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Modernização de um sistema de armazenamento de grãos numa empresa rural de Jóia - RS

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE AGRONOMIA

MODERNIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE

GRÃOS NUMA EMPRESA RURAL DE JÓIA – RS

FERNANDO EICKHOFF

Ijuí – RS 2013

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FERNANDO EICKHOFF

MODERNIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE

GRÃOS NUMA EMPRESA RURAL DE JÓIA – RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como um dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof. MSc. Nilvo Basso

Ijuí – RS 2013

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FERNANDO EICKHOFF

MODERNIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE

GRÃOS NUMA EMPRESA RURAL DE JÓIA – RS

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita.

Banca Examinadora:

______________________________________________________ Prof. Nilvo Basso – Orientador – DEAg/UNIJUÍ

______________________________________________________ Profª. Angélica de Oliveira Henriques – DEAg/UNIJUÍ

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por estar sempre presente em minha vida, iluminando e guiando meu caminho, protegendo e dando-me forças a cada dia para enfrentar os obstáculos da vida, chegando assim ao fim desta graduação.

Agradeço ao meu orientador Nilvo Basso, que me deu o suporte necessário para que eu pudesse realizar este estudo, tirando todas as minhas dúvidas quando elas existiram, e dando ideias para que o trabalho ficasse em um bom nível. Agradeço ao meu pai, Jorge Gilberto Eickhoff, pela educação que me foi dada, pelo amor incondicional, pelo carinho, pelos conselhos e ensinamentos, pela compreensão, pelos inúmeros momentos felizes, que me fizeram ser uma pessoa honesta e capaz de tomar decisões sérias. Ainda, agradeço pelo esforço sobre-humano que realizou durante o desenrolar do curso, onde as dificuldades foram inúmeras, mas com pulso firme foram contornadas e possibilitaram a realização de mais um sonho.

Agradeço a minha mãe, Lenir Kroth Eickhoff, pelo amor, carinho, companheirismo, apoio, estímulo e compreensão nos momentos em que mais precisei, e por não medir esforços em me ajudar na realização deste sonho.

Agradeço aos meus irmãos, Rafael e Manoella, pelo apoio que sempre me deram.

Agradeço a minha noiva, Jadine Sakis, pelo amor, carinho, respeito e compreensão nos momentos em que precisei, mas também pelo apoio, incentivo e ajuda que sempre tem me prestado.

Agradeço aos meus amigos que tive nessa longa caminhada na faculdade, amigos já formados, pelas verdadeiras amizades que construímos ao decorrer do curso, que em momentos de felicidade e de dificuldades estiveram junto comigo dando sempre o maior apoio, sem vocês essa trajetória não seria tão prazerosa, amigos meu muito obrigado a todos.

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Sem esforço jamais se atinge o alto da montanha. Seguindo em frente, é possível ver que os horizontes são amplos e maravilhosos. Porém, só atingirá o cume da montanha, quem estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada

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MODERNIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS NUMA EMPRESA RURAL DE JÓIA – RS

Aluno: Fernando Eickhoff Orientador: Prof. Nilvo Basso

RESUMO

O Brasil não possui capacidade para armazenar toda sua produção de grãos que cresce a cada ano. Os agricultores são dependentes das empresas intermediárias para negociar sua produção, assim deixando de ganhar uma margem maior de lucro sobre a produção. Após produzir os grãos surge a necessidade de armazenar. Assim, a cada ano cresce o número de armazéns construídos por empresas ou pelos próprios agricultores. Armazenando em sua própria unidade de produção o produtor pode agregar valor a seu produto, tendo mais segurança e podendo especular no mercado. Além disso, poderá também comercializar os subprodutos que iriam ser descontados se entregues em empresas do ramo, transformando-os em excedentes dentro da empresa rural. Também pode conseguir fretes com preços mais acessíveis, pois a concorrência é menor na entressafra. Todavia, antes de modernizar um sistema de armazenamento de grãos na propriedade, deve ser feito um estudo minucioso sobre os custos da implantação, pois estes são muito altos, devendo-se assim realizar um estudo da viabilidade econômica do projeto. O presente trabalho foi realizado em uma empresa rural no município de Jóia, no Rio Grande do Sul, a qual possui uma área de 1.127 hectares, das quais 1.100 são de superfície agrícola útil, onde são cultivados soja, aveia branca, aveia preta e trigo. A empresa rural tem uma produção média anual de 44.000 sacas de soja, uma produção anual de 32.000 sacas de trigo e uma média de aveia branca 7.500 sacas anualmente. Os resultados do estudo comprovaram que, armazenar a produção na empresa rural pode ser uma opção viável, com um aumento na sua renda anual, graças aos melhores preços na comercialização, e aproveitando os resíduos da pré-limpeza ou pré-limpeza transformando-os dentro da empresa rural e/ou comercializando-os.

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6 LISTA DE ABREVIATURAS AM – Amortização do Capital CF – Custo Fixo CV – Custo Variável CT – Custo Total MB – Margem Bruta

PRK – Período de Retorno de Capital RB – Receita Bruta

RL – Renda Líquida

TIR – Taxa Interna de Retorno VPL – Valor Presente Líquido

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Silos metálicos em uma empresa rural ... 19 Figura 2 – Estrutura atual da empresa rural ... 23

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Médias de produção da empresa rural em sacas por hectare ... 26

Tabela 2 – Orçamento do investimento do projeto 1 ... 28

Tabela 3 – Orçamento do investimento do projeto 2 ... 29

Tabela 4 – Custos variáveis ... 29

Tabela 5 – Custos variáveis anual da soja do projeto 1 ... 30

Tabela 6 – Custos variáveis anual da soja do projeto 2 ... 30

Tabela 7 – Custos variáveis anual do trigo do projeto 1 ... 30

Tabela 8 – Custos variáveis anual do trigo do projeto 2 ... 31

Tabela 9 – Custos fixos ... 31

Tabela 10 – Projeções de safras de soja e trigo em 10 anos ... 32

Tabela 11 – Comparação da avaliação econômica dos projetos ... 38

Tabela 12 – Comparação da avaliação da rentabilidade do capital dos projetos ... 38

Tabela 13 – Comparação da avaliação do financiamento e fluxo de caixa dos projetos ... 39

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Avaliação econômica do projeto 1 ... 33

