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APLICABILIDADE DOS PEELINGS QUÍMICOS: REVISÃO DE LITERATURA

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APLICABILIDADE DOS PEELINGS QUÍMICOS: REVISÃO DE LITERATURA

Gheisa Carla de Oliveira1 Giorgia Gomes Pereira2 Murilo Fanchiotti Cerri3

RESUMO

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento bibliográfico a respeito da aplicabilidade dos peelings químicos na estética. Métodos: revisão bibliográfica de natureza descritiva, exploratória e explicativa. Análise teórica de artigos científicos nas bases de dados: PubMed, Science Direct, Scielo e Google Acadêmico, nos idiomas português e inglês. Desenvolvimento: Os peelings químicos constituem um grupo específico de tratamentos e os principais motivos estéticos para seu emprego são: clareamento da pele, envelhecimento por fatores extrínsecos ou intrínsecos, hiperpigmentação ou pigmentação heterogênea, acne e suas sequelas, cicatrizes, lentigos actínicos, queratoses solares, seborreia, psoríase, queratose pilar, melasmas e melanoses, estrias, clareamento de pele e outros. Conclusão: Não há dúvidas sobre seus benefícios, notadamente melhor demonstrados na experiência do que pela existência de estudos controlados.

Palavras-chave: Peeling; Peelings químicos; Fotoenvelhecimento; Ativos químicos.

INTRODUÇÃO

A pele reveste e delimita o organismo, considerada o maior órgão do corpo humano, corresponde a cerca de 15% do peso corporal e tem como principal objetivo, manter o meio interno em equilíbrio, protegendo e interagindo com o meio exterior1 e impedindo a penetração de substâncias prejudiciais ao funcionamento do organismo2. Assim como os demais órgãos, esta também sofre alterações que caracterizam o envelhecimento cutâneo1.

1 Pós-graduada em Estética com Ênfase em Prática Clínica pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM

2 Mestre em Assistência Farmacêutica pela Universidade Vila Velha e Pós-graduada em Estética com Ênfase em Prática Clínica pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM;

3 Mestre em Biotecnologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Docente do curso de pós- graduação em Estética e Cosmética da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM)

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Segundo Chavez, Dorea e Pinheiro (2018)3 a sociedade moderna, preocupa-se com a beleza e a estética, e a aparência influencia a maneira pela qual somos percebidos pelo outro, e como a pele é o órgão mais visível do corpo, alterações/disfunções na mesma podem ter impacto negativo na vida dos indivíduos, tanto na aceitação de sua própria imagem quanto em sua qualidade de vida4.

Alterações na pele são fatores que influenciam os indivíduos a buscarem tratamento estético5, assim, a procura por tais intervenções é uma crescente, que busca melhorar, preservar e restaurar a beleza e autoestima dos indivíduos promovendo melhorias físicas e mentais6.

Dentre a gama de tratamentos estéticos disponíveis, o Peeling é um dos procedimentos mais empregados na melhoraria do aspecto da pele, sendo largamente empregado pelos profissionais estetas7é considerado um procedimento simples, que não demanda instrumentos complexos, sua execução não implica ônus exagerados8é de fácil acesso e apresenta resultadosefetivos7.

Segundo Ferreira (2018)9 peelings são procedimentos que consistem na aplicação de substâncias na pele, promovendo remoção controlada de suas camadas e posterior regeneração. Seus benefícios, bem como, os riscos de efeitos colaterais, são proporcionais à profundidade atingida.

Assim, o peeling químico também chamado de resurfacing químico, quimioesfoliação ou quimiocirurgia consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos à pele, produzindo destruição controlada da epiderme, posterior reepitelização7,9 e acelerando o processo de renovação natural da mesma10.

A descamação controlada e terapêutica provocada por este procedimento é uma valiosa arma no tratamento de várias doenças e transtornos estéticos11. Suas principais indicaçõessão: rugas finas, melanoses, queratoses actínicas, melasma, hiperpigmentação pós-inflamatória, acne e suas sequelas, cicatrizes atróficas, estrias, queratose pilar, clareamento da pele5,7, fotoenvelhecimento, revitalização, plasticidade, luminosidade da pele6na face e em áreas corporais. No entanto, o peeling químico não é indicado para indivíduos que apresentam algum tipo de ferimento na pele e aqueles que estão em fase de tratamento devem usar protetor solar constantemente12.

