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Língua Portuguesa para o IBGE Agente Censitário

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Academic year: 2022

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AULA 00 (Demonstrativa)

Língua Portuguesa para o IBGE Agente Censitário

Ortografia e Acentuação Gráfica Professor Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

(2)

Prezado amigo concurseiro,

O processo seletivo para o IBGE já foi lançado. Para ajudá-lo a superar a concorrência e garantir sua vaga, a equipe do Ponto e eu preparamos este curso de teoria e exercícios de Língua Portuguesa, que está baseado no conteúdo programático do edital e traz aquilo que de mais relevante vem aparecendo nas provas elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Saiba o que iremos estudar juntos neste curso:

Aula Conteúdo

0 Apresentação. Ortografia oficial. Acentuação gráfica.

1 Classes gramaticais (ênfase nos verbos: emprego de tempos e modos, flexões).

2 Classes gramaticais (ênfase nos pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação).

3 Análise morfossintática dos termos da oração.

4 Relação de coordenação e subordinação entre orações. Emprego de conectivos.

5 Pontuação. Regência verbal e nominal. Ocorrências de crase.

6 Sintaxe de concordância (casos de flexão verbal e nominal).

7

Análise textual - noções de semântica; compreensão e interpretação (pressupostos e subentendidos); processos de coesão e coerência; paráfrase.

Agora que você já tomou conhecimento das informações preliminares sobre o que mais lhe interessa, permita-me uma breve apresentação.

Aula 00 (Demonstrativa)

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Sou o professor Albert Iglésia. Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) e especialização em Língua Portuguesa. Há dezesseis anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Hoje moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto, produção textual e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras (Cespe, FCC, Esaf, FGV, Cesgranrio e Fundação Universa, por exemplo). Já participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos nacionais e regionais (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, BNDES, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin, PC-DF, TC-DF, TJ-DFT, Detran-DF, ICMS-DF etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, sou professor do ensino médio de um colégio público federal no DF. Também já atuei como instrutor da Esaf, da Casa Civil da Presidência da República e de outras instituições voltadas para a capacitação de servidores.

Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:

albert@pontodosconcursos.com.br. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.

Para você refletir: “Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento” (Provérbios 3:13).

Agora que você já sabe com quem estudará e o que o espera pela frente, que tal falarmos um pouco mais sobre o curso que estou lhe propondo?

Ele é composto por 8 aulas (incluindo esta, que é a demonstrativa). Elas serão ministradas com base no conteúdo descrito no edital. Terão, aproximadamente, 30 exercícios comentados, todos

Apresentação do Professor

O Curso que Proponho

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extraídos de provas de concursos. Prioritariamente, trabalharei com questões da própria banca examinadora, mas poderei inserir exercícios de outras instituições para corroborar sua aprendizagem.

Ao finalizarmos este curso, teremos resolvido cerca de 240 questões. Multiplique esse número pela quantidade de alternativas e veja quantos itens teremos analisados neste curso. Tenha certeza de que faremos um trabalho focado nos aspectos mais importantes de cada assunto do programa.

Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos enunciados e das alternativas). Ocorrendo a abordagem de assuntos diversos em uma mesma questão, as alternativas serão tratadas separadamente conforme cada caso específico (poderá haver ligeiras adaptações). Assim, poderei utilizar um mesmo texto (ou fragmento dele) para apresentar as diversas assertivas. Portanto não estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático.

Outro esclarecimento que preciso fazer desde já é sobre a forma como conduziremos nossos estudos. Este não é um curso só de resolução de exercícios. Significa dizer que também nos ocuparemos com os aspectos teóricos sobre os itens do programa, sem prejuízo das resoluções das questões de provas anteriores.

Logo a seguir, falarei sobre ortografia e acentuação gráfica.

Acredito que você obterá uma noção de como as informações serão transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei em nossos próximos encontros.

Na parte final do material, os exercícios resolvidos durante a aula estão listados sem os respectivos comentários, para proporcionar a você a revisão do conteúdo estudado comigo. Na sequência, há o gabarito deles. Será assim em cada aula.

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Ortografia

No Brasil, prezado aluno, quem dita as normas para a correta escrita das palavras é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de escrever as palavras.

Convém lembrar a você que o período de transição do sistema ortográfico antigo para o atual expirou em 31 de dezembro de 2015. É isso mesmo, meu prezado aluno! Portanto eu vou ressaltar os principais casos afetados pela mudança.

Sendo assim, observaremos a extinção do trema e do acento nos hiatos EE e OO; a manutenção do acento diferencial nas formas verbais TÊM e VÊM; e os casos em que o acento nos ditongos EU, EI e OI foram preservados e extintos.

Usa-se, normalmente, a letra X:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar

2 – depois da sílaba EM enxame, enxergar

encher, encharcar, enchova, enchumaçar e derivados dessas palavras

3 – depois da sílaba ME,

quando “fechada” mexa (verbo), mexerico mecha (substantivo) = pronúncia “aberta”

1. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) O par de palavras grafadas corretamente é

a) chaminé, xícara b) chave, xipanzé c) enxente, chale

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d) enxada, xuxu e) fachina, chifre

Comentário – Confira a grafia correta das seguintes palavras: chipanzé, enchente, xale (manta, geralmente de lã ou seda, usada pelas mulheres sobre os ombros e às vezes sobre a cabeça, como adorno ou agasalho; é diferente de chalé), chuchu e faxina.

