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Estudo Granulométrico, Geológico e Evolutivo da Porção Emersa da Planície Costeira Adjacente à Praia dos Ilhéus, Governador Celso Ramos/SC-Brasil

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Academic year: 2021

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Estudo Granulométrico, Geológico e Evolutivo da Porção Emersa

da Planície Costeira Adjacente à Praia dos Ilhéus, Governador

Celso Ramos/SC-Brasil

Felix A.1; Neves J.2 & Camargo J.M.3

1 Ambiens Consultoria e Projetos Ambientais – AMBIENS (felixgeo@ig.com.br); 2 Programa de Pós-graduação em Geografia – PPGG/UFSC;

3 Departamento de Geociências – GCN/UFSC.

RESUMO

O presente estudo discute os aspectos granulométricos, geológicos e evolutivos da planície costeira da praia de Ilhéus, em Governador Celso Ramos, no litoral Central do estado de Santa Catarina, Brasil. A metodologia de trabalho compreende revisão bibliográfica, fotointerpretação, trabalhos de campo, análises granulométricas em laboratório e compilação das informações.

De acordo com o ponto de vista geológico e geomorfológico foram identificadas seis unidades geológicas principais; Granito Armação (Proterozóico superior), Depósitos de Colúvios (Sistema Continental – Depósitos Quaternários Indiferenciados), Depósitos Fluviais (Sistema Transicional – Holoceno), Depósitos Marinhos (Sistema Transicional – Holoceno), Depósitos Eólicos (Sistema Transicional – Recente) e Depósitos Marinhos (Sistema Transicional – Recente).

As unidades geológicas superficiais presentes no Sistema Transicional na área estudada são correlacionadas a períodos do Holoceno e do Recente, pode ainda ocorrer depósitos pleistocênicos em subsuperfície. Em um total de 10 amostras de areias analisadas predomina a classe modal areia fina.

ABSTRACT

This paper presents granulometric, geologic and evolutive aspects of the coastal plain of the Ilhéus beach, in East coast of Governador Celso Ramos city, Central littoral of the Santa Catarina State, Brazil. The methodology comprehended bibliographic revision, photo-interpretation, field work, laboratorial analyses (grain size according to Wentworth; adapted to phi scale for Krumbein), and compilation of information.

According to the geologic and geomorphologic point of view, we can recognize six main geological units: Granite Armação (Upper Proterozoic), Colluvial Deposits (Continental System, Undifferentiated Quaternary), Fluvial Deposits (Transitional System, Holocene), Marine Deposits (Transitional System, Holocene), Eolic Deposits (Transitional System, Recent) e Marine Deposits (Transitional System, Recent).

The superficial geologic units of the transitional system presents in the studied area are correlationed to Holocene and Recent epochs, may occur pleistocenic deposits lower down surface. Altogether of sediments collected and analysis, all the ten samples are sand, predominated modal class fine sand.

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INTRODUÇÃO

O município de Governador Celso Ramos situa-se na porção central do litoral catarinense, entre as coordenadas geográficas 27°17’48.197” e 27°26’03.626” de Latitude Sul e 48°31’28.091” e 48°37’51.247” de Longitude Oeste. Está inserido na Carta Topográfica Biguaçu (SG.22-Z-D-II-4) (IBGE, 1974), confrontando-se a Norte com o município de Tijucas e com o Oceano Atlântico (Enseada dos Ganchos), a Sul com o Oceano Atlântico (Baía de São Miguel), a Leste com o Oceano Atlântico e a Oeste com o município de Biguaçu. O principal acesso se faz pela Rodovia Federal BR-101, de onde deriva a Rodovia Estadual SC-410, que proporcionam a entrada no município a partir da localidade denominada Areias Primeira.

Situado em uma zona climática flutuante entre os climas tropical quente e o temperado mesotérmico, denominada por Monteiro (1958 e 1963) de Subtropical Úmida e por Nimer (1989 e 1990) de Subtropical, o município apresenta temperatura média anual de 23ºC, com influência determinante do fator de maritimidade sobre as condições meteorológicas locais. Os ventos predominantes são os de quadrante Nordeste, sendo os ventos de quadrante Sul, os de maior intensidade. A amplitude de maré apresenta variações inferiores a dois metros, caracterizando-se como regime de micromarés.

