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COLÉGIO SÃO LUÍS ENSINO MÉDIO CURSO DE METODOLOGIA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚLIA VITAL E LETÍCIA TROFO

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COLÉGIO SÃO LUÍS ENSINO MÉDIO

CURSO DE METODOLOGIA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

JÚLIA VITAL E LETÍCIA TROFO

RELAÇÃO ENTRE O LSD E A MÚSICA NA ÉPOCA HIPPIE DOS ANOS 1960:

Surgimento e revolução que o novo alucinógeno levou à arte da época

São Paulo, SP 2020

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JÚLIA VITAL E LETÍCIA TROFO

Relação entre o LSD e a música na época hippie dos anos 1960:

Surgimento e revolução que o novo alucinógeno levou à arte da época

Artigo apresentado como requisito de aprovação em “Metodologia de Iniciação Científica”, na 2ª série do EM do Colégio São Luís

Orientador(a): Prof(a). Fernanda da Silva Franco

São Paulo, SP 2020

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RESUMO

A ascensão do movimento Hippie nos anos 60/70 veio a surgir como uma espécie de revolução sociocultural organizada pelas gerações mais jovens, compartilhando de uma série de ideais que pregava contra o armamentismo e o capitalismo que assombravam constantemente os Estados Unidos, e o mundo, durante o período da Guerra Fria. Uma vez dominando o consciente popular, hippie se tornou arte, se tornou fashion, se tornou um estilo de vida, no qual vários aspectos e conceitos perduram até hoje no nosso dia a dia.

Palavras-chave: música; drogas; hippies; rock

ABSTRACT

The appearance of the hippie movement between the 60’s and 70’s it came together a social revolution organized mostly by the young generation, knowing they were completely against the armaments and the capitalism that was haunting the US, and also the world, during the Cold War period. Once dominating the popular conscious, the hippies became art, one of the numerous types of fashion and a lifestyle, where a lot of aspects and characteristics remain still nowadays.

Keywords: music; drugs; hippies; rock

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1 INTRODUÇÃO

No século passado, o mundo vivenciou grandes transformações políticas e culturais, como guerras mundiais, ditaduras, revoluções, polarização de ideias... Entre essas mudanças, a humanidade se deparou com jovens insatisfeitos com o padrão de vida imposto por uma sociedade insensível e cruel. Eles, espontaneamente, não estavam dispostos a viver da mesma forma tradicional e conservadora da maioria das famílias da época, estes viriam a ser conhecidos como Hippies.

O movimento hippie teve origem, na cidade de São Francisco, costa oeste estado-unidense no início da década de 60 (tendo seu auge em 1966).

Uma das características que mais marcaram a trajetória dos hippies, foi a particularidade do vestuário do grupo. Ambos os sexos usavam roupas coloridas, flores nos cabelos, batas indianas, calças bocas de sino...

O grupo pregava o pacifismo, respeito à natureza, amor livre e uma vida sem luxos, rejeitando o consumismo. Utilizavam estimulantes psicodélicos (drogas alucinógenas) com o intuito de “abrir a mente” e estimular a criatividade.

Com um caráter “socialista utópico”, os hippies nunca esconderam o objetivo de atacar o sistema e se estabelecer contra o governo --- manifestaram o seu descontentamento em relação ao posicionamento dos EUA na Guerra do Vietnã, defendiam as minorias, escancaravam a hipocrisia norte-americana nas mídias...

Inspirados, muitos estudantes se tornaram militantes de esquerda ou começaram a acreditar na não-violência e na vida espiritual, em oposição ao materialismo proposto pelo capital. Muitos acabaram se juntando ao movimento.

Um momento que entrou para a história estado-unidense foi o protesto organizado pelo Movimento Hippie contra a Guerra do Vietnã que reuniu mais de 100 mil pessoas em frente ao Pentágono, em Washington, no dia 21 de outubro de 1967.

Manifestantes de todo o país marcaram presença no ato.

