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Gerenciamento de segurança para instalação, operação e manutenção de geradores à diesel

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

FÁBIO LUIS WEICH

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÃO,

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

(2)

FÁBIO LUIS WEICH

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÃO,

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

GERADORES À DIESEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Fernando Wypyszynski

Ijuí – RS 2016

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FÁBIO LUIS WEICH

GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÃO,

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

GERADORES À DIESEL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelos membros da banca examinadora.

Prof. Fernando Wypyszynski Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela URI – Orientador

Profª Cristina Eliza Pozzobon Coordenadora do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Profª Cristina Eliza Pozzobon (UNIJUÍ) Mestre em Engenharia Civil pela UFSC

Prof. Fernando Wypyszynski (UNIJUÍ) Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela URI

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Walter e Irene pela força e paciência, pelo qual me ajudou a contribuir pelo meu conhecimento e dedicação.

As minhas irmãs Micheli e Patricia pelo carinho e confiança.

Ao meu orientador Fernando Wypyszynski pela dedicação e auxílio nos momentos de maior dificuldade.

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“Aprenda a viver dentro das suas possibilidades. Buscar uma vida de aparências, fora da sua realidade, só o levará para um abismo sem volta. Construa a sua vida aos poucos, lutando a cada dia e extraindo da vida o que ela tem de melhor – a simplicidade”.

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WEICH, Fábio Luis. Gerenciamento de Segurança para Instalação, Operação e Manutenção de Geradores à Diesel. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2016.

RESUMO

A geração de energia por geradores a diesel tem um papel importante no desenvolvimento e independência de indústrias em relação à rede de energia elétrica convencional das concessionárias, pois ele opera de forma contínua, na emergência ou no horário de ponta. Devido ao aumento de vendas no mercado nacional de geradores a diesel, faz-se necessário desenvolver um gerenciamento de segurança para os riscos envolvidos em trabalhar com estes equipamentos. A maioria das indústrias não possui um sistema de documentação e controle eficaz dos agentes ambientais como: ruído, vibração e emissão de gases, nem mesmo para os momentos de instalação, operação e manutenção do gerador. Como medidas de segurança, o mapa de riscos tem o papel importante na identificação de risco e perigo, do tanque de combustível através da área delimitada e identificada. O desenvolvimento de um gerenciamento de segurança ajudará as empresas, independente de seu porte, com informação e com isso, identificar e exigir que operadores usem os equipamentos de proteção nas áreas classificadas para que façam seu trabalho com segurança sem afetar sua saúde. Para desenvolver o gerenciamento foi criada uma modelagem que envolve o mapa de riscos, análise preliminar de riscos, what-if que identifica os perigos e a metodologia OHSAS que visa a seguir uma rotina de análises e documentos do gerenciamento e uma melhoria continua para estas ficarem sempre atualizadas. De uma forma prática desenvolveu-se um check-list para as operações de instalação, operação e manutenção de equipamentos geradores em uma organização.

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WEICH, Fabio Luis. Security Management Installation, Operation and Maintenance Generators Diesel. 2016. Work Completion of Course. Postgraduate degree in Occupational Safety Engineering, Regional State University of Northwestern Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2016.

ABSTRACT

The generation by diesel generators has an important role in the development and independence of industries compared to conventional electricity network of dealers because it operates continuously in emergency or peak hours. Due to increased sales in the domestic diesel generators market, it is necessary to develop a security management for the risks involved in working with these devices. Most industries do not have a system of documentation and effective control of environmental agents such as noise, vibration and emissions, even to the time of installation, operation and maintenance of the generator. As security measures, the risk map has an important role in identifying risk and danger, the fuel tank through the defined and identified area. The development of a security management helps companies, regardless of size, with information and thereby identify and require operators to use protective equipment in hazardous areas to do their job safely without affecting your health. To develop the management it created a modeling that involves risk map, preliminary risk analysis, what-if which identifies the dangers and OHSAS methodology that aims to follow a routine analysis and management documents and an improvement continues to get these always updated. In a practical way we have developed a checklist for the installation operations, operation and maintenance of generating equipment in an organization.

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LISTA DE SIGLAS

5S Seleção, Ordenação, Limpeza, Padronização, Disciplina ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

APR Análise Preliminar de Riscos CA Certificado de Aprovação

CHECK-LIST Lista de Verificação de Conformidades EPC Equipamento de Proteção Coletiva EPI Equipamento de Proteção Individual F.E.M Força Eletromotriz

GMG Grupo Motor Gerador

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

N/A Não Analisado

NR Norma Regulamentadora

OHSAS Série de Avaliação da Segurança e Saúde Ocupacional PDCA Planejar, Implementar, Verificar e Atuar

PGR Programa de Gerenciamento de Riscos SSO Segurança e Saúde Ocupacional SST Saúde e Segurança do Trabalho

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Grupo motor gerador Stemac ... 15

Figura 2: Alternador síncrono... 17

Figura 3: Exemplo de motor diesel... 19

Figura 4: Acidente com gerador na cidade de Niterói ... 23

Figura 5: Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga ... 28

Figura 6: Divulgação/Filipe Augusto ... 28

Figura 7: Relé de proteção do grupo gerador DSE 7310 ... 37

Figura 8: Pirâmide de gerenciamento dos riscos do grupo gerador ... 41

Figura 9: Mapa de riscos da planta baixa do grupo gerador ... 43

Figura 10: Mapa de riscos da vista lateral do grupo gerador ... 44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise preliminar de riscos ... 31

Tabela 2: EPIs usados para trabalhos com geradores ... 38

Tabela 3: Plano de manutenção preventive da Stemac... 39

Tabela 4: Análise preliminar de riscos ... 41

Tabela 5: Identificação dos riscos e perigos ... 45

Tabela 6: Identificação dos riscos e perigos na instalação e operação ... 47

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

1.1 OBJETIVOS ... 13

1.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS ... 13

1.3 METODOLOGIA NO GERENCIAMENTO DE RISCOS ... 13

2 GRUPO MOTOR GERADOR À DIESEL ... 14

2.1 GENERALIDADES DO GRUPO GERADOR NA INDÚSTRIA ... 14

2.1.1 Utilização de Geradores à Diesel ... 14

2.1.2 Definição de Grupo Motor Gerador ... 14

2.1.3 Acionamento e Classificação Conforme Aplicação ... 15

2.2 FUNCIONAMENTO DE GERADOR E MOTOR ... 16

2.2.1 Geradores ... 16

2.2.2 Alternador Síncrono ... 17

2.2.3 Motor à Combustão ... 18

2.2.4 Motores à Diesel ... 18

2.3 FUNCIONAMENTO DO GRUPO MOTOR GERADOR ... 20

2.3.1 Componentes de Supervisão e Controle ... 20

3 ANÁLISE DE RISCOS E RELATOS DE ACIDENTES ... 21

3.1 ACIDENTES PROVOCADOS COM GERADORES À DIESEL ... 21

3.1.1 Relatos e Notícias de Acidentes com Gerador... 21

3.1.1.1 Acidente com Gerador na Cidade de Tapiratiba ... 21

3.1.1.2 Acidente com Gerador na Cidade de Niterói ... 22

3.1.1.3 Acidente com Gerador no Ministério do Esporte ... 24

3.1.1.4 Acidente com Gerador na Serra... 26

3.1.1.5 Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga ... 27

3.1.1.6 Acidente com Gerador na Cidade de Barras ... 29

3.2 TÉCNICA DE ANÁLISE DE RISCOS ... 30

3.2.1 Análise Preliminar de Riscos (APR) ... 30

4 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ... 32

4.1 INSTALAÇÃO E PROTEÇÃO DO GRUPO GERADOR À DIESEL ... 32

(12)