É sabido que a beleza e a estética, estão diretamente ligadas a aceitação, satisfação pessoal, profissional e afetiva dos indivíduos o que favorece a busca constante por métodos e tratamentos estéticos, tais como os peelings químicos. É inegável a

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importância de estudos acerca dessa temática, uma vez que, trata-se de ciência atrelada a qualidade de vida e bem-estar.

Tendo em vista o avanço da ciência e a descoberta de novas tecnologias o que se questiona é, existem novas aplicabilidades para as substâncias cosméticas utilizadas como peelings químicos? Partindo dessas premissas acredita-se que não existam novas aplicabilidades para os peelings químicos reconhecidos mundialmente.

O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento bibliográfico a respeito da aplicabilidade dos peelings químicos na estética.

1 METODOLOGIA

Versa-se de uma revisão bibliográfica de natureza descritiva, exploratória e explicativa. Foi realizada uma análise teórica de artigos científicos nas bases de dados: PubMed, Science Direct, Scielo, e Google Acadêmico, nos idiomas português e inglês, utilizando os seguintes descritores: "Peeling"; "Peelings químicos";

"Alterações de pele";"Peeling em tratamentos estéticos"; "Ácido Glicólico"; Ácido Retinóico"; "Uso de ácidos na estética".

2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 PEELINS QUÍMICOS

A palavra peeling origina-se do inglês "to peel", que significa pelar, esfolar, descamar13. O uso de peelings químicos é datado de 1500 a.C., na medicina egípcia, seu emprego também foi descrito na literatura grega e romana11,14. Segundo Moraes e Brasileiro (2017)5 a sociedade contemporânea mostrou interesse por tais procedimentos em meados do século XIX. Em Viena, nos anos 1874, o dermatologista Ferdinand Von Hebra utilizou a técnica para tratar melasma, doença de Addison e efélides. Em 1882, Paul G. Unna descreveu as ações do ácido salicílico, da resorcina, do ácido tricloroacético (ATA) e do fenol sobre a pele11.

Os peelings químicos também chamados de esfoliação química15 são técnicas que utilizam agentes químicos (ácidos) para promover a destruição de toda ou uma parte da epiderme, com ou sem aprofundamento na derme4 esses procedimentos ativam o mecanismo que estimula a renovação e crescimento das células, tornando a

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aparência da pele mais saudável, graças às alterações na ”arquitetura celular”16. No entanto, os benefícios e riscos de efeitos colaterais, são proporcionais à profundidade alcançada no peeling9.

Para Fernandes e colaboradores (2018)7 a popularidade desses procedimentos, ocorre porque provocam melhora significativa na aparência da pele danificada por fatores extrínsecos, intrínsecos, bem como, por cicatrizes remanescentes. Segundo Guerra e colaboradores (2013)2 o peeling químico estimula alterações na pele através de 3 mecanismos:

1. Estimulação do crescimento epidérmico diante da remoção do estrato córneo;

2. Destruição das camadas específicas da pele lesada;

3. Indução a reação inflamatória tecidual mais profunda que a necrose produzida pelo agente esfoliante.

Ainda segundo Guerra e colaboradores (2013)2 quanto maior a concentração de um ácido e menor seu pH, mais rápida e profunda será sua permeabilidade. Desta forma, são provocadas mudanças consideráveis na arquitetura celular tais como: hiperplasia dos queratinócitos; aumento da espessura da epiderme; aumento na produção de fibras colágenas, irrigação sanguínea e compactação do estrato córneo16.

Nos tratamentos faciais, por exemplo, o ácido é uma das etapas do procedimento; tais ácidos são substâncias que possuem pH inferior ao da pele proporcionando uma esfoliação (peeling); quanto maior a concentração do ácido, mais rápida e profunda é a sua permeabilidade5.

Os peelings químicos constituem um grupo específico de tratamentos2 e os principais motivos estéticos para seu emprego são: clareamento da pele, envelhecimento por fatores extrínsecos ou intrínsecos, hiperpigmentação ou pigmentação heterogênea, acne e suas sequelas, cicatrizes, lentigos actínicos, queratoses solares, seborreicas, psoríase16, queratose pilar, melasma e melanoses, estrias, clareamento de pele e outros9. Sabendo que cada caso necessita de tratamento específico, em grau e produto, para cada indivíduo16.

