜o de potˆencia m´axima . . . . . . . . . . . . . . 72. 4.2. Estrutura de gera¸ca˜o e´olica com GRV. 4.3. Sistema de gera¸ca˜o e´olica estudado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75. 4.4. Estrutura de acionamento e controle de potˆencia do GRV . . . . . . . . . . 76 4.4.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74. Etapas de funcionamento do GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76. 4.5. Formas de onda das correntes do GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77. 4.6. Velocidade de opera¸ca˜o do GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78. 4.7. Potˆencia gerada pelo GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80. 4.8. Algoritmos de otimiza¸ca˜o das vari´aveis de acionamento do GRV . . . . . . 82. 4.9. 4.8.1. Otimiza¸ca˜o em baixas velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82. 4.8.2. Otimiza¸ca˜o em altas velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89. Resultados experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 4.9.1. Experimentos em baixa velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96. 4.9.2. Experimentos em alta velocidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99. 4.10 Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 5 Controles diretos de potˆ encia do GRV e conex˜ ao com rede el´ etrica 5.1. 5.2. 102. Controles de potˆencia do GRV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 5.1.1. Controle direto de potˆencia em baixas velocidades (CDP-BV) . . . 102. 5.1.2. Controle direto de potˆencia em altas velocidades (CDP-AV) . . . . 103. Controladores utilizados nos CDPs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 5.2.1. Controle direto de potˆencia para baixas velocidades por controlador PI (CDP-BV-PI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104.

(23) 5.2.2. Controle direto de potˆencia por controlador PI para altas velocidades (CDP-AV-PI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104. 5.2.3. Estrutura de controle direto de potˆencia do GRV utilizando controladores por modos deslizantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105. 5.2.4. Controle direto de potˆencia para baixas velocidades utilizando controlador de modos deslizantes (CDP-BV-MD) . . . . . . . . . . . . 107. 5.2.5. Controle direto de potˆencia para altas velocidades utilizando controlador de modos deslizantes (CDP-AV-MD) . . . . . . . . . . . . 110. 5.3. Jun¸ca˜o dos controles de potˆencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110. 5.4. Conversor conectado com a rede el´etrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 5.4.1. Modelagem do VSC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112. 5.4.2. Controle do elo de corrente cont´ınua (elo cc) . . . . . . . . . . . . . 116. 5.4.3. Sincronismo com a rede el´etrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119. 5.4.4. Parˆametros de controle e discretiza¸ca˜o dos sistemas . . . . . . . . . 121. 5.5. Discretiza¸ca˜o dos controladores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123. 5.6. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124. 6 Resultados das propostas de controle de potˆ encias. 125. 6.1. Simula¸co˜es dos controles de potˆencias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125. 6.2. Plataforma experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128. 6.3. Resultados das simula¸co˜es e dos experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . 133. 6.4. 6.3.1. Ensaio de desempenho dos controles de potˆencias . . . . . . . . . . 133. 6.3.2. Gera¸ca˜o conectada com a rede el´etrica . . . . . . . . . . . . . . . . 139. 6.3.3. Sistema de comuta¸ca˜o dos controles de potˆencia . . . . . . . . . . . 155. 6.3.4. Emula¸ca˜o do sistema de gera¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163. Conclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166. 7 Considera¸ c˜ oes Finais. 167. Anexos. 171. Bibliografia. 178.

(24) 24. Cap´ıtulo. 1. Introdu¸c˜ao. U. ma das principais formas de energias renov´aveis ´e a energia e´olica que ´e a energia cin´etica contida nas massas de ar em movimento. Seu aproveitamento ocorre por. meio da convers˜ao da energia cin´etica de transla¸ca˜o do vento em energia cin´etica de rota¸ca˜o, com o emprego de turbinas e´olicas para a produ¸ca˜o de eletricidade. Para que haja o melhor aproveitamento da energia e´olica ´e necess´ario o emprego turbinas e´olicas e geradores el´etricos que possam converter de forma mais eficiente poss´ıvel esta forma de energia que apresenta regimes de velocidade vari´avel. As m´aquinas el´etricas amplamente empregadas como gerador s˜ao as de indu¸ca˜o e as s´ıncronas convencionais. Entretanto, o gerador a relutˆancia vari´avel (GRV) tem sido apontado como uma boa alternativa para aplica¸co˜es em gera¸ca˜o e´olica de pequena e m´edia potˆencias, devido `as suas caracter´ısticas de funcionamento que permitem a opera¸ca˜o em uma ampla faixa de velocidades com alto rendimento [1–4]. Al´em da ampla faixa de opera¸ca˜o o GRV possui como caracter´ısticas atrativas a sua robustez mecˆanica, o alto rendimento, o baixo custo de fabrica¸ca˜o e a ausˆencia de elementos magn´eticos permanentes [5, 6]. Por gerar energia em corrente cont´ınua o GRV ´e tido, tamb´em, como solu¸ca˜o para microrredes de corrente cont´ınua [7, 8]. Estudos e aplica¸co˜es da m´aquina de relutˆancia vari´avel (MRV) tˆem aumentado de forma significativa nos u ´ltimos anos, principalmente para aplica¸co˜es em velocidade vari´avel. Este fato foi impulsionado pelo desenvolvimento da eletrˆonica de potˆencia e, principalmente, pelo aumento do poder de processamento de dados dos microprocessadores. De forma mais espec´ıfica, o uso da MRV operando como gerador tem se intensificado nos u ´ltimos 10 anos [4, 9, 10]. Os principais empecilhos para a utiliza¸ca˜o industrial do GRV s˜ao as oscila¸co˜es de torque, os ru´ıdos sonoros, a necessidade de sensores de posi¸ca˜o, necessidades de controles.

