• Nenhum resultado encontrado

jorgegerardobellidotohalino

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "jorgegerardobellidotohalino"

Copied!
94
0
0

Texto

(1)Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Programa de Pós-Graduação em Matemática. Jorge Gerardo Bellido Tohalino. RESULTADOS DE EXISTÊNCIA E NÃO EXISTÊNCIA DE UMA CLASSE DE SISTEMA ELÍPTICO ENVOLVENDO EXPOENTES CRÍTICOS DE SOBOLEV. Juiz de Fora 2018.

(2) Jorge Gerardo Bellido Tohalino. RESULTADOS DE EXISTÊNCIA E NÃO EXISTÊNCIA DE UMA CLASSE DE SISTEMA ELÍPTICO ENVOLVENDO EXPOENTES CRÍTICOS DE SOBOLEV. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Matemática da Universidade Federal de Juiz de Fora, na área de concentração em Matemática , como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Matemática.. Orientador: Fábio Rodrigues Pereira. Juiz de Fora 2018.

(3) Ficha catalográfica elaborada através do Modelo Latex do CDC da UFJF com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) Tohalino Bellido, Jorge Gerardo. RESULTADOS DE EXISTÊNCIA E NÃO EXISTÊNCIA DE UMA CLASSE DE SISTEMA ELÍPTICO ENVOLVENDO EXPOENTES CRÍTICOS DE SOBOLEV / Jorge Gerardo Bellido Tohalino. – 2018. 92 f. : il. Orientador: Fábio Rodrigues Pereira Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Matemática, 2018. 1. Ecuações diferenciais. 2.Expoente Crítico. 3. Problema elíptico. I. Pereira, Fábio Rodrigues orient. II. Título..

(4) Jorge Gerardo Bellido Tohalino. RESULTADOS DE EXISTÊNCIA E NÃO EXISTÊNCIA DE UMA CLASSE DE SISTEMA ELÍPTICO ENVOLVENDO EXPOENTES CRÍTICOS DE SOBOLEV. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Matemática da Universidade Federal de Juiz de Fora, na área de concentração em Matemática , como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Matemática.. Aprovada em: BANCA EXAMINADORA. Prof. Dr. Fábio Rodrigues Pereira - Orientador Universidade Federal de Juiz de Fora. Prof. Dr. Olimpio Hiroshi Miyagaki Universidade Federal de Juiz de Fora. Prof. Dr. Eder Marinho Martins Universidade Federal de Ouro Preto.

(5) Dedico este trabalho a minha mãe, pois ela é minha maior motivação e é aquele que dá direção ao meu caminho..

(6) AGRADECIMENTOS A minha família, em especial minha mãe Mercedes Tohalino Quispe. Ao meu orientador professor, Dr. Fábio Rodrigues Pereira, por dedicar seu tempo, acreditar em mim e ter paciência para me orientar na realização deste trabalho. À coordenação do Mestrado em Matemática da UFJF juntamente com todos os professores do programa. Aos meus amigos de mestrado, pelas proveitosas discussões e pela ótima companhia. À CAPES, pelo apoio financeiro, sem o qual este trabalho não seria possível..

(7) “ A verdade não é Patrimônio de ninguém ” Juan José Benítes..

(8) RESUMO Neste trabalho , nós estudamos resultados de existência e não-existência de soluções positivas do seguinte sistema de equações elípticas, que envolve expoente crítico de Sobolev perturbado por um termo fracamente acoplado.               . 0. 0. 0. 0. −∆u = (α + 1)uα v β+1 + µ(α + 1)uα v β −∆u = (β + 1)u v + µ(β + 1)u u > 0, v > 0 em Ω, u=v=0 sobre ∂Ω, α+1 β. 0. +1. em Ω,. 0. em Ω,. α +1 β. v. onde Ω ⊆ RN , (N ≥ 3) é um domínio limitado com fronteira regular, ∂Ω, µ ∈ R, α, β, são 0 0 constantes positivas e α , β são constantes não negativas tais que α + β = N4−2 e 0 0 0 ≤ α + β < N4−2 . Para o primeiro e segundo resultado precisaremos do Teorema do Passo da Montanha. Finalmente para o terceiro resultado precisaremos da Identidade do Pohozaev. Palavras-chave: Sistema elíptico; Expoente crítico de Sobolev; Método variacional; Teorema do Passo da Montanha..

(9) ABSTRACT In this work, we study results of existence and non-existence of nontrivial positive solutions of the following elliptic equations system, which involves a critical exponent of Sobolev perturbed by a weakly coupled term.               . 0. 0. 0. 0. −∆u = (α + 1)uα v β+1 + µ(α + 1)uα v β −∆u = (β + 1)u v + µ(β + 1)u u > 0, v > 0 in Ω, u=v=0 on ∂Ω, α+1 β. 0. +1. in Ω,. 0. in Ω,. α +1 β. v. where Ω ⊆ RN , (N ≥ 3) is a limited domain with regular boundary, ∂Ω, µ ∈ R, α, β, 0 0 are positive constants and α , β are non-negative constants such that α + β = N4−2 and 0 0 0 ≤ α + β < N4−2 . For the first and second result we will need the Mountain step theorem. Finally for the third result we will need the identity of the Pohozaev. Key-words: Elliptical system; Critical Sobolev exponent; Variational method; Moutain pass theorem.

(10) LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura Figura Figura Figura Figura. 1 2 3 4 5. – – – – –. Primeira condição da geometria do Passo da Montanha. Segunda condição da geometria do Passo da Montanha. . A geometria do Passo da Montanha. . . . . . . . . . . . O Lema da Deformação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Teorema do Passo da Montanha. . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . .. 23 25 26 75 77.

(11) LISTA DE SÍMBOLOS Ω ⊂ RN. subconjunto aberto, conexo e limitado.. ∂Ω. fronteira de Ω.. Ω. é o fecho de Ω.. Ac. o complementar do conjunto A.. med (A). é a medida de Lebesgue de um subconjunto A de RN. BR (x0 ). Bola de raio R centrada no ponto x0 . !. ∇u ∆u. ∂u ∂u ,..., . ∂x1 ∂xn n X. ∂ 2u . 2 i=1 ∂xi. supp f. suporte da função f.. Dα u. ∂ |α| u , α = (α1 , . . . , αn ). ∂xα1 1 , . . . , ∂xαnn. C(Ω). espaço das funções u : Ω → R contínuas em Ω.. C(Ω, R). espaço das funções u : Ω → R contínuas em Ω.. k.k0. norma definida em C(Ω, R).. C 1 (Ω, R). espaço de todas as funções u : Ω → R que possuem derivadas contínuas em Ω.. C 1 (Ω, R). espaço de todas as funções u : Ω → R que possuem derivadas contínuas em Ω.. k.kC 1. norma definida em C 1 (Ω, R).. C01 (Ω, R). espaço de todas as funções u : Ω → R que possuem derivadas contínuas em Ω com suporte compacto.. C0∞ (Ω, R). espaço das funções u : Ω → R infinitamente diferenciáveis com suporte compacto.. L∞. espaço das funções mensuráveis u : Ω → R onde supx∈Ω |u(x)| < ∞ com norma kuk∞ = inf{C > 0 : |u(x)| ≤ C quase sempre em Ω}..

(12) W k,p (Ω). espaços de Sobolev. H k (Ω). espaço de Sobolev W k,2 (Ω).. H01. fecho de C0∞ (Ω) com respeito ao espaço H 1 (Ω) com norma dada por kukH 1 =. Z. (|∇u| + |u| )dx 2. Ω. 2. 1 2. .. A norma considerada em H01 (Ω) é dada por kuk =. |∇u|2 dx. 1. 2. .. Ω. espaço das funções mensuráveis u : Ω → R com norma Lp finita. Lp. |u|p = U ,→ V p∗ =. Z. pN N −p. Z. p. |u| dx. Ω. 1 ≤ p < ∞.. imersão contínua entre os espaços U e V. expoente crítico de Sobolev com respeito à imersão de Sobolev ∗. H01 (Ω) ,→ Lp (Ω).. E0. espaço dual topológico de E.. h., .iE. produto interno definido em E.. →. convergência forte.. *. convergência fraca.. q.t.p.. 1/p. quase todo ponto (a menos de um conjunto de medida de Lebesgue nula).. u+ = max{u, 0} u− = max{−u, 0}. parte positiva de u. parte negativa de u.. f = O(g) quando x → x0 , significa que existe C ∈ R tal que |f (x)| ≤ C|g(x)|, ∀ x suficientemente próximo de x0 . f = o(g) quando x → x0 ,. significa que lim. x→x0. |f (x)| = 0. |g(x)|.

(13) SUMÁRIO. 1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2. SOLUÇÕES PARA UM SISTEMA ENVOLVENDO O EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV VIA PASSO DA MONTANHA 14. 3. RESULTADO DE NÃO-EXISTÊNCIA . . . . . . . . . . . . . .. 46. REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 50. APÊNDICE A – ALGUNS RESULTADOS AUXILIARES .. 52. B.1 B.2 B.3. APÊNDICE B – . . . . . . . . . . . . . . . . . FUNCIONAIS DIFERENCIÁVEIS . . . . . . . . . ESPAÇOS DE SOBOLEV . . . . . . . . . . . . . . REGULARIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. . . . .. 12. . 57 . . 59 . . 61 . . 66. APÊNDICE C – BRÉZIS-LIEB . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 78. D.1. APÊNDICE D – UM PRINCÍPIO DO MÁXIMO PARA SISTEMAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 PRINCÍPIOS DO MÁXIMO NO CASO ESCALAR . . . . . . . . . . . 81. E.1. APÊNDICE E – PRINCÍPIO VARIACIONAL DE EKELAND 82 PRINCÍPIO GERAL MINIMAX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 APÊNDICE F – O ESPECTRO DO LAPLACIANO . . . . .. 85.

