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Uso de Recursos Naturais nas Palafitas Amazônicas :Estudo de caso na Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-Amazonas) / Use of Natural Resources on Amazon Stilts: Case Study in the Nossa Senhora das Graças Community (Manacapuru-Amazonas)

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Academic year: 2020

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Uso de Recursos Naturais nas Palafitas Amazônicas :Estudo de caso na

Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-Amazonas)

Use of Natural Resources on Amazon Stilts: Case Study in the Nossa Senhora

das Graças Community (Manacapuru-Amazonas)

DOI:10.34117/bjdv6n4-321

Recebimento dos originais: 13/03/2020 Aceitação para publicação: 25/04/2020

Gislany Mendonça de Sena

Graduada em Arquiteturae Urbanismo pela Faculdade Metropolitana de Manaus. Mestranda em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil

E-mail: gislany.sena15@gmail.com

Therezinha de Jesus Pinto Fraxe

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Professora Titular e Coordenadora do Núcleo de Socioeconomia-NUSEC da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200,

Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil E-mail: tecafraxe@uol.com.br

Mônica Suani Barbosa da Costa

Doutoranda em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Mestre em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200,

Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil E-mail:suanimorena@yahoo.com.br

Vinícius Verona Carvalho Gonçalves

Doutorando em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Mestre em Ciências Pesqueiras nos Trópicos pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil

E-mail: viniciusveronacg@gmail.com

Janderlin Patrick Rodrigues Carneiro

Doutorando em Ciências do Ambiente na Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Mestre em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200,

Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil E-mail: patrickrodrigues_23@hotmail.com

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Jaisson Miyosi Oka

Doutor em Agronomia Tropical pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200,

Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil E-mail: jaisson.m.ok@gmail.com

Antonio Carlos Witkoski

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará -- UFC. Professor Titular na Universidade Federal do Amazonas – UFAM.

Endereço: Universidade Federal do Amazonas - UFAM,Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I Cep: 69077-000, Coroado I – Manaus/ AM/ Brasil

E-mail: acwitkoski@uol.com.br

RESUMO

Existem diversasáreas da Região Amazônica que convivem com enchentes periódicas dos rios, o que denominamos como área de várzea, esse evento designa grande impacto nas condições de vida, principalmente das populações residentes nessas áreas. A adaptabilidade humana pode ser considerada uma estratégia de vida das famílias moradoras dessas regiões, pois, apresentam diversas formas e habilidades de adaptabilidade, devido a sazonalidade, utilizando recursos naturais. A pesquisa objetivou analisar a dinâmica dos recursos naturais nas palafitas da Comunidade Nossa Senhoras das Graças em Manacapuru-Am. O estudo foi pautado na coleta de dados a partir de pesquisa bibliográfica, com uma abordagem quantitativa e qualitativa. Foi realizado o uso de entrevistas abertas e de registros fotográficos, na finalidade da culminância dos objetivos almejados. Diante da análise dos dados obtidos, foi possível identificar que a madeira é o principal recurso natural utilizado pelos ribeirinhos em suas palafitas, construídas respeitando as dinâmicas de cheia do rio. É perceptível, que desde o planejamento da construção, a manutenção das moradias, até as atividades de plantio são adaptadas para assim resistirem as intempéries da natureza.

Palavras-chave: Ribeirinhos da Várzea, Adaptabilidade, Costa do Pesqueiro. ABCTRACT

There are many places in the Amazon Region that live with the periodic flooding of rivers, whose event designates a great impact on the living conditions, mainly of the populations of the lowland area. Human adaptability can be considered a life strategy for families living in these areas, as they have different forms and adaptability skills, due to seasonality, using natural resources. The research aimed to analyze the dynamics of natural resources on the stilts of the NossaSenhora das Graças Community in Manacapuru-Am. The study was based on the collection of data from bibliographic research, quantitative and qualitative research through data collection, open interviews and photographic records, in order to culminate the desired objectives. In view of the analysis of the data obtained, it was possible to identify that wood is the main natural resource used by riverside dwellers on their stilts, built respecting the dynamics of the river's flood. It is noticeable that since the construction planning, the maintenance of the houses, even the planting activities are adapted to resist the bad weather of nature.

