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Evaluation of the effect of internal cooling method on physical and perceptual performance parameters of elite athletes

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Academic year: 2021

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Avaliação do efeito de métodos de

arrefecimento interno em

parâmetros físicos, fisiológicos e

psicológicos de performance de

atletas

Evaluation of the effect of internal

cooling methods on physical,

physiological and psychological

performance parameters of athletes

Pedro Miguel da Cunha Salazar

ORIENTADO POR: Dra. Maria Raquel Soares de Carvalho Roriz COORIENTADO POR: Dra. Raquel Ferreira Teixeira

REVISÃO TEMÁTICA

1.º CICLO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO | UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

TC

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Resumo

A prática de exercício em condições de temperatura e humidade elevadas provoca stress térmico, comprometendo a performance e a saúde dos atletas. A aplicação de métodos de arrefecimento interno (MAI) parece ser uma estratégia prática e eficaz para atenuar os efeitos do stress térmico, aumentando a segurança e performance desportiva. Contudo, torna-se pertinente identificar quando, em que tipo de exercício e em que modalidades de arrefecimento se verificam melhorias nos fatores físicos, fisiológicos e psicológicos associados à performance desportiva.

Foi selecionada a literatura dos últimos 10 anos que investigou a aplicação de MAI, térmicos e não térmicos, em contexto desportivo e com condições atmosféricas de temperatura e humidade elevadas. Foram incluídos ensaios com exercícios em contrarrelógio (CR), de tempo até à exaustão (TAE) e intermitentes.

Os MAI demonstram-se eficientes para melhorar a performance de exercícios de endurance, sendo vantajosa a combinação de métodos térmicos e não-térmicos, verificando-se um efeito cumulativo. Destaca-se um efeito benéfico na taxa de perceção de esforço, sensação e conforto térmicos, temperatura corporal interna e concentração sérica de prolactina.

A aplicação antes e durante o exercício, assim como a combinação destes dois momentos demonstra ter efeito positivo na otimização da performance desportiva.

Do ponto de vista prático, a aplicação de MAI deve contemplar o contexto e regras desportivas e as condições atmosféricas. Contudo é necessário investigar a possibilidade de estes métodos aumentarem o risco de hipertermia por baixarem

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a taxa de perceção de esforço, permitindo um aumento do binómio tempo/intensidade do exercício.

Palavras-chave: arrefecimento interno, exercício, performance desportiva, mentol, granizado;

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Abstract

Exercising in high temperature and humidity conditions causes thermal stress, compromising the athletes´ performance and health.

The application of internal cooling methods (ICM) seems to be a practical and effective strategy to mitigate the effects of thermal stress, increasing safety and sport performance. However, it is important to identify when, in which type of exercise and in which cooling modalities there are improvements in the physical, physiological and psychological factors associated with sport performance.

The last 10 years studies that investigate the application of thermal and non-thermal ICM in a sport context and with high temperature and humidity atmospheric conditions, were selected. Time trial (TT), time to exhaustion (TTE) and intermittent exercises tests were included.

The ICMs have proven to be efficient in improving the performance of endurance exercises, with better results while conjugating thermal and non-thermal methods, suggesting a cumulative effect. A beneficial effect on the rate of perceived exertion, thermal sensation and comfort, core body temperature and serum prolactin concentration were observed.

The application of precooling and precooling ICM, as well as the combination of these two moments, proves to have a positive effect on the optimization of sports performance.

The practical context, sports rules and the atmospheric conditions should be considered when applying ICM. However, it is necessary to investigate the possibility that methods could increase the risk of hyperthermia by lowering the rate of perceived exertion, allowing an increase in the time/intensity binomial of exercise.