(25) 25 robustos para uma ampla faixa de velocidades e a falta metodologias para o projeto eletromagn´etico. S˜ao grandes os esfor¸cos para a mitiga¸ca˜o destes empecilhos [11]. Este trabalho tem como principal contribui¸ca˜o a realiza¸ca˜o de propostas de sistemas de controle de potˆencia para o GRV em gera¸ca˜o e´olica distribu´ıda. Este trabalho ´e pioneiro no sentido de propor duas formas de acionamento para o GRV que dependem da velocidade de opera¸ca˜o. Prop˜oe-se um controle direto de potˆencia por histerese para opera¸ca˜o em baixas velocidades e um controle direto de potˆencia por pulso u ´nico para altas velocidades. Os controles de potˆencias foram inicialmente desenvolvidos utilizando controladores proporcionais integrais. Para melhora do desempenho foram utilizados controladores n˜ao lineares de modos deslizantes. Prop˜oe-se um sistema de comuta¸ca˜o de modos de controles de potˆencia que permite a opera¸ca˜o do GRV em toda faixa de varia¸ca˜o de velocidade. Isto permite o melhor aproveitamento da energia e´olica dispon´ıvel. Toda modelagem do sistema desenvolvido ´e descrita detalhadamente e simula¸co˜es di´ importante destacar nˆamicas s˜ao realizadas para verifica¸ca˜o dos sistemas propostos. E que neste trabalho o GRV opera no modo auto excitado atrav´es do barramento comum do elo de corrente cont´ınua, eliminando a necessidade de conversores adicionais e fontes de excita¸ca˜o para o GRV. Uma plataforma experimental foi desenvolvida para execu¸ca˜o dos sistemas propostos. Apresenta-se a plataforma desenvolvida em detalhes de modo a contribuir para a execu¸ca˜o pr´atica de controles para o GRV. Na gera¸ca˜o e´olica distribu´ıda em velocidade vari´avel a potˆencia gerada est´a diretamente relacionada com a velocidade de opera¸ca˜o. Baseado neste fato, neste trabalho foram propostos algoritmos para obter, atrav´es de simula¸co˜es dinˆamicas, os parˆametros ´otimos de acionamento do GRV para gera¸ca˜o e´olica. Atrav´es de fun¸co˜es de otimiza¸ca˜o os parˆametros de acionamento do GRV para baixas e altas velocidades de opera¸ca˜o foram obtidos para manter o balanceamento entre as oscila¸co˜es de torque, perdas magn´eticas e perdas el´etricas. Para a realiza¸ca˜o das simula¸co˜es dos estudos propostos foi necess´ario o desenvolvimento de um modelo matem´atico dinˆamico do sistema com alta precis˜ao. Para isso um sistema experimental foi realizado para obten¸ca˜o das curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV. Diferentemente de alguns trabalhos que utilizam redes neurais, s´eries de Fourier e m´etodos complexos, ´e realizado o uso de curvas amortecidas (smoothing splines) para tratar os dados dos ensaios de magnetiza¸ca˜o a fim de obter o modelo do GRV baseado em Tabelas de buscas (Lookup-tables). A metodologia proposta ´e detalhada de modo a enriquecer a literatura que trata da modelagem de MRV..

