Projetos Ambientais
Prof.º Michel Weissberg do Amaral
Projetos Ambientais
• Legislação Ambiental,
• LEI DE CRIMES AMBIENTAIS •
• Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998*
Dispõe sobre as sansões penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 1º. (VETADO)
Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem. deixar de impedir a sua prática. quando podia agir para evitá-la.
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– Art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta
Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de
seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade. Parágrafo
único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das
pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo
fato.
Art. 4º. Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre
que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de
prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
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• (...) Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou
omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente.
– § 1º. São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e
instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados
para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos
Portos, do Ministério da Marinha. (Pesquisa)
– § 2º. Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir
representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito
do exercício do seu poder de polícia.
– § 3º. A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é
obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo
administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.
– § 4º. As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo
próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as
disposições desta Lei.
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• LEI FEDERAL Nº. 6.938 DE 31 DE AGOSTO DE 1981
– Já alterada pela Lei nº 7804 de 18 de julho de 1989.
• Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
– O Presidente da Republica.
• Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII
do art. 23 e no art. 225 da Constituição Federal, estabelece a
Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, cria o Conselho Superior do Meio Ambiente
– CSMA, e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.
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•
Da Política Nacional do Meio Ambiente
– Art. 2º A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação melhoria e recuperação da qualidade ambiental propicia a vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
• I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; • II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
• III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
• IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; • V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
• VI - incentivos ao estudo e a pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
• VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; • VIII - recuperação de áreas degradadas;
• IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
• X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
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• Art. 3º (Pesquisa)
– Conceitos legais sobre:
• Meio ambiente;
• Degradação da qualidade ambiental;
• Poluição; e
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• Dos Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente
– Art. 4º A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
• I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
• II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa a
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios;
• III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental
e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
• IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
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• V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, a
divulgação de dados e informações ambientais e a formação
de uma consciência pública sobre a necessidade de
preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico;
• VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais
com vistas à sua utilização racional e disponibilidade
permanente, concorrendo para manutenção do equilíbrio
ecológico propício a vida;
• VII - a imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário,
da contribuição pela utilização de recursos ambientais com
fins econômicos.
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– Art. 5º As diretrizes da Política Nacional do Meio
Ambiente serão formuladas em normas e planos,
destinados a orientar a ação dos Governos da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios no que se relacione com a preservação da
qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio
ecológico, observados os princípios estabelecidos no
artigo 2º desta Lei.
• Parágrafo único. As atividades empresariais públicas ou
privadas serão exercidas em consonância com as diretrizes
da Política Nacional do Meio Ambiente.
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• Do Conselho Nacional do Meio Ambiente
– Art. 7º O Conselho Superior do Meio Ambiente - CSMA, tem por
finalidade assessorar o Presidente da República na formalização da
Política Nacional e das diretrizes governamentais para o Meio
Ambiente e os recursos ambientais.
• § 1º - O Conselho Superior do Meio Ambiente – CSMA é presidido pelo
Presidente da República, que o convocará pelo menos 2 (duas) vezes ao ano.
• § 2º - São membros do Conselho Superior do Meio Ambiente - CSMA:
– I - o Ministro da Justiça; – II - o Ministro da Marinha;
– III - o Ministro das Relações Exteriores; – IV - o Ministro da Fazenda;
– V - o Ministro dos Transportes; – VI - o Ministro da Agricultura;
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– VII - o Ministro da Educação;
– VIII - o Ministro do Trabalho;
– IX - o Ministro da Saúde;
– X - o Ministro das Minas e Energia;
– XI - o Ministro do Interior;
– XII - o Ministro do Planejamento;
– XIII - o Ministro da Cultura;
– XIV - o Secretario Especial de Ciência e Tecnologia;
– XV - o Representante do Ministério Publico Federal;
– XVI - o Representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência -SBPC;
– XVII - 3 (três) representantes do Poder Legislativo Federal;
– XVIII - 5 (cinco) cidadãos brasileiros indicados pelo conjunto das
entidades ambientais não governamentais.
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• § 3º - Poderão participar das reuniões do Conselho Superior
do Meio Ambiente - CSMA, sem direito a voto, pessoas
especialmente convidadas pelo seu Presidente.
• § 4º - A participação no Conselho Superior do Meio
Ambiente - CSMA, e considerada como de relevante
interesse público e não será remunerada.
• § 5º - O Ministro do Interior é sem prejuízo de suas funções,
Secretario - Executivo do Conselho Superior do Meio
Ambiente - CSMA.