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Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos

ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineer

CON – Controlo CR – Contrarrelógio CT – Conforto Térmico FC - Frequência Cardíaca FRIO – Água Fria

GRA – Granizado

MAE – Métodos de Arrefecimento Externo MAI – Métodos de Arrefecimento Interno MEN -Mentol

PLA - Placebo

SNC - Sistema Nervoso Central ST – Sensação Térmica

TAE – Tempo até à Exaustão TC – Temperatura Cutânea

TCI -Temperatura Corporal Interna TPE - Taxa de Perceção de Esforço TSI – Teste de Sprint Intermitente

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Sumário

Resumo ... i

Abstract ... iii

Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos ... v

Sumário ... vi Introdução ... 1 Metodologia ... 3 1. Fatores Físicos ... 4 2. Fatores Fisiológicos ... 6 2.1 Frequência Cardíaca (FC) ... 7 2.2 Temperatura Cutânea (TC) ... 7

2.3 Temperatura Corporal Interna (TCI) ... 8

2.4 Concentração de Prolactina ... 9

2.5 Concentração de Lactato ... 10

3. Fatores Psicológicos e Percetuais ... 10

3.1 Taxa de Perceção de Esforço (TPE) ... 10

3.2 Sensação Térmica (ST) ... 12

3.3 Conforto Térmico (CT) ... 13

Análise crítica ... 14

Conclusões ... 15

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Introdução

Ao longo do ano, existe um número considerável de competições que são realizadas em condições de temperatura e humidade atmosféricas elevadas, levando a um aumento do risco de hipertermia(1). Este tipo de condições

influenciam as respostas cardiorrespiratórias, cardiovasculares, metabólicas, psicológicas e de fadiga ao exercício, tendo assim uma ação modeladora da performance desportiva(2). Adicionalmente, o exercício acarreta uma carga

térmica que se torna mais significativa à medida que a taxa de evaporação do suor baixa, algo que é mais pronunciado em ambientes com maior humidade atmosférica. Esta menor eficiência na evaporação do suor limita a superfície corporal disponível para dissipação do calor, o que leva a uma maior reserva do mesmo(3) e consequente elevação da temperatura corporal interna (TCI), que é

potencialmente fatal(4). Apesar de se verificarem aumentos de performance com

a elevação da temperatura muscular, devido à maior contractilidade das fibras musculares(5), maior rácio na utilização das reservas de fosfocreatina(6) e

otimização de rendimento relacionadas a algum grau de desidratação(7), um

aumento de TCI, principalmente em valores superiores a 39°C, coincide com uma redução de performance(8, 9). Para além do aumento da TCI, em exercícios de longa

duração verifica-se um aumento concomitante da temperatura cutânea(10). Estes

dois aumentos de temperatura levam a um menor gradiente entre o centro térmico e a pele representando um risco, tanto para a performance como para a saúde(10-12), diminuindo a taxa de dissipação de calor.

Este risco para a saúde, bem como a diminuição da performance, tornam fundamental o desenvolvimento de estratégias que permitam segurança e

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rendimento dos atletas, sobretudo que possam ser aplicadas de forma prática no contexto das competições. Entre essas estratégias inserem-se a reidratação entre provas, aclimatização, métodos de arrefecimento externo (MAE), tais como imersão em banhos gelados e aplicação de toalhas frias, e os métodos de arrefecimento interno (MAI), como por exemplo, consumo de bebidas a baixa temperatura (água fria e granizado), consumo de bebidas mentoladas e métodos mistos. Dentro destes, existe uma subdivisão entre métodos térmicos, que incluem métodos que utilizam a baixa temperatura de bebidas para diminuir a TCI e não-térmicos, que induzem sensações de redução de temperatura, como por exemplo o mentol, mesmo não parecendo afetar a TCI.

