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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Águas da Região de Aveiro (AdRA)

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TPG

Polyteehnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Daniela Cristina Ah Lima outubro 12015

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Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Daniela Cristina Ah Lima

GESTÃO

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Página I de 131

Relatório de Estágio Curricular para obtenção do Grau de

Licenciatura em Gestão

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Página II de 131

Ficha de Identificação

Aluna: Daniela Cristina Ah Lima

Número de Aluna: 1011167

Contacto da Aluna: 913646218

Correio Eletrónico: cristina_ahlima@hotmail.com

Licenciatura: Gestão

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) -

Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Empresa Recetora de Estágio: Águas da Região de Aveiro (AdRA)

Supervisor na Empresa: Engenheiro Alberto Roque Ferreira Rodrigues

Orientador do Estabelecimento de Ensino: Professora Maria Manuela Natário

Duração do Estágio: 400 horas

Data de início do estágio curricular: 23/06/2015 Data de conclusão do estágio curricular: 28/08/2015

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Plano de Estágio

O Plano de Estágio curricular realizado na empresa, Águas da Região de Aveiro, S.A. foi previamente elaborado e definido pelo supervisor da empresa, que traçou os seguintes objetivos: arquivo documental, organização e manutenção do procedimento adotado e aplicado à gestão informatizada de documentos, incluindo as seguintes atividades:

Integração na Equipa da DEN (Direção de Engenharia);

Introdução à metodologia de arquivo físico dos processos de empreitada;

Introdução ao controlo financeiro dos processos de empreitada e investimento;

Formação/Utilização do sistema de gestão documental Fortis;

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Resumo

A realização do estágio curricular e do presente relatório de estágio, enquadra-se no programa curricular da Licenciatura em Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.

Após o período de aquisição de conhecimentos, que decorreu durante a Licenciatura em Gestão, torna-se importante consolidar a sua aprendizagem.

A finalidade do estágio curricular é precisamente a aproximação do estagiário à vida ativa, isto é, à realidade do ambiente de trabalho numa empresa, através da aquisição de competências técnicas e organizacionais para a qualificação profissional. Ao longo de três anos foram adquiridos conhecimentos em diversas áreas como, Contabilidade, Economia, Estratégia, Organização e Gestão, Fiscalidade, Gestão Financeira, sempre com o propósito de aprender a “gerir”.

Desta forma o estágio curricular é a primeira etapa para colocar em prática todos os conceitos adquiridos.

O presente relatório reflete as atividades realizadas durante as 400h de experiência vivida no estágio.

O estágio curricular decorreu na empresa Águas da Região de Aveiro S.A., doravante AdRA, de 23 de junho a 28 de agosto de 2015 e permitiu perceber o funcionamento da atividade profissional de um modo mais aprofundado, ampliando os conhecimentos da atividade empresarial e ajudando a criar uma visão mais alargada do mercado de trabalho atual.

Assim este relatório pretende dar a conhecer a empresa recetora de estágio bem como as atividades realizadas pela estagiária.

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Dedicatória

Dedico este Relatório de Estágio aos meus pais, irmão e namorado, pela dedicação, compreensão, apoio e por terem sido o pilar da minha formação ao longo destes três anos de vida académica. A eles toda a minha gratidão e apreço.

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Agradecimentos

Quero agradecer de uma forma geral a todos os que contribuíram para a minha formação académica e me auxiliaram nesta passagem pelo ensino superior.

Em primeiro lugar, aos meus pais e irmão que neste rodopio de vida, apesar da distância, sempre se fizeram sentir por perto, pelo conforto, apoio e disponibilidade. Tudo isto foi muitas vezes mais do que suficiente para me dar força, sem eles não teria sido possível. Reconheço todos os seus esforços e agradeço o grande investimento que fizeram no meu futuro.

Quero agradecer à minha madrinha Aldina pela presença, carinho e apoio incondicional ao longo deste percurso.

Ao meu namorado Simão, pelo amor, paciência, compreensão, motivação e sobretudo porque sempre acreditou em mim e nas minhas capacidades.

A todos os professores do IPG, principalmente aos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão por todos os conhecimentos transmitidos durante todo o meu percurso académico, nomeadamente à professora Maria Manuela Natário por ter aceitado o compromisso de ser minha orientadora de estágio, pela disponibilidade e por toda a atenção que demonstrou.

À AdRA, por me ter proporcionado esta experiência e aos seus colaboradores por se mostrarem disponíveis desde o início para colaborarem na realização deste estágio, contribuindo com tempo e dedicação. Desta forma, agradeço especialmente à Cristina, pela amizade, conhecimento partilhado, informação disponibilizada e pelas suas orientações que me ajudaram a desenvolver todo o meu trabalho.

Ao Engenheiro Alberto Roque, pelos vários desafios lançados e sobretudo por me mostrar e fazer sempre ver a realidade do mundo do trabalho.

Agradeço ainda a toda a Equipa da DEN: às Engenheiras Ana Adrego, Isabel Costa, Susana Goretti, Margarida Vasconcelos, aos Engenheiros Rui Ferreira, António Bastos e José Barreira, e aos técnicos Marco Venâncio, Vítor Figueiredo e Pedro Naia, pela atenção, simpatia, profissionalismo, conhecimentos transmitidos, constante acompanhamento, pelo excelente ambiente de trabalho e por me fazerem sentir parte integrante da equipa.

(9)

Página VII de 131 Por último, agradeço a todos os meus amigos e colegas que me acompanharam durante todo este percurso de vida de estudante, pelos momentos únicos que me proporcionaram e por me tornarem uma pessoa mais forte.

Obrigada a todos por terem tornado este percurso gratificante, enriquecedor e pela sempre presença no meu caminho.

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Índice

Ficha de Identificação ... II Plano de Estágio ... III Resumo ... IV Dedicatória ... V Agradecimentos ... VI Lista de Siglas e Abreviaturas ... XII