(26) 1.1. Organiza¸ca˜o do trabalho. 1.1. 26. Organiza¸ c˜ ao do trabalho. O cap´ıtulo 2 tem como objetivo apresentar os aspectos b´asicos do funcionamento do GRV e discutir os principais trabalhos j´a desenvolvidos. Inicialmente, apresentamse os princ´ıpios de funcionamento e os aspectos construtivos da m´aquina a relutˆancia vari´avel. Introduz-se o conceito do gerador a relutˆancia vari´avel e os m´etodos de controle e acionamentos. Na sequˆencia, realiza-se um estudo do estado da arte dos principais temas estudados sobre o GRV que s˜ao: modelagem matem´atica do GRV, otimiza¸ca˜o do desempenho, estrat´egias de controles e estudos voltados para gera¸ca˜o e´olica. Por fim, apresentam-se as principais contribui¸co˜es deste trabalho de doutorado. Para realiza¸ca˜o dos estudos sobre o GRV, atrav´es de simula¸co˜es computacionais, utilizou-se um modelo n˜ao linear baseado nas curvas de magnetiza¸ca˜o obtidas experimentalmente. Descreve-se o procedimento para obten¸ca˜o deste modelo no Cap´ıtulo 3. Apesar de n˜ao ser o objetivo principal deste trabalho detalhou-se a metodologia e a instrumenta¸ca˜o utilizada de modo contribuir para que outros trabalhos possam utilizar a metodologia como referˆencia uma vez que s˜ao poucos trabalhos que apresentam metodologias experimentais para caracterizar e modelar o GRV. A comprova¸ca˜o da precis˜ao do modelo obtido ´e verificada atrav´es da compara¸ca˜o de resultados de simula¸co˜es com resultados experimentais que s˜ao apresentados no final do cap´ıtulo. No cap´ıtulo 4 apresenta-se a estrutura proposta para a utiliza¸ca˜o do GRV em gera¸ca˜o e´olica. Inicialmente descreve-se a estrutura dos conversores eletrˆonicos de potˆencia utilizados e, em seguida, apresentam-se os controles diretos de potˆencia propostos. ´ proposta a utiliza¸ca˜o de dois modos de opera¸ca˜o que dependem da velocidade. E Discutem-se os aspectos das caracter´ısticas do sistema e´olico estudado e as formas de controles utilizadas para o GRV operando em baixas e altas velocidades. Por fim, detalham-se as metodologias propostas para obten¸ca˜o dos parˆametros ´otimos de acionamento do GRV para gera¸ca˜o e´olica. No cap´ıtulo 5 apresentam-se e modelam-se as duas estruturas propostas para o controle direto de potˆencia do GRV. S˜ao propostos o controle de potˆencia para opera¸ca˜o em baixas velocidades (CDP-BV) e o controle de potˆencia para opera¸c˜ao em altas velocidades (CDPAV). Na sequˆencia, descreve-se o sistema proposto para comuta¸ca˜o dos modos de controles de potˆencia em fun¸ca˜o da velocidade de opera¸ca˜o. Finalmente, apresenta-se a modelagem e o projeto dos controladores do conversor respons´avel por enviar a energia gerada para a rede el´etrica. Apresentam-se os resultados das simula¸co˜es e dos experimentos com os sistemas de controle propostos no cap´ıtulo 6. Inicialmente, detalha-se a modelagem realizada para a.

(27) 1.1. Organiza¸ca˜o do trabalho. 27. simula¸ca˜o do sistema e descreve-se a plataforma experimental desenvolvida para realiza¸ca˜o dos ensaios. Por fim apresentam-se os resultados para os ensaios que comprovam a eficiˆencia e funcionamento das propostas deste trabalho. As conclus˜oes sobre o trabalho realizado s˜ao apresentadas no cap´ıtulo 7, juntamente com as propostas de trabalhos futuros e a lista de publica¸c˜oes realizadas durante as pesquisas relativas a este trabalho. Disponibilizam-se os dados de curvas de magnetiza¸ca˜o, obtidas experimentalmente, de trˆes GRVs no Anexo A. No Anexo B descreve-se em detalhes a modelagem do sistema estudado que foi realiR zada utilizando o Software Matlab-Simulink .. Devido `a ausˆencia de trabalhos experimentais em rela¸ca˜o ao GRV, alguns detalhes. construtivos dos experimentos s˜ao descritos no Anexo C..

(28) 28. Cap´ıtulo. 2. Estado da arte do gerador de relutˆancia vari´avel studos e aplica¸co˜es da m´aquina de relutˆancia vari´avel (MRV) tˆem aumentado de. E. forma significativa nos u ´ltimos anos, principalmente para aplica¸co˜es em situa¸co˜es de. velocidade vari´avel operando como motor. Este fato foi impulsionado pelo desenvolvimento da eletrˆonica de potˆencia e, principalmente, pelo aumento do poder de processamento dos microprocessadores. De forma mais espec´ıfica, o uso da MRV operando como gerador tem se intensificado nos u ´ltimos 10 anos. Neste cap´ıtulo, inicialmente, s˜ao introduzidos os aspectos e conceitos da m´aquina a relutˆancia vari´avel, permitindo ao leitor compreender o princ´ıpio de funcionamento do gerador de relutˆancia vari´avel. Apresenta-se tamb´em uma revis˜ao da literatura com objetivo de situar o leitor sobre os principais t´opicos estudados sobre o GRV. Finalmente, s˜ao apresentadas as principais contribui¸co˜es do presente estudo para o campo de estudos do GRV para aplica¸ca˜o em gera¸ca˜o e´olica, que ´e o principal t´opico deste trabalho..