O mentol (C10H20O) é um álcool terpeno que ocorre naturalmente nas plantas da

espécie Mentha(13), que ativa os recetores de frio(14). O L-mentol é um isómero que

ocorre com maior frequência na natureza e que exerce propriedades de arrefecimento não térmico quando aplicado nas mucosas ou na pele, para além de produzir o odor característico a hortelã-pimenta(13, 15, 16). Historicamente foi

utilizado no tratamento da constipação, problemas respiratórios(17, 18) e

gastrointestinais e como analgésico(19), contudo o seu potencial em induzir

arrefecimento não-térmico tem vindo a ser estudado, nomeadamente a sua aplicação em situações de exercício físico em condições de stress térmico elevado(20-23). Estes métodos de arrefecimento podem ser introduzidos em fases

diferentes de eventos desportivos, podendo ser aplicados antes do evento (precooling), em momentos de pausa/intervalo (midcooling), durante o evento desportivo (percooling), ou em vários momentos, dependendo das regras do mesmo. (24, 25).

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Com este trabalho pretende-se (1) avaliar a eficácia dos MAI na prevenção de hipertermia; (2) analisar a influência dos MAI na performance e desempenho desportivo dos atletas, comparando o impacto de diferentes métodos, em parâmetros físicos, fisiológicos e psicológicos relacionados com a performance desportiva; (3) concluir sobre a importância do timing da aplicação dos diferentes MAI.

Metodologia

Para o desenvolvimento do presente trabalho: (1) foi utilizado o motor de busca PubMed no qual foram inseridas, como título, as palavras-chave: “menthol”, “exercise”, “cooling”, “performance” e “ergogenic” combinadas aos pares. Concomitantemente, foram aplicados os filtros “Review”, “Meta-analysis” e “10 years” de forma a encontrar os artigos de revisão e meta-análises dos últimos 10 anos. Foram selecionados os artigos que cumpriam os critérios de inclusão: usar métodos de arrefecimento interno; verificarem temperaturas atmosféricas superiores a 28°C (esta amplitude de temperaturas foi selecionada por ser igual ou superior à zona termoneural humana(26) e por ser superior à temperatura em

que o rácio de produção metabólica de calor excede a capacidade humana de transferência térmica (25°C)(27)) e serem realizados em contexto desportivo.

Destas meta-análises e revisões sistemáticas encontradas foram selecionados os ensaios clínicos que aplicavam métodos térmicos e não-térmicos de arrefecimento interno. (2) Foram incluídos outros artigos com ensaios clínicos encontrados no mesmo motor de busca, no qual foram inseridas as palavras-chave utilizadas na fase (1) e adicionado um filtro de forma a obter os resultados desde 17 de Maio

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de 2016 (data na qual termina a pesquisa da meta-análise de Ruddock et al.(28)).

Desta pesquisa incluíram-se os artigos que cumpriam os métodos de inclusão.

1. Fatores Físicos

É bem reconhecido o impacto negativo que o stress térmico tem sobre a performance em exercícios aeróbios(2, 29), contudo no caso dos exercícios

anaeróbios os resultados não são concordantes(30-33), sobretudo em exercícios de

duração mais reduzida e sem repetição, como por exemplo provas de velocidade. Apesar disso, em exercícios anaeróbios em que a duração é maior parece haver um impacto negativo decorrente de condições térmicas elevadas(34). Neste

contexto os MAI parecem ser estratégias práticas e eficazes para tentar aumentar a performance(35).

Em provas de CR foram reportados aumentos de performance com a aplicação de métodos térmicos em vários momentos. Em ensaios com exercícios de 40 km de ciclismo em CR verificou-se que o consumo de água fria (FRIO) (4°C), em modalidade percooling, aumentava a performance(36) e a potência média(37).