4.2.2 Sistema de Proteção Digital e Telecomando ... 36

4.2.3 Situações de Emergência ... 38

4.2.4 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ... 38

4.3 MANUTENÇÃO DE GRUPOS GERADORES À DIESEL ... 39

4.3.1 Manutenção Preventiva ... 39

5 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS ... 40

5.1 GERENCIAMENTO OHSAS E MAPA DE RISCOS ... 40

5.1.1 Mapa de Riscos ... 41

5.2 TÉCNICA DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS WHAT-IF ... 44

5.2.1 What-If dos Riscos e Perigos ... 45

5.2.2 What-If na Instalação e Operação do Grupo Gerador ... 46

5.2.3 What-If na Operação e Manutenção do Grupo Gerador ... 48

5.3 MODELAGEM DO GERENCIAMENTO ... 50

5.3.1 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional ... 51

5.3.2 Entendimento e Ciclo da Melhoria Contínua PDCA ... 55

5.3.3 Check-List na Instalação, Operação e Manutenção ... 56

6 CONCLUSÃO ... 57

7 REFERÊNCIAS ... 58

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(14)

12

__________________________________________________________________________________________

1 INTRODUÇÃO

O gerenciamento de segurança envolvendo trabalhos com fontes geradoras de energia é fundamental para diminuir riscos de acidentes com profissionais que trabalham nesta atividade dentro de uma organização e que dependem de eletricidade. Devido ao aumento da carga tributária nas contas de energia, vem aumentando consideravelmente a quantidade de indústrias adquirindo sua autonomia de energia, assim, a carga de consumo para seus equipamentos se mantém constante para a realização das atividades.

Os geradores a diesel conseguem manter uma demanda constante de energia para as indústrias, mas para isso, dependem do combustível para tocar o motor e fazer girar seu alternador ou gerador de energia. Com o aumento da venda deste tipo de equipamento, cresce também a responsabilidade ter segurança ao manuseá-lo.

Os agentes de risco à saúde dos operadores envolvendo geradores a diesel são: ruído, vibração, gases tóxicos e acidentes nas atividades de instalação, operação e manutenção de seus equipamentos mecânicos. Sabendo disso, o desenvolvimento de uma gestão de riscos facilita à manutenção e controle dos agentes nocivos a saúde na operação ou testes destes equipamentos, sem esquecer do manual de instrução, treinamento e o uso dos equipamentos de proteção individual e coletivo.

A metodologia de gerenciamento envolve um amplo sistema de informações, partindo da análise de riscos até o controle de informações e dados. Através da análise preliminar de riscos é elaborado o mapa de riscos, que auxilia na limitação e classificação das áreas. A metodologia what-if/e se, tem a função de identificar os perigos através de um questionário antes da realização das tarefas na instalação, manutenção e operação de geradores a diesel. Com tudo, após todas estas análises e metodologias, foi criada a modelagem do gerenciamento de segurança para atividades que envolvam grupos geradores de energia elétrica movidos a diesel, para ser mais eficiente, deve possuir um ciclo de melhorias contínuas, que fique atualizado com o cotidiano da organização. Por fim, a elaboração do check-list visa a identificação dos riscos e perigos de uma forma prática no decorrer dos processos de instalação, operação e manutenção dos geradores.

(15)

1.1 OBJETIVOS

Neste capítulo, serão abordados os objetivos de elaboração da análise de riscos e o gerenciamento com metodologias conhecidas. A análise de riscos identifica os agentes nocivos a saúde do trabalhador, com isto, é desenvolvido o mapa de riscos, que localiza o equipamento de geração de energia e determina os riscos para delimitação da área. O gerenciamento de riscos visa a controlar de uma forma segura os riscos envolvidos na máquina geradora através da modelagem e métodos que serão envolvidos neste trabalho.

1.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

A identificação dos agentes que prejudicam a saúde dos trabalhadores tem por finalidade expor estes riscos para que possam ser eliminados ou tratados de modo a manter controlada a segurança e a saúde dos trabalhadores. A análise preliminar é fundamental para a identificação dos riscos, é através desta que será dimensionado o mapa de riscos.

1.3 METODOLOGIA NO GERENCIAMENTO DE RISCOS

No geral, a metodologia deve atender as normas de segurança fazendo um gerenciamento dos riscos encontrados e que possa servir de modelo para pequenas, médias e grandes indústrias que utilizam geradores a diesel.

O objetivo específico é de gestar os riscos através de métodos ministrados em sala de aula e dar uma solução para minimizar a ação destes agentes encontrados para que não causem danos à saúde dos trabalhadores a médio e longo prazo. O método what-if/e se, tem a função de identificar através de um questionário os perigos ao realizar tarefas de instalação, manutenção e operação com gerador, já, através da OHSAS 18.001 de gerenciamento de segurança, será aplicado procedimentos e documentações desta metodologia em uma área e local especifica, neste caso será uma subestação com equipamento gerador de energia elétrica. Para uma melhor compreensão de forma prática, será elaborado um check-list de instalação, operação e manutenção de geradores a óleo diesel.

(16)

__________________________________________________________________________________________

2 GRUPO MOTOR GERADOR À DIESEL

Os geradores a diesel tem sua contribuição para suprir a demanda de energia quando o sistema elétrico não tiver presente ou para situações de emergência. Pode-se dizer também que os geradores a diesel tem importante finalidade, de entrar em operação na forma emergencial no caso de falta de energia ou quando estiver no horário de ponta, para o consumidor não pagar multas ou valores de demanda elevada.

2.1 GENERALIDADES DO GRUPO GERADOR NA INDÚSTRIA

O grupo gerador possui muitas aplicações na indústria, traz benefícios em manter uma fonte de enegia auxiliar sem a interrupção das atividades e trabalhos na empresa. A emissão de gases através da queima de combustível é minimizada usando sistemas de purificação com filtros de ar, instalados no duto do escapamento.

2.1.1 Utilização de Geradores à Diesel

Os grupos geradores de energia elétrica foram projetados para operar em diversos locais de trabalho principalmente nos que requerem constantes movimentos e em ambientes severos. Os grupos geradores a diesel são comumente usados em sistema de telecomunicações, estradas e sistemas ferroviários, empresas de engenharia, construções, obras, sistemas financeiros, hotéis, aeroportos, hospitais, edifícios comerciais, fábricas e muitos outros campos.

2.1.2 Definição de Grupo Motor Gerador

Grupo Motor Gerador (GMG) é um equipamento que possui um motor (Diesel, Gasolina ou Gás) de reconhecida performance, acoplado a um gerador de moderna tecnologia e montado sobre base metálica, com acionamento manual ou automático. Esse equipamento pode ser usado de forma singela ou em paralelo com outros grupos geradores, formando usinas de até 30MVA. O GMG possui proteção opcional contra intempéries, possuindo ou

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não, carenagem silenciada, sendo este, disponível tanto em unidades móveis como estacionárias, assim como na Figura 1.