A filosofia hippie valorizava tudo que o mundo capitalista rejeita --- uma sociedade com menos violência, discriminação... Assim sendo, o uso de drogas se relacionava também com a ideia da busca por uma “realidade alternativa” que combinasse com a sociedade ideal, diante dessa ideologia.

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A droga que hoje conhecemos como LSD, foi muito utilizada pela comunidade hippie e artistas em geral. O alucinógeno foi criado em 1943 em laboratório --- e por engano. O químico suíço Albert Hofmann estava à procura de um estimulante da circulação sanguínea quando se deparou com o fungo (“parte” essencial da droga). A farmácia que financiou as pesquisas de Hofmann, obviamente, tentou lucrar com a descoberta um tanto incomum e a comercializou em forma de remédio para fobias e neuroses com o nome “Delysid”, porém com advertência que o medicamento trazia alucinações.

O LSD foi popularizado inicialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, depois passou a ser conhecido no resto da Europa. A propagação aconteceu por meio de pessoas, como o professor e psicólogo Timothy Leary, que encorajava os estudantes a experimentar com o discurso de que a droga era “Um caminho imperial para uma nova consciência”.

Ainda mais importante do que uma nova concepção de corpo social, o grupo também trouxe novas percepções sobre arte --- em especial, à música. Além da exposição de opiniões e pensamentos que, na maioria das vezes, criticavam o sistema, os artistas apostavam na ideia de passar a sensação da mente alterada por conta dos alucinógenos através das músicas, e assim nasceu o ‘rock psicodélico’.

Com o surgimento desse subgênero, bandas que já eram fenômenos mundiais, como The Beatles, Greateful Dead, Pink Floyd, Jefferson Airplane... começaram a abraçar as ideias do movimento hippie e adotar o estilo psicodélico em suas músicas, expandindo ainda mais esses pensamentos e ideais.

Nos arredores da cidade de Bethel, nos Estados Unidos, ocorreu um evento extremamente marcante, que reuniu música, hippies e drogas, o Festival de Woodstock. Durante os três dias de um final de semana qualquer no mês de agosto de 1969, realizou-se o que gerações futuras conheceriam como um dos maiores festivais de música já realizados no mundo. Além de contarem com um público com mais de 400 mil pessoas, apresentações de artistas como Janis Joplin, Santana, The Who, Jimi Hendrix e Joe Cocker, o uso de drogas, como a maconha, o LSD e a mescalina aconteciam naturalmente.

No ano de 1966, o mundo inteiro teme a Guerra Fria. A qualquer momento o presidente dos Estados Unidos ou o governante da URSS poderia autorizar o

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acionamento de bombas atômicas que tinham a capacidade de destruição muito maior do que a Terra poderia suportar --- colocando fim a vida humana no Planeta. Em paralelo, é o mesmo ano em que o movimento hippie ganha mais força e atinge seu pico de popularidade.

A contracultura é um movimento de questionamento e negação da cultura vigente que pretende quebrar tabus e contrariar normas e padrões culturais que dominam uma determinada sociedade. O ápice desse grupo deu-se no movimento hippie na década de 60. A Geração Beat também foi de grande influência para os hippies, no sentido de ir contra o sistema e não fazer parte de um padrão imposto pela comunidade.

Com a vontade de ser diferente, o grupo hippie acabou criando estereótipos que não vão de encontro com o habitual --- ambos os sexos usando cabelo comprido, roupas muito coloridas, flores no cabelo, calça boca de sino, blusas indianas...

Além da importância na moda, o movimento trouxe grande visibilidade para ações de grande valor como a luta contra o racismo, a favor da liberdade de afeto LGBT e dos direitos iguais entre homens e mulheres. Foi também a época da revolução sexual, quando quebrar o tabu da virgindade era visto como libertar as pessoas. A pílula anticoncepcional virou arma feminina na luta pelo prazer.

Mudando de foco, a famosa e bastante citada Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 foi um conflito entre os dois governos estabelecidos que lutavam pela unificação do país sob sua liderança. A participação americana e a motivação ideológica do conflito são consequências das tensões da bipolarização do período da Guerra Fria, no qual as ideologias do comunismo e do capitalismo disputavam a hegemonia do mundo.