Contudo, foi com o consumo de granizado (GRA), também em percooling, que se verificou uma melhoria significativa de provas CR, nomeadamente em triatlo, na fase de 10 km de corrida, na qual o granizado diminui em 2,5% o tempo de corrida(38). Os métodos térmicos demonstraram ainda efeito positivo quando

aplicados antes do exercício, com o consumo de água fria a aumentar significativamente a distância em 2,8±2,4% e a potência em 1,4±15W numa prova de CR de 30 minutos(39), e o granizado a baixar significativamente o tempo (6,5%)

e aumentar a potência média (6,9%), com valores perto de serem significativos, numa prova de 40 km de ciclismo(40). Ainda a salientar que são observados valores

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41), com diminuição do tempo (2.4% ± 2.7%) e aumento da potência média (1.4% ±

1.8%), num exercício de 20 km em CR(41). Com o recurso a métodos não térmicos,

aplicados antes e durante o exercício, também se observam efeitos positivos em provas CR, inclusivamente resultados melhores do que com a aplicação de métodos térmicos(42, 43). Num exercício de corrida de 3 km, onde foram aplicados

métodos térmicos e não térmicos, apenas as intervenções com mentol aumentaram significativamente a performance(42). Num ensaio com condições

semelhantes, mas com uma prova de 5 km, verificou-se que o mentol aumentava significativamente a performance comparado tanto com o controlo, como com o granizado(43). Quando se conjuga os métodos térmicos e não térmicos verifica-se

que esta combinação promove aumentos de performance mais acentuados do que a aplicação isolada dos mesmos(23, 44), sugerindo um efeito cumulativo, sendo a

conjugação do granizado com mentol o método que revelou melhores resultados (4289±190s vs FRIO+MEN: 4436±171s, P<0.002 e vs CON: 4572±423s, P<0.04)(44).

Concomitantemente, parece existir um aumento significativo do TAE quando métodos tanto térmicos(21, 45) como não térmicos(21, 46) são aplicados

individualmente durante o exercício. Mundel et al. realizaram um trabalho em que os atletas pedalaram até à exaustão a 65% da potência aeróbia máxima, verificou-se um aumento significativo de performance com a ingestão de água fria (19°C) durante o exercício (61,52±5,4 vs CON: 55,0±4,0 min; P<0,05)(47). Ainda no

contexto da aplicação de métodos térmicos durante o exercício, um ensaio realizado a 70% da potência máxima observou um aumento de performance na ordem dos 7% quando o granizado foi consumido na fase final do exercício(21).

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aumentos significativos de performance, na ordem dos 19%(48), quando comparado

com a ingestão de água fria (4°C) e com a ingestão de água a temperatura ambiente (37°C)(49). Em exercício de TAE, o mentol também parece demonstrar

eficácia, havendo ensaios em que a performance aumenta significativamente 7%(50), 9%(46) e 6%(21) quando comparado com o placebo, havendo inclusivamente

trabalhos em que o seu efeito tem o mesmo impacto que o da ingestão de granizado(21).

Estes aumentos de performance após aplicação dos MAI em exercícios de endurance parecem estar especialmente associados à redução da TPE e da sensação térmica (ST). Contudo, a redução da TCI, principalmente a nível gastrointestinal, poder ser um fator que também contribui para o aumento de performance após aplicação de métodos térmicos. Adicionalmente, os efeitos positivos dos MAI podem estar associados a um menor dano muscular, e, consequentemente, uma menor fadiga e incremento na performance. Contudo, o efeito positivo sobre a TPE(51) e a ST(45) poderá ser acompanhado de TCIs iguais ou

mais elevadas, nos períodos próximos da exaustão, comparativamente a provas sem a aplicação de MAI(49), o que efetivamente pode levar os atletas a prolongarem

demasiado o exercício e aumentarem o risco de hipertermia e de lesão(52).

Quando os MAI foram aplicados em exercícios intermitentes, os resultados na performance foram menos expressivos ou não identificados, estando de acordo ao que a literatura já observava(53, 54). Em ensaios com exercício intermitente,

nomeadamente uma simulação de um jogo de futebol, os MAI não parecem conseguir incrementar a performance isoladamente(25, 55), apenas quando

combinados com MAE(25).