Um GMG a diesel, por exemplo, é composto de: motor diesel, base horizontal, radiador, alternador de energia (gerador solteiro), bateria, painel manual de partida com frequencímetro, voltímetro, disjuntor, horímetro, medidor de temperatura, tanque combustível, purificador de ar, cabine sonorizada com espuma anti-chamas.

A característica principal é transformar energia mecânica em energia elétrica, com voltagem estável independente da variação de carga e velocidade. A energia elétrica produzida pelo GMG é controlada por instrumentos de medições e diversas proteções, tais como fusíveis, disjuntores, contatores, chaves e o quadro de comando (APOSTILA GRUPO MOTOR GERADOR 1, 19 abril de 2015).

Figura 1: Grupo motor gerador Stemac

Fonte: www.stemac.com.

2.1.3 Acionamento e Classificação Conforme Aplicação

Um gerador pode ser acionado por um motor, por uma turbina hidráulica (hidrogeradores), por uma turbina a gás ou a vapor (turbogerador) ou por força eólica, entre outros, produzindo uma corrente alternada (AC) ou corrente contínua (CC). O Grupo Motor Gerador, em particular, é acionado por um motor de combustão movido a diesel, gasolina ou

(18)

__________________________________________________________________________________________ Segundo sua aplicação os GMGs podem ser usados como:

- emergência: para suprir a falha da rede elétrica local;

- economia: substituir a rede elétrica local em horários sazonais.

2.2 FUNCIONAMENTO DE GERADOR E MOTOR

O gerador (alternador) e motor de combustão interna a diesel possuem muitas características e aplicações. No entanto, o gerador possui um alternador específico para a aplicação na geração de energia elétrica envolvendo a frequência de rotação, esta deve ser estável e não tem influencia na carga. Já o motor a diesel, foi desenvolvido um sistema especial para aplicar motores de grande porte no eixo do alternador, e com isso, girar em velocidade síncrona.

2.2.1 Geradores

O gerador consiste, basicamente, de um eletroímã que se movimenta dentro de uma espira, provocando o aparecimento de uma força eletromotris (f.e.m). Essa movimentação é uma das formas de variação necessária ao surgimento de tensão elétrica. A base física dessa conversão eletromecânica de energia é a variação de fluxo magnético. Com base nisso, podemos definir geradores como máquinas que convertem energia mecânica em energia elétrica utilizando o princípio de conversão eletromecânica.

Os principais dispositivos que utilizam este princípio são as máquinas rotativas, nas quais as tensões podem ser geradas em enrolamentos ou grupos de bobinas através de três formas básicas:

- rotação mecânica dos enrolamentos num campo magnético; - campo magnético girante atravessando um enrolamento;

- variação da relutância do circuito magnético devido a rotação de uma das partes do circuito.

Em qualquer destas formas, o fluxo concatenado com uma bobina específica varia ciclicamente gerando-se uma tensão.

Três tipos de máquinas rotativas aparecem como mais importantes: - máquinas síncronas;

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- máquinas de indução. 2.2.2 Alternador Síncrono

Os alternadores síncronos das linhas G i-Plus e AG10 foram desenvolvidos para utilização em geração de energia elétrica nas mais variadas aplicações, pode ser observado na Figura 2. Desde as mais simples, como acionamentos por tomada de forca, utilizando tratores em pequenas propriedades, ate as mais complexas, como operação em paralelo, sistemas de transferência em rampa e aplicações remotas em navios e plataformas de petróleo.

As principais maquinas acionantes são os motores de combustão interna (eletrônicos ou mecânicos) a diesel, gás, biogás, biodiesel e etanol. Também estão aptos a operar com turbinas a vapor ou hidráulicas. Operam nos regimes de serviço de emergência, horário de ponta ou serviço contínuo (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015).

Características técnicas: dados técnicos do alternador no Anexo A. - potências: até 1.160 kVA;

- carcaças: 160 a 315 (IEC); - baixa tensão: 190 a 600 V; - frequência: 50 e 60 Hz; - grau de proteção: IP21 e IP23; - classe de isolação: 180 (H); - passo do enrolamento: 2/3; - número de polos: 4 polos.

Figura 2: Alternador síncrono

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__________________________________________________________________________________________ 2.2.3 Motor à Combustão

O motor à combustão transforma explosão (energia química) em energia mecânica, então, o motor a combustão é uma máquina térmica, ou seja, transforma energia térmica em energia mecânica através da combustão e explosão. Esses motores são chamados de máquinas térmicas a pistão ou motores de combustão interna. Seu objetivo é a obtenção de trabalho através da liberação da energia química da combustão.

Os motores a combustão podem ser classificados de várias maneiras, entre as quais podemos citar: motores otto e diesel; motores 2 e 4 tempos; motores a pistão rotativos ou alternativos; número de cilindros.

2.2.4 Motores à Diesel

Os motores, a pistão de combustão interna, mais utilizados em GMGs são os motores diesel. Nos motores otto, a mistura combustível e comburente é preparada fora do motor pelo carburador e injetada no cilindro, nos motores diesel o ar é admitido no cilindro, comprimido, e o combustível é injetado na massa de ar comprimida através de um circuito independente ocasionando assim a inflamação espontânea. Assim, o ciclo de trabalho do motor a diesel de quatro tempos é:

- admissão; - compressão;

- injeção, combustão e expansão; - escape.

O ciclo de funcionamento do motor diesel é a quatro tempos onde a combustão ocorre com pequena variação de pressão a volume constante sendo sua maior parte desenvolvida a pressão constante. Tal fato é uma característica única dos motores a diesel. Na figura 3 podemos observar os componentes de um motor de combustão da empresa Cummins. No motor diesel, a regulação de velocidade é feita a partir da injeção de combustível no motor, tal como é feita nos motores a diesel convencionais. Lembrando, que a regulação da velocidade é fundamental para manter a frequência do grupo gerador constante, independente da variação da carga. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

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Os GMGs a diesel são utilizados para potências de até 40MW, apesar de sua limitação de potência, ruído e vibração. Eles são compactos, entram em carga em um tempo muito pequeno, são de fácil operação e apresentam um plano de manutenção de fácil execução.

Os sistemas que compõe o motor diesel são: - sistema de admissão de ar;

- sistema de combustível; - sistema de lubrificação; - sistema de arrefecimento; - sistema de exaustão; - sistema de partida.

Figura 3: Exemplo de motor diesel

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__________________________________________________________________________________________ 2.3 FUNCIONAMENTO DO GRUPO MOTOR GERADOR

Para o bom funcionamento do gerador ao todo, deve-se ter cuidado com alguns itens como os componentes do equipamento. Os cuidados principais para ter o equipamento em dia sem causar danos e riscos a segurança e saúde do trabalhador são de realizar uma rotina de controle no sistema operacional e checagem em todos os componentes do grupo gerador.