O movimento Flower Power (Poder das Flores) foi um lema utilizado pelos hippies como símbolo de não-violência e repúdio à Guerra do Vietnã. O termo foi criado pelo poeta Allen Ginsberg, em 1965, e objetivava incentivar a vida em comunidade, livre das dominações capitalistas. Reivindicavam mais liberdade, igualdade de direitos, defesa dos animais e do meio ambiente, o fim da Guerra do Vietnã e a luta contra as armas. Vários artistas aderiram à causa. A cidade de São Francisco tornou-se o ponto de encontro das bandas de rock que comandaram toda a agitação cultural. O músico Scott Mackenzie, por exemplo, estourou com a canção

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“San Francisco” que dizia: “Se você estiver indo a São Francisco, não se esqueça de colocar flores em seu cabelo”.

Contextualizando a época entre os anos 60 e 70, também conhecida como era hippie, os EUA estavam em um período de medo, já que provocavam a União Soviética e vice versa com ameaça de bombas. Deixando a população com o constante medo de serem bombardeados a qualquer momento. De acordo com esse contexto e a icônica frase “Faça paz, não faça guerra”, como isso se relaciona com a forma de vida e a filosofia dos hippies?

Com influências marxistas, anti guerra e a propagação do amor, os hippies, de origem estadunidense, chegaram ao Brasil no meio da ditadura militar, trocando seu nome para tropicalistas e impondo sua rebeldia ao regime e fugindo da perseguição militar da época. Muitos cantores se levaram pela ideia de se impor contra a ditadura, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Rita Lee, etc, usando o movimento como forma de compor suas músicas e assim se expressarem. Esses artistas, como muitos outros espalhados pelo mundo, fizeram história com suas obras de sucesso se referindo à drogas --- grande exemplo, banda britânica conhecida como maior banda de rock criada até hoje, The Beatles, com o hit “Lucy in the Sky with the Diamonds” (fez referência ao LSD no título da música) e trazendo ao longo dos anos como material histórico para estudos sobre os anos referentes. Como o movimento hippie/tropicalista influencia os adolescentes atuais?

A partir disso, é possível explicar as atitudes dos hippies com a frase: “Viva como se não houvesse amanhã”, por conta do uso de alucinógenos, sem medo de expressarem suas opiniões políticas e ideológicas. Conhecidos por não ligarem pelo apego material e as tradições estado-unidenses, aceitarem qualquer forma de amor vindo de qualquer lado, não ligando pra gênero e cor de pele, espalharam a frase

“Faça amor, não faça guerra” juntamente com símbolos de amor e paz como meio de demonstrar suas ideias e estilo de vida num tempo tão conflituoso.

Até hoje a era hippie chega ser um sonho de vida para grande parte dos jovens do século XXI, já que prega uma ideia de liberdade, amor, rebeldia aos ideais tradicionais e uso de drogas de forma recreativa e não julgada. Após a década de 60 e 70, muitos artistas se inspiraram na filosofia de vida dos hippies e levaram para suas obras, carregando material histórico pros adolescentes de hoje em dia. Também

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trouxe a tendência popular do “faça você mesmo” (em inglês, “do it yourself”, sigla conhecida: DIY), onde a ideia anticapitalista da época influenciou na composição de móveis, roupas, bijuterias, etc, serem criados pela própria pessoa. Possivelmente, esses anos de rebeldia podem até ser considerados como uma utopia pros jovens atuais.

Entre a década de 50 e 60 foram introduzidos os Beatniks, uma geração com ideais liberalistas e sem regras. Com o mundo estando num conflito indireto com ameaças de bombardeados, surgiu um grupo com influências do grupo anterior porém com mais cores, ja que os Beats eram de estilo punk e não se envolviam politicamente.