(15)

2.1 Frequência Cardíaca (FC)

A hipertermia associada ao exercício físico é caracterizada pelo aumento do stress metabólico e cardiovascular(56, 57). A forma de reduzir o stress térmico causado

pela hipertermia passa por aumentar o fluxo sanguíneo cutâneo de forma a aumentar a dissipação de calor, o que é feito à custa do aumento da FC. Contudo, concomitantemente a este aumento, existe uma diminuição do output cardíaco o que aumenta o stress cardíaco(58). Neste contexto os métodos de arrefecimento

podem ser usados para baixar o stress térmico e a FC e consequentemente baixar o stress cardíaco(59).

Apenas métodos térmicos demonstram influência sobre a diminuição da FC, sendo que se verifica um efeito significativo com a ingestão de água fria (4°C)(45, 60). Lee

et al. compararam a ingestão de água a três temperaturas diferentes (10°C, 37°C e 50°C) e observou que havia um menor aumento da FC com água a 10°C, que do que com água a 50°C (61). Efetivamente, na literatura é mais expressiva a

diminuição da FC com a aplicação de MAE, em especial com vestuário de arrefecimento(62, 63) e imersão em água(49).

Em diversos trabalhos, verifica-se efeito positivo dos MAI térmicos e não térmicos na melhoria da performance, sem redução da FC, sugerindo existir influência de outros mecanismos envolvidos(21, 28, 37, 48, 64).

2.2 Temperatura Cutânea (TC)

Durante o exercício, especialmente com temperaturas e humidades elevadas, a TC é um fator importante para o equilíbrio térmico, visto que a velocidade de dissipação da temperatura interna depende do gradiente entre estes dois locais(35). A medição da TC é frequentemente acedida com recurso a termístores

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cutâneos colocados em vários pontos (peitoral, quadríceps, braço e tríceps sural), que permitem calcular uma TC média ou comparar pontos específicos durante o exercício(65).

Do conjunto de ensaios incluídos no presente trabalho, só os que aplicam métodos térmicos verificam uma diminuição da TC, sendo que se obtiveram resultados significativos com a ingestão de água fria (4°C), mas apenas no terço inicial do exercício(45). Com o consumo de granizado verificou-se uma influência positiva e

estatisticamente significativa na TC, contudo apenas em momentos específicos tais como: final do exercício (32,9±0,5 vs CON: 33,5 ± 0,8; P=0,007)(66), e na fase

de recuperação entre um exercício de ciclismo a 60% da potência máxima e uma prova de CR(67).

2.3 Temperatura Corporal Interna (TCI)

O aumento da TCI é um dos fatores mais importantes a controlar no âmbito desportivo, visto que o seu aumento exacerbado é potencialmente fatal(4). Este

parâmetro pode ser monitorizado com recurso a duas ferramentas, o termopar, inserido 12-15 centímetros após o esfíncter anal, e a pilula gástrica, que é uma cápsula com um sensor que é consumida 3 a 8 horas antes do exercício de forma a passar o esfíncter pilórico(68, 69).

Quando comparada a ingestão de granizado com a ingestão de água tépida, antes do exercício, conclui-se que o granizado reduz significativamente a temperatura retal durante a fase de repouso que antecede o exercício e este efeito se prolonga até aos primeiros momentos de atividade física(40, 49). Contudo, também se verifica

um fenómeno de compensação com o consumo de granizado, pois depois de a temperatura baixar durante um período, acaba por aumentar num período posterior ou mesmo aquando do término do exercício, atingindo valores

(17)

significativamente mais elevados do que os ensaios onde o granizado não é aplicado(25, 39, 49). Noutros ensaios não se verificam diferenças na temperatura

retal com o consumo de granizado, contudo esses mesmos ensaios analisaram em simultâneo a temperatura gástrica e reportaram diferenças significativas neste parâmetro, tanto em exercício de ciclismo a 62% do VO2max(64), como em exercício

de 30 km de ciclismo CR(70), sugerindo que este método de avaliação de TCI possa

ser mais interessante no contexto desportivo.