– Art. 8º - Incluir-se-ão entre as competências do
CONAMA:
• I - estabelecer mediante proposta do IBAMA, normas e
critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e
supervisionado pelo IBAMA;
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• II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a entidades privadas as informações indispensáveis; O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA apreciará os estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios de impacto ambiental, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, nas áreas consideradas Patrimônio Nacional pela Constituição Federal:
• III - decidir, como última instância administrativa em grau de recurso, mediante deposito prévio, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA;
• IV - homologar acordos visando a transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO); • V - determinar, mediante representação do IBAMA; e perda ou restrição de benefícios
fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
• VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição • por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos
• Ministérios competentes;
• VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e a manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.
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• Instrumentos da Política nacional do Meio
Ambiente. (pesquisa).
• LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997
– Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da
Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001,
de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990,
de 28 de dezembro de 1989.
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• TÍTULO I: DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• CAPÍTULO I
– DOS FUNDAMENTOS
– Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes
fundamentos:
• I - a água é um bem de domínio público;
• II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
• III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
• IX - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; • IV - a bacia hidrográfica e a unidade territorial para implementação da Política Nacional
de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
• VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
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• Lei 11.445 de 5 de Janeiro de 2007.
• CAPÍTULO I
– DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
– Art. 1
oEsta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e
para a política federal de saneamento básico.
– Art. 2
oOs serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base
nos seguintes princípios fundamentais:
• I - universalização do acesso;
• II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
• III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
• IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
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• V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais;
• VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e
regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de
proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante
interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as
quais o saneamento básico seja fator determinante;
• VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
• VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade
de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e
progressivas;
• IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e
processos decisórios institucionalizados;
• X - controle social;
• XI - segurança, qualidade e regularidade;
• XII - integração das infra-estruturas e serviços com a gestão eficiente
dos recursos hídricos.
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– Art. 3
oPara os efeitos desta Lei, considera-se:
• I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações
operacionais de:
– a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
– b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; – c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas
e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias
públicas;
– d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;
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• II - gestão associada: associação voluntária de entes federados, por convênio
de cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da
Constituição Federal;
• III - universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios
ocupados ao saneamento básico;
• IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à
sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos
de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos
serviços públicos de saneamento básico;
• V -
(VETADO)
;
• VI - prestação regionalizada: aquela em que um único prestador atende a 2
(dois) ou mais titulares;
• VII - subsídios: instrumento econômico de política social para garantir a
universalização do acesso ao saneamento básico, especialmente para
populações e localidades de baixa renda;
• VIII - localidade de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados,
núcleos, lugarejos e aldeias, assim definidos pela Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística - IBGE.
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– Art. 4o Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico.
– Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos
líquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de
1997, de seus regulamentos e das legislações estaduais.
– Art. 5o Não constitui serviço público a ação de saneamento executada por meio de soluções
individuais, desde que o usuário não dependa de terceiros para operar os serviços, bem como as ações e serviços de saneamento básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de responsabilidade do gerador.
– Art. 6o O lixo originário de atividades comerciais, industriais e de serviços cuja
responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido urbano.
– Art. 7o Para os efeitos desta Lei, o serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos urbanos é composto pelas seguintes atividades:
• I - de coleta, transbordo e transporte dos resíduos relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3o desta Lei;
• II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de disposição final dos resíduos relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3o desta Lei;
• III - de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.
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• CAPÍTULO II
• DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE
• Art. 8o Os titulares dos serviços públicos de saneamento básico poderão delegar a organização, a
regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos termos do art. 241 da Constituição Federal e daLei no 11.107, de 6 de abril de 2005.
• Art. 9o O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico,
devendo, para tanto:
• I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei;
• II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação;
• III - adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água;
• IV - fixar os direitos e os deveres dos usuários;
• V - estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput do art. 3o desta Lei;
• VI - estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento;
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• VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos contratuais.
• Art. 10. A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária. • § 1o Excetuam-se do disposto no caput deste artigo:
• I - os serviços públicos de saneamento básico cuja prestação o poder público, nos termos de lei, autorizar para usuários organizados em cooperativas ou associações, desde que se limitem a: • a) determinado condomínio;
• b) localidade de pequeno porte, predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde outras formas de prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a capacidade de pagamento dos usuários;
• II - os convênios e outros atos de delegação celebrados até o dia 6 de abril de 2005.
• § 2o A autorização prevista no inciso I do § 1o deste artigo deverá prever a obrigação de transferir
ao titular os bens vinculados aos serviços por meio de termo específico, com os respectivos cadastros técnicos.
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– Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham
por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento
básico:
• I - a existência de plano de saneamento básico;
• II - a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e
econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços,
nos termos do respectivo plano de saneamento básico;
• III - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o
cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da
entidade de regulação e de fiscalização;
• IV - a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o
edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do
contrato.
– § 1
oOs planos de investimentos e os projetos relativos ao
contrato deverão ser compatíveis com o respectivo plano de
saneamento básico.