O embasamento cristalino aflorante no município corresponde a Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Trainini et al., 1978), abrangendo o conjunto de rochas graníticas, formando uma seqüência de cristas subparalelas orientadas no sentido predominante de NE – SW conhecida como Serra da Armação. Entre as reentrâncias do embasamento ocorrem as planícies costeiras, que se caracterizam como áreas planas e de acumulação de material detrítico, com origens associadas às flutuações ocorridas no nível médio do mar durante o Quaternário.

A planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus, que se constitui como área de estudo do presente trabalho, localiza-se no setor centro-norte do litoral do município de Governador Celso Ramos, entre as coordenadas geográficas 27°20’27.176” e 27°20’40.491” de Latitude Sul e 48°31’34.230” e 48°31’52.097” de Longitude Oeste (Fig. 1). Com área total aproximada de 120.000 m², a planície em comento apresenta uma largura média de 390 m e comprimento médio de 385 m, sendo o comprimento total da linha de costa de 314 m. O Acesso, a partir da localidade de Ganchos do Meio, se faz por uma estrada municipal que deriva da SC-410, interligando entre outros, o bairro de Palmas.

O objetivo do presente estudo se constitui na determinação dos diferentes depósitos sedimentares superficiais ocorrentes na porção emersa da planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus, dando seguimento ao mapeamento geológico de detalhe da planície costeira do município de Governador Celso Ramos, iniciado pelos trabalhos de Horn Filho et al. (2004) na planície costeira adjacente à enseada dos Currais e Caruso Jr. (2005), na planície costeira adjacente à praia do Sissial.

MATERIAIS E MÉTODOS

Com a finalidade de se proceder a descrição dos aspectos geológicos e paleogeográficos da planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus, foram utilizados e aplicados diversos materiais e procedimentos.

A pesquisa bibliográfica foi realizada no sentido de se obter dados técnicos preliminares. Após a determinação dos levantamentos geológicos e geomorfológicos pré-existentes, foram obtidas as fotografias aéreas métricas da área de estudo (tomadas no ano de 2000, em escala 1:8.000) e os arquivos digitais do Levantamento da Linha de Preamar Média de 1831 para o Município de Governador Celso Ramos (em escala 1:2.000), ambos cedidos pela Secretaria de Patrimônio da União – SPU.

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Figura 1. Localização geográfica da planície costeira adjacente á praia dos Ilhéus, município de Governador Celso Ramos/SC – Brasil.

De posse destes produtos, foi elaborado um mapa geológico preliminar através de técnicas como a Fotointerpretação Estereoscópica, a Cartografia Digital e o Geoprocessamento, através do programa MicroStation (Bentley, 1999). Os trabalhos de campo consistiram em um reconhecimento da área da planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus, efetuando-se coleta de sedimentos e descrição dos aspectos geológicos superficiais através de trincheiras e seções colunares em 18 (dezoito) afloramentos, definidos de acordo com os diferentes tipos de depósitos ocorrentes, conforme Figura 2 e Tabela 1.

Os procedimentos iniciais de preparação das amostras de sedimentos seguiram os métodos propostos por Suguio (1973) e Toldo Jr. (1997), de retirada de sais solúveis em água, secagem das amostras em estufas com temperaturas inferiores ou iguais a 60ºC e quarteamento, utilizando-se o quarteador de câmaras do tipo Jones. As análises granulométricas de sedimentos psamíticos ou grossos foram efetuadas através do método de peneiração segundo a escala do tamanho do grão de Wentworth (1922), adaptado para a escala phi por Krumbein (1934), utilizando-se conjunto de peneiras com intervalo de ½ phi. O tratamento

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dos dados e cálculo dos parâmetros estatísticos das amostras foram efetuados de acordo com as fórmulas de Folk & Ward (1957), utilizando-se o sistema integrado para análises granulométricas SysGran 2.4 (Camargo, 1999). Com os resultados obtidos no SysGran 2.4, foram construídos gráficos de freqüência acumulada e diagramas triangulares de Shepard (1954) para a classificação textural das amostras

de sedimentos, fornecendo subsídios para a interpretação dos depósitos sedimentares.

A compilação de resultados e a fotointerpretação final culminou na confecção do mapeamento do Quaternário na área de estudo, com utilização das mesmas técnicas e programas mencionados quando da elaboração do mapa geológico preliminar.

Figura 2. Localização dos afloramentos descritos durante as prospecções de campo. A localização dos mesmos está referenciada na Tabela 1.