Introdução ... 1

Capítulo I – Apresentação da Empresa Recetora do Estágio ... 2

1.1. Enquadramento ... 3

1.2. Identificação da AdRA ... 3

1.3. História da Águas da Região de Aveiro ... 4

1.4. Visão ... 9

1.5. Missão ... 9

1.6. Valores ... 10

1.7. Política de Gestão da AdRA ... 10

1.8. Código de Conduta e Ética ... 11

1.9. Distribuição Geográfica dos Municípios Aderentes à AdRA ... 12

1.10. Posicionamento Estratégico... 14

1.11. Estrutura Organizacional da AdRA... 15

1.12. Funções e Responsabilidades da Direção de Engenharia ... 20

1.12.1. Processo da Gestão de Estudos e Obras ... 23

Capítulo II – Análise Económico-Financeira da Empresa ... 38

2.1. Enquadramento ... 39

2.2. Análise de Indicadores e Rácios ... 40

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Página IX de 131

Capítulo III- Atividades Desenvolvidas no Estágio Curricular ... 45

3.1. Enquadramento ... 46

3.2. Definição de Estratégia Empresarial ... 46

3.3. Definição de Contabilidade ... 46

3.4. Definição de Tecnologias da Informação ... 47

3.5. Atividades Desenvolvidas Durante o Período de Estágio Curricular ... 47

3.5.1. Apresentação e Conhecimento do Funcionamento da AdRA e DEN ... 47

3.5.2. Sistema Informático ... 48

3.5.3. Arquivo Físico de Documentos ... 49

3.5.4. Reuniões DEN ... 49

3.5.5. Informações Internas ... 50

3.5.6. Cartas e E-mails ... 50

3.5.7. Base de Dados ... 52

3.5.8. Informações para o Conselho de Administração... 53

3.5.9. Requisições de Compra e Entrada de Mercadoria... 54

3.5.10. Outras Atividades ... 55

3.6. Reflexão ... 56

Conclusão ... 57

Bibliografia ... 58

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Índice de Figuras

Figura 1 - Logótipo Mais Recente da AdRA ... 4

Figura 2 - Estrutura Acionista da AdRA ... 5

Figura 3 - Operação de Abastecimento de Água ... 7

Figura 4 - Operação de Saneamento ... 8

Figura 5 - Manual do Código de Conduta e Ética ... 11

Figura 6 - Distribuição Geográfica ... 12

Figura 7 - Instalações da AdRA ... 12

Figura 8 - Edifício da Sede da AdRA ... 13

Figura 9 - Localização da Sede da AdRA em Aveiro ... 13

Figura 10 - Posicionamento Estratégico ... 14

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Índice de Quadros

Quadro 1 - Identificação/Dados da AdRA ... 3

Quadro 2 - Município, População e Área Abrangida pela AdRA em 2014 ... 6

Quadro 3 - Atividades desenvolvidas pela DEN ... 22

Quadro 4 – Fases do Processo de Obra ... 23

Quadro 5 - Interações Funcionais ... 24

Quadro 6 - Documentos Associados ao Processo de Obra ... 25

Quadro 7 - Fluxo do Processo ... 26

Quadro 8 - Rácios de Liquidez ... 41

Quadro 9 - Indicadores Financeiros ... 42

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Lista de Siglas e Abreviaturas

AA- Abastecimento de Água

AAC- Atendimento e Assistência a Clientes AD – Ajustes Diretos

ADM- Administração

AdRA- Águas da Região de Aveiro AR- Águas Residuais

ARP – Auto de Receção Provisória CA- Conselho de Administração CCP- Código da Contratação Pública CE – Caderno de Encargos

CI- Controlo de Investimentos COC- Centro Operacional Central CON- Centro Operacional Norte COS- Centro Operacional Sul CP – Concurso Público

CT- Contabilidade e Tesouraria

DAF- Direção Administrativa e Financeira DC- Direção de Clientes

DEN- Direção de Engenharia

DOM- Direção de Operação e Manutenção DRE- Diário da República Eletrónico EP- Estudos e Planeamento

ESTG- Escola Superior de Tecnologia e Gestão FC- Faturação e Cobranças

IPG- Instituto Politécnico da Guarda JOUE- Jornal Oficial da União Europeia LAB- Laboratório de Processo

LG- Logística MAN- Manutenção OB- Obras

PCG- Planeamento e Controlo de Gestão PEP- Plano da Estrutura do Projeto

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PGA- Plano de Gestão Ambiental PSS- Plano de Segurança e Saúde RDA- Rede de Distribuição de Água

RDAR- Rede de Drenagem de Águas Residuais RH- Recursos Humanos

SAP – Sistema de Aplicações e Produtos SEC- Secretariado de Administração

SGBD - Sistema de Gestão de Base de Dados

SGPS-Sociedade Gestora de Participações Sociais SRE- Sistema de Responsabilidade Empresarial

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Introdução

Na sequência da realização do estágio curricular, surge o relatório de estágio, para obtenção do grau de licenciada em Gestão.

O estágio corresponde à etapa mais gratificante de todo o percurso académico, pois nele são aplicados os conhecimentos adquiridos ao longo da Licenciatura.

Durante dois meses e meio de experiência adquirida, o resultado e o balanço foram positivos e, deste modo todo o esforço e empenho culminaram na elaboração deste relatório, cujo objetivo é dar a conhecer as atividades desenvolvidas durante o período de estágio na Direção de Engenharia da AdRA, uma empresa de captação e distribuição de água e saneamento com sede em Cacia, distrito e concelho de Aveiro.

Para uma melhor facilidade na compreensão do relatório, este foi dividido em três capítulos. No capítulo I apresenta-se uma breve caracterização da empresa, bem como a sua história, estrutura organizacional, tipo de serviços e caraterização da atividade entre outros assuntos. No capítulo II expõem-se a análise económico-financeira da empresa e os respetivos indicadores e rácios financeiros. No capítulo III descrevem-se as tarefas realizadas na AdRA e apresentam-se alguns conceitos que sustentaram este trabalho. Por fim, é apresentada uma breve reflexão e conclusão sobre o estágio curricular realizado e a experiência obtida.

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1.1. Enquadramento

O presente capítulo pretende dar a conhecer a AdRA, através da sua história, a forma como surgiu, missão, visão e valores.

Será apresentada ainda a sede da empresa, local onde foi realizado o estágio curricular durante dois meses e meio, a sua identificação, estrutura, bem como as funções e responsabilidades que os colaboradores da DEN desempenham.

De referir, que toda a informação apresentada neste capítulo foi disponibilizada pela empresa e obtida no seu site oficial.1

1.2. Identificação da AdRA

No quadro 1, são referidos os dados mais importantes da AdRA e na figura 1 é ilustrado o seu logótipo mais recente. A AdRA, foi fundada a 1 de maio de 2010. Tem como slogan “O sucesso nunca é obra do acaso, é sempre resultado de um trabalho inteligente”. Isto é, não existe sucesso sem esforço, dedicação e constante adaptação de estratégias e introdução de inovação tecnológica e processual. De referir ainda que a sua sede se encontra localizada em Cacia, no distrito e concelho de Aveiro.

Quadro 1 - Identificação/Dados da AdRA

Denominação social Águas da Região de Aveiro, S.A.

Fundação 01 de maio de 2010

Slogan “O sucesso nunca é obra do acaso, é sempre resultado de um trabalho inteligente.”

Presidente do Conselho de Administração Manuel Fernandes Thomaz

Administrador Fernando Vasconcelos

NIF 509 107 630

Telefone 234910200

Número Azul 808 200 217

Fax 234910299

Correio eletrónico adra@adp.pt

Morada (Sede da empresa)

Travessa Rua da Paz nº4 3800-587 Cacia, Aveiro Apartado 3144 EC Taboeira 3801-101

Principal Fornecedor Águas do Vouga S.A.

(19)

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A informação constante deste capítulo tem como fonte: www.adra.pt

O Logótipo da AdRA (figura 1) surge após a criação da empresa, que associou os municípios da Região de Aveiro ao grupo Águas de Portugal, em maio de 2010.

1.3. História da Águas da Região de Aveiro

A “Águas da Região de Aveiro, S.A.” (AdRA) é uma sociedade anónima de capitais públicos criada no âmbito do Decreto-Lei n.º 90/2009 de 9 de abril, que veio possibilitar um novo modelo de gestão dos serviços públicos de abastecimento de água e de saneamento, permitindo um modelo de gestão delegada assente numa parceria entre o Estado e as Autarquias Locais.