(14) 12. 1 INTRODUÇÃO Está dissertação tem como objetivo apresentar os resultados de Mohamed Bouchekif e Yasmina Nasri [6], os quais serão estudados ao longo deste trabalho. Estudamos a existência e não-existência de solução para o seguinte sistema de equações elípticas..               . 0. 0. 0. 0. −∆u = (α + 1)uα v β+1 + µ(α + 1)uα v β −∆v = (β + 1)u v + µ(β + 1)u u > 0, v > 0 em Ω, u=v=0 sobre ∂Ω, α+1 β. 0. +1. α +1 β. v. 0. em Ω, em Ω,. (1.1). en que Ω ⊆ RN , (N ≥ 3) é um domínio limitado com fronteira ∂Ω, regular, µ ∈ 0 0 R, α, β, são constantes positivas e α , β são constantes não-negativas tais que α+β = N4−2 0 0 e 0 ≤ α + β < N4−2 . Mohamed Bouchekif e Yasmina Nasri, estenderam para sistemas os resultados do caso escalar crítico     . −∆u = up + µuq em Ω, u > 0, em Ω,     u=0 sobre ∂Ω,. (1.2). en que Ω ⊆ RN , (N ≥ 3) é um domínio limitado com fronteira regular ∂Ω, µ ∈ R, p = N +2 , q = 1 e λ1 > 0 denota o primeiro autovalor do operador −∆ com condições de N −2 fronteira homogêneas de Dirichlet. No famoso artigo de Brézis e Nirenberg em 1983, os autores demonstraram que: (1) se N ≥ 4, então para qualquer µ ∈ (0, λ1 ), existe uma solução de (1.2), (2) se N = 3, existe µ∗ ∈ (0, λ1 ), tal que para qualquer µ ∈ (µ∗ , λ1 ), o problema (1.2) admite uma solução, (3) se N = 3 e Ω é uma bola, então para µ ≤ λ41 , o problema (1.2) não tem solução. N +2 Além disso, obtem-se os seguintes resultados para 1 < q < N : −2 (a) não existe solução de (1.2) quando µ ≤ 0 e Ω é um domínio estrelado, (b) quando N ≥ 4, o problema (1.2) tem ao menos uma solução para cada µ > 0, (c) quando N = 3 tem-se dois casos: (i) se 3 < q < 5, então para cada µ > 0 existe uma solução do problema (1.2), (ii) se 1 < q ≤ 3 então para cada µ suficientemente grande, existe solução do problema (1.2). Além disso, o problema (1.2) não tem solução para cada µ > 0 suficientemente pequeno então Ω é estritamente estrelado..

(15) 13 O sistema (1.1) pode ser escrito na seguinte forma vetorial         . ~ = ∇H + µ∇G em Ω, −∆U U >0 em Ω, U =0 em ∂Ω,. onde  .  . 0 0 ~ = ∆ , H(u, v) = uα+1 v β+1 , U = u , G(u, v) = uα +1 v β +1 e µ é um parâmetro real ∆ ∆ v. Designamos por E o espaço de Hilbert H01 (Ω)×H01 (Ω), dotado da norma k(u, v)k2E. =. +. kuk2H01 (Ω). kvk2H01 (Ω). =. Z. |∇u| dx + 2. Ω. Z. |∇v|2 dx.. Ω. Uma solução fraca de (1.1) é um par (u, v) ∈ E satisfazendo Z Ω. Z. ∇u∇ϕdx +. Ω. ∇v∇ψdx =. Z ZΩ Ω. (α + 1)u v. α β+1. ϕdx +. (β + 1)uα+1 v β ψdx +. Z ZΩ Ω. 0. 0. 0. 0. µ(α + 1)uα v β. 0. +1. ϕdx+. 0. µ(β + 1)uα +1 v β ψdx,. ∀ (ϕ, ψ) ∈ E. Os principais resultados deste trabalho são Teorema 1.1. Suponhamos que N > 4 e α + β = 0. 0. (1) Se 0 < α + β < solução. 0. 4 , N −2. 4 , N −2. temos :. então, para cada µ > 0, o problema (1.1) tem ao menos uma. 0. (2) Se α + β = 0, então, para cada 0 < µ < λ1 , o problema (1.1) tem uma solução. Teorema 1.2. Suponhamos que N = 3 e α + β = 4, nós distinguimos dois casos: 0. 0. 0. 0. (1) Se 2 < α + β < 4, então, para cada µ > 0, o sistema (1.1) tem uma solução. (2) Se 0 < α + β ≤ 2, então, para cada µ suficentemente grande, existe uma solução para o sistema (1.1). 0. 0. Teorema 1.3. Se α + β = N4−2 , 0 ≤ α + β < então (1.1) não tem solução.. 4 N −4. , µ < 0 e Ω é um dominio estrelado,. Os Teoremas 1.1, e 1.2 nos fornecem as condições para a existência de solução ou soluções para o nosso problema. O Teorema 1.3, nos dá as condições que devem ter o domínio, o crescimento da nãolinearidade e o parámetro real µ para que nosso problema no estudo não tenha solução..

(16) 14. 2 SOLUÇÕES PARA UM SISTEMA ENVOLVENDO O EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV VIA PASSO DA MONTANHA Neste capítulo vamos investigar a possibilidade de existência de soluções positivas ~ = ∇H + µ∇G em Ω, onde Ω ⊂ RN é um domínio limitado com para o sistema −∆U 0 fronteira, ∂Ω, regular e 0 < α + β = 2∗ − 2. Sob hipóteses nos parâmetros α0 , β e µ, o Teorema 2.1 garante a existência de pelo menos uma solução positiva para o sistema acima via o Teorema do Passo da Montanha sem a condição de Palais-Smale. Este problema foi estudado por Mohamed Bouchekif e Yasmina Nasri em [6]. Considere o sistema     . ~ = ∇H + µ∇G em Ω, −∆U U >0 em Ω,     U =0 em ∂Ω, onde Ω ⊂ RN , N ≥ 4 é um domínio limitado suave,  .  . 0 0 ~ = ∆ , H(u, v) = uα+1 v β+1 , U = u , G(u, v) = uα +1 v β +1 , µ é um parámetro ∆ ∆ v 0. 0. real, 0 < α + β = N4−2 e 0 ≤ α + β < N4−2 . Para isso, vamos trabalhar com o seguinte sistema,     . −∆u = f (u+ , v + ) em Ω, −∆v = g(u+ , v + ) em Ω,     u = v = 0, sobre ∂Ω,. (2.1). onde 0 0 ∂ 0 (H + µG)(u, v) = (α + 1)uα v β+1 + µ(α + 1)uα v β +1 e ∂u 0 0 ∂ 0 g(u, v) = (H + µG)(u, v) = (β + 1)uα+1 v β + µ(β + 1)uα +1 v β . ∂v. f (u, v) =. Agora, para achar uma solução não nula do sistema (2.1). Recorremos ao Teorema do Passo da Montanha sem a condição (PS) para obter um ponto crítico do funcional dado por: Z Z 0 0 1 J(u, v) = k(u, v)k2E − (u+ )α+1 (v + )β+1 dx − µ (u+ )α +1 (v + )β +1 dx. 2 Ω Ω. (2.2). Designamos por E o espaço de Hilbert H01 (Ω)×H01 (Ω), dotado da norma k(u, v)k2E. =. kuk2H01 (Ω). +. kvk2H01 (Ω). =. Z Ω. |∇u| dx + 2. Z. |∇v|2 dx.. Ω. Note que os pontos críticos de J são soluções fracas de (2.1) e que (u, v) = (0, 0) é um ponto crítico de J com J(0, 0) = 0. Apresentamos o principal resultado deste trabalho..

(17) 15 Teorema 2.1. Suponhamos que N > 4 e 0 < α + β = 0. 0. (1) se 0 < α + β < solução, 0. 4 , N −2. 4 . N −2. Então,. então para cada µ > 0 o problema (2.1), tem ao menos uma. 0. (2) se α + β = 0, então para cada 0 < µ < λ1 o problema (2.1), tem ao menos uma solução. Faremos a demonstração do Teorema 2.1 obedecendo uma sequência de resultados: os Lemas 2.3 e 2.4 garantem que o funcional J associado ao sistema (2.1) satisfaz a geometria do Teorema do Passo da Montanha, isto é, existem R, ρ > 0 tais que: (i) J(0, 0) = 0 < ρ e J(u, v) ≥ ρ > 0, ∀ (u, v) ∈ ∂BR , (ii) existe (ϕ1 , ψ1 ) ∈ E tal que k(ϕ1 , ψ1 )kE > R e J(ϕ1 , ψ1 ) ≤ 0. Seja (ϕ1 , ψ1 ) ∈ E tal que J(ϕ1 , ψ1 ) < 0, defina: Γ = {φ ∈ C([0, 1], E) ; φ(0) = 0 , φ(1) = (ϕ1 , ψ1 )}, e c = inf max J(φ(t)). φ∈Γ t∈[0,1]. De (i) vemos que c > 0. Usando a aplicação do Princípio Variacional de Ekeland (Teorema B.21), existe uma sequência (un , vn ) ⊂ E tal que: J(un , vn ) → c e J 0 (un , vn ) → 0 (?), N. 2∗ Sα,β 2 onde c satisfaz (pelo Lema 2.6) c < e Sα,β é uma constante positiva relacionada N 2∗ ∗ com a melhor constante de Sobolev da imersão H01 (Ω) ,→ L2 (Ω) (Proposição 2.1). Usando (?), a prova do Lema 2.6, garante que (un , vn ) é uma sequência limitada em E := H01 (Ω) × H01 (Ω). Então pelo Teorema de imersão de Sobolev, existe uma sequência (Proposição B.3) também denotada por (un , vn ), tal que: . (un , vn ) * (u0 , v0 ) := z em E, e (un , vn ) * z em (Lq (Ω))2 , 1 ≤ q < 2∗ . O Lema 2.6 (pelas afirmações 1-4) mostra que o limite fraco de z da sequência (un , vn ) é uma solução do sistema. Antes de fazer a demonstração do Teorema 2.1, precisaremos das seguintes definições. Como α + β + 2 = 2∗ , pela continuidade da imersão H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 , podemos obter uma melhor constante (maximal) Sα+β+2 (Ω) tal que Sα+β+2 (Ω)kuk2α+β+2 ≤ k∇uk22 , para todo u ∈ H01 (Ω). Defina Z. Sα+β+2 (Ω) =. inf. u∈H01 (Ω)\{0}. |∇u|2 dx. Ω. Z Ω. α+β+2. |u|. 2/α+β+2 .. dx. (2.3).