Tabela 1. Descrição e localização dos afloramentos descritos durante as prospecções de campo. O meridiano central da zona UTM é 51° W.

Afloramento Longitude (UTM) Latitude (UTM) Altitude (m) Afloramento Longitude (UTM) Latitude (UTM) Altitude (m)

P01 744.646 6.973.155 0 P10 744.561 6.973.225 2 P02 744.609 6.973.255 0 P11 744.537 6.973.300 7,5 P03 744.596 6.973.297 0 P12 744.460 6.973.282 35 P04 744.635 6.973.141 1 P13 744.414 6.973.178 9 P05 744.597 6.973208 1 P14 744.372 6.973.139 7 P06 744.570 6.973.290 1 P15 744.325 6.973.120 19 P07 744.508 6.973.161 2 P16 744.482 6.973.025 35 P08 744.605 6.973.152 1,5 P17 744.652 6.973.086 6 P09 744.585 6.973.186 1,5 P18 744.716 6.973.153 2

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CARACTERIZAÇÃO ESTRATIGRÁFICA

A planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus apresenta a ocorrência de dois Domínios Geológicos fundamentais: o Domínio dos Granitóides Alcalinos, com ocorrência local do Granito Armação, da Suíte Intrusiva Pedras Grandes intrudida no Cinturão Dom Feliciano e os domínios dos Depósitos Sedimentares, verificando-se a ocorrência de unidades

relacionadas aos sistemas continentais e transicionais.

A coluna estratigráfica proposta neste trabalho para a área de estudo apresenta seis unidades geológicas, sendo que uma corresponde ao embasamento, uma ao sistema continental e quatro ao sistema transicional das planícies costeiras, com idades variando do Proterozóico superior ao Recente, conforme discriminado na Tabela 2.

Tabela 2. Coluna estratigráfica da planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus.

Domínio Subprovíncia Sistema Geológicas Unidades Idade Anos

Depósitos Sedimentares Planície Costeira Transicional Depósitos

marinho-praiais Recente Presente

Depósitos eólicos Depósitos

marinho-praiais Holoceno ± 5,1 ka Depósitos Fluviais

Continental Depósitos Coluviais Indiferenciado Quaternário ± 2 Ma Granitóides

Alcalinos

Cinturão Dom

Feliciano --- Granito Armação Proterozóico superior ± 550 Ma

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Foram coletadas 10 amostras de sedimentos para análise granulométrica, número considerado satisfatório de acordo com as fácies sedimentares e feições geomorfológicas correlativas observadas, correspondendo a serie de afloramentos P01 a P10, distribuídos nas unidades do sistema transicional das planícies costeiras nos seguintes setores: estirâncio, pós-praia, duna frontal e terraço marinho-praial. A Tabela 3 e os gráficos 1 e 2 apresentam os resultados das análises granulométricas efetuadas sobre os 10 pontos coletados.

De maneira geral, todas as amostras coletadas são totalmente constituídas por partículas de granulometria areia, com classe modal areia fina. No estirâncio, os sedimentos caracterizam-se com bem selecionados e são constituídos por 99,55% de areia fina (com diâmetros entre 0,0884 e 0,2500 mm) e 0,45% de areia média (com diâmetros até 0,3536 mm). No pós-praia, os sedimentos caracterizam-se entre bem selecionados e muito bem selecionados, sendo constituídos por 99,41% areia fina (com diâmetros entre 0,0884 e 0,2500 mm) e 0,59% de areia média (com diâmetros

entre 0,2500 e 0,7071 mm). Na duna frontal, os sedimentos se caracterizam como muito bem selecionados, sendo constituídos por 99,69% de areia fina (com diâmetros entre 0,0625 e 0,2500 mm) e 0,31% de areia média (com diâmetros entre 0,2500 e 0,5000 mm). No terraço marinho-praial, os sedimentos se caracterizam como muito bem selecionados, sendo constituídos por 99,94% de areia fina (com diâmetros entre 0,0625 e 0,2500 mm) e 0,06% de areia média (com diâmetros até 0,3536 mm).

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA

Conforme mencionado anteriormente, a área de estudo apresenta seis unidades geológicas correspondentes a dois domínios. A descrição da ocorrência destas unidades na planície costeira adjacente a Praia dos Ilhéus encontra-se a seguir.