Este novo modelo de gestão possibilita uma integração territorial dos sistemas municipais no sentido de maximização de economias de escala (fatores que conduzem à redução do custo médio de produção de um determinado bem à medida que a quantidade produzida aumenta), bem como a integração dos sistemas de abastecimento público de água e de saneamento de águas residuais urbanas, de forma a maximizar economias de gama (representam ganho que as organizações obtêm derivadas do aproveitamento de sinergias entre recursos e/ou atividades).

O Contrato de Parceria foi assinado em 29 de julho de 2009, entre o estado português e os municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos. A 23 de setembro de 2009 é criada a AdRA e são aprovados os seus estatutos e o acordo parassocial, entre os seus acionistas, a Águas de Portugal (AdP), Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS), S.A. e os Municípios acima mencionados.

Figura 1 - Logótipo Mais Recente da AdRA

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Página 5 de 131 A empresa foi inicialmente constituída com um capital social de 15.000.000 euros, já integralmente realizado. A sociedade AdP, SGPS, S.A detém 51% de capital e os 10 Municípios aderentes detêm os restantes 49%. Na figura 2 pode ver-se a percentagem de capital social de cada um dos municípios.

A AdRA iniciou a sua atividade em 1 de maio de 2010 e durante esse ano foi também concretizada, a 30 de junho, a adesão à parceria do município de Ovar.

Com a integração do município de Ovar a 1 de janeiro de 2011, a AdRA, passou a gerir os serviços de água e saneamento de 10 municípios, numa área geográfica aproximadamente de 1.500 km2 e cobrindo uma população de cerca de 342 mil habitantes (AdRA,2014) (quadro 2).

Figura 2 - Estrutura Acionista da AdRA

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Página 6 de 131 A AdRA surge porque é necessário:

Um forte investimento em novas redes de abastecimento de água e de saneamento que, isoladamente, e sem apoio dos fundos comunitários, os municípios não

conseguiriam realizar;

Investir na renovação das infraestruturas existentes de abastecimento de água e de saneamento com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço, diminuir as perdas de água de abastecimento e infiltrações nas redes de saneamento;

O aumento da escala de atividade que permite obter ganhos de eficiência a diferentes níveis (operacionais, financeiros, comerciais, etc.), que reverterão para um melhor controlo dos custos e para a qualidade do serviço prestado.

Quadro 2 - Município, População e Área Abrangida pela AdRA em 2014

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Página 7 de 131 As duas principais atividades exercidas pela AdRA são: a Operação de Abastecimento de Água e a Operação de Saneamento de Águas Residuais.

A- Operação de Abastecimento de Água

Na AdRA a operação de abastecimento de água é constituída por 5 etapas (figura 3), desde a captação de água até à distribuição ao utilizador em quantidade e pressão adequada. Após a captação, a água é bombeada para a Estação de Tratamento de Água (ETA) onde é analisada e posteriormente são corrigidas as suas características físicas, químicas e biológicas de forma a ser adequada para consumo humano. A água após o tratamento é transportada, (etapa de Adução), para as zonas de consumo e armazenada em reservatórios de forma a garantir a continuidade de abastecimento de água aos consumidores.

Figura 3 - Operação de Abastecimento de Água

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B- Operação de Saneamento de Águas Residuais

A operação de saneamento (figura 4) inicia-se na recolha de águas residuais dos consumidores, seguido do seu transporte (bombeamento) para ETAR, onde se realizam testes para conhecer as suas características de forma a se proceder um processamento correto e eficaz das águas residuais. Na fase de processamento as águas residuais são divididas em duas fases. Na 1.ª fase as lamas, gorduras, etc, (fase sólida) são encaminhadas para o aterro sanitário e/ou são convertidas em soluções de valorização agrícola ou energética. Na 2.ª fase as águas residuais tratadas (fase líquida) são encaminhadas para o meio recetor (rios, mar, etc) onde é devolvida em condições ambientalmente seguras.

Figura 4 - Operação de Saneamento de Águas Residuais

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1.4. Visão

“A visão define como a administração vê a empresa no futuro, o que ela quer ser, quanto à dimensão, mix de atividades, produtos, mercados, escala e características da empresa. A visão serve para motivar os colaboradores, fazê-los orgulhosos de pertencer a algo maior do que eles, e orientar a estrutura de afetação dos recursos.” (Ferreira, et al., 2010,p.45)

Assim, a visão da AdRA é a consolidação como empresa de referência no setor, de reconhecida eficiência e garantir a fiabilidade do serviço prestado a preços socialmente aceites.

1.5. Missão

“A atividade corrente da empresa é guiada por objetivos. Os objetivos são fundamentais: dão corpo às ações e criam medidas mensuráveis de desempenho. Os objetivos devem ser consistentes e coerentes com a visão e missão da empresa.” (Ferreira, et al., 2010, p.49)

A AdRA tem como objetivo principal da sua atividade satisfazer as necessidades dos seus clientes e em simultâneo a realização profissional dos seus colaboradores.

“A missão de uma empresa consiste no(s) propósito(s) que a distinguem das restantes empresas. A missão revela o credo, a filosofia, os princípios ou crenças da empresa. Assim, a missão define o domínio de negócio em termos de produtos, de serviços, de clientes, de necessidades dos mercados, de tecnologia, ou alguma combinação destes.” (Ferreira, et al., 2010, p.47)

A primeira e fundamental missão da AdRA é prestar o serviço de abastecimento de água e de saneamento de forma sustentável, visando a satisfação dos clientes e das partes interessadas, com qualidade, segurança e continuidade, contribuindo para a requalificação ambiental da Região.

É seu dever permanente contribuir ativamente para o desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental do País e das comunidades em que exerce a sua atividade.

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1.6. Valores

A AdRA privilegia, na sua atividade um conjunto de valores que a diferenciam e que fazem dela uma referência, tais como:

 Rigor: rege a sua atuação de acordo com os mais estritos princípios de legalidade, objetividade e clareza, ao serviço da confiança de clientes e colaboradores;

 Transparência: o compromisso da divulgação atempada da informação; definição clara de objetivos; e da inequívoca atribuição de responsabilidades;  Qualidade: a prestação de serviços e produtos seguindo as diretrizes e normas;  Competência: realização do trabalho e objetivos dentro dos prazos estabelecidos

e com rigor.

1.7. Política de Gestão da AdRA

Como qualquer outra empresa, a AdRA possui também a necessidade de traçar um plano organizado de funcionamento, para que todos os colaboradores rumem no mesmo sentido.

Consciente das suas responsabilidades sociais e ambientais, a AdRA assume o compromisso de contribuir ativamente para o Desenvolvimento Sustentável, satisfazendo as diferentes partes interessadas, sendo reconhecida como referência na Gestão do Abastecimento de Água para consumo Humano e do Saneamento das Águas Residuais. Este compromisso assenta nos seguintes princípios de orientação estratégica:

 Satisfação dos clientes, através de um elevado nível de exigência e qualidade de serviço, potenciadas por uma busca permanente de eficácia e eficiência.

 Motivação e alinhamento dos colaboradores, promovendo um clima social que contribua para a sua valorização pessoal e profissional.

 Desenvolvimento de uma cultura de rigor e melhoria contínua, exigente e inovadora, assente no desenvolvimento e valorização das competências dos colaboradores.

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Página 11 de 131  Produção e fornecimento de um produto seguro, garantindo uma gestão e vigilância do sistema de abastecimento de água proativa, sistemática e eficaz, baseada numa abordagem preventiva do risco.

