• Nenhum resultado encontrado

Introdução a engenharia - manual do formando

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Introdução a engenharia - manual do formando"

Copied!
134
0
0

Texto

(1)
(2)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia 2

Profissão:

Qualificação do cidadão

•Compromissos legais

•Compromissos éticos

(3)

1 -Profissão: qualificação do cidadão

Ao encerrar seu curso de graduação você adquire uma nova função social. Você conclui uma fase de ensino técnico-científico, onde recebe uma bagagem de conhecimentos para sua formação cultural e transforma-se em profissional de nível superior.

(4)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

4

A legislação em vigor lhe garante o exercício das atividades inerentes a esta profissão com o privilégio da exclusividade. Os que não têm essa formação — os leigos — não a podem exercer e estão sujeitos a punições legais se o fizerem.

Porém, juntamente com este privilégio, surgem diversos deveres. Uns de ordem legal, outros de ordem ética.

(5)

Compromissos legais

Da mesma forma que a lei concede o privilégio da exclusividade do exercício da profissão de nível superior, estipula exigências para sua prática: é a regulamentação da profissão.

Ninguém pode. simplesmente por ser diplomado, exercer sua profissão sem atender aos requisitos

(6)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

6 Esta habilitação implica em que você, de posse de sua titulação acadêmica, proceda a seu registro nos organismos que têm atribuições para a fiscalização e o controle do trabalho, bem como. contribua com as taxas previstas em lei.

Uma vez procedida a sua regularização para o início das atividades profissionais, você está apto a praticar a sua profissão.

(7)

A lei. no entanto, não estabelece exigências apenas para a sua habilitação inicial. Ao longo e toda sua vida profissional que ora se inicia você terá que pautar sua atividade, seu trabalho, seus contratos pelos ditames da lei.

É muito importante que, além de conhecer a técnica, a ciência e a arte de sua profissão, você tenha, também, conhecimento da legislação que a

(8)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

8

Compromissos éticos

Quando você ingressou na escola ela já estava lá com suas salas, laboratórios, ateliês, bibliotecas, professores, funcionários. Da mesma forma, toda a cultura que você adquiriu vem sendo transmitida e aperfeiçoada de geração em geração.

Assim, juntamente com seu esforço pessoal, é necessário reconhecer que houve um esforço social para a sua formação. Mesmo que você tenha pago pessoalmente os seus estudos, não se pode negar que todo o conhecimento que você adquiriu e o ambiente que lhe foi oferecido são o resultado do acúmulo histórico do trabalho de milhares de anônimos.

(9)

Então, junto com o seu diploma há uma "hipoteca social". Cabe a você resgatá-la na prática profissional.

Do ponto de vista ético, você não pode ver a profissão como apenas um meio de satisfação de desejos e interesses pessoais, mas. também e sobretudo, um compromisso social com a comunidade, com a Nação que investiu na sua formação.

(10)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

10 O profissional é. necessariamente, um agente de transformação, um promotor do desenvolvimento. Como tal, é fundamental entender que o exercício profissional se desdobra no ambiente social e toda uma comunidade deverá ser beneficiária de seus resultados.

Exercendo sua profissão com um espírito ético, você estará fazendo do seu trabalho também um instrumento de serviço à sociedade, com a qual você já tem um compromisso histórico.

(11)

profissional

cliente

remuneração

serviço

(12)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

12

2 - Sistema de trabalho profissional

O sistema de trabalho profissional é muito diversificado, envolvendo incontáveis elementos e interações. Porém, para que você compreenda seu posicionamento dentro dele e suas relações com o universo profissional, vamos simplificá-lo, num modelo sistêmico, em seus elementos básicos e suas relações fundamentais.

No sistema do trabalho profissional cinco elementos se destacam em virtude de sua importância para a eficácia do conjunto: o profissional, o cliente, o poder publico, o serviço e a remuneração.

(13)

O profissional

É um cidadão com cultura técnica, com conhecimento científico especializado sobre determinada matéria e com domínio de métodos e

procedimentos para a sua aplicação prática. O profissional é o cidadão habilitado a intervir no ambiente, transformando-o para a melhoria da qualidade de vida do homem.

(14)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

14 Na prática, você pode desempenhar-se como profissional em três categorias:

Autônomo —mantendo relações contratuais temporárias

com o cliente e oferecendo serviços, geralmente, de natureza casuística.

Empregado — mantendo relações de trabalho de caráter

mais permanente, onde os serviços são realizados de forma continuada.

Empresário — onde as suas relações de trabalho podem

ser de qualquer forma. A característica principal desta categoria, no entanto, é que. além do risco profissional corre-se o risco do capital.

(15)

O cliente

É um indivíduo, um conjunto de indivíduos ou uma entidade que, a partir de uma determinada carência ou expectativa, individual ou coletiva, de si ou de seu ambiente, recorre aos serviços de um profissional como intervenção necessária para transformar uma realidade insatisfatória numa satisfatória. Quando coletivo, impessoal, o cliente identifica-se com a própria comunidade.

(16)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

16 O cliente se apresentará a você em duas categorias básicas:

Eventual — quando solicitar seus serviços para

um fim específico, casuisticamente, de modo não permanente.

