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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Câmara Municipal (Tondela)

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Academic year: 2021

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I Ficha Técnica

Nome da Estagiária: Daniela Luísa Duarte Cardoso. Nº de aluna: 6460.

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda.

Curso: Comunicação e Relações Públicas.

Docente Orientador na ESECD: Mestre Vítor Amaral.

Suporte Institucional/Instituição Receptora: Câmara Municipal de Tondela.

a. Endereço: Largo da República, 16 – 3464-001 Tondela b. Telefone: 232 811110;

c. Correio eletrónico: cmtondela@mail.telepac.pt; d. Ramo de Atividade: Instituição Pública;

e. Supervisor da Estagiária: Dr. Jorge Arrais.

Duração do Estágio: 3 meses;

a. Início: 8 de Agosto de 2011; b. Fim: 8 de Novembro de 2011.

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II Agradecimentos

Quero começar por agradecer à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda por me ter acolhido, pondo ao meu dispor docentes credenciados capazes de contribuir positivamente na minha formação académica e pela paciência em me fazerem crescer enquanto ser humano. Dirijo também uma palavra de apreço ao meu orientador de estágio pelo seu contributo na realização do presente relatório.

Seguidamente quero agradecer à minha família por me colocar na senda da aprendizagem e incutir em mim um espírito empreendedor. Um agradecimento especial aos meus pais, pois sem o seu trabalho árduo, não teria condições para frequentar o ensino superior.

Um agradecimento especial, à instituição que me proporcionou este estágio curricular, mas acima de tudo ao meu supervisor, Dr. Jorge Arrais, por ter sido incansável na sua disponibilidade enquanto mentor de estágio.

Finalizo com um “muito obrigada” a todos os meus amigos que me acompanharam ao longo destes últimos anos, não só pelo companheirismo mas também por todo o incentivo pessoal que me deram nas etapas mais difíceis.

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III Índice

Introdução ... 1

Capítulo I – Câmara Municipal de Tondela ... 2

1. Município de Tondela ... 3

1.1. Aspetos Geográficos ... 3

1.1.1. Aspetos territoriais e económicos ... 4

1.2. História ... 5

1.3. Câmara Municipal de Tondela ... 6

1.3.1. Paços do Concelho ... 6

1.3.2. Executivo camarário ... 7

1.4. Identidade Visual ... 8

1.4.1. Logótipo ... 9

1.4.2. Slogan ... 10

1.5. Contexto específico do estágio ... 10

1.5.1. Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ... 10

1.5.2. Missão e Objectivos ... 11

1.5.3. Principais actividades ... 11

1.5.4. Organograma da cultura ... 11

1.5.5. Análise SWOT ... 13

Capítulo II – Relações Públicas e Eventos ... 15

2. Relações Públicas ... 16

2.1. Processos de Comunicação ... 17

2.1.1. Comunicação Interna ... 18

2.1.2. Comunicação Externa ... 19

2.2. Funções de um Relações Públicas ... 19

2.3. Eventos ... 20

2.3.1. Planeamento de eventos ... 22

Capítulo III – Atividades desenvolvidas ... 24

Actividades Desenvolvidas ... 24 3. Estágio ... 25 3.1. Objetivos ... 25 3.2. Estratégias ... 25 3.3. Cronograma ... 26 3.4. Atividades desenvolvidas ... 27

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IV

3.4.1. Arquivo de documentos ... 27

3.4.2. Telefone ... 27

3.4.3. Etiquetas para o correio ... 28

3.4.4. Projeto Lannemezan ... 28

3.4.5. Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON) ... 28

3.4.6. Pós FICTON ... 33

3.4.7. Património Cultural ... 34

3.4.8. Proposta de Press Book ... 34

3.4.9. Outras Actividades ... 35

Reflexão Final ... 36

Bibliografia ... 38

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V Índice de Figuras

Figura 1- Mapa de Portugal com a identificação do concelho. ... 3

Figura 2- Mapa com as freguesias que compõem o concelho ... 4

Figura 3- Brasão de Tondela ... 5

Figura 4- Fotografia da Câmara Municipal de Tondela ... 7

Figura 5- Estrutura interna dos Serviços do Município ... 7

Figura 6- Logótipo do Município ... 9

Figura 7: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ... 10

Figura 9- Organograma do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ... 12

Figura 10: Quadro da análise SWOT do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais ... 13

Figura 11- Esquema representativo do modelo de comunicação ... 18

Figura 12: Cronograma de actividades ... 26

Figura 13- Cartaz FICTON... 29

Figura 14- Conferência de Imprensa: FICTON ... 32

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VI

“A satisfação reside no esforço, não no resultado obtido. O esforço total é a plena vitória.”1

Mohandas Gandhi

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1

Introdução

Este devia ser um propósito seguido por muitos jovens que procuram alcançar um objectivo de vida ou concretizar um sonho. Tudo nos parece fácil e acessível e de facto até pode ser, mas se continuarmos na sombra do facilitismo nunca seremos totalmente realizados. Com base neste princípio, tento enfrentar cada desafio que a vida me apresenta, com a convicção que o mercado de trabalho exige que sejamos cidadãos bem informados, motivados e munidos de sentido crítico.

O estágio curricular foi mais um desafio inerente à minha licenciatura. Enfrentei-o com algum receio característico de uma jovem com pouca experiência profissional, mas ciente da oportunidade que tinha em mãos de crescer e adquirir ferramentas e conhecimentos vantajosos para o meu futuro enquanto ser humano e profissional da área de Relações Públicas.

Sendo assim, a minha escolha recaiu pelo Gabinete de Cultura e Projectos Culturais da Câmara Municipal de Tondela no sentido de aliar os meus conhecimentos teóricos à prática do exercício de organização de eventos e projectos culturais. Uma área que sempre me despertou grande interesse.

Neste relatório farei uma breve descrição sobre a instituição onde trabalhei entre o oitavo dia do mês de Agosto ao oitavo dia do mês de Novembro, bem como as actividades desenvolvidas no mesmo.

Dividi este relato em três capítulos distintos. No primeiro capítulo apresento a organização em si fazendo também um enquadramento geográfico, económico e histórico da mesma. A imagem da instituição também foi alvo de uma análise detalhada. Ainda neste capítulo faço uma abordagem específica ao gabinete onde estagiei, indicando a sua missão e objectivos de forma a dar a conhecer melhor as suas directrizes. A análise SWOT foi uma ferramenta utilizada neste relatório com o propósito de aprofundar a funcionalidade e necessidades do gabinete. O segundo capítulo serve de ponte. Um capítulo onde darei a conhecer os aspectos teóricos essenciais para desempenhar as funções de um Relações Públicas bem como a história desta profissão.

Finalizo este relatório com um terceiro capítulo onde se encontra uma síntese de todo o meu estágio.

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Capítulo I

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1.

Município de Tondela 

Nesta primeira fase será apresentado o enquadramento geográfico, económico e histórico de Tondela. O gabinete, bem como a Câmara Municipal de Tondela foram alvo de uma abordagem aprofundada ao longo deste capítulo.

 1.1. Aspetos Geográficos 

Cidade do distrito de Viseu e sede de concelho, Tondela fica no Vale de Besteiros, a 304 metros de altitude, junto à Ribeira de Asnes que lança as suas águas na margem direita do rio Dão, nas abas meridionais da Serra do Caramulo, no meio de uma paisagem de grandes horizontes onde abundam os pomares com fruta excelente.

O concelho de Tondela fica situado na Região Centro e pertence ao Distrito de Viseu, tendo como concelhos limítrofes, Viseu, Vouzela, Águeda, Mortágua, Santa Comba Dão e Carregal do Sal (Figura 1).

Figura 1- Mapa de Portugal com a identificação do concelho. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tondela

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4 Figura 2- Mapa com as freguesias que compõem o concelho

1.1.1. Aspetos territoriais e económicos 2

Tondela tem uma área geográfica de 371,2 km2, sendo constituída por 26 freguesias abarcando assim 28.953 tondelenses (Figura 2).