Quadro 2 – Avaliação da rentabilidade do capital do projeto 1 ... 34

Quadro 3 – Avaliação do financiamento e fluxo de caixa do projeto 1 ... 34

Quadro 4 – Avaliação econômica do projeto 2 ... 36

Quadro 5 – Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 2 ... 37

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 14

1.1 SITUAÇÃO DA ARMAZENAGEM NO BRASIL ... 14

1.2 SITUAÇÃO DA ARMAZENAGEM NO RS ... 15

1.3 ARMAZENAGEM DE GRÃOS ... 16

1.4 ARMAZENAMENTO DE GRÃOS A GRANEL ... 17

1.5 MODELOS DE ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM ... 17

1.6 SILOS ... 18

1.6.1 Silos Metálicos ... 18

1.7 PROJETOS DE MODERNIZAÇÃO DA EMPRESA RURAL ... 19

1.8 NÍVEIS DE PROJETOS ... 20

1.9 TIPOS BÁSICOS DE PROJETOS ... 20

2 MATERIAIS E MÉTODOS ... 22

2.1 TIPO DE PESQUISA ... 22

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA RURAL ... 22

2.3 DEFINIÇÃO DO TIPO DE ESTRUTURA DE ARMAZENAGEM ... 23

2.4 PROCEDIMENTOS DE CÁLCULO E ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 24

2.4.1 Análise da Viabilidade Econômica... 24

2.4.2 Análise da Viabilidade do Investimento ... 24

2.4.3 Procedimentos de Avaliação do Financiamento e Fluxo de Caixa do Projeto ... 25

2.5 MÉDIAS DE PRODUÇÃO EM 10 ANOS ... 26

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 27

3.1 DESCRIÇÕES DO EMPREENDIMENTO ... 27

3.2 ORÇAMENTO DO INVESTIMENTO ... 28

3.2.1 Orçamento do Investimento do Projeto 1 ... 28

3.2.2 Orçamento do Investimento do Projeto 2 – 60.000 Sacas ... 28

3.3 ORÇAMENTO DOS CUSTOS DE ARMAZENAGEM ... 29

3.4 ORÇAMENTO DA RECEITA BRUTA... 31

3.5 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO... 32

3.5.1 Avaliação Econômica do Projeto 1 ... 32

3.5.2 Avaliação da Rentabilidade do Capital Investido do Projeto 1 ... 33

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3.5.4 Avaliação Econômica do Projeto 2 ... 35

3.5.5 Avaliação da Rentabilidade do Capital Investido do Projeto 2 ... 36

3.5.6 Avaliação do Financiamento e Fluxo de Caixa do Projeto 2 ... 37

3.6 COMPARAÇÃO DOS PROJETOS ... 38

CONCLUSÃO ... 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 42

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12

INTRODUÇÃO

A agricultura brasileira está avançando cada vez mais em tecnologias, como mecanização das atividades de campo, tecnologias de cultivo, sistema de irrigação e armazenagem dos grãos, onde estas inovações com alto desempenho e produtividade proporcionam aos produtores rurais maiores ganhos econômicos sobre sua produção.

Geralmente os produtores acabam optando por aplicarem seus recursos na etapa de produção, deixando de lado a pós-colheita. Esse procedimento cria um círculo vicioso: por não terem adequadas estruturas de limpeza/seleção, secagem e armazenamento, os agricultores acabam vendendo sua produção na safra, quando a oferta de produtos é grande e os preços são menores, o que lhes diminui as receitas.

Ao não proceder a limpeza, a secagem e a seleção dos grãos, deixa-se de agregar valor, por não terem receitas suficientes, não investem em estruturas de pós-colheita na propriedade rural. Com isso, grande parte do que poderia ser o lucro da atividade acaba indo para os intermediários, que então dominam o mercado, ditando os preços de compra (dos produtores) e de venda (aos consumidores).

O armazenamento em nível de propriedade rural deve ser visto como uma forma de incrementar as produções agrícolas, para reduzir o estrangulamento da comercialização de grãos, ou mesmo evitá-lo, e permitir a regularização dos fluxos de oferta e demanda, com a manutenção de estoques e a racionalização do sistema de transportes, evitando-se, assim, os efeitos especulativos.

A armazenagem da produção de grãos na propriedade pode representar vantagens, como a redução dos custos de transporte, ou de frete, a comercialização do produto em épocas de menor oferta e de maior demanda (entressafra), com

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melhor remuneração e aproveitamento dos recursos disponíveis na propriedade para a secagem e o armazenamento adequados, bem como a disponibilidade de produtos com mais qualidade e mais adaptados às condições de consumo e/ou comercialização. Também, o aproveitamento dos resíduos das operações de pré-limpeza e pré-limpeza dos grãos, na alimentação animal, se tratados adequadamente, pode agregar valor ao complexo produtivo.

Resta saber em que medida um empreendimento como este apresenta vantagem do ponto de vista econômico e financeiro e na questão da capacidade de pagamento de um financiamento de longo prazo.

Portanto, este estudo tem como objetivo principal avaliar a viabilidade da modernização de um sistema de armazenamento de grãos numa empresa rural do município de Jóia, na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como objetivos específicos a comparação de dois projetos com capacidade de armazenagem diferente, e também fazer a simulação das safras de grãos (soja e trigo) para 10 anos com três cenários: anos de frustração, normal e excelente.

O estudo envolveu os aspectos econômicos e financeiros do empreendimento, a partir do cálculo dos custos operacionais e de implantação e da projeção do aumento das receitas e com isso avaliar a viabilidade econômica do empreendimento. Envolveu também a elaboração de um plano de financiamento para simular a capacidade de pagamento do projeto. Além do estudo econômico e financeiro, também foi realizado um estudo técnico, obtendo informações como dimensionamento do negócio, equipamentos necessários para instalação, informações relativas à produção da propriedade.

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O agronegócio brasileiro está cada vez mais complexo e cheio de desafios, pois o mercado mostra-se em constantes mudanças, em que a oscilação de preço das commodities de um dia para outro são enormes. Devido a essas oscilações, alguns produtores optam por manterem sua colheita armazenada em armazém próprio pelo tempo necessário para efetuar uma venda com um preço satisfatório (DAMBROSIO et al., 2009).

Em nossos dias armazenar a produção de grãos de uma safra é antes de tudo uma necessidade. A possibilidade de reduzir as variações estacionais de preço, durante e após a safra, bem como a constituição de uma comercialização segura no mercado em períodos críticos, justificam as preocupações dos armazenadores em ampliar a segurança do produto estocado. Assim, os cuidados relativos à conservação objetivam, unicamente, reduzir a um mínimo as perdas por deterioração (NOGUEIRA JUNIOR, 2008).

Quando se analisa a questão de logística, percebe-se que a capacidade de expansão da agricultura brasileira está próxima do seu limite, pela falta de infraestrutura para escoar a produção e pela incapacidade de armazenar de forma adequada a safra nacional. Estradas mal conservadas, ferrovias obsoletas e ineficientes, poucas alternativas hidroviárias, portos sobrecarregados e escassez de armazéns em algumas regiões importantes, dificultam a comercialização da safra, prejudicando a competitividade do agronegócio brasileiro e causando prejuízos aos produtores (CONAB, 2005).

1.1 SITUAÇÃO DA ARMAZENAGEM NO BRASIL

Em países como França, Argentina e Estados Unidos, a capacidade estática de armazenagem nas fazendas varia de 30 a 60% das suas safras. No Brasil, estima-se que esta capacidade corresponda a 3,5% da produção total de grãos. Contribuem para este baixo índice o fator econômico, a pouca difusão da tecnologia gerada e/ou adaptada e a falta de planejamento da estrutura armazenadora (DEVILLA, 2004).

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Weber (2005) cita que “a falta de silos no Brasil já é grave e está se tornando gravíssima sendo uma das maiores responsáveis pelas perdas crescentes que chegam à casa dos 20% e poderá ser maior tornando-se um obstáculo para o crescimento das frentes agrícolas”.

Segundo dados não tendo acompanhado o ritmo de crescimento da produção, a capacidade instalada dos armazéns brasileiros encontra-se estagnada. Essa situação é agravada pelos problemas históricos de localização e adequação das unidades armazenadoras (CONAB, 2009).

Os analistas setoriais quase sempre confrontam os dados da produção agrícola com a capacidade estática de armazenagem. Ocorre que, na prática, as safras não são colhidas ao mesmo tempo e, nem toda quantidade colhida é guardada, pois substancial parcela é exportada ou tem consumo imediato (NOGUEIRA JUNIOR, 2008).