Key words: Ribeirinhos da Várzea, Adaptability, Fisherman's Coast. 1 INTRODUÇÃO

A Comunidade Nossa Senhora das Graças está situada em frente à sede do município de Manacapuru. Pertencente à localidade Costa do Pesqueiro II, região de várzea. No que tange às

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atividades produtivas, a pesca comercial é a principal fonte de renda dos moradores. Atualmente, a comunidade abarca, aproximadamente, 52 famílias distribuídas em 44 domicílios.

Os ribeirinhos da várzea amazônica possuem um habitus, saber incorporado socialmente, estruturado e estruturante (FRAXE, 2010), que estabelece formas específicas de uso e ocupação do território. No estado do Amazonas,os ambientes de várzea é predominante a existência de palafitas, que são casas suspensas construídas para resistir adinâmica das águas, denominada de enchente. A Comunidade Nossa Senhora das Graças (Figura 1), localizada no município Manacapuru, caracteriza-se pela existência sumária de palafitas.

Figura 1: Localização da Comunidade Nossa Senhora das Graças.

Fonte: SIPAM, 2014. Org.: PEDROZA, 2016

Nos últimos anos, os tipos de madeira para os assoalhos e esteios das casas da Comunidade Nossa Senhora das Graças têm sido substituídos por outros tipos, evidenciando uma série de fatores ambientais anteriormente não recorrentes, a exemplo disso,é a permanência das águas nos assoalhos, fator que tornou-se acima da média nos últimos anos. Segundo Souza (2011), as

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palafitas representam a materialização de diferentes sociabilidades, ligadas e dependentes das águas dos rios.

O padrão espacial de habitações na Amazônia é marcado pelo tipo palafita, o que representa uma arquitetura vernácula entendida como uma arquitetura comum, construída sem interferência de arquitetos ou engenheiros, apresentando linguagens e expressões que refletem o lugar e o ambiente onde foi formada (BARDA, 2007).Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar a durabilidade da madeira utilizada nos assoalhos das palafitas e sua relação com as intempéries ambientais.

1.1 ÁREA DE VÁRZEA

A várzea está situada em planície alagadiça, é um ecossistema que sofre grande influência do nível dos rios. Segundo Stemberg (1998), foram as “várzeas”, fimbrias de terras alagadiças nas imediações dos rios, que suscitaram o conceito de terra imatura, tão frequentemente identificado com a totalidade da região.

As áreas alagáveis da Amazônia compreendem cerca de 20% da região quando se inclui nessa classificação todo o conjunto de corpos d’água, como igarapés, rios, paranás, lagos e manguezais, distribuídos em toda a sua extensão.Entretanto, considerando somente as áreas que estão situadas ao longo de grandes rios da região, as várzeas e os igapós representam somente 6% da Amazônia (JUNK, 1993).

A várzea está localizada às margens de rios de águas brancas ou barrentas, correspondendo a planícies baixas e inundáveis e possui um modo próprio de vida por ser uma região que convive periodicamente com a dinâmica das águas.

Segundo Witkoski (2010), dependendo da origem dos rios, alguns deles – por exemplo, os de água barrentas, como o Solimões/Amazonas-carregam em suas águas apreciáveis quantidades de sedimentos, no fluxo da enchente/cheia e, quando voltam ao seu leito natural, deixam detritos minerais e orgânicos depositados sobre a planície de inundação, dando-lhe grande fertilidade e valor para a produção intensiva de alimentos. Nas áreas de várzea pode-se encontrar uma grande quantidade de solos férteis da Amazônia, onde existe uma predominância de solos mais novos.

A calha dos rios Solimões/Amazonas tem potencial para tornar-se uma área importante da Amazônia para produção de alimentos, devido à alta fertilidade natural dos solos que ocorrem nas margens destes rios. Tais solos ainda são pouco explorados, predominando como cobertura vegetal a mata natural das várzeas com suas variações relacionadas a altitude do terreno e duração do período de alagamento anual (FAJARDO, et al 2009).