 Comunicação externa incluindo fornecedores, clientes e/ou consumidores e entidades estatutárias e regulamentares.

 Conceção, aquisição e utilização de tecnologias limpas, produtos e serviços

energicamente eficientes, sempre que economicamente viável, como forma de

maximização da eficiência e prevenção da poluição, minimizando os impactos decorrentes das atividades.

Cumprimento dos requisitos legais e estatutários aplicáveis à atividade e ao

produto, bem como outros que a organização subscreva.

1.8. Código de Conduta e Ética

O Código de Conduta e Ética vem expresso no Manual (figura 5) e expressa o compromisso da Águas da Região de Aveiro, S.A., os órgãos sociais e os colaboradores da empresa em prosseguir na missão da prestação de serviço público com transparência, diálogo e ética.

Mais do que um compromisso, este Código reflete a vontade de prosseguir um caminho de melhoria contínua de um grupo que assume como princípios estruturantes da sua ação o respeito pelos direitos dos trabalhadores, a responsabilidade da defesa e proteção do meio ambiente, a transparência nas suas relações com o exterior e a contribuição para um desenvolvimento sustentável.

Figura 5 - Manual do Código de Conduta e Ética

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1.9. Distribuição Geográfica dos Municípios Aderentes à AdRA

O sistema da AdRA, é um sistema territorialmente integrado, criado pela agregação dos sistemas municipais de abastecimento de água para consumo público e de saneamento de águas urbanas dos municípios envolvidos na parceria e nas infraestruturas e equipamentos a construir. Para um melhor funcionamento e apoio aos clientes, foram criadas lojas de atendimento em cada município, com o propósito destes poderem tratar de qualquer assunto relacionado com a sua conta cliente AdRA.

A AdRA disponibiliza também um serviço virtual,

AdRAnet (ver anexo 1), onde todos os clientes podem fazer o acompanhamento online dos seus consumos, faturação e comunicação de leituras, a qualquer hora e lugar, apenas à distância de um clique.

A AdRA é constituída por um agregado de 10 municípios localizados na Beira Litoral, na Região do Vouga (figura 6). Na região de atuação, a AdRA esta subdividida em 3 centros operacionais: o Centro Operacional Norte – CON, localizado em Estarreja e que abrange os concelhos de Estarreja, Ovar e Murtosa; o Centro Operacional Central – COC, localizado em Aveiro onde se encontra a sede da empresa e que abrange os concelhos de Aveiro, Ílhavo e Vagos; o Centro Operacional Sul – COS, localizado em Águeda e que abrange os concelhos de Águeda, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Oliveira do Bairro (figura 7).

Figura 6 - Distribuição Geográfica

Fonte: www.adra.pt 1 0 L o jas 1 Sede 1 Laboratório - Cacia • Ovar • Estarreja • Murtosa CON • Aveiro • Ílhavo • Vagos COC • Sever do Vouga • Águeda • Albergaria-a-Velha • Oliveira do Bairro COS

Figura 7 - Instalações da AdRA

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Página 13 de 131 A AdRA, onde foi realizado o estágio, está localizada na freguesia de Cacia no concelho e distrito de Aveiro.

A sede da AdRA (figura 8) situa-se junto à estrada nacional 109 (figura 9) e no mesmo edifício concentra-se a administração, direções e departamentos funcionais. De referir ainda que ao lado da sede se encontram os armazéns, um laboratório de controlo operacional e o centro operacional central.

Figura 9 - Localização da Sede da AdRA em Aveiro

Fonte: Google Maps

Figura 8 - Edifício da Sede da AdRA

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1.10. Posicionamento Estratégico

“O Posicionamento Estratégico é, antes de toda e qualquer definição, um processo de seleção de clientes por parte das organizações. Ou seja, a partir do momento em que uma determinada empresa inicia o seu processo de posicionamento dentro do ramo em que atua, esta escolhe atender desejos e/ou necessidades de determinado perfil consumista.” (Figueiredo,2014)

O posicionamento estratégico da empresa, conforme se depreende do Mapa da Estratégia (figura 10) continua a desenvolver-se em torno dos quatro grandes pilares: sustentabilidade, responsabilidade social, orientação para o cliente e proximidade.

c

A aprendizagem e conhecimento da empresa visam a constante adaptação e desenvolvimento da plataforma tecnológica, assim como a satisfação tanto de clientes como de colaboradores e a sua motivação. Os processos internos são os que são feitos em prol da otimização dos recursos, do aumento da qualidade de serviços e da satisfação dos clientes, assegurando a sustentabilidade financeira.

Figura 10 – Mapa da Estratégia

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1.11. Estrutura Organizacional da AdRA

“A estrutura diz respeito sobretudo às pessoas e às relações de interdependência que se estabelecem; a organização abrange o conjunto de meios materiais e humanos com determinadas regras de funcionamento.” (Oliveira,2012)

“A estrutura organizacional é a forma como as empresas se articulam para desenvolver as suas atividades” (Robbins,2006)

A AdRA encontra-se estruturada em cinco setores, que se subdividem em departamentos funcionais (figura 11). De seguida apresenta-se a missão de cada um dos setores e os respetivos departamentos funcionais.

Figura 11 - Estrutura Organizacional

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A. Conselho de Administração (CA)

Missão: Definir as diretrizes e linhas de orientação estratégicas, bem como os objetivos

globais da empresa. Orientar e supervisionar os executivos quanto aos parâmetros de valores a serem considerados na definição das estratégias a adotar. Promover as atividades da empresa com vista à prossecução das suas atribuições.

Composição: Cinco membros, dos quais dois em representação das Autarquias.

O Conselho de Administração integra as seguintes unidades funcionais:

- Secretariado da Administração (SEC)

Missão: Assegurar os procedimentos administrativos de apoio à Administração e CEA. - Apoio Jurídico/Secretário da Sociedade (AJ)

Missão: Consultoria e assessoria jurídica da empresa. - Comunicação e Educação Ambiental (CEA)

Missão: Gerir a imagem da empresa através de uma comunicação institucional

eficiente, harmonizando os formatos da comunicação com stakeholders internos e externos. Gerar conteúdos de comunicação com o cliente.

- Sistemas e Tecnologias de Informação (STI)

Missão: Gestão centralizada das plataformas tecnológicas da empresa; Desenvolvimento dos Sistemas de Informação, assim como das correspondentes tecnologias de suporte. Gestão das tecnologias de telecomunicações. Interface com entidades tecnológicas, no âmbito do desenvolvimento de novas tecnologias em termos de sistemas de informação e telecomunicações.

- Planeamento e Controlo de Gestão (PCG)

Missão: Planeamento, controlo, reporting interno e externo, estudos e apoio às decisões

estratégicas, em articulação com as demais áreas da empresa.

- Sistema de Responsabilidade Empresarial (SRE)

Missão: Promover a melhoria de eficácia e eficiência da empresa através da

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Página 17 de 131 continuamente do Sistema de Gestão Integrada da Qualidade, ambiente, segurança alimentar, segurança e higiene no trabalho e responsabilidade social. Gerir o projeto de centralização de funções. Garantir a eficácia do Plano de Controlo de Qualidade (PCQA) e demais cumprimentos legais de controlo de qualidade das águas residuais. Reportar a informação de qualidade da água de abastecimento e águas residuais ao regulador, garantindo o cumprimento de todos os requisitos legais.