É considerado um investimento seguro devido à transformação tecnológica significativa, ao importante dinamismo e ao investimento nos últimos anos, à existência e facilidade de acesso a matéria-prima (madeira, granito, barro, entre outras), à disponibilidade de mão-de-obra e elevada produção do activo e fácil acesso e posição estratégica do ponto de vista das acessibilidades.

Fonte: Documento interno da CMT

No entanto, Tondela caracteriza-se, essencialmente, pelo seu grau de industrialização, com razoável representação das indústrias alimentares, madeiras, químicas, minerais, não metálicas e metal – mecânicas.

Acompanhando este dinamismo, Tondela tem sido, nos últimos anos, palco de uma corrente de inovação e modernidade, que se consubstancia na implementação de um conjunto

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5

diversificado de estruturas básicas, de bem-estar e lazer, que propiciam novos conceitos na vivência quotidiana.

1.2. História

A região que hoje constitui o concelho de Tondela desde cedo foi ocupada pelo Homem. Da sua presença temos inúmeros vestígios, desde instrumentos líticos, fragmentos de cerâmica, passando por monumentos megalíticos até às manifestações rupestres.

No entanto, a cidade de Tondela surge mencionada pela primeira vez, no foral de D. Afonso Henriques, concedido a Santa Comba, mas em 1123 já se vendiam propriedades em Tondela, marca notória da sua antiguidade. Em 1258, segundo as inquirições, Tondela constituía já uma paróquia. “Cada paróquia constituía uma unidade de organização local dotada de autonomia rudimentar com juiz privativo (…)” (Martinho, 1994:10).

Como muitas outras terras, Tondela tem também a sua própria lenda toponímica. Em época bastante remota, uma mulher, fazia a vigília do cimo das montanhas, a fim de detectar todos os movimentos dos mouros. Quando avistava perigo, a mulher dava o sinal de alarme com uma trombeta e ao “tom dela” a população acudia para defender a sua terra.

Durante algum tempo, o concelho teve a designação de Tondela e Besteiros. Já nos nossos dias Tondela adquiriu grande desenvolvimento e, por isso, ascendeu a cidade a 18 de Dezembro de 1987.

A constituição heráldica do brasão de Tondela acentua na cor prata, com uma laranjeira de sua cor frutada de ouro, arrancada e com o tronco de negro e acompanhada de duas bestas de vermelho. É constituído também por uma coroa mural de prata de cinco torres (Figura 3).

Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Tondela Figura 3- Brasão de Tondela

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6  1.3. Câmara Municipal de Tondela

As câmaras municipais são grandes instituições representativas de cada concelho. A lei3 incumbe às mesmas, um conjunto vasto de atribuições para que estas, respondam da melhor maneira aos interesses e necessidades das populações. No entanto, as expectativas das populações em relação à acção dos autarcas não param de cessar, o que complica o exercício de funções municipais.

Os órgãos de poder local são:

-Presidente da Câmara Municipal; -Assembleia Municipal;

-Assembleia Freguesia.

Estes são eleitos pelo método de Hondt4 de 4 em 4 anos.

Contudo, foi por conhecer algumas das atribuições exigidas às autarquias que escolhi o município de Tondela para realizar o meu estágio curricular, mais concretamente no gabinete de Cultura e projectos culturais.

1.3.1. Paços do Concelho

“Os antigos Paços municipais localizavam-se na parte mais central da antiga Vila, no ponto de cruzamento da estrada que, vinda de Viseu, se dirigia para Santa Comba e Coimbra, com a Velha estrada que se dirigia ao Caramulo, no local ainda hoje designado por rua do Pelourinho do século XIX. O edifício camarário situava-se na esquina das duas vias de comunicação, com a frente para hoje designada rua Poeta Tomás Ribeiro. Este edifício comportava a Casa da Câmara e a cadeia, esta por duas secções – o Aljube – para os presos a cumprir penas leves e a – Enxovia – para os presos a cumprir penas pesadas. Este edifício acabou mais tarde por ser vendido e demolido, possivelmente por volta de 1872, quando foram construídos os novos Paços do Concelho, em cuja fachada ainda se vêem as armas de D. Luís, encimadas pela Coroa Real, fechada e rodeada pela cercura de ramos característica do escudo de Portugal.

No lugar dos velhos Paços do Concelho ergue-se a residência com jardim, pertença da família Moura” (Martinho, 2003:14-15) (Figura 4).

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Lei número 219 de 18 de Setembro de 1999 do Diário da República – I- série-A

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7 Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Tondela

1.3.2. Executivo camarário

Todas as instituições dispõem de uma representação gráfica dos recursos que compõem a estrutura de uma organização, através do qual é possível ter a percepção de alguns aspectos como: a divisão do trabalho, a assessoria, divisões e vários sectores existentes na empresa, e, a relação superior/subordinado.

Fonte: Sítio da Câmara Municipal de Tondela Figura 4- Fotografia da Câmara Municipal de Tondela

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8

No caso de Tondela, a estrutura interna dos Serviços do Município, de acordo com o disposto no Decreto-Lei 305/2009 de 23 de Outubro, aprovado em Reunião de Câmara de 21 de Dezembro de 2010 e pela Assembleia Municipal de 29 de Dezembro de 2010, é composta de acordo com a Figura 5.

Em termos específicos, no que se refere aos cargos e responsabilidades, o executivo é composto da seguinte forma:

Presidente: Dr. Carlos Manuel Marta Gonçalves - PSD; Vice-Presidente: Dr. José António Gomes de Jesus - PSD;

Pelouros: Requalificação Urbana; Ambiente; Cultura e Património; Educação; Vereadora: Eng.ª Fátima Carla Dias Antunes Carmona Pires – PSD;

Pelouros: Gestão dos Estaleiros Municipais/Equipamentos e Materiais; Segurança e

Iluminação Pública; Acessibilidade e Mobilidade; Proteção Civil;

Vereador: Eng. António Manuel Dinis Ribeiro Marques – PSD;

Pelouros: Modernização Administrativa; Novas Tecnologias; Juventude e Desporto;

Recursos Humanos;

Vereador: Pedro Luís Jesus Ferreira Adão – PSD;

Pelouros: Administração Geral; Urbanismo e Planeamento; Desenvolvimento Urbano;

Edificação Particulares – Licenciamento e Embargos; Desenvolvimento Económico e Turismo; Mercados e Feiras Municipais; Apoio Administrativo e Sanitário – Defesa do Consumidor;

Vereadora: Cecília da Conceição Ribeiro Fragoso – PSD; Pelouros: Acção Social e Solidariedade, Saúde e Habitação. 1.4. Identidade Visual 

A identidade visual de uma organização baseia-se sempre no seu nome, logótipo e slogan. “A primeira função, e a mais geral, que um programa de identidade visual desempenha é a de coadjuvar a configuração da personalidade corporativa de uma empresa” (Villafañe, 1998:15), já que estes são os elementos que mais facilmente a identificam, junto do público. Estes elementos representam, física ou psicologicamente, o produto ou serviço, o meio físico e a equipa humana. Para além disso, eles deverão poder ser utilizados em todos os suportes de comunicação.

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Conclui-se, assim, que a imagem de uma empresa reflecte e define a sua personalidade, é o primeiro contacto entre uma organização e o público.

1.4.1. Logótipo

O logótipo é um dos signos icónicos da identidade visual. Vindo da palavra grega logus, deve representar graficamente e contextualizar a organização, já que “o logótipo apresenta uma personalidade, uma identidade de firma, mediante um símbolo, uma forma. Uma empresa vive com o seu logótipo: ele é simultaneamente uma prova de existência da empresa, um sinal de reconhecimento e um meio de a distinguir” (Westphalen, s.d.: 259).

Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Tondela

Este é o símbolo que representa o município de Tondela (Figura 6). Como podemos observar é um logo dinâmico e actual. Os “arcos” verdes representam a serra do Caramulo, situada aproximadamente a 20km do centro de Tondela. O círculo representa o movimento, pois o slogan deste município é “Um concelho em movimento”. Usou-se a cor laranja para representar as laranjas de besteiros. A letra “D” está naquela posição para evocar as bestas (símbolo guerreiro dos antigos habitantes do Vale de Besteiros), representando também as vitórias de outros tempos.

Ao juntar cores fortes como o preto, laranja, amarelo e verde este logótipo pode gerar diferentes emoções ao seu público. O laranja, como foi exposto anteriormente, tem como principal objectivo figurar as laranjas de besteiros, sendo esta uma cor quente, transmite energia, actividade e proximidade. O amarelo remete-nos para o sol, sol é vida, no entanto, podemos incluir nesta cor o sentido do ouro, da excentricidade, tal como referi anteriormente, este é um concelho que priva de produtos exclusivos da região dos quais lhe guarda grande estima pelo valor único que têm. O verde faz a quebra da excentricidade do amarelo, representando a frescura e longevidade, mostrando também o poder da natureza de se renovar (mais uma vez o movimento está implícito). O preto é aquela cor que, vista pelo senso comum, tem um semblante negativo, mas segundo o código de cores de Lindon (2008: 211), a

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cor negra utilizada nas letras serve para transmitir rigor e sobriedade, mostrando aos tondelenses que estão bem entregues ao “poder” da Câmara Municipal de Tondela.

Conclui-se assim que, este logótipo tem como principal objectivo mostrar o movimento e a dinâmica do concelho através do seu município.

1.4.2. Slogan

“Um concelho em movimento”

O slogan é o signo linguístico que complementa o logótipo. O slogan procura “dizer muito em poucas palavras de forma clara e sugestiva”(Joly, 2005: 154), ou seja, deve ser claro, curto e conciso, tendo bem implícito os princípios da organização. O seu principal objectivo é despertar a atenção do público suscitando assim um interesse premeditado.

A Câmara Municipal de Tondela (CMT) usa este slogan com o sentido conotativo de mostrar a sua dinâmica ao público.

1.5. Contexto específico do estágio

Os próximos pontos referem-se ao enquadramento específico do estágio, a sua missão e objectivos, bem como uma análise SWOT que permite uma percepção e uma orientação para as actividades a desenvolver.

1.5.1. Gabinete de Cultura e Projectos Culturais

Como observação geral, deve-se observar que o gabinete não tem as melhores condições ergonómicas, apesar de a câmara ter investido seriamente na remodelação das instalações, os gabinetes de cultura e desporto, como dos respectivos chefes de divisão, ainda não sofreram quaisquer alterações.

Figura 7: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais Fonte: Daniela Cardoso

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11 1.5.2. Missão e Objectivos

Cada departamento da CMT tem a sua própria missão. O Gabinete de Cultura e Projectos Culturais (GCPC) não é excepção e de forma a esclarecer a missão deste departamento, aborda-se sinteticamente as seguintes questões:

1- O gabinete existe porquê? 2- Quais os seus objectivos? 3- Quem pretende atingir?

Enquanto entidade cultural, o GCPC tem como principais objectivos planear, executar e promover a realização de eventos, com o intuito de aumentar a participação popular nas actividades da CMT.

Ao cumprir estes objectivos, o gabinete de cultura está a aumentar a notoriedade do concelho a nível distrital e nacional.

Apoiados por uma empresa de design, o GCPC é responsável por uma política de comunicação e divulgação das actividades que se faça “ouvir” junto do seu público-alvo. O gabinete de cultura trabalha essencialmente para os tondelenses, satisfazendo assim as suas necessidades com actividades do interesse municipal de natureza social, cultural ou recreativa.

1.5.3. Principais actividades

Este gabinete tem como principais tarefas assegurar a realização de eventos relativos às datas mais marcantes do ano. O carnaval, as marchas de Santo António, a FICTON e o Natal são os eventos que a Câmara não prescinde e que ficam ao cuidado do GCPC.

A administração das infraestruturas culturais é outro encargo do gabinete, ficando este responsável por manter o Mercado Velho, o Auditório Municipal e a área de espectáculos do Parque Urbano ao dispor das necessidades dos tondelenses.

Ao longo do ano, surgem inevitavelmente outros eventos culturais que requerem a atenção dos profissionais do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais.

1.5.4. Organograma da cultura

Cada organização tem o seu próprio modo de agrupar os recursos, dividir e decompor as tarefas globais, estabelecer uma hierarquia de autoridade bem como definir a sua estrutura interna.

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“As empresas constituem uma das mais complexas e admiráveis instituições sociais que a

criatividade e a engenhosidade humana construíram. As empresas de hoje são diferentes das de ontem e provavelmente amanhã num futuro distante apresentarão diferenças ainda maiores.” (Chiavenato, 1979: 53).

Figura 8- Organograma do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais Fonte: Sítio da Câmara Municipal de Tondela

Como se pode observar, o gabinete de cultura e Projectos Culturais (GCPC) suporta três técnicos superiores e um técnico operacional.

Cabe aos três técnicos superiores a gestão das funções do GCPC: Património Cultural – Dr. Jorge Arrais;

Comunicação - Dr.ª Lurdes Ribeiro;

Cultura e Projectos Culturais – Dr.ª Paula Ferreira.

Apesar de haver esta subdivisão de funções, o gabinete de cultura opta por uma política baseada no trabalho de grupo, para que atinja os seus objectivos de uma forma mais rápida e eficaz sem sobrecarregar nenhum dos técnicos.

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13  1.5.5. Análise SWOT

Para se ser mais eficaz, é necessário estar ciente e ter um conhecimento aprofundado do funcionamento e necessidades da instituição para a qual trabalhamos. Sendo assim, a análise SWOT é uma ferramenta muito útil para nos elucidar do estado da instituição porque é uma análise que se subdivide em duas análises complementares: a análise aos factores externos e a análise aos factores internos. Tal como refere Joaquim Caetano (2004:80), “A análise SWOT permite à empresa situar-se tendo em conta a sua envolvente externa e interna e os respectivos factores de influência.”

A instituição deve sempre ter em atenção os principais factores provenientes do mercado e do meio envolvente (factores externos) e os factores que diferenciam a instituição da sua concorrência (factores internos), só assim poderá distanciar-se dos pontos menos importantes concentrando-se assim nos aspectos fundamentais.

Observemos na figura 10, a análise SWOT à organização em questão:

Pontos Fortes Pontos Fracos

- Notoriedade junto do público - Cultura ao alcance de qualquer um - Oferta cultural para vários públicos

- Falta de Pró Actividade

- Forte ligação da imagem apenas à FICTON - Sazonalidade

Oportunidades Ameaças

- Maior visibilidade a nível distrital e nacional da CMT

- Melhoria do nível socioeducativo da

população e por conseguinte da sensibilidade cultural

- Deslocamento da população da periferia para a cidade

- Parceria com a ACERT

- Situação económico-financeira do país (nomeadamente os cortes nas Câmaras) - Forte concorrência da ACERT

Figura 9: Quadro da análise SWOT do Gabinete de Cultura e Projectos Culturais Fonte: Daniela Cardoso

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14

Os pontos fracos do gabinete de cultura e projetos culturais prendem-se essencialmente com a aspetos de coordenação técnica. As diretrizes anuais estabelecidas carecem de propostas inovadoras e de incentivos por parte dos superiores hierárquicos. As poucas metas estabelecidas acabam por tornar também a imagem do gabinete demasiado presa à FICTON (evento mais aguardado em Tondela). A sazonalidade seria combatível de não houvesse uma ameaça bastante forte a nível económico, pelo que me apercebi durante o estágio, os cortes na cultura são evidentes.