Correspondendo ao Domínio dos Granitóides Alcalinos ocorrem as rochas graníticas denominadas de Granito Armação, da Suíte Intrusiva Pedras Grandes, com idades do Proterozóico superior ao Eo-Paleozóico que, segundo Trainini et al. (1978), caracteriza-se como uma “rocha predominantemente granítica,

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com variações a quartzomonzonito e menos comum a granodiorito e quartzodiorito”. Possui composição homogênea, cores que variam do cinza ao rosa e textura eqüigranular grossa a

média, por vezes, porfirítica, com fenocristais de feldspatos de tamanhos variáveis de 0,5 a 2,0 cm. Apresenta, localmente, xenólitos e micro-enclaves de rochas básicas.

Tabela 3. Características granulométricas das 10 amostras de sedimentos coletados nas unidades geológicas da planície costeira adjacente à Praia dos Ilhéus, segundo os parâmetros de Folk & Ward (1957).

Pontos Média Clas. Média Mediana Seleção Clas. Seleção

P01 2,57 Areia fina 2,598 0,3623 Bem selecionado

P02 2,443 Areia fina 2,412 0,3624 Bem selecionado

P03 2,484 Areia fina 2,472 0,3446 Muito bem selecionado

P04 2,485 Areia fina 2,483 0,4276 Bem selecionado

P05 2,566 Areia fina 2,596 0,3357 Muito bem selecionado

P06 2,577 Areia fina 2,609 0,353 Bem selecionado

P07 2,627 Areia fina 2,667 0,3627 Bem selecionado

P08 2,553 Areia fina 2,582 0,3426 Muito bem selecionado P09 2,526 Areia fina 2,536 0,334 Muito bem selecionado P10 2,589 Areia fina 2,628 0,3414 Muito bem selecionado Pontos Assimetria Clas. Assimetria Curtose Clas. Curtose % Areia

P01 -0,03275 Aproximadamente simétrica 0,891 Platicúrtica 100 P02 0,04944 Aproximadamente simétrica 0,8782 Platicúrtica 100 P03 0,03307 Aproximadamente simétrica 0,7614 Platicúrtica 100 P04 -0,0592 Aproximadamente simétrica 1,024 Mesocúrtica 100 P05 -0,08881 Aproximadamente simétrica 0,8241 Platicúrtica 100 P06 -0,06233 Aproximadamente simétrica 0,8903 Platicúrtica 100 P07 -0,07845 Aproximadamente simétrica 1,041 Mesocúrtica 100 P08 -0,08273 Aproximadamente simétrica 0,8126 Platicúrtica 100 P09 -0,02923 Aproximadamente simétrica 0,7557 Platicúrtica 100

P10 -0,104 Negativa 0,9027 Mesocúrtica 100

Gráfico 1. Freqüência acumulada para as frações de acordo com o intervalo de ½ phi da escala proposta por Krumbein (1934). Observa-se que a distribuição da maior parte dos sedimentos encontram-se concentrado entre as peneiras 2 e 3 phi.

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Gráfico 2. Diagrama triangular de Sheppard (1954) para a classificação textural das amostras de sedimentos. Observa-se o completo enquadramento de todas as amostras na mesma freqüência da fração areia fina, ao ponto de as identificações das amostras apresentarem-se sobrepostas no gráfico.

Na área de estudo, esta unidade faz contato com as unidades depósitos coluviais e depósitos marinho-praiais holocênicos a Leste. Apresenta-se em grande parte de sua extensão,

recoberto por um manto de alteração residual, de espessura variável (Figs. 3 e 4). Com 73.704 m², corresponde a 61,42% do total da área estudada.

Figura 3. Granito rosa ocorrente no costão Norte da

praia dos Ilhéus. Figura 4. Detalhe do granito cinza ocorrente no costão Norte da praia dos Ilhéus.

Os depósitos sedimentares apresentam-se em dois grupos, assim divididos de acordo com o sistema de deposição ocorrente: os sistemas continentais e os transicionais.

Os sistemas continentais são constituídos por sedimentos fluviais e colúvio-aluvionares do Quaternário indiferenciado, dispostos ao longo das principais drenagens e próximos ao contato entre o embasamento e as planícies. Na área de estudo observa-se a ocorrência dos Depósitos Coluviais próximos ao

contato entre a planície costeira e o embasamento, no sopé da encosta, constituídos por material detrítico mal selecionado e inconsolidado, contendo fragmentos angulosos, transportados por força da gravidade e por fluxos de escoamento encosta abaixo. Faz contato com a unidade Granito Armação a montante e com as unidades Depósitos Fluviais e Depósitos Marinho-praiais Holocênicos a jusante. Com 18.927 m², corresponde a 15,77% do total da área estudada (Fig. 5).