(18) 16 Para qualquer domínio Ω, tem-se Sα+β+2 (Ω) = Sα+β+2 (RN ) (veja [20]). Denotamos Sα+β+2 (Ω) = Sα+β+2 . Para o caso de problemas envolvendo sistemas, necessitamos das seguintes definições. Z. Sα,β = Sα,β (Ω) =. inf. Ω. (u,v)∈[H01 (Ω)]2 \{(0,0)}. Z. (|∇u|2 + |∇v|2 )dx α+1. |u|. β+1. |v|. (2.4). 2/α+β+2. dx. Ω. e α,β (Ω). Se. Z. = inf. (|∇u| + |∇v| )dx : (u, v) ∈ E com 2. Ω. 2. Z. α+1. |u|. β+1. |v|. Ω. . dx = 1 ,. (2.5). onde E = H01 (Ω) × H01 (Ω). Observe que Seα,β (Ω) = Sα,β (Ω). O lema a seguir nos garante que Sα,β (Ω) está bem definido e que Sα,β (Ω) > 0. Lema 2.1. Se α + β + 2 ≤ 2∗ , então existe uma constante c > 0 tal que Z. α+1. |u|. β+1. |v|. 1/(α+β+2). dx. Ω. ≤ ck(u, v)kE ,. ∀ (u, v) ∈ E.. Demonstração. Seja (u, v) ∈ E. Aplicando o Corolário A.1,(Desigualdade de Young), temos Z Ω. α+1. |u|. β+1. |v|. α+1 Z β+1 Z α+β+2 dx ≤ |u| dx + |v|α+β+2 dx, α+β+2 Ω α+β+2 Ω α+1 β + 1 = kukα+β+2 kvkα+β+2 α+β+2 + α+β+2 , α+β+2 α+β+2. pela imersão continua H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 , então Z Ω. |u|α+1 |v|β+1 dx ≤ c1 kukα+β+2 + c2 kvkα+β+2 . H 1 (Ω) H 1 (Ω) 0. 0. Além disso, kukH01 (Ω) ≤ k(u, v)kE . Portanto Z Ω. |u|α+1 |v|β+1 dx ≤ ck(u, v)kα+β+2 . E. A seguinte proposição , será importante para a demonstração do Teorema 2.1, pois estabelece uma relação entre Sα+β+2 (Ω) e Seα,β (Ω). (veja [2], veja também [19].) Proposição 2.1. Sejam Ω ⊂ RN um dominio (não necessariamente limitado) e 2 < α + β + 2 ≤ 2∗ , então temos . Seα,β. α+1 = β+1. !. β+1 α+β+2. α+1 + β+1. !. −α−1 α+β+2.   Sα+β+2 ..

(19) 17. . Além disso, se Sα+β+2 é atingido em w0 , então Seα,β é atingido em quaisquer constantes reais A e B tais que !1/2  1/(α+β+2) Z α+1 A α+β+2 α+1 β+1 . = e C= A B |w0 | dx B β+1 Ω. Aw0 Bw0 , C C. . para. Demonstração. Seja (wn ) em H01 (Ω)\{0} uma sequência minimizante para Sα+β+2 (Ω). Considere un = rwn e vn = twn , n ∈ N, com r, t > 0 a serem escolhidos posteriormente. Então Cn =. Z Ω. |un |α+1 |vn |β+1 dx. un vn , C n Cn Por (2.1) obtemos . . e. 1/α+β+2. é tal que.

(20)

(21) Z

(22)

(23) un

(24) α+1

(25) vn

(26)

(27)

(28)

(29)

(30)

(31). =. Ω. Cn. Ω. Seα,β (Ω) ≤. Z. = (rα+1 tβ+1 )1/α+β+2. Cn.

(32) β+1

(33)

(34) dx

(35).

(36)  

(37)

(38) un

(39)

(40) 2

(41)

(42)

(43). Z. Cn. Ω. 1/α+β+2. Z Ω. |wn |α+β+2 dx. = 1..

(44)  

(45) 2 !

(46)

(47) v n

(48) dx +

(49)

(50)

(51). Cn. Z. (|∇un |2 + |∇vn |2 )dx. r +t = α+1 β+1 2/(α+β+2) Z (r t ) 2. Cn2. 6= 0. 2. Ω. |∇wn |2 dx. α+β+2. Ω. |wn |. (2.6). 2/(α+β+2) .. dx. Além disso,   2(β+1). r2 t2 r2 + t2 r = + = 2(α+1) 2(β+1) 2(α+1) 2(β+1) (rα+1 tβ+1 )2/(α+β+2) t r α+β+2 t α+β+2 r α+β+2 t α+β+2 Escolhendo r, t > 0 tais que r/t =  α,β (Ω). Se. ≤.  . α+1 β+1. !. β+1 α+β+2. α+β+2. +.   −2(α+1). r t. α+β+2. .. (2.7). q. α + 1/β + 1, de (2.6) e (2.7) segue que. α+1 + β+1. ! −(α+1). Z. . α+β+2.   Z Ω. Ω. |∇wn |2 dx. α+β+2. |wn |. 2/(α+β+2) .. dx. Fazendo n → ∞ e lembrando que (wn ) é uma sequência minimizante para Sα+β+2 (Ω), obtemos . α+1 β+1. Seα,β (Ω) ≤  . !. β+1 α+β+2. α+1 β+1. +. ! −(α+1) α+β+2.    Sα+β+2 (Ω).. (2.8). Para mostrar a desigualdade contrária, consideremos (un , vn ) em E uma sequência miniZ α+1 mizante para Seα,β (Ω) tal que |un | |vn |β+1 dx = 1, para todo n ∈ N. Ω Defina zn = rn vn , onde rn > 0 e n ∈ N é tal que Z Ω. |un |α+β+2 dx =. Z Ω. |zn |α+β+2 dx..

(52) 18 Aplicando o Corolário A.1, (Desigualdade de Young), segue-se Z Ω. α+1. |un |. α+1 Z β+1 Z α+β+2 dx ≤ |un | dx + |zn |α+β+2 dx α+β+2 Ω α+β+2 Ω. β+1. |zn |. Z. =. α+β+2. |un |. Ω. Z. dx =. Ω. |zn |α+β+2 dx.. Usando a definição de zn , a desigualdade acima e a definição de Sα+β+2 (Ω), obtemos Z Z. (|∇un | + |∇vn | )dx = Z 2. Ω. 2. Ω. Ω. (|∇un |2 + |∇vn |2 )dx. |un |α+1 |vn |β+1 dx. Z. = Z. Ω. rn2(β+1)/α+β+2. = Z. α+1. Ω. |un |. |zn | Z. α+β+2. Ω. Ω. β+1. rn2(β+1)/α+β+2. ≥ Z. Z. |un |. Ω. 2/α+β+2. (rn−1 |zn |)β+1 dx. |un |. 2. rn2(β+1)/α+β+2. |∇un | dx 2/α+β+2. + Z. α+1. dx Ω. |∇un |2 dx 2/α+β+2. + Z. dx. −2(α+1). ≥ rnα+β+2 + rnα+β+2. |un |. rn2(β+1)/α+β+2 Ω. 2(β+1). (|∇un |2 + |∇vn |2 )dx. α+1. Ω. 2/α+β+2. α+β+2. |un |. Ω. Ω. β+1. |zn |. Z. Z. |∇vn |2 dx 2/α+β+2. (2.9). dx. |∇vn |2 dx 2/α+β+2. dx. !. Sα+β+2 (Ω).. Agora definimos a função h(r) = r2(β+1)/α+β+2 q + r−2(α+1)/α+β+2 , r > 0. Afirmamos que o mínimo da função h é assumido no ponto r0 = α + 1/β + 1. De fato, h0 (r) = q. Portanto,. α + 1/β + 1 é um único ponto crítico de h. Vemos que se r <. tão h (r) < 0 e para r > 0.  −3α−β−4  2 r α+β+2 (β + 1)r2 − (α + 1) . α+β+2. q. α + 1/β + 1 temos que h (r) > 0. Logo r0 = 0. um ponto de mínimo local. Mais do que isso, r0 = absoluto de h. De (2.9) e da definição de h vem Z Ω. q. q. α + 1/β + 1 enq. α + 1/β + 1 é. α + 1/β + 1 é um ponto de mínimo. (|∇un |2 + |∇vn |2 )dx ≥ h(rn )Sα+β+2 (Ω) ≥ h(r0 )Sα+β+2 (Ω) . = . α+1 β+1. !. β+1 α+β+2. +. α+1 β+1. ! −(α+1) α+β+2.    Sα+β+2 (Ω)..

(53) 19 Fazendo n → ∞ na desigualdade acima e lembrando que (un , vn ) é uma sequência minimizante para Seα,β (Ω), obtemos . α+1 β+1. Seα,β (Ω) ≥  . !. β+1 α+β+2. α+1 β+1. +. ! −(α+1) α+β+2.    Sα+β+2 (Ω).. (2.10). De (2.8) e (2.10) obtemos a relação desejada entre Sα+β+2 (Ω) e Seα,β (Ω). Além disso, se w0 realiza Sα+β+2 (Ω), isto é, se Z. Sα+β+2 (Ω) = Z. Ω. |∇w0 |2 dx. α+β+2. Ω. |w0 |. 2/(α+β+2) ,. dx. então, tomando u0 = Aw0 /C e v0 = Bw0 /C, onde A, B são constantes reais tais que A/B =. q. . α + 1/β + 1 e C = A. α+1. B. β+1. Z Ω. α+β+2. |w0 |. 1/(α+β+2). dx. , finalmente usando. a relação entre Sα+β+2 (Ω) e Seα,β (Ω), concluímos que Z Z Ω. A2 + B 2. (|∇u0 |2 + |∇v0 |2 )dx =. =. ! Ω. (Aα+1 B β+1 )2/(α+β+2) ". A B. 2(β+1)/α+β+2. . α+1 = β+1. +. . !(β+1)/α+β+2. Z. A B. |w0 |2 dx. α+β+2. |w0 | dx Ω −2(α+1)/α+β+2 #. α+1 + β+1. 2/(α+β+2). Sα+β+2 (Ω). !−(α+1)/α+β+2   Sα+β+2 (Ω). = Seα,β (Ω). Observe que. Z Ω. |u0 |α+1 |v0 |β+1 dx = 1. Portanto, Seα,β (Ω) é atingido em (u0 , v0 ).. Agora, provaremos alguns resultados que garantem a regularidade do funcional J. Lema 2.2. Sejam Ω um domínio limitado do RN , α, β constantes positivas tais que α + β + 2 ≤ 2∗ . Sejam u, v ∈ H01 (Ω) e f, g funções dadas por f (u, v) = (α + 1)(u+ )α (v + )β+1 , g(u, v) = (β + 1)(u+ )α+1 (v + )β respectivamente. Se zn = (un , vn ) → z = (u, v) em E, então existe uma subsequência (znk ) de (zn ) tal que α+β+2 f (znk ) → f (z) e g(znk ) → g(z) em L α+β+1 (Ω). Além disso, tem-se que α+β+2. f, g : E → L α+β+1 (Ω), são contínuas. Demonstração. Primeiro, observamos que, usando a desigualdade de Hölder com expoentes p = α+β+1 e p0 = α+β+1 e a continuidade da imersão H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 (Ω), obtemos α+1 β.