(29) 2.1. Aspectos gerais da MRV. 2.1. 29. Aspectos gerais da MRV. A MRV ´e uma m´aquina el´etrica de dupla saliˆencia (no rotor e no estator) que possui bobinas de campo nas ranhuras do estator, e n˜ao possui bobinas ou im˜as no seu rotor. O rotor ´e composto por material ferromagn´etico com saliˆencias regulares [6]. Na Figura 2.1 observa-se uma MRV 12/8 (n´ umero de polos do estator/polos do rotor). O funcionamento da MRV como motor baseia-se no princ´ıpio da relutˆancia m´ınima, ou seja, quando o enrolamento sobre um par de polos do estator ´e energizado, os polos do rotor s˜ao atra´ıdos para uma posi¸ca˜o que represente a relutˆancia m´ınima (eixos alinhados), gerando um torque no rotor. Enquanto dois polos do rotor est˜ao alinhados com os polos do estator os outros polos do rotor est˜ao desalinhados. Estes outros polos do estator s˜ao acionados eletricamente trazendo os polos do rotor pr´oximos para o alinhamento. Pelo chaveamento sequencial dos enrolamentos do estator, h´a produ¸ca˜o de torque eletromagn´etico. Para a opera¸ca˜o como gerador, a m´aquina deve ser excitada durante o desalinhamento dos polos do rotor e do estator e um torque mecˆanico deve ser aplicado no eixo da m´aquina [12, 13]. Devido `as caracter´ısticas como robustez mecˆanica, alto torque de partida, alta eficiˆencia e baixo custo de fabrica¸ca˜o, a MRV tem se tornado uma forte candidata para aplica¸co˜es que trabalham em regime de velocidade vari´avel seja como motor ou como gerador. Dentre as principais aplica¸co˜es destacam-se a utiliza¸ca˜o da MRV em ve´ıculos el´etricos, gera¸ca˜o e´olica e bombas propulsoras de petr´oleo [1, 9].. Figura 2.1: MRV 12/8 polos..

(30) 2.2. Estrutura e princ´ıpio de funcionamento da MRV. 2.2 2.2.1. 30. Estrutura e princ´ıpio de funcionamento da MRV Vari´ aveis el´ etricas. Para simplificar a abordagem sobre o funcionamento da MRV considera-se que os efeitos de dispers˜ao e satura¸ca˜o magn´etica sejam desprez´ıveis. Deste modo, realiza-se uma idealiza¸ca˜o desta m´aquina el´etrica. O fluxo magn´etico Φ enla¸cado pelas bobinas do estator da MRV se relaciona diretamente com a corrente el´etrica do circuito da fase e com a relutˆancia magn´etica. A relutˆancia do circuito magn´etico, Equa¸ca˜o 2.1, em m´aquinas de dupla saliˆencia apresenta varia¸co˜es com a posi¸ca˜o angular do rotor devido `as suas caracter´ısticas construtivas, pois o entreferro e consequentemente a permeabilidade equivalente variam em raz˜ao ao movimento relativo entre o rotor e o estator [13]. ℜ(θ) =. l(θ) A(θ)µ(θ). (2.1). µ ´e a permeabilidade equivalente, l ´e o comprimento m´edio do circuito magn´etico e A ´e a ´area transversal por onde circula o fluxo enla¸cado. A indutˆancia L relaciona-se com a relutˆancia do circuito magn´etico de acordo com: L(θ) =. N2 ℜ(θ). (2.2). N ´e o n´ umero de espiras do enrolamento. Como a indutˆancia est´a relacionada com relutˆancia, tem-se um indutˆancia vari´avel em rela¸ca˜o `a posi¸ca˜o angular do rotor. A tens˜ao el´etrica nos terminais de uma fase da m´aquina de relutˆancia vari´avel ´e dada por: v(t) = Ri(t) +. ∂Φ(i, θ) ∂t. (2.3). em que v(t) e i(t) s˜ao respectivamente a tens˜ao e a corrente el´etrica instantˆaneas, R ´e a resistˆencia ˆohmica do enrolamento e Φ ´e o fluxo enla¸cado pelas bobinas do estator.. 2.2.2. Perfil da indutˆ ancia. Como a relutˆancia do circuito magn´etico da MRV depende da posi¸ca˜o do rotor ´e importante destacar duas posi¸co˜es dos polos do rotor em rela¸ca˜o ao polos do estator. Na posi¸ca˜o definida como alinhada (quando um par de polos do rotor est´a alinhado com os polos do estator) a relutˆancia do circuito magn´etico ´e m´ınima e, portanto a indutˆancia ` medida que o polo do rotor se desalinha com o polo do estator ´e m´axima (Figura 2.2). A.