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As florestas de várzea predominam na paisagem amazônica, são caracterizadas por diversos tipos de formações vegetais e suas espécies necessitam de adaptações, que possibilite suportar o regime periódico de cheia e vazante.

As matas mais novas e mais ricas em espécies pioneiras são encontradas nas proximidades das margens dos rios, e são definidas como “várzea baixa’’.

Para Stemberg (1998), o aproveitamento dos elementos da flora nativa é nitidamente sazonal e o calendário de sua colheita reflete as pulsações do rio. Este fato, tanto se verifica na utilização da vegetação aquática, quanto no corte e na retirada de madeira nas matas da várzea, sendo a primeira operação feita na vazante e a segunda na enchente. Nesse contexto, a sazonalidade estabelece ao mundo da vida vegetal, animal e humano, grandes esforços, tendo que adaptar-se a esse meio ambiente.

1.2 RIBEIRINHOS E PALAFITAS

O termo ribeirinho ou ribereño é usado na Amazônia para designar as populações humanas que moram à margem dos rios e que vivem da extração e manejo de recursos florestal-aquáticos e da agricultura familiar (FURTADO E MELLO, 1993). É a população que mais sofre com as grandes enchentes periódicas dos rios.

O modo de vida do ribeirinho é influenciado pelo ciclo sazonal do nível das águas e das chuvas. Os ribeirinhos desenvolvem atividades de sobrevivência em âmbitos diferentes, no período da seca cultivam uma diversidade de plantações e por sua vez, em muitas ocasiões não conseguem fazer a colheita, por consequência da repentina subida das águas, já no período da cheia a atividade principal é a pesca comercial.

Os ribeirinhos se apropriam dos recursos florestais, baseados na mesma reciprocidade com a natureza, percebendo o tempo ecológico dos recursos naturais para organizar o trabalho na heterogeneidade das diversas formas de apropriação dos recursos naturais para reprodução do modo de vida. (FRAXE et al, 2011). É dessa forma, que os ribeirinhos buscam alternativas para suprir suas necessidades mediante a realidade e aos fenômenos naturais dos quais enfrentam.

As moradias utilizadas pelas famílias ribeirinhas em sua maioria são do estilo palafitas. Qualquer edificação suspensa situada em ambientes alagadiços pode tecnicamente ser chamada de palafita, construídas com materiais e técnicas regionais, cujo papel é resistir a dinâmica das águas.

Neste contexto, o espaço tradicional de moradia amazônica apresenta uma configuração espacial norteada pela forte relação de dependência com o corpo d’água e pelas características geomorfológicas que determinam a ocupação do território insular (áreas alagáveis), criando assim, uma variedade de tipologia dessas moradias tradicionais da cultura ribeirinha (TRINDADE, 2002).

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Desta forma é importante ressaltar que não existe um estilo padrão de palafita, o estilo ou a forma variam de acordo com a condição financeira de cada morador.

1.3 RESILIÊNCIA

As produções científicas que versam sobre resiliência podem ser voltadas para pesquisas sobre o constructo, ou voltadas para as práticas do mesmo. Partindo de uma definição em comum (resiliência como a capacidade do indivíduo de recuperar-se de / fazer frente à / lidar positivamente com a adversidade), os conceitos operacionais que versam sobre a resiliência são, quando presentes, distintos (TABOADA NG, LEGAL EJ, MACHADO N, 2006).

Surgindo como um conceito proemitente, principalmente nos últimos tempos, o conceito de resiliência tem sido discutido por diversos autores e estudiosos, cada um abordando-o a partir de sua perspectiva singualar.

Para Silva (2003) a resiliência refere-se a capacidade dos seres humanos de enfrentar e responder de forma positiva às experiências que possuem elevado potencial de risco para a saúde e desenvolvimento do indivíduo. Trata-se, portanto, de um fenômeno complexo, atrelado à interdependência entre os múltiplos contextos, com os quais o sujeito interage e cuja presença é observada com mais clareza, quando o ser humano transcorre por uma situação adversa, seja esta de caráter temporário ou constante em sua vida.

