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Plano Operacional 2016

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Academic year: 2021

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Integridade, Transparência e Responsabilidade Sede: Rua Monomotapa-588

1º Piso CaixaPostal 18 Telef: +258 26214649 E-mail: soldmoz@tdm.co.mz Nampula-Moçambique

Plano Operacional 2016

Um País livre da pobreza e injustiça social, onde cada pessoa possa exercer livremente o seu direito e uma vida condigna

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1. Contextualização

Moçambique está numa tenção politica militar que opõe a Renamo e Governo, motivada pela insatisfação deste maior partido da oposição Moçambicana depois resultados eleitorais de 2014, onde este Partido reivindica as províncias do Centro e Norte. Tentativas de dialogo politico viram-se fracassados e tudo é originado pela tolerância politica, falta de respeito pela diversidade e e espirito democrático. Esta situação se não for bem gerida, poderá levar a um conflito armado, deixando a baixo a conquista da paz que a 21 anos foi saboreada com muito gosto pelos Moçambicanos. Também poderá retrair o investimento.

A depreciação do metical é um assunto extremamente preocupante, porque o custo de vida dos Moçambicanos estará acima da media e quem será mais penalizada são as comunidades rurais que representam a maioria deste País.

As constantes descobertas de recursos naturais (gas natural, areias pesadas, carvão e outros) trouxe muito interesse do investimento estrangeiro por um lado e por outro está gerando muita expectivas nos Moçambicanos, mas também está dividindo as classes sociais e politicas.

A capacidade de gerir as espactativas dos moçambicanos tem sido muito pouca, porque a situação de gás natural de Palma, trouxe consigo esperanças e a maneira como os processos estão sendo conduzidos, são vistas como viciados de exclusão, falta de transparência e honestidade por parte dos dirigentes governamentais, apesar de existirem legislações favoráveis, como é o caso das novas Leis de Mina de Petróleo, da Politica de Responsabilidade social. A violação das Legislações é cíclica e há muita resistência de mudanças.

Como consequência disso, os problemas de violação de direitos das comunidades em volta das grandes mineradoras como é ocaso da Kenmare em Moma e Larde, Haiyu Mozambique Mining, Lda em Angoche, a Rubin Mining em Montepuez, entre outras ainda prevalecem.

Apesar de tudo, a Lei de Direito a Informação e seu regulamento, novas Leis de Minas e Petróleo poderão revolucionar a maneira de como as decisões irão sendo tomadas nos próximos tempos em beneficio das comunidades afectadas e na balança publica. Mas para isso acontecer, precisa de uma sociedade civil forte e engajada na advocacia para mudança.

Moçambique ocupa o terceiro lugar entre os países africanos mais expostos de riscos de múltiplos perigos relacionados com o clima, como inundações, ciclones, secas e epidemias relacionadas-tanto quanto 25% da população está em risco de seca, inundações e ciclones.

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Corrupção e o conflito de interesse dos titulares de obrigações é ainda alta, reduzindo desta forma a credibilidade das instituições, a confiança dos cidadão e dos parceiros internacionais na gestão do bem publico.

Acredita-se que os Programas AGIR, iTC, MASC e outras, desenvolveram e continuam a fazer um grande papel na transformação da Sociedade Civil Moçambicana, nestes últimos anos e estes diferentes programas trouxeram consigo o novo espetro na actuação da Sociedade Civil e acredita-se que com continuidade destes, teremos uma sociedade civil mais actuante e dinâmica que irá promovendo mudanças significativas nas lideranças e comunidades.

Este plano é aprovado pela Assembleia Geral da SoldMoz-ADS, num momento em que a zona centro e norte principalmente Zambézia e Nampula, há distritos que desde que as chuvas passadas destruíram estradas e pontes, ainda não foram reabilitadas, se supõe que caso chova demasiado de acordo com informações metrológicas, estes, estarão isolados, a energia tem sido o grande problema e a situação politica não confortante.

Plano Operacional 2016 é elaborado num momento em que em 2015, a SoldMoz realizou actividades como muita dedicação e cometimento, tendo sentido sucessos e ganho muita experiencia com Sub-Programa AICE e acha que pode replicar esta experiencia para a Província de Cabo Delgado. Também o seu envolvimento e engajamento com as redes, ligações com governos locais, empresas e seus parceiros de implementação, vai ser a estratégias a seguir em 2016.

Para isso a Sociedade Civil Moçambicana continua a ser chamada e desafiada para impor regras de integridade e transparência na gestão da coisa publica, nos processos democráticos, na participação dos cidadãos nos centros de tomada de decisões, na boa governação, na gestão e governação sustentável de recursos naturais e meio ambiente, como forma de trazer um valor agregado no desenvolvimento económico, social dos Moçambicanos e no tesouro publico.

