Dimensionamento de Estruturas 2021/2022 José Oliveira Pedro
TP03 1/22 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURAIS
• AÇO ESTRUTURAL
• BETÃO
• AÇO DE ARMADURAS
• AÇO DE PRÉ-ESFORÇO
• PEDRA E ALVENARIAS
• MADEIRAS
• COMPÓSITOS – GFRP, CFRP
• VIDRO
• ALUMINIO …
Dimensionamento de Estruturas 2021/2022 José Oliveira Pedro
TP03 2/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
Classe de resistência
Tensão de cedência [MPa] Tensão última [MPa]
16 16
40 40
63 63
80 80
100 100
150 3 3
100
S235 225 215 215 215 195 360 360
S275 265 255 245 235 225 430 410
S355 345 335 325 315 295 510 470
S420 400 390 370 360 340 520 520
S460 440 430 410 400 380 540 540
Nota: Valores em função da espessura (t) em [mm], conforme a NP EN 10025-2 (para as classes S235, S275 e S355) e a NP EN 10025-3 (para as classes S420 e S460).
Nota: Os perfis tubulares podem ser:
Laminados a quente – Norma NP EN 10210 Enformados a frio – Norma NP EN 10219
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Classe de resistência
Tensão de cedência [MPa] Tensão última [MPa]
16 16
40 40
63 63
80 80
100 100
150 3 3
100
S235 225 215 215 215 195 360 360
S275 265 255 245 235 225 430 410
S355 345 335 325 315 295 510 470
S420 400 390 370 360 340 520 520
S460 440 430 410 400 380 540 540
Nota: Valores em função da espessura (t) em [mm], conforme a NP EN 10025-2 (para as classes S235, S275 e S355) e a NP EN 10025-3 (para as classes S420 e S460).
Massa volúmica ρ 7700a 7850kg/m3
Módulo de elasticidade 210GPa
Coeficiente de Poisson 0,3
Módulo de distorção 81GPa
Coeficiente de dilatação térmica linear 12 ! 10"# °C"'
(
M,s= 1,00
TP03 4/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
Propriedades de perfis, chapas e tubos laminados a quente e enformados a frio –
prEN 1993-1-1:2019
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TP03 5/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
ROTURA FRÁGIL –
Os aços carbono apresentam um comportamento relativamente dúctil em ensaios de tração realizados à temperatura “normal”, registando-se também que a ductilidade é tanto maior quanto menor for a classe de resistência.No entanto, o mesmo aço pode evidenciar um comportamento frágil em condições de baixa temperatura ambiente e de maior velocidade de deformação (ex. devido a ações de impacto intensas) ou em situações com uma concentração de tensões significativa (ex. ligações soldadas, por efeito das tensões residuais instaladas após as soldaduras).
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TP03 6/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
Ensaio de impacto de Charpy Segunda a NP EN 10045-1
ROTURA FRÁGIL –
A tenacidade dum aço corresponde à sua capacidade para resistir à
propagação de fendas.
A tenacidade é em geral avaliada através do “ensaio de impacto Charpy”, no qual um provete normalizado, com um entalhe em V na secção a meio vão, é sujeito ao impacto dum martelo pendular.
Dimensionamento de Estruturas 2021/2022 José Oliveira Pedro
ROTURA FRÁGIL –
O valor registado da energia de deformação do provete, )*, a uma determinada temperatura à qual o ensaio é realizado, é tomado como medida da tenacidade do aço.Nos aços abrangidos pela NP EN 10025-2, a qualidade quanto à tenacidade é expressa pelas designações “JR”, “J0”,
“J2” e “K2”, em que as letras “J” e “K” indicam)*≥ 27 J e)*≥ 40 J, respetivamente, e “R”, “0” e “2” referenciam uma temperatura igual a +20°C (Room temperature),0°C e –20°C, respetivamente.
Exemplo: Aço “J2”, deve ter uma energia de deformação de pelo menos 27 J, num ensaio de impacto Charpy realizado à temperatura ambiente de += –20°C.
Aço “J2”
= –20°C
Osaços de grão fino(“N”, “NL”, norma NP EN 10025-3), e osaços com laminagem termomecânica(“M” e “ML”, norma NP EN 10025 4), devido sua microscopia e processo de fabrico, evidenciam maior ductilidade, tenacidade e soldabilidade.