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– § 2
oNos casos de serviços prestados mediante contratos de
concessão ou de programa, as normas previstas no inciso III do
caput deste artigo deverão prever:
• I - a autorização para a contratação dos serviços, indicando os
respectivos prazos e a área a ser atendida;
• II - a inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de
expansão dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional
da água, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade
com os serviços a serem prestados;
• III - as prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas;
• IV - as condições de sustentabilidade e equilíbrio
econômico-financeiro da prestação dos serviços, em regime de eficiência,
incluindo:
– a) o sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas; – b) a sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas; – c) a política de subsídios;
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– V - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento,
regulação e fiscalização dos serviços;
– VI - as hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços.
• § 3
oOs contratos não poderão conter cláusulas que prejudiquem
as atividades de regulação e de fiscalização ou o acesso às
informações sobre os serviços contratados.
• § 4
oNa prestação regionalizada, o disposto nos incisos I a IV do
caput e nos §§ 1
oe 2
odeste artigo poderá se referir ao conjunto de
municípios por ela abrangidos.
• Art. 12. Nos serviços públicos de saneamento básico em que mais
de um prestador execute atividade interdependente com outra, a
relação entre elas deverá ser regulada por contrato e haverá
entidade única encarregada das funções de regulação e de
fiscalização.
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• § 1
o
A entidade de regulação definirá, pelo menos:
– I - as normas técnicas relativas à qualidade, quantidade e
regularidade dos serviços prestados aos usuários e entre os
diferentes prestadores envolvidos;
– II - as normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos
subsídios e aos pagamentos por serviços prestados aos usuários
e entre os diferentes prestadores envolvidos;
– III - a garantia de pagamento de serviços prestados entre os
diferentes prestadores dos serviços;
– IV - os mecanismos de pagamento de diferenças relativas a
inadimplemento dos usuários, perdas comerciais e físicas e
outros créditos devidos, quando for o caso;
– V - o sistema contábil específico para os prestadores que atuem
em mais de um Município.
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•
§ 2
oO contrato a ser celebrado entre os prestadores de serviços a que se refere o
caput deste artigo deverá conter cláusulas que estabeleçam pelo menos:
– I - as atividades ou insumos contratados;
– II - as condições e garantias recíprocas de fornecimento e de acesso às atividades ou insumos; – III - o prazo de vigência, compatível com as necessidades de amortização de investimentos, e
as hipóteses de sua prorrogação;
– IV - os procedimentos para a implantação, ampliação, melhoria e gestão operacional das atividades;
– V - as regras para a fixação, o reajuste e a revisão das taxas, tarifas e outros preços públicos aplicáveis ao contrato;
– VI - as condições e garantias de pagamento;
– VII - os direitos e deveres sub-rogados ou os que autorizam a sub-rogação;
– VIII - as hipóteses de extinção, inadmitida a alteração e a rescisão administrativas unilaterais; – IX - as penalidades a que estão sujeitas as partes em caso de inadimplemento;
– X - a designação do órgão ou entidade responsável pela regulação e fiscalização das atividades ou insumos contratados.
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•
§ 3
oInclui-se entre as garantias previstas no inciso VI do § 2
odeste artigo a
obrigação do contratante de destacar, nos documentos de cobrança aos usuários,
o valor da remuneração dos serviços prestados pelo contratado e de realizar a
respectiva arrecadação e entrega dos valores arrecadados.
•
§ 4
oNo caso de execução mediante concessão de atividades interdependentes a
que se refere o caput deste artigo, deverão constar do correspondente edital de
licitação as regras e os valores das tarifas e outros preços públicos a serem pagos
aos demais prestadores, bem como a obrigação e a forma de pagamento.
•
Art. 13. Os entes da Federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos,
poderão instituir fundos, aos quais poderão ser destinadas, entre outros recursos,
parcelas das receitas dos serviços, com a finalidade de custear, na conformidade
do disposto nos respectivos planos de saneamento básico, a universalização dos
serviços públicos de saneamento básico.
•
Parágrafo único. Os recursos dos fundos a que se refere o caput deste artigo
poderão ser utilizados como fontes ou garantias em operações de crédito para
financiamento dos investimentos necessários à universalização dos serviços
públicos de saneamento básico.
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• RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986 (Publicado no D. O . U de 17 /2/86). • O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - IBAMA, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 48 do Decreto nº 88.351, de 1º de junho de 1983, para efetivo exercício das
responsabilidades que lhe são atribuídas pelo artigo 18 do mesmo decreto, e Considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, RESOLVE:
• Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
– I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; – II - as atividades sociais e econômicas;
– III - a biota;
– IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; – V - a qualidade dos recursos ambientais.