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Figura 5. Depósito coluvial nas encostas da área de estudo.

Os sistemas transicionais são constituídos por sedimentos Quaternários marinhos, de praia e paludiais, além de depósitos eólicos, lagunares e fluviolagunares dispostos próximos à linha de costa. Na área de estudo ocorrem os Depósitos Fluviais, os Depósitos Marinho-praiais holocênicos, os Depósitos Eólicos do Recente e os Depósitos Marinho-praiais do Recente.

Os Depósitos Fluviais correspondem aos sedimentos das planícies de inundação e das calhas atuais dos cursos de água. Caracterizam-se como Caracterizam-sedimentos inconsolidados, de cores variadas entre tons avermelhados, amarronzados

e acinzentados, apresentando granulometria diversificada predominantemente areno-argilosos e cascalhentos, ocorrentes em áreas com baixa declividade, associados à dinâmica de deposição dos fluxos fluviais. Por se tratar de um depósito associado, apenas, ao incipiente leito atual do canal que deságua na praia, não se fizeram necessários a coleta e análise granulométrica de sedimentos. Na área de estudo, faz contato com as unidades Depósitos Marinho-praiais holocênicos e do Recente e Depósitos Coluviais (Fig. 6). Com 4.252 m², corresponde a 3,54% do total da área estudada.

Figura 6. Vista para Oeste do contato do Depósito Fluvial com o Depósito Marinho-praial do Recente.

Os Depósitos Marinho-praiais holocênicos ocorrem ao longo da linha de costa, formando áreas planas em forma de terraço, constituídas por areias finas a grosseiras, de coloração esbranquiçada e bem selecionadas, podendo apresentar concentrações variadas de

minerais pesados e conchas calcáreas, com deposição marinho-eólica. Na planície costeira da praia dos Ilhéus, este depósito faz contato com todas as demais unidades geológicas (Fig. 7). Com 11.671 m², corresponde a 9,73% do total da área estudada.

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Figura 7. Vista geral do Depósito Marinho-praial holocênico ocorrente na planície adjacente à praia dos Ilhéus.

Os Depósitos eólicos podem ocorrer indiscriminadamente sobre as demais unidades do Sistema Transicional, sendo caracterizados pelo acúmulo de material essencialmente arenoso, muito bem selecionado, transportado pela influência das forças eólicas. Segundo Greely & Iverson (1985) apud Brown & McLachlan (1990), a quantidade de material que é movimentado depende de três fatores: umidade da areia, a velocidade do vento e o tamanho do grão de areia. Em 75% dos casos a areia é carreada aos “saltos”, 25% sendo arrastada e em poucos eventos a areia é suspensa no ar e depositada mais para o interior (Brown &

McLachlan, 1990). No entanto, na área de estudo verificou-se a existência de um Depósito Eólico do Recente caracterizado como uma estreita faixa de acumulação associada ao sistema praial (duna frontal da Praia dos Ilhéus). Trata-se de uma faixa alongada com aproximadamente 15 m de largura média e 130 m de comprimento, sendo a altura em torno de 1 m, fazendo contato com a unidade Depósitos Marinho-praiais holocênicos a Oeste e com a unidade Depósitos Marinho-praiais do Recente, a Leste (Fig. 8). Com 1.838 m², corresponde a 1,53% do total da área estudada.

Figura 8. Vista geral do depósito eólico relacionado à duna frontal da Praia dos Ilhéus.

Os Depósitos Marinho-praiais do Recente ocorrem ao longo da linha de costa, formando áreas e cordões arenosos constituídos por areias finas a grosseiras, de coloração

esbranquiçada e bem selecionadas, podendo apresentar concentrações variadas de minerais pesados e conchas calcáreas, com deposição

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marinho-eólica, retrabalhados pelas ondas, marés e por ações eólicas e antrópicas.