A literatura atribui o benefício da aplicação de métodos térmicos à dissipação de calor que ocorre com a transferência de calor entre a bebida e o organismo(45, 47, 71), o que permite atenuar a TCI. Contudo, muitos ensaios, mesmo em diferentes

tipos de exercício, não demonstram melhoria deste parâmetro, apesar de verificar simultaneamente incremento de performance(37, 60, 67). Isto pode ser consequência

da dificuldade em medir a TCI, pois os termopares retais encontram-se anatomicamente distantes para detetar variações transitórias, mas importantes, da temperatura gastrointestinal, que são essenciais para a diminuição da acumulação de calor(64).

2.4 Concentração de Prolactina

A fadiga central que se observa aquando da prática de exercício em condições de temperatura elevada, está associada a vários fatores, entre eles uma diminuição do rácio das concentrações de serotonina e dopamina a nível hipotalâmico(72).

Neste contexto a prolactina surge como um marcador periférico da fadiga central, sendo as suas concentrações são medidas com recurso a análises sanguíneas e usando a técnica ELISA(73).

(18)

Apesar de não se verificarem diferenças na concentração de prolactina na maioria dos ensaios, um, no qual os atletas correram 5 km até à exaustão, a prolactina apresentou valores significativamente mais elevados na intervenção com o bochechar de mentol(43). Este aumento da concentração de prolactina sugere uma

maior capacidade de suportar o stress, permitindo aos atletas manter uma velocidade de corrida mais elevada. Contudo, são necessários mais trabalhos para verificar o real impacto dos MAI nas concentrações de prolactina.

2.5 Concentração de Lactato

Os dois principais produtos metabólicos de um exercício intenso e prolongado que podem limitar a performance pela sua acumulação são o calor e o lactato(74). A

produção de lactato a nível muscular é reconhecida como um bom indicador de stress metabólico(75), intensidade do exercício e taxa da glicogenólise muscular(74).

O lactato sérico é medido através de análises sanguíneas com recurso a métodos enzimáticos. Vários trabalhos que analisaram a evolução da concentração de lactato não detetaram diferenças, tanto com a aplicação de métodos térmicos(39,

40, 67), como com a aplicação de métodos não térmicos(43, 46), em exercícios como

triatlo em CR(38), ciclismo até à exaustão(46, 47), ciclismo em CR(39, 40, 76) e corrida

em CR(43, 77). Estes resultados indicam que os substratos e a taxa de oxidação do

exercício não se alteram com a aplicação de MAI, ainda que se verifiquem benefícios na performance.

3. Fatores Psicológicos e Percetuais 3.1 Taxa de Perceção de Esforço (TPE)

Uma das teorias que sustenta a diminuição de performance em consequência de temperaturas atmosféricas elevadas defende que esta diminuição não se deve em exclusivo ao aumento da TCI, da TC e da FC. Esta teoria supõe que o sistema

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nervoso central (SNC) antecipa a chegada a esta temperatura limite (40°C) e induz uma redução de intensidade do exercício, de forma a que o individuo não atinja estes valores de temperatura e possa continuar o exercício (78-80). Desta forma, o

indivíduo terá uma sensação de maior esforço aplicado no exercício, para conseguir contrariar esta diminuição da intensidade do mesmo. Um dos parâmetros frequentemente monitorizado é a TPE, uma medida que permite avaliar a sensação de esforço que o atleta sente, recorrendo-se a escalas como a de 15 pontos de Borg(81) e CR-10(82), ou adaptações das mesmas, nas quais valores

mais baixos representam menor perceção esforço e valores mais altos maior perceção esforço.