TP03 8/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
Designação completa dos aços de construção de acordo com a norma - EN 10027-1:2005
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TP03 9/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
FADIGA– Processo de deterioração caracterizado pela formação e propagação de fendas em resultado de variações nas tensões instaladas. Na maior parte dos casos, os problemas no desempenho das estruturas de aço mais antigas são devidos a uma insuficiente resistência à fadiga, como é o caso de diversos tabuleiros de pontes. São também inúmeros os casos reportados de problemas por fadiga em gruas, cabos de suspensão de elevadores, pontes rolantes…
A ocorrência de problemas por fadiga resulta geralmente da conjugação de vários fatores, destacando-se os seguintes:
• pormenores construtivos ou ligações que promovem a concentração de tensões,
• solicitações cíclicas no tempo de que resulta um número elevado de variações da tensão instalada com amplitudes significativas, i.e. ∆,=,max–,min.
∆ ,
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TP03 10/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
“CURVAS DE FADIGA “ – O desempenho dos pormenores construtivos em termos de fadiga é normalmente
caracterizado através de curvas de resistência designadas por curvas de Wöhler (curvas S-N), as quais fornecem, para efeitos de cálculo, a máxima amplitude da variação de tensão (no caso de tensões normais, indicada por ∆,R) que pode ser aplicada, em função do número de ciclos (N), sem ocorrência de dano de fadiga num dado pormenor construtivo.
Estas curvas, representadas geralmente na forma (log ∆,R)‒(log -), resultam de ensaios de provetes em que é registado o número de ciclos até à rotura (-) para solicitações cíclicas de amplitude constante.
-Ri
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Categoria dos detalhes de fadiga e curvas de resistência à fadiga
TP03 12/22 PROPRIEDADES DO AÇO ESTRUTURAL
“CURVAS DE FADIGA “– Embora a verificação simplificada da segurança à fadiga possa ser feita assumindo solicitações cíclicas de amplitude constante. Na realidade numa estrutura os elementos de aço estarão, em geral, sujeitos a variações de tensão com amplitude variável.
Nesse caso, a verificação torna-se mais complexa, sendo necessário avaliar o número de ciclos-Eiao longo da vida útil da estrutura é que ocorre uma determinada variação de tensão∆,i , e recorrer à curva de fadiga para saber qual o número máximo de ciclos que essa variação de tensão provocaria o colapso da estrutura -Ri Utilizando a regra de Palmgren-Miner, ter-se-á um dano acumulado.dado por:
. / -
01-
213
1,0
Lei de Dano - regra de Palmgren-Miner
∆,i
- -
-Ri
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TP03 13/22 PROPRIEDADES DO BETÃO
Massa volúmica – betão normal ρ 2400kg/m3 betão simples
ρ 2500kg/m3betão armado (1 a 2% armadura) Módulo de elasticidade 4 5 variável (função da classe de resistência) Coeficiente de Poisson 0,2(betão não fendilhado) 0(betão fendilhado)
Módulo de distorção 5 variável [ = 4 /2 (1+ ) ]
Coeficiente de dilatação térmica linear 10 ! 10"# °C"'
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TP03 14/22 PROPRIEDADES DO BETÃO
Resistência à compressão
Classe de
resistência C20/25 C25/30 C30/37 C35/45 C40/50 C45/55 C50/60
=4>[MPa] 20 25 30 35 40 45 50
=4?[MPa] 28 33 38 43 48 53 58
=4@?[MPa] 2,2 2,6 2,9 3,2 3,5 3,8 4,1
4?[GPa] 30 31 33 34 35 36 37
A4'(‰) 2,0 2,1 2,2 2,25 2,3 2,4 2,45
A4B'(‰) 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5
aos 28 dias
=cd =ck
(M,c
(
M,c=1,50
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c1 cu1
fcm
0,4 fcm
Ec= tan( )
fctm
Resistência à tracção aos 28 dias
Classe de
resistência C20/25 C25/30 C30/37 C35/45 C40/50 C45/55 C50/60
=4>[MPa] 20 25 30 35 40 45 50
=4?[MPa] 28 33 38 43 48 53 58
=4@?[MPa] 2,2 2,6 2,9 3,2 3,5 3,8 4,1
4?[GPa] 30 31 33 34 35 36 37
A4'(‰) 2,0 2,1 2,2 2,25 2,3 2,4 2,45
A4B'(‰) 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5
=4@?,GHIJãL max 1,6 5 ℎ ; 1,0 · =4@?
(ℎ expresso em [m])
TP03 16/22 PROPRIEDADES DO BETÃO
A respeito dascondições de exposição às ações ambientais, aNP EN 206-1define os seguintes tipos de classes de exposição:
• X0 classe relativa à ausência de risco de corrosão ou ataque,
• XC (1 a 4) classes para o risco de corrosão induzida por carbonatação,
• XD (1 a 3) classes para o risco de corrosão induzida por cloretos não provenientes da água do mar,
• XS (1 a 3) classes para o risco de corrosão induzida por cloretos da água do mar,
• XF (1 a 4) classes relativas ao ataque pelo gelo/degelo,
• XA (1 a 3) classes relativas ao ataque químico.