Resposta – A

Usa-se, normalmente, a letra G:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos sufixos AGEM, IGEM e UGEM

viagem (substantivo), vertigem, ferrugem

pajem, lajem,

lambujem 2 – nos sufixos AGIO,

EGIO, IGIO, OGIO e UGIO

pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio

3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem G no radical (você perceberá que esse princípio vale também para o emprego de outras letras)

margem/margear,

homenagem/homenagear

monge/monja, eu dirijo (flexão do verbo dirigir).

Imaginem se

mantivéssemos a letra

“g” nas palavras derivadas...

Usa-se, normalmente, a letra J:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras de origem indígena, africana e árabe

pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló, cafajeste, jerico, jequitibá

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2 – nas flexões dos verbos que possuem J no radical

viajar (verbo) – que eles viajem; bocejar – eu bocejei

3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem J no radical

gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado

4 – nas palavras de origem latina

jeito, hoje, majestade, injetar, objeto, ultraje

Usa-se, normalmente, a letra Ç:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras derivadas daquelas que possuem T no radical

exceto – exceção, setor – seção, cantar – canção 2 – nas palavras de

origem indígena, árabe e africana

miçanga, paçoca, muriçoca, muçulmano, açougue, açoite

3 – nos sufixos AÇU e AÇO

babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu, golaço, poetaço, atrevidaço 4 – depois de ditongo compleição, feição,

beiço

Usa-se, normalmente, a letra S:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos substantivos que designam origem, título honorífico e feminino

chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa, poetisa 2 – Nos sufixos ASE,

ESE, ISI e OSE

fase, ascese, eletrólise, apoteose

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3 – nos sufixos OSO e OSA

formoso, formosa, gostoso, gostosa

4 – nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou RG no seu radical

iludir – ilusão, defender – defesa; divertir – diversão, inverter – inversão; imergir – imersão, submergir – submersão

5 – no prefixo TRANS e nos seus derivados

transatlântico,

trasladar (ou transladar) 6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa 7 – nas formas verbais

derivadas dos verbos QUERER e PÔR

quis, quisera, pusera, compusera

2. (FGV/2014/BNB/Analista Bancário) O verbo “ressuscitar” mostra corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo abaixo que está grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é:

a) ascender;

b) adolescência;

c) fascismo;

d) indescente;

e) piscina.

Comentário – Errada está a grafia da palavra “indescente”, pois o “s” não deve ser empregado.

Resposta – D

3. (FGV/2014/Funarte/Contador) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame

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médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não existe por só estar dicionarizada uma das palavras dadas é:

a) concelho / conselho;

b) caçar / cassar;

c) paço / passo;

d) polir / pulir;

e) comprimento / cumprimento.

Comentário – A única palavra inexistente que ainda não está no dicionário é

“pulir”. Todas as outras estão registradas: concelho = circunscrição administrativa, subdivisão de distrito chefiada por um administrador; conselho

= grupo de pessoas que se reúne para debater um assunto, assembleia de ministros, opinião ou aviso que se dá a uma pessoa; caçar = perseguir animais;

cassar = revogar, anular (mandato, licença, direitos políticos etc.); paço = palácio de rei ou imperador; passo = movimento feito com os pés para andar ou para dançar; polir = lustrar para dar brilho; comprimento = extensão de algo no sentido longitudinal ou de ponta a ponta; cumprimento = ação ou resultado de cumprir, realizar algo ou atitude ou palavra de cortesia, saudação.

Resposta – D

Usa-se, normalmente, SS:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras derivadas daquelas que possuem as expressões

suceder – sucessão, regredir – regressão,

comprimir –

compressão, demitir –

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CED, GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical

demissão, intrometer – intromissão, discutir – discussão

2 – prefixo terminado em vogal + palavra começada por S

pre + sentir = pressentir (repare que o “s” foi duplicado”)

Usa-se, normalmente, a letra Z:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas terminações EZ e

EZA, formando

substantivos

abstratos derivados de adjetivos

insensato – insensatez, nu – nudez; claro – clareza, belo – beleza

2 – nas terminações IZAR, formando infinitivos verbais

sintonia – sintonizar, real – realizar, visual – visualizar

a) se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal também levará S: análise – analisar, paralisia – paralisar;

b) Hipnose – hipnotizar;

Síntese – sintetizar;

Batismo – batizar;

Catequese – catequizar;

Ênfase – enfatizar.

(Lembre-se da sigla de um famoso banco, só que com E no final:

HSBCE).