Na área de estudo, esta unidade corresponde à praia dos Ilhéus, caracterizada como uma praia de bolso (pocket beach) de forma retilínea e paralela à linha de costa, com extensão aproximada de 235 m e largura

variando em torno de 40 m, fazendo contato com a unidade Depósito Eólico do Recente a Oeste, e com as águas do Oceano Atlântico a Leste (Fig. 9). Com 9.608 m², corresponde a 8,01% do total da área estudada.

Na Figura 10, apresenta-se o mapa geológico da área de estudo, com a delimitação das unidades descritas acima.

Figura 9. Depósito Marinho-praial do Recente, correspondendo à praia dos Ilhéus.

EVOLUÇÃO PALEOGEOGRÁFICA

A evolução paleogeográfica adotada para este trabalho segue a evolução da região costeira catarinense a partir da ocorrência da série de eventos geotectônicos entre o final do Proterozóico superior e início do Eo-Paleozóico, denominada de Ciclo Brasiliano, resultando entre outros em magmatismos que originaram corpos graníticos ácidos, de dimensões variadas, intrudidos nas demais unidades do Escudo Catarinense.

Durante o Jurássico, a Plataforma Brasileira foi reativada resultando na ocorrência de um novo magmatismo, com composição química predominantemente básica e idades aproximadas em torno de 120 Ma, associadas aos eventos tectônicos que desencadearam a abertura do Atlântico (rifteamento), ocasionando os corpos tabulares como os diques e sills de diabásio da Formação Serra Geral, encontrados no embasamento (Scheibe, 1986).

A partir deste período, observou-se um regime de relativa estabilidade geológica, com

atuação de processos erosivos que formaram depósitos sedimentares do Quaternário indiferenciado, representados principalmente por depósitos continentais coluviais, colúvio-aluvionares de planície e fluviais. (Horn Filho et al., 2004).

Durante o Quaternário, o período Pleistoceno caracterizou-se por uma grande ocorrência de oscilações do nível relativo do mar, ocasionadas pelos efeitos eustáticos provocados por glaciações, acarretando em formações de depósitos transicionais, sendo que o último evento transgressivo do nível relativo do mar no Pleistoceno ocorreu há aproximadamente 120 ka. (Suguio et al., 2005). Este evento transgressivo do nível relativo do mar é denominado Transgressão Sangamom (Fairbridge, 1961 apud Duarte, 1981), Transgressão Cananéia (Suguio & Martin, 1978) no litoral paulista e Penúltima Transgressão (Bitencourt et al., 1978) nas costas da Bahia, Sergipe e Alagoas. Depósitos similares são encontrados na costa gaúcha e denominados de Barreira III (Villwock et al., 1986).

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Figura 10. Mapa geológico da planície costeira adjacente à praia dos Ilhéus.

Após esta Transgressão, um novo período glacial resultou em uma fase regressiva que se estendeu até aproximadamente 17,5 ka (Suguio et al., 2005), provocando um abaixamento do nível relativo do mar que atingiu a atual borda da plataforma continental, resultando em extensas planícies costeiras.

O início do período inter-glacial há 17,5 ka ocasionou um máximo transgressivo ocorrido a cerca de 5,1 ka, onde o nível relativo do mar atingiu 3,5 ± 0,5 m acima do nível atual na costa catarinense, erodindo grande parte dos depósitos pleistocênicos pré-existentes, sendo denominada Transgressão Holocênica. (Suguio et al., 1985). Em outros estudos, o máximo transgressivo holocênico foi denominado de

Transgressão Santos no litoral paulista (Suguio & Martin, 1978), Última Transgressão nas costas da Bahia, de Sergipe e de Alagoas (Bitencourt et al., 1978) e Depósitos Barreira IV no Rio Grande do Sul (Villwock et al., 1986), cuja extensão é observada no litoral catarinense.

Suguio et al. (1985) estudaram as flutuações do nível relativo do mar durante o Quaternário superior através de indicativos sedimentológicos (depósitos marinho-praiais dispostos acima do nível médio atual do mar), biológicos (incrustações de vermitídeos, tubos fósseis de Callichirus e tocas de ouriços-do-mar situadas acima da zona de vida atual destes animais) e pré-históricos (ocorrência e posição de sítios arqueológicos ou Sambaquis). Os

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autores estipularam curvas de variações deste nível para oito setores no litoral brasileiro, dentre estes, o setor situado entre as cidades de Itajaí e Laguna no litoral catarinense, apontando que após o máximo transgressivo holocênico, o nível relativo do mar apresentou oscilações

trans-regressivas de alta freqüência, onde os máximos na costa catarinense situaram-se, aproximadamente, a 2,6 m acima do atual há cerca de 3,6 ka e a 2,0 ± 0,5 m acima do atual há aproximadamente 2,5 ka (Fig. 11).