(54) 20 α+β+2. que f (u, v) ∈ L α+β+1 (Ω), para todo (u, v) ∈ E. Suponha que zn = (un , vn ) → z = (u, v) em E. Usando novamente que a imersão H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 (Ω) é contínua então un → u e vn → v em Lα+β+2 (Ω) pelo teorema B.6, existe uma subsequência (unk , vnk ) de (un , vn ) tal que (i) unk (x) → u(x), e vnk (x) → v(x) q.t.p. em Ω, (ii) |unk (x)| ≤ h1 (x) e |vnk (x)| ≤ h2 (x), para todo k ∈ N e q.t.p em Ω, com h1 , h2 ∈ Lα+β+2 (Ω). Então f (unk , vnk ) − f (u, v) → 0 q.t.p. em Ω e |f (unk , vnk ) − f (u, v)| ≤ (α + 1)|unk |α |vnk |β+1 + (α + 1)|u|α |v|β+1 α+β+2. ≤ (α + 1)hα1 hβ+1 + (α + 1)|u|α |v|β+1 ∈ L α+β+1 (Ω) 2 Pelo Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue (teorema B.5), α+β+2. f (znk ) = f (unk , vnk ) → f (u, v) = f (z) em L α+β+1 (Ω). Procedendo de forma análoga, podemos mostrar que g(znk ) → g(z). α+β+2. Agora mostraremos que f, g : E → L α+β+1 (Ω). são contínuas. Demonstração. Seja zn uma sequência convergindo para z em E. Devemos mostrar que xn = kf (zn ) − f (z)k α+β+2 → 0 quando n → ∞. Argumentando por contradição, suponha α+β+1 que xn não convirja para zero. Então dado ε > 0, podemos extrair uma subsequência (xnk ) de (xn ) tal que (xnk ) ∈ / (−ε, ε), para todo k ∈ N. pelo Lema 2.2, existe uma subsequência (xnkl ) de (xnk ) tal que xnkl → 0, o que é uma contradição. Proposição 2.2. Seja Ω um domínio limitado do RN , α, β > 0 e α + β + 2 ≤ 2∗ . O funcional F : E −→ R dado por Z F (u, v) = (u+ )α+1 (v + )β+1 dx Ω. 1. é de classe C com F 0 (u, v)(ϕ, ψ) = (α + 1). Z Ω. (u+ )α (v + )β+1 ϕdx + (β + 1). Z Ω. (u+ )α+1 (v + )β ψdx,. (ϕ, ψ) ∈ E. Demonstração. A derivada de Gâteaux de F é dada por F ((u, v) + t(ϕ, ψ)) − F ((u, v)) t Z [(u + tϕ)+ ]α+1 [(v + tψ)+ ]β+1 − (u+ )α+1 (v + )β+1 = lim dx. t→0 Ω t. FG0 (u, v)(ϕ, ψ) = lim t→0.

(55) 21 Seja h : [0, 1] −→ R dada por h(t) = [(u + tϕ)+ ]α+1 [(v + tψ)+ ]β+1 , onde u, v, ϕ, ψ ∈ H01 (Ω). Usando o Teorema do Valor Médio, existe τ ∈ (0, 1) tal que h(t) − h(0) = h0 (τ ) com τ ∈ (0, t) ⊂ (0, 1). t Portanto [(u + tϕ)+ ]α+1 [(v + tψ)+ ]β+1 − (u+ )α+1 (v + )β+1 = t (α + 1)[(u + τ ϕ)+ ]α ϕ[(v + τ ψ)+ ]β+1 + (β + 1)[(u + τ ϕ)+ ]α+1 [(v + τ ψ)+ ]β ψ.. (2.11). Daí,

(56)

(57)

(58) h(t) − h(0)

(59)

(60)

(61)

(62)

(63)

(64)

(65) t. ≤ (α + 1)(|u| + |ϕ|)α |ϕ|(|v| + |ψ|)β+1 + (β + 1)(|u| + |ϕ|)α+1 (|v| + |ψ|)β |ψ|.. Afirmamos que (|u| + |ϕ|)α |ϕ|(|v| + |ψ|)β+1 e (|u| + |ϕ|)α+1 (|v| + |ψ|)β |ψ| ∈ L1 (Ω). De fato, usando a desigualdade general de Hölder (Corolário B.4) com expoentes α+β+2 , α α+β α + β + 2 e β+1 , obtemos Z Ω. (|u| + |ϕ|)α |ϕ|(|v| + |ψ|)β+1 dx ≤ k(|u| + |ϕ|)kαα+β+2 kϕkα+β+2 k(|v| + |ψ|)kβ+1 α+β+2 β+1 ≤ c1 (kukαα+β+2 + kϕkαα+β+2 )kϕkα+β+2 (kvkβ+1 α+β+2 + kψkα+β+2 ),. onde c1 = 2α+β+1 . Usando o fato de que a imersão H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 (Ω) é contínua, concluímos que (|u| + |ϕ|)α |ϕ|(|v| + |ψ|)β+1 ∈ L1 (Ω). Análogamente, se mostra que (|u| + |ϕ|)α+1 (|v| + |ψ|)β |ψ| ∈ L1 (Ω). Além disso, de (2.11), [(u + tϕ)+ ]α+1 [(v + tψ)+ ]β+1 − (u+ )α+1 (v + )β+1 = t→0 t (α + 1)(u+ )α (v + )β+1 ϕ + (β + 1)(u+ )α+1 (v + )β ψ,. lim. esta última igualdade é porque se t → 0 então τ → 0. Aplicando o Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue (Teorema B.5) FG0 (u, v)(ϕ, ψ). = (α + 1). Z Ω. (u ) (v ) + α. + β+1. ϕdx + (β + 1). Z Ω. (u+ )α+1 (v + )β ψdx.. Pela Proposição B.1, para concluir a demonstração, basta mostrar que FG0 é contínua. Sejam f (u, v) = (u+ )α (v + )β+1 e g(u, v) = (u+ )α+1 (v + )β , (u, v) ∈ E. Suponha zn = (un , vn ) → (u, v) = z em E. Pelo Lema 2.2, α+β+2. f (zn ) → f (z) e g(zn ) → g(z) em L α+β+1 (Ω)..

(66) 22 Aplicando a desigualdade de Hölder com expoentes p = continuidade da imersão H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 (Ω), obtemos |FG0 (zn )(ϕ, ψ). −. FG0 (z)(ϕ, ψ)|. ≤. Z Ω. |f (zn ) − f (z)||ϕ|dx +. e p0 = α + β + 2 e a. α+β+2 α+β+1. Z Ω. |g(zn ) − g(z)||ψ|dx. ≤ kf (zn ) − f (z)k α+β+2 kϕkα+β+2 + kg(zn ) − g(z)k α+β+2 kψkα+β+2 α+β+1. α+β+1. ≤ c1 kf (zn ) − f (z)k α+β+2 kϕkH01 (Ω) + c2 kg(zn ) − g(z)k α+β+2 kψkH01 (Ω) α+β+1. ≤c. . α+β+1. . kf (zn ) − f (z)k α+β+2 + kg(zn ) − g(z)k α+β+2 k(ϕ, ψ)kE , α+β+1. α+β+1. para todo (ϕ, ψ) ∈ E. Portanto, kFG0 (zn ) − FG0 (z)kE 0 ≤ c. . kf (zn ) − f (z)k α+β+2 + kg(zn ) − g(z)k α+β+2 α+β+1. . α+β+1. → 0,. quando n → ∞. Logo FG0 é contínua. Pelas Proposições B.2 e 2.2 o funcional está bem definido e é de classe C 1 , com derivada de Fréchet, dada por J (un , vn )(ϕ, ψ) = 0. Z Ω. ∇un .∇ϕdx +. − (β + 1) 0. Z. Ω. ∇vn .∇ψdx − (α + 1) 0. α+1 + β (u+ (vn ) ψdx − µ (α + 1) n). ΩZ. − µ (β + 1). Z. Ω. Z. ZΩ Ω. α + β+1 (u+ ϕdx n ) (vn ) 0. α + β (u+ n ) (vn ). 0. +1. ϕdx. 0. 0. α +1 + β (u+ (vn ) ψdx ∀ (ϕ, ψ) ∈ E. n). No gráfico a seguir pode-se observar que (0, 0) é um mínimo local de J. Existe uma bola BR , tal que para todos os pontos na fronteira ∂BR existe ρ > 0 que satisfaz J ≥ ρ. ( veja a figura 1) Provaremos que o funcional J possui a geometria do Passo da Montanha. O lema seguinte mostra que (0, 0) é um mínimo local para J. 4 e µ < λ1 . N −2 Então existem ρ , R > 0 tais que J(u, v) ≥ ρ > 0 para todo (u, v) ∈ E com k(u, v)k = R. 0. 0. Lema 2.3. Suponha que α + β + 2 = 2∗ , 0 ≤ α + β <. Demonstração. Pelo Corolário A.1, temos Z Ω. Z α+1 β+1 (u+ )α+β+2 dx + (v + )α+β+2 dx Ω α+β +2 Ω α+β +2 β+1 α+1 = ku+ kα+β+2 kv + kα+β+2 α+β+2 + α+β+2 α+β+2 α+β+2. (u+ )α+1 (v + )β+1 dx ≤. ≤. Z. α+1 β+1 kukα+β+2 kvkα+β+2 α+β+2 + α+β+2 . α+β+2 α+β+2. (2.12).

