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Navegando pelo sertão

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Academic year: 2021

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Navegando pelo sertão

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Navegando pelo sertão

Guia de visitas à videoinstalação Sertão: casa de imagem, que integra o documentário www.sertoes.art.br

O ano de 2006 marcou meio século da publicação de Grande sertão: veredas, romance que consagrou Guimarães Rosa e seu relato da guerra entre bandos de jagunços no sertão de Minas.

O que aconteceu na região nesses cin- qüenta anos?

Essa pergunta foi o ponto de partida do projeto www.sertoes.art.br, que atua liza informações sobre o noroeste do Es- tado. Para responder a ela, visitamos a história já contada em livros e fi lmes e ouvimos aqueles que participam da his- tória contemporânea.

Encontramos um sertão bem diferen te daquele retratado por Rosa. Um sertão em tempos de globalização que traz muitas questões para nós, brasileiros dos anos 2000. O documentário busca estimular a refl exão e a geração de res- postas para os problemas atuais.

Este guia foi criado para facilitar o acesso à videoinstalação e ao site, funcionando como bússola de navegação pelo sertão de ontem e de hoje. Apresentamos o conteúdo produzido na primeira fase do projeto, ressaltando tratar-se de uma obra aberta a receber novas contribuições.

Tanto a videoinstalação quanto o site são formados por partes que se conec-

tam entre si de acordo com o tema.

Para navegar na internet, basta acessar a página deste guia no site do projeto – www.sertoes.art.br/guia – e clicar nos links em destaque. Para navegar pela videoinstalação, este guia pode ser de grande utilidade para situar o navegan- te em relação ao todo. Guarde os no- mes das seções e suas abreviações:

• Grandes Histórias (GH): panorama da região, dos primórdios aos dias atuais, dividido em 8 blocos.

• Outras Histórias (OH): aprofunda os temas apresentados em GH e aborda novos temas, em 12 capítulos.

Videocrônicas (VC): abordagem poé tica da paisagem e do cotidiano serta nejos em 17 peças de 1 minuto cada.

Cidades (C): informações sobre 16 mu nicípios visitados pelo projeto até o momento.

• Cadernos de Viagem (CV): informa- ções sobre obras e autores de referên- cia para o sertão mineiro.

A todos uma ótima navegação!

Equipe do Ateliê Ciclope Abril de 2007

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Sertão como espaço geográfi co

A primeira concepção da palavra “sertão”

é geográfi ca: é a defi nição de um lugar no mapa do país. Quais as características fí- sicas desse lugar, no caso o sertão minei- ro? Descubra visitando GH > Terra e OH >

Sertão vivo.

Sobre o potencial ecológico da região, navegue em OH > Quatro vozes sertane- jas > Rômu lo de Melo.

Visite também a seção de videocrônicas, várias delas com imagens da fl ora e da fauna sertanejas.

Sertão como espaço histórico

Poucos historiadores brasileiros se dedi- caram ao tema do sertão como o cea- rense Capistrano de Abreu, pioneiro na valorização do interior como espaço de nascimento do homem brasileiro: longe dos interesses e dos valores da Corte, insta lada no litoral.

Conheça as idéias de Capistrano navegan- do em CV > Capistrano.

Conheça o lugar que a obra ocupa entre outras interpretações do Brasil assistindo à entrevista em CV > J.C. Reis.

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Memória do sertão mineiro

Tempo dos vaqueiros e coronelismo

A ocupação do norte e noroeste de Minas foi estreitamente ligada à criação de gado, como também à descoberta das minas de ouro na região. Conheça essa história em GH > Gado.

Ouça o relato de vaqueiros que viveram a época em OH > Memória do campo > Anto- nino da Glória.

Conheça algumas das rotas do gado em OH > Memória da cidade > José Henri- que Brandão.

Tempo das embarcações e da pesca farta

O rio São Francisco, espinha dorsal da re- gião, desempenhou, durante muito tem- po, função de grande importância como hidrovia, além de fonte de alimento para as comunidades ribeirinhas.

Para conhecer essa história, visite GH > Va- pores (parte 2) e GH > Rio.