Figura 11. Curva de variação do nível relativo do mar durante o Holoceno para a costa catarinense, com análises entre as cidades de Itajaí e Laguna. Fonte: Adaptado de Suguio et al. (1985).

Trabalhos atuais indicam algumas diferenças quanto aos paleoníveis marinhos holocênicos no litoral catarinense. Angulo & Lessa (1997) propuseram uma curva de variação do nível relativo do mar para o litoral brasileiro durante o Holoceno utilizando indicativos biológicos (tubos de vermitídeos, fragmentos de madeira contidos em sedimento areno-argilosos e conchas do bivalve Anomalocardia brasiliana coletadas em sedimentos areno-argilosos), apontando que após o máximo transgressivo, o mar teria descido progressivamente até atingir o nível atual, sem grandes variações, colocando em dúvida as oscilações de alta freqüência de Suguio et al. (1985).

Souza et al. (2001) que estudaram a evolução paleogeográfica da planície costeira do município de Itapoá, Norte do estado de Santa Catarina, utilizando indicativos biológicos, determinaram paleoníveis marinhos holocênicos semelhantes ao proposto por Angulo & Lessa (1997). As curvas propostas indicam paleoníveis marinhos de “2,5 ± 1,0 m há 4.200 ± 70 anos ka, 2,1 ± 1,0 m há 3.530 ± 70 anos ka e 0,2 ± 1,0 m há 2.130 ± 60 anos ka” (Souza et al., 2001).

Outros trabalhos recentes propuseram modelos de curvas de variações do nível médio do mar para o Holoceno, como por exemplo, Lessa et al. (2000) para a planície costeira de Paranaguá/PR, Dillenburg et al. (2000) para a planície costeira do estado do Rio Grande do Sul e Martin (2003) para a zona costeira Leste – Sudeste brasileira com base na curva determinada na região de Salvador/BA.

As unidades geológicas superficiais do sistema transicional das planícies costeiras ocorrentes na área de estudo relacionam-se ao Recente e ao Holoceno, fator que não implica em afirmar que possam ocorrer remanescentes de depósitos pleistocênicos não mapeáveis em sub-superfície. Portanto, propõem-se os seguintes estágios evolutivos para a planície costeira adjacente à praia dos Ilhéus, adaptando-se o exposto em Horn Filho et al. (2004) e Caruso Jr. (2005):

ƒ Estágio 01 – Pré-Quaternário: neste período (anterior à 2 Ma), o nível médio do mar encontrava-se acima do atual, provocando erosão no embasamento cristalino;

ƒ Estágio 02 – Quaternário Inferior /

Indiferenciado: neste estágio, após a regressão

do nível médio do mar, iniciou a acumulação do material detrítico e a formação dos Depósitos Coluviais observados na área de estudo;

ƒ Estágio 03 – Último Máximo

Transgressivo Pleistocênico: durante o

Pleistoceno, o nível médio do mar atingiu o seu último máximo transgressivo há cerca de 120 ka, proporcionando a erosão de depósitos pré-existentes (como a base dos depósitos coluviais) e a acumulação de sedimentos marinho praiais pleistocênicos;

ƒ Estágio 04 – Último Máximo

Regressivo Pleistocênico: ocorrido a cerca de

17,5 ka, quando o nível médio do mar atingiu níveis próximos à atual borda da plataforma continental, este evento proporcionou a

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formação de extensas planícies, com ocorrências generalizadas de depósitos eólicos recobrindo os depósitos marinho praiais pleistocênicos e depósitos de cristas de praia regressiva;

ƒ Estágio 05 – Máximo

Transgressivo Holocênico: após o Último

Máximo Regressivo Pleistocênico, o nível médio do mar retornou a subir, ultrapassando o nível médio atual à cerca de 7 ka e atingindo um máximo há aproximadamente 5,1 ka, atingindo 3,5 ± 0,5 m acima do nível médio atual na costa catarinense. Esta transgressão ocasionou a erosão das porções superficiais dos depósitos eólicos e marinhos praiais pleistocênicos e o acúmulo, sobre estes, de depósitos marinho praiais holocênicos como aqueles observados na área de estudo;