É necessário que o indivíduo, durante o tratamento, faça uso de protetor solar ao menos 3 vezes o dia, independente da época/estação do ano. É recomendado ainda que, a exposição ao sol seja suspensa a fim de prevenir melasma e envelhecimento precoce da pele17.

Esses procedimentos são contraindicados para peles onde no local da aplicação existam feridas abertas, escoriações, infecções ativas, gravidez, cirurgia facial

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realizada nos últimos 6 meses, rosácea, queloide ou cicatrização anormal, desordens cutâneas ativas, dermatite de contato ou atópica e dermatite seborréica18. Muitos são os ácidos que podem ser aplicados nos procedimentos de peelings químicos, todavia, segundo Guerra e colaboradores (2013)5 os mais empregados são: glicólico, mandélico, retinóico, salicílico, ascórbico (vitamina C), lático e fenol.

2.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PEELINGS QUÍMICOS

Segundo Araújo e Brito (2017)19 os peelings são classificados em quatro grupos/níveis, de acordo com o nível de profundidade da necrose causada no tecido, sendo esses: muito superficiais, superficiais, médios e profundos (TABELA 1).

O peeling superficial tem ação na derme e promove descamação da pele e aceleração do ciclo celular. Esses, têm como substâncias ativas, preferencialmente,os alfa- hidroxiácidos (AHAs) como ácido mandélico e glicólico, os beta-hidroxiácidos como o ácido salicílico, e o ácido tricloroacético (ATA) sendo indicados no tratamento de acne, fotoenvelhecimento, rugas finas e melasma7,20.

O peeling médio tem ação na derme papilar e utiliza como substâncias ativas combinadas de ATA + solução de Jessner, ATA + ácido glicólico ou somente o ATA.

Possui a mesma indicação que o peeling superficial, além de ser indicado em lesões epidérmicas7,20.

O peeling profundo tem ação na derme reticular. São utilizados como componentes ativos o ATA 50% e o fenol entre outros. É indicado para os casos de lesões epidérmicas, manchas, queratoses, melasmas e lentigos7,20. A tabela 2, mostra os ácidos mais encontrados no mercado e suas respectivas ações terapêuticas.

2.1.2 MECANISMO DE AÇÃO

Segundo Chaves (2016)16 o peeling promove alterações na pele, através de três processos: I) remoção do estrato córneo e estímulo do crescimento epidérmico; II) destruição de camadas específicas da pele lesada, com consequente substituição tecidual, promovendo um melhor resultado estético; III) indução de reação inflamatória no tecido mais profunda que a necrose produzida pelo agente esfoliante.

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Considerando que a esfoliação remove partes da epiderme acima da camada basal, tal procedimento funcionada como uma "correção" temporária da qualidade da epiderme, não apresentando efeito algum em processos que têm origem em regiões mais profundas da pele como rugas e cicatrizes, mesmo quando usados repetidas vezes. Sendo a recuperação bastante rápida, cerca de três a seis dias após a esfoliação20.

Vários são os tipos de ácidos empregados na realização do peeling, esses podem ser utilizados de forma isolada ou associada, o objetivo é que tais substâncias sejam absorvidas pela pele e não apresentem toxicidade ao organismo e, conforme a profundidade, seja capaz de promover benefícios nos tratamentos estéticos. É importante salientar que a escolha dos ativos utilizados deve ser compatível com a alteração clínica a ser tratada bem como, com a profundidade ou grau de penetração que se deseja16.

3 PRINCIPAIS ATIVOS UTILIZADOS EM PEELING QUÍMICO 3.1 ÁCIDO GLICÓLICO

O ácido glicólico ou ácido hidroxiacético, extraído da cana de açúcar, beterraba, uva, alcachofra e/ou abacaxi, é um dos principais alfahidroxiácidos, apresenta menor cadeia carbônica e por isso, maior e mais rápido poder de penetração na pele3. Este apresenta como propriedades: baixa fotossensilização, baixo poder em promover respostas imunológicas, capacidade de penetração e indução de alterações dérmicas em concentrações que ultrapassem 50%, bem como a possibilidade de ser parcialmente neutralizado, sem perder sua efetividade21,22.