B. Direção de Clientes (DC)

Missão: Interface da empresa com todos os seus clientes, gerindo os vários canais de

comunicação com estes, bem como as suas solicitações e reclamações; Monitorizar, analisar e avaliar os perfis de consumo;

Promover a harmonização de procedimentos e a aplicação de normas comerciais; Acompanhar e desenvolver ações corretivas no âmbito de situações de incumprimento contratual dos clientes.

A Direção de Clientes integra as seguintes unidades funcionais:

- Atendimento e Assistência a Clientes (AAC)

Missão: Interface primário com os clientes da AdRA, interagindo com estes em várias

vertentes como contratos, reclamações, informações, faturação, novos clientes e pré-clientes.

- Faturação e Cobranças (FC)

Missão: Gestão da faturação e cobrança a clientes. C. Direção Administrativa e Financeira (DAF)

Missão: Planear e assegurar a gestão financeira da empresa. Garantir a fiabilidade da

informação contabilística e o cumprimento das obrigações fiscais e estatutárias. Organizar a vertente administrativa, estabelecer processos relacionados e garantir o cumprimento de procedimentos. Assegurar uma gestão integrada dos Recursos Humanos que contribua para o desenvolvimento da empresa, promovendo o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores. Gestão do processo de compras, equipamentos e património não técnico.

(33)

Página 18 de 131 A Direção Administrativa e Financeira integra as seguintes unidades funcionais:

- Contabilidade e Tesouraria (CT)

Missão: Planear e assegurar a gestão financeira da empresa. Garantir a fiabilidade da

informação contabilística e o cumprimento das obrigações legais e fiscais. Efetuar pagamentos e controlar os recebimentos.

- Recursos Humanos (RH)

Missão: Assegurar uma gestão integrada dos Recursos Humanos que contribua para o

desenvolvimento da empresa, promovendo o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores. Implementar a gestão técnico-administrativa dos recursos humanos da empresa, políticas de compensação e de relações de trabalho, e de formação e desenvolvimento de competências. Implementar políticas de saúde e medicina no trabalho e atividades sociais.

- Logística (LG)

Missão: Gestão dos processos de compra acionados pelas várias áreas da empresa.

Gestão técnico-económica de stocks e respetivo suporte administrativo. Gestão de contratos de manutenção e conservação dos edifícios e demais património não afeto à exploração.

D. Direção de Engenharia (DEN)

Missão: Promover a concretização do plano de investimentos de expansão e de

renovação previstos no contrato de gestão. Promover a realização de estudos e projetos e efetuar a gestão, fiscalização e controlo de obras. Promover a contratação, quando necessária, de prestação de serviços técnicos nas áreas de engenharia, projetos, obras e fiscalização. Assegurar a execução e comunicação de candidaturas.

A Direção de Engenharia integra as seguintes unidades funcionais:

- Estudos e Planeamento (EP)

Missão: Promover a realização de estudos e projetos. Responsabilidade por serviços

(34)

Página 19 de 131 contratação, quando necessária, de prestação de serviços técnicos a clientes internos (engenharia, desenho, medições, entre outros).

- Obras (OB)

Missão: Responsabilidade de promover, acompanhar e fiscalizar tecnicamente as obras

de renovação, reabilitação e ampliação das infraestruturas.

- Controlo de Investimentos (CI)

Missão: Controlo da execução técnica e financeira dos investimentos. E. Direção de Operação e Manutenção (DOM)

Missão: Captação, tratamento, transporte e distribuição da água, assegurando a sua

quantidade e qualidade. Recolha, transporte e tratamento das águas residuais. A Direção de Operação e Manutenção integra as seguintes unidades funcionais:

- Manutenção (MAN)

Missão: Promover o alinhamento da estratégia e políticas de gestão de ativos com a

estratégia da empresa, através da definição de linhas orientadoras para os processos de planeamento, investimento, operação e manutenção. Gestão global da frota da empresa.

- Laboratório de Processo (LAB)

Missão: Garantir o controlo da qualidade da água fornecida e da água rejeitada no meio.

Assegurar o cumprimento dos programas de controlo operacional analítico da qualidade da água e o cumprimento dos requisitos do Sistema de Qualidade.

- Centro Operacional Central (COC), Centro Operacional Norte (CON) e Centro Operacional Sul (COS)

Missão: Operação, monitorização e controlo, na sua área geográfica dos sistemas de

abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, nas vertentes de captação, adução, distribuição, de transporte e de elevação garantindo a qualidade dos serviços. Definir o plano de operação do sistema de produção e distribuição e operar eficientemente o sistema de abastecimento de água desde as captações e/ou receção até ao consumidor final.

(35)

Página 20 de 131

1.12. Funções e Responsabilidades da Direção de Engenharia

A DEN é constituída por 12 colaboradores, integrados nas seguintes unidades funcionais:

- O Diretor de Engenharia é responsável por promover e assegurar a concretização do

plano de investimentos de expansão e de renovação previstos no contrato de gestão. Tem como objetivo a realização de estudos e projetos, efetuar a sua gestão, fiscalização e controlo de obras; a contratação, quando necessária de prestação de serviços de técnicos de áreas de engenharia, projetos, obras e fiscalização. É também da sua responsabilidade, motivar e incentivar os colaboradores da DEN de forma a fortalecer o trabalho em equipa.

- O Secretariado da Direção de Engenharia tem como missão realizar o apoio

administrativo de secretariado à direção, de forma transversal às diferentes áreas: estudos e planeamento, obras e controlo de investimentos.

- A área de Estudos e Planeamento:

a) Promove o lançamento de concursos e a contratação de serviços para elaboração de

estudos e projetos de renovação, ampliação e reabilitação da rede de distribuição e de drenagem de águas residuais.

b) Gere a elaboração dos estudos e projetos de obras.

c) Valida as telas finais com base na informação disponibilizada pelos responsáveis de

obras, tendo em vista a sua posterior disponibilização à DOM para efeitos de atualização do cadastro físico e faz levantamentos topográficos para apoio à Direção e a outras áreas da empresa.

d) Uniformiza os processos de lançamento de consultas, elabora base de dados de

gestão de projetos e obras, analisa, aprova e fiscaliza os projetos de redes prediais e loteamentos.

e) Garante a medição e orçamento dos processos de abastecimentos e saneamento

incluindo ramais e rede em projeto.

f) Desenvolve os processos de licenciamento necessários junto das entidades

(36)

Página 21 de 131

- A área de Obras:

a) Programa e implementa as ações de renovação, reabilitação e ampliação da rede,

promovendo o lançamento de concursos para a execução das obras, bem como para a prestação de serviços de fiscalização, higiene, segurança, ambiente e arqueologia.

b) Coordena a execução de obras e gere a execução e fiscalização das obras da sua

responsabilidade.

c) Procede à entrega da Compilação Técnica e entrega das obras, através do respetivo

auto de entrega às áreas de operação e manutenção, que tenham sido envolvidas na aprovação do projeto.

d) Promove ainda a receção provisória da obra e, no final do período de garantia, a

respetiva receção definitiva.