Segundo Laranjeira (2007) a resiliência é apresentada por muitos como um fenômeno, um funcionamento, ou ainda, por vezes, como uma arte de se adaptar às situações adversas desenvolvendo capacidades ligadas aos recursos internos e externos.

No Amazonas, região de clima quente e úmido, período de chuva e de sol, subida e descida da água, ferroadas de insetos, plantas tóxicas entre outras peculiaridades, exige de seus habitantes, processos adaptativos e resilientes. Moran (1994) agrupa os níveis de adaptação humana em aclimatação, ajustes de desenvolvimento e estratégias culturais.Do ponto de vista social, o estudo da resiliência representa uma nova possibilidade de se trabalhar com os problemas experimentados pelo grande contingente de população que, cada vez mais, está vivendo em condições divergentes, expostos a um potencial de risco importante.

Placco (2001) conceitua resiliência como a capacidade que o indivíduo tem de responder de forma mais consistente aos desafios e dificuldades, de reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante desses desafios e circunstâncias desfavoráveis, apresentando uma atitude otimista, positiva, perseverante e mantendo um equilíbrio dinâmico no decorrer e após a adversidade. Acrescenta ainda que pode ser concebida como uma característica da personalidade que, ativada e desenvolvida, possibilita o sujeito superar às pressões de seu meio, desenvolver um

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autoconceito realista, autoconfiança e um senso de autoproteção que não desconsidera a abertura ao novo, às mudanças e ao outro.

2 METODOLOGIA

O estudo foi realizado na Comunidade Nossa Senhora das Graças, está situada aproximadamente a 7 km da sede do município de Manacapuru. Pertencente a localidade Costa do Pesqueiro II, região rural de várzea.

Esta pesquisa deu-se através de pesquisa bibliografica, com uma abordagem quantitativa e qualitativa a partir de levantamento de dados, entrevistas abertas e registros fotográficos, na finalidade da culminância dos objetivos almejados.

O objetivo dessa pesquisa foi analisar a dinâmica no uso dos recursos naturais nas palafitas da Comunidade Nossa Senhora das Graças. Para alcançar esse objetivo geral foram traçados três objetivos específicos, que forneceram o suporte necessário para a análise que foi desenvolvida. Foram utilizados diferentes instrumentos e procedimentos metodológicos, devido à complexidade dos objetivos propostos.

Para identificar os tipos de madeira utilizadas nas palafitas e sua respectiva durabilidade, primeiro objetivo específico, foram aplicados formulários e construídos mapas mentais. Os formulários foram aplicados com 30% das famílias da Comunidade Nossa Senhora das Graças, (que correspondeu a 16 formulários aplicados). Os mapas mentais, segundo Hermann e Bovo (2005), são representações gráficas que espacializam os elementos identificados por meio da percepção ambiental. Foram utilizados nessa pesquisa para identificar os tipos de madeiras utilizadas nas palafitas.

Para descrever o processo de construção e reconstrução das palafitas decorrentes da sazonalidade, segundo objetivo específico, foram realizadas entrevistas abertas e aplicação de formulários. Os dados obtidos foram sistematizados no Programa Excel, software utilizado para representação das informações coletadas.

Para compreender a dinâmica do uso dos recursos naturais na construção de palafitas e seus desdobramentos ambientais, terceiro objetivo específico, foram construídos mapas mentais, aplicação de formulários e realizadas entrevistas abertas. Os instrumentos metodológicos, trabalhados em conjunto, forneceram os dados necessários para atingir os objetivos almejados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Partindo da contextualização do tópico Fundamentação Teórica, o estudo envolveu dimensões básicas de compreensão da forma de construções das casas na comunidade pesquisada,

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vislumbrando assim, o processo histórico de evolução, modernização e adaptabilidades no decorrer das décadas das habitações em virtude da sazonalidade.