1.2 SITUAÇÃO DA ARMAZENAGEM NO RS

A situação do Rio Grande do Sul merece maiores esclarecimentos visto que, historicamente, esse Estado é deficitário em estruturas armazenadoras. As adversidades climáticas que provocaram a redução da produção nos últimos anos geraram essa situação de superávit. Por outro lado, não preocupa somente o déficit na capacidade de armazenamento existente no Brasil, a infraestrutura de armazenagem necessita ser modernizada, principalmente em regiões agrícolas tradicionais (CONAB, 2005).

Em praticamente todas as microrregiões localizadas na metade Norte do Rio Grande do Sul, onde o milho, a soja e o trigo são os principais produtos, verifica-se déficit na capacidade estática da rede armazenadora, com tendência de crescimento do índice negativo, levando-se em consideração o potencial produtivo das regiões. Tomando-se como base a relação entre a efetiva capacidade estática existente e o potencial produtivo do Estado estima-se que são necessárias ações para modernizar e ampliar novas unidades armazenadoras, sobretudo nas regiões produtoras (CONAB, 2005).

Acredita-se que armazenando os grãos na propriedade a redução de custos será considerável, além da vantagem em acompanhar o processo de beneficiamento e armazenagem dos grãos. Além disso, a implantação de um silo poderia gerar fonte

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de renda para a propriedade com a prestação de serviços aos produtores da região (DE MARTINI et al., 2009).

1.3 ARMAZENAGEM DE GRÃOS

Armazenagem é o ato de guardar ou depositar um produto por um tempo indeterminado, com toda segurança, tendo por objetivo conservar as características do produto, qualitativas e quantitativas, durante o período de estocagem (CASEMG, 2009).

Uma unidade de armazenamento de grãos é o aparelhamento destinado a receber a produção de grãos, conservá-los, em perfeitas condições técnicas e redistribuí-los, posteriormente (PUZZI, 1977).

As unidades armazenadoras nível fazenda estão localizadas dentro da propriedade agrícola e são de uso exclusivo do proprietário, devendo ser projetadas, prioritariamente, para receber grãos úmidos e sujos. Apresentam alta capacidade de pré-limpeza e secagem e têm sistemas de armazenagem compatíveis em capacidade e características técnicas necessárias à preservação do produto (HERNANDEZ, 2009).

A produção de grãos é periódica, enquanto que a necessidade de alimentação e a demanda das agroindústrias são ininterruptas. Colhe-se uma safra em dois meses e esta safra vai ser consumida, durante um ano ou mais. As unidades armazenadoras de grãos, recebendo a produção que não encontra consumo imediato, formam os estoques que permitem a distribuição cronológica dos produtos e impedem as flutuações de preços que resultam das safras e entressafras (PUZZI, 1977).

Grande parte do investimento em um sistema de armazenamento de grãos se refere a valores com pouca variabilidade, independentemente da quantidade a ser armazenada, a estrutura básica do sistema deve existir como moega, elevador, secador, pré-limpeza e balança. A estrutura que pode variar o investimento é o silo de armazenamento e na construção civil, as quais variam de acordo com o volume a ser armazenado (CRISTIANO et al., 2006).

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1.4 ARMAZENAMENTO DE GRÃOS A GRANEL

A implantação do manuseio e armazenagem de grãos a granel constitui uma tendência universal. Nos países desenvolvidos, a manipulação a granel é generalizada e integrada desde a colheita. À medida que o agricultor melhora o nível de tecnificação, utilizando combinadas nas colheitas, verifica-se a tendência de manipular a sua produção a granel, como acontece em algumas regiões do Sul e Sudeste do país.

Basicamente os depósitos destinados ao armazenamento de grãos a granel são classificados em silos elevados e silos horizontais segundo a forma da estrutura de armazenamento (D’ARCE, 2006).

É comum encontrar justificativa para não haver investimento na construção de armazéns em fazendas, sob a alegação de que o custo inviabiliza a operação. Na verdade existe uma falta de conhecimento sobre as vantagens do sistema de processamento na fazenda, aliada às dificuldades acesso aos recursos financeiros necessários para tal investimento (CONAB, 2005).

Atualmente, os produtores vêm se capitalizando e o governo vem oferecendo maiores volumes de financiamentos, com juros mais compatíveis à realidade econômica dos agricultores brasileiros. Essa evolução faz com que os agricultores de qualquer porte possam realizar a projeção e a instalação das suas próprias unidades de armazenamento e beneficiamento em suas propriedades, fazendo com que utilizem os recursos humanos familiares aumentando assim a renda da propriedade (BAISCH, 2008).

1.5 MODELOS DE ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM

Os silos podem ser classificados em horizontais e verticais, dependendo da relação que apresentam entre a altura e o diâmetro. Os verticais se forem cilíndricos, podem, para facilitar a descarga, possuir o fundo em forma de cone. De acordo com a sua posição em relação ao solo, classificam-se em elevados ou semi-enterrados. Os silos horizontais apresentam dimensões da base maior que a altura e, comparados com os verticais, exigem menor investimento por tonelada armazenada. Armazéns “graneleiros” são unidades armazenadoras horizontais, de grande capacidade, formada por um ou vários septos, que apresentam predominância do

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comprimento sobre a largura. Por suas características e simplicidade de construção, na maioria dos casos, representa menor investimento que o silo, para a mesma capacidade de estocagem. Como os silos horizontais, os graneleiros apresentam o fundo plano, em V ou em W. Essas unidades armazenadoras são instaladas ao nível do solo ou semi-enterrados (DEVILLA, 2004).

Armazenamento em silos ou em armazéns equipados com eficientes sistemas de termometria, aeração e/ou outros recursos para manutenção de qualidade dos grãos, são as formas mais empregadas por cooperativas, agroindústrias e grandes produtores. Se bem dimensionados e manejados corretamente, esses sistemas podem ser empregados também por médios e pequenos produtores (ELIAS, 2003).

1.6 SILOS

Silo é uma unidade armazenadora de grãos com estrutura metálica ou em concreto, caracterizada por um ou mais compartimentos estanques denominados células. Podendo ou não ser equipadas com sistema de aeração, geralmente possuem forma cilíndrica, apresentando condições para a preservação da qualidade do produto, durante longos períodos de armazenagem (DEVILLA, 2009).

1.6.1 Silos Metálicos

Os silos de média e pequena capacidade, em geral, são metálicos, de chapas lisas ou corrugadas, de ferro galvanizado ou alumínio, fabricados em série e montados sobre um piso de concreto, como mostra a figura 1 abaixo. Para que sejam evitados o fenômeno da condensação de vapor d’água nas paredes internas do silo e a migração de umidade, são equipados com sistema de aeração (D’ARCE, 2006). O equipamento de carga e descarga dos grãos pode ser portátil, empregando-se elevador de caçamba, helicoide (rosca) ou pneumático.

Nos silos de fundo chato o equipamento pneumático facilita a operação de descarga, apresentando ainda as seguintes vantagens:

- fundações mais simples e baratas;

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- células de capacidade média permitindo maior flexibilidade operacional.

Figura 1 – Silos metálicos em uma empresa rural

Como desvantagens dos silos de fundo chato destacam-se: - possível infiltração de água;

- possibilidade de vazamento de gases durante o expurgo;

- transmissão de calor ambiente para dentro da célula, podendo ocorrer condensações;

- maior custo de instalação que os graneleiros (D’ARCE, 2006).