Peelings empregando esse ácido estimulam a síntese de colágeno e elastina, reduzem a camada do estrato córneo e as linhas de expressão, diminuem o aspecto de manchas hipercrômicas, melhoram a textura da pele, além de apresentarem potencial queratolítico e antioxidante23. O ácido glicólico possui pH próximo a 1, por isso, o mesmo precisa ser parcialmente neutralizado para que seja utilizado na maioria de suas indicações terapêuticas23.

Em concentrações baixas possui efeito de plasticidade e abrasão e em concentrações altas (6-20%) apresenta efeito esfoliante-descamante e em concentrações de 50-70%

é empregado como agente de dermoabrasão química superficial, causando pouco

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edema e eritema após a realização do procedimento, dependendo do tipo de pele e da espessura da camada córnea do paciente. Bastante utilizado no tratamento de hipercromias, o ácido glicólico apresenta efeito esfoliativo, reduzindo a pigmentação excessiva da área tratada, sem que afete diretamente a melanina23,22,24.

O ácido glicólico tem sido largamente empregado no tratamento de várias lesões da pele, entre elas, aquelas relacionadas a excessiva produção de corneócitos, como a ictiose, além de lesões epidermais, como queratose seborreica, acne, verrugas vulgares, rugas superficiais, médias e profundas e pele seca, manchas senis25. Segundo Cação e colaboradores (2009)23 tem sido utilizado ainda no tratamento de estrias, pois provoca efeitos tais como, o aumento da deposição de colágeno na derme. Este pode ainda ser associado ao ácido retinóico e a vitamina C, como forma de potencializar seus efeitos e diminuir possíveis reações, uma vez que se emprega quantidades menores de cada produto.

3.2 ÁCIDO SALICÍLICO

O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido2,20e suas principais fontes naturais são folhas e cascas de salgueiro, bétula e gaultéria, podendo ainda pode ser sintetizado artificialmente26.

Utilizado em concentrações não maiores do que 20%20, está entre os agentes químicos amplamente empregados em peelings superficiais devido ao seu potencial esfoliativo, queratolítico e queratoplástico2e apresenta baixa incidência de reações adversas e complicações17. Apresenta ainda ação bacteriostática e fungicida nas concentrações de 1 a 5%, sendo utilizado em inúmeras formulações e em geral associado a outros ativos17.

Utilizado essencialmente sozinho em preparações tópicas ou em soluções para peeling devido a suas propriedades queratolíticas e, por apresentar afinidade com lipídios, exerce seu efeito queratolítico dentro dos poros, sendo assim, terapia útil contra acne6. Segundo Leonardi (2008)28 o ácido salicílico melhora a aparência da pele fotoenvelhecida, é eficaz na redução de rugas finas, oleosidade da pele, além de, apresentar ação anti-inflamatória e esfoliante. A ação esfoliante deste ativo induz a esfoliação da camada córnea por dissolução das lamelas (cimento celular) e o aumento da proteólise do corneodesmossomos20. Ácido salicílico em peeling, é amplamente empregado no tratamento de queratoses actínica e seborreica, lentigos

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no dorso da mão, antebraço e face, tratamento de comedões e rugas. A descamação se inicia em torno do 4º ou 5º dia - se prolongado por cerca de 10 dias. Alguns cuidados devem ser tomados após o peeling durante as primeiras semanas, como a fotoproteção20.

No tratamento da acne ativa, o peeling de ácido salicílico é empregado devido ao seu alto efeito comedolítico e sebostático, provocando descamação da camada superior das camadas lipídicas do estrato córneo, devido a sua capacidade de dissolver o cimento intercelular. Em virtude de sua lipofilicidade, apresenta melhor penetração na unidade pilossebácea; ademais, as camadas mais externas da pele possuem grandes concentrações lipídicas permitindo que o ácido salicílico aja e promova remoção de células mortas2.

As complicações decorrentes do uso do peeling de ácido salicílico são leves e transitórias e incluem eritema, secura e sensação de queimação. O uso desse ativo não é recomendado durante a gravidez, sendo contraindicado em casos de alergia (aspirina) devido ao risco de salicilismo29 (intoxicação leve provocada pelo salicilato, geralmente consequência da administração repetida de altas doses).

3.3 ÁCIDO RETINÓICO

A vitamina A lipossolúvel é essencial para os seres humanos e só está disponível na dieta. Sua molécula é um álcool e, portanto, é chamada de "retinol", sendo absorvido pelo intestino delgado, armazenado no fígado como ésteres de retinil (palmitato e propionato de etila) ou é convertido em metabólitos ativos, como a tretinoína30.