3.1. HISTÓRIA DA COMUNIDADE

Em meados dos anos de 1960, emigrantes nordestinos, em um total de aproximadamente 15 famílias, que viviam a mercê de coronéis da borracha, nos seringais do Juruá, em busca de melhorias de vida e de educação escolar, refugiaram-se para a localidade denominada Costa do Pesqueiro, e para outras localidades vizinhas.

A localidade era uma mata fechada, com uma rica flora, onde havia árvores frutíferas e várias árvores de lei, como: louro-mamuí, jacareúba, macacaúba, faveira, paracuúba, piranheira, capitarizeiro e massaranduba, as mesmas eram utilizadas para a construção de palafitas dos ribeirinhos. Na localidade também existiam seringais, onde era extraído látex, no período de 1960 a 1985.

Historicamente, na Comunidade Nossa Senhora das Graças, os primeiros habitantes residiam em choupanas: casas feitas de palha, possuíam apenas um cômodo que abrigava toda família, o assoalho (parte inferior) das casas era composto de pedaços de madeira e inseridas tábuas por cima, não possuíam esteio. Esse tipo de casa tornou-se comum por não ter grandes enchentes naquela época.

No ano de 1963, com verão muito forte, tornou-se o fator principal para que ocorresse um grande incêndio na floresta, deixando assim, as árvores de lei escassas, uma vez que quando queimadas ou derrubadas, dificilmente são reestabelecidas.

Mediante as circunstâncias, moradores que outrora eram extrativistas, passaram a sobreviver da agricultura e da pesca. Na agricultura, cultiva-se até os dias de hoje plantio de malva, milho, roça, batata-doce, feijão de praia, dentre outros. Já a pesca é fonte de alimento e comércio.

Com a necessidade de uma educação escolar, em 1974 foi fundada a Escola Municipal Getúlio Vargas, que recebeu esse nome em homenagem Patronal ao ex-presidente da República.Os imigrantes tinham suas devoções e realizavam a festa religiosa dos santos padroeiros em suas próprias residências, serviam comida, faziam orações dedicadas aos santos, em seguida era realizada a festa dançante para agradecer a benção recebida. Atualmente é realizada a festa da padroeira Nossa Senhora das Graças, nos dias 24 a 27 do mês de Novembro, o evento acontece no centro da comunidade.

A comunidade também realiza o festejo sócio esportivo, no último sábado do mês de abril, evento esse denominado Festa da Farinha como é conhecida, que tem como objetivo acarear

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fundos para manutenção do centro comunitário e o intercâmbio entre comunidades e times de futebol de outras localidades. Os organizadores da festa são principalmente os comunitários e os participantes do time local: Vasco do Pesqueiro.

Portanto, a vida comunitária no interior do Amazonas não varia muito de comunidade para comunidade, as pessoas foram se organizando de forma que facilitasse suas vidas e assegurasse suas condições mínimas de sobrevivência. Esta organização deu-se em todos os segmentos da vida social, religiosa e política. Isso pode ser observado a partir do centro dessas comunidades, no qual estão sempre interligados a igreja, a sede, a escola e a casa do líder.

3.2. ESTRATÉGIAS DE ADAPTABILIDADE HUMANA EM RESPOSTA A

SAZONALIDADE AMBIENTAL NA COMUNIDADE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS (MANACAPURU-AM)

Habitar na área de várzea é necessariamente adaptar-se aos períodos de cheia e seca, de modo que as moradias sejam construídas de forma que possam prevenir-se de tais mudanças no ambiente. As casas da Comunidade Nossa Senhora das Graças, têm em comum o mesmo sistema construtivo, constituídos por madeiras nobres, como: massaranduba, angelim, jacareúba, piranheira, etc. São casas estilo palafita. As palafitas dessa área, são habitações de madeira construídas sobre troncos ou pilares, e por esteios suspensos que sustentam a casa.