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Capítulo II Relações Públicas e Eventos

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16  2. Relações Públicas

Relações Públicas foi um termo pensado e desenvolvido pelos dois famosos pioneiros Ivy Lee e Edward Bernays. Países como os Estados Unidos da América, o Reino Unido e a França, foram os primeiros a adoptarem a técnica.

“Enquanto os bons profissionais de Relações Públicas promovem uma comunicação de qualidade, clara e simples, pode haver alguma confusão acerca dos conceitos nas Relações Públicas” (Black, s.d: 18). De facto existem bastantes definições de Relações Públicas, exemplo disso são:

- “é o esforço planeado e constante para estabelecer e manter a boa vontade e o entendimento mútuo entre uma organização e o seu público” (Institute of Public Relation)

- “o método de definir mensagens e de comunicá-las ao público alvo com o intuito de influenciar uma resposta pretendida” (The Public Relations Consultancy Association)

Define-se o conceito de Relações Públicas como a actividade que mantém um bom relacionamento das instituições com os públicos. É graças à comunicação nos diferentes sentidos, que as RP são uma técnica ideal para estabelecer essa ligação. Esta ligação visa o seu esclarecimento em relação às políticas e acções que são levadas a cabo. No entanto, o objectivo principal de um Relações Públicas é a humanização interna e externa das organizações.

As organizações não podem aparecer aos olhos da opinião pública única e exclusivamente como uma entidade jurídica. Para tal há uma preocupação máxima em veicular informações rigorosamente verdadeiras dos quais até a mentira por omissão é excluída. A política da verdade na qual deve assentar uma campanha de RP é o alicerce imprescindível para a orientação e elaboração de qualquer programa. O código de ética das RP é peremptório quanto à idoneidade da informação.

Ainda com base no artigo apresentado no IX Congresso da International Association for Media and Communication Research em Paris, conclui-se que um bom profissional de RP tem de estar ciente de todos os objectivos que esta profissão impõe.

Atendendo a vários autores como Black, Lloyd ou Canilli citados por Garcia (1999) resumem-se os objetivos fulcrais a:

-Analisar tendências futuras e prever consequências. -Auscultar a opinião pública, as atitudes e as expectativas. -Estabelecer e manter alguma forma de comunicação bilateral. -Prevenir conflitos e erros de compreensão.

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-Promover o respeito mútuo.

-Harmonizar o interesse privado com o público. -Promover produtos ou serviços.

-Projectar uma entidade corporativa.

Contudo para se ser um bom RP não basta ter um conhecimento profundo das exigências da profissão, é essencial que o profissional esteja habilitado de um conjunto de características tanto do foro pessoal como técnico de forma a, cumprir com sucesso a sua profissão.

2.1. Processos de Comunicação

A linguagem ou comunicar é o que faz com que o Homem se torne Homem. “O homem, como animal social que é, precisa de comunicar com o mundo que o rodeia e, de alguma forma especial, com os seus semelhantes” (Lampreia 1996: 21), é a partir dessa base que nos diferenciamos dos restantes animais.

Sendo assim, a comunicação humana mais do que traduzir uma mensagem, procura vincar uma imagem do próprio emissor. É na sequela deste contexto que se pode começar a vislumbrar a importância da comunicação organizacional.

Ao longo dos anos convencionaram-se elementos que participam e tornam possível o acto de comunicar. Algumas definições variam de acordo com a linha teórica adoptada, porém as teorias mais aceites identificam seis elementos imprescindíveis no processo de comunicação:

Emissor: é quem gera o processo e toma a iniciativa.

Recetor: é quem recebe a mensagem, ele deve receber e compreender a ideia que se quer

passar.

Mensagem: é o pensamento ou a ideia que o emissor pretende passar para o receptor. Código: é o conjunto de signos convencionais e a sua sintaxe (ex. linguagem) utilizados na

representação da mensagem, que devem ser total ou parcialmente comuns ao emissor e ao receptor.

Meio: é o canal através do qual o emissor transmite a sua mensagem ao receptor.

Feedback: é o último processo de comunicação. Toda a comunicação deve ter este

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18 Fonte: Daniela Cardoso

Lasswell (1948) sintetizou o processo de comunicação em torno de cinco questões: - Quem comunica?

- A quem? - O quê? - Como?

- Com que resultado?

2.1.1. Comunicação Interna

Todas as acções relacionadas dentro de qualquer organização integram no seu conjunto um método de comunicação interna.

A comunicação interna, eficiente numa empresa, estimula boas relações entre os funcionários; estabelece uma rede de princípios que elevam o moral entre os profissionais internos e externos e os põe a par de forma objectiva, prática e simples, das decisões e objectivos da empresa.

“A comunicação interna engloba todos os actos de comunicação que se produzem no interior de uma empresa. As suas modalidades variam de uma organização para a outra” (Westphalen, s.d.: 65). Bem gerida, a comunicação interna estabelece, como prática permanente, o diálogo entre empresa e empregados, fortalecendo o relacionamento entre a direcção e o corpo funcional e, entre os próprios funcionários.

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Valendo-se de vários instrumentos o Gabinete de Cultura e Projectos Culturais funciona como um grupo de elementos interagindo entre si através de um sistema comunicativo. A comunicação interna do GCPC baseia-se, em primeiro lugar, nos métodos elementares:

 placares informativos;

 reuniões;

 telefone interno;

 rede interna.

 2.1.2. Comunicação Externa

A comunicação externa baseia-se em toda a informação que é enviada para o exterior, pelos colaboradores da empresa, no sentido de divulgar e promover os serviços. Esta pretende criar e manter uma imagem positiva e credível além de, tentar ajustar essa comunicação aos segmentos do mercado.

“Quando falamos em comunicações externas, queremos referir-nos aos métodos de contacto directo com clientes e intermediários. (…) Um bom programa de comunicações externas deve complementar-se com o uso dos media para aumentar a atenção em relação aos produtos de uma organização.” (Wragg, 1989: 100).

Por comunicação externa entende-se, a comunicação que é feita de modo a que a instituição possa ganhar e merecer a confiança de todos aqueles com quem está habitualmente em contacto, referimo-nos obviamente aos públicos externos que incluem clientes, fornecedores, bancos e entidades financeiras.

Pondo isto, considera-se que o GCPC é detentor de uma boa comunicação externa, e o resultado disso é a enorme credibilidade que o Gabinete detém junto do público externo.

2.2. Funções de um Relações Públicas

As Relações Públicas, de acordo com os contributos dos vários autores da área como por exemplo Martins Lampreia, têm como principais funções:

Patrocínio e Mecenato – Financiamento de eventos com impacto social ou de

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20

similares, com vista à divulgação pública desse apoio para melhoria da imagem do financiador.

Lobbing – Relações diretas com os agentes legislativos, executivos e reguladores em nome

de uma entidade, de um grupo ou de um sector, tendo em vista a obtenção de benefícios e vantagens para essa identidade, grupo ou sector.

Identidade visual – Construção e eventuais reformulações de um sistema de identificação

visual.

Relações com os órgãos de comunicação social – Atividade central das RP da qual

nasceu as Relações Públicas contemporâneas. Incorpora actividades que visam construir e gerir uma imagem positiva da entidade junto dos jornalistas e, por mediação destes, junto dos públicos atingidos pelos Órgãos de Comunicação Social.

Comunicação interna – Comunicação que é feita em vários sentidos (ascendente,

descendente, paralelamente, etc.) e são vários os instrumentos utilizados (reuniões internas e instrumentos de comunicação oral, escrita, audiovisual, electrónica, etc.)

Comunicação externa – Comunicação que visa melhorar as relações entre instituição e

respectivos públicos, transmitindo a imagem desejada e que seja por eles apreciada.

Organização de eventos – Criação de acontecimentos marcantes, que tenham um impacto

positivo junto do seu público-alvo de forma a aumentar notoriedade ou vender produtos/serviços.