3 – como consoante de ligação

pé + udo = pezudo; guri + ada = gurizada

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Usa-se, normalmente, a letra H:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras ligadas por hífen em que o segundo elemento começa com H

anti-higiênico, pré-

histórico, super-homem desarmonia, lobisomem

2 – na palavra Bahia as palavras derivadas

não possuem H: baiano

Verbos terminados em EAR e IAR:

1 – são irregulares os verbos terminados em EAR; eles recebem a letra I nas formas rizotônicas (eu, tu, ele, eles – a sílaba tônica integra o radical)

passear: passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam

2 – são regulares os verbos terminados em IAR

premiar: premio, premias, premia, premiamos, premiais, premiam

Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar (MARIO): apesar de terminarem em IAR, são irregulares e recebem a letra E nas formas rizotônicas (eu, tu, ele, eles): odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que, certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou

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outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.

MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem, refere- se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo, contrário de bom)

ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque a banca examinadora pode sugerir o contrário. O examinador, por exemplo, pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem, destacá- los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes de responder.

Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade. Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão nos próximos exemplos.

[...]

O planejamento caiu em descrédito com a queda do

16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito

19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está. [...]

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.

Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

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4. (CESPE/ANEEL/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) O sentido da expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida.

O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem (advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo).

Resposta – Item certo.

POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (preposição + advérbio interrogativo, usado no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o

“quê” é tônico)

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

Quando colocado no final da frase ou no final de oração, antes de pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.

Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o cantor estava inquieto.

Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.

Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, indica circunstância de causa)

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b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa explicativa)

c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de determinante, é substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), use a expressão separada.

5. (FGV/CODESP/ADVOGADO/2010) O aproveitamento das oportunidades que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida profissional, é um atalho para melhora dos níveis de renda e de bem-estar de fatias cada vez maiores da população brasileira. (L.63-67)

No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê.

Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) Sem ter por quê, em se falando de habilidades, discutir mais profundamente, calamo-nos.

(B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos.

(C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não era valorizada.

(D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la?

(E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos.

Comentário – O examinador quer que apontemos o emprego incorreto.

Naturalmente ele tentou complicar um pouco as coisas para os candidatos. Fique atento!

Alternativa A: a grafia correta é “por que” (= por qual motivo).

Separada e com acento, a expressão vem em final de orações interrogativas (diretas ou indiretas).

Alternativa B: troque “por que” por pelas quais e ateste que estamos diante de preposição + pronome relativo. O emprego está correto.

Alternativa C: repare que a trecho “...por que (...) sua habilidade não era valorizada” denuncia uma pergunta indireta (as indagações

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indiretas normalmente são orações subordinadas [objetivas diretas] a outra oração principal). Emprego correto.

Alternativa D: aqui você precisa de um pouquinho mais de atençaõ, pois o examinador inverteu a ordem natural das orações. Primeiro ele escreveu a oração subordinada causal e depois a oração princial. Vamos reorganizar o quebra-cabeça: “Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada?”. Mesmo sendo uma frase interrogativa, repare que o

“porque” é uma conjunção causal, que estabelece uma relação de causa e efeito entre as oraçãoes que articula. Emprego correto.

Alternativa E: agora o “quê” (que também complementa o sentido de um verbo transitivo direto) é tônico e deve, por isso, ser acentuado.

Emprego correto.

Resposta – A

6. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas.

(L.34-35)

No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar claramente.

(B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos políticos.

(C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as alianças rapidamente se dissolvem.

(D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes.

(E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes.

Comentário – Releia a alternativa D. Agora, reescreva-a da seguinte forma: O povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes, às vezes sem

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saber por quê. Percebeu a tonicidade do quê? Vá ao quadro que apresentei acima. Confirme que o quê pode ser tônico também em final de oração, antes de uma pontuação (não necessariamente no final da frase). Este foi o exemplo que lhe dei: Sem saber por quê, o cantor estava inquieto.

Resposta – D

[...]

7. (CESPE/EBC/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2011) Na linha 26, “por que”

poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).

Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante uma prova.

Resposta – Item errado.

8. (FGV/2016/Compesa/Advogado) Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado está inadequada.

a) As autoridades dizem a toda hora que estão profundamente preocupadas com o crime organizado. Por quê? Preferem o crime esculhambado?

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b) Responda depressa: por que, na máquina escrever, o alfabeto não está em ordem alfabética?

c) Quando a mulher diz que depois do marido nunca mais vai querer saber de outro homem é porque pensa que nunca mais vai encontrar outro igual ou porque tem medo de só encontrar outros iguais?

d) Por que é que, na estrada, o molenga está sempre na nossa frente e o apressadinho vem sempre atrás?

e) Entre o porque e o por quê há mais bobagem gramatical do que sabedoria semântica.

Comentário – A forma inadequada encontra-se na última alternativa. Observe a presença do artigo “o”. Isso é um indicativo de que a forma correta é porquê (junto e com acento).

Nas alternativas A, B e D, a expressão foi empregada em uma pergunta, o que justifica a forma separada. O acento empregado na forma constante na primeira opção deve-se ao fato de o “que” encontrar-se no final da pergunta, ser tônico.

Na opção C, o “porque” sublinhado também está adequado, pois exprime a razão ou o motivo do que foi declarado anteriormente.

Resposta – E

SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica alternância de ideias que se excluem mutuamente)

b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém,) c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é substantivo)

d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.