A comunidade Nossa Senhora das Graças apresenta-se para aqueles que navegam o Rio Solimões, com suas casas em palafitas suspensas por aproximadamente dois metros acima do solo, devido à época da cheia do rio. Elas são construídas pelos mestres da carpintaria, como são conhecidos na região os homens que constroem as casas de madeira.

As casas possuem adornos e detalhes nos entalhes que se diferenciam umas das outras, como se o morador criasse uma identidade própria para a moradia (Figura 2). Os proprietários tem uma preocupação quanto aos detalhes e as cores das fachadas, algo que a distingue das demais.

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Figura 2: Palafita na Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-AM).

Fonte: Pesquisa de Campo, 2017. Org.: SENA, 2017.

As divisões internas das casas na maioria das vezes, são feitas de forma bem simples: composta por uma sala, dois quartos e cozinha. Algumas casas possuem varandas. Na comunidade, no período de cheia, as casas possuem a vantagem da proximidade da água, seja para uso doméstico, ou para deixar sua embarcação: barco, canoa, voadeira, uma vez que é indispensável o uso desses transportes durante esse período (Figura 3).

Figura 3: Localização das habitações da Comunidade Nossa Senhora das Graças

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Para melhor compreensão dos tipos de palafitas existente na comunidade, foi realizado um

levantamento da área objetivando analisar a identificação das tipologias. Na tabela 1 demonstra o

quantitativo e os tipos de palafitas.

Tabela1: Tipologia construtiva da Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-AM).

Tipologia Quantidade

Alvenaria 6

Madeira 90

Mista 2

Total 98

Fonte: Pesquisa de Campo. Org.: SENA, 2017.

As residências da Comunidade em sua maioria são feitas a partir da madeira, com exceção de duas igrejas que são construídas em alvenaria, porém é possível identificar algumas residências mistas. Em relação à tipologia construtiva, a figura 4 mostracom maior porcentagem, palafitas coma tipologia de madeira, 92%, seguida de alvenaria, com 6% e Misto: Alvenaria e madeira, 2%.

Figura 4: Tipologia construtiva da Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-AM).

Fonte: Pesquisa de campo.Org.: SENA, 2017.

A madeira possui grande importância para os moradores da comunidade, pois com ela realizam-se atividades essenciais como: construção de casas, canoas, pontes provisórias e canteiros suspensos. A madeira é o elemento primordial nas estratégias de adaptabilidade dessas famílias.

6%

92% 2%

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Embora as madeiras não sejam encontradas naquela região, elas são extraídas de outras localidades próximas, e transportadas por embarcações de grande porte. Na figura 5, pode-se observar de quais localidades são extraídas a madeiras para a construção de palafitas na Comunidade Nossa Senhora das Graças.

Figura 5: Representação gráfica da área de estudo e dos locais de extração de madeira.

Área de Estudo Área de Extração da madeira

Por mais que os ribeirinhos não tenham orientações técnicas, os mesmos juntamente com os carpinteiros rascunham a planta baixa da casa, para assim viabilizar o início da construção. Os carpinteiros são os responsáveis pela identificação dos materiais de construção das moradias, inclusive a madeira(Tabela 2).

Devido residirem em um ambiente onde a força da natureza se faz presente, os ribeirinhos aprenderam a viver em um meio repleto de limitações e desafios impostos pelo rio e pela floresta. A relação desse povo com as mudanças naturais fez com eles que adaptassem o seu cotidiano, seu modo de morar e de buscar meios para sua subsistência.

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Tabela 2: Tipos de madeira utilizadas nas construções e adequações nas palafitas da Comunidade Nossa Senhora das Graças, conforme relatos nas entrevistas com os moradores.

Calendário de Extração das Espécies

Espécie Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Violeta Cumaru Cupiúba Itaúba Maçaranduba Louro cedro Piquiá Piranheira Jacareúba Angelim Macacaúba Capitarí Assacu Bacuri Castanha sapucaia Louro preto Louro japurá

Fonte : Pesquisa de campo, 2017. Org.: SENA, 2017.

A extração da madeira pode ser feita em qualquer período do ano, porém a retirada só é comumente feita nos meses de maio a julho, devido à subida das águas e à facilidade do acesso nas áreas de extração.