1.7 PROJETOS DE MODERNIZAÇÃO DA EMPRESA RURAL

Para Hoffmann (1987), o projeto num sentido lato, pode ser definido como qualquer propósito de ação definida e organizada de forma racional. Do ponto de vista da sociedade, considera os custos e benefícios sociais da utilização dos recursos públicos na produção de determinados bens e serviços.

O projeto, do ponto de vista do empresário privado, é o instrumento que permite avaliar as vantagens relativas no emprego de seus recursos (capital) face às possibilidades alternativas de investimento; projeto, portanto, é um instrumental técnico-administrativo elaborado através de procedimento lógico e racional, que

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permite avaliar e decidir sobre as alternativas de investimento e os efeitos em termos de rentabilidade e eficiência econômica e financeira, bem como, os impactos do ponto de vista social e ambiental.

1.8 NÍVEIS DE PROJETOS

Nível estratégico: abrange toda a organização (empresa) e trabalha com os objetivos de longo prazo por isso é de responsabilidade dos níveis mais altos da administração.

Nível tático: diz respeito a partes da organização envolvendo áreas, setores ou atividades da empresa e também voltado para o aperfeiçoamento das funções administrativas.

Nível operacional: refere-se aos processos produtivos e aos itinerários técnicos empregados na produção. Envolvem os instrumentos de trabalho, a organização das tarefas, os fluxogramas, o processo tecnológico.

1.9 TIPOS BÁSICOS DE PROJETOS

Projetos de qualificação: diz respeito a melhorias e racionalização da atividade produtiva atual e busca melhorar os níveis de eficiência técnica e econômica da organização. Melhorias de funcionamento.

Projetos de modernização: envolve mudanças mais significativas na organização, implicando geralmente na substituição de atividades não rentáveis por outras com maior potencial de retorno econômico/financeiro. Pode referir-se também a transformações nos processos tecnológicos substituindo mecanismos obsoletos por outros de maior desempenho. Implica em mudanças na estrutura e nos meios de produção.

Projetos de implantação: são projetos voltados para a concepção e instalação de novos empreendimentos econômicos que pode ser uma organização individual ou societária. Exige um rigor técnico mais apurado no processo de elaboração, principalmente no que se refere ao estudo do mercado.

Projetos de desenvolvimento: são projetos voltados para a promoção de determinados segmentos da sociedade através de mecanismos de apoio a atividade

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produtiva. Pode envolver recursos tecnológicos, meios de produção, ações educacionais e até mesmo recursos financeiros.

Projetos de custeio e de investimentos: na agricultura, em especial, tem-se classificado os projetos em função do financiamento tem-sendo Projeto de Custeio que visa financiar recursos vinculados ao processo produtivo (insumos e serviços) e Projeto de Investimento que visa financiar a aquisição de meios de produção, como máquinas, equipamentos, construções rurais, matrizes, reprodutores, etc.

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22

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 TIPO DE PESQUISA

O desenvolvimento deste trabalho será através de um estudo de caso, técnica essa considerada por Gil (2010) como uma modalidade de pesquisa, da qual se pode melhor extrair os dados para posterior análise. Quanto aos procedimentos técnicos vale-se de pesquisa bibliográfica, a qual serviu de embasamento teórico para fortalecer os pressupostos aplicados nos estudos de caso. A pesquisa bibliográfica, segundo Gil (2010), é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Neste estudo serão utilizados dois tipos de dados: Dados primários: colhidos através da aplicação de um questionário junto ao proprietário da empresa rural estudada, no mês de setembro de 2012, e através de entrevistas informais com representantes de empresas prestadoras de serviço de armazenagem do município de Jóia; Dados secundários: obtidos através de livros, revistas e sites. Depois de concluída o trabalho de coleta de dados, será elaborado a sua análise que, segundo Gil (2010), envolve a codificação das respostas e a tabulação dos dados. Depois de feita essa análise, dar-se-á inicio a interpretação dos dados.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA RURAL

A empresa rural objeto do estudo está localizada no município de Jóia, na localidade de São João Mirim, região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, distante 500 km da capital Porto Alegre.

A empresa rural conta com uma superfície total de 1.127 hectares, dos quais 1.100 hectares são destinados para a produção de grãos, ou seja, a superfície agrícola útil. A cultura principal no verão é a soja com 1.100 hectares, aonde a empresa rural não vem cultivando milho nestes últimos anos, já no inverno a cultura principal é o trigo com 800 hectares e a aveia branca e preta com 300 hectares.

O rendimento médio da cultura da soja é de 40 sacas por hectare, trigo obtém uma produtividade de 40 sacas por hectare e aveia branca com produção de 50 sacas por hectare. A produção seria toda armazenada na empresa rural, tendo um volume de produção de:

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- soja: 44.000 sacas; - trigo: 32.000 sacas;

- aveia branca: 7.500 sacas.

2.3 DEFINIÇÃO DO TIPO DE ESTRUTURA DE ARMAZENAGEM

O presente estudo envolve a modernização do sistema de armazenamento da empresa rural. Atualmente a empresa rural conta com um armazém juntamente com moega e os elevadores de caçamba como mostra a figura 2 abaixo.

Figura 2 – Estrutura atual da empresa rural

No projeto técnico está previsto a aquisição e instalação de silos secadores metálicos, uma balança rodoviária agrícola, um secador, transportadores helicoidais, máquina de pré-limpeza e limpeza.

Sendo assim, fez-se um orçamento de investimento de capital fixo e um cálculo da receita anual da propriedade, para então obter um cálculo da avaliação econômica do projeto. A partir deste, foram obtidos os dados para o estudo da rentabilidade e da capacidade de pagamento do capital investido.

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2.4 PROCEDIMENTOS DE CÁLCULO E ANÁLISE DE VIABILIDADE

Segundo Hoffmann (1987), adaptado por Basso (2000), na avaliação de um empreendimento visando à análise da viabilidade deve-se considerar diferentes ângulos de estudo destacando-se os aspectos econômicos para determinar a Renda Líquida, a parte financeira para apurar os indicadores de rentabilidade do capital investido e os cálculos envolvendo a projeção do financiamento e a capacidade de pagamento das prestações. Para tanto, se deve um conjunto de procedimentos:

2.4.1 Análise da Viabilidade Econômica

Receita Bruta (RB): é o valor anual referente ao que foi obtido no processo de produção, multiplicado pelo preço. No caso do presente trabalho, é o valor ganho por saca com a armazenagem.

Custo Variável (CV): compõe os custos que variam de acordo com a produção.

Margem Bruta (MB): indica o grau de intensificação de um sistema de produção. A Margem Bruta representa a sobra operacional do projeto, a qual se obtém subtraindo o valor dos custos variáveis do valor das receitas:

MB = RB – CV

Custo Fixo (CF): é representado pelos custos que não apresentam variação conforme a produção, assim sendo, independentes quanto à produção.

Custo Total (CT): compreende a soma dos custos variáveis e dos custos fixos:

CT = CV + CF

Renda Líquida (RL): representa o resultado econômico líquido do projeto. O que irá remunerar o empreendedor é a parte do valor bruto gerada no projeto.

RL = MB – CT

2.4.2 Análise da Viabilidade do Investimento

Fluxo Econômico do Projeto (Flec): representa a contribuição anual do projeto em termos de disponibilidade monetária (saldo de caixa) sendo representado

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pelo valor da Renda Líquida anual acrescida do valor anual da depreciação do capital fixo:

Flec = RL + Depreciação

Fluxo Financeiro (FF): no primeiro ano é o valor total do investimento subtraído do Fluxo Econômico. Nos anos subsequentes, é representado pelo valor do Fluxo Financeiro do ano anterior subtraído pelo Fluxo Econômico.