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ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de + os –, equivale-se a sobre)

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

(refere-se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a acontecimento futuro)

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem

4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.

[...]

o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma

28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais movimentadas. [...]

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

9. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade aproximada;

a segunda equivale-se à preposição sobre.

Resposta – Item errado.

10. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29).

Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende dizer

(19)

no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do imóvel.

Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”.

Resposta – Item errado.

AFIM x A FIM DE

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, denota finalidade, objetivo, intenção)

11. (CESPE/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/2011 – adaptada) Na opção a seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos decretos que criassem os Correios Interiores.

Comentário – Repare na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade, propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de.

Resposta – Item errado.

DEMAIS x DE MAIS

a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo ou a um adjetivo, equivale-se a muito, demasiadamente, em excesso)

b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo, equivale-se a outros, vem precedido de artigo)

c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)

ONDE x DONDE x AONDE

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a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em + onde)

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + onde) c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”: “Aonde”

= a + onde)

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. [...]

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

12. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.

Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado com verbo estático (“vivem”) e pede a preposição em; na língua portuguesa não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde.

O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual.

Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o caso.

Resposta – Item certo.

HÁ x A

a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado) b) Há algum motivo para ele ter voltado da Europa? (= existir)

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b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)

13. (FGV/2016/Compesa/Assistente de TI) Assinale a opção em que a lacuna da frase deve ser corretamente preenchida com a forma há.

a) “Não há profissão mais bela do que _____ de tio da América”.

b) “Onde é necessária a astúcia não _____ lugar para a força”.

c) “O mérito tem seu pudor, como _____ castidade”.

d) “Há lugares em que emana _____ inteligência”.

e) “Não existe pecado, exceto _____ estupidez”.

Comentário – Apenas a segunda lacuna deve ser preenchida com a forma há, que tem sentido de existir. As demais lacunas devem ser preenchidas com o artigo a.

Resposta – B

DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.

(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável, concordância)

A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos importantes.

EMPREGO DO HÍFEN NA PREFIXAÇÃO

Regras Novas

Prefixos Usa hífen Não usa hífen

Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi,

Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à

a) Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável,

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mini, semi, sobre, supra, tele, ultra...

última do prefixo: auto- -hipnose, auto- -observação, anti-herói, anti-imperalista, micro- -ondas, mini-hotel

autoanálise, autocontrole,

antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma, ultrassom... (perceba que as letras R e S são duplicadas).

b) Quando se usam os prefixos des- e in-, caem o h e o hífen:

desumano, inabitável, desonra, inábil.

c) Também com os prefixos co- e re- caem o h e o hífen: coordenar, coerdeiro, coabitar, reabilitar, reeditar, reeleição.

Hiper, inter, super

Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional

Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico

Sub, sob, ob, ab

Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub- -reino, sub-humano

Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor

Admite-se ainda subumano

Vice, ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró

Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar, além- túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,

(23)

pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra

Pan, circum, mal

Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan- americano, circum- hospitalar

Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão

Quero enfatizar as seguintes mudanças:

1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.

3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começa pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

14. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) Na digitação do texto 1, duas palavras foram sublinhadas, sendo apontadas como erradas pelo corretor automático de texto: “rodoviarismo” e “interrelacionado”.

O comentário correto que justifica essas observações do corretor automático é:

(24)

a) os dois vocábulos trazem erros de ortografia;

b) os dois vocábulos são neologismos e não estão dicionarizados;

c) os dois vocábulos estão empregados fora de seu sentido habitual;

d) enquanto o primeiro vocábulo é um neologismo, o segundo traz um erro ortográfico;

e) enquanto o primeiro vocábulo é um estrangeirismo, o segundo é um neologismo.

Comentário – O primeiro vocábulo é uma criação ainda não catalogada no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). Nem nos dicionários aparece. Portanto é um neologismo. Já o segundo apresenta um erro de grafia.

Observe que a letra final do primeiro elemento é igual à letra inicial do segundo:

r. Portanto o emprego do hífen é obrigatório.

Resposta – D

4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começa por vogal.

Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.

EMPREGO DE SIGLAS

Antes de passarmos às regras de acentuação, devo comentar com você o emprego de siglas, assunto que a FGV também gosta de explorar em suas provas. Vejamos a questão abaixo.

Acentuação Gráfica

A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. Novamente, enfatizarei as regras novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possível.

Comecemos assim:

(25)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos vocábulos:

1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS  o acento é empregado naqueles terminados por A(S), E(S) ou O(S)

Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.

Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir, prosseguir.

Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os = pô-los; fez + a = fê-la.

2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última)  usa-se o acento quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:

Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão acentuados, salvo se estiverem em hiato.

Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima)  são acentuados aqueles que terminam em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO ORAL.

Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, ions, vôlei, jóquei, história, gênio.

(26)

CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou pólenes)

Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão acentuados: semi-histórico, super-homem.

15. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) A palavra que deve ser acentuada graficamente, de acordo com as regras da norma-padrão do Português, é

a) ali b) antes c) dificil d) pacto e) potente

Comentário – A única palavra que dever ser acentuada é difícil, por se tratar de uma paroxítona terminada em L, bem como as demais paroxítonas que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, OS e DITONGO ORAL.