A adaptabilidade humana pode ser considerada uma estratégia de vida das famílias moradoras daquele lugar, pois apresentam uma diversidade de formas e habilidades de adaptabilidades devido a sazonalidade, utilizando recursos naturais, mesmo não sendo oriundos do local.

A arquitetura das casas (Figura 6) é influenciada pela sazonalidade, pois os moradores precisam buscar soluções para a habitação, principalmente quando residências são afetadas pela

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cheia do Rio, nesses casos, são necessárias reformas (substituições de madeiras) nas áreas afetadas, novas construções ou elevações dos assoalhos.

Algumas das construções mais recentes dão a comunidade uma aparência de maior riqueza e oportunidade econômica, criando assim uma identidade para cada uma delas. Não existe uma norma, lei ou técnicos para auxiliar nessas construções, elas são feitas a partir do conhecimento adquirido por anos, das pessoas residentes nesses locais.

Figura 6: Imagem de uma Palafita na Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-AM).

Fonte: Pesquisa de campo, 2017. Org.: SENA, 2017.

Ao longo dos últimos anos, em decorrência da incidência das águas, os assoalhos das palafitas construídas na comunidade vêm passando por algumas modificações:

Como ano passado não alagou aproveitei para levantar o assoalho, o assoalho aqui de casa tinha 1 m do chão e tive que levantar mais 1,70 m, porquê em todas as enchentes eu acabava perdendo meus móveis e tendo que trocar algumas tábuas do assoalho (Sr. J.M.C., 42 anos, Comunidade Nossa Senhoras das Graças, MPU/AM, 2017).

Na Comunidade Nossa Senhora das Graças durante as visitas em campo, observou-se dois principais tipos de estratégias de adaptabilidade em relação a sazonalidade: suspensão provisória e suspensão permanente do assoalho.

No período das grandes cheias é comum os moradores elevarem seus assoalhos provisórios por repetidas vezes, para impedir a alagação da residência. As famílias ribeirinhas estão buscando adaptar-se de uma outra maneira e de forma mais frequente: elevar seus assoalhos a uma

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determinada altura em que a água não alcance, evitando assim uma possível perda de seus móveis e eletrodomésticos, assegurando-se de ataques de alguns animais.

De acordo com os moradores, a suspensão é realizada por partes da casa, é necessário utilizar uma ferramenta da carpintaria denominada “macaco”, além de várias pessoas para auxiliarem nesse processo. As famílias moradoras podem permanecer na casa durante a suspensão. O custo de uma suspensão varia de acordo com o tamanho da casa.

Segundo relato de um dos entrevistados, sua residência ainda permanece intacta desde sua construção, mesmo com as grandes enchentes que ocorreram nos últimos anos não foi preciso fazer adaptações, porém a palafita sofreu alguns danos em virtude das fortes correntezas do Rio Solimões (Figura 7).

Figura 7: Palafita da Comunidade Nossa Senhora das Gracas (Manacapuru-AM).

Fonte: Pesquisa de campo, 2017. Org.: SENA, 2017.

A madeira possui diferentes modos de utilização, pode ser utilizada em ambientes diversos, como em coberturas, estruturas, móveis, decorações podendo ser utilizada ainda no uso para acabamento interno da casa, como em batentes, portas e pisos como assoalhos, tacos, entre outros (Figura 8)..

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Figura 8: Estrutura de uma palafita.

Fonte: Pesquisa de campo, 2017. Org.: SENA, 2017.

Durante o processo de coleta de dados na Comunidade Nossa Senhora das Graças foi possível identificar os tipos de madeira utilizadas nas palafitas, sua respectiva durabilidade e sua origem (Tabela 3).

Tabela 3: Tipos de madeira utilizadas nas construções e adequações nas palafitas da Comunidade Nossa Senhora das Graças, conforme relatos nas entrevistas com os moradores.