(67) 23 Figura 1 – Primeira condição da geometria do Passo da Montanha.. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.. Pela imersão contínua H01 (Ω) ,→ Lα+β+2 , existem constantes A1 e A2 > 0 tais que kukα+β+2 ≤ A1 kukH01 (Ω) e kvkα+β+2 ≤ A2 kvkH01 (Ω) . Usando a estimativa (2.12), obtemos Z Ω. (u+ )α+1 (v + )β+1 dx ≤ Ã1 kukα+β+2 + Ã2 kvkα+β+2 . H 1 (Ω) H 1 (Ω) 0. n. 0. (2.13). o. Seja A := max Ã1 , Ã2 > 0 por hipótese α + β + 2 = 2∗ , então por (2.13), tem-se Z Ω. . ∗. ∗. (u+ )α+1 (v + )β+1 dx ≤ A kuk2H01 (Ω) + kvk2H01 (Ω). . (2.14). Assim, por (2.14) temos Z Ω. ∗. (u+ )α+1 (v + )β+1 dx ≤ Ak(u, v)k2E .. (2.15). De forma análoga, Z Ω. 0. (u+ )α +1 (v + )β. 0. +1. 0. dx ≤ Bk(u, v)kαE +β. 0. +2. ,. (2.16). onde B é uma constante positiva. Agora, substituindo as estimativas (2.15) e (2.16) em (2.2), temos 0 0 1 ∗ J(u, v) ≥ k(u, v)k2E − Ak(u, v)k2E − Bk(u, v)kαE +β +2 . 2. (2.17).

(68) 24 Vamos dividir a prova em dois casos: Caso: 1 4 0 0 0 0 Se 0 < α + β < então 2 < α + β + 2 < 2∗ . N −2 Assim, tomando k(u, v)kE = R suficientemente pequeno, existe ρ > 0 tal que 0 0 1 ∗ J(u, v) ≥ R2 − AR2 − BRα +β +2 := ρ > 0, para todo (u, v) ∈ ∂BR (0). 2 Caso: 2 0 0 0 0 0 0 Se α + β = 0, como α e β são não negativos, segue que α = β = 0. Logo pelo Corolário A.1, segue que Z Z 0 1Z + 2 1Z + 2 + α +1 + β 0 +1 + + (u ) (v ) dx = (u )(v )dx ≤ (u ) dx + (v ) dx 2 ZΩ 2 Ω Ω Ω 1 1Z ≤ |u|2 dx + |v|2 dx 2 Ω 2 Ω 1 1 = kuk22 + kvk22 . (2.18) 2 2 1 Como kuk22 ≤ kuk2H 1 (Ω) , onde λ1 é o menor autovalor associado ao operador −∆, 0 λ1 então por (2.18) tem-se Z 0 1 1 0 (u+ )α +1 (v + )β +1 dx ≤ kuk2H01 (Ω) + kvk2H01 (Ω) , 2λ1 2λ1 Ω ou seja, Z 0 1 0 (u+ )α +1 (v + )β +1 dx ≤ k(u, v)k2E . (2.19) 2λ1 Ω Substituindo as estimativas (2.15) e (2.19) em (2.2), temos µ 1 ∗ k(u, v)k2E , J(u, v) ≥ k(u, v)k2E − Ak(u, v)k2E − 2 2λ1 e consequentemente,   1 µ ∗ J(u, v) ≥ 1− k(u, v)k2E − Ak(u, v)k2E , 2 λ1 µ onde 1 − > 0 devido a hipótese µ < λ1 , λ1 fazendo R = k(u, v)kE , segue que 1      1 µ 1 µ ∗ ∗ 2 −2 . 1− R2 − AR2 > 0 se, e somente se R < 1− 2 λ1 2A λ1    1 1 µ 2∗ −2 Assim, se R = 1− , nós temos 4A λ1   R2 µ J(u, v) ≥ 1− > 0. 4 λ1 R2 µ Logo, existem ρ := (1 − ) > 0 e BR (0) em E tal que, 4 λ(1    1 ) 1 µ 2∗ −2 para todo (u, v) ∈ ∂BR (0) = (u, v) ∈ E : k(u, v)kE = R = 1− , nós temos 4A λ1 J(u, v) ≥ ρ > 0. Portanto está finalizado a prova do lema..

(69) 25. BR. S. No próximo gráfico pode-se observar que existe (ϕ1 , ψ1 ) ∈ E tal que (ϕ1 , ψ1 ) ∈ / ∂BR , além disso, J(ϕ1 , ψ1 ) < 0. (veja a figura 2) Figura 2 – Segunda condição da geometria do Passo da Montanha.. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.. O lema seguinte prova que o funcional J tem a condição da parte (ii) da geometria do Teorema do Passo da Montanha. Lema 2.4. Suponha µ > 0 e 0 < α + β + 2 = 2∗ . Então existe (ϕ1 , ψ1 ) ∈ E tal que k(ϕ1 , ψ1 )kE > R e J(ϕ1 , ψ1 ) < 0, onde R é dado pelo Lema 2.3. Demonstração. Sem perda de generalidade, suponhamos que 0 ∈ Ω. Logo fixe (ϕ0 , ψ0 ) ∈ E\{0} com ϕ0 > 0 e ψ0 > 0 em Ω. Seja t > 0, substituindo o ponto (tϕ0 , tψ0 ) em (2.2), tem-se Z Z 0 0 0 0 t2 ∗ α +β +2 α +1 α+1 + β+1 ) (ψ ) dx − µ t (ϕ+ (ψ0+ )β +1 dx. J(tϕ0 , tψ0 ) = k(ϕ0 , ψ0 )k2E − t2 (ϕ+ 0 0 0) 2 Ω Ω Logo, como 0 < α + β + 2 = 2∗ , segue que lim J(tϕ0 , tψ0 ) = −∞, ou seja, existe t1 > 0 tal t→∞ que J(t1 ϕ0 , t1 ψ0 ) < 0 e k(t1 ϕ0 , t1 ψ0 )k > R. Assim, basta tomar (ϕ1 , ψ1 ) = (t1 ϕ0 , t1 ψ0 ). O gráfico abaixo tem as duas condições da geometria do Teorema do Passo da Montanha ( veja a figura 3).

(70) 26 Figura 3 – A geometria do Passo da Montanha.. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.. Lema 2.5. Assumindo que F ∈ C 1 (RN ) com F (0) = 0 e.

(71)

(72)

(73) ∂F

(74)

(75)

(76)

(77)

(78)

(79) ∂ui

(80). ≤ C|u|p−1 , seja (un ) uma. sequência limitada em Lp (Ω) com 1 ≤ p < ∞ tal que un → u q.t.p. em Ω. Então. Z Z lim (F (u ) − F (u − u)) dx = F (u)dx. n n n→∞ Ω. Ω. Demonstração: Ver [7], Teoremas 1 e 2, pag. 487. Lema 2.6. Suponha µ > 0 e seja (un , vn ) uma sequência em E tal que 0 0 J(un , vn ) → c e J (un , vn ) → 0 em E com 2∗ c< N. . Sα,β 2∗.  N2. Sα,β 2 = N − 2 2∗ .  N2. .. Então (un , vn ) é relativamente compacta em E. Demonstração. Por hipótese, dado ε > 0, existe n0 > 0 tal que para todo n > n0 tem-se |J(un , vn ) − c| < ε, ou seja, Z Z 0 0 1 α +1 + β +1 2 + α+1 + β+1 k(un , vn )kE − (un ) (vn ) dx − µ (u+ ) (v ) dx = c + o(1). n n 2 Ω Ω. (2.20).

(81) 27 Além disso, pelas Proposições B.2 e 2.2, J 0 (un , vn )(ϕ, ψ) = hJ 0 (un , vn ), (ϕ, ψ)i = Z Ω. ∇un .∇ϕdx +. Z Ω. 0. ∇vn .∇ψdx − (α + 1). −µ (α + 1). Z Ω. α (u+ n). 0. Z Ω. 0. (vn+ )β +1 ϕdx. α + β+1 ϕdx − (β + 1) (u+ n ) (vn ) 0. − µ (β + 1). 0. Z Ω. Z Ω. α+1 + β (vn ) ψdx (u+ n). 0. α +1 + β (u+ (vn ) ψdx, ∀ (ϕ, ψ) ∈ E. n). − − + Tomando em particular (ϕ, ψ) = (un , vn ) = (u+ n − un , vn − vn ), o Lema A.2 garante que. Z. J 0 (un , vn ).(un , vn ) = k(un , vn )k2E − 2∗ 0. Z Ω. 0. − µ (α + β + 2). Ω. α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx n) 0. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. dx,. como, J 0 (un , vn ) → 0 quando n → ∞, temos que hεn , (un , vn )i =. k(un , vn )k2E 0. −2. ∗. 0. − µ (α + β + 2). Z. Z Ω Ω. α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx n) 0. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. (2.21). dx. com εn → 0. De (2.20) e (2.21)  ∗ 2. 2. Z. −1. Ω. 0. α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx n). α +β +µ 2. 0. !Z. 0. Ω. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. dx ≤. c + o(1) + εn k(un , vn )kE . Como Z Ω.  ∗ 2. 2. . −1 =. α+β > 0, então 2. α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx n). c ≤2 α+β. !. o(1) +2 α+β. !. 2 + εn k(un , vn )kE α+β !. (2.22). e Z Ω. 0. 0. c o(1) 2 +2 + εn k(un , vn )kE . ≤2 0 0 0 0 0 µ(α + β ) µ(α + β ) µ(α + β 0 ) (2.23) !. α +1 + β +1 (u+ (vn ) dx n). !. !. Logo substituindo (2.22) e (2.23) em (2.20), segue que k(un , vn )k2E ≤ C1 + C2 k(un , vn )kE , com C1 , C2 > 0. Note que a expresão acima possui a forma x2 ≤ ax + b, com a, b > 0. Assim pelo lema A.1, existe r > 0 tal que k(un , vn )kE = x ≤ r. Portanto, (un , vn ) é limitada em E. β Afirmação (2) Definindo wn := uαn vnβ+1 e tn := uα+1 n vn , nós temos que, wn e tn são.