Empregador—este o contratará para prestação

de serviços em caráter permanente e você manterá com ele uma relação hierárquica e empregatícia.

(17)

O poder público

Chamamos assim genericamente ao conjunto de entidades que gerem o sistema sócio-econômico. Este sistema é que, através de normas comportamentais (sistema legal), estabelece as posturas mínimas exigíveis para o funcionamento do sistema de trabalho.

(18)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

18 Na sua vida profissional você se deparará, freqüentemente, com a obrigação de observar leis, decretos, códigos, normas, procedimentos e diversos outros dispositivos que restringirão sua ação. Por outro lado. muitos outros existem que lhe trazem garantias, direitos, oportunidades e outras vantagens profissionais.

(19)

O poder público pode. assim, se manifestar em duas categorias distintas:

Regulador profissional — quando limita as

suas ações estabelecendo o seu teto de atuação. Ele regulamenta, fiscaliza e disciplina a forma de seu serviço, dando garantias mínimas ao cliente.

Regulador do cliente — quando as limitações

são postas ao cliente, estabelecendo os pisos de atuação do profissional. Por esta forma, são

(20)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

20

O serviço

É o ato técnico pelo qual o profissional intervém na realidade promovendo sua melhoria qualitativa. É pelo serviço a ser prestado que você intervirá sobre uma determinada situação e a transformará visando satisfazer uma necessidade de melhoria demandada pelo cliente.

Como ato transformador do ambiente, o serviço profissional se identifica com o próprio processo de desenvolvimento.

(21)

Você poderá prestar serviços a seu cliente em duas categorias diferentes.

Eventual — como serviço resultante de uma

relação contratual finita, onde o cliente tem uma necessidade específica e casuística e você se apresenta ao mercado de trabalho com disposição de autônomo. Este trabalho é limitado no tempo.

Permanente — resulta de uma vinculação sua

(22)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

22

A remuneração

E a justa retribuição do cliente ao profissional pela prestação dos serviços. A remuneração é. sistemicamente, a retroalimentação da relação profissional-cliente e que mantém, no tempo, a permanência do processo de desenvolvimento.

(23)

.

Por todo serviço que você prestar como profissional, você terá o direito de receber uma remuneração de seu cliente na proporção da quantidade desses serviços.

Essa remuneração, conforme seja sua relação contratual com o cliente, se apresenta nas seguintes categorias:

(24)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

24

Honorários

— é a forma de ingresso pré-estabelecido para um

serviço determinado que remunera um ato profissional definido e ajustado. É a paga pelos serviços do profissional em prática autônoma. A maioria dos serviços profissionais de autônomos é tabelada pelas entidades de classe e registrada no CREA. A observância dos mínimos das tabelas é obrigatória e o não cumprimento resulta em infração ao Código de Ética. As tabelas são uma garantia para sua remuneração justa, (antes de celebrar um contrato você deve consultar as tabelas de honorários).

(25)

Salário

— é a remuneração pré-estabelecida para um contrato

onde o serviço tem caráter permanente, t. basicamente, a remuneração do tempo de aplicação do profissional em consonância com sua capacidade pessoal. O salário resulta de uma relação empregatícia e. usualmente, é pago periodicamente. Por força de lei, os profissionais da engenharia, arquitetura e agronomia gozam de um piso salarial específico. Antes de"firmar um contrato de

(26)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

26

Lucro

— é a remuneração não estabelecida do risco do capital.

O lucro não remunera o trabalho, mas sim o capital. Portanto, é a forma capitalista de remuneração do profissional empresário. O dimensionamento do lucro obedece mais à mecânica do mercado do que a normas ou tabelas pré-estabelecidas. Se você optar pela forma empresarial de trabalho, você terá no lucro a remuneração do seu capital investido e. no 'pro-labore" que a empresa lhe pagar, uma espécie de salário para o seu trabalho efetivo.

(27)

Se você é um engenheiro mecânico, se especializa

em inspeção de caldeiras e angaria uma determinada clientela que visita periodicamente: como profissional você é autônomo; seu cliente é eventual, bem como seu serviço; sua remuneração será na forma de honorários.

(28)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

28

Se você é um arquiteto que trabalha no

departamento de urbanismo de uma prefeitura: seu trabalho é o de um profissional empregado; seu cliente (o município) é seu empregador; seu serviço tem caráter permanente e sua remuneração é o

(29)

Se você é um agrônomo que monta uma firma

para produzir mudas para reflorestamento: você é profissionalmente um empresário; sua clientela é diversificada, eventual; seu serviço também; sua remuneração será o lucro que a firma obtiver.

(30)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia 30 Poder Gestor (Publico) Restrições Restrições Comunidade (Cliente) Profissional Remuneração

O sistema de trabalho profissional

(31)

técnica ou ético-profissional

civil

penal ou criminal

(32)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

32

3 - As responsabilidades

No desempenho diário de sua profissão, você estará submetido às responsabilidades normais que dela decorrem.

De acordo com as circunstâncias, estas responsabilidades poderão aflorar com maior ou menor incidência.