Resposta – C

PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima)  todos são acentuados.

Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

16. (FGV/SERC-MS/Analista de TI/2006) Assinale a alternativa em que o vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais.

(A) atrás (B) lá

(C) ninguém (D) vovó (E) você

(27)

Comentário – O monossílabo tônico lá destoa dos demais vocábulos, que são oxítonos terminados em “-ás”, “-em”, “-ó” e “-ê”, respectivamente.

Resposta – B

17. (FGV/CODESP/NÍVEL SUPERIOR/2010) Assinale a palavra que tenha sido acentuada por regra DISTINTA das demais.

(A) relógio (L.47) (B) deficiências (L.23) (C) distância ( L.58) (D) nível (L.4)

(E) níveis (L.66)

Comentário – Você perceberá como esse assunto é recorrente nas provas da FGV. As questões não são difíceis, mas requerem atenção.

Se você achou que a palavra “níveis” deveria corresponder ao gabarito porque não é paroxítona terminada em ditongo crescente como

“relógio”, “deficiências” e “distância”, deve ter errado. Peço que volte à explicação sobre as regras de acentuação das paroxítonas e releia o que eu disse naquela parte da aula: DITONGO ORAL, exatamente o que a FGV entendeu (você verá na próxima questão que esse entendimento não é recente, já vem de outros anos).

A palavra “nível” é a única paroxítona cuja regra de acentuação destoa da demais.

Resposta – D

18. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) A palavra êxito (L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de proparoxítona. Assinale-a.

(A) interim.

(28)

(B) rubrica.

(C) recondito.

(D) arquetipo.

(E) lugubre.

Comentário – A banca explorou uma corriqueira confusão que muitas pessoas fazem ao pronunciar certas palavras (o significado delas aqui é o que menos importa). O conhecimento da pequena lista abaixo facilitaria a vida dos candidatos.

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas

Cateter austero ádvena

Cister avaro aeródromo

Condor aziago aerólito

Nobel gratuito aríete

Negus fortuito arquétipo

Novel ibero crisântemo

Gibraltar batavo édito (ordem judical)

Hangar ciclope elétrodo

Obus látex hieróglifo

Oximel maquinaria ímprobo

Masseter edito (lei, decreto) ínterim

Mister filantropo lêvedo

Ureter misantropo lúgubre

necromancia munícipe

rubrica notívago (ou noctívago)

nenúfar protótipo

pudico recôndito

recorde trânsfuga

vermífugo zênite Resposta – B

(29)

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças introduzidas pelas novas regras)

1 – HIATOS

a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.

Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos crer, dar, ler e ver)

b) As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica e ocuparem a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.

Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

19. (Cesgranrio/2015/Petrobras/Técnico de Administração Júnior) No trecho

“Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol-arte’ glorificado como a forma genuína de nosso suposto estilo de jogo” (l 3-5), a palavra destacada é acentuada graficamente pelo mesmo motivo pelo qual se acentua a palavra a) além

b) declínio c) ídolo d) países e) viés

Comentário – Repare que a regra em foco é a dos hiatos: ge-nu-í-no. A acentuação da palavra pa-í-ses também segue a mesma regra. As demais palavras são acentuadas com base em outras regras: oxítonas (A e E);

paroxítonas (B) e paroxítonas (C).

Resposta – D

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

(30)

CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz, ra-i-nha.

Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta). O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.

ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos e a palavra for paroxítona, não levarão acento: bai-u-ca, fei-u-ra.

Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo Piauí.

Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, ou seja, a palavra é oxítona (Pi-au-í) Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.

Comércio exterior da Baixada Santista atinge US$ 1,6 bilhão no 12 trimestre

O comércio exterior das nove cidades da Baixada Santista, a exemplo do brasileiro, deixou para trás a crise econômica que reduziu as trocas internacionais nos últimos dois anos. No primeiro

5 trimestre do ano, os negócios de importação e exportação fechados na região somaram US$ 1,668 bilhão, montante 37,76% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Na comparação com o primeiro trimestre

10 do ano passado, a variação foi melhor do que a do País (30,65%), que somou US$ 77,56 bilhões. As nove cidades da região metropolitana foram responsáveis por 2,15% dos registros de negócio para o mercado internacional.

(31)

15 Os dados da balança comercial brasileira foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Estas informações são um parâmetro para se medir a importância de cada cidade para o comércio

20 exterior brasileiro.

No caso da Baixada Santista, os números

são amplificados naturalmente devido à

proximidade com o Porto de Santos, pelo qual empresas e órgãos públicos de cada município

25 podem promover despachos e desembaraços de

mercadorias, conforme suas necessidades e

contando com maior facilidade.

(Samuel Rodrigues. A Tribuna. Santos, 16 de abril de 2010)

20. (FGV/CODESP/TÉC. EM INFORMÁTICA/2010) No texto, há casos de palavras acentuadas por regras diferentes. Nas alternativas a seguir, encontram-se exemplos das regras presentes no texto, À EXCECÃO DE UMA. Assinale-a.