(31) 2.2. Estrutura e princ´ıpio de funcionamento da MRV. 31. a relutˆancia aumenta e consequentemente a indutˆancia diminui. Isso ocorre at´e o ponto de m´aximo desalinhamento. Esta posi¸ca˜o ´e denominada como posi¸ca˜o desalinhada. O perfil idealizado da varia¸ca˜o da indutˆancia com rela¸ca˜o `a posi¸ca˜o rotor para uma corrente el´etrica constante ´e apresentado na Figura 2.3.. Figura 2.2: Posi¸co˜es b´asicas do rotor. Figura 2.3: Perfil da indutˆancia da MRV.. 2.2.3. Equa¸c˜ ao do torque da MRV. O torque eletromagn´etico em uma m´aquina de relutˆancia ´e desenvolvido em virtude da varia¸ca˜o da relutˆancia equivalente com rela¸ca˜o `a posi¸ca˜o do rotor. A produ¸ca˜o de torque ′. na m´aquina de relutˆancia vari´avel ´e resultante da varia¸ca˜o da co-energia Wf (Figura 2.4) em fun¸ca˜o da posi¸ca˜o do rotor [6]. Em que co-energia ´e dada por: ′. Wf =. Z. Φ(I, θ)dI. (2.4).

(32) 2.3. Aspectos construtivos da MRV. 32. Supondo linearidade no circuito magn´etico, o torque de relutˆancia ´e dado por: ′. ′. δWf (i, θ) δWf dL(i, θ) i2 = = Te = δθ δθ dθ 2. (2.5). ′. no qual (Wf ) ´e a coenergia.. θ=θ2. Fluxo, F F2 Wf 2 ' = DWf ' + Wf1 '. θ=θ1. DWf '. F1. Wf1 '. 0. I. Corrente. Figura 2.4: Varia¸ca˜o de co-energia com posi¸ca˜o para uma mesma corrente i.. Assim verifica-se, por meio de (Equa¸ca˜o 2.5), que o torque ´e proporcional ao quadrado da corrente el´etrica na fase da m´aquina. Isso implica no fato de que a MRV pode ser acionada por correntes unipolares e tenha um alto torque de partida. Pela Equa¸ca˜o 2.5 tamb´em permite-se observar que a MRV pode operar com a¸ca˜o geradora, bastando que uma corrente percorra os enrolamentos das fases durante a derivada negativa da indutˆancia.. 2.3. Aspectos construtivos da MRV. Na Figura 2.5 apresenta-se uma MRV 12/8 polos. O rotor e o estator s˜ao geralmente constitu´ıdos de material magn´etico laminado, limitando as correntes parasitas. Os polos salientes do rotor e do estator podem ter largura iguais ou diferentes, fato que implica diretamente nas caracter´ısticas el´etricas da MRV [13]. Devido `a necessidade da dualidade dos polos magn´eticos para criar um caminho para o fluxo no estator, ´e necess´ario que o n´ umero de polos do estator (Ns ) seja par [6, 13]. O n´ umero de polos no rotor (Nr ) tem que ser tal que sempre exista um polo no rotor desalinhado com um polo no estator. Portanto, os n´ umeros de polos no estator e no rotor devem seguir a seguinte rela¸ca˜o: Ns = 2kF. (2.6).

(33) 2.4. O gerador de relutˆancia vari´avel (GRV). 33. Figura 2.5: M´aquina de relutˆancia vari´avel 12/8. Nr = 2k(F ± 1). (2.7). sendo F o n´ umero de fases , 2k o n´ umero de polos por fase. A escolha da configura¸ca˜o da MRV depende da aplica¸ca˜o a que se destina e do n´ umero de fases do conversor eletrˆonico dispon´ıvel para opera¸ca˜o. Um n´ umero maior de fases melhora a tens˜ao de sa´ıda e reduz o capacitor de filtro do barramento de corrente cont´ınua do conversor eletrˆonico quando a MRV opera como gerador. Quando se utiliza uma MRV que possui um n´ umero reduzido de polos tem-se uma alta oscila¸ca˜o de torque, por outro lado, o custo do conversor ´e reduzido quanto menor for o n´ umero de polos da m´aquina [6].. 2.4. O gerador de relutˆ ancia vari´ avel (GRV). O gerador de relutˆancia vari´avel, assim como qualquer outra m´aquina el´etrica operando como gerador, ´e um conversor eletromecˆanico de energia capaz de transformar energia mecˆanica em energia el´etrica. Para a opera¸ca˜o como gerador, a m´aquina deve ser excitada durante a diminui¸ca˜o da indutˆancia do enrolamento do estator e um torque mecˆanico deve ser aplicado no seu eixo mecˆanico. A alimenta¸ca˜o el´etrica do enrolamento de estator(magnetiza¸ca˜o do enrolamento) somada `a entrada de energia mecˆanica no eixo da m´aquina faz com que apare¸ca uma for¸ca contra eletromotriz no enrolamento de estator que aumenta a corrente el´etrica, caracterizando assim o processo de gera¸ca˜o de energia el´etrica [5, 14]..