Valor Presente Líquido (VPL): este valor define a viabilidade do projeto. Através desta fórmula matemático-financeira, determina-se o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial:

Vpl = flec / (1 + tx) n

Taxa Interna de Retorno (TIR): representa a rentabilidade do capital investido, evidenciando o ganho anual (taxa de juro) com a aplicação do capital no projeto.

A TIR evidencia também a taxa máxima de juros de um financiamento que o projeto suportaria. Quanto maior a TIR mais atraente será o projeto.

Período de Retorno do Capital (PRK): representa o tempo (número de anos) necessário para a recuperação do capital investido, isto é, quanto tempo levará para retomar o dinheiro investido no projeto.

2.4.3 Procedimentos de Avaliação do Financiamento e Fluxo de Caixa do Projeto

Para o cálculo da avaliação da capacidade de pagamento serão utilizados os seguintes procedimentos.

Principal (Capital): é o montante a ser financiado, sendo o valor total do investimento. Nos anos seguintes é subtraído do valor da Amortização.

Amortização do Capital (AM): é o valor do investimento, porém dividido em parcelas, de acordo com o plano de financiamento, para facilitar o pagamento.

Juros: é o lucro da entidade que irá financiar o empreendimento. É calculado com base no valor do Principal (Capital). Os juros podem variar conforme a entidade financiadora e conforme o tipo de investimento.

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26

Prestação: é o montante a ser pago no período de um ano. É a soma da Amortização e dos Juros.

Saldo Devedor: é o valor que resta a ser quitado do valor total investido. É a amortização subtraída do Principal (Capital).

Fluxo Líquido de Caixa: representa o saldo final de caixa do projeto, ou seja, o valor anual disponível em caixa após efetuar pagamento de todos os encargos previstos na execução do orçamento do projeto.

2.5 MÉDIAS DE PRODUÇÃO EM 10 ANOS

Para efeito de análise foram considerados dois anos de frustração de safra, três anos de safra excelente e cinco anos de safras normais. Os rendimentos médios por hectare foram determinados com base nos dados históricos obtidos na empresa rural, conforme a tabela 1 abaixo:

Tabela 1 – Médias de produção da empresa rural em sacas por hectare

Frustração Normal Excelente

Soja 10 40 50

Trigo 20 40 50

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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 DESCRIÇÕES DO EMPREENDIMENTO

O estudo da modernização de um sistema de armazenamento de grãos compreende duas propostas diferenciadas visando verificar qual melhor se enquadra tecnicamente e apresenta mais viabilidade econômica e financeira.

O projeto 1 consiste na modernização de um sistema de armazenamento de grãos com capacidade para armazenar 30.000 sacas, tendo capacidade de armazenagem de 100% da produção de soja e trigo em anos de safras frustradas; 68.18% da produção anual da soja e 93.75% da produção anual do trigo em anos de safras normais; e em anos de safras excelentes podem armazenar 54.54% da produção anual da soja e 75% da produção de trigo anual da empresa rural. Este projeto é constituído de secador, balança rodoviária agrícola, máquina de limpeza, possibilitando o armazenamento da produção de milho, aveia preta e aveia branca.

Este projeto refere-se na modernização de um sistema de armazenamento e beneficiamento de grãos, sendo constituído de:

- um silo secador metálico para armazenagem de grãos com capacidade de 30.000 sacas;

- máquina de pré-limpeza e padronizadora; - dois transportadores helicoidais;

- canalização e estaiamento; - secador;

- balança rodoviária agrícola.

O projeto 2 é semelhante ao projeto 1, só que terá uma capacidade de armazenar de 60.000 sacas referente a dois silos metálicos, tendo uma capacidade de armazenar 100% da produção de soja e trigo anual da empresa rural em anos de safras frustradas, normais e excelentes. Este projeto também permite armazenar milho, aveia preta e aveia branca sendo constituído de:

- dois silos secadores metálicos para armazenagem de grãos com capacidade de 60.000 sacas;

- máquina de pré-limpeza e padronizadora; - quatro transportadores helicoidais;

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28

- secador;

- balança rodoviária agrícola.

3.2 ORÇAMENTO DO INVESTIMENTO

Os valores expressos no projeto foram orçados junto às empresas que atuam no ramo na região.

3.2.1 Orçamento do Investimento do Projeto 1

A tabela 2 abaixo apresenta os itens previstos no investimento do projeto com capacidade de armazenagem de 30.000 sacas.

Tabela 2 – Orçamento do investimento do projeto 1

Itens Valor (R$) Silo Secador 144.303,30 Máquina de Limpeza 43.000,00 Captador de Partículas 33.000,00 Material Canalização 4.205,56 Material Estaiamento 76,00 Transportador Helicoidal 13.927,32 Transportador Helicoidal 10.690,32

Registro Lateral e Central 1.001,78

Secador 150.000,00 Balança Agrícola 80.000,00 Obra Civil 115.000,00 Elétrica 25.000,00 CREA 215,00 Munk e Guindaste 8.395,30

Frete dos Equipamentos 4.897,36

Montagem 42.042,94

TOTAL 675.754,88

Fonte: Silos Condor (2013).

3.2.2 Orçamento do Investimento do Projeto 2 – 60.000 Sacas

A tabela 3 abaixo apresenta os itens previstos no investimento do projeto com capacidade de armazenagem de 60.000 sacas.

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Tabela 3 – Orçamento do investimento do projeto 2

Itens Valor (R$)

Dois Silos Secadores 288.606,60

Máquina de Limpeza 43.000,00

Captador de Partículas 33.000,00

Galeria Metálica Externa 11.198,02

Material Canalização 4.205,56 Material Estaiamento 76,00 Transportador Helicoidal 13.927,32 Transportador Helicoidal 10.690,32 Transportador Helicoidal 10.201,87 Transportador Helicoidal 13.968,94

Registro Lateral e Central 2.003,57

Secador 150.000,00 Balança Agrícola 80.000,00 Obra Civil 230.000,00 Elétrica 50.000,00 CREA 215,00 Munk e Guindaste 8.395,30

Frete dos Equipamentos 9.794,72

Montagem 84.085,98

TOTAL 1.043.369,20

Fonte: Silos Condor (2013).

3.3 ORÇAMENTO DOS CUSTOS DE ARMAZENAGEM

Para o cálculo do custo variável foi considerado os gastos com energia elétrica, lenha, mão de obra temporária e tratamento de insetos. Tomaram-se por base algumas referências econômicas de custo por saca de produto, conforme a tabela 4.

Tabela 4 – Custos variáveis

Itens Soja Trigo

Energia Elétrica (R$ por saco) 0,08 0,08

Lenha (R$ por saco) 0,12 0,12

Mão de Obra Diarista (R$ por saco) 0,15 0,15

Tratamento Insetos (R$ por saco) - 0,06

Fonte: Câmera Safra 2011/2012.

Para o cálculo do custo variável anual da soja foi considerado os gastos com energia elétrica, lenha, mão de obra temporária, para o projeto 1 que tem capacidade de armazenamento de 30.000 sacas, calculado em anos de safras de frustração, normal e excelente, como nos mostra a tabela 5.