 2.3. Eventos

5

Tal como se refere anteriormente, evento é um acontecimento que tem como principal objectivo causar impacto positivo com o intuito de se tornar notícia, aumentando assim a notoriedade da instituição ou serviço. Aliás, é indispensável pensar num evento como um acontecimento que terá de gerar benefícios para todas as partes.

Primeiramente, para uma melhor promoção de um evento é estritamente necessário ter a noção das características do mesmo.

Podemos classificar um evento quanto a três critérios:

 por categoria: institucionais ou comerciais;

 por área de interesse: científicos, desportivos, políticos, empresariais, sociais, culturais, religiosos, turísticos, familiares;

5

(28)

21  por tipo: congressos, seminários, torneios, passeatas, inaugurações, feira,

aniversários, exposições, casamentos, etc.

De seguida, é necessário ter consciência se se trata de um evento de pequena, média ou grande escala. O que distingue estes eventos é a cobertura mediática, o orçamento utilizado, bem como o tipo de patrocinadores.

No fundo, todos os eventos são e devem ser diferentes pois regem-se por objectivos e destinam-se a públicos diferentes.

Os eventos que são organizados por particulares ou organizações têm como principais objectivos o convívio, envolver, partilhar, agradecer, motivar, fidelizar, apresentar ou inaugurar. Assim, são fomentadas as relações com os seus públicos internos e externos o que permite uma legitimação da imagem e um maior destaque com questões de foro social.

O conceito de grande evento tem obviamente uma maior cobertura mediática, está naturalmente associado às grandes marcas pois as suas audiências são elevadíssimas.

Existem vários tipos de eventos mas, no entanto, ao longo deste capítulo apenas se fará referência aos eventos desenvolvidos durante os últimos três meses no GCPC. Aqui fica uma breve descrição dos mesmos:

Feiras: as feiras são eventos destinados a segmentos específicos. Têm como principal

objectivo a exposição e a venda de produtos. A sua organização exige bastantes cuidados de forma a expor todos os produtos de forma apelativa porque para além da venda, as feiras também servem para estabelecer novos contactos com potenciais públicos.

Eventos culturais: são eventos criados para entreter o seu público-alvo e até para agradar

a parceiros ou clientes.

Eventos desportivos: estes, tal como o próprio nome indica, são eventos que têm como

principal objectivo a prática desportiva.

Congressos/ Palestras/ Conferências: nestes eventos o valor dos patrocínios é elevado.

Contam em geral com estudiosos ou profissionais credenciados em determinadas áreas que têm como principal objectivo informar. São momentos que elevam a imagem de uma empresa pois conta com os melhores.

Painel: é uma reunião de discussão desenvolvida por um pequeno grupo de especialistas

que confrontam diferentes perspectivas de saberes e experiências sobre apenas um tema, em presença de um grupo alargado de pessoas.

Palestra ou Colóquio: trata-se de uma reunião que incide numa determinada área em que

o orador não é tão prestigiado como num congresso, no entanto a sua meta é a mesma, a de informar e partilhar reflexões.

(29)

22 Seminário: reunião de especialistas dirigida a especialistas. O objectivo é debater em

grupo assuntos em comum de forma a melhorar ideias ou valores.

Visitas: seguem um programa criterioso, com o objectivo de divulgar um serviço/ produto

ou até mesmo a própria organização.

Exposições: trata-se de um evento que visa a divulgação dos objectos expostos. Mostra: evento pequeno que visa somente divulgar objectos apresentados. Lançamento de livros: neste evento apresenta-se o autor e a sua respetiva obra.

 2.3.1. Planeamento de eventos

6

Os eventos são acontecimentos complexos que exigem uma grande flexibilidade e grande capacidade de sacrifício e dedicação. São acontecimentos que não dependem apenas da sua entidade organizadora mas também de todos os aspectos físicos e humanos que o envolvem.

A complexidade destes está no seu planeamento, pois envolvem inúmeros pormenores e atenções que ao mínimo descuido podem deitar tudo a perder. Um bom organizador dever ter em consideração aspectos tão essenciais como:

 diagnóstico;  objectivo do evento;  orçamento disponível;  público-alvo;  tema do evento;  acções a desenvolver;  avaliação.

Numa fase mais avançada, a organização define planos de acção e implementação, onde terá em conta os recursos necessários à sua execução, assim como os parceiros ideais para o seu evento de forma a atrair os melhores patrocínios. A data e o local são questões que não podem ser escolhidas ao acaso, estas têm de ir ao encontro dos objectivos principais do evento. Delineados os traços mais importantes, a instituição está apta a cuidar da imagem da sua divulgação e da respectiva relação com os media.

Durante todo o evento a organização não pode “baixar os braços”, deve sim estar atenta com o intuito de cuidar e antecipar-se a qualquer falha ou necessidade de última hora

6

(30)

23

“(…)pelo que atrasar-se em decidir é perder a oportunidade de intervir ou então é ter que realizar um esforço maior para recuperar o tempo perdido” (Lozano, s.d.: 18).

Findo o evento é chegada a hora de avaliar todas as acções e o feedback alcançado, esta análise tem como principal objectivo melhorar em ocasiões futuras ou manter caso tenha sido um excelente sucesso, se bem que, a monotonia nunca é sinónimo de sucesso.

(31)

 Capítulo III

Actividades Desenvolvidas 

(32)

25

3. Estágio

Para finalizar sintetizar-se-á o estágio, desde os objectivos às actividades desenvolvidas, referindo as estratégias utilizadas.

3.1. Objetivos

Todas as experiências são enriquecedoras desde que estejamos predispostos a enfrentar os novos desafios com a ânsia, não só, de aprender mas também de contribuir de alguma forma positiva. O saber não ocupa lugar, e só assume uma relevância significativa quando é chamado a ser aplicado.

O estágio é uma etapa onde assentamos os nossos saberes adquiridos ao longo da nossa vida académica. Durante estes três meses procurei perceber a utilidade desses mesmos conhecimentos aquando aplicados às várias actividades exercidas pelo Gabinete de Cultura e Projectos Culturais.

Posso assim concluir que os principais objectivos do meu estágio curricular passam por: - Enriquecer a minha experiência profissional, complementando a teoria adquirida ao longo do curso de Comunicação e Relações Públicas.

- Conhecer o funcionamento de uma instituição pública, focando-me essencialmente no GCPC.

- Ter uma participação activa nas actividades levadas a cabo pela instituição.

- Ajudar, através dos meus conhecimentos, a melhorar aspectos passíveis de reparos. - Absorver todos os conhecimentos que me fossem transmitidos ao longo dos três meses de estágio.

- Intervir e participar nas acções desenvolvidas.

Finalizando, ambicionava, que esta experiência me capacitasse de ferramentas importantes, sejam elas para desempenhar funções no mundo da organização de eventos ou em áreas como a comunicação empresarial ou as relações públicas.

3.2. Estratégias

As estratégias utilizadas durante o estágio não foram previamente idealizadas. Apesar da minha escolha ser completamente consciente e premeditada, confesso que o que eu conhecia do Gabinete não era suficiente para deliberar quaisquer estratégias.

(33)

26

Sendo assim, o meu primeiro passo passaria por conhecer não só as directrizes das actividades desenvolvidas pelo GCPC, mas também as pessoas, as infra-estruturas e equipamentos, e toda a cultura da organização.

“O director de Relações Públicas cuidará minuciosamente da sua organização e desenvolvimento.” (Lozeno, s.d.: 97), com base neste pressuposto, e após ter observado atenciosamente o meio onde me ia inserir, a minha estratégia passou por esclarecer dúvidas e relacionar alguns dos conhecimentos adquiridos com o trabalho desenvolvido no gabinete em causa, procurando assim, saber de que modo o meu apoio poderia vir a ser útil tendo sempre em vista o melhor para a instituição.