2.3.1 Componentes de Supervisão e Controle

Os componentes de supervisão e controle são responsáveis por manter o GMG funcionando automaticamente sem a intervenção humana. Caso haja alguma deficiência de funcionamento do sistema, o motor pode sofrer sérias avarias, por isso, para prevenir essas falhas os grupos geradores são dotados de sistemas de proteção e controle, como podemos ver abaixo:

- pressostato de óleo lubrificante: comanda a parada do motor quando a pressão do óleo cair abaixo de um valor predeterminado;

- termostato para água de refrigeração: comanda a parada do motor quando a temperatura do meio refrigerante ultrapassa um valor predeterminado;

- sensor de sobrevelocidade: comanda a parada do motor quando a velocidade ultrapassar, geralmente 20%, do valor nominal;

- sensor de nível do líquido de refrigeração: Utilizado para acionar um dispositivo de alarme, que indicará a necessidade de completar o nível do sistema de refrigeração;

- sensor de ruptura de correia: comanda a parda do motor em caso de ruptura da correia, evitando a elevação da água;

- sensor de frequência: usado para controlar a frequência do gerador e da rede. Nos GMG equipados com partida automática, este comanda as comutações;

- outros: painel de instrumentos, quadro de comandos e sensores de tensão da rede e do grupo (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015).

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3 ANÁLISE DE RISCOS E RELATOS DE ACIDENTES

Neste capítulo, serão abordadas algumas informações sobre acidentes provocador por geradores a diesel, com vários relatos, constatando que este tipo de equipamento pode se tornar perigoso se não forem tomadas medidas de controle e gerenciamento dos riscos envolvidos. Com isto, será elaborado a APR, análise preliminar dos riscos encontrados ao utilizar geradores de energia a óleo diesel.

3.1 ACIDENTES PROVOCADOS COM GERADORES À DIESEL

Os acidentes com explosão envolvendo geradores não é tão comum, mas pode acontecer por descuido do operador ou pessoa não habilitada para realizar trabalho envolvendo estes equipamentos. Em alguns casos abaixo a explosão acabou ocasionando acidentes graves e fatais ao trabalhador que fazia a manutenção de grupos geradores.

3.1.1 Relatos e Notícias de Acidentes com Gerador

3.1.1.1 Acidente com Gerador na Cidade de Tapiratiba

O acidente aconteceu na cidade de Tapiratiba no estado de São Paulo quando dois trabalhadores estavam realizando manutenção em um dos grupos geradores nas dependências da indústria. A inspeção com o resumo do acidente está no Anexo B deste trabalho.

No dia do acidente, a usina estava parada, sem moer cana-de-açúcar, devido ao excesso de chuva na região. Entretanto, naquele dia, estava programado o início da moagem da cana na usina, o que demandaria a inicialização do processo de geração de energia para a caldeira, através dos turbos-geradores de energia. O acidente ocorreu no gerador número um (01), envolvendo dois trabalhadores.

No dia 13/07/2012, próximo das 12:50 horas o acidente ocorreu e vitimou um dos trabalhadores que eram eletricista de manutenção. O rapaz vitimado tinha 19 anos e estava a um mês na função, o outro trabalhador tinha 47 anos de idade e a 29 anos na função, este foi internado em estado grave.

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__________________________________________________________________________________________ Conforme observação do analista constatou-se que houve falha na detecção de riscos e perigo, falta ou inadequação de analise de risco da tarefa, falhas na coordenação entre membros de uma equipe, ausência e insuficiência de supervisão, falha no sistema de segurança e o descumprimento da empresa ao descumprir as normas de segurança.

De acordo com a inspeção do acidente no Anexo B. “As infrações iniciaram em deixar de elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, e/ou cartazes e/ou meios eletrônicos. Deixar de submeter os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas a treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II da NR-10”. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A48EC2EA40149E840 D72676 53/Morte%20e%20acidente%20grave%20em%20raz%C3%A3o%20de%20explos%C3%A3o %20em%20gerador%20durante%20acionamento.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.2 Acidente com Gerador na Cidade de Niterói

Gerador de energia a óleo diesel pega fogo em camboinhas, Niterói.

Niterói, 22 de setembro de 2011. Ontem dia 21 de setembro de 2011, o gerador de energia a óleo diesel que alimenta a já embargada obra da PDG em Camboinhas pegou fogo. As fotos anexas são por sí só explicativas. A reserva da mata Atlântica poderia ter sido incendiada se os bombeiros não chegassem a tempo. O que não se compreende é que uma obra embargada no dia 13 de abril de 2011, continua com um gerador de energia a óleo diesel (motor de caminhão) poluindo 24 horas o meio ambiente. A fadiga deste motor, a falta de manutenção, a falta de extintores de incêndio no estand de vendas da PDG, poderia levar a um acidente de maiores proporções. Eu, Roberto Guimarães Azevedo, signatário desta correspondência eletrônica, assumo toda e qualquer responsabilidade pela veracidade das fotos anexas. Autorizo a publicação e a divulgação em qualquer meio. Memória:

O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) embargou nesta quarta-feira (13) as obras do empreendimento imobiliário Oásis Resort de Morar, em Camboinhas, em Niterói, na região metropolitana do Rio. O motivo seria a falta da autorização para retirada da vegetação. O Ministério Público Federal entrou na terça-feira (12) com uma ação de embargo para impedir a implantação de um empreendimento imobiliário. A Promotoria pediu, em liminar, a imediata paralisação do projeto do empreendimento. Dezenas de unidades já foram vendidas,

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sem que o consumidor saiba que todo o empreendimento está inserido na Faixa Marginal de Proteção onde são proibidas novas edificações. As fotos abaixo demonstram o ocorrido. Disponível em: <http://www.desabafosniteroienses.com.br/2011/09/gerador-de-energia-oleo-diesel pega.html>. Acesso em: 3 jun. 2015.

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__________________________________________________________________________________________ 3.1.1.3 Acidente com Gerador no Ministério do Esporte

Acidente aconteceu no início da tarde. Outra pessoa ficou ferida com explosão do gerador.

A explosão de dois transformadores no subsolo do Ministério do Esporte deixou uma pessoa morta e outra ferida nesta quinta-feira (15), na Esplanada dos Ministérios. Os dois são funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) e trabalhavam no local quando houve a explosão.

Wilson de Pádua Pires, de 54 anos, chegou a ser levado para o Hospital de Base, mas não resistiu. Ele teve queimaduras e trauma cranioencefálico. Os bombeiros tentaram reanimá-lo no local do acidente, mas não conseguiram. Ele estava a seis meses da

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aposentadoria. O outro funcionário é José Pereira dos Santos, de 53 anos, que foi levado para o Hospital Regional da Asa Norte.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da CEB, a energia do local foi desligada. Logo após o acidente, assessores da companhia informaram que, assim que possível, técnicos da empresa se aproximariam do gerador para tentar identificar qual foi o problema no equipamento.

A Assessoria de Imprensa do Ministério do Esporte divulgou nota, há pouco, informando que a subestação da CEB fica na garagem do prédio e passava por manutenção programada.

Segundo a nota, a explosão foi por volta das 15h. Bombeiros que passavam pela Esplanada dos Ministérios no momento viram a fumaça e prestaram socorro. Eles tentaram reanimar Wilson de Paiva, mas não conseguiram. O princípio de incêndio foi controlado e não passou do subsolo. O major Wesley da Costa, do Corpo de Bombeiros, informou que existe uma rotina de manutenção periódica no local. Segundo ele, ainda não é possível dizer o que provocou a explosão. O militar disse também que o sistema de controle de incêndio não funcionou, o que significa que as baterias de pó químico não foram acionadas como deveriam ter sido.