(82) 28 2∗. sequências limitadas em L 2∗ −1 (Ω). De fato, kwn k e portanto, nosso objetivo é Assim, Ω. Ω. |wn |. 2∗ 2∗ −1.  2∗ −1 ∗ 2. dx. ,. 2∗. Z. |wn | 2∗ −1 dx < ∞.. Ω. 2∗. Z. =. 2∗ 2∗ −1. Z. 2∗. Z. |wn | 2∗ −1 dx =. Ω. |uαn vnβ+1 | 2∗ −1 dx ≤. Z  Ω. |un |α |vn |β+1. . 2∗ 2∗ −1. dx.. Usando a desigualdade de Hölder (Teorema B.3) com expoentes p = temos Z Ω. |wn |. 2∗ 2∗ −1. dx ≤. Z. α 2∗2−1. |un |. Ω. =. ∗. Z . p. dx. |un | dx. . α 2∗ −1. Z Ω. ∗. (β+1) 2∗2−1. |vn |. Ω. 2∗. Ω.  1 Z . p. 2∗. |vn | dx. . β+1 2∗ −1. 2∗ −1 α. eq =. 2∗ −1 , β. 1. q. dx. q. (2.24). .. ∗. Logo, como H01 (Ω) ,→ L2 (Ω) então, existe k0 > 0 tal que kun k2∗ ≤ k0 kun kH01 (Ω) , ∀ un ∈ H01 (Ω), ou seja, Z. 2∗. Ω. |un | dx. . α 2∗ −1. 2∗ ( 2∗α−1 ) ≤ k1 kun kH 1 (Ω) .. (2.25). 2∗ ( 2β+1 ∗ −1 ) ≤ k2 kvn kH 1 (Ω) .. (2.26). 0. Análogamente para vn , temos, Z. 2∗. |vn | dx. Ω. . β+1 2∗ −1. 0. Por (2.25), (2.26) e (2.24), concluímos que Z Ω. 2∗ 2∗ ( 2∗α−1 ) 2∗ ( 2β+1 ∗ −1 ) |wn | 2∗ −1 dx ≤ kkun kH 1 (Ω) kvn kH 1 (Ω) . 0. (2.27). 0. Agora, como kun kH01 (Ω) e kvn kH01 (Ω) ≤ k(un , vn )kE , usando (2.27), segue que Z Ω. 2∗. ∗. |wn | 2∗ −1 dx ≤ kk(un , vn )k2E .. (2.28). Como (un , vn ) é limitada em E, nós temos que Z Ω. De forma análoga para tn , temos Isso mostra a afirmação (2). Sabemos que on (1) =. Z Ω. − (β + 1) 0. Z. |tn | 2∗ −1 dx < ∞.. Ω. Z Ω. ∇vn .∇ψdx − (α + 1). α+1 + β (u+ (vn ) ψdx n). ΩZ. − µ (β + 1). 2∗. Z. ∇un .∇ϕdx +. 2∗. |wn | 2∗ −1 dx < ∞.. Ω. 0. 0. 0. − µ (α + 1). α +1 + β (u+ (vn ) ψdx. n). Z. ZΩ Ω. α + β+1 (u+ ϕdx n ) (vn ) 0. α + β (u+ n ) (vn ). 0. +1. ϕdx (2.29).

(83) 29 Como a sequência (un , vn ) é limitada em E. Assim, pela Proposição B.3, item (i), temos un * u0 e vn * v0 em H01 (Ω). Agora estudaremos a convergência de cada termo de (2.29). Afirmação (3) Z Ω. ∇un .∇ϕdx →. Z. Z. ∇u0 .∇ϕdx e. Ω. Ω. ∇vn .∇ψdx →. Z Ω. ∇v0 .∇ψdx.. De fato, seja ϕ ∈ H01 (Ω). Definimos o funcional f : H01 (Ω) −→ R como f (u) = 0. Note que f ∈ (H01 (Ω)) . De fato, sejam λ ∈ R e u, v ∈ H01 (Ω). Assim, f (u + λv) =. Z Ω. ∇(u + λv).∇ϕdx =. Z Ω. ∇u.∇ϕdx + λ. Z Ω. Z. ∇u.∇ϕdx.. Ω. ∇v.∇ϕdx = f (u) + λf (v). e consequentemente f é linear. Além disso, pela desigualdade de Hölder (Teorema B.3) |f (u)| ≤. Z. Z. |∇u.∇ϕ|dx ≤. Ω. Ω. 2. |∇u0 | dx.  1 Z 2. 2. |∇ϕ| dx. .. 1 2. Ω. = kϕkH01 (Ω) .kukH01 (Ω) ≤ CkukH01 (Ω) .. Assim, f é limitada e portanto, contínua. Agora, como un * u0 , temos por Teorema B.1, item (i) Z Ω. ∇un .∇ϕdx = f (un ) → f (u0 ) =. Z Ω. (2.30). ∇u0 .∇ϕdx.. Z. Z. Análogamente tem-se ∇vn .∇ψdx → ∇v0 .∇ψdx. Ω Ω Isso mostra a afirmação (3). Pelo Lema A.3, realizamos a seguinte afirmação. Afirmação (4) Z Ω. α + β+1 (u+ ϕdx → n ) (vn ). Z Ω. ∗. α + β+1 ϕdx, ∀ ϕ ∈ L2 (Ω). (u+ 0 ) (v0 ). De fato, pelo Teorema B.1, item (iii), un → u0 e vn → v0 q.t.p. em Ω. Então wn = uαn vnβ+1 → w0 = uα0 v0β+1 q.t.p. em Ω. Além disso pela afirmação (2), wn é 2∗ limitada em L 2∗ −1 (Ω). Portanto, a afirmação (4) segue do Teorema B.8. Analogamente Z Ω. Z. e. ZΩ Ω. α+1 + β (u+ (vn ) ψdx n). α (u+ n). 0. 0. →. 0. (vn+ )β +1 ϕdx 0. →. α +1 + β (vn ) ψdx → (u+ n). Z. Z Ω ZΩ Ω. α+1 + β (u+ (v0 ) ψdx, 0) 0. α + β (u+ 0 ) (v0 ) 0. 0. +1 0. ϕdx,. α +1 + β (u+ (v0 ) ψdx, 0).

(84) 30 para todo (ϕ, ψ) ∈ E. Por outro lado, como lim J 0 (un , vn )(ϕ, ψ) = 0, pelas por afirmações (1) e (3) concluímos n→∞ que J 0 (u0 , v0 )(ϕ, ψ) = 0 ∀ (ϕ, ψ) ∈ E.. (2.31). Assim, Z Z Z α + β+1 ϕdx ∇u0 .∇ϕdx + ∇v0 .∇ψdx = (α + 1) (u+ 0 ) (v0 ) Ω. Ω. Ω. + (β + 1). Z. 0. α+1 + β (u+ (v0 ) ψdx 0). ΩZ. + µ (β + 1). 0. Ω. 0. + µ (α + 1). 0. Z Ω. α + β (u+ 0 ) (v0 ). 0. +1. ϕdx. 0. α +1 + β (u+ (v0 ) ψdx, ∀ (ϕ, ψ) ∈ E 0). (2.32). e consequentemente, (u0 , v0 ) satisfaz o sistema 0. 0. 0. 0. 0.     . + β α + β+1 α −∆u0 = (α + 1)(u+ + µ(α + 1)(u+ 0 ) (v0 ) 0 ) (v0 ).    . α+1 + β α +1 + β −∆v0 = (β + 1)(u+ (v0 ) + µ(β + 1)(u+ (v0 ) 0) 0). +1. 0. no sentido fraco. Tomando (ϕ, ψ) = (u0 , v0 ) ∈ E em (2.32) e aplicando o teorema da divergência, segue que k(u0 , v0 )k2E. =2. ∗. Z Ω. α+1 + β+1 (u+ (v0 ) dx 0). 0. 0. + µ (α + β + 2). 0. Z Ω. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx.. (2.33). Agora, substituindo o ponto (u0 , v0 ) em (2.2) e usando (2.33) concluímos que J(u0 , v0 ) =.  ∗ 2. 2. Z. −1. Ω. 0. α +β 2. α+1 + β+1 (u+ (v0 ) dx + µ 0). 0. !Z Ω. 0. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx ≥ 0. (2.34). Agora queremos provar que un → u0 fortemente em H01 (Ω), para isso defina ϕn := u0 − un , ψn := v0 − vn e H(u, v) := uα+1 v β+1 . Note que a função H satisfaz as hipóteses do Lema 2.5. De fato, H é de classe C 1 , além disso, H(0, 0) = 0, logo tem-se ∂H ∂H (u0 , v0 ) = (α + 1)uα0 v0β+1 e (u0 , v0 ) = (β + 1)uα+1 v0β . 0 ∂u ∂v Como |u0 | , |v0 | ≤ k(u0 , v0 )kE , segue que

(85)

(86)

(87) ∂H

(88)

(89)

(90)

(91)

(92)

(93) ∂u

(94). ≤ (α +. ∗ 1)k(u0 , v0 )k2E −1. e.

(95)

(96)

(97) ∂H

(98)

(99)

(100)

(101)

(102)

(103) ∂v

(104). ∗. ≤ (β + 1)k(u0 , v0 )k2E −1 .. Portanto, H satisfaz as condições do Lema 2.5 Afirmação (5) Z Ω. β+1 (uα+1 n vn. − (un − u0 ). α+1. (vn − v0 ). β+1. )dx =. Z Ω. uα+1 v0β+1 + o(1). 0. (2.35).

(105) 31 ∗. De fato, note que a sequência (un , vn ) é limitada em [L2 (Ω)]2 . De fato, como existe (un , vn ) ∈ E, então un e vn ∈ H01 (Ω). Além disso, existe k > 0 tal ∗ que kun k2∗ ≤ kkun kH01 (Ω) , pois H01 (Ω) ,→ L2 (Ω). Assim, Z. ∗. Ω. ∗. ∗. ∗. ∗. |un |2 ≤ k 2 kun k2H01 (Ω) ≤ k 2 k(un , vn )k2E .. Como (un , vn ) é limitada em E, concluímos que Z Ω. ∗. ∗. |un |2 < ∞ e assim, un ∈ L2 (Ω).. 2∗. De forma análoga vn ∈ L (Ω). ∗ Portanto (un , vn ) é limitada em [L2 (Ω)]2 . ∗ Note que H satisfaz as condições do Lema 2.5, (un , vn ) é limitada em [L2 (Ω)]2 e a Proposição B.3 item (iii), garantem que as hipóteses do Lema 2.5 estão satisfeitas, assim lim. Z. n→∞. . Ω. H(un , vn ) − H[(un , vn ) − (u0 , v0 )] =. Z Ω. H(u0 , v0 ),. ou seja, lim. Z . n→∞ Ω. β+1 uα+1 n vn. − (un − u0 ). α+1. (vn − v0 ). β+1. . dx =. Z Ω. uα+1 v0β+1 . 0. Então, reescrevendo a expresão acima, obtemos a prova da afirmação (5). Afirmação (6) Z 1 2 + J(u0 , v0 ) + k(ϕn , ψn )kE − H(ϕ+ n , ψn )dx = c + o(1). 2 Ω. De fato, ku0 −. ϕn k2H01 (Ω). =. Z Ω. |∇(u0 − ϕn )| dx = 2. kn0 k2H01 (Ω). +. kϕn k2H01 (Ω). −2. Z Ω. ∇u0 .∇ϕn dx. (2.36). 2 Pela Proposição B.3, item (i), como un é limitada em H01 (Ω), Z ∇un * ∇u0 em L (Ω) ou seja, ∇ϕn = ∇u0 − ∇un * 0 em L2 (Ω) e consequentemente ∇ϕn .∇u0 dx → 0, quando Ω n → +∞. Assim, por (2.36), temos. ku0 − ϕn k2H01 (Ω) = kun k2H01 (Ω) = ku0 k2H01 (Ω) + kϕn k2H01 (Ω) + o(1).. (2.37). De forma análoga concluímos que kv0 − ψn k2H01 (Ω) = kvn k2H01 (Ω) = kv0 k2H01 (Ω) + kψn k2H01 (Ω) + o(1). Por outro lado,  1 1 k(ϕn , ψn )k2E = kϕn k2H01 (Ω) + kψn k2H01 (Ω) . 2 2. (2.38).