O ácido retinóico, também conhecido como tretinoína ou vitamina A ácida é utilizado para fins estéticos, na forma de álcool (retinol), aldeído (retinol) e éster (palmitato de retila e acetato de retila)9. É indicado principalmente, nos casos de fotoenvelhecimento leve a moderado, melasma, acne, cicatrizes superficiais e hiperpigmentação pós- inflamatória. Não devendo ser recomendado a gestantes11.

Segundo Campos e colaboradores (2015)31omecanismo de ação dos retinóides não foi completamente elucidado, no entanto, sabe-se que essas substâncias apresentam efeitos profundos na modulação da proliferação, diferenciação celular e queratinização celular. Logo, possui capacidade de ativar a mitose e o metabolismo epidérmico na pele envelhecida, tornando assim, a epiderme mais espessa, e estimulando a produção de matriz extracelular pelos fibroblastos na derme. Por isso,

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é um ativo de grande auxílio na melhoria de peles envelhecidas, suavizando a aspereza da pele e rugas finas, uma vez que, provoca alterações no metabolismo cutâneo tanto da epiderme quanto da derme9. Utilizado geralmente, nas concentrações de 0,025%, 0,05% e 0,1%32 a apresentação tópica do ácido retinóico/tretinoína é a de primeira escolha no tratamento de acne e fotoenvelhecimento cutâneo. Sendo considerado ainda, um agente anti-psoriásico bastante eficaz20.

Segundo Sumita, Bagatin e Leonardi (2017)30 a tretinoína tópica aumenta a produção de colágeno do tipo I em até 80% na pele fotoenvelhecida, sendo assim, extremamente benéfica no tratamento de fotoenvelhecimento. Na terapêutica da acne, atua sobre os receptores nucleares nas células, estimulando a mitose e a renovação celular, propiciando a formação de uma camada córnea menos aderente, facilitando a eliminação de comedões existentes e dificultando sua aparição20. A ação da substância estimula ainda a produção de colágeno, que por sua vez interrompe o processo inflamatório. Os resultados aparecem por volta da quarta sessão e vale salientar que para essa finalidade, não se deve associar o ácido retinóico e peróxido de benzoila na mesma formulação, devido ao primeiro ser oxidado pelo segundo20. A melhora na suavidade da pele e/ou a remoção de rugas no tratamento tópico com ácido retinóico, resulta da hiperplasia epidérmica, compactação do estrato córneo, espessamento da camada granular e aumento da deposição de glicosaminoglicana epidérmica e dérmica. No entanto, nem todas as características clínicas do fotoenvelhecimento respondem de maneira igual ao uso do ácido, contudo a hiperpigmentação, rugosidade e rugas finas demonstram melhora significativa com a terapia30.

A terapia com ácido retinóico demonstrou ainda, melhoria no processo de cicatrização de feridas. Estudos preliminares realizados em animais demonstraram que o ácido atinge a citoqueratina16, um modulador importante do processo de cicatrização de feridas33.

3.4 ÁCIDO MANDÉLICO

O ácido mandélico é derivado da hidrólise do estrato de amêndoas amargas. É considerado um dos AHA’s de maior peso molecular (BORGES, 2010), este apresenta

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absorção lenta na pele, favorecendo um efeito uniforme, indicado principalmente a pele sensíveis34,35.

Por muitos anos o ácido mandélico foi usado na medicina como antisséptico urinário36. De acordo com Taylor (1999)34 os estudos iniciais com tal substância tinham dois objetivos principais: determinar se esse poderia produzir efeitos antienvelhecimento à pele semelhante ao produzido pelo ácido glicólico e avaliar a ação antibacteriana do ácido no tratamento da acne.

Atualmente é amplamente empregado no tratamento da hiperpigmentação, e na forma de peeling, é utilizado em cremes rejuvenescedores com combinação de vitaminas A, C e E, e ainda, no tratamento de rugas finas, linhas expressão, melhoria na textura da pele, clareamento de manchas; agindo na inibição da síntese de melanina e na melanina já depositada; o que o torna bastante vantajoso no tratamento de rejuvenescimento de peles morenas36.