O diretor de Operações da CEB, Manoel Clementino, informou que a subestação passava por uma obra de melhoria do sistema. Segundo ele, cada prédio da Esplanada tem uma subestação como essa, formada por três tranformadores. Ele informou que assim que a falha ocorreu a energia foi desligada preventivamente. A estimativa da CEB é que a Esplanada tenha ficado sem energia por 20 minutos.

“Não temos informação correta da causa do incendio”, disse Clementino. Ele explicou que os funcionários acidentados trabalhavam na recomposição do sistema. “Eles vieram reenergizar e houve o problema. Os dois tecnicos estavam de plantão para fazer manobras que são rotineiras. Qualquer apontamento de falha neste instante consideramos precipitado”, ressaltou o diretor da CEB.

Segundo ele, a CEB é responsável pela subestação e o Ministério do Esporte, pelo sistema contra incêndio que não foi acionado. “O trabalho da perícia é que vai indicar se houve falha. Tão logo a Polícia Civil libere o local, a CEB vai entrar e fazer os reparos. Não dá para tirar nenhuma conclusão agora.”. Disponível em:

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__________________________________________________________________________________________ <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/explosao-de-gerador-deixa-um-morto -no-predio-do-ministerio-do-esporte-27gviu grfs9fqgqggjt3sb1am>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.4 Acidente com Gerador na Serra

Gerador de energia explode e atinge funcionário de empresa na Serra 31/10/2014 - 11h25 - Atualizado em 31/10/2014 - 15h28.

Os bombeiros disseram que um quadro elétrico pegou fogo na empresa Viminas e atingiu um funcionário.

Um gerador de energia explodiu, informou que o colaborador Handerson Batista passava e atingiu um funcionário dentro de uma empresa de vidros, na manhã desta sexta-feira (31), em Civit II, na Serra. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros.

Os bombeiros disseram que um quadro elétrico pegou fogo na empresa Viminas e atingiu um homem que logo foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Por meio de nota, a empresa Viminas por cirurgia na tarde desta sexta-feira (31), sem risco de morte. Ele teria escorregado ao ligar uma autoclave que havia sido desligada no dia anterior, em função da forte chuva, encostando em uma barra de cobre e sofrendo uma descarga elétrica.

Veja nota na íntegra:

A Viminas Vidros Especiais, beneficiadora e transformadora de vidros localizada no Bairro Civit II, na Serra, informa que o colaborador Handerson Batista, de 37 anos, está sendo submetido a procedimentos cirúrgicos, neste início de tarde, mas não corre risco de morte, segundo informações iniciais repassadas por profissionais do Hospital Doutor Jayme dos Santos Neves.

Nesta sexta-feira (31), por volta das 9h30, Handerson, que trabalha há cerca de 15 anos na Viminas e exerce a função de gerente de Manutenção, foi até um dos galpões da empresa para religar uma autoclave que havia sido desligada ontem em função da forte chuva. Ao abrir o painel de controle do maquinário, ele escorregou, encostou em uma barra de cobre energizada e sofreu uma descarga elétrica, em uma rede de baixa tensão. Foi o próprio colaborador quem contou o que ocorreu, pois ele se manteve consciente após o acidente.

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Handerson Batista foi socorrido pelo Samu e levado imediatamente para o Hospital Doutor Jayme dos Santos Neves, referência no tratamento de queimados. De acordo com informações iniciais repassadas por profissionais do hospital, o colaborador sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus pelo corpo e não inalou fumaça. Houve um princípio de incêndio no painel de controle da máquina, mas foi logo controlado, O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou ao local não havia mais risco. Diante da movimentação, os colaboradores ficaram agitados, porque ontem houve um treinamento da Brigada de Incêndio na empresa.

Em solidariedade a Handerson Batista, a Viminas liberou todos os funcionários dos turnos da manhã e da tarde, totalizando aproximadamente 250 colaboradores, e só retomará as atividades no turno da noite. A Viminas Vidros Especiais está prestando e vai prestar todo o apoio ao colaborador e à família dele, para que a recuperação ocorra da melhor forma possível, e vai realizar todos os procedimentos necessários para apurar os detalhes do incidente. O Corpo de Bombeiros vai realizar a perícia. Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2014/10/noticias/cidades/1500995-gerador-de-ener gia-explode-e-atinge-funcionario-de-empresa-na-serra.html>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.5 Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga

O acidente aconteceu na cidade de Tapiratiba no estado do Amazonas.

Tabatinga sem luz durante 2h após explosão de gerador da Amazonas Energia. A causa do acidente se deu em decorrência a um curto-circuito. Parte do município ficou sem fornecimento de energia, até o problema ser solucionado.

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__________________________________________________________________________________________ Figura 5: Acidente com Gerador na Cidade de Tabatinga

Técnicos da Eletrobras Amazonas Energia desligaram tudo e agiram rapidamente para controlar a situação (Divulgação). Um dos grupos geradores da concessionária Eletrobras Amazonas Energia do município de Tabatinga, a 1.108 quilômetros de distância de Manaus, explodiu na noite desta sexta-feira (20), por volta das 20h30, e deixou parte da cidade sem o fornecimento de energia.

Segundo assessor de comunicação da concessionária de Manaus, Humberto Amorim, técnicos da empresa no município agiram rapidamente após o acidente, na tentativa de diminuir ao máximo as consequências do blecaute. Ainda segundo ele, o município ficou sem energia elétrica até as 22h30, quando tudo foi normalizado. A causa do acidente se deu em decorrência a um curto-circuito no gerador. A presença do Corpo de Bombeiros não foi necessária, segundo o assessor da Amazonas Energia.

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“Os técnicos desligaram tudo e agiram rapidamente para controlar a situação”, afirmou Humberto.

Na manhã deste sábado (21), a fornecedora de geradores da concessionária deverá substituir a máquina que explodiu por uma nova. A equipe do Portal A Crítica não conseguiu entrar em contato com a equipe do Corpo de Bombeiros. Disponível em: <http://acritica. uol.com.br/noticias/Gerador-Eletrobras_Amazonas_Energia-explode-moradores-Tabatinga-sem-fornecimento-energia-eletrica-apagao-amazonas_0_1324667531.html>. Acesso em: 3 jun. 2015.

3.1.1.6 Acidente com Gerador na Cidade de Barras

Escrito por Saraiva Qui, 16 de Janeiro de 2014, 22:58.

Empresário morre no PI ao tentar ligar gerador em sua empresa após faltar energia. O empresário conhecido por “Carlos da Puro Sabor”, de 45 anos, casado, morreu tragicamente vítima de uma descarga elétrica, por volta das 18h40min da última quarta-feira (15 de janeiro de 2014), na cidade de Barras-PI, a 126 km da Capital do Piauí (Teresina), quando tentava ligar um gerador em sua Panificadora Puro Sabor, após faltar energia elétrica na cidade.

Com a forte chuva que caiu no Município, a energia da Eletrobrás como sempre, faltou e no momento em que o empresário foi tentar ligar o gerador da panificadora, acabou sofrendo a forte descarga elétrica.