(106) 32 De (2.37) e (2.38)  1 1 k(ϕn , ψn )k2E = kun k2H01 − ku0 k2H01 − o(1) + kvn k2H01 − kv0 k2H01 − o(1) . 2 2. Assim, 1 1 1 k(ϕn , ψn )k2E = k(un , vn )k2E − k(u0 , v0 )k2E − o(1). 2 2 2. (2.39). Além disso, temos Z Ω. + H(ϕ+ n , ψn )dx. =. Z Ω. + α+1 + (u+ (v0 − vn+ )β+1 dx. 0 − un ). (2.40). Logo, por (2.34), (2.39) e (2.40) tem-se Z 1 2 + JH := J(u0 , v0 ) + k(ϕn , ψn )kE − H(ϕ+ n , ψn )dx = 2 Ω  ∗ 2. 2. 0. Z. −1. Ω. α+1 + β+1 (u+ (v0 ) dx 0). α +β 2. +µ. 0. !Z. 0. Ω. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. 1 dx + k(un , vn )k2E 2. Z 1 2 + α+1 + (v0 − vn+ )β+1 dx. − k(u0 , v0 )kE − o(1) − (u+ 0 − un ) 2 Ω. Agora, por (2.20) e (2.33) na igualdade acima, obtemos JH = c −. Z Ω. α+1 + β+1 (u+ (v0 ) dx 0). +. +µ. Z Ω. Z Ω. 0. 0. α +1 + β +1 (u+ (vn ) dx n). α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx − n). Z Ω. 0. Z. −µ. Ω. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx. + α+1 + (u+ (v0 − vn+ )β+1 dx. 0 − un ). Pela afirmação (5), nesta última igualdade, segue-se JH = c + o(1) + µ. 0. Z Ω. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. dx − µ. Z Ω. 0. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx.. (2.41). Note que o(1) +. Z Ω. 0. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx =. 0. Z Ω. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. (2.42). dx.. De fato, 0. α +1 + β |(u+ (vn ) n). 0. +1. 0. | = |((u0 − ϕn )+ )α +1 ((v0 − ψn )+ )β 0. = |(u0 − ϕn )+ |α +1 |(v0 − ψn )+ |β 0. ≤ |(u0 − ϕn )|α +1 |(v0 − ψn )|β. 0. 0. +1. 0. +1. |. +1. .. Como (un , vn ) é limitada em E, pela Proposição B.3 item (iv), temos que ϕn → 0 e ψn → 0 q.t.p. em Ω,. (2.43).

(107) 33 pois, por (2.35), (ϕn = u0 − un e ψn = v0 − vn ), então existem k1 , k2 > 0 tais que |ϕn | < k1 e |ψn | < k2 q.t.p. em Ω. Também, por (2.43), 0. |(u0 − ϕn )|α +1 |(v0 − ψn )|β. 0. +1. 0. ≤ (|u0 (x)| + k1 )α +1 (|v0 (x)| + k2 )β. 0. := T (x).. +1. (2.44). Assim T é uma função que não depende de n. Logo, (2.44) e (2.43) garantem que 0. α +1 + β (vn ) |(u+ n). 0. +1. | ≤ T (x) q.t.p. em Ω.. (2.45). Pela Proposição B.3 item (iv), tem-se 0. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. 0. α +1 + β → (u+ (v0 ) 0). +1. 0. q.t.p. em Ω.. +1. (2.46). Finalmente de (2.45) e (2.46) e pelo Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue (Teorema B.5): 0. Z Ω. 0. α +1 + β +1 (u+ (vn ) dx n). →. 0. Z Ω. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx,. ou seja, Z Ω. 0. 0. α +1 + β +1 (u+ (vn ) dx n). =. 0. Z Ω. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. dx + o(1).. Isso mostra (2.42). Logo substituindo (2.42) em (2.41), tem-se demonstrado a afirmação (6). Afirmação (7) k(ϕn , ψn )k2E. +. k(u0 , v0 )k2E. =2. ∗. Z  Ω. 0. + H(u+ 0 , v0 ). 0. µ(α + β + 2). Z Ω. +. . + H(ϕ+ n , ψn ). 0. α +1 + β (u+ (v0 ) 0). 0. +1. . dx +. dx + o(1).. De fato, por (2.39) temos que k(ϕn , ψn )k2E + k(u0 , v0 )k2E = k(un , vn )k2E − o(1).. (2.47). Agora, (2.21) em (2.47), temos k(ϕn , ψn )k2E + k(u0 , v0 )k2E = 2. ∗. Z Ω. α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx n). 0. 0. + µ (α + β + 2). Z Ω. 0. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. dx + on (1).. (2.48). Por outro lado, pela afirmação (5) segue que Z Ω. α+1 + β+1 (u+ (vn ) dx n). =. Z Ω. (u+ 0. −. α+1 + u+ (v0 n). −. vn+ )β+1 dx. +. Z Ω. α+1 + β+1 (u+ (v0 ) dx + o(1). 0).

(108) 34 Substituindo (2.35) nesta última igualdade, obtemos Z Ω. α+1 + β+1 (vn ) dx (u+ n). Z . =. Ω. . + + + H(ϕ+ n , ψn ) + H(u0 , v0 ) dx + o(1).. (2.49). Agora, por (2.49) e (2.48), Z . k(ϕn , ψn )k2E + k(u0 , v0 )k2E = 2∗ 0. 0. Z. 0. µ (α + β + 2). Ω. . + + + H(ϕ+ n , ψn ) + H(u0 , v0 ) dx+. Ω. α +1 + β (u+ (vn ) n). 0. +1. dx + o(1).. (2.50). Usando (2.42) e (2.50), concluímos a afirmação (7). Além disso, por (2.33) na afirmação (7), obtemos o seguinte resultado k(ϕn , ψn )k2E. =2. ∗. Z. + H(ϕ+ n , ψn )dx + o(1).. Ω. (2.51). Como {k(ϕn , ψn )kE } é uma sequência limitada em R, podemos assumir que k(ϕn , ψn )k2E → k e consequentemente em (2.51) tem-se 2. ∗. Usando a definição 2.4, como Z Ω. Z Ω. ϕ+ n. + H(ϕ+ n , ψn )dx → k ≥ 0.. ≤ |ϕn | , ψn+ ≤ |ψn |, segue que. α+1 (ϕ+ (ψn+ )β+1 dx n). . 2 2∗. Sα,β ≤ k(ϕn , ψn )k2E .. Passando a última desigualdade ao limite, k 2∗. !. 2 2∗. Sα,β ≤ k.. (2.52). Agora estamos aptos a mostrar que (un , vn ) → (u0 , v0 ) fortemente em E, ou seja (ϕn , ψn ) → (0, 0) fortemente em E. Para isso temos duas posibilidades k = 0 ou k > 0. Suponhamos que k > 0, então de (2.52), temos . 1 2∗. . 2 2∗. 2. Sα,β ≤ k N .. Assim, 2. ∗. . Sα,β 2∗.  N2. ≤ k.. Agora, passando a afirmação (6) ao limite, quando n → ∞, temos Z 1 + J(u0 , v0 ) + n→∞ lim k(ϕn , ψn )k2E − n→∞ lim H(ϕ+ n , ψn )dx = c. 2 Ω. Além disso, como k(ϕn , ψn )k2E → k e 2∗ segue que. Z Ω. J(u0 , v0 ) +. + H(ϕ+ n , ψn )dx → k,. k k − ∗ = c, 2 2. (2.53).

(109) 35 e consequentemente J(u0 , v0 ) + Por (2.34), temos que. k = c. N. k ≤c N. e por (2.53), obtemos. N. 2∗ Sα,β 2 ≤ c, N 2∗ que é uma contradição com a hipótese do Lema 2.6. Portanto k = 0. Assim, provamos que k(ϕn , ψn )kE → k = 0 e consequentemente (un , vn ) → (u0 , v0 ) fortemente em E, pois ϕn = u0 − un e ψn = v0 − vn . . Seguindo o método em [8], sem perda de generalidade suponhamos que 0 ∈ Ω. Dado ε > 0, defina ϕ(x) N wε (x) = N −2 , x ∈ R , 2 2 (ε + |x| ) onde ϕ ∈ Cc∞ (Ω) é uma função positiva tal que ϕ = 1 para x numa vizinhança de 0. Sejam A e B constantes positivas tais que A = B. α+1 β+1. !1 2. ,. então analogamente como feito no caso escalar, (Awε , Bwε ) é uma solução do sistema     . −∆u = (α + 1)uα v β+1 em RN , −∆v = (β + 1)uα+1 v β em RN ,     u(x) = 0, v(x) = 0 quando |x| → +∞. Agora para demonstrar o Teorema 2.1 será suficiente aplicar o Teorema do Passo da Mon N Sα,β 2 2∗ tanha sem a condição (PS) com o nível minimax c abaixo da constante N , ou 2∗ seja, temos que demonstrar que está condição de compacidade é satisfeita no nível c. Agora vamos apresentar uma estimativa que será de grande importância para nossa análise da existência de soluções para o nosso problema. Note que, como (ϕ1 , ψ1 ) ∈ E obtido no Lema 2.4 é arbitrário, logo, podemos escolher (ϕ1 , ψ1 ) = (Awε , Bwε ) tal que 2∗ sup J(tAwε , tBwε ) ≤ N t≥0. . Sα,β 2∗.  N2. .. Issto será feito usando a seguinte proposição junto com a prova do teorema principal..