2. Os factores críticos para conseguir estas mudanças com êxito são:

• Vontade política: um governo excludente como o de Moçambique, nunca vai ceder de forma fácil uma vontade própria, o importante é de que a sociedade civil deve impor, manifestar e conquistar este espaço, para que haja o exercício de cidadania, cultura de estado e democrática, com finalidade de que os governos, actores e outros fornecedores de serviços para de maneira responsiva, sirvam as pessoas pobres e sem voz pública, particularmente possam dar com a devida prioridade à reformas das instituições públicas na direcção de conseguir este objectivo.

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• Comunidades políticas: aumentar a força e a capacidade dos analistas, investigadores e outros praticantes locais para que combinem as suas competências para contribuir para decisões políticas com base em evidências.

• Acção pública: dar poder às pessoas pobres e marginalizadas, garantir o acesso a informação e reforçar as organizações da sociedade civil, as redes/plataformas para responsabilizar os governos e os fornecedores dos serviços na sua maneira de actuação.

• Espaço político: criar plataformas para diálogo entre governos, deputados,

fornecedores de serviços e cidadãos para a negociação de serviços, posicionamentos e de políticas que têm impacto sobre os serviços e o cidadão.

Mas propor estes avanços, deve-se pôr em conta de que ainda prevalecem problemas de falta de envolvimento e participação dos cidadãos principalmente mulheres e jovens nos centros de tomada de decisões, difícil ao acesso do cidadão a informação, fraca qualidade de serviços de educação e saúde, exclusão politica e democrática, há desigualdade de género, o índice de HIV/SIDA é estacionarias e mudanças climáticas são uma realidade incontornável.

Dai que o presente Plano Operacional 2016, é extraído no Plano Estratégico da SoldMoz-ADS para assegurar que as comunidades estejam organizadas em OCBS e

Plataformas e tenham conhecimentos suficientes de legislações para poderem exigir ao governo o seu envolvimento e participação na tomada de decisões sobre processos governativos, democráticos e de gestão e governação sustentável de recursos naturais, assim como o acesso aos serviços públicos de qualidade e a benefícios provenientes da exploração dos recursos naturais.

3. Riscos/Estratégias de Mitigação

Constituem riscos adversos na implementação deste plano:

1. Situação politica e militar Mitigação

Trabalhar nas actividades com maior envolvimento e participação das instituições governamentais e legislativos e juntar-se a vozes que clamam a paz.

2. Efeitos de mudanças climática

Mitigação

a) Centrar mais actividades nos meses de Marco/Dezembro

b) Janeiro e Fevereiro concentrar actividades nas cidades e vilas com melhor acesso (Nampula cidade, Nacala-Porto, Montepuez, Pemba e Palma)

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3. Depreciação do Metical Mitigação

a) Preparar um plano de contanção de riscos partilhado com a IBIS b) Orçar olhando na depreciação

4. Grupo-alvo

É o grupo-alvo deste plano: Membros das comunidades organizados em OCBs, Plataformas dos distritos de Moma, Larde, Nampula e Nacala-Porto, Angoche e Luipo em Nampula; Montepuez e Palma em Cabo Delgado; membros das Assembleias Provincias de Nampula e Cabo Delgado, Municipais de Nampula, Nacala Porto, Pemba e Montepuez

5. Monitoria e Avaliação

Para garantir uma melhor execução e medição do grau de implementação do presente plano operacional, permitindo tomada de medidas correctivas, é necessário um sistema periódico e contínuo de verificação e acompanhamento, através de um calendário de monitoria, o qual será assegurado pelo Oficial de Monitoria, Gestão de Conhecimento e Parcerias a ser contrato.

A monitoria será feita fundamentalmente de três maneiras:

• A primeira é através de visitas regulares do Director Executivo, Conselho de Direcção e Fiscal

• A segunda através de encontros trimestrais com o pessoal executivo.

• A terceira através de recolha, analise e sistematização de dados na base de indicadores

As visitas serão feitas a todos os níveis. Equipa sénior da SoldMoz, parceiros e stakeholders. Enquanto os encontros mensais envolvem o pessoal executivo, o responsável é Director Executivo e nas suas ausências pelo Oficial de MGCP/ou 1 membro do Conselho de Direcção da SoldMoz. O SMARNA, Sistema de Monitoria, Avaliação e Reportagem por Indicador do Progresso da SoldMoz, serão alimentados trimestralmente por meio de levantamentos a serem efectuados pelos beneficiários e os oficiais.

Mas também será feita uma avaliação anual das actividades envolvendo stakeholders para medir o nível de satisfação dos beneficiários em relação a implementação do Plano Anual.

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A tabela seguinte apresenta os prazos dos relatorios:

Relatório Prazo final

Trimestre I 10 de Abril de 2016

Semestral 10 de Julho de 2016

Trimestre III 10 de Outubro de 2016

Avaliacao anual com stakeholders 15 de Novembro 2016

Anual em Assembleia Geral 15 de Janeiro de 2017

6. Assuntos Transversais

Os transversais como é o caso de abordagens sobre género, HIV/SIDA e meio ambiente (mudanças climáticas) estão inserida dentro das actividades e são vistas também dentro da organização.