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30

Tabela 5 – Custos variáveis anual da soja do projeto 1

Itens Frustração Normal Excelente

Energia Elétrica 880,00 2.400,00 2.400,00

Mão de Obra Temp. 1.650,00 4.500,00 4.500,00

Lenha 1.320,00 3.600,00 3.600,00

Total 3.850,00 10.500,00 10.500,00

Fonte: Dados da pesquisa.

Já para o projeto 2, tendo em vista que a capacidade de armazenamento é de 60.000 sacas, foi calculado os custos variáveis também em anos de safras de frustração, normal e excelente, como nos mostra a tabela 6.

Tabela 6 – Custos variáveis anual da soja do projeto 2

Itens Frustração Normal Excelente

Energia Elétrica 880,00 3.520,00 4.400,00

Mão de Obra Temp. 1.650,00 6.600,00 8.250,00

Lenha 1.320,00 5.280,00 6.600,00

Total 3.850,00 15.400,00 19.250,00

Fonte: Dados da pesquisa.

Para o cálculo do custo variável anual do trigo foi considerado os gastos com energia elétrica, lenha, mão de obra temporária e tratamento de insetos, para o projeto 1 que tem capacidade de armazenamento de 30.000 sacas, calculado em anos de safras de frustração, normal e excelente como nos mostra a tabela 7.

Tabela 7 – Custos variáveis anual do trigo do projeto 1

Itens Frustração Normal Excelente

Energia Elétrica 1.280,00 2.400,00 2.400,00

Mão de Obra Temp. 2.400,00 4.500,00 4.500,00

Lenha 1.920,00 3.600,00 3.600,00

Tratamento de Insetos 960,00 1.800,00 1.800,00

Total 6.560,00 12.300,00 12.300,00

Fonte: Dados da pesquisa.

Já para o projeto 2, tendo em vista que a capacidade de armazenamento é de 60.000 sacas, foi calculado os custos variáveis também em anos de safras de frustração, normal e excelente, como nos mostra a tabela 8.

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Tabela 8 – Custos variáveis anual do trigo do projeto 2

Itens Frustração Normal Excelente

Energia Elétrica 1.280,00 2.560,00 3.200,00

Mão de Obra Temp. 2.400,00 4.800,00 6.000,00

Lenha 1.920,00 3.840,00 4.800,00

Tratamento de Insetos 960,00 1.920,00 2.400,00

Total 6.560,00 13.120,00 19.680,00

Fonte: Dados da pesquisa.

Já para realizar o cálculo dos custos fixos foram utilizados os gastos de manutenção equipamentos (6%), seguro equipamentos (5%) e depreciação equipamentos, conforme a tabela 9.

Tabela 9 – Custos fixos

Itens Projeto 1 Projeto 2

Manutenção Equipamentos (6%) 19.812,26 30.040,58

Seguro Equipamentos (5%) 16.510,21 25.033,82

Depreciação Total 13.286,46 18.585,44

Total 49.608,93 73.659,84

Fonte: Dados da pesquisa.

3.4 ORÇAMENTO DA RECEITA BRUTA

O orçamento da receita teve como base de cálculo a diferença de valor recebido por saca de produto armazenado, ou seja, o valor que se agrega a mais por ter armazenado e beneficiado o produto. O estudo tomou por base os preços praticados em cooperativas e produtores que tem unidade de armazenamento implantada.

Para efeito de análise foi utilizado para a soja um valor de R$ 4,00/sc de 60 kg, para o trigo um valor de R$ 3,00/sc de 60 kg a mais considerando o preço do dia da venda.

O estudo foi projetado para 10 anos sendo que para os dois projetos foram utilizados dois anos de frustração de safra de soja (anos 4 e 9) e trigo (anos 4 e 10), cinco anos de safra normal de soja (anos 1, 3, 5, 8 e 7) e trigo (anos 1, 3, 6, 8 e 7) e três anos de safra excelente de soja (anos 2, 6 e 10) e trigo (anos 2, 5 e 9). A tabela 10 apresenta as projeções de safras de soja e trigo em 10 anos.

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Tabela 10 – Projeções de safras de soja e trigo em 10 anos

Safras Soja (Anos) Trigo (Anos)

Frustrada 4 e 9 4 e 10

Normal 1, 3, 5, 7 e 8 1, 3, 6, 8 e 7

Excelente 2, 6 e 10 2, 5 e 9

Nos anos de safras normais de soja e trigo considerou-se um rendimento médio de 40 sacas por hectare. Nos anos de safras excelentes foi considerado um rendimento médio de 50 sacas por hectare de soja e trigo, e em anos de safras frustradas foram considerados rendimentos médios de 10 sacas por hectare de soja e 20 sacas por hectare de trigo.

3.5 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO EMPREENDIMENTO

As avaliações contemplaram aspectos econômicos e financeiros projetados para 10 anos com diferentes estimativas de safras. O financiamento projetado observou os seguintes parâmetros:

- taxa de juros: 3% ao ano;

- prazo do financiamento: 10 anos; - carência: 1 ano.

3.5.1 Avaliação Econômica do Projeto 1

Conforme os dados do quadro 1, verifica-se que do ponto de vista econômico o projeto 1 apresentou bons resultados, onde nos anos de frustração de safras de soja e trigo (ano 4) obtém-se um ganho médio de R$ 31.981,07. Nos anos considerados normais de soja e trigo (anos 1, 3, 7 e 8) esse incremento se eleva para R$ 137.591,07 e nos anos de safras excelentes de soja e trigo (ano 2) a renda líquida sobe para R$ 137.591,07, obtendo um mesmo ganho se comparando aos anos normais, mas isso ocorre porque os custos variáveis são os mesmos, pois são armazenadas 30.000 sacas e sua receita também é em cima desta capacidade de armazenagem.

Nos demais anos foram feitos sorteios, no ano 5 ficou uma safra normal de soja com uma safra excelente de trigo obtendo-se um ganho médio de R$ 137.591,07. No ano 6, teve-se uma safra excelente de soja com uma safra normal

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de trigo, o ganho foi de R$ 137.591,07. No ano 9, teve-se uma frustração da safra da soja e uma excelente safra de trigo, tendo-se um ganho médio de R$ 68.241,07. No ano 10, teve-se uma safra excelente de soja e uma frustração de safra de trigo, mas obteve um ganho médio de R$ 101.331,07.

Quadro 1 – Avaliação econômica do projeto 1

Anos RB CV MB CF CT RL 1 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 2 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 3 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 4 92.000,00 10.410,00 81.590,00 49.608,93 60.018,93 31.981,07 5 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 6 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 7 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 8 210.000,00 22.800,00 187.200,00 49.608,93 72.408,93 137.591,07 9 134.000,00 16.150,00 117.850,00 49.608,93 65.758,93 68.241,07 10 168.000,00 17.060,00 150.940,00 49.608,93 66.668,93 101.331,07 TOTAL 1.864.000,00 203.220,00 1.660.780,00 496.089,29 699.309,29 1.164.690,71

3.5.2 Avaliação da Rentabilidade do Capital Investido do Projeto 1

Conforme o quadro 2, como o valor do investimento é alto, a avaliação da rentabilidade foi baseada em 10 anos. O fluxo econômico nos 10 anos totaliza R$ 1.297.555,29 e esse valor subtraído do valor total do investimento que é de R$ 675.754,88 resulta em um fluxo financeiro de R$ 621.800,41. De acordo com essas informações, pode-se afirmar que o capital investido vai ser recuperado em aproximadamente seis anos.