(110) 36 Proposição 2.3. Para N ≥ 3 e µ > 0 tem-se 2∗ sup J(tAwε , tBwε ) ≤ N t≥0. . Sα,β 2∗.  N2. . +O ε. N −2 2. onde K é uma constante positiva, independente de ε e θ =. . − µKεθ , 0. 0. 4−(α +β )(N −2) . 4. Demonstração. Por (2.2), temos ". J(tAwε , tBwε ) =. Z A2 + B 2 ∗ ∗ 2 2 α+1 β+1 kwε kH01 t − A B wε2 dx t2 2 Ω !. . 0. − µAα +1 B β. 0. #. 0. Z. wεα +β. Ω. 0. . . +2. . 0. dx tα +β. 0. +2. (2.54). .. Agora, por [11], Lema (3.3), (d), nós temos a seguinte estimativa N −2 0 0 kwε kss ≥ K2 εN − 2 s . Substituindo s por α + β + 2 e ε por ε1/2 obtemos 0. 0. +2 kwε kαα0 +β ≥ K 2 εθ . +β 0 +2. Usando esta última desigualdade em (2.54), ". J(tAwε , tBwε ) ≤. Z A2 + B 2 ∗ ∗ 2 2 α+1 β+1 kwε kH01 t − A B wε2 dx t2 2 Ω !. . 0. #. . 0. 0. − µAα +1 B β K2 εθ tα +β. . 0. +2. . (2.55). .. Sejam a :=. A2 + B 2 2. !. kwε k2H01. > 0 , b := A. α+1. B. β+1. Z. 0. ∗. Ω. wε2 dx > 0 , c0 := Aα +1 B β. 0. ∗. e hε (t) := at2 − bt2 − µ c0 εθ tα +β. 0. +2. 0. +1. K2 > 0. (2.56). .. Assim, por (2.55), segue que J(tAwε , tBwε ) ≤ hε (t).. (2.57). Observa-se que hε (0) = 0, hε (t) > 0 para t suficientemente pequeno e lim hε (t) = −∞. t→+∞ Então existe sup hε (t) e é atingido em algum tε > 0. t≥0. Portanto, sup J(tAwε , tBwε ) ≤ sup hε (t) = hε (tε ). t≥0. (2.58). t≥0. Logo, avaliando a derivada da função hε no ponto de máximo, tε , ∗ −1. 0 = h0ε (tε ) = 2atε − 2∗ bt2ε . = tε 2a − 2. ∗. 0. 0. 0. − (α + β + 2)µ c0 εθ tαε +β. ∗ bt2ε −2. 0. 0. − (α + β + 2)µ. 0. 0. +1. c0 εθ tαε +β. 0. . ..

(111) 37 Como tε > 0, obtemos que 0 = 2a − 2∗ bt2ε 0. ∗ −2. 0. 0. 0. 0. 0. 0. (2.59). − (α + β + 2)µ c0 εθ tαε +β .. 0. Além disso, (α + β + 2)µ c0 εθ tεα +β > 0, segue-se 0. ∗ −2. 0. 0. 0. ∗ −2. − (α + β + 2)µ c0 εθ tαε +β < 2a − 2∗ bt2ε. 0 = 2a − 2∗ bt2ε. .. Assim, 2a tε < ∗ 2b . . 1 2∗ −2. := a0 .. (2.60). Observação Não pode acontecer que tε → 0, quando ε → 0, pois se isso fosse verdade, então por (2.59) teríamos a = 0 e isso é um absurdo, pois a > 0. Portanto existe r > 0 tal que tε ≥ r, quando ε → 0. Agora, observe que a função ∗. f (t) = at2 − bt2 é crescente em [0, a0 ],. (2.61). onde a0 está definido em (2.60). De fato, derivando a função, temos ∗ −1. f 0 (t) = 2at − 2∗ bt2. ∗ −2. = t(2a − 2∗ bt2. ), t > 0.. Assim, f (t) > 0 ⇔ 2a − 2 bt 0. ∗. 2a >0 ⇔ t< ∗ 2b . 2∗ −2. . 1 2∗ −2. = a0 .. Logo, f (a0 ) é máximo de f para todo t ∈ [0, a0 ], ou seja f (t) ≤ f (a0 ). o valor de f (a0 ) é dado por 2a = ∗ 2b . 2∗. f (a0 ) = a(a0 ) − b(a0 ) 2. . 2 2∗ −2. 2a a− ∗ 2. . . . 2a = ∗ 2b . . 2 2∗ −2.  ∗ 2. −2 a. 2∗ . Usando as definições de a e b de (2.56),. f (a0 ) =.    . (A + B ) 2. 2.    2∗ Aα+1 B β+1. kwε k2H 1 0 Z Ω. (A2 + B 2 ). = (2∗ ). N −2 2. ∗.  N −2 2   .  wε2 dx . N −2 2. (Aα+1 B β+1 ). . . kwε k2H 1. 2∗ − 2 A2 + B 2 kwε k2H01 2 2∗ !.  N −2 2. 0. N −2 2. Z Ω. . ∗. wε2 dx. 2 2 2  N −2 (A + B )kwε kH01 2. .  ∗ 2. −2 2.2∗. .

(112) 38 N. . =. O fator. A2 + B 2. 2 N. ∗. 2. kwε k2H 1 0.  (A2 + B 2 )    (Aα+1 B β+1 ) 22∗. . Z. 2∗. Ω. ∗ wε2 dx. 2 2∗.    . (2.62). .. pode ser reescrito como. 2. (Aα+1 B β+1 ) 2∗. A2 + B 2 (Aα+1 B β+1 ). 2 2∗. =. A2 (Aα+1 B β+1 ) β+1. =. A2 α+β+2 β+1. B 2 α+β+2. 2 2∗. +. B2 2. (Aα+1 B β+1 ) 2∗. α+1. +. B 2 α+β+2 α+1. A2 α+β+2. .. Portanto, pela hipótese da Proposição 2.1, segue que A2 + B 2. α+1 β+1. =. 2. (Aα+1 B β+1 ) 2∗. !. β+1 α+β+2. α+1 + β+1. !. −α−1 α+β+2. (2.63). .. Substituindo (2.63) em (2.62), concluímos que. f (a0 ) =. N.    2∗    N . α+1 β+1. !. β+1 α+β+2. Agora vamos estimar o fator Z. α+1 β+1. +. kwε k2H 1. Ω. 0. . 2∗. wε dx. 2 2∗. !. −α−1 α+β+2. 2.   . kwε k2H 1 0 2∗. Z Ω. . ∗ wε2 dx. 2 2∗.    . .. (2.64). .. Pela Proposição A.2 (Brezis-Nirenberg [8], Lema 1.1), ∀ N ≥ 3, tem-se k∇wε k22 =. k1 (N ε −2)/2. + O(1),. kwε k2p+1 =. k2 (N ε −2)/2. + O(ε),. kwε k22. =.   . se N ≥ 5,. k3 ε(N −4)/2 +O(1),.  k3 |log ε| + O(1). se N = 4,. onde k1 , k2 , k3 são constantes positivas que dependen só de N. Além disso k1 /k2 = Sα+β+2 e p + 1 = 2∗ . Assim, temos k1 N −2. kwε k2H 1 0. Z Ω. ∗. wε2 dx. . 2 2∗. 2 = ε k2. ε. N −2 2. + O(1) + O(ε). =. k1 + ε. N −2 2. O(1). k2 + ε. N −2 2. O(ε).

(113) 39 k1  1 + = k2 1 + . 1 k1 1 k2. ε. N −2 2. ε. N −2 2. O(1) O(ε). . (2.65). ,. Dado ε > 0 fixo suficientemente pequeno, mostraremos que existe D > 0 tal que 1+ 1+. 1 k1 1 k2. ε. N −2 2. O(1). ε. N −2 2. O(ε). ≤1+ε. N −2 2. (2.66). D.. De fato, por definição de O(1) e O(ε), tem-se que para todo r > 0, rO(1) = O(1) e rO(ε) = O(ε). Então, 1+ 1+. 1 k1 1 k2. ε. N −2 2. ε. N −2 2. O(1) O(ε). ≤. =. 1+ε. N −2 2. O(1). 1+ε. N −2 2. O(ε). 1+ε 1+ε. N −2 2. N −2 2. d. O(ε). , com d > 0.. (2.67). Seja g = O(ε) então −εk ≤ O(ε) ≤ εk com k > 0. (i) Se 0 ≤ O(ε) ≤ εk, . 1+ε. N −2 2. d. . 1+ε. N −2 2. O(ε) = 1 + ε. N −2 2. ≥1+ε. N −2 2. . d+ε. N −2 2. O(ε) + εN −2 O(ε) d. d.. Portanto, 1+ε. N −2 2. d≥. 1+ε 1+ε. N −2 2. N −2 2. d. O(ε). .. Tomando D = d, de (2.67) e (2.68), segue (2.66). (ii) Se −εk ≤ O(ε) < 0, N. 1−ε2k ≤1+ε. N −2 2. O(ε) < 1.. Portanto, estimando (2.67), obtemos 1+ε 1+ε. N −2 2. N −2 2. d. O(ε). ≤. 1+ε. N −2 2 N 2. 1−ε k. d. .. (2.68).

Referências

Documentos relacionados

et al., (2012), nos estudos realizados sobre o PCK, são propostas algumas estratégias para reconhecê-lo, como entrevistas, observações de aulas, análise de planejamentos de ensino

teories conseqüencialistes egoisme ètic ètica de deures prima facie ètica kantiana Teories ètiques normatives teories de deures utilitarisme teories imperatives teories de

Como afirmado em nosso resumo, um time de futebol da dimensão do Flamengo, com cerca de 42 milhões de torcedores (Datafolha, 2019), espalhados pelo Brasil e também

Assim sendo, a organização, quando opta por uma política de redução de custos com mão-de-obra via adesão a processos de terceirização, reduz consequentemente

Una educación establecida y controlada por el Estado no debería existir, y en caso de existir, más que como uno de tantos experimentos, entre muchos otros, hecho solamente

Sea cual sea la opinión de los moralistas utilitaristas con relación a las condiciones originales que hacen que la virtud devenga virtud, y por más que puedan considerar (como,

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Em todas as vezes, nossos olhos devem ser fixados, não em uma promessa apenas, mas sobre Ele, o único fundamento da nossa esperança, e em e através de quem sozinho todas as