ƒ Estágio 06 – Fase Regressiva

Holocênica / Recente: após o máximo

transgressivo holocênico, o nível médio do mar voltou a descer, provocando a progradação da linha de costa e originando depósitos eólicos recobrindo os depósitos marinhos praiais, depósitos de cristas de praia regressiva, depósitos lagunares e depósitos de planícies de maré. Na área de estudo, nesta fase é que se formaram os depósitos fluviais, eólicos do Recente e marinho praiais do Recente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização descomedida dos recursos minerais existentes nas planícies costeiras é um fato que ocorre desde que o homem elegeu o litoral como uma das melhores regiões para desenvolver suas atividades e para morar, ou seja, sempre ocorreu. Este fator classifica a zona costeira como um dos locais de maior pressão pelo aumento da densidade populacional e pelos múltiplos usos que ali se desenvolvem. Segundo Komar (1976), algo em torno de dois terços da população mundial habita em áreas costeiras ou adjacentes à costa. Em tempos atuais, o turismo inclui-se neste cenário, gerando um número cada vez maior de conflitos de uso versus capacidade de suporte.

Estas características intrínsecas conferem as planícies costeiras status primordiais quando do planejamento e gestão territorial, visando o gerenciamento de conflitos e a instituição e o ordenamento de usos. Neste sentido, além do planejamento municipal, várias são as iniciativas ao nível internacional com

intuito de se implantar programas socioambientais em municípios costeiros, como os Programas Bandeira Azul, QualyCoast, ECO XXI e o Programa de Certificação do Turismo Sustentável (PCTS), entre outros.

A tendência de urbanização em todo o litoral de Santa Catarina é eminente e não deve ser negada ou ignorada, sob pena do crescimento e consolidação da ocupação desordenada em detrimento de uma ocupação planejada, com características mais amplas de sustentabilidade.

Em vista deste panorama, conclui-se que o conhecimento sobre os aspectos físicos das planícies costeiras se caracteriza como primordial no sentido de dotar os agentes gestores e com poderes de tomada de decisão, de subsídios que possam servir de orientação no decorrer do processo de planejamento e gestão.

Na porção emersa da planície costeira adjacente à praia dos Ilhéus, além do embasamento cristalino, as unidades geológicas superficiais são representadas por sedimentos coluviais, fluviais, marinho praiais e eólicos. Porém, em sub-superfície, podem ocorrer sedimentos pleistocênicos (marinho praiais, eólicos e/ou de cristas de praia regressivas) intercalados com sedimentos coluviais do Quaternário Indiferenciado, conforme apresentado pela Figura 12.

A ocorrência das oscilações de alta freqüência conforme proposto por Suguio et al. (1985) permanece como um problema a ser esclarecido. O mais aceito entre os pesquisadores e especialistas é que, pelo menos nos últimos 2,5 ka, o nível relativo do mar na região costeira catarinense apresenta-se em fase regressiva, conforme apontado por todas as curvas de variação do nível relativo do mar desenvolvidas pelos trabalhos citados. (Suguio et al., 2005).

Este panorama sucessivo entre fases transgressivas (destrutivas) e regressivas (construtivas) do nível relativo do mar durante o Quaternário proporcionou concomitantemente a erosão de feições pré-estabelecidas, e a sobreposição de novos depósitos, formando o mosaico diversificado de fácies sedimentares que caracterizam as planícies costeiras. Junto à linha de costa, as ações das ondas e das correntes litorâneas conduzem os processos morfogenéticos de erosão e deposição, sendo as responsáveis pela formação das feições mais

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atuais nas zonas costeiras: os depósitos marinho praiais e os depósitos eólicos do Recente.

Como sugestão de estudos futuros, recomenda-se a realização de sondagens com testemunhador visando a determinação de

camadas sub-superficiais da planície costeira adjacente a praia dos Ilhéus, o monitoramento morfodinâmico e sedimentológico do arco praial e a batimetria e faciologia da antepraia e da plataforma continental adjacente.

Figura 12. Seção geológica esquemática da planície costeira adjacente à praia dos Ilhéus.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à empresa AMBIENS Consultoria Ambiental pela oportunidade oferecida através do fornecimento dos dados inclusos no presente trabalho. Bem como, ao Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGG/UFSC) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pela concessão de bolsa de estudo.

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