Carlos ainda foi socorrido e levado para o Hospital Leônidas Melo, no Município, aonde ele já chegou sem vida. O corpo do empresário “Carlos da Puro Sabor”, que era muito conhecido na Região de Barras foi removido para o Instituto Médico Legal, em Teresina-PI, onde foi submetido a exames e depois liberado para a família. O velório do empresário ocorreu na casa da família em Teresina, sendo que o sepultamento ocorreu nesta quinta-feira (16 de janeiro de 2014). Disponível em: <http://www.saraivareporter.com/index.php?option= com_content&view=article&id=10356:empresario-morre-no-pi-ao-tentar-ligar-gerador-em-sua-empresa-apos-faltar-energia &catid=39:quentinhas&Itemid=57>. Acesso em: 3 jun. 2015.

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__________________________________________________________________________________________ 3.2 TÉCNICA DE ANÁLISE DE RISCOS

Os riscos envolvidos foram descritos em tabelas conforme os agentes analisados. A análise tem como referência as normas especificas de cada agente envolvido no estudo. A APR tem o objetivo de identificar, avaliar e minimizar os riscos no caso de não conseguir a eliminação dos riscos ao realizar trabalhos com geradores a diesel.

3.2.1 Análise Preliminar de Riscos (APR)

Ao analisar vários casos de acidentes envolvendo geradores a diesel no item 4.1 anterior, pode-se observar a necessidade de fazer uma análise mais aprofundada a APR. Esta tem a finalidade de identificar todos os agentes de risco ao trabalhar com este tipo de equipamento.

A determinação da exposição do tempo de trabalho é conforme os testes e operação do grupo motor gerador a diesel. A característica operacional do equipamento fica dentro de alguns minutos ou até quatro horas por dia ligado, conforme a necessidade, o operador não fica presente o tempo todo no ambiente, apenas quando necessita ligar manualmente ou testar o equipamento. Os riscos encontrados são de natureza física, química, ergonômica e de acidentes, sendo este último o mais perigoso dos demais, devido ao risco de explosão caso a manutenção preventiva não estiver em dia, pode acontecer vasamento de combustível na instalação.

A Tabela 1 a baixo mostra os diversos riscos ambientais presentes ao trabalhar com grupos geradores de energia elétrica. A fonte geradora dos agentes analisados é referente a instalação, operação e manutenção do gerador a diesel.

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Tabela 1: Análise preliminar de riscos

Riscos Ambientais Presentes – NR-15/Atividades e Operações Insalubres Risco Físico

Agente Intensidade/

Concentração Exposição

EPI/EPC –

Recomendado Recomendações

Ruído De uma a 4 horas

ao dia. Quando necessário.

Intermitente Protetor Auricular tipo Concha CA 3378.

Utilizar o protetor auricular sempre que trabalhar com instalação, manutenção e testes do grupo gerador diesel.

Vibrações De uma a 4 horas

ao dia. Quando necessário.

Não Exposto O gerador deve possuir amortecimento.

A base de concreto do gerador deve ser reforçada e o mesmo deve possuir molas para amortecimento no chassi.

Calor De uma a 4 horas

ao dia. Quando necessário.

Não Exposto O gerador deve possuir radiador de refrigeração eficiente.

Dentro da subestação geradora deverá ser instalada refrigeração forçada ou natural por janelas.

Riscos Ambientais Presentes – NR-15/Atividades e Operações Insalubres Risco Químico

Agente Intensidade/

Concentração Exposição

EPI/EPC –

Recomendado Recomendações

Gases De uma a 4 horas

ao dia. Quando necessário.

Não Exposto A descarga de gases do gerdaor deve ser voltado para fora.

Os gases produzidos pelo motor a combustão deve ser direcionado para fora da sala, ao ar livre, sem obstaculos.

Poeiras (incômodas)

De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário.

Não Exposto Máscara Respiratória 3M CA 9356.

Óculos de Segurança CA 3457

Utilização efetiva de máscara respiratória para poeiras incômodas, e ambiente deve ser ventilado ou que tenha sistema de exaustão.

Riscos Ambientais Presentes – NR-17/Ergonomia Risco Ergonômico Situação: Intensidade/ Concentração Exposição EPI/EPC – Recomendado Recomendações Monotonia e Repetitividade De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário.

Intermitente Não sera necessário. Nas atividades diárias os colaboradores deverão realizar exercícios de alongamento e

relaxamento de modo a evitar sobrecargas musculares ou dores, recomenda-se revezamento da postura sentado/em pé. Procurar não levantar e carregar sozinho peso excessivo; Treinamento periódico sobre as maneiras e procedimentos corretos de levantamento e transporte manual de cargas. Na movimentação de pesos, dobrar os joelhos ao invés da coluna, sempre respeitando o limite individual de esforço físico;

Postura inadequada De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Jornada de Trabalho Prolongada De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Estresse físico e/ou

psíquico

De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário.

Riscos Ambientais Presentes – NR-16/ Atividades e Operações Perigosas NR-20/ Liquidos Combustíveis e Inflamáveis

NR-11/ Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR-12/ Máquinas e Equipamentos Risco de Acidentes Situação: Intensidade/ Concentração Exposição EPI/EPC – Recomendado Recomendações Probabilidade de Incêndio/Explosão De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário.

Intermitente Óculos de Segurança CA 3457

Protetor facial CA 14969

Capacete de segurança CA: 29638 (Classe B – Potencial Elétrico)

Fazer uso constante de óculos de proteção ou protetor facial durante a operação das máquinas ou outras atividades que ofereçam risco de projeção de fagulhas e faíscas;

As partes móveis devem estar providas de proteção;

Fazer uso de calçado de segurança para riscos de origem mecânica, impermeável e antiderrapante.

Periodicamente fazer inspeções nas ferramentas manuais, para verificar suas condições e desgaste, providenciando sua substituição sempre que necessário;

As ferramentas e máquinas elétricas devem ser inspecionadas diariamente, para verificar possíveis fontes de choque elétrico. Ter cuidado e atenção na realização de suas atividades.

Identificação e isolamento de área quando for realisar movimentação de cargas pesadas e perigosas no caso da máquina geradora e do tanque de combustível.

Aterramento nos equipamentos para ter equipotencialização, garantindo a segurança no trabalho. Arranjo físico inadequado De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Máquina sem Proteção De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Ferramentas inadequadas ou defeituosas De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Iluminação inadequada De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Trabalhos com Eletricidade De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Armazenamento Inadequado De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário. Transporte/ Movimentação irregular pode causar

De uma a 4 horas ao dia. Quando necessário.

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__________________________________________________________________________________________

4 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

O procedimento de instalação do grupo gerador deverá seguir as normas vigentes para que não aconteça nenhum acidente com o trabalhador ou para outras pessoas que por ventura estejam próximo no local. O risco de acidente deve ser controlado de maneira que os responsáveis pela instalação ou manutenção possam executar suas tarefas com a maior segurança possível, através do uso de EPC e de EPI conforme o agente de risco.

4.1 INSTALAÇÃO E PROTEÇÃO DO GRUPO GERADOR À DIESEL

O procedimento de segurança que protege o operador e o grupo gerador deve seguir as normas adotadas pelo fornecedor e pela NR-12 sobre manutenção em máquinas e equipamentos. Os operadores, antes de fazer qualquer manutenção ou testes deverá isolar a área em primeiro lugar, em seguida, com os equipamentos de proteção individual, realizar suas atividades da forma mais segura possível.