(A) Panamá (B) rádio (C) parágrafo (D) saúde (E) fé

Comentário – Depois do que já vimos até aqui sobre regras de acentuação, você tem condições assinalar corretamente a resposta certa.

Alternativa A: a acentuação de Panamá enquadra-se nas regras das oxítonas. Incrivelmente, não existe no texto nenhuma palavra acentuada pela mesma regra. Esta opção, por conseguinte, é a que você deve ter marcado – eu creio. Ou vai me dizer que você pensou que “País” (l. 11) também recebe

(32)

acento pelo mesmo motivo? Se isso aconteceu, volte às regras dos hiatos, item

“b”.

Alternativa B: em rádio, o acento foi usado porque a palavra é paroxítona terminada em ditongo oral, a exemplo de “municípios”, “negócios”,

“comércio”, “responsáveis”, “ministério”, “indústria”, “importância”.

Alternativa C: parágrafo é proparoxítona, e todas devem ser acentuadas: “públicos”, “parâmetros”, “últimos”, “econômica”, “período”,

“números”.

Alternativa D: agora você pode fundamentar sua resposta na regra dos hiatos (item “b”). A exemplo de saúde (aliás, foi este o exemplo que usei na minha explicação), é acentuado o vocábulo “País”.

Alternativa E: lembre-se de que os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) ou o(s) são acentuado, como fé e “trás” (l. 3).

Resposta – A

21. (FGV/BESC/NÍVEL SUPERIOR/2004) Assinale a alternativa em que a palavra NÃO siga a mesma regra de acentuação que “óbvio” (L.19).

(A) necessário (L.8) (B) juízes (L.24) (C) início (L.46) (D) cenário (L.47) (E) monetário (L.53)

Comentário – Você já notou que o texto é dispensável, então vamos economizar tempo, papel e tinta. Sugiro que separemos as sílabas da palavra

“óbvio”, com a indicação da sílaba tônica: ób-vio. Notou que ela é paroxítona terminada em ditongo oral? Faça o mesmo com as palavras constantes em A, C, D e E para constatar que elas também se enquadram na mesma regra. Agora tomemos a palavra juízes: ju-í-zes. “Professor, ela também é paroxítona!”, alguém deve ter gritado. Mas observe atentamente que nas regras das paroxítonas não existe razão para acentuar as que terminam em “es” (esse

(33)

enquadramento é para as oxítonas). Em juízes, o acento agudo no -í- se deve à regra do hiato, item “b”.

Resposta – B

22. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2009) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais.

(A) Amazônia (B) planetária (C) resistência (D) níveis (E) países

Comentário – Achou algo parecido? Pois é, as questões se repetem mesmo, com leves mudanças. Até a palavra níveis é a mesma. Por quê? Provavelmente porque a banca sabe que muitos candidatos pensam logo no tal ditongo crescente. Mas reafirmo aqui o que disse antes: DITONGO ORAL, como em Amazônia, planetária e resistência.

A palavra países recebe acento porque a vogal -í- representa a segunda vogal do hiato, constitui a sílaba tônica da palavra e está sozinha (poderia estar acompanhada de -s, como em país.).

Resposta – E

23. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta das demais.

(A) instituídas (L.4) (B) transparência (L.14) (C) remuneratório (L.6) (D) Judiciário (L.2) (E) Ministério (L.88)

(34)

Comentário – Sem sombra de dúvidas – pois agora as palavras constantes nas opções B, C, D e E são realmente paroxítonas terminadas em ditongo crescente – você deve ter assinalado a palavra “instruídas”. Esta recai na regra descrita acima sobre hiato: ins-tru-í-das.

Nunca é demais dizer que a regra é DITONGO ORAL, independentemente de ser crescente ou decrescente.

Resposta – A

24. (FGV/POTIGÁS/CONTADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que país (L.9).

(A) Bolívia (L.9) (B) gás (L.24) (C) pivô (L.59) (D) comércio (L.72) (E) reconstruí-la (l.77)

Comentário – Já está evidente que as palavras “Bolívia” e “comércio” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. Também não é difícil perceber que “gás” é monossílaba tônica terminada em “as” e que

“pivô” enquadra-se nas regras das oxítonas terminadas em -o(s).

Restou a opção E, que trouxe a vogal -í- como a segunda do hiato existente em re-cons-tru-í-la, sendo ela mesma a sílaba tônica da palavra e estando sozinha na sílaba. É isso que também justifica a acentuação da palavra

“país” (a diferença é que aqui a vogal está acompanha da consoante –s, mas isso é possível, conforme já expliquei).

Permita-me “colocar mais lenha na fogueira”. Como você justificaria, por exemplo, os acentos nas palavras construí-la-íamos (=

construiríamos + a) e construí-la-ás (= construirás + a)? Não vai dizer que você tremeu? Mantenha a calma e analise cada elemento separadamente:

a) construí-: já está claro o motivo do acento agudo (inclusive foi objeto do exercício que motivou esta discussão);

(35)

-la-: pronome oblíquo átono não recebe acento (compare com o substantivo lá (nota musical) e o advérbio lá, ambos monossílabos tônicos;

-íamos: elemento que se encaixa nas regras das proparoxítonas: todas são acentuadas.

b) construí-: não preciso mais explicar;

-la-: também dispensa explicação;

-às: monossílabo tônico, como pá, já, vá etc.