No entretanto, quatro são as modalidades de responsabilidade que dizem respeito à área da engenharia, arquitetura e agronomia.

(33)

São elas: responsabilidade técnica ou ético-profissional; responsabilidade civil; responsabilidade penal ou criminal e responsabilidade trabalhista.

Elas são independentes e inconfundíveis entre si, podendo surgir de fatos ou atos distintos, como também poderão resultar de um mesmo fato ou ato diretamente ligado à atividade que você, profissional, está exercendo.

(34)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

34

Se, por exemplo, determinada obra construída por um profissional habilitado vier a desabar, em razão de sua imperícia, imprudência ou negligência, causando danos a outras pessoas e lesões nos operários que nela trabalham, este fato caracterizará, ao mesmo tempo, a ocorrência dos quatro tipos de responsabilidades acima mencionados.

(35)

Ou seja: punição a nível profissional pelo descumprimento da legislação específica e ou Código de Ética (responsabilidade técnica); reparação dos prejuízos causados ao dono da construção e a terceiros, se houver (responsabilidade civil): punição criminal pela comprovação da culpa (responsabilidade penal) e indenização ao acidente sofrido pelos operários (responsabilidade trabalhista).

(36)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

36

Esse exemplo, como visto, sintetiza num só caso a possível ocorrência das quatro formas de responsabilidade profissional.

Para que você tenha uma melhor orientação sobre esta matéria, tão relevante no dia-a-dia da profissão, seguem à frente outras considerações de cada um dos quatro tipos de responsabilidade.

(37)

Responsabilidade Técnica ou

Ético-Profissional

É a espécie de responsabilidade que se estabelece entre você, como profissional, e o poder público, representado pelo sistema CONFEA/CREA 'S, em função e autorização legal.

Assim, qualquer infração cometida neste âmbito dirige-se contra o Poder Publico, atingindo, por

(38)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

38 Os tipos de infrações, assim como as penalidades que a elas são aplicáveis, estão devidamente explicitados na legislação profissional (Lei nº 5.194/66, Lei n° 6.496/77, além de outras. Resoluções do CONFEA e Código de Ética).

Um outro aspecto muito importante é o de que mesmo feita a baixa da ART(Anotação de Responsabilidade Técnica) perante o CREA. você. de certo modo, poderá continuar vinculado à obra no que diz respeito às demais responsabilidades.

(39)

Responsabilidade Civil

É aquela que se impõe a quem causar um dano a obrigação de repará-lo.

Essa reparação deve ser a mais ampla possível, abrangendo não apenas aquilo que a pessoa lesada efetivamente perdeu, como também o que ela deixou de ganhar.

A responsabilidade civil por determinada obra dura, a princípio, de acordo com o Código Civil Brasileiro, pelo prazo de cinco anos. a contar da data em

(40)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

40 Dentro da responsabilidade civil, de acordo com as circunstâncias de cada caso concreto, poderão ser discutidos os seguintes itens: responsabilidade pela execução da obra contratada: responsabilidade por sua solidez e segurança: responsabilidade quanto à escolha e utilização de materiais: responsabilidade por danos causados a vizinhos e responsabilidade por danos ocasionados a terceiros.

(41)

Responsabilidade Penal ou Criminal

Ela resulta da prática de uma infração que seja considerada contravenção (infração mais leve) ou crime (mais grave) e pode sujeitar o causador — no caso o profissional da engenharia, arquitetura ou agronomia — conforme a gravidade do fato. a penas que implicam na eliminação da liberdade física (reclusão, detenção ou prisão simples) a penas de natureza pecuniária (multas) ou a penas que impõem restrição ao exercício de um

(42)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

42 Por outro lado. as infrações penais podem ser dolosas ou culposas. São dolosas quando há a intenção, de parte do agente causador, de cometê-la. ou ainda quando ele assume o risco de praticá-la, mesmo não querendo o resultado.

As culposas ocorrem geralmente com muito maior freqüência no âmbito da atividade profissional e surgem sempre que a infração é conseqüência de um ato de imprudência, de imperícia ou de negligência, sem que o causador tenha tido a intenção de cometer o delito, nem tampouco tenha assumido o risco de praticá-lo.

(43)

Responsabilidade Trabalhista

Ela poderá resultar em virtude das relações contratuais ou legais assumidas com os empregados (operários) utilizados na obra ou serviço, estendendo-se, também, sobre as obrigações acidentárias (decorrentes de acidentes do trabalho) e previdenciárias em relação aos empregados.

(44)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

44 Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — legislação que regula a relação entre empregado e empregador — considera-se "empregador a empresa, individual ou coletiva que. assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços" (art. 1).

(45)

Esclarece, ainda, a CLT que se equiparam ao empregador os profissionais liberais que admitem trabalhadores como empregados, decorrendo daí o vínculo empregatício e toda a responsabilidade do profissional liberal no âmbito da legislação trabalhista.

(46)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

46 E relevante que você como profissional da engenharia, arquitetura ou agronomia, ao mesmo tempo em que conheça seus direitos e prerrogativas, tenha também ciência de todos os deveres e responsabilidades que regem o exercício dessas profissões, para que não corra o risco de vir a ser responsabilizado e penalizado.