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• Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental -
RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual
competente, e do IBAMA e1n caráter supletivo, o
licenciamento de atividades modificadoras do meio
ambiente, tais como:
– I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
– II - Ferrovias;
– III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos
químicos;
– IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do
Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66;
– V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e
emissários de esgotos sanitários;
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– VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
– VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais
como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de
saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação,
drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de
barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;
– VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
– IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no
Código de Mineração;
– X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos
tóxicos ou perigosos;
– Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte
de energia primária, acima de 10MW;
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– XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais
(petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de
álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
– XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais -
ZEI;
– XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em
áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir
áreas significativas em termos percentuais ou de
importância do ponto de vista ambiental;
– XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas
consideradas de relevante interesse ambiental a critério da
SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
– XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em
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• Artigo 3º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto
ambiental e respectivo RIMA, a serem submetidos à
aprovação do IBAMA, o licenciamento de atividades que,
por lei, seja de competência federal.
• Artigo 4º - Os órgãos ambientais competentes e os
órgãossetoriais do SISNAMA deverão compatibilizar os
processos de licenciamento com as etapas de
planejamento e implantação das atividades modificadoras
do meio Ambiente, respeitados os critérios e diretrizes
estabelecidos por esta Resolução e tendo por base a
natureza o porte e as peculiaridades de cada atividade.
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• Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação,
em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional
do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:
– I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,
confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
– II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas
fases de implantação e operação da atividade ;
– III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada
pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em
todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
– lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em
implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
• Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto
ambiental o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber,
o Município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do
projeto e características ambientais da área, forem julgadas necessárias,
inclusive os prazos para conclusão e análise dos estudos.
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• Artigo 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no
mínimo, as seguintes atividades técnicas:
– I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa
descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal
como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área,
antes da implantação do projeto, considerando:
• a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos
minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime
hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
• b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando
as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e
econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação
permanente;
• c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a
sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos
e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade
local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.
Projetos Ambientais
– II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas
alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e
interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes,
discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo
prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade;
suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos
ônus e benefícios sociais.
– III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos,
entre elas os equipamentos de controle e sistemas de
tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma
delas.
– lV - Elaboração do programa de acompanhamento e
monitoramento (os impactos positivos e negativos, indicando os
fatores e parâmetros a serem considerados.
Projetos Ambientais
• Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto
Ambiental o órgão estadual competente; ou o IBAMA ou quando couber, o
Município fornecerá as instruções adicionais que se fizerem necessárias,
pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área.
• Artigo 7º - O estudo de impacto ambiental será realizado por equipe
multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do
proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos
resultados apresentados.
• Artigo 8º - Correrão por conta do proponente do projeto todas as
despesas e custos referentes á realização do estudo de impacto ambiental,
tais como: coleta e aquisição dos dados e informações, trabalhos e
inspeções de campo, análises de laboratório, estudos técnicos e científicos
e acompanhamento e monitoramento dos impactos, elaboração do RIMA
e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias,
Projetos Ambientais
• Artigo 9º - O relatório de impacto ambiental - RIMA
refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e
conterá, no mínimo:
– I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e
compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas
governamentais;
– II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e
locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de
construção e operação a área de influência, as matérias primas,
e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica
operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de
energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;
– III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos
Projetos Ambientais
– IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;
– V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
– VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;
– VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
– VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).
•
Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a
sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível,
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto,
bem como todas as conseqüências ambientais de sua implementação.
Projetos Ambientais
•
Artigo 10 - O órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o
Município terá um prazo para se manifestar de forma conclusiva sobre o RIMA
apresentado.
•
Parágrafo único - O prazo a que se refere o caput deste artigo terá o seu termo
inicial na data do recebimento pelo estadual competente ou pela SEMA do estudo
do impacto ambiental e seu respectivo RIMA.
•
Artigo 11 - Respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelo
interessado o RIMA será acessível ao público. Suas cópias permanecerão à
disposição dos interessados, nos centros de documentação ou bibliotecas da SEMA
e do estadual de controle ambiental correspondente, inclusive o período de
análise técnica,
– § 1º - Os órgãos públicos que manifestarem interesse, ou tiverem relação direta com o projeto, receberão cópia do RIMA, para conhecimento e manifestação,
– § 2º - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental e apresentação do RIMA, o estadual competente ou o IBAMA ou, quando couber o Município, determinará o prazo para recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e demais interessados e, sempre que julgar necessário, promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais e discussão do RIMA,
Projetos Ambientais
• LEI ESTADUAL Nº 12.300, DE 16 DE MARÇO DE 2006
– Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define
princípios e diretrizes.
• O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
– Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
– TÍTULO I
• Da Política Estadual De Resíduos Sólidos
– CAPÍTULO I Dos Princípios e Objetivos