Resposta – E

25. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais.

(A) até (L.73) (B) está (L.44) (C) País (L.35) (D) biogás (L.55) (E) contará (L.60)

Comentário – Já percebeu que o vocábulo “País” é figurinha marcada nas provas da FGV quando o assunto é acentuação? Na questão anterior, expliquei que o acento agudo fundamenta-se na regra dos hiatos, e não na regra das oxítonas, como “até”, “está”, “biogás” e “contará”. É bom ficar atento!

Resposta – C

26. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8).

(A) sócio (B) sofrê-lo (C) lúcidos (D) constituí

(36)

(E) órfãos

Comentário – O acento agudo em distribuídos fundamenta-se na regra dos hiatos: a vogal i é a segunda do hiato formado com a vogal u, constitui a sílaba tônica da palavra e está sozinha na sílaba. Semelhantemente, constituí (letra D) é acentuada pelo mesmo motivo. Cuidado para não confundir com a regra de acentuação das oxítonas. Estas são acentuadas se terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS.

Alternativa A: paroxítona terminada em ditongo.

Alternativa B: oxítona terminada em E.

Alternativa C: toda proparoxítona é acentuada.

Alternativa E: paroxítona terminada em ÃO(S).

Resposta – D

2 – DITONGOS

a) ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos, desde que não formem a sílaba tônica das paroxítonas (nova regra).

Ex.: céu, papéis herói, dói; assembleia, jiboia, heroico.

CUIDADO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a sílaba tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: ceuzinho, pasteizinhos, anzoizinhos.

27. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR/2008 – adaptada) “E no alto da torre exibo-te o varal. Onde balança ao léu minh’alma” (versos 24 e 25).

A respeito dos versos acima, julgue o item seguinte: o acento em “léu” se justifica como acento diferencial, para não se confundir com o verbo leu.

Comentário – Isso é balela. O vocábulo “léu” é ditongo tônico e aberto; a forma verbal leu também é tônica, mas a pronúncia é fechada, como os pronomes possessivos seu, meu, teu.

Resposta – Item errado.

(37)

3 – GUE, GUI e QUE, QUI

a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI não receberá mais trema quando for pronunciada fracamente (sendo, pois, semivogal).

Ex.: aguentar, pinguim, linguiça, eloquente, quinquênio.

b) A letra U não receberá mais acento agudo quando for pronunciada fortemente (sendo, pois, vogal).

Ex.: averigue, apazigue, argui, obliques.

CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada (quilo, quente, guerra, guincho), simplesmente representará dígrafo: “qu” e “gu”.

28. (FGV/SSP-RJ/PERITO/2009 – adaptada) Julgue a assertiva abaixo:

Em “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas ilegítimas.”, há uma palavra com grafia incorreta.

Comentário – Muita gente escorregou aqui, pois acharam que o vocábulo

“frequência”, sem trema, estava escrito erradamente. Contudo, os candidatos se esqueceram de que o novo Acordo Ortográfico passou a vigorar em 1º de janeiro de 2009. Como expliquei acima, o trema foi abolido por ele. Portanto o item deveria ter sido julgado incorreto.

Resposta – Item errado.

4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo)

O acento diferencial (agudo ou circunflexo) é utilizado para distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. A seguir, apresento uma pequena relação.

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

(38)

Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S) recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo, um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique atento para esse detalhe.

Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial) não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto, continue a usá-lo.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm, todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

29. (FGV/BADESC/NÍVEL MÉDIO/2010) A palavra têm, na frase “estes últimos têm consciência plena” (L.46), recebe acento gráfico porque:

(A) está no plural.

(B) termina em consoante.

(C) é monossílaba átona.

(D) começa com consoante.

(E) contém vogal aberta.

(39)

Comentário – Ficou fácil responder a esta questão, não é mesmo? O verbo ter foi conjugado na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito: “estes últimos” (= eles). Esclareço que o verbo é tônico, e não átono conforme disse o examinador na opção C.

Resposta – A

30. (Cesgranrio/2015/Banco do Brasil/Escriturário) No seguinte período, a palavra em destaque está grafada de acordo com a ortografia oficial:

a) O sindicato se preocupa com o aspécto educativo da cartilha.

b) Várias entidades mantêm convênio conosco.

c) O consumidor tem de ser consciênte de seu papel de cidadão.

d) O substântivo que traduz essa cartilha é “seriedade”.

e) No rítmo em que a sociedade caminha, em breve exerceremos plena cidadania.

Comentário – Alternativa A: errada. Não existe paroxítona terminada em “o”

que seja acentuada.

Alternativa B: certa. Trata-se de um derivado do verbo ter. Na terceira pessoa do plural, manter recebe acento circunflexo para se diferenciar da terceira pessoa do singular (mantém).