- A área de Controlo de Investimentos:

a) Gere, elabora, acompanha e controla os processos de candidaturas a financiamentos. b) Assegura a preparação, atualização e controlo do Plano Anual de Investimentos e da

informação relativa à sua concretização, garante também a verificação de todas as faturas e sua compatibilização com contratos e autos de medição de todas as obras da Direção. É ainda da sua responsabilidade o controlo periódico da execução do orçamento de exploração da Direção.

As atividades principais da Direção de Engenharia passam essencialmente pelo estudo, o planeamento e a execução de obras (quadro 3).

(37)

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Quadro 3 - Atividades desenvolvidas pela DEN

Objetivos Âmbito

Definir critérios e métodos para a execução e controlo de projetos e empreitadas, bem como aprovação da respetiva receção definitiva.

Definir os objetivos e etapas do processo de definição, metodologia, projeto, empreitada e atualização do imobilizado para obras de reabilitação e/ou ampliação.

Entradas Saídas

 Plano Estratégico para o abastecimento de água e saneamento de águas residuais da Ria de Aveiro

 Necessidade da Direção de Operação e Manutenção

 Pedidos municipais e de partes interessadas

 Competências internas técnicas específicas

 Propostas

 Competências externas

 Projeto e empreitada aprovados

 Autos de medição e revisão

 Auto de receção provisória e receção definitiva

 Concretização de Obra

 Incremento do património imobilizado

 Relatórios preliminares da análise da proposta

 Conta final de Obra

(38)

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1.12.1. Processo da Gestão de Estudos e Obras

Os investimentos da AdRA têm todos como base o plano diretor, intitulado também por “Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais da Ria de Aveiro”, que foi elaborado de acordo com os municípios. A Direção de Engenharia (DEN), rege-se ainda por um Extra Plano Diretor, que contempla por exemplo, os pedidos das Câmaras Municipais, da Direção de Operação e Manutenção, entre outros.

Quadro 4 – Fases do Processo de Obra

Fonte: Elaboração Própria

Em cada nova obra que seja idealizada irão existir quatro fases distintas (quadro 4). Na fase de projeto é decidido se o projeto será realizado internamente ou se será entregue a outra empresa externa. É também nesta fase, caso o projeto seja realizado internamente, que se realizam as propostas, a adjudicação, o contrato e a validação técnica da obra. Após a tomada de decisão em prosseguir para a empreitada, irão iniciar-se dois subprocessos, a fase de empreitada e a fase de fiscalização.

A fase de empreitada consiste na abertura de concurso para a escolha do concorrente que irá realizar a obra, adjudicação da empreitada e a celebração do contrato.

Simultaneamente ocorre a fase de fiscalização, onde se decide se esta irá ser realizada internamente ou externamente (empresa externa).

No caso da fiscalização ser externa é nomeado um gestor de obra que será o representante do dono da obra; contrariamente, se a fiscalização for interna é aberto o procedimento e a validação dos planos será realizada internamente.

Por último a fase de execução, nesta fase são realizadas reuniões periódicas entre o dono da obra (podendo ser o representante da fiscalização da obra ou o gestor de obra nomeado na fase de fiscalização) e o empreiteiro para o acompanhamento da obra.

Fases

A- Fase de Projeto B- Fase de Empreitada C- Fase de Fiscalização D- Fase de Execução

(39)

Página 24 de 131 Mensalmente são realizados autos de medição e o cálculo da revisão de preços em conformidade com o caderno de encargos. Após esta última fase é elaborada a conta final e realiza-se a receção definitiva da obra.

Durante as quatro fases da obra existem várias interações entre vários departamentos e empresas (quadro 5).

Quadro 5 - Interações Funcionais

Todas as decisões tomadas durante as fases do processo da gestão de estudos e obras, são apoiadas e registadas nos documentos associados que acompanham a obra até à sua conclusão, desde o plano diretor até ao livro de obras (quadro 6).

Interações Funcionais Responsáveis e/ou Colaboradores

CA ADM DEN DOM DAF Partes interessadas Empresa Externa Fonte: Elaboração Própria

(40)

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Quadro 6 - Documentos Associados ao Processo de Obra

Durante todas as fases do processo da gestão de estudos e obras, a DEN segue um plano predefinido de forma a ajudar a criar e a desenvolver os processos de obra de forma mais sistemática, conseguindo desta forma fazer uma melhor gestão de tempo e recursos. Este processo encontra-se esquematizado no quadro 7, onde é possível, de uma forma mais detalhada, perceber todas as etapas que a DEN usa, desde o início até à conclusão do processo de obra.

Documentos Associados

Plano Diretor Extra Plano Diretor Fortis

DEE- Documento de Enquadramento Estratégico EVEF- Estudo de viabilidade Económica e Financeira Dossiers Técnicos

Plano de Investimentos

OPT- Orçamento e Projeto Tarifário Fortis_Inf

Vortal – Plataforma

DRE- Diário da República Eletrónico JOUE- Jornal Oficial da União Europeia

SIMAP- Sistema de Informação para os Contratos Públicos Contrato, Projeto, E-mail, Plataforma eletrónica

PSS- Plano de Segurança e Saúde PGA- Plano de Gestão Ambiental Livro de Obra

(41)

Página 26 de 131

Quadro 7 - Fluxo do Processo

Fases / Atividades Descrição

O Plano Diretor, também designado “Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e Saneamento de Águas da Ria de Aveiro”, é um documento que estipula os investimentos da AdRA, tendo sido a sua elaboração acordada com os municípios. Para além do Plano Diretor, a DEN rege-se ainda por um Extra Plano

Diretor, o qual contempla por exemplo os

pedidos das Câmaras Municipais, da Direção de Operação e Manutenção, entre outros. Extra Plano Diretor DEE EVEF Dossiers Técnicos Plano Diretor Plano de Investimento Remodelação / Reabilitação Construção / Ampliação A

(42)

Página 27 de 131

Fases / Atividades Descrição

Peças tipo disponibilizadas no site

eletrónico de Engenharia da AdP (Convite, Programa de Concurso,

Caderno de Encargos) e documentos Tipo da AdRA.

Convite – Ajustes diretos

Programa de Concurso – Concurso Público

O procedimento é realizado através de

plataforma eletrónica, exceto se se tratar de um Ajuste Direto em Regime

Simplificado. Em concursos públicos o anúncio é publicado obrigatoriamente em Diário da Republica Eletrónico (DRE e simultaneamente no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE) / Sistema de Informação para os Contratos Públicos (SIMAP), quando aplicável.

A decisão de adjudicação é notificada em simultâneo a todos os concorrentes, indicando-se, quando aplicável o prazo de suspensão previsto no n.º3 do artigo 95º ou na alínea a) do n.º1 do artigo 104º, do Código dos Contratos Públicos (CCP) conforme o caso. Fase de Projeto Lançamento de Procedimento Não Não Sim Adjudicação? Prossegue para a empreitada? Contrato Execução do projeto Validação técnica do projeto Fica a aguardar decisão B C Fica a aguardar decisão Si m Execução do projeto é externa? Não A Aprovado? Informação para a proposta de abertura de procedimento e

aprovação das peças de procedimento para formação

de contrato de Aquisição de

Não

Si

(43)

Página 28 de 131

Fases / Atividades Descrição

As notificações referidas anteriormente, devem ser acompanhadas do relatório final de análise das propostas

Salvo nos casos previstos no artigo 95.º do CCP, o contrato deve ser reduzido a escrito através da elaboração do clausulado em suporte papel ou em suporte informático com a aposição de assinaturas eletrónicas.