Por isso, é recomendável que ao contratar serviços profissionais, leve em consideração tais aspectos.

É também recomendável que quando da fixação de seus honorários seja avaliado todo o conjunto de responsabilidades que lhe estão sendo repassadas, para, com base nisso, ser estabelecido um valor que corresponda à efetiva retribuição de todos os deveres que lhe serão exigidos.

(47)

Você deverá, assim, considerar seus honorários ou salários como a soma de duas diferenciadas parcelas, conforme ilustra a equação genérica abaixo:

Honorários profissionais ou salários =

conjunto das responsabilidades assumidas + encargos assumidos.

E. se por um lado, os "encargos assumidos“ podem ser, depois, modificados, o "conjunto de responsabilidades assumidas" não sofrerá qualquer redução, mantendo-se

(48)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

48

Utilidade da ART:

Para o CREA •Para o profissional

(49)

4 - ART: a serviço do profissional

Uma peculiaridade da prática da engenharia, da arquitetura e da agronomia é que qualquer atividade, projeto, obra ou serviço nestas profissões deve ser precedido de uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

(50)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

50

Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à engenharia, à arquitetura e à agronomia fica sujeito à ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA (ART).

Assim, quando você prestar um serviço, desde uma simples consulta até uma grande obra, deverá fazer previamente uma ART. Da mesma forma, a ART deve ser feita para o desempenho de cargo ou função técnica, até mesmo em órgãos públicos.

(51)

O que é ART

Por força da própria lei 6.496/77. a ART é um instrumento formal pelo qual o engenheiro, o arquiteto ou o engenheiro agrônomo registram os seus contratos profissionais junto ao CREA. mediante o pagamento de uma taxa.

A ART é feita por intermédio de um formulário próprio fornecido pelo CREA. onde são declarados os dados principais do contrato escrito ou verbal firmado

(52)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

52 A ART é. assim, uma súmula de um contrato firmado entre o profissional e o cliente para a execução de uma obra ou prestação de um serviço, que fica registrada no CREA.

A ART define, além das obrigações contratuais, a identificação dos responsáveis técnicos pelo serviço ou obra. bem como a delimitação clara desta responsabilidade.

(53)

Utilidade da ART para o CREA

Através dos dados contidos nas AR’s o CREA tem a oportunidade de elaborar diversos estudos estatísticos que dão um esboço da dinâmica profissional na sua jurisdição. Isto permite um periódico ajuste nas atividades do CREA. visando adequar seus serviços e programas às demandas dos setores de atividades da engenharia, arquitetura e agronomia.

(54)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

54 A ART é o mais importante instrumento de fiscalização do CREA. É por intermédio dela que o CREA pode acompanhar cada um dos profissionais do Estado nas suas atividades técnicas. A inexistência da ART ou a sua irregularidade em obras ou serviços que são exclusivos de profissionais habilitados permite a constatação do exercício ilegal da profissão.

(55)

As taxas oriundas das ART's correspondem a uma parte significativa da arrecadação do CREA. Estas taxas são a garantia da continuidade dos serviços que o CREA presta aos profissionais e à comunidade.

Pelos dados coligidos nas ART’s o CREA pode manter um cadastro atualizado dos profissionais e empresas e suas respectivas especialidades e atividades. Este cadastro está colocado à disposição de órgãos e profissionais para informações, funcionando como um

(56)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

56

Utilidade da ART para o profissional

Das suas ART’s pessoais se extrai o seu acervo técnico. O acervo técnico é um documento oficial onde consta em detalhes toda a sua atividade profissional e constitui-se num comprovante idôneo para seu "curriculum vitae".

Pela exigência da ART o CREA pode coibir o exercício ilegal da profissão por leigos, o que é uma garantia do privilégio profissional, constituindo-se também num instrumento de defesa do seu mercado de trabalho.

(57)

Uma parte do arrecadado pelas taxas de ART é transferida à MÚTUA DE ASSISTÊNCIA DOS

PROFISSIONAIS DE ENGENHARIA. ARQUITETURA EAGRONOMIA. A MÚTUA é uma instituição vinculada ao

CONFEA que presta auxílio e benefícios aos engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos que a ela se filiam.

O CREA também destina uma parcela proporcional de sua arrecadação em ART’s às entidades de classe mediante convênio no qual a contrapartida destas é a

(58)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

58 A ART é uma forma de defesa de direitos autorais de planos e projetos aos profissionais que os elaboram. Pela ART fica anotado o que a lei assegura a você em termos de direitos de autoria.

Sendo a ART uma expressão fiel do acordado entre o profissional e o cliente, por seus termos estabelece-se os limites da responsabilidade que você terá no seu trabalho. Nela estará anotado exatamente o que você se propôs a fazer para seu cliente e qual o seu nível de responsabilidade.

(59)

Da mesma forma, ficam na ART documentadas as obrigações contratuais de ambas as partes. A ART é documento hábil para a garantia de sua remuneração por serviços ou obras prestados, mesmo que contratados verbalmente.