Siegel et al. avaliaram em dois ensaios o efeito dos MAI na TPE e estes denotaram

um efeito significativamente positivo da utilização de métodos térmicos antes do exercício, nomeadamente do granizado(48, 49). A aplicação de outros métodos

térmicos, pré e durante o exercício, nomeadamente consumo de água a baixa temperatura (4°C) 30 minutos antes e a cada 10 minutos durante o exercício, também revelou efeito significativamente positivo na redução da TPE, num exercício de ciclismo até à exaustão (45).

Os métodos não térmicos também revelaram uma tendência positiva sobre a TPE quando aplicados durante exercício de endurance, reduzindo a perceção de esforço em 15% com o bochechar de uma solução de mentol (19°C)(46), num

exercício até exaustão. Pode ainda ser obtida uma diminuição adicional da TPE conjugando métodos térmicos de precooling com a aplicação de mentol durante o exercício, como Riera et al. verificaram em 2016 num ensaio com um exercício CR e em que a TPE diminuiu significativamente(70). Esta redução de TPE é

(20)

importante porque permite manter uma potência maior durante o exercício pela redução da fadiga a nível central, levando a incrementos na performance, sobretudo nas fases finais do exercício.

3.2 Sensação Térmica (ST)

A ST é um parâmetro standard na maioria dos ensaios com métodos térmicos(83).

Este parâmetro é avaliado, segundo a American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineer (ASHRAE) com recurso a uma escala com valores entre -3 (frio) e +3 (quente), que por vezes é modificada, de acordo com as condições atmosféricas, de forma a permitir uma melhor avaliação(84, 85). Outras

escalas como a de Young’s(86), com 17 pontos, entre outras(87, 88), são utilizadas

por terem escalas maiores e por serem desenvolvidas para climas quentes, tendo assim mais sensibilidade.

A utilização de MAI térmicos demonstrou efeito significativo na redução da ST, quando aplicados antes e durante o exercício e ainda, conjugando pre e

percooling(37, 45, 48). A aplicação de métodos térmicos precooling é realizada, na

maioria dos ensaios, nos 30 minutos que precedem o exercício e a ST pode começar a baixar desde o momento de aplicação e prolongar-se durante o exercício(40, 49).

Com a aplicação de métodos térmicos durante o exercício verificam-se resultados na mesma direção, com o granizado a baixar mais a ST que água tépida (21, 37, 41,

61, 67). Todos estes ensaios foram realizados com exercícios de endurance, contudo

em exercícios intermitentes os resultados são menos expressivos e dos ensaios incluídos verificou-se apenas decréscimo da ST quando MAI eram conjugados com MAE(25). O uso de métodos não térmicos, como o mentol, parece ter um impacto

positivo na ST pela ação agonista nos recetores de potencial transitório melastatina tipo 8 (TRPM8), presentes na cavidade orofaríngea, que são os

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principais detetores de frio ambiental(46, 89). Posteriormente esta informação

sensorial chega ao SNC e pressupõe-se que haja uma diminuição do stress térmico(62, 90). O bochechar de mentol, antes do início do exercício e ao longo do

mesmo, demonstrou efeito significativo na redução da ST(50), havendo resultados

que demonstram que o seu efeito é tão expressivo quanto o do granizado (42). A

combinação de métodos térmicos e não térmicos é, em teoria, vantajosa na melhoria da ST, visto que os mecanismos de ação são diferentes e seria possível um efeito cumulativo. Por isso, Tran Trong et al. compararam a ingestão de soluções com mentol a diferentes temperaturas, num exercício de ciclismo até à exaustão outdoor, e verificaram que a conjugação destes métodos tem um efeito significativo na diminuição da ST, tanto com o granizado com mentol, como com a água fria (3°C) com mentol(44, 84). Estes métodos que permitem melhorar a ST

têm grande relevância neste tipo de condições atmosféricas, pois tendem a gerar uma sensação de arrefecimento nos atletas(22, 43), o que pode reduzir o stress

térmico e levar a uma melhoria de performance(62, 90).