Previamente à aprovação do projeto devem ser consultados os vários órgãos internos intervenientes no âmbito do projeto (Direção de Operação e Manutenção (DOM), Sistema de Responsabilidade Empresarial (SRE), Sistemas e Tecnologias da Informação (STI)).

A tomada de decisão de prosseguir para

empreitada, dá origem a dois subprocessos a realizar simultaneamente: formação de contrato da Empreitada (B), bem como a seleção e definição da fiscalização (C).

(44)

Página 29 de 131

Fases / Atividades Descrição

Peças tipo disponibilizadas no site

eletrónico de Engenharia da AdP (Convite, Programa de Concurso, Caderno de Encargos) e documentos Tipo da AdRA.

O procedimento é realizado através da

plataforma eletrónica. Em concursos públicos o anúncio é publicado obrigatoriamente em DRE e simultaneamente no JOUE / SIMAP, quando aplicável.

A decisão de adjudicação é notificada em simultâneo a todos os concorrentes, indicando-se, quando aplicável o prazo de suspensão previsto no n.º3 do artigo 95º ou na alínea a) do n.º1 do artigo 104º, do CCP conforme o caso.

As notificações referidas anteriormente, devem ser acompanhadas do relatório final de análise das propostas.

Contratação Consignação D Si m Não Adjudicação? Lançamento de Procedimento Fica a aguardar decisão Não B Aprovado? Informação para a proposta de abertura de procedimento e

aprovação das peças de procedimento para formação

de contrato de empreitada Si m Fica a aguardar decisão Fase de Empreitada

(45)

Página 30 de 131

Fases / Atividades Descrição

Salvo nos casos previstos no artigo 95.º do CCP, o contrato deve ser reduzido a escrito através da elaboração do clausulado em suporte papel ou em suporte informático com a aposição de assinaturas eletrónicas. O prazo máximo

que poderá ocorrer entre a contratação e a consignação é de 30 dias.

Na falta de estipulação contratual, a consignação deve estar concluída num prazo não superior a 30 dias após a data da celebração do contrato, no caso de consignação total ou da primeira consignação parcial, ou logo que o dono de obra tenha acesso aos prédios, com a faculdade de os entregar a terceiros, no caso das demais consignações.

A consignação é formalizada em auto e,

em caso de consignações parciais, a cada uma deve corresponder um auto autónomo. O início dos trabalhos só poderá ocorrer após a consignação e após a comunicação ao empreiteiro da aprovação do Plano de Segurança e Saúde (PSS).

(46)

Página 31 de 131

Fases / Atividades Descrição

A validação do PSS e do Plano de Gestão Ambiental (PGA) é realizada por empresa externa quando a fiscalização é externa. No caso de a

fiscalização ser interna, a validação dos planos é realizada internamente.

No caso de a fiscalização ser externa é nomeado um gestor de obra, sendo este a figura representante do dono de obra.

O início dos trabalhos só ocorre após a consignação e após a comunicação ao empreiteiro da aprovação do PSS. Abertura de Procedimento Adjudicado? Informação para a proposta de abertura das peças de procedimento para formação de contrato para Prestação de Serviços de Fiscalização Não Fica a aguardar decisão Sim Informação a propor a nomeação do diretor fiscal de obra e do coordenador de segurança e saúde em obra Não Fiscalização externa? C Si m Aprovado? Aprovado? Não Fica a aguardar decisão Si m Contratação D Si m Fica a aguardar decisão Não Fase de Fiscalização

(47)

Página 32 de 131

Fases / Atividades Descrição

Durante a execução da empreitada, serão realizadas reuniões periódicas de acompanhamento, entre o dono de obra (representado pelo diretor de fiscalização de obra ou gestor da obra) e pelo empreiteiro (representado pelo diretor de obra), dando origem a registos no Livro de Obra. Sempre que necessário é solicitada a presenta da DOM e STI.

Mensalmente são elaborados autos de

medição. Periodicamente e em correspondência com o Caderno de Encargos (CE), será calculada a revisão

de preços.

CE - documento que serve de apoio à empreitada ou aquisição de serviços.

A compilação técnica é elaborada segundo o exposto no artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 273/2003, de 29 de Outubro.

Receção Definitiva Trabalhos contratuais

Autos de Medição e/ou Revisão de Preços Receção Provisória Apresentação Compilação Técnica G D F Elaboração Conta E Fase de Execução

(48)

Página 33 de 131

Fases / Atividades Descrição

A receção provisória da obra depende da realização de vistoria, que deve ser efetuada logo que a obra esteja concluída no todo ou em parte, mediante a solicitação do empreiteiro ou por iniciativa do dono de obra, tendo em conta o termo final do prazo total ou dos prazos parciais de execução de obra. A vistoria é feita pelo dono de obra, com a colaboração do empreiteiro, e tem como finalidade, em relação à obra a receber, o seguinte:

a) Verificar se todas as obrigações contratuais e legais do empreiteiro estão cumpridas de forma integral e perfeita; b) Atestar a correta execução do plano de prevenção e gestão de resíduos de construção e demolição (RCD), nos termos da legislação aplicável. Da vistoria é lavrado auto, assinado pelos intervenientes, que deve declarar se a obra está, no todo ou em parte, em condições de ser recebida. Comunicação à Direção Administrativa e Financeira (DAF), DOM, Direção de Clientes (DC), SRE e STI, através de informação interna com o respetivo auto em anexo.

A conta final contempla todos os custos associados à realização da obra inclusive os custos decorrentes dos trabalhos a

(49)

Página 34 de 131 mais/menos e revisão dos preços.

A receção definitiva é formalizada em auto. A receção definitiva depende da verificação dos seguintes pontos:

a) Funcionalidade regular, no termo do período de garantia, em condições normais de exploração, operação ou utilização, da obra e respetivos equipamentos, para que cumpram todas as exigências contratualmente previstas; b) Cumprimento, pelo empreiteiro, de todas as obrigações decorrentes do período de garantia relativamente à totalidade ou à parte da obra a receber.

(50)

Página 35 de 131

Fases / Atividades Descrição

Salvo em caso de impossibilidade de cumprimento, o empreiteiro só pode deixar de executar quaisquer trabalhos previstos no contrato desde que o dono de obra emita uma ordem com esse conteúdo, especificando os trabalhos a menos. O preço correspondente aos trabalhos a menos é deduzido ao preço contratual, sem prejuízo do disposto no artigo 381.º do CCP.

São trabalhos a mais aqueles cuja espécie ou quantidade não esteja prevista no contrato e que:

a) Se tenham tornado necessários à execução da mesma obra na sequência de uma circunstância imprevista;

b) Não possam ser técnica ou economicamente separáveis do objeto do contrato sem inconvenientes graves para o dono de obra ou, embora separáveis, sejam estritamente necessários à conclusão da obra. Só pode ser ordenada a execução de trabalhos a mais quando se verifiquem as seguintes condições previstas no ponto n.º 2 do artigo 370.º do CCP.