4.1.1 Instalação e Proteção Contra o Risco de Contato

Todas as partes da instalação elétrica deve ser projetada e executada de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, o perigo de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes. As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro.

As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais.

Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos.

O aterramento das instalações elétricas deve ser executado obedecendo às normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes.

(35)

As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, obedecendo às normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes, em especial quanto à blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

4.1.2 Proteção do Trabalhador no Serviço de Instalação

No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas, devem ser previstos Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, através de isolamento físico de áreas, sinalização, aterramento provisório e outros similares, nos trechos onde os serviços estão sendo desenvolvidos.

Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção coletiva forem insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem ser utilizados equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteção Individual - EPI, tais como varas de manobra, escadas, detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e luvas, observadas as prescrições previstas nas normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes.

As ferramentas manuais utilizadas nos serviços em instalações elétricas devem ser eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos destinados a serviços em instalações elétricas energizadas. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

4.1.3 Procedimentos de Operação e Manutenção

Os grupos geradores não devem operar com carga muito abaixo da sua capacidade nominal, sob risco de trazer danos ao motor e também reduzir sua vida útil.

Os motores diesel são projetados com seus componentes internos normalmente dimensionados para condições de carga próximas da nominal, ocasião em que seus sistemas internos atingem temperaturas cujas dilatações térmicas permitem vedações mais eficientes, como é o caso dos anéis de vedação dos cilindros do motor. Com cargas reduzidas, os

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__________________________________________________________________________________________ sistemas de água de arrefecimento, óleo lubrificante e outros, trabalham em temperaturas mais baixas, caracterizando uma anomalia às condições do equipamento. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

Muito embora dar-se ênfase de que cargas inferiores a 30% são proibitivas, outras cargas reduzidas, mesmo que superiores a indicada, igualmente podem implicar nos seguintes problemas:

- maior consumo específico de óleo lubrificante; - maior consumo específico de óleo combustível; - surgimento de óleo na tubulação de gases de descarga; - desgaste prematuro de anéis e espelhamento de camisas.

Os riscos de problemas e intensidade dos desgastes no motor, estarão diretamente associados ao tempo de operação que o grupo gerador ficar submetido a estas condições de baixa carga. Em particular, além de danos ao motor, a operação com baixa carga também pode provocar acúmulo de óleos não queimados pelo motor no interior do silencioso da tubulação de gases de descarga.

O acúmulo de óleo não queimado pode trazer risco de explosão ao silencioso, caso o motor passe a operar com cargas elevadas e consequentes altas temperaturas no interior desse acessório:

- durante a construção ou reparo de instalações elétricas ou obras de construção civil, próximas de instalações sob tensão, devem ser tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos eventuais e de indução elétrica. Quando forem necessários serviços de manutenção em instalações elétricas sob tensão, estes deverão ser planejados e programados, determinando-se todas as operações que envolvam riscos de acidente, para que possam ser estabelecidas as medidas preventivas necessárias;

- toda ocorrência, não programada, em instalações elétricas sob tensão deve ser comunicada ao responsável por essas instalações, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. É proibido acesso e permanência de pessoas não autorizadas em ambientes próximos a partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de danos às pessoas e às próprias instalações;

- os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas que não estejam sob tensão, só podem ser realizados quando as mesmas estiverem liberadas;

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- entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços, aquela cuja ausência de tensão pode ser constatada com dispositivos específicos para esta finalidade;

- para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o tempo necessário para o desenvolvimento destes serviços, os dispositivos de comando devem estar sinalizados e bloqueados, bem como o circuito elétrico aterrado; - os serviços de manutenção e ou reparos em partes de instalações elétricas, sob

tensão, só podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados, em cursos especializados, com emprego de ferramentas e equipamentos especiais. Observar os requisitos tecnológicos e as prescrições previstas nas normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes;

- as instalações elétricas devem ser inspecionadas por profissionais qualificados, designados pelo responsável pelas instalações elétricas nas fases de execução, operação, manutenção, reforma e ampliação;

- devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário.

Os localizados próximos as partes elétricas expostas, não devem ser utilizados como passagem:

- é proibido guardar objetos estranhos próximos às partes condutoras da instalação; - devem ser utilizados cordões elétricos alimentados por transformador de

segurança ou por tensão elétrica não superior a 24 volts quando da realização de serviços em locais úmidos ou encharcados, bem como quando o piso oferecer condições propícias para condução de corrente elétrica.(MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015).

4.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO COM GRUPO GERADOR À DIESEL

A segurança é fundamental ao trabalhar com estes equipamentos. Todos os trabalhadores devem estar treinados, capacitados e usando o equipamento de proteção

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__________________________________________________________________________________________ individual conforme a sua tarefa. As instruções de emergência devem ser executadas o mais rápido possível conforme as recomendações do fabricante.

4.2.1 Componentes de Proteção na Operação do GMG

- Capacitores de rede: É comum, em instalações elétricas, a existência de banco de capacitores nos circuitos de carga para correção de fator de potência. Assim, quando o grupo gerador assumir a carga, deve-se ter o cuidado para que ele não venha atender, num primeiro instante apenas ao banco de capacitores, por eles causarem uma sobre excitação no gerador, abalando dessa forma, a regulagem da tensão.

- Aterramento: A carcaça do gerador deverá ser interligada à malha de aterramento disponível. A barra de terra da USCA deverá ser interligada à malha de aterramento disponível. A base metálica dos GMG’S são interligadas a barra de terra da USCA/QTA. Em instalações com transformadores elevadores estrela/triângulo o neutro dos geradores deve ser aterrado. Em instalações de grupos em paralelo com transformadores elevadores, os neutros dos geradores deverão ser interligados entre eles e aterrados. Estas ligações devem ser efetuadas utilizando-se cabos de cobre nu na bitola especificada em tabela fornecida pelo fabricante.

- Para-raios: Usado em regiões muito propensas a distúrbios atmosféricos, é recomendável a instalação de para-raios de baixa tensão e supressores de surto (varistores), na entrada da rede da chave de transferência.

- Disjuntor: Cada gerador em particular possui um disjuntor de proteção contra sobre corrente. Este é instalado no módulo de controle, geralmente fixado junto ao gerador, o manual do fabricante deve ser consultado para maiores detalhes e procedimentos de substituição (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015).

4.2.2 Sistema de Proteção Digital e Telecomando

Os GMGs possuem módulos que foram projetados para possibilitar ao operador partir e parar o gerador e, se necessário, transferir a carga para o gerador de forma manual ou

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automática. Em modo automático os módulos irão comandar a partida e parada do grupo gerador, a partir da disponibilidade da fonte principal (normalmente a rede da concessionária de energia). O operador tem também a facilidade de visualizar todos os parâmetros operacionais do sistema através do display LCD. O equipamento de comando digital pode ser visualizado na Figura 7.

Alguns desses módulos monitoram o motor, indicando todas as condições operacionais. Em caso de falha, será emitido um alarme sonoro e o motor será desligado automaticamente. O módulo irá informar a real causa da falha através no display LCD.

Alguns GMGs utilização software de configuração para PC (Configuration Suite) permite a configuração das sequências de operação, temporizadores e alarmes.