Os hippies, que marcaram a década de 60 e 70, falavam sobre o amor independente de gênero e cor, não tinham apego ao valor capital e eram contra aos ideais impostos pelas gerações antepassadas tradicionais, inspirados por Marx, vivendo ao lado da natureza, sexo e drogas. Famosos no mundo da moda por terem um estilo despojado, sem ligar pro físico e utilizando ao máximo as cores nas vestimentas (ao contrário dos Beats que utilizaram da moda punk). O surgimento de alucinógenos, introduzido diretamente a estudantes da época ajudou ao introduzirem sua ideologia, já que desejavam esquecer que o mundo se encontrava um caos. O LSD, droga ilícita mais utilizada pelos hippies, foi de grande importância, já que fez vários artistas terem seu auge de criatividade e composição ao utilizá-lo. Assim, deixando um legado pela frente da influência do psicodélico tanto em obras musicais, como visuais.

Com o auge do uso de ácidos de forma recreativa, foi feito uma romantização sobre as drogas na epoca hippie, devido a filosofia de todos deveriam estar felizes o tempo todo e propagar essa felicidade. Muitos artistas da época se tomaram por conta dessas drogas, como sempre o LSD como ator principal, utilizaram dela como inspiração. A banda britânica de sucesso, The Beatles, nome dado por terem criado durante a geração Beatniks, usufruíram muito da contracultura da década de 60 e 70, assim criando uma grande base de ouvintes e seguidores ao falarem de paz, amor, sexo e drogas - ideais hippies. Também havia outros artistas da época que estavam em alta com esse objetivo de propagar o amor livre como Bob Dylan e The Rolling Stones. A música e a propagação hippie se juntou no Festival de Woodstock, conhecido por serem três dias dedicados a paz, o amor e a música. Especulado para

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receber 200.000 pessoas, acabou recebendo meio milhão de pessoas e se impondo na história como o maior festival de rock de todos os tempos.

Para melhores condições de entendimento e estruturação do estudo, utilizaremos os seguintes métodos: Interpretações de músicas de álbuns da época;

Análise dos documentários O movimento Hippies (o começo na Califórnia) do canal History; The Best Documentary To Understand The Hippies do cineasta David Hoffman; Tempos de Rebeldia – Contracultura e Psicodelia do canal Novo Cantu Notícias. Disponíveis na plataforma digital Youtube; Busca por possíveis perspectivas em estudos recentes de historiadores e jornalistas; Observação de quais períodos históricos e políticos aconteciam antes, durante e depois da época hippie (Exemplos:

Guerra Fria, Guerra do Vietnã, mandato de Lyndon B. Johnson...); Melhor entendimento sobre o funcionamento do LSD e como o corpo humano responde a ele --- efeitos, abstinência etc.

2 O MOVIMENTO HIPPIE

De grande fama nos dias de hoje, os hippies tomaram a década dos anos 60 e 70 por seus ideais, estilos de vida e cultura passando de geração em geração.

Caracterizado pelo pensamento anti-capitalista, rejeitando a violência, o preconceito e abraçando a ideia do uso de inúmeras drogas que permitissem tirá-los do constante medo – momento de Guerra contra o Vietnã. Permanecendo em êxtase com o alto uso de diferentes drogas, uma que teve grande destaque nesta época foi o LSD, que

“alterava” essa realidade de violência que o mundo se encontrava, sendo um ácido fabricado em laboratório com intuito de fazer que o usuário sinta, veja e ouça coisas que não seria capaz de sentir normalmente.

2.1 O QUE FOI O MOVIMENTO

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O objetivo era atacar o sistema. Em uma sociedade com vários problemas como fome, violência, guerras e angústias, a ideia era contestar tudo, principalmente os governos. A origem da palavra deriva do termo “hipster", usada para classificar ativistas do movimento negro.