Si

m

Autos de medição dos TMPC/TMPA – Revisão de preços G Realização dos trabalhos a mais Informação com a proposta de prorrogação do prazo Fica a aguardar decisão Informação com a proposta de

trabalhos a mais Trabalhos a mais? D F Não Si m Aprovado? Não Si m Há variação do prazo? Não

(51)

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Fases / Atividades Descrição

Quando haja lugar à execução de trabalhos a mais, o prazo de execução da obra é proporcionalmente prorrogado de acordo com os prazos definidos nos termos do disposto do artigo 373.º do CCP.

O referido anteriormente não é aplicável quando estejam em causa trabalhos a mais cuja execução não prejudique o normal desenvolvimento do plano de trabalhos. Na falta de estipulação contratual, a medição é efetuada mensalmente, devendo estar concluída até ao 8.º dia do mês imediatamente seguinte àquele a que respeita.

As medições são feitas no local da obra com a colaboração do empreiteiro e são formalizadas em auto.

Os métodos e os critérios a adotar para a realização das medições devem ser definidos no contrato. Sem prejuízo do disposto nos artigos 282.º, 300.º e 341.º do CCP, o preço fixado no contrato para os trabalhos de execução da obra é obrigatoriamente revisto nos termos contratualmente estabelecidos e de acordo com o disposto na lei.

Na falta de estipulação contratual quanto à fórmula de revisão de preços, é aplicável a

(52)

Página 37 de 131 fórmula-tipo estabelecida para obras da mesma natureza constante na lei.

Feita a medição, elabora-se a respetiva conta corrente no prazo de 10 dias, com especificação das quantidades de trabalhos apuradas, dos respetivos preços unitários, do total creditado, dos descontos a efetuar, dos adiantamentos concedidos ao empreiteiro e do saldo a pagar a este.

(53)

Página 38 de 131

(54)

Página 39 de 131

2.1. Enquadramento

De forma a valorizar e enriquecer o trabalho efetuado e descrito neste relatório, apresenta-se de seguida, uma análise económico-financeira da empresa AdRA durante o período de 2012 a 2014. Para obter o sistema de informação financeira da empresa como as demonstrações financeiras e relatório de gestão do período em análise, recorreu-se ao Site oficial da mesma (ver anexo 2).

A análise económico-financeira tem como objetivo analisar o desempenho histórico da empresa e avaliar a sua saúde financeira, para que esta alcance o desenvolvimento pretendido e a sua sobrevivência no seu ambiente concorrencial. (Fernandes, et al., 2013, p. 267)

O gestor financeiro através da recolha de informação auxilia-se de um conjunto de técnicas e de procedimentos que visam apreciar criticamente a situação económico-financeira passada e presente da empresa, com vista a determinar a sua provável evolução futura.

Para proceder a uma correta análise económico-financeira da empresa é fundamental ter acesso à informação financeira apresentada nos documentos contabilísticos, destinados a divulgação externa, nomeadamente: o balanço, a demonstração de resultados e a demonstração de fluxos de caixa ou outros documentos com informação relevante. Estes documentos permitem esclarecer a situação presente e dão indicações como atuar em situações futuras. Para que o resultado da análise seja útil deverá conter apenas a informação necessária, suficiente e ser apresentada de uma forma estruturada e normalizada.

Segundo Fernandes et al (2013), a avaliação e interpretação da situação económico-financeira de uma empresa centra-se nos seguintes indicadores:

 Equilíbrio financeiro;  Rendibilidade dos capitais;  Crescimento;

 Risco;

(55)

Página 40 de 131 Tendo por base os autores Fernandes et al (2013), as técnicas utilizadas na análise económico-financeira têm como base as demonstrações financeiras apresentadas pela contabilidade, como já referido, e outras técnicas cujos resultados se complementam. As técnicas mais utilizadas incluem:

 Comparação das demonstrações financeiras – o balanço dá informação patrimonial e a demonstração dos resultados informação económica. Da análise de vários períodos pode obter-se informação dinâmica sobre a evolução económico-financeira da empresa. A análise baseia-se na comparação sucessiva dos balanços e abrange períodos homólogos, sendo aconselhável utilizar a informação dos últimos 3 a 5 anos, para que haja um maior rigor.

 Análise das diversas rúbricas das demonstrações financeiras - esta técnica consiste na análise das diversas rúbricas constantes no balanço e na demonstração dos resultados.

 Método dos rácios – é uma técnica muito utilizada porque traduz de uma forma simples os indicadores para a gestão. Os rácios são relações entre duas grandezas ou seja, no âmbito em estudo, são o quociente entre duas ou mais rúbricas integradas nas demonstrações financeiras. Os valores obtidos dão-nos um conjunto de indicadores que permitem realizar um juízo sobre a situação económico-financeira.

2.2. Análise de Indicadores e Rácios

De acordo com os autores Fernandes et al (2013), a técnica dos rácios não é a única existente para efetuar uma análise económico-financeira, pelo que apesar da sua importância, devem ser sempre utilizados como um complemento a outras técnicas e não apenas como o único instrumento de análise.

Os rácios e outros indicadores não trazem conclusões, mas sim indícios. A sua importância aumenta quando existem valores de referência para comparação entre os valores históricos da empresa e valores de outras empresas, dentro do mesmo setor. É comum apresentar os rácios agrupados em categorias. Para esta análise destacam-se alguns dos mais utilizados.

(56)

Página 41 de 131  Rácios de liquidez

Os rácios de liquidez pretendem medir a capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos de curto prazo de carácter financeiro.

Possuir liquidez é uma restrição da gestão financeira e mesmo da sobrevivência da empresa. Na sua atividade diária, um certo número de dívidas são exigíveis a muito curto prazo e convém que a empresa esteja à altura de fazer face a estes compromissos, ou seja, dispor de fundos (dinheiro em caixa ou depósitos) para fazer face aos seus compromissos imediatos. Credores de curto prazo, como fornecedores, preocupam-se com o rácio corrente, pois essa é uma medida da capacidade da empresa pagar as suas contas.

O rácio de liquidez geral é o indicador que refere em que medida os ativos correntes cobrem o passivo corrente.

Analisando os rácios de liquidez da empresa ao longo dos três anos em estudo (2012-2014), (quadro 8) pode observar-se que a liquidez geral da empresa obtém valores inferiores a 100%, o que revela alguma dificuldade da empresa, em termos de cobertura dos seus compromissos de curto prazo, no pressuposto que a conversão dos ativos em dinheiro corresponde aos momentos de vencimento das dívidas.

O rácio de liquidez imediata é o indicador que refere em que medida a caixa e seus equivalentes cobrem o passivo corrente.

Em relação ao rácio de liquidez imediata, este indicador revela o dinheiro ou ativos facilmente convertíveis em dinheiro disponível para fazer face às dívidas, apresenta valores oscilantes nos três anos em análise. No entanto os valores são reduzidos, o que significa que a empresa deve utilizar os seus excessos de tesouraria para reduzir o seu passivo.

Quadro 8 - Rácios de Liquidez

2012 2013 2014

Liquidez Geral 17,24 % 34,11 % 21,95 %

Liquidez Imediata 0,38 % 0,78 % 0,48 %

Ativo Corrente 9.526.605,00 € 17.696.903,00 € 11.814.465,00 € Passivo Corrente 55.272.874,00 € 51.884.207,00 € 53.823.308,00 € Caixa e seus equivalentes 209.645,41 € 403.782,26 € 259.114,00 €

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