Claro está que a minha aprendizagem não foi descurada, pois tenho noção que a base para tudo é a vontade de aprender e a nossa capacidade para sermos empreendedores e tomarmos iniciativas. Por isso, decidi que poderia ser útil, não só nas tarefas que me foram confiadas, mas também nas que viria a propor.

3.3. Cronograma

Para um melhor entendimento do que foi feito ao longo dos últimos três meses, elaborei um cronograma (Figura 12). Assim, tem-se uma melhor percepção da aplicação prática das tarefas e a sua delimitação temporal.

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª

Mê s/Se mana Atividade s De se nvolvidas

Ate ndime nto te le fónico Funçõe s ope racionais Arquivo de docume ntos Organização Lanne me zan Propostas

Criação Logótipo Património Criação Marcador de Livros Asse mble ia Municipal Organização FICTON

Se te mbro Outubro

Agosto Nove mbro

Figura 11: Cronograma de actividades Fonte: Daniela Cardoso

(34)

27  3.4. Atividades desenvolvidas

Quando escolhi o Gabinete de Cultura e Projectos Culturais, a minha mente estava essencialmente focada na organização de eventos. Esta área, como referi anteriormente, foi escolhida por me dar grande alento e satisfação. No entanto, estava ciente da situação actual do país, assim sendo, tomei como prioridade a versatilidade no meu desempenho enquanto estagiária.

As minhas tarefas realizadas passaram por duas áreas da comunicação: Relações Públicas e Organização de eventos, não esquecendo também algumas funções administrativas.

Em seguida, passarei a descrever minuciosamente todas as minhas actividades.

3.4.1. Arquivo de documentos

O arquivo é de extrema importância em qualquer organização, o GCPC não é excepção. Uma das minhas funções era o arquivo e organização de documentos nas respectivas pastas.

Durante a organização da Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON), que falarei mais adiante, eram inúmeros os documentos que precisavam de ser arquivados. Neste caso havia duas pastas distintas, uma referente a inscrições e respectivas provas de pagamento, bem como toda a correspondência enviada e recebida, a outra continha toda a logística da feira.

Todo o arquivo realizado tinha em atenção a ordem cronológica.

3.4.2. Telefone

O telefone era uma importantíssima fonte de informação do gabinete. Através deste recebíamos pedidos de informações, inscrições para eventos, bem como solicitações dos mesmos. Era também através de telefone que o gabinete mantinha contacto com os seus colaboradores.

Não encarei esta tarefa com facilitismo, pois segundo Katz “O tom de voz pode ser caloroso e amistoso, mas a resposta deve ser factual e informadora” (1993: 74), sendo assim, tentei sempre manter um tom de voz cordial e educado, exprimindo-me de forma correcta e compreensível, respondendo com isenção às solicitações telefónicas.

(35)

28  3.4.3. Etiquetas para o correio

O correio era um dos meios mais utilizados pelo Gabinete. Para que não houvesse saturação de tarefas, coube-me a mim criar e organizar as etiquetas próprias para cada destinatário. Estas etiquetas continham o nome do destinatário e a respectiva morada. Na altura foram criadas para o envio de ofícios, convites e informações referentes à FICTON.

3.4.4. Projeto Lannemezan

Quando iniciei o meu estágio, a responsável pela Geminação (Dr.ª. Lurdes Ribeiro) colocou-me ao corrente do projeto “Geminação Lannemezan” levado a cabo pelo gabinete.

A geminação é uma espécie de parceria entre cidades (neste caso entre Tondela e a cidade francesa Lannemezan) com o propósito de criar uma ligação e estabelecer relações propícias à evolução de ambas através do intercâmbio cultural.

Este ano, foi estabelecido que viriam a Tondela um grupo de profissionais de Andebol bem como os responsáveis pela geminação de Lannemezan.

Neste sentido, foi- me pedido que criasse um programa de actividades para os dias 27, 28 e 29 de Outubro (data previamente estabelecida para a realização do intercâmbio). Este programa continha todos os passos que o gabinete teria de exercer nos dias em que acolhesse esta comitiva (Anexo II).

Para além do programa foi-me pedido também que apresentasse propostas de lembranças a entregar ao respectivo grupo.

Este trabalho foi executado com bastante antecedência mas, para nossa desilusão, os responsáveis de Lannemezan ligaram no dia 22 de Setembro a cancelar a sua vinda a Portugal por falta de condições económicas.

3.4.5. Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON)

Iniciei o meu estágio no dia oito do mês de Agosto e já decorriam os preparativos da FICTON.

Esta é uma feira que atrai à cidade e ao concelho milhares de pessoas, entre locais e visitantes, que tomam contacto, durante esta época festiva, com a realidade de Tondela, a sua cultura, o seu património e as suas gentes. Pode afirmar-se que esta é a combinação perfeita entre tradição e modernidade.

(36)

29

A promoção de produtos da região, os expositores representativos das actividades económicas, as associações e outras entidades do Concelho são peças fulcrais na edição da FICTON que conta já com 19 edições. Cabe ao GCPC organizar e gerir estas peças não descurando, dos artistas musicais que dão alegria e cor a esta feira (Figura 13).

Fonte: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais

a)

 Distribuição dos espaços FICTON 

Esta feira desenvolve-se no pavilhão desportivo de Tondela e respectiva área envolvente. A organização opta por colocar no espaço interno (pavilhão desportivo) os stands referentes ao comércio, indústria e serviços, na área envolvente faz-se uma divisão de espaços ocupados pelas Tasquinhas, Artes e Ofícios, Feira das Freguesias, Feira do Passarinho, Produtos endógenos e palco musical.

Os números oficiais deste certame são: 88 stands empresariais, 24 freguesias representadas, 11 expositores de produtos locais certificados, 42 stands destinados ao artesanato e 10 tasquinhas dinamizadas pelas freguesias.

Durante o período de inscrições, o gabinete cuidava da atribuição dos respectivos stands. Essa foi uma tarefa desenvolvida por mim, tendo em conta os mapas que me foram disponibilizados procedi à distribuição das empresas do espaço interno bem como os artesãos do espaço externo.

(37)

30

Tendo em conta que maior parte das inscrições eram de expositores conhecedores da feira, havia algumas exigências prévias, exigências essas, que a organização tinha em consideração apesar de nem sempre ser possível dar uma resposta positiva.

Sendo assim, posso dizer que a colocação dos stands teve por base o mapa já existente no ano anterior, os restantes eram atribuídos de forma a manter uma harmonia estética.

O espaço externo exigia já um conhecimento de campo, pois havia produtos expostos que não podiam ficar virados para o sol. No entanto, este espaço seguiu a mesma regra que o anterior, ou seja, a divisão foi realizada com base no mapa de 2010, o que gerou alguns problemas.

b)

Layout

Tal como referi anteriormente, a versatilidade foi uma das minhas prioridades. Durante o meu estágio fiz questão de ajudar em tudo o que pudesse, mesmo que essa actividade pertencesse a uma área menos apreciada por mim.

A minha licenciatura incutiu-me algumas bases de design e multimédia, sendo assim, atenta a um desabafo da Dr.ª Lurdes Ribeiro, ofereci-me para alterar o layout do mapa referente ao espaço interno, tornando-o mais apelativo (Anexo III).

Como a satisfação com o meu trabalho anterior foi plena, pediram-me que criasse um

layout que facilitasse a percepção da disposição das lonas utilizadas na decoração da feira, no

sentido de auxiliar a organização do próximo ano. (Anexo IV)

c)

Actualização de base de dados

O GCPC priva de uma organização exemplar. No decorrer dos preparativos da FICTON, era do meu dever inserir os dados de todas as inscrições, que ocorriam durante o dia, no programa Excel.