O valor presente líquido (VPL) mostra que com a atualização do fluxo econômico do projeto a uma taxa de 12% obtém-se um saldo positivo de R$ 72.936,69 no final de 10 anos.

Com isso a taxa interna de retorno (TIR) é de 14,69% ao ano indicando uma rentabilidade relativamente média do capital investido, tomando como parâmetro 12% ao ano.

O período de retorno de capital (PRK) prova que o projeto se paga entre o 5º e o 6º ano, sendo um retorno de longo prazo, já que o capital investido é alto.

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Quadro 2 – Avaliação da rentabilidade do capital do projeto 1

Anos Flu Econ Flu Financ VPL (12%) TIR PRK

0 - (675.754,88) (675.754,88) (675.754,88) (675.754,88) 1 150.877,53 (524.877,35) 134.712,08 131.550,04 (524.877,35) 2 150.877,53 (373.999,82) 120.278,64 114.698,41 (373.999,82) 3 150.877,53 (223.122,29) 107.391,64 100.005,48 (223.122,29) 4 45.267,53 (177.854,77) 28.768,33 26.160,88 (177.854,77) 5 150.877,53 (26.977,24) 85.611,96 76.025,03 (26.977,24) 6 150.877,53 123.900,29 76.439,25 66.286,18 123.900,29 7 150.877,53 274.777,82 68.249,33 57.794,89 8 150.877,53 425.655,35 60.936,90 50.391,33 9 81.527,53 507.182,88 29.399,64 23.741,16 10 114.617,53 621.800,41 36.903,78 29.101,48 TOTAL 1.297.555,29 xxxxxxxxxx 72.936,69 (0,00)

3.5.3 Financiamento e Fluxo de Caixa do Projeto 1

O quadro 3, apresenta a capacidade de pagamento do financiamento ao longo do período. São mostrados os valores da amortização anual, juros, prestação, saldo devedor, receita do projeto e o saldo de caixa, que é o valor que irá sobrar para o investidor.

Quadro 3 – Avaliação do financiamento e fluxo de caixa do projeto 1

Anos Principal Amortiza Juros (3%) Prestação Sal Dev Sal Final Cx

0 675.754,88 0 0 0 675.754,88 0 1 675.754,88 0 20.272,65 20.272,65 675.754,88 130.604,88 2 675.754,88 75.083,88 20.272,65 95.356,52 600.671,01 55.521,01 3 600.671,01 75.083,88 18.020,13 93.104,01 525.587,13 57.773,52 4 525.587,13 75.083,88 15.767,61 90.851,49 450.503,25 -45.583,96 5 450.503,25 75.083,88 13.515,10 88.598,97 375.419,38 62.278,56 6 375.419,38 75.083,88 11.262,58 86.346,46 300.335,50 64.531,07 7 300.335,50 75.083,88 9.010,07 84.093,94 225.251,63 66.783,59 8 225.251,63 75.083,88 6.757,55 81.841,42 150.167,75 69.036,10 9 150.167,75 75.083,88 4.505,03 79.588,91 75.083,88 1.938,62 10 75.083,88 75.083,88 2.252,52 77.336,39 0,00 37.281,14 TOTAL 0 675.754,88 121.635,88 797.390,76 500.164,53

De acordo com o quadro 3, observa-se que o valor da amortização é constante, pois o valor total do projeto foi financiado em 10 anos, a amortização é de

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R$ 675.754,88 cujo somatório das parcelas da amortização resulta no valor a ser financiado que será de R$ 75.083,88.

Observa-se também que o valor dos juros é decrescente porque este é calculado sobre o saldo devedor. O valor total de juros no final de 10 anos é R$ 121.635,88.

As prestações referem-se à soma da amortização e dos juros, com o passar dos anos este valor diminui, devido os juros serem calculados com o valor restante do capital principal.

O saldo devedor é a amortização subtraída do capital principal e compreende o valor que resta a pagar do financiamento a cada ano, este valor também diminui com o passar do tempo.

O saldo de caixa é o montante que sobra para o investidor, e como se constata, este valor é negativo no ano em que as safras de soja e trigo terão frustração, o que indica que o produtor teria que desembolsar dinheiro para manter o projeto nos anos de frustração de safra, provando que o projeto possui riscos econômicos, porém no final de 10 anos tem um saldo final de caixa de R$ 500.164,53 que prova um saldo altamente positivo ao cabo dos 10 anos do projeto.

3.5.4 Avaliação Econômica do Projeto 2

Conforme os dados do quadro 4, verifica-se que do ponto de vista econômico o projeto apresenta bons resultados, onde no ano de frustração da safra de soja e trigo (ano 4) obtém-se um ganho de R$ 7.930,16. Nos anos considerados normais de soja e trigo (anos 1, 3, 7 e 8) esse incremento se eleva para R$ 169.820,16 e no ano de safra excelente de soja e trigo (ano 2) a renda líquida sobe para R$ 227.410,16.

Nos demais anos, como o ano 5 teve-se um uma safra normal de soja e uma excelente de trigo obtendo-se um ganho médio de R$ 187.260,16. No ano 6, uma safra excelente de soja com uma safra normal de trigo o ganho foi de R$ 207.260,16. No ano 9, teve-se uma frustração da safra da soja e uma excelente safra de trigo, tendo-se um ganho de R$ 66.810,16. No ano 10, teve-se uma safra excelente de soja e uma frustração de safra de trigo, mas obteve-se um ganho de R$ 168.530,16.

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Quadro 4 – Avaliação econômica do projeto 2

Anos RB CV MB CF CT RL 1 272.000,00 28.520,00 243.480,00 73.659,84 102.179,84 169.820,16 2 340.000,00 38.930,00 301.070,00 73.659,84 112.589,84 227.410,16 3 272.000,00 28.520,00 243.480,00 73.659,84 102.179,84 169.820,16 4 92.000,00 10.410,00 81.590,00 73.659,84 84.069,84 7.930,16 5 296.000,00 35.080,00 260.920,00 73.659,84 108.739,84 187.260,16 6 316.000,00 35.080,00 280.920,00 73.659,84 108.739,84 207.260,16 7 272.000,00 28.520,00 243.480,00 73.659,84 102.179,84 169.820,16 8 272.000,00 28.520,00 243.480,00 73.659,84 102.179,84 169.820,16 9 164.000,00 23.530,00 140.470,00 73.659,84 97.189,84 66.810,16 10 268.000,00 25.810,00 242.190,00 73.659,84 99.469,84 168.530,16 TOTAL 2.564.000,00 282.920,00 2.281.080,00 736.598,37 1.019.518,37 1.544.481,63

3.5.5 Avaliação da Rentabilidade do Capital Investido do Projeto 2

De acordo com o quadro 5, o fluxo econômico nos 10 anos totaliza R$ 1.730.336,04 e esse valor subtraído do valor total do investimento que é de R$ 1.043.369,20 resulta em um fluxo financeiro de R$ 686.966,83 de acordo com essas informações, pode-se afirmar que o capital investido vai ser recuperado em aproximadamente seis anos.

O valor presente líquido (VPL) mostra que com a atualização do fluxo econômico do projeto a uma taxa de 12%, obtém-se um saldo negativo de R$ 44.506,74 no final de 10 anos.

A taxa interna de retorno (TIR) de 10,90% indica uma relativa baixa na atratividade do projeto, sob a ótica da rentabilidade do investimento diante das quantidades de grãos produzidos na propriedade.