TIPOS DURABILIDADE ORIGEM

Acapú 50 anos Terra firme

Angelim 15 anos Terra firme

Bacurí 20 anos Várzea

Capitarí 30 anos Várzea

Cumarú 15 anos Terra firme

Cupiúba 10 á 30 anos Terra firme

Itaúba 20 anos Terra firme

Itaúba Arana 12 anos Terra firme

Jacareúba 15 á 31 anos Terra firme

Louro Cedro 15 á 30 anos Terra firme

Louro Itaúba 31 anos Terra firme

Louro Japurá 10 anos Terra firme

Louro Preto 10 anos Terra firme

Macacaúba 15 anos Terra firme

Massaranduba 9 á 30 Terra firme

Piquiá 15 anos Terra firme

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Sapucaia 20 anos Várzea

Violeta 20 anos Terra firme

Segundo os dados obtidos na pesquisa, as madeiras que mais resistem as intempéries e a deterioração,causada por alguns insetos, são aquelas que passam pelo processo de pintura.

Figura 11:Tipos de madeiras utilizadas nas construções.

Fonte: Pesquisa de campo, 2017. Org.: SENA, 2017.

A maçaranduba, louro cedro, piranheira, jacareúba, cupiúba – indicadas pelos sujeitos da pesquisa como as madeiras que apresentam maior durabilidade, em face ao regime das águas.

Desta forma, conclui-se que o universo pesquisado dar-se a mudanças conforme o período natural, ou seja das cheias dos rios, visto que, as adaptações sazonais deram-se nas elevações dos assoalhos com uma diversidade de madeiras, visando assim, uma melhor comodidade e segurança a cada moradia, sendo visível tais adaptações no ambiente alagado.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ribeirinho apresenta uma topofilia com o rio, a floresta e o ciclo hidrológico, o que nos leva à observação de que sua percepção dos fenômenos naturais característico do ecossistema de várzea é a mediação da sua relação com esse ambiente.

0 2 4 6 8 10 12 V iol e ta C u ma rú P iqui á Ma ca ca úba C apt ar í Ass ac ú B ac ur i Lour o pr et o Lour o Ja pu rá It aúba A nge li m C ast a nha S apuc á ia C u piúba Lour o c edr o Ja c ar eúba P ir anhe ir a Ma ça ra nduba 20 15 15 15 30 50 17 10 10 20 10 a 15 10 a 20 10 a 30 15 a 50 15 a 31 10 a 50 09 a 30 Nº d e en tr ev is ta d o s

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Os recursos naturais são utilizados de maneira que não seja prejudicial ao meio em que os ribeirinhos estão inseridos, qualquer sobra de madeira é reutilizada, seja para fazer construções de palafitas, reformas, ou paraoutras atividades do cotidiano ribeirinho.

A durabilidade da madeira é influenciada pela sazonalidade, onde mesmo com as enchentes periódicas dos rios, alguns moradores da Comunidade Nossa Senhora das Graças utilizam madeiras de antigas casas na construção de novas.

A adaptabilidade humana ao ambiente amazônico, no que diz respeito à arquitetura habitacional, é consequência das observações e estratégias criadas e recriadas pela própria dinâmica da natureza.

Desta forma, conclui-se que no universo pesquisado, as mudanças se dãoconforme o período natural, ou seja, das cheias dos rios, visto que, as adaptações sazonais deram-se nas elevações dos assoalhos com uma diversidade de madeiras, visando assim, uma melhor comodidade e segurança a cada moradia, sendo visível tais adaptações no ambiente alagadiço do ecossistema de várzea. Tais mudanças transcendem questões meramente físicas de projetos arquitetônicos, colaboram para uma visão de mundo mais integrada dos saberes e o ambiente desses sujeitos.

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Imagem

Figura 1: Localização da Comunidade Nossa Senhora das Graças.
Figura 3: Localização das habitações da Comunidade Nossa Senhora das Graças
Figura 4: Tipologia construtiva da Comunidade Nossa Senhora das Graças (Manacapuru-AM)
Figura 5: Representação gráfica da área de estudo e dos locais de extração de madeira
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