Esta base de dados continha o lettering pretendido, o número de frentes do stand, o tipo de stand, nome do expositor e respectivo contacto.

d)

Lettering

Numa fase mais avançada das inscrições, foi-me incumbida a tarefa de certificar todos os

(38)

31

O lettering, não podia conter nenhum erro ortográfico, de forma a não demonstrar descuido por parte da organização. Sempre que a letra do expositor não era clara, tinha obrigação de telefonar para o contacto dessa inscrição de forma a confirmar o lettering desejado.

e)

Cartões de identificação

Conhecedor das minhas aptidões na área, o Dr. Jorge Arrais pediu-me que criasse os cartões de identificação de todos os expositores e trabalhadores da feira.

Este foi um trabalho que me ocupou durante vários dias, um certame desta envergadura requer bastantes recursos humanos. Criei cerca de 330 cartões de identificação, que permitiam, aos utilizadores, uma livre circulação na área da FICTON, usufruindo das condições colocadas à sua disposição. (Anexo V)

f)

Distribuição de Jantares

Como referi anteriormente, este evento conta com 10 tasquinhas dinamizadas por freguesias e instituições do concelho, a Câmara cede-lhes o espaço para que estes, através da venda de refeições, consigam tirar o máximo de proveito económico da feira.

A música é um dos principais atractivos desta feira. Sendo assim, cabe à organização a disponibilização de jantares aos artistas contratados bem como aos artesãos com direito a refeição.

Uma das exigências para esta tarefa era o não favorecimento de nenhuma tasquinha em particular, com isto tive de distribuir de forma equilibrada as pessoas que jantariam sob a alçada da Câmara Municipal de Tondela.

g)

 Conferência de Imprensa 

Faltavam poucos dias para a FICTON e “quando o assunto que se quer comunicar é de grande importância ou susceptível de provocar perguntas por parte dos jornalistas interessados – e só nestes casos – pode-se convocar uma conferência de imprensa, em vez de se proceder ao simples envio do press release.” (Lampreia, 1999: 118). Foi o que aconteceu a cinco de Setembro de 2011 (Figura 14).

A minha contribuição nesta conferência prendeu-se à organização e montagem do espaço (Mercado Velho). Aquando da chegada dos jornalistas, coube-me a mim a distribuição dos

(39)

32

h)

Trabalho de Campo

Dia 15, 16, 17 e 18, a chamada fase de acção e implementação estava em curso, a derradeira hora “H”. Durante estes quatro dias a organização não teve mãos a medir, foi estritamente necessária uma disponibilidade fora do comum, de forma a responder prontamente a quaisquer dúvidas ou imprevistos.

Completamente desprovida de qualquer formação prévia para aqueles dias, confesso que me senti um pouco desnorteada. Optei então por seguir alguns ensinamentos adquiridos ao longo do curso, apostei forte na comunicação com os expositores, mas a minha margem de manobra era diminuta, mesmo fazendo parte da organização, a minha inexperiência na FICTON era abissal comparada com os anos de experiência dos meus colegas de trabalho.

Tendo como base as leituras do autor J. Martins Lampreia (1996), tentei manter um diálogo constante com os diferentes públicos tendo em vista o merecimento da confiança por parte dos mesmos, conseguindo assim um feedback positivo quanto à minha presença naqueles espaços.

Por força de uma proximidade maior com os expositores, era depositada em mim a confiança para expor alguns reparos ou até mesmo críticas quanto à organização, naqueles momentos e dado o meu carácter de estagiária, apenas indicava que o recado seria entregue a quem de direito.

Os meus dias foram passados entre o stand do Secretariado e todo o espaço da FICTON e era de minha função esclarecer dúvidas e sempre que necessário resolver casos simples que fossem surgindo (Figura 15).

Fonte: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais Figura 13- Conferência de Imprensa: FICTON

(40)

33

 3.4.6. Pós FICTON 

Finda a feira, era obrigatório que cada expositor procedesse à desmontagem do seu próprio stand. Posto isto, foi-me atribuída a responsabilidade de verificar se o expositor deixava o stand em plenas condições e se me entregava a chave e o cadeado correspondente ao seu espaço.

Durante este processo, aproveitei para fazer uma espécie de questionário aos expositores para ter uma melhor percepção do sucesso do evento. Este questionário serviu-me para apresentar uma proposta que falarei no ponto seguinte.

Proposta: Relatório FICTON

Decidi propor ao Gabinete que se fizesse um relatório sobre a FICTON, o meu supervisor deu-me luz verde e segui em frente com o projecto. (Anexo VI)

Era meu objectivo criar um documento útil ao gabinete, que pudesse e devesse ser analisado à posteriori pelos responsáveis do mesmo, com o intuito de não esquecer as falhas de 2011 desenvolvendo assim soluções para a vigésima edição desta feira.

Este relatório apenas tem como base a minha visão enquanto futura Relações Públicas e o trabalho de campo efectuado. No entanto, acho que será um bom suporte para o próximo ano já que “A administração pública tem o dever de servir a sociedade e de o fazer com entusiasmo, profissionalismo e rapidez (…)” (Lozano, s.d.: 197) e servindo-se desta análise tem tudo para satisfazer as necessidades do seu público de forma mais eficaz.

Fonte: Gabinete de Cultura e Projectos Culturais

(41)

34  3.4.7. Património Cultural 

A criação de uma imagem para o património cultural foi um dos pedidos iniciais do meu supervisor, Dr. Jorge Arrais. Esta era uma tarefa que não contava executar, tendo em conta o facto de não dominar essa área.

No entanto, agarrei o projecto com o intuito de contribuir de forma útil para a criação da imagem do património cultural.

 Logótipo 

Tendo em conta que um logótipo “funciona, de certo modo, como um bilhete de identidade visual, onde mediante um símbolo e uma forma apresenta a personalidade e faz prova da existência da empresa” (Lampreia, 1998: 50), decidi que era por aí que devia começar.

Foram várias as tentativas para a sua criação, no entanto, ficaram em arquivo, à espera de aprovação as três propostas de logótipos. (Anexo VII)

 Marcador de livros 

O meu passo seguinte foi criar algo útil onde estivesse referenciado o Património Cultural. A escolha recaiu sob um marcador de livros.

As imagens utilizadas neste marcador foram fornecidas pelo meu supervisor, fotografias essas de sua própria autoria sendo o texto da minha total autoria (Anexo VIII)

 3.4.8. Proposta de Press Book 

O clipping é uma técnica de comunicação, utilizada pelas organizações, quer sejam de âmbito institucional ou de âmbito empresarial. Consiste na leitura e análise metódica e ininterrupta de toda a informação publicada pelos media sobre a organização. Tem como objectivo essencial perceber de forma eficaz, rápida e fundamentada a imagem que a comunicação social tem e veicula sobre a organização, e quais as repercussões que esta pode ter para a empresa.

O GCPC cuidava do arquivo de todas as notícias que tivessem as actividades do gabinete referenciadas, no entanto a organização do mesmo não era a mais correcta (tendo por base os meus conhecimentos teóricos). Sendo assim, decidi deixar como proposta a realização de um

(42)

35

Aquando o término do meu estágio ainda não tinha qualquer feedback relativo à minha proposta. (Anexo IX)

3.4.9. Outras Actividades 

No estágio devemos olhar para a organização como um todo, tendo cada um tarefas específicas, onde a união contribui para o bem comum. Com o propósito já referido em pontos anteriores, a versatilidade, elaborei diversas pequenas actividades, que nem sempre se relacionavam com a área da comunicação.

Logo, na segunda semana, recebi um pedido do vereador da cultura para transpor o áudio da Assembleia Municipal para documento Word. Esta foi uma tarefa que realizei em conjunto com a secretária da assembleia, devido à minha inexperiência em relação ao assunto.

A montagem dos espaços para a concretização de exposições ou lançamentos de livros são um dos exemplos de outras actividades realizadas. O técnico operacional era o responsável por essa montagem, sempre com a supervisão de um dos técnicos superiores disponíveis. Esta experiência permitiu-me ter noção de bastantes pormenores técnicos e de algumas responsabilidades que até à data desconhecia por nunca estar do lado da organização.