Nenhum profissional pode exercer atividades para as quais não tenha habilitação específica. Pela ART o CREA pode controlar as atribuições profissionais e coibir a

(60)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

60

•A Escola

•As associações

•Os sindicatos

•Os conselhos profissionais

(61)

5 - Organização profissional

Dentro da organização humana, com suas múltiplas relações, encontram-se as diversas organizações profissionais, partes distintas, porém integradas, do universo social.

Você, enquanto cidadão, é parte ativa da sociedade como um todo, enquanto engenheiro, arquiteto ou

(62)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

62

O sistema profissional se amolda em fases distintas, segundo o espírito que move os profissionais a se aglutinarem nesta e naquela organização. Estas fases, não

necessariamente ordenadas cronologicamente, correspondem à formação, à integração, à corporação

profissional e ao controle do exercício da profissão.

A cada uma destas fases corresponde uma determinada forma de organização e elas, integradamente, fazem a ordem geral do sistema profissional.

(63)

A escola

A escola é a fase de formação do profissional. Objetiva a habilitação do profissional através do ensino, a geração das tecnologias através da pesquisa e a integração à comunidade pela extensão. Foi através da escola que a sociedade transferiu a você conhecimentos acumulados historicamente sobre determinada área do saber e o transformou qualitativamente em cidadão-profissional.

(64)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

64

As associações

São entidades que promovem a integração dos profissionais. Sua finalidade é congregar profissionais afins em torno de interesses comuns, tais como os de ordem social, cultural, política, de lazer, etc. É por intermédio da associação que você poderá integrar-se à comunidade profissional e experimentar o intercâmbio necessário ao seu desenvolvimento pessoal e profissional.

(65)

Os sindicatos

São os organismos corporativos das profissões. Seu objetivo é reunir os profissionais para a defesa dos direitos e privilégios de classe. Paralelamente a atividades assistenciais aos filiados, os sindicatos promovem a ação política de desenvolvimento do profissional como trabalhador. Pela otimização das relações de trabalho, os sindicatos defendem os seus

(66)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

66

Os conselhos profissionais

Estes órgãos, autarquias federais, existem fundamentalmente para a fiscalização do exercício profissional. Representam a presença do Estado no controle da prática das profissões.

A medida que fiscalizam as ações defendem a incolumidade pública, asseguram o privilégio profissional e promovem o aprimoramento do exercício profissional.

(67)

No caso específico de engenheiros, arquitetos, engenheiros agrônomos e profissionais afins, o órgão fiscal é o CREA.

O CREA é uma autarquia federal criada por lei. com jurisdição em cada Estado, e administrada pelos próprios profissionais. Quem dirige o CREA é um conselho composto de engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos eleitos pelas associações, sindicatos e escolas

(68)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

68 O objetivo geral do CREA é promover a defesa da comunidade através do aperfeiçoamento do exercício profissional.

O seu objetivo específico é fiscalizar preventiva e corretivamente o exercício da engenharia, arquitetura, agronomia e profissões afins.

(69)

CREA E CONFEA - COMO SE ORGAMZAM

O CREA, como vimos, é dirigido pelos próprios profissionais através de seus conselheiros representantes das entidades de classe e das instituições de ensino superior.

Os conselheiros são designados pelas suas representadas para um mandato gratuito de três anos. As vagas para conselheiros são distribuídas segundo o

(70)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

70 Qualquer profissional, cumprida as exigências de lei, pode ser designado como representante de uma entidade de classe ou escola junto ao conselho para um mandato de três anos. inteiramente gratuito, considerado "serviços relevantes prestados à Nação ".

O órgão máximo dirigente do CREA é o conselho em pleno (plenário). O Conselho elege seu Presidente para um mandato de três anos e sua Diretoria anualmente. A Diretoria é eleita entre os conselheiros, porém a eleição do Presidente pode recair sobre qualquer profissional da região.

(71)

Os conselheiros do CREA se reúnem ainda em câmaras, por suas modalidades profissionais ou seus grupos de afinidade. Havendo três conselheiros de uma mesma modalidade fica criada a câmara específica (câmara de Engenharia Civil. Engenharia Elétrica. Engenharia Industrial. Arquitetura. Agronomia, etc).

A função das câmaras é. basicamente, estabelecer as normas de fiscalização, julgar infrações,

(72)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

72 O CREA é ainda dotado de departamentos encarregados da continuidade do serviço rotineiro como Fiscalização, Registro e Cadastro, Administração, Procuradoria Jurídica. Contabilidade, Informática, etc.

O CREA pode, para tornar mais eficazes suas funções, criar inspetorias regionais no interior do Estado. Para sua chefia são designados inspetores escolhidos entre os profissionais locais. Estas inspetorias têm a função de aproximar os serviços do CREA dos profissionais e associações do interior e, pela descentralização, aprimorar o sistema.

(73)

Eventualmente, em face da relevância determinados assuntos, o CREA constitui comissões ou grupos de trabalho entre seus conselheiros ou entre estes e membros da comunidade para seu estudo e condução.

O CONFEA é a instância máxima do sistema. A ele cabe regulamentar as leis profissionais por resoluções e estabelecer as normas gerais de operação para todos os CREA’s da União. Cabe a ele, também a última instância de recurso nos processos julgados pelas

(74)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

74 O CONFEA é constituído por conselheiros oriundos das diversas unidades da federação e

distribuídos pelos grupos profissionais eqüitativamente.