O período de retorno de capital (PRK) prova que o projeto se paga do 5º para o 6º ano, sendo um retorno de longo prazo, já que o capital investido é alto.

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Quadro 5 – Avaliação da rentabilidade do capital investido do projeto 2

Anos Flu Econ Flu Financ VPL (12%) TIR PRK

0 - (1.043.369,20) (1.043.369,20) (1.043.369,20) (1.043.369,20) 1 188.405,60 (854.963,60) 168.219,29 169.883,16 (854.963,60) 2 245.995,60 (608.967,99) 196.106,19 200.004,78 (608.967,99) 3 188.405,60 (420.562,39) 134.103,39 138.122,16 (420.562,39) 4 26.515,60 (394.046,79) 16.851,15 17.527,81 (394.046,79) 5 205.845,60 (188.201,18) 116.802,32 122.694,24 (188.201,18) 6 225.845,60 37.644,42 114.420,41 121.381,01 37.644,42 7 188.405,60 226.050,02 85.225,13 91.303,92 8 188.405,60 414.455,63 76.093,86 82.327,70 9 85.395,60 499.851,23 30.794,51 33.646,83 10 187.115,60 686.966,83 60.246,22 66.477,58 TOTAL 1.730.336,04 xxxxxxxxxx (44.506,74) 0,00

3.5.6 Avaliação do Financiamento e Fluxo de Caixa do Projeto 2

No quadro 6, são mostrados os valores da amortização anual, juros, prestação, saldo devedor, receita do projeto e o saldo de caixa, que é o valor que irá sobrar para o investidor.

Quadro 6 – Avaliação do financiamento e fluxo de caixa do projeto 2

Anos Principal Amortiza Juro Prestação Sal Dev Sal Final Cx

0 1.043.369,20 0 0 0 1.043.369,20 0 1 1.043.369,20 0 31.301,08 31.301,08 1.043.369,20 157.104,53 2 1.043.369,20 115.929,91 31.301,08 147.230,99 927.439,29 98.764,62 3 927.439,29 115.929,91 27.823,18 143.753,09 811.509,38 44.652,51 4 811.509,38 115.929,91 24.345,28 140.275,19 695.579,47 -113.759,59 5 695.579,47 115.929,91 20.867,38 136.797,30 579.649,56 69.048,31 6 579.649,56 115.929,91 17.389,49 133.319,40 463.719,65 92.526,21 7 463.719,65 115.929,91 13.911,59 129.841,50 347.789,73 58.564,10 8 347.789,73 115.929,91 10.433,69 126.363,60 231.859,82 62.042,00 9 231.859,82 115.929,91 6.955,79 122.885,71 115.929,91 -37.490,10 10 115.929,91 115.929,91 3.477,90 119.407,81 0,00 67.707,79 TOTAL 0 1.043.369,20 187.806,46 1.231.175,66 499.160,38

A amortização foi calculada da mesma forma para os dois projetos, a amortização é de R$ 115.929,91, cujo somando todas as parcelas da amortização resulta no valor a ser financiado que será de R$ 1.043.369,20.

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38

Observa-se também que o valor dos juros é decrescente porque este é calculado sobre o restante do capital principal. O valor total de juros no final de 10 anos é R$ 187.806,46.

O saldo de caixa é o montante que sobra para o investidor, e como se constata, este valor é negativo nos dois anos em que as safras de soja e trigo terão frustração, o que indica que o produtor teria que desembolsar dinheiro para manter o projeto nos anos de frustração de safra, provando que o projeto possui riscos econômicos, porém no final de 10 anos tem um saldo final de caixa de R$ 499.160,38 que prova um saldo altamente positivo ao cabo dos 10 anos do projeto.

3.6 COMPARAÇÃO DOS PROJETOS

A tabela 11 nos mostra a comparação da avaliação econômica dos dois projetos, mostrando que o projeto 2 tem uma renda líquida maior em relação ao projeto 1 com R$ 1.544.481,63.

Tabela 11 – Comparação da avaliação econômica dos projetos

RB CV MB CF CT RL

Projeto 1 1.864.000,00 203.220,00 1.660.780,00 496.089,29 699.309,29 1.164.690,71 Projeto 2 2.564.000,00 282.920,00 2.281.080,00 736.598,37 1.019.518,37 1.544.481,63

A tabela 12 nos mostra a comparação da avaliação da rentabilidade do capital do projeto, mostra que o projeto 1 possui a maior TIR, sendo o projeto mais atraente, mas é o projeto 2 que tem o maior fluxo econômico, assim ambos tem o período do retorno do capital no 6º ano.

Tabela 12 – Comparação da avaliação da rentabilidade do capital dos projetos

Fluxo Econômico VPL (12%) TIR (%) PRK

Projeto 1 1.297.555,29 72.936,69 14,69 6º ano

Projeto 2 1.730.336,04 (44.506,74) 10,90 6º ano

A tabela 13 nos mostra a comparação da avaliação do financiamento e fluxo de caixa dos projetos, deixando um saldo final de caixa praticamente igual.

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Tabela 13 – Comparação da avaliação do financiamento e fluxo de caixa dos projetos

Principal Amortização Juros (3%) Saldo Final de Caixa

Projeto 1 675.754,88 75.083,88 121.635,88 500.164,53 Projeto 2 1.043.369,20 115.929,91 187.806,46 499.160,38

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CONCLUSÃO

Com essas simulações pode-se afirmar que o armazenamento de grãos na propriedade agrega valor aos produtos, porém deve-se tomar cuidado com relação ao tipo de instalações e equipamentos e o valor a ser investido em relação ao retorno financeiro.

Os dois projetos estudados para a empresa rural mostraram viabilidade econômica, porém no que se refere à rentabilidade sobre o capital investido, o projeto 1 se sobressai sobre o projeto 2. Os projetos apresentaram riscos econômicos nos anos de frustração de safra, mostrando que a empresa rural teria que desembolsar dinheiro de outras fontes para fazer frente ao desembolso com as prestações.

O projeto 1 tem o menor investimento em relação ao projeto 2, porém acontece apenas a instalação de um silo armazenador, diferentemente do projeto 2 que tem a instalação de dois silos armazenadores, garantindo uma comodidade ao proprietário da empresa rural no momento de armazenar os produtos, tem um fluxo econômico parecido com o projeto 2, com uma TIR de 14,69%, e o retorno do capital se encontra no 6º ano.

O projeto 2 deixa um saldo de caixa parecido com o do projeto 1, porém com menor TIR de 10,90% o que indica certa inviabilidade sob a ótica da rentabilidade. Tem a maior renda líquida quando comparado ao outro projeto, conseguindo também recuperar seu capital investido em seis anos, porém tem uma diferença maior no investimento de R$ 367.614,32.

Analisando os dois projetos pode-se afirmar que o projeto 1 é o que apresenta os melhores indicadores de viabilidade. Deixa um saldo final de caixa um pouco maior em relação ao projeto 2, e tem uma maior TIR de 14,69% se

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comparando ao projeto 2 que tem uma TIR de 10,90%, supera o custo de oportunidade do capital, mas é o projeto 2 que atinge o maior fluxo financeiro, mas ficando muito parecido os valores. É o projeto 1 que tem o VPL positivo, pois tem o menor valor de capital investido, mas os dois projetos recuperam o capital investido em seis anos.

Sendo assim, pode-se concluir que os dois projetos para modernizar esta empresa rural são viáveis apresentando riscos econômicos em anos de frustrações de safras.

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