7. Estratégia de Implementação do Plano Operacional

Ø Metodologias

a) Um conjunto de relações (parcerias estratégicas de implementação) serão estabelecidas dentro do programa AICE com as organizações com quem a SoldMoz trabalhou com maior sucesso em 2015, capitalizando desta maneira habilidades, conhecimentos e cometimento. Neste caso nas duas Provincias (Nampula e Cabo Delgado) as actividades serão implementadas em conjunto com a Sekelekani, ACDH e GDI. Também outros fora desta rede serão encorajados.

b) O fortalecimento das OCBs e Plataformas das OSCs aos níveis distritais e provinciais serão o foco para garantir advocacia para mudança.

c) Ligações com redes distritais, provinciais, nacionais e internacionais, serão as metodologias usadas para partilha de experiencias e in force na actuação.

d) Orientadas capacitações sobre LDI e seu Regulamento, Direitos Fundamentais, Legislações de Minas, Petróleo, Ambiente, as que criam as Autarquias, Assembleias Provinciais e Probidade Publica, Politicas de RS, de Recursos Naturais, entre outras para os membros das APs, AMs, Administradores, Directores, SPs, Empresas, Agentes Económicos, Associações, Pessoas Influentes e Titulares de Direitos de forma geral. e) A monitoria da qualidade de educação e saúde será feita através das TICs

e então capacitações e alocação de equipamentos serão feitas aos titulares de direitos e de obrigações.

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f) Observatórios de educação e saúde serão criados e capacitados para facilitar o diálogo e responsabilização dos titulares de obrigações.

g) Serão encorajadas as empresas a terem estratégias formais de comunicação com as comunidades para facilitar o dialogo e monitoria. h) Serão realizadas eventos públicos como é o caso de feras de saudade,

género, ambiente e HIV/SIDA em pelo menos 3 Municípios e/ou sedes de distritos alvo.

i) Uma conferência sobre Recursos Naturais será realizada na Cidade de Nampula envolvendo Deputados residentes, Companhias Kenmare, Haiyu Mozambique Mining, Anadarko e os dois governos de Nampula e Cabo Delgado, Lideres, Académicos, OSCs e suas Plataformas, etc. j) Serão feitas 2 auditorias sociais sobre 2.75% em Moma/Larde 2015 e

Angoche sobre fundos de RS da Haiyu M.Mining.

k) No final do ano, um workshop de avaliação das actividades do PO com os interessados será feita para medir o pulsar da intervenção.

l) Estabelecimento de um sistema de Monitoria que alimenta os processos de advocacia com base no ciclo virtuoso desenvolvido pela SoldMoz. Este ciclo promove o envolvimento de vários actores de actução a vários níveis de intervenção, privilegiando diversa formas de advocacia.

m) Serão fortalecidas Plataformas Distritais e Provinciais como forma de criar uma única voz no debate com governo e empresas, assim como na facilitação da monitoria de educação e saúde.

Ø Gestão

A viabilidade das actividades deste PO só serão possível realizar com uma equipe de pessoal experiente e que de um lado existem e mostraram em 2015, mas vai ser necessário reforçar. Para isso, deverá se ajustar de seguinte maneira:

a) Director Executivo (Coordenador geral)

Gerir e administrar as actividades e recursos do plano e da SoldMoz, representar a Organização em nome do CD, prestar contas aos parceiros e os Órgãos Sociais, gerir as actividades de advocacia, supervisionar actividades no terreno e garantir a ligação com as organizações parcerias de implementação. Também vai assistir actividades de Nampula dando apoio técnico do gestor.

b) Oficial de Monitoria, Gestão de Conhecimentos e Parcerias

Garantir a sistematização de dados e informações de monitoria e de boas práticas, gestão de Website, TICs e relações com parceiros e assistir as actividades em Cabo Delgado dando apoio técnico ao oficial. Formação do pessoal e pesquisas e

c) Gestor do Programa de Cidadania, Democracia e Governação

Garantir a gestão do programa nas duas províncias e assegurar a implementação do PO, assegurar a implementação das actividades ao nível de Nampula, garantir a ligação das actividades com os

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beneficiários, parceiros locais, garantir a planificação trimestral das actividades e sua reportagem

d) Oficial de Programa

Garantir a implementação das actividades do PO em Cabo Delgado, planificar e organizar encontros, capacitações, ligações com os beneficiários, com os parceiros de implementação, fortalecer as plataformas e redes, OCBs e associações,

e) Gestora Administrativa e Financeira

Garantir a gestão administrativa e financeira, gerir os orçamentos e assegurar a sua execução; analisar e sistematizar os gastos e elaborar os relatórios periódicos; gerir os recursos humanos e património.

f) Contabilista

Garantir a contabilização das transações, registos e produção de relatórios periódicos.

g) Assistente Administrativa

Assegurar a gestão do escritório, recursos humanos, procuramets, do petty cash e logística.

Referências

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