RESUMO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica cujo objeto é a análise da progressividade fiscal no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O IPTU é um imposto de caráter real, mas apesar desse aspecto, após a Emenda Constitucional n.º 29, de 2000, que alterou a redação do art. 156 da Constituição Federal, passou esse imposto a ter suas alíquotas variadas de acordo com a capacidade contributiva do proprietário. Esse estudo busca discutir a aspectos que violam os princípios da isonomia e da vedação ao confisco a partir da visão do Supremo Tribunal Federal e de doutrinadores sobre o assunto.
Palavras-chave: IPTU, progressividade, Constitucionalidade.
ABSTRACT
It is a literature whose subject is the analysis of tax progressivity in Property Tax Urban Land and (property tax). The property tax is a tax of real character, but despite this aspect, after the Constitutional Amendment. # 29, 2000, which amended the wording of art. 156 of the Federal Constitution, passed this tax to have their rates varied according to the owner’s ability to pay. This study discusses the aspects that violate the principles of equality and sealing the confiscation from the vision of the Supreme Court and scholars on the subject.
Keywords: property tax, progressivity, Constitutionality.
ESPECIFICIDADES ACERCA DA PROGRESSIVIDADE NO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU)
Mayra Nassau Gonçalves
1Raíssa Ismelina Soares de Oliveira
21 INTRODUÇÃO
Ao iniciar o estudo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), é necessário analisar as especificidades do gravame. Previsto no art. 32 e seguintes do Código Tributário Nacional (CTN) e art. 156, I, da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), o IPTU é de competência dos Municípios, tanto sua instituição quanto arrecadação. O proprietário, possuidor e o titular do domínio útil são os sujeitos passivos desse imposto, que tem por fato gerador justamente o fato de os bens imóveis por natureza e por acessão física pertencerem a eles. Tem como base de cálculo o valor de venda do imóvel e incide sobre ele alíquotas majoráveis dependendo da localização do bem ou de sua utilização.
Muito se discute acerca da progressividade fiscal do IPTU. Parte da doutrina se apresenta contra a progressividade do gravame, sob o argumento de ser inconstitucional a cobrança de alíquotas variáveis a um imposto de caráter real.
Contudo, a doutrina favorável à progressividade fiscal, amparada na Emenda Constitucional (EC) n. 29, de 2000, assevera que a partir da análise do valor bem imóvel é possível aferir a capacidade contributiva do proprietário, conferindo, assim, isonomia à incidência tributária.
2 IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU)
Antes de se iniciar a análise da progressividade do IPTU, faz-se necessário fazer um breve estudo acerca desse tributo.
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Acadêmica do 9.º Período da Faculdade de Direito Santo Agostinho (FADISA).
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