Esses módulos, geralmente, são acomodados em um gabinete plástico resistente projetado para a montagem na parte frontal do painel. Todas as conexões são realizadas por meio de plugues e soquetes.

O esquema de ligação dos bornes deste módulo de comando e proteção do gerador está no Anexo C. Pode ser visualizado a ligação dos transformadores de corrente, responsáveis pela leitura da corrente produzida pelo gerador e também a demanda. Os valores ficam registrados a cada ocorrência de desligamento ou falta na rede, os registros são em torno de vinte ocorrências ou conforme o fabricante. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

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__________________________________________________________________________________________ 4.2.3 Situações de Emergência

Os equipamentos automáticos são providos de Botoeira/Botão de Emergência e deverão ser prontamente acionados, por pessoal responsável em casos de emergência.

Os equipamentos automáticos também são providos de controladores lógicos programáveis que monitoram a performance do equipamento. Em caso de funcionamento irregular do equipamento, automaticamente ocorrerá seu desligamento.

Os equipamentos manuais são providos de Botões de Parada ou Chave, que deverão ser prontamente acionados por pessoal responsável em casos de emergência. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

4.2.4 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Devem ser utilizados quando da instalação, entrega técnica, limpeza, manutenção ou movimentação do(s) grupo(s) gerador(es), seja por parte do cliente ou de funcionário da instaladora os equipamentos de proteção aplicáveis a cada situação. Uma sugestão em forma de tabela pode ser visualizada na Tabela 2. (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

Tabela 2: EPIs usados para trabalhos com geradores

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4.3 MANUTENÇÃO DE GRUPOS GERADORES À DIESEL

Manter a manutenção dos equipamentos em dia, evita o desgaste de peças de forma prematura e futuros defeitos decorrente do mau uso do gerador. Sempre deverá solicitar a empresa responsável do equipamento que forneça uma planilha de manutenção e que esta seja de uso diário para os operadores.

4.3.1 Manutenção Preventiva

Consiste na verificação periódica das condições do equipamento, seguindo recomendações do fabricante, de forma a manter uma boa condição de funcionamento. Na Tabela 3 abaixo apresentamos um exemplo de plano de manutenção preventiva: (MANUTENÇÃO DE FERROVIA – GRUPO MOTOR GERADOR, 20 abril de 2015)

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5 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS

O processo de gerenciamento de riscos não deve ser apenas para seguir protocolos e sim para identificar, avaliar e evitar que acidentes aconteçam. A modelagem do gerenciamento é muito amplo, envolvendo em primeiro modo o mapa de riscos, que deve ser posicionado em local de fácil visualização para todas as pessoas que por ventura passem por locais de riscos. A análise dos riscos acrescenta os pontos principais de onde devem ser focado com mais intensidade o gerenciamento e controle dos agentes encontrados. A elaboração de procedimentos e instruções é fundamental para gerenciar as atividades com geradores a diesel e o mais importante é seguir protocolos.

5.1 GERENCIAMENTO OHSAS E MAPA DE RISCOS

A implementação do sistema de gestão inclui a realização dos estudos de riscos de processo e operacional. A partir deste ponto, deve ser organizado um sistema de documentação, que inclui a elaboração de procedimentos e instruções bem como a atualização de documentos e catálogos técnicos. (OHSAS 18.001, 1999).

A organização poderá implementar a OHSAS 18.001 apenas para uma parte do processo ou atividade operacional. Neste caso, as políticas e procedimentos existentes para outros setores podem ser empregados, desde que se apliquem à área ou atividade operacional especifica a ser avaliada. (OHSAS 18.001, 1999)

O processo de gerenciamento deste estudo visa em aplicar o gerenciamento da OHSAS 18.001 em um processo operacional especifico na instalação, manutenção e operação de geradores a diesel com segurança. Desta forma foi avaliado os riscos e processos para aplicar técnicas especificas de identificação e procedimentos de avaliação dos riscos. (OHSAS 18.001, 1999)

As ferramentas para o gerenciamento na identificação e avaliação dos riscos que envolvem o processo são: mapa de riscos; análise preliminar de riscos – APR; what-if/e se; modelagem do gerenciamento. Esta metodologia aplicada visa o melhor entendimento do processo de gerenciamento que envolva segurança e minimizar os riscos decorrentes do trabalho ou serviço com geradores a diesel. A Figura 8 abaixo demonstra através de uma pirâmide como é organizado o gerenciamento de segurança em um todo.

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Figura 8: Pirâmide de gerenciamento dos riscos do grupo gerador

Fonte: Autoria própria.

5.1.1 Mapa de Riscos

O mapa de riscos tem a função de identificar os riscos presentes no local de trabalho. Através da análise preliminar de riscos, poderá ser identificado e avaliado todos os agentes nocivos ou não a saúde, desta forma qualquer trabalhador consegue identificar os riscos presentes no local de trabalho. No item 4.2 deste trabalho foi constituído o APR – analise preliminar de riscos. A Tabela 4 a baixo constitui a classificação dos riscos de uma forma resumida, com a identificação do grupo de risco e cores designadas para cada uma.

Tabela 4: Análise preliminar de riscos

Fonte: Autoria própria

Tabela de Classificação dos Riscos Ambientais Grupo I: Verde Grupo II: Vermelho Grupo III: Marrom Grupo IV: Amarelo Grupo V: Azul Risco Físico Risco Químico Risco Biológico Risco Ergonômico Risco de Acidentes

Ruído Gases Não tem Monotonia e

Repetitividade

Probabilidade de Incêndio ou Explosão

Vibrações Poeiras (incômodas)

Postura inadequada Arranjo físico inadequado

Calor Jornada de

Trabalho Prolongada

Máquina sem Proteção

Estresse físico e/ou psíquico

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Iluminação inadequada Trabalhos com Eletricidade Armazenamento Inadequado

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__________________________________________________________________________________________ Em um ambiente que possua geradores de energia elétrica a diesel pode conter agentes de riscos a saúde do trabalhador. O mapa de riscos apresentado a seguir tem a identificação e localização dos riscos e o seu grau de risco. Na Figura 9 e 10 o grupo gerador está representado com instalação abrigada em alvenaria, podendo ser visualizado na planta baixa e na vista lateral.

Conforme a NR-16 os tanques que contem líquidos inflamáveis devem ser armazenados dentro de uma bacia de segurança e contenção. O tanque é instalado a céu aberto ao tempo mas sempre com a bacia para conter toda a capacidade de armazenagem do líquido, no caso do diesel e a capacidade do tanque geralmente é de 450 litros de combustível.

Quando existe armazenamento de líquidos inflamável, deve-se ter cuidado com prédios próximos para garantir a segurança de pessoas que circulam no local. Conforme a atividade aplicada no armazenamento é classificada a área de risco com a distância segura pra a instalação. Para um grau de risco baixo, a distância segura é de três metros até o prédio mais próximo ou área segura pra circulação.

A classificação do grau de risco para líquidos inflamáveis deve ser observado o grupo de embalagens: no grupo I tem alto risco; grupo II tem risco médio; e no grupo III possui baixo risco. Nos tanques de armazenamento de diesel para GMG a embalagem é externa com tambores de plástico e tem grupo de embalagem III, neste caso, o grau de risco é baixo.

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Figura 9: Mapa de riscos da planta baixa do grupo gerador

Referências

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