(75)

AS ESCOLAS FORMAM,

AS ASSOCIAÇÕES INTEGRAM,

OS SINDICATOS DEFENDEM,

OS CONSELHOS FISCALIZAM E

(76)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

76

O início

das

(77)

6 - O início das atividades

De posse de sua titulação acadêmica você deverá fazer sua habilitação ao exercício da profissão.

A estas alturas você já deve ter definido como exercerá sua profissão: ou será autônomo, ou trabalhará em um emprego ou montará sua própria firma.

Para autônomo, para empregado e para empresário, há procedimentos diferentes. Nos tópicos

(78)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

78 A sua habilitação profissional se dá através do registro no CREA. Porém, para iniciar suas atividades, você deverá procurar outros órgãos para sua plena regularização.

Dá um pouco de trabalho ir de órgão em órgão atrás de documentos. Mas você haverá de reconhecer que isto é necessário para a sua plena regularização.

Com um pouco de tempo e paciência você poderá pessoalmente cuidar de sua papelada. Se você não dispuser nem de tempo, nem de paciência, contrate um contador ou outro profissional que possa providenciar sua documentação.

(79)

•Registro provisório – CREA •Registro definitivo - CREA

•Contribuição sindical – Sindicato •Sincalização – Sindicato

•Cadastro pessoa física – Receita Federal

(80)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

80

•Registro provisório – CREA •Registro definitivo - CREA

•Contribuição sindical – Sindicato •Sincalização – Sindicato

•Cadastro pessoa física – Receita Federal

•Declaração de rendimentos - Receita Federal •Inscrição do empregado (empregador) – INSS •Carteira de trabalho e previdência social - DRT •Contrato de trabalho - Empregador

(81)

•Registro de firma

Contribuição sindical – Sindicato •Sincalização – Sindicato

•Cadastro pessoa jurídica – Receita Federal •Declaração de rendimentos - Receita Federal •Inscrição da empresa – INSS

•Inscrição dos empregados – INSS •Inscrição do empregador – INSS

(82)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

82

(83)

CREA

No CREA você vai fazer o seu registro profissional.

Este registro é obrigatório e fundamental para o exercício de qualquer atividade profissional, em qualquer de suas formas. Sua obrigatoriedade atinge engenheiros, arquitetos, agrônomos, geógrafos,

(84)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

84

Registro Provisório — é concedido por 360 dias,

renováveis por igual período, aos diplomados cujos diplomas estejam em processo de registro no órgão competente. Só pode ser requerido no CREA da região onde se localiza a sua escola.

Registro Definitivo — é concedido aos formados que já

possuírem o diploma. Você pode pedir seu registro definitivo num CRÊ A de qualquer região, mas apenas em um.

(85)

Visto em Carteira — é concedido aos profissionais que

possuam o registro provisório ou definitivo em uma região e querem exercer as suas atividades em outra. Você só pode pedir o visto no CREA da região onde vai exercer suas atividades, podendo fazê-lo em mais de uma.

(86)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

86

Registro de Empresa — é concedido a todas as

empresas, individuais ou coletivas que explorem atividades nas áreas de engenharia, arquitetura e agronomia. Por lei, nenhuma empresa pode iniciar suas atividades nessas áreas sem o competente registro no CREA ou sem possuir profissional habilitado como seu responsável técnico. As firmas individuais só podem ser registradas se o seu titular for profissional habilitado.

Você pode registrar uma empresa desde que seus objetivos sociais sejam compatíveis com suas atribuições profissionais ou de seus eventuais sócios, quando figurarem como responsáveis técnicos e cuja denominação for condizente com suas finalidades.

(87)
(88)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

88

Sindicato

É através do sindicato que você tem a representação política de sua categoria.

No sindicato você terá o instrumento legal de luta pelos seus direitos classistas e individuais. Lá você poderá encontrar, também, serviços assistenciais, culturais e recreativos.

A filiação a um sindicato profissional não é obrigatória, porém é recomendável à medida que ela pode lhe oferecer uma série de vantagens e você pode contribuir para o fortalecimento das lutas em favor da categoria.

(89)

A contribuição sindical, comumente chamada de "Imposto Sindical", embora obrigatória, não equivale à sindicalização.

Para usufruir dos benefícios e participar das atividades do sindicato é necessário que, além da contribuição sindical, você faça a sua filiação. Para tal basta enviar à sede do sindicato ou a qualquer de suas delegacias, uma "Proposta de Sindicalização " facilmente encontrada nas entidades da categoria ou nas Inspetorias

(90)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

90 Os profissionais autônomos e assalariados podem participar igualmente dos sindicatos profissionais. Para os empresários, além dos sindicatos profissionais, é facultada a filiação em sindicatos patronais.

Para os assalariados, da mesma forma, é facultada a filiação em sindicatos de trabalhadores (majoritários).