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TP03 17/22 PROPRIEDADES DO BETÃO
Evolução das propriedades do betão ao longo do tempo
=4?R S T44R S · =4?
Use 28 dias =4@?R S T44R S · =4@?
se 28 dias =4@?R S T44R S W/Y· =4@?
4?R S T44R S Z,Y· 4?
Idade [dias] 3 7 14 28 365 18250
Tipo de Cimento 42,5R , 52,5R ou 52,5N 0,66 0,82 0,92 1,00 1,16 1,21
32,5R ou 42,5N 0,60 0,78 0,90 1,00 1,20 1,27
32,5N 0,46 0,68 0,85 1,00 1,32 1,44
T44R S Coeficiente de endurecimento
Retração e fluência do betão ao longo do tempo
A44R , ZS [4R , ZS ·,Z 4
\]^=. `^ =abêdefg ≫ [4R , ZS= 1.5 a 3.0 i ^djã] `^ k^ kgçã] ≫ A4mRnS= -20 a -40 x 10-5
A retração do betão corresponde à diminuição das dimensões das peças de betão, na ausência de variações de temperatura e de tensões aplicadas, em resultado essencialmente da evaporação da água de amassadura e da variação de volume da pasta de cimento por efeito da sua hidratação.
Afluênciade betão corresponde à diminuição das dimensões das peças de betão, na ausência de variações de temperatura, como resultado da aplicação de um estado de tensão de compressão constante.
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TP03 18/22 PROPRIEDADES DOS AÇOS PARA PEÇAS DE BETÃO ARMADO
Propriedades mecânicas dos aços de armaduras
aço laminado a quente
yd s
s
fyd
s Es = tan( s)
a) modelo bilinear com endurecimento
b) modelo elástico-perfeitamente plástico Es 200GPa
Es 200GPa
(
M,sc= 1,15
=
pq=
p>γ
M,scParâmetro Classe de ductilidade
=p>[MPa]
A B C
R=@/=pS> 1,05 1,08 1,15
1,35 B400 ⇒ 400 MPa
AB> R%S 2,5 5,0 7,5 B500 ⇒ 500 MPa
Tipos de
Armaduras A500 ER A400 NR
A500 NR
A400 NR SD
A500 NR SD <= Designação Portuguesa
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Propriedades mecânicas dos aços de pré-esforço
Tipo Aço =v>[MPa] =vZ,'>[MPa] =vq[MPa] v[GPa] AB>,?1w
[%]
Fios
Y1860C 1860 1600 1391
205 3,5
Y1770C 1770 1520 1322
Y1670C 1670 1440 1252
Cordões Y1860S 1860 1600 1391
195 3,5
Y1770S 1770 1520 1322
Barras Y1100H 1100 900 783
205 4,0
Y1030H 1030 830 722
Ancoragem - cabo com 12 cordões Cordão – “Strand”
composto por 7 fios
entrelaçados Bobine de cordões de pré-esforço
TP03 20/22 PROPRIEDADES DOS AÇOS DE PRÉ-ESFORÇO
Tipo Aço =v>[MPa] =vZ,'>[MPa] =vq[MPa] v[GPa] AB>,?1w
[%]
Fios
Y1860C 1860 1600 1391
205 3,5
Y1770C 1770 1520 1322
Y1670C 1670 1440 1252
Cordões Y1860S 1860 1600 1391
195 3,5
Y1770S 1770 1520 1322
Barras Y1100H 1100 900 783
205 4,0
Y1030H 1030 830 722
Ancoragem – barra de pré-esforço
Propriedades mecânicas dos aços de pré-esforço
Acoplador de barra de pré-esforço Barra de pré-esforço
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TP03 21/22 PROPRIEDADES DOS AÇOS DE PRÉ-ESFORÇO
Propriedades mecânicas dos aços de pré-esforço
Tipo x[mm] yv[mm2] Aço zv>[kN] zvZ,'>[kN]
Cordões (de 7 fios)
8,0 38
Y1860S7
70,7 60,8
12,5 93 173 149
12,9 100 186 160
15,2 139 259 223
15,7 150 279 240
15,2 139
Y1770S7 246 212
15,7 150 266 229
Barras
26,5 552
Y1230H
678 596
32,0 804 989 869
36,0 1018 1252 1099
26,5 552
Y1030H
568 461
32,0 804 828 672
36,0 1018 1048 850
40,0 1257 1294 1049
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