Os peelings feitos à base de ácido mandélico, promovem menor descamação da pele, acelerando assim o tempo de recuperação da mesma. Este é um produto seguro para peles de todos os tipos, em especial a fototipos III e IV. Quando comparado a outros ácidos, causa menor irritação e seus resultados são muito rápidos, podendo permanecer por longos períodos18,34.

O ácido mandélico e capaz de melhorar a textura da pele porque sua molécula penetra além da camada córnea e atinge a derme, na camada mais superficial. Tal ativo atua dissolvendo o cimento intercelular, promovendo uma descamação e tornando a superfície da pele mais homogênea, proporcionando um toque suave20.

Na camada mais profunda da pele, estimula a produção de colágeno e inibe a formação de melanina, demonstrando efeito no tratamento de melasma e cloasma. O ácido mandélico também tem atividade bactericida34, tornando-o eficaz no tratamento de acne, combatendo o Propionibacterium acnes, sendo uma boa opção entre os alfa- hidroxiácidos. Podendo ser usado em formulações a 5% - para uso diário/caseiro - e 20% para peelings - em consultório/sob supervisão de um profissional20.

Na hiperpigmentação, o produto atua na inibição da síntese da melanina e na melanina já depositada na superfície da epiderme, ajudando a promover uma eficaz remoção dos pigmentos hipercrômicos17. Na concentração de 20% em pH 2 a 3, consegue-se um peeling de ação superficial a mediana, podendo ser aplicado nas peles de fototipo I a IV, com intervalos de 10 a 20 dias, com, no mínimo quatro aplicações17.

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3.5ÁCIDO TRICLOROACÉTICO

Sabe-se que peelings de média profundidade causam injúria controlada à epiderme papilar e, ocasionalmente, à camada mais profunda da derme reticular superior18e um dos ativos utilizados nesse procedimento era o ácido tricloroacétilico, na concentração de 50%, no entanto, apresentava causava problemas na pele do paciente, tais como:

aparecimento de cicatrizes e hipopigmentação cutânea18. O ácido tricloroacétilico de baixa potência (10-15%) é empregado atualmente, na melhoria de rugas finas e discromias, provocando uma aparência mais suave e saudável à pele. Vale salientar que nessa concentração o ácido não melhora rugas profundas ou cicatrizes, já o ativo na potência mais alta (35-40%) produz necrose epidérmica e dérmica sem toxicidade sistêmica severa18.

O ácido tricloroacético é um ativo que promove coagulação proteica em contato com a pele11,26 provocando necrose por coagulação11. É um peeling bastante versátil e apresenta ótima ação no rejuvenescimento, na melhora de cicatrizes, tratamento de queratoses actínicas e melasma. Não provocando toxicidade sistêmica11.

O efeito do ácido é a desnaturação proteica, clinicamente visível, pela formação do frosting (branqueamento) e pela alteração do turgor cutâneo. Esses dois elementos servem de parâmetros clínicos na avaliação da profundidade do peeling empregado.

Quanto a intensidade do frosting a classificação se dá da seguinte maneira:

1) Superficial ou epidérmico – eritema difuso com branqueamento leve;

2) Médio ou derme superficial – branqueamento moderado e uniforme;

3) Profundo – branqueamento intenso e uniforme é indicativo de penetração até a transição da derme papilar-reticular37.

Segundo Zanini (2007)37 ainda que existam novas e modernas técnicas no tratamento das afecções indicadas para o uso do ácido, a praticidade, efetividade e baixo custo, permitem afirmar que esse agente está longe do desuso médico.

3.6 ÁCIDO KÓJICO

Obtido através de um cogumelo japonês chamado Koji36, o ácido kójico é um dos despigmentantes naturais mais eficientes do mercado34. Este tem ocupado posição

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de destaque entre as principais substâncias utilizadas no clareamento de hipercromias cutâneas34,36.