(91)

Receita

Federal

(92)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

92

Receita Federal

Todo cidadão que de uma forma ou de outra aufira renda de seu trabalho como assalariado, autônomo ou empregador está obrigado a registrar-se na Receita Federal. Este registro é o CPF — Cadastro de Pessoa Física. Para as empresas (pessoas jurídicas) é obrigatório o registro no CGC — Cadastro Geral de Contribuintes.

Tanto o CPF como o CGC são registros de grande importância face à exigência de sua citação na maioria das operações comerciais ou financeiras.

(93)

Anualmente, nos prazos fixados pela autoridade arrecadadora, você estará obrigado a apresentar declaração de rendimentos para pagamento do imposto de renda, quer como pessoa física (assalariado, autônomo, empregador), quer como pessoa jurídica (firma).

(94)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

94

(95)

Previdência Social

O sistema nacional de previdência social assegura benefícios e serviços pessoais aos seus segurados, extensivos aos seus dependentes.

Aposentadorias, abonos, auxílios pecuniários, pecúlios e pensões são os benefícios oferecidos. A previdência social ainda oferece assistência à saúde, reabilitação profissional e serviço social.

(96)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

96 O órgão previdenciário responsável pela inscrição e arrecadação de contribuições dos segurados é o INSS — Instituto Nacional de Seguridade Social.

Os profissionais, autônomos ou empregadores, fazem sua inscrição como "contribuintes individuais". Em qualquer agência bancária você pode fazer sua inscrição e obter seu carne de contribuição. Com isto, você estará habilitado aos serviços e benefícios previdenciários.

(97)

O sistema CONFEA/CREA’s mantém a MÚTUA DE ASSISTÊNCIA AOS PROFISSIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA EAGRONOMIA.

A MÚTUA, como o nome diz, é um fundo de assistência aos engenheiros, arquitetos e agrônomos que a ela se filiarem,

(98)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

98 Sua finalidade é oferecer serviços e benefícios complementares, como: auxílios, pecúlios, assistência de saúde, financiamento de equipamentos e livros, férias, etc...

Mediante uma pequena contribuição anual você poderá contar com os serviços e benefícios da MÚTUA.

Informe-se das vantagens da MÚTUA junto ao seu representante regional, no CREA, no seu sindicato ou associação.

(99)
(100)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

100

Junta Comercial

Toda empresa em forma de firma individual ou sociedade mercantil deve fazer seu registro na Junta Comercial do Estado. Este registro se dá pelo arquivamento do contrato sócia! da sociedade mercantil ou da declaração de firma individual, conforme sua opção.

(101)

Se você pretende constituir sua firma sozinho, sem sócios, a forma é a de firma individual. Porém, se você pretende associar-se a outras pessoas deve elaborar um contrato social de constituição da empresa. Neste contrato social constará a denominação da firma (razão social), os objetivos, os sócios, suas parcelas no capital, suas respectivas responsabilidades e demais disposições que interessar.

(102)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

102 Além das firmas individuais e das sociedades mercantis, existem as firmas prestadoras de serviços.

Nesta categoria estão as empresas que não têm atividades comerciais ou industriais. As prestadoras de serviços podem ser registradas num cartório de registro de pessoas físicas, não precisando ir à junta comercial.

(103)

Delegacia

Regional

do

(104)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

104

Delegacia Regional do Trabalho

Para que você possa exercer qualquer atividade como empregado, mesmo que temporariamente, você deverá ter sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Esta carteira é fornecida pela Delegacia Regional do Trabalho e constitui-se no principal documento do trabalhador assalariado. Nela são feitos todos os registros relativos a contrato de trabalho, salários, férias, aumentos e assentos de ordem previdenciária.

(105)

Você deverá ter sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, sem ela você não poderá obter um emprego.

Da mesma forma, o profissional que optar por ser empregador deverá procurar a Delegacia Regional do Trabalho para registrar seus empregados.

(106)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

106

(107)

Empregador

Junto ao empregador o profissional que optou por ser empregado devera celebrar seu contrato de trabalho.

O contrato de trabalho é o instrumento pelo qual fica ajustado o que o empregado fornecerá ao patrão em forma de exercício de uma função ou atividade e, por outro lado, o que deste receberá em troca.

(108)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

108 No contrato de trabalho deve ficar bem claro que função ou atividade o empregado vai desempenhar, quais as suas responsabilidades e qual sua jornada de trabalho.

Da mesma forma, deve ficar bem claro qual será seu salário, seu repouso remunerado, suas férias, suas vantagens, sua autonomia técnica e todos os seus demais direitos.

(109)

É obrigatório o assento do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho e Previdência Social, bem como todas suas alterações e ocorrências.

Se o seu emprego envolve responsabilidade técnica, isso deve ser anotado também no CREA.

(110)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

110

SALÁRIO MÍNIMO PROFISSIONAL

A Lei n° 4.950-A/66 dispõe sobre a remuneração de profissionais de engenharia, química, arquitetura, agronomia e veterinária.

Por esta lei, nenhum destes técnicos poderá receber menos que o salário mínimo profissional.

(111)

O salário mínimo profissional disposto nesta lei para uma jornada de seis noras está fixado em 6 vezes o maior salário-mínimo vigente para aqueles profissionais formados em cursos de 4 anos ou mais.