Alternativa C: errada. Não existe paroxítona acentuada que termine em “e”.

Alternativa D: errada. Todas as paroxítonas são acentuadas, mas “substantivo” é paroxítona.

Alternativa E: errada. Cuidado para não achar que “ritmo” é proparoxítona e empregar o acento. Trata-se de uma palavra paroxítona terminada em “o”. Portanto não deve ser acentuada.

Resposta – B

Côa – côas (forma do verbo COAR)

Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s))

(40)

Pára (flexão do verbo PARAR) Para (preposição)

Péla (flexão do verbo PELAR)

Pela (contração da preposição e artigo)

Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras) Péra (substantivo = pedra)

Pera (preposição arcaica)

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve usá-lo.

Póla (substantivo = pancadaria) Pôla (substantivo = broto de árvore)

Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo)

Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra) Pôlo (substantivo = filhote de gavião)

Pôr (verbo) Por (preposição)

ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. Você deve usá-lo.

Fôrma (substantivo = molde)

Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

(41)

Fique com Deus e até a próxima aula!

Albert Iglésia

(42)

Lista das Questões Comentadas

1. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) O par de palavras grafadas corretamente é

a) chaminé, xícara b) chave, xipanzé c) enxente, chale d) enxada, xuxu e) fachina, chifre

2. (FGV/2014/BNB/Analista Bancário) O verbo “ressuscitar” mostra corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo abaixo que está grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é:

a) ascender;

b) adolescência;

c) fascismo;

d) indescente;

e) piscina.

3. (FGV/2014/Funarte/Contador) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não existe por só estar dicionarizada uma das palavras dadas é:

Lista das Questões Comentadas

(43)

a) concelho / conselho;

b) caçar / cassar;

c) paço / passo;

d) polir / pulir;

e) comprimento / cumprimento.

[...]

O planejamento caiu em descrédito com a queda do

16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito

19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está. [...]

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.

Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

4. (CESPE/ANEEL/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) O sentido da expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

5. (FGV/CODESP/ADVOGADO/2010) O aproveitamento das oportunidades que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida profissional, é um atalho para melhora dos níveis de renda e de bem-estar de fatias cada vez maiores da população brasileira. (L.63-67)

No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê.

Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) Sem ter por quê, em se falando de habilidades, discutir mais profundamente, calamo-nos.

(B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos.

(C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não era valorizada.

(44)

(D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la?

(E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos.

6. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas.

(L.34-35)

No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar claramente.

(B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos políticos.

(C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as alianças rapidamente se dissolvem.

(D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes.

(E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes.

[...]

7. (CESPE/EBC/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2011) Na linha 26, “por que”

poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).

(45)

8. (FGV/2016/Compesa/Advogado) Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado está inadequada.

a) As autoridades dizem a toda hora que estão profundamente preocupadas com o crime organizado. Por quê? Preferem o crime esculhambado?

b) Responda depressa: por que, na máquina escrever, o alfabeto não está em ordem alfabética?

c) Quando a mulher diz que depois do marido nunca mais vai querer saber de outro homem é porque pensa que nunca mais vai encontrar outro igual ou porque tem medo de só encontrar outros iguais?

d) Por que é que, na estrada, o molenga está sempre na nossa frente e o apressadinho vem sempre atrás?

e) Entre o porque e o por quê há mais bobagem gramatical do que sabedoria semântica.

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem

4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.

[...]

o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma

28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais movimentadas. [...]

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

9. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.

10. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISta/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29).

(46)

11. (CESPE/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/2011 – adaptada) Na opção a seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos decretos que criassem os Correios Interiores.

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. [...]

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

12. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.

13. (FGV/2016/Compesa/Assistente de TI) Assinale a opção em que a lacuna da frase deve ser corretamente preenchida com a forma há.

a) “Não há profissão mais bela do que _____ de tio da América”.

b) “Onde é necessária a astúcia não _____ lugar para a força”.

c) “O mérito tem seu pudor, como _____ castidade”.

d) “Há lugares em que emana _____ inteligência”.

e) “Não existe pecado, exceto _____ estupidez”.

(47)

14. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) Na digitação do texto 1, duas palavras foram sublinhadas, sendo apontadas como erradas pelo corretor automático de texto: “rodoviarismo” e “interrelacionado”.

O comentário correto que justifica essas observações do corretor automático é:

a) os dois vocábulos trazem erros de ortografia;

b) os dois vocábulos são neologismos e não estão dicionarizados;

c) os dois vocábulos estão empregados fora de seu sentido habitual;

d) enquanto o primeiro vocábulo é um neologismo, o segundo traz um erro ortográfico;

e) enquanto o primeiro vocábulo é um estrangeirismo, o segundo é um neologismo.

15. (Cesgranrio/2015/Liquigás/Assistente Administrativo) A palavra que deve ser acentuada graficamente, de acordo com as regras da norma-padrão do Português, é

a) ali b) antes c) dificil d) pacto e) potente

16. (FGV/SERC-MS/Analista de TI/2006) Assinale a alternativa em que o vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais.

(A) atrás (B) lá

(C) ninguém (D) vovó (E) você

Referências

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