(34) 2.4. O gerador de relutˆancia vari´avel (GRV). 34. Um sistema de acionamento t´ıpico para o gerador de relutˆancia vari´avel ´e mostrado na Figura 2.6. Esta estrutura de acionamento do GRV consiste em um conversor e um sistema de controle em malha fechada, visto que o GRV ´e inst´avel para opera¸ca˜o em malha aberta [5]. O conversor da Figura 2.6 est´a representado para acionamento de apenas uma fase do GRV. O GRV pode alimentar a carga diretamente como mostrado na Figura 2.6 ou enviar a energia para a rede el´etrica utilizando outro conversor eletrˆonico de potˆencia.. Figura 2.6: Sistema de acionamento de um GRV.. 2.4.1. Acionamento do GRV. O acionamento b´asico do GRV funciona em duas etapas : excita¸ca˜o e gera¸ca˜o. A etapa de excita¸ca˜o ´e realizada quando um das fases do GRV ´e submetida `a tens˜ao de excita¸ca˜o, o que provoca a passagem de uma corrente crescente atrav´es do enrolamento desta fase. O ˆangulo do rotor em que ´e iniciada a magnetiza¸ca˜o ´e definido como ˆangulo de liga¸ca˜o (θon ). Na gera¸ca˜o a corrente passa da fase do GRV para a carga. O ˆangulo em que ´e iniciada a gera¸ca˜o ´e definido com angulo de desligamento (θof f ). A cada per´ıodo de excita¸ca˜o a tens˜ao de excita¸ca˜o transfere energia para o campo magn´etico da fase correspondente. No per´ıodo de gera¸ca˜o essa energia flui para a carga em conjunto com a parcela resultante da convers˜ao da energia mecˆanica em el´etrica [1, 6, 15]. O conversor respons´avel por acionar o GRV deve ser capaz de aplicar tens˜ao el´etrica nas fases da m´aquina individualmente e criar um caminho para que a energia gerada possa ser captada. A excita¸ca˜o do GRV pode ser realizada de duas formas: excita¸ca˜o independente ou auto-excita¸ca˜o. A excita¸ca˜o independente utiliza uma fonte de corrente cont´ınua para obter a energia utilizada para excita¸ca˜o do GRV. Esta forma de excita¸ca˜o torna o controle do GRV mais simples. A excita¸ca˜o independente tamb´em reduz o ripple de corrente no barramento de gera¸ca˜o, diminuindo o capacitor de filtro do elo de corrente cont´ınua. Diversos trabalhos estudam o comportamento do GRV operando com excita¸ca˜o indepen-.

(35) 2.4. O gerador de relutˆancia vari´avel (GRV). 35. indutância, corrente motor. gerador. Ipico L max. L min Ɵon excitação. Ɵoff. geração. Figura 2.7: Per´ıodo de excita¸ca˜o (durante derivada negativa da indutˆancia) e gera¸ca˜o para uma fase do GRV. dente [10, 13, 14]. A necessidade de uma fonte externa que possa magnetizar o GRV ´e o principal empecilho para utiliza¸ca˜o deste m´etodo pois aumenta o pre¸co do sistema e diminui o rendimento devido `as perdas na fonte de excita¸c˜ao. Na opera¸ca˜o auto-excitada uma excita¸ca˜o inicial ´e requerida para o funcionamento do controle do GRV. Geralmente a excita¸ca˜o inicial ´e fornecida por uma fonte externa (por exemplo, uma bateria ) at´e que o capacitor do elo cc seja carregado. Outra forma de auto excita¸ca˜o consiste em adicionar im˜as permanentes que criam um fluxo inicial capaz de magnetizar o GRV no in´ıcio da opera¸ca˜o [16–19]. Ap´os a etapa inicial o capacitor do elo cc passa a excitar as fases do GRV. O capacitor tamb´em tem a fun¸ca˜o de estabilizar a tens˜ao entregue `a carga. Pode-se criar um est´agio de regenera¸ca˜o e repor a energia de uma bateria utilizada para excita¸ca˜o inicial das fases.. 2.4.2. Modos de controles e acionamentos do GRV. Realiza-se o controle do GRV por meio do acionamento das chaves do seu conversor eletrˆonico de potˆencia. Os requisitos para o controle do GRV dependem de cada aplica¸ca˜o. As grandezas que permitem controlar a potˆencia gerada pelo GRV s˜ao o per´ıodo de excita¸ca˜o (θon , θof f ), a velocidade de opera¸ca˜o e a tens˜ao de excita¸ca˜o [12]. Quando a carga est´a conectada diretamente ao conversor ´e necess´ario fornecer uma tens˜ao el´etrica controlada `a carga. Caso ocorra varia¸ca˜o na carga o controle deve atuar sobre as grandezas supracitadas a fim de manter a tens˜ao gerada constante. Este controle ´e conhecido como controle de tens˜ao de barramento do GRV. Em aplica¸co˜es em que se deseja gerar a m´axima potˆencia poss´ıvel ´e desej´avel controlador a potˆencia gerada pelo GRV [20, 21]. As principais aplica¸co˜es deste tipo de controle s˜ao em gera¸ca˜o e´olica e em geradores acionados por turbinas a vapor. Observa-se que,.