Ouça relatos de quem vivenciou a épo ca de ouro das embarcações em OH > Seres do rio, bloco “Januária e a época dos va- pores”; OH > Quatro vozes sertanejas >

Antônio de Barros e OH > Quatro vozes sertanejas > Valdir Atanásio de Jesus.

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Tempo da Central do Brasil

O século 20 começa com a chegada do trem à região, estimulando o desenvol- vimento de diversos núcleos urbanos, até deixar de receber investimento do governo.

Conheça a história da Central do Brasil na região em GH > Vapores.

Ouça relato sobre o impacto da ferrovia em Bocaiúva em OH > Memória da cida- de > José Henrique Brandão.

O sertão e o ímpeto desenvolvimentista

Indústria e urbanização

A instalação da fábrica de tecidos Cedro- Cachoeira no sertão, ainda no século 19, impulsionou o desenvolvimento de dois municípios e deu origem a um terceiro.

Conheça a história da fábrica em OH >

Pioneirismo.

Conheça a história das cidades a ela rela- cionadas em C > Curvelo e C > Paraopeba

& Caetanópolis.

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Construção de Brasília e Três Marias

Brasília e a represa de Três Marias, obras de Juscelino Kubitschek, causaram grande impacto no sertão mineiro.

Veja em GH > Represa, C > Três Marias e OH > Agronegócio > Wander Cordeiro (“Paracatu antes de Brasília”).

Veja fotografi as e assista a fi lmes da épo- ca da construção de Brasília em CV > o nascimento de Brasília.

Sobre a concepção de cidade planeja da, veja CV > Sérgio da Mata (“Brasília e seu mito”).

Anos da ditadura militar

O ímpeto desenvolvimentista do governo JK continuou durante a ditadura militar, numa época em que a natureza era consi- derada fonte inesgotável de recursos.

Sobre essa época, navegue em GH > Re- presa (partes 3 e 4).

Sobre a relação entre coronelismo e o golpe de 64, veja depoimento de produ- tor rural em OH > Memória da cidade >

Edilberto Balsamão.

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Grandes indústrias e questão agrária

Siderurgia e indústria fl orestal

Das antigas carvoarias à instalação da in- dústria do eucalipto a partir da década de 1960, o sertão acabou se transformando em lugar preferencial para a produção de carvão.

Sobre o impacto das carvoarias clandes- tinas e das siderúrgicas em Pirapora e Vár- zea da Palma, navegue em GH > Repre sa (parte 4) e GH > Sertão (parte 2).

Sobre a indústria fl orestal hoje, ouça de- poi mento de trabalhadores em OH >

Indús tria fl orestal > Helder Bo log na ni An- drade e OH > Indús tria fl orestal > Nivaldo da Cruz.

Agronegócio e Projeto Jaíba

O sertão como riqueza: essa é a concep- ção que vigora hoje no setor produtivo.

Transnacionais da agricultura atuam ao lado de propostas como a do Projeto Jaí ba, que tem levado para a região profi ssio- nais de vários estados e países.

Sobre agronegócio, veja trechos em GH

> Mar (partes 6 a 8), GH > Sertão (parte 1) e OH > Agronegócio. Sobre o Projeto Jaíba, veja entrevistas em OH > Projeto Jaíba.

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A luta pela terra

Com a transferência da terra das mãos dos coronéis para as grandes corpora ções, o homem do campo continuou sem lugar.

Muitos perpetuam o chamado “êxodo rural”, migrando para as cidades, enquan- to outros abraçam a luta dos sem-terra.

Conheça um assentamento do MST na região em OH > A questão agrária, e um acampamento de sem-terra em GH > Sertão (parte 3) e OH > A questão agrária.

Comunidades sertanejas

Comunidade negra da Pontinha

A existência de uma comunidade negra no sertão é fato incomum, considerando- se que a presença do africano foi mais for- te no litoral e na região das minas.

Conheça um pouco da história da Ponti- nha contada por uma moradora navegan- do em OH > Comunidade negra.

Comunidade rural de Angico

A comunidade rural de Angico abriga pou- cas famílias, que vivem de forma bastante próxima à de seus antepassados.