Para os que se formarem em cursos de menos de 4 anos o salário mínimo profissional é de 5 salários-mínimos.

Para jornadas de trabalho superiores a 6 horas, acresce-se 25% do custo da hora para cada hora

(112)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

112 Exemplos de salários mínimos profissionais segundo a jornada:

•Cursos de 4 anos ou mais: •6 horas diurnas - 6 s. m.

8 horas diurnas - 8,5 s. m. 6 horas noturnas - 7,5 s. m.

•Cursos de menos de 4 anos: •6 horas diurnas - 5 s. m.

8 horas diurnas - 6,666 s. m. 6 horas noturnas - 6,25 s. m.

(113)
(114)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

114

Prefeitura Municipal

Com base no Código Tributário Nacional, tanto os profissionais autônomos como as empresas estão obrigados a registrar-se na Prefeitura do município onde desempenham suas atividades.

Este registro se dá pela expedição do Alvará de Licença ou de Funcionamento.

Os procedimentos, as taxas, os documentos requeridos estão dispostos em legislação municipal peculiar a cada município, podendo variar substancialmente de um para outro.

(115)

Antes de iniciar suas atividades como autônomo ou como empresário, você deve consultar o protocolo ou setor fazendário da Prefeitura do Município onde você vai se estabelecer.

Lembre que o alvará é documento hábil para requerer outros registros e não possuí-lo o expõe a multas da fiscalização municipal.

(116)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

116

(117)

LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966

Regula o exercício da profissão do engenheiro.

(118)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

118

LEI Nº 6.496, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1977

Institui a ART.

(119)

DECRETO Nº 90.922, DE 06 DE FEVEREIRO DE 1985

Dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial.

(120)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

120

RESOLUÇÃO Nº 205, DE 30 DE SETEMBRO DE 1971

Adota o código de ética profissional.

(121)

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973

Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais

(122)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

122

RESOLUÇÃO Nº 262, DE 28 DE JULHO DE 1979

Dispõe sobre as atribuições dos técnicos de 2º grau..

(123)

RESOLUÇÃO Nº 266, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1979

Dispõe sobre a expedição de certidões às pessoas

(124)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

124

RESOLUÇÃO Nº 278, DE 27 DE MAIO DE 1983

Dispõe sobre o exercício profissional dos técnicos industriais.

(125)

RESOLUÇÃO Nº 279, DE 15 DE JULHO DE 1983

Discrimina as atividades profissionais do engenheiro de pesca.

(126)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

126

RESOLUÇÃO Nº 295, DE 25 DE JULHO DE 1984

Dispõe sobre o registro de profissional estrangeiro

(127)

RESOLUÇÃO Nº 317, DE 31 DE OUTUBRO DE 1986

Dispõe sobre o registro de acervo técnico.

(128)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

128

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989

Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas.

(129)

RESOLUÇÃO Nº 358, DE 31 DE JULHO DE 1991

Dispõe sobre a inclusão do técnico de segurança do trabalho.

(130)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

130

RESOLUÇÃO Nº 359, DE 31 DE JULHO DE 1991

Dispõe sobre o exercício profissional,

o registro e as atividades do técnico de segurança do trabalho.

(131)

RESOLUÇÃO Nº 394, DE 17 DE MARÇO DE 1995

Dispõe sobre procedimentos para registro de atividades

(132)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

132

RESOLUÇÃO Nº 413, DE 27 DE JUNHO DE 1997

Dispõe sobre o visto de pessoa jurídica.

(133)

RESOLUÇÃO Nº 425, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1998

Dispõe sobre ART.

(134)

Pedro de Alcântara Neto Introdução a Engenharia

Referências

Documentos relacionados

Quando alguém entra em contato com as revelações da Verdade Absoluta, sejam trazidas por Krishna, Buda, Jesus, Paulo, ou por quaisquer outros profetas ou mensageiros,

encontrar a exata ou similar função do seu funcionário doméstico, cheque novamente o texto “o que é um funcionário doméstico”.. Data de Início e Assinatura do Empregador e

Caso o discente e/ou outro componente do grupo familiar não possua Carteira de Trabalho e Previdência Social, deverá preencher a declaração de que não possui carteira de

Aproveite as novas tecnologias que serão lançadas nos próximos anos para aumentar o tempo de produção e a disponibilidade global do equipamento (OEE, na sigla em inglês), reduzir

- Registro do Empregado Assinado pelo Empregador e pelo Empregado Sob Carimbo da Empresa, Cópia das Páginas da Carteira de Trabalho e Previdência Social Com Fotografia, Cópia da -

- Registro do Empregado Assinado pelo Empregador e pelo Empregado Sob Carimbo da Empresa, Cópia das Páginas da Carteira de Trabalho e Previdência Social Com Fotografia, Cópia da -

- Registro do Empregado Assinado pelo Empregador e pelo Empregado Sob Carimbo da Empresa, Cópia das Páginas da Carteira de Trabalho e Previdência Social Com Fotografia, Cópia da -

- Registro do Empregado Assinado pelo Empregador e pelo Empregado Sob Carimbo da Empresa, Cópia das Páginas da Carteira de Trabalho e Previdência Social Com Fotografia, Cópia da -