(36) 2.4. O gerador de relutˆancia vari´avel (GRV). 36. neste caso, o GRV n˜ao est´a conectado diretamente com a carga e, sim com outro conversor de potˆencia que ´e respons´avel por processar a energia oriunda do GRV, podendo este conversor enviar a energia gerada para a rede el´etrica ou mesmo armazenar a energia em baterias. Formas de acionamentos do GRV O fluxo magn´etico do gerador de relutˆancia vari´avel n˜ao ´e constante e deve ser estabelecido a cada per´ıodo de chaveamento. Na opera¸ca˜o como gerador, o fluxo magn´etico deve ser estabelecido quando os polos do rotor est˜ao se desalinhando dos polos do estator. O processo de chaveamento ´e controlado pelos ˆangulos de energiza¸ca˜o θon e de desligamento θof f . O acionamento do GRV pode ser acionado basicamente por trˆes modos [22, 23]: opera¸ca˜o atrav´es de modula¸ca˜o por largura de pulso (MLP), regulador de corrente por histerese e opera¸ca˜o a pulso u ´nico. Acionamento via MLP de tens˜ ao Esta forma de acionamento do GRV ´e geralmente utilizada para opera¸ca˜o em baixas e m´edias velocidades. Durante a opera¸ca˜o, pulsos de tens˜ao s˜ao aplicados nas fases do GRV de forma a manter a corrente constante durante o per´ıodo de magnetiza¸ca˜o. Um controlador regula a modula¸ca˜o PWM. Na Figura 2.8(a) ilustra-se esta forma de acionamento. Acionamento via regulador histerese de corrente Esta forma de acionamento tamb´em ´e utilizada para opera¸co˜es em m´edias e baixas velocidades. O acionamento por histerese apresenta melhor resposta do que o controle PWM devido `a n˜ao linearidade do GRV afetar o desempenho do controlador PI durante a opera¸ca˜o do GRV [21]. A Figura 2.8(b) ilustra esta forma de acionamento. O controle por histerese atua nas chaves do conversor do GRV de acordo com a corrente da fase acionada. Ambas as chaves do conversor s˜ao acionadas em θon at´e que a corrente da fase aumente at´e o valor superior da histerese. Quando ambas as chaves s˜ao desligadas a corrente el´etrica flui pelos diodos at´e o momento em que se torna menor do que o n´ıvel m´ınimo de histerese em que as chaves s˜ao novamente ligadas. A partir desse momento a corrente el´etrica come¸ca a aumentar at´e atingir o valor m´aximo da histerese. Este ciclo se repete at´e o ˆangulo θof f ..

(37) 2.4. O gerador de relutˆancia vari´avel (GRV). 37. Acionamento por pulso u ´ nico Em altas velocidades a for¸ca contra eletromotriz induzida atinge valor maior do que a do barramento de corrente cont´ınua fazendo com que a corrente continue crescendo depois da abertura das duas chaves do conversor eletrˆonico. Isto impossibilita o controle por histerese e por MLP [12,24]. Neste caso apenas um pulso u ´nico ´e aplicado no intervalo (θon -θof f ). Na Figura 2.8(c) apresenta-se o acionamento por pulso u ´nico. indutância da fase. L max vcc L min. corrente na fase. Ɵon. Ɵoff. Ɵ tensão na fase. -vcc (a) indutância da fase. L max vcc. i max i min. L min corrente na fase. Ɵon. Ɵoff. Ɵ tensão na fase. -vcc (b) indutância da fase. L max. vcc I max. L min corrente na fase. Ɵon. Ɵoff. Ɵ tensão na fase. -vcc (c). Figura 2.8: a) Acionamento por MLP de tens˜ao. b)Regulador por histerese de corrente. c)Acionamento por pulso u ´nico..