Conheça relatos de moradores sobre a vida do lugar e a atividade extrativista que prati camente sustenta a comunida- de (constituindo um dos desafi os para o desenvolvi mento sustentável da região) em OH > Economia do minhocuçu > dona Eva e Marcelo Antonio.

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Índios do sertão

O sertão mineiro nunca foi um deserto, nem em termos geográfi cos, nem popu- lacionais: diversas tribos originárias do in- terior, como os Xacriabá, vivem ali ainda hoje, disputando terras com fazendeiros e empresas.

Para conhecer um pouco da história do povo Xacriabá na região, visite OH > Ser- tão vivo e sites de referência ali recomen- dados.

Sertão como acontecimento histórico-literário

Sertão emblemático: Canudos

A Guerra de Canudos, massacre da comu- nidade de Antônio Conselheiro no sertão baiano a mando do governo republicano, é emblemática dos embates entre o mun- do “civilizado” do português no litoral e o mundo “bárbaro” do homem do interior.

Mas o que é “civilização” e o que é “bar- bárie”?

Para refl etir sobre essas questões, assista à entrevista com o historiador Sérgio da Mata em CV > Sérgio da Mata, em espe- cial “A cidade racional e a selvagem”.

Para uma introdução sobre Euclides da Cunha e sua obra Os sertões, resul tado da cobertura jornalística que o escritor realizou da Guerra de Canudos, navegue em CV > Euclides.

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Sertão redescoberto: Guimarães Rosa

Como no relato documental de Euclides sobre a Guerra de Canudos no sertão baiano, o relato fi ccional de Rosa sobre a guerra de jagunços no sertão mineiro revela a fratura entre dois “brasis”: o do litoral e o do sertão; da civilização euro- péia e da cultura “primitiva”; do povo e das elites.

Sobre a “fratura”, ouça a historiadora Heloísa Starling em CV > Guimarães >

O Sertão é o Mundo > País de Rosa. E o professor Willi Bolle em CV > Willi Bolle >

Euclides, Guimarães e os discursos sobre o Brasil.

Ouça ainda relatos reais de “jagunçagem”

em OH > Memória do campo > Antonino da Glória e OH > Quatro vozes sertanejas

> Antônio de Barros.

Sertão como linguagem

A palavra “sertão” remete também a per- cepções abstratas, muito trabalhadas por Guimarães Rosa e outros que se dedicaram ao tema.

Para saber mais sobre esse “sertão sim- bólico”, veja entrevista com historiador em CV > Sérgio da Mata.

Ouça também o professor Antônio Cândi- do em CV > O Sertão é o Mundo.

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Sertão versus cidade

“Sertão” e “cidade” são palavras que em geral designam espaços antagônicos.

Serão mesmo?

Entenda essa relação assistindo ao docu- mentário nos trechos GH > Cidade, que introduz o tema; GH > Sertão (partes 2 e 3) e GH > Rio, que abordam os efeitos perversos, em termos sociais, econômicos e ambientais, da globalização no sertão mineiro; e GH > Mar (parte 2), que aborda o impacto da cultura urbana na vida do sertanejo.

Para aprofundar a refl exão, veja CV > Sérgio da Mata, “O sertão e a cidade” e “A cidade racional e a selvagem”.

O contraponto entre sertão e cidade sur- ge em todas as entrevistas. Destacamos o tema na voz dos sertanejos em: OH >

Quatro vozes sertanejas (Carlos Rocha e Valdir Atanásio de Jesus) e GH > Mar (partes 4 e 5 – Lafaiete Gonçalves de Macedo e José Tavares Miranda).

Conheça ainda a história das cidades por onde o projeto passou navegando em Cidades.

Navegando pelo sertão

Edição de tópicos e redação

Luciana Tonelli / Ateliê Ciclope de Arte e Publicações em Meio Digital

Produção editorial Editora Peirópolis

Ilustração da capa Alexandre Fiuza

Mais informações sobre o projeto no site www.sertoes.art.br, em Fontes e Impren- sa. Para conhecer outros projetos da Ci- clope, visite: www.cidadeshistoricas.art.

br e www.ciclope.art.br

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Referências

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