Concluí que é necessária a compreensão e a humildade para desenvolver qualquer tipo de trabalho porque isso só nos faz crescer e ganhar experiência.

(43)

36  Reflexão Final

“A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por

ele, mas aquilo em que ele nos transforma7.” John Ruskin Gestão de eventos, a minha área de eleição. Ciente das ofertas que o meu curso me oferece a nível profissional, optei por enveredar num estágio relacionado com a organização de eventos. A Câmara Municipal de Tondela, mais propriamente, o Gabinete de Cultura e Projectos Culturais, estendeu-me a mão e viajou comigo nesta etapa crucial.

Apesar de ter ouvido muitas experiências de estágios curriculares, tinha esperança que o meu estágio não assentasse essencialmente na observação. O medo que me estava incutido, não fez desmoronar a ânsia de fazer e de mostrar utilidade, sempre acreditei que a minha presença no GCPC seria uma mais-valia, embora soubesse que a margem de manobra podia ser limitada numa organização onde não pode haver falhas, uma entidade pública não se pode dar ao luxo de descurar dos interesses públicos.

O respeito pela instituição e pelos seus foi essencial, em momentos de maior desagrado ou frustração. Sempre quis fazer mais, a minha juventude e fulgor fizeram-me esquecer da situação económica do país e das questões burocráticas que limitam determinados projectos e ambições. Felizmente, tive sempre do meu lado o meu supervisor, um mentor que me fez crescer a nível pessoal e acima de tudo profissional e que nunca poupou nos conselhos que me deu.

Posso dizer que o gabinete me ofereceu a oportunidade de exercer funções relacionadas com a área em que estava a trabalhar, enquanto estudante e futura técnica superior de Comunicação e Relações Públicas e que, eu ofereci a oportunidade ao gabinete de absorver os meus conhecimentos adquiridos durante o curso. Esta relação que assentou numa troca mútua de conhecimentos resultou num estágio de três meses com saldo positivo.

Todas as actividades desenvolvidas durante o estágio tiveram o seu contributo no meu crescimento profissional, umas directamente relacionadas com a minha área, outras nem tanto, por isso, admito que a que me marcou mais, foi a participação na organização da FICTON. Organização de eventos é um sonho antigo e participar na organização deste certame foi sem dúvida excecional e enriquecedor.

(44)

37

Criar de raiz uma imagem para o património cultural é outra experiência que retenho com enorme orgulho na memória. Através desta tarefa apercebi-me do quão difícil é criar uma imagem de uma instituição ou serviço e do quão importante é ter essa imagem de marca. Agradeço a oportunidade que me deram de trabalhar numa área que nunca teria escolhido à partida, porque este trabalho tornou-me mais polivalente e como referi no presente relatório, tenho noção da importância da versatilidade no mundo laboral.

A nível pessoal aprendi, no que diz respeito à área do trabalho, que por melhor profissionais que sejamos, todos sentimos necessidade de carinho e estímulo constante de forma a não prejudicar o nosso rendimento. Eu recebi esse incentivo, mas vi de perto as consequências de quem não tem esse privilégio. Espero num futuro próximo fazer parte de uma equipa de trabalho onde o ser e as relações pessoais são valorizadas.

O estágio curricular findou. Um capítulo de muitos desta narrativa à qual chamamos vida académica foi encerrado. Fica a tristeza de não estar a exercer funções, mas fica também a alegria de saber que, durante três meses, fui acolhida da melhor forma e fui o alvo escolhido para dispararem todos os seus saberes e experiências profissionais.

Cada vez mais, acredito que estou no caminho certo e que, ser profissional de Comunicação e Relações Públicas vai contribuir significativamente para a minha felicidade pessoal.

(45)

38  Bibliografia

- BLACK, C. (2001), Guia Prático do Profissional de R.P. Publicações, Mem Martins: Edição Europa América.

- CAETANO, J.; RASQUILHA, L. (2004), Gestão da Comunicação (1ª Edição): Quimera Editores, Lda.

CARVALHO, A. F. (1981), A Terra de Besteiros e o Atual Concelho de Tondela – (Esboço

Histórico e Toponímico), Câmara Municipal de Tondela (reedição do original publicado em

1945).

- CHIAVENATO, I. (1979), Teoria Geral da Administração, Vol. I, São Paulo: McGraw-Hill do Brasil.

- GARCÍA, Manuel M. (1999), As Relações públicas, (1ªedição), Lisboa: Chaves do êxito. Editorial Estampa.

- JOLY, M. (2005), A imagem e os Signos, Bordeaux: Edições 70.

- KATZ, B. (1993), Comunicação – Poder da Empresa; Lisboa: Clássica Editora.

- LAMPREIA, J. M. (1996), Técnicas de Comunicação: Publicidade Propaganda e relações

públicas, (7ª edição), Mem Martins: Publicações Europa América.

- LAMPREIA, J. M. (1998), Comunicação Empresarial – As Relações Públicas na Gestão, (2ª edição); Lisboa: Texto Editora.

- LAMPREIA, J. M. (1999), A Assessoria de Imprensa nas Relações Públicas, (2ª edição), Coleção Saber, Publicações Europa América

- LINDON, D. et al (2008), Mercator XXI: Teoria e Prática do Marketing (11ª Edição), Lisboa: Publicações Dom Quixote.

(46)

39

- LOZANO, Fernando (SD) Manual Prático de relações públicas; Lisboa: Livros do Brasil

- Manual de produção económica, Um concelho para o seu investimento, Coordenação e redação Departamento Técnico da A.D.I.C.E.S, Edição da Câmara Municipal de Tondela, 1993.

- MARTINHO, A. M. (1994), Tondela, roteiro do concelho, 24horas Editora e Publicidade.

- MARTINHO, A. M. (2003), Tondela-Breve percurso histórico, Dom Jaime, Cadernos de Cultura, n.º3, Edição da Câmara Municipal de Tondela.

- PEDRO et al (2007), Gestão de eventos, Lisboa: Quimera.

-RAPOSO, E. (2000), Besteiros-Terra de… muitos caminhos, Edição da Câmara Municipal

de Tondela.

- VILLAFAÑE, J. (1998), Imagem Positiva - Gestão estratégica da imagem das empresas, Lisboa: Edições Sílabo.

- WESTPHALEN, M. H (s.d.). A Comunicação na Empresa. Paris: Rés-Editora.

- WRAGG, D. (1989), Relações Públicas em Marketing e Vendas. São Paulo: Editora McGraw-Hill.

Outras Fontes

- Jornais/revistas

- Revista “Tondela, o Concelho sempre em movimento”, Edição da Câmara Municipal de Tondela, 2011.

Sítios online

(47)

40

http://www.cne.pt/index.cfm?sec=0501010100 (consultado em Novembro de 2011)

www.citador.pt (consultado Novembro, Dezembro de 2011).

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC19/Documentos/MAAP/Doc_Verde_Ref_Adm_Local_Ane xos.pdf.

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ǀ

Lista de Anexos

ǀ

Anexo I: Plano de Estágio Anexo II: Proposta Lannemezan

Anexo III: Layout Mapa de Expositores Anexo IV: Layout Lonas

Anexo V: Cartões de Identificação

Anexo VI: Proposta Relatório da Feira Industrial e Comercial de Tondela Anexo VII: Propostas de Logótipos de Património Cultural

Anexo VIII: Proposta Marcador de Livros Anexo IX: Proposta de Press book

Anexo X: Cartaz de actividades do Parque Urbano (Agosto) Anexo XI: Cinema ao ar livre no Parque Urbano

Anexo XII: Cartaz lançamento do livro de Filipa Duarte Anexo XIII: Programação FICTON

Anexo XIV: Lista de Jantares FICTON

Anexo XV: Exposição de instrumentos Chineses

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(50)

ǀ

Anexo I

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Referências

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