(38) 2.5. Estado da arte sobre o GRV. 2.5. 38. Estado da arte sobre o GRV. A seguir realiza-se uma revis˜ao sobre os principais trabalhos que tratam sobre o GRV. Os principais empecilhos para a utiliza¸ca˜o do GRV s˜ao as oscila¸co˜es de torque, os ru´ıdos sonoros, a necessidade de sensores de posi¸ca˜o, as necessidades de controles robustos para uma ampla faixa de velocidade e a ausˆencia de procedimentos para projetos eletromagn´eticos. S˜ao grandes os esfor¸cos para a mitiga¸ca˜o destes empecilhos [11]. No diagrama da Figura 2.9 apresenta-se uma vis˜ao sobre os principais t´opicos estudados sobre o GRV, enfatizando-se os estudos sobre a gera¸ca˜o e´olica, tema principal deste trabalho. A seguir descrevem-se os principais trabalhos deste escopo de pesquisa.. Figura 2.9: Principais t´opicos estudados sobre a opera¸c˜ao do GRV.. 2.5.1. Modelagem. A eficiˆencia das simula¸co˜es est´a inteiramente relacionada com a precis˜ao do modelo matem´atico utilizado. Assim, o modelo matem´atico deve reproduzir fielmente o comportamento das grandezas do sistema em simula¸ca˜o. Devido `as saliˆencias duplas e ao fato de operar geralmente na regi˜ao de satura¸ca˜o magn´etica, o GRV tem caracter´ısticas altamente n˜ao lineares que dificultam o projeto e o desenvolvimento de controles visto que n˜ao ´e poss´ıvel represent´a-lo por um modelo linear eficiente [25]. Diversos modelos n˜ao lineares vˆem sendo estudados e s˜ao de fundamental importˆancia para viabilizar os estudos de novas t´ecnicas de controle, projeto e estima¸ca˜o de velocidade dos GRVs [26–28]. Para modelar o comportamento el´etrico e mecˆanico do GRV ´e preciso obter as curvas de magnetiza¸ca˜o Φ(I, θ). As curvas de magnetiza¸ca˜o Φ(I, θ) s˜ao n˜ao lineares devido ao.

(39) 2.5. Estado da arte sobre o GRV. 39. fato que o GRV opera principalmente na regi˜ao de satura¸ca˜o [6, 29]. Estas curvas podem ser obtidas, sobretudo de trˆes maneiras : calculadas por elementos finitos, constru´ıdas atrav´es de aproxima¸co˜es anal´ıticas ou por medi¸co˜es experimentais. Quando as caracter´ısticas e dimens˜oes f´ısicas do GRV est˜ao dispon´ıveis ´e poss´ıvel utilizar o m´etodo de elementos finitos para construir as curvas de magnetiza¸ca˜o. Entretanto, para realizar os c´alculos por elementos finitos s˜ao necess´arios alguns detalhes construtivos da m´aquina como: dimens˜oes das diversas partes da m´aquina e do entreferro, caracter´ısticas magn´eticas do material e o n´ umero e as dimens˜oes das espiras do enrolamento do estator. Isto torna este m´etodo de dif´ıcil realiza¸ca˜o para casos em que n˜ao se tem os dados do projeto da m´aquina [30–32]. Quando o objetivo ´e projetar o conversor e sistemas de controles b´asicos ou quando apenas os dados b´asicos do GRV s˜ao dispon´ıveis ´e conveniente determinar as curvas de magnetiza¸ca˜o por meio de express˜oes anal´ıticas. Em [33, 34] apresentam-se algumas fun¸co˜es que calculam as curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV de forma aproximada. Em [26, 27] utilizam-se l´ogica fuzzy ou redes neurais inteligentes para calcular as caracter´ısticas magn´eticas e modelar matematicamente a MRV. Outra forma ´e a de obter as equa¸co˜es que relacionem I(Φ, θ) a partir de dados de ensaios experimentais. Dos modelos anal´ıticos destacam-se os m´etodos utilizados por [28] em que se utiliza uma expans˜ao em s´erie de Fourier para representar as equa¸co˜es necess´arias para simular o GRV. As curvas de magnetiza¸ca˜o do GRV mais precisas podem ser obtidas por meio de ensaios experimentais. Nestes testes s˜ao obtidas as curvas de magnetiza¸ca˜o para posi¸co˜es diferentes do rotor. Lookup-tables (tabelas de buscas) e redes neurais s˜ao geralmente utilizadas para realizar os modelos do GRV [25, 35]. Estes modelos s˜ao desenvolvidos com as curvas de magnetiza¸ca˜o Φ(I, θ). Um n´ umero grande de curvas ´e necess´ario para realiza¸c˜ao destes modelos [36]. O n´ umero de curvas obtidas por ensaios experimentais ´e limitado devido `a precis˜ao e ao tempo de execu¸ca˜o do ensaio. Portanto, um processamento matem´atico ´e geralmente utilizado para obter um n´ umero maior de curvas de magnetiza¸ca˜o. Em [37–39] equa¸co˜es anal´ıticas foram desenvolvidas para obter as curvas de magnetiza¸ca˜o intermedi´arias `as constru´ıdas com dados de ensaios. Em [36, 40, 41] apresentam-se m´etodos para obter as curvas de magnetiza¸ca˜o rapidamente a partir poucos ensaios experimentais. Estes m´etodos s˜ao recomendados para aplica¸co˜es em que n˜ao ´e poss´ıvel bloquear o eixo do GRV. Entretanto, estes m´etodos tˆem menor precis˜ao do que o m´etodo de bloquear o rotor em diversas posi¸co˜es [29, 30]. Devido `a simplicidade, precis˜ao e velocidade de computa¸c˜ao a utiliza¸ca˜o de lookup-table ´e.

Referências

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