3.3 Conforto Térmico (CT)

O CT é, segundo a ASHRAE, um parâmetro percetual que permite determinar a satisfação com o nível térmico do ambiente envolvente através de uma escala crescente, à semelhança do que se aplica na ST. Uma das escalas mais utilizadas é a de Bedford (84, 91), uma escala de 7 pontos em que 1= “confortável” e 7 =“muito

desconfortável”, contudo são também aplicadas outras escalas(85, 88). Apesar do

fator mais determinante para este parâmetro ser a diferença de temperatura entre o ambiente e o organismo, os fatores culturais e de contexto geográfico podem também influenciar parcialmente as respostas do CT(92).

(22)

Alguns trabalhos verificam efeito positivo no CT com a aplicação de métodos térmicos, nomeadamente com ingestão de água fria (2°C) em modalidade

precooling (30 minutos antes), onde acontece uma melhoria do CT entre os 15 e

os 5 minutos antes da prova (39, 91). Trabalhos posteriores demonstram que o

consumo de granizado durante o exercício pode ter efeitos mais expressivos no CT, com impacto significativo comparado com bebidas tépidas (37°C) (4,5±0,2 vs CON: 5,2 ± 0,2; P=0,01) e que o bochechar de granizado também pode ter impacto positivo apesar de não ser significativo(64, 91).

O uso de mentol também evidencia efeitos positivos na redução do CT quando aplicado antes e durante o exercício intermitente(55).

Análise crítica

Apesar do uso de métodos de arrefecimento interno térmicos e não térmicos parecer constituir uma estratégia eficaz na atenuação do stress térmico e otimização da performance desportiva, sobretudo em exercícios de endurance, destaca-se que existem poucos ensaios que repliquem condições reais, visto que a maioria deles são realizados em contexto de condições simuladas em laboratório, mesmo quando se referem a exercícios que decorrem tipicamente num ambiente outdoor. Isto pode fazer com que os resultados obtidos não sejam equivalentes quando aplicados em contexto competitivo e desportivo real. Adicionalmente, alguns trabalhos incluem indivíduos aclimatizados o que pode levar a uma subestimação dos resultados, visto que a aclimatização é um processo que altera fatores como a TCI, FC, CT e dissipação de calor. Por outro lado, a maior parte dos ensaios apresenta um tamanho amostral pequeno, o que pode fazer com que alguns resultados sejam novamente subestimados. Desta forma, apesar de ser reconhecida a eficácia dos MAI, é importante considerar as

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limitações metodológicas, o tipo de exercício e os possíveis efeitos negativos associadas à aplicação destes métodos em contexto desportivo.

O nutricionista deve encontrar-se apto para colaborar no desenvolvimento de estratégias que assegurem um arrefecimento interno, de modo a diminuir o risco de hipertermia e o stress térmico nos atletas, potenciando a sua performance, sobretudo em provas ou competições realizadas ambientes com condições atmosféricas adversas.

Conclusões

Os MAI parecem ser formas práticas e eficazes de atenuar os efeitos que o stress térmico provoca na performance desportiva e saúde dos atletas, apresentando um impacto mais significativo em exercícios de endurance. Salienta-se também que tanto a aplicação de métodos térmicos como não térmicos evidencia efeito positivo, e a combinação de ambos acarreta benefícios cumulativos. O momento de aplicação destes métodos também parece ser relevante e verifica-se que a aplicação tanto em precooling como em percooling têm efeito significativo na performance, e é possível que a combinação de ambos os timings tenha efeitos mais expressivos que a sua utilização isolada. No entanto, a logística da aplicação dos MAI depende do tipo de desporto e das regras do mesmo, por isso esta administração deve ser gerida e planeada pela equipa técnica de forma a servir o melhor possível o seu propósito. É também importante existir mais investigação de forma a perceber se poderá existir um aumento de risco de hipertermia associado à aplicação destes métodos, bem como mais trabalhos dedicados à avaliação do seu impacto em ambiente outdoor.

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Referências

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