O ativo por sua vez, possui ação suave sobre a pele, não provoca irritação e fotossensibilização no paciente, podendo sua utilização ser prescrita para uso durante o dia18,20,36,38. Além do efeito despigmentante, o ácido possui propriedades antissépticas, uma vez que impede a proliferação de fungos e bactérias na pele, bem como, ação anti-oxidante, ajudando na prevenção do envelhecimento cutâneo, podendo ser usado ainda associado ao ácido glicólico, vitamina C e outros20,36. A principal desvantagem no uso do produto se dá em detrimento da instabilidade de sua coloração, tornando-o gradativamente amarelado ou marrom, devido a quelação com íons metálicos ou devido a sua oxidação quando exposto a altas temperaturas24,38. O efeito despigmentante presente nas formulações contendo ácido kójico se dá devido à inibição da produção de melanina18,20,36,39. Ele inibe a ação da tirosinase, provovendo a diminuição da formação de melanina38, ou seja, converte L-tirosina em Dopaquinona, esta por sua vez precursora da síntese de melanina, impedindo dessa forma, a produção natural de melanina no organismo36,38, acabando assim com as manchas, principalmente as faciais38.

Os efeitos do ativo poderão ser observados após duas a quatro semanas de uso contínuo18,20,36,38. Pacientes com pele oleosa ou muito espessa tendem a notar os efeitos do ácido um pouco mais tarde, no entanto, esses vão melhorando a medida em que continua o tratamento36, podendo esse levar até 6 meses20,36. Tratando-se de sua utulização no tratamento de melasma deve-se levar em consideração o fototipo e tipo de pele do indivíduo, integridade da barreira epidérmica, concentração do agente e veículo38. Sua concentração habitual varia entre 1 a 3% em cremes e emulsões fluidas - não iônicas -, géis, cremes e loções aquosas18,38,40.

A duração do tratamento pode variar de indivíduo para indivíduo, sendo importante utilizar o produto por no mínimo dois meses, evitando ultrapassar dois anos. Sabe-se que resultados satisfatórios dependem da conduta do paciente, que deve seguir à risca as orientações do profissional estéta, além de evitar possíveis transtornos ocasionados por exposição solar, por isso é importante que o mesmo seja orientado ao início do tratamento sobre o uso contínuo de fotoprotetor38.

CONSIDERAÇÕES FINAS

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O peeling químico estimula a renovação celular da pele através da descamação que provoca na mesma, empregando um leque variado de ativos, com inúmeras indicações, como por exemplo: clareamento de manchas, melasmas, cicatrizes de acne, bem como, o tratamento de rugas e linhas de expressão. A ação dos ativos se faz pela destruição de parte ou de toda a epiderme, incluindo ou não a derme, promovendo esfoliação e renovação das lesões superficiais ao que se segue da regeneração da epiderme e do tecido dérmico.

O procedimento é considerado simples, não requer instrumentos complexos e arrojados e sua realização não provoca ônus exagerados ao paciente. É notório que, diante do aumento da busca pela beleza, assim como, a procura nos consultórios, a literatura acerca desse procedimento também aumentou significativamente, justificando seu uso universal e sua utilidade prática. Não há dúvidas sobre seus benefícios, notadamente melhor demonstrados pela experiência clínica do que pela existência de estudos controlados.

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(17)

APÊNDICE

TABELA 1 - Nível de profundidade dos peelings

Nível de peeling Profundidade

Nível 1

Muito superficial (esfoliação) Afina ou remove o estrato córneo e não cria lesão abaixo do extrato granuloso Nível 2

Superficial (epidérmico)

Cria necrose de parte ou de toda a epiderme, em qualquer parte do estrato granuloso até a

camada basal Nível 3

Médio (dérmico papilar) Cria necrose da epiderme e de parte ou de toda a derme reticular superior Nível 4

Profundo (dérmico reticular) Cria necrose da epiderme e da derme papilar, que se estende até a derme reticular média

Fonte: Borges (2010).

TABELA 2. Ácidos mais encontrados no mercado e ações terapêuticas.

Tipo de ácido Ação

Glicólico Despigmentante, hidratante e queratolítico

Mandélico Renovador celular

Fítico Despigmentante

Azelaico Antiacneico e despigmentante

Láctico Clareador, antifúngico e renovador celular

Málico Renovador celular

Salicílico Queratolítico, antifúngico e antinflamatório Resorcina Antioleosidade, antiacneico e renovador celular

Kójico Despigmentante e anti-irritativo

Retinóico Queratolítico e esfoliante

Glicirrízico Antinflamatório e antialérgico

Hialurônico Hidratante, regenerador e restaurador do tecido

Hidroquinona Despigmentante Tricoloacético (TCA) Cáustico e vesicante

Alfalipóico Antioxidante

Benzóico Fungistático e antisséptico

Fonte: Fernandes et al. (2018).

Referências

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