Reprimidos, hostilizados e até certo ponto corrompidos pelo sistema, os hippies foram absorvidos e transformados em apenas um símbolo característico de uma época passada. A música contemporânea a eles, também assimilada, mudou de roupagem e permaneceu enquanto gênero, porém sob outro estilo. Assimilada pelo sistema, porquanto foi digerida pelos agentes do mercado cultural e reinterpretada pelos seus atores, a moda hippie permaneceu como uma reinvenção. A causa, o movimento, a razão de identidade para com a música nele gerada, as formas de conduta, tudo desapareceu. Mas restou a moda. O mesmo ocorreu depois, em escala menor, com o movimento punk. (CORREIA, Tupã, op. cit., p. 75)

Esse movimento teve origem nos Estados Unidos, impulsionado por artistas e músicos, se espalhando rapidamente por diversos países ao redor do mundo. Por exemplo, os Beatles surgiram nesta época e contexto e carregavam a ideia da contracultura e a difundiram por todo o globo.

Apesar das crenças populares, sobre os hippies liderarem o movimento anti- guerra, os hippies geralmente priorizavam o rompimento com a cultura dominante e o governo, ao invés do ativismo político.

Suas principais características, baseavam-se em passeatas, ovos podres em políticos reacionários, ficar pelados em frente a casas governamentais, e usar camisetas com o lema “Faça amor, não faça guerra”.

Parte dos jovens se tornaram militantes de esquerda, denunciando a existência de milhões de pessoas passando fome no país, principalmente nos EUA, que era visto como o país mais capitalista e rico do mundo, e repudiavam a banalização do dinheiro e a comercialização da vida humana. Outros, acreditavam na não violência, e na vida espiritual, em oposição ao capitalismo brutal. Muitos destes se tornariam hippies posteriormente.

Em relação ao vestuário, o movimento desde o início optou por uso de roupas coloridas, homens de barba, e cabelos compridos. “Uma moda não funcional” dizia alguns. Moças com flores no cabelo, músicas com violão e acampamentos eram comuns em formato de moradias cooperativas. Admiravam muito a cultura do Oriente,

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apreciando religiões como o Budismo, Hinduísmo, entre outras, vestiam batas indianas e apreciavam a alimentação natural.

A moda é a lógica da obsolescência planejada – não somente a necessidade da sobrevivência do mercado, mas o ciclo do próprio desejo, o processo interminável por meio do qual o corpo é decodificado e recodificado, para definir e habitar os mais novos espaços territorializados da expansão do capital. Linha de fuga num dado momento, a moda é recapturada na rede de images no momento seguinte; congelados no espelho da “mídia sagem”

(media-scape), ficamos em eterna contemplação no nosso momento suspenso de fuga. (CONNOR, Steven. Cultura Pós-moderna: introdução às teorias do contemporâneo. São Paulo: Edições Loyola, 1996.)

Tinham um ideal de socialismo utópico, e anarquia pacifista, pois repudiavam o Estado e Capital, optando sempre pela vida comunitária em vez do individualismo.

Preferiam a natureza à fumaça das cidades, o rock ao barulho das metralhadoras, o sexo à violência da política, o amor à sociedade de consumo.

Esse movimento influenciou inúmeras mudanças culturais e de comportamento na época e posteriormente. Até então, as mulheres vinham ocupando um papel de submissão ao homem e sua principal função na sociedade era cuidar dos afazeres domésticos. Neste quadro de rebeldia, proposto pelos hippies, elas começaram a queimar sutiãs em praças públicas, o que, simbolicamente, representava que as mulheres não eram um objeto sexual. Assim o movimento feminista ganhou as ruas para dizer não ao machismo.

Foi nesta época também que acontece a revolução sexual, que era representada em parte pelos cabelos masculinos grandes, e as saias femininas micros. Quebrar tabu de virgindade era visto como uma maneira de libertar as pessoas. As pílulas anticoncepcionais viraram armas femininas na luta pelo seu próprio prazer.

O feminismo faz parte daquele grupo de “novos movimentos sociais”, que emergiram durante os anos sessenta (o grande marco da modernidade tardia), juntamente com as revoltas estudantis, os movimentos juvenis contraculturais e antibelicistas, as lutas pelos direitos civis, os movimentos revolucionários do “Terceiro Mundo”, os movimentos pela paz e tudo aquilo que está associado com “1968”. (HALL, 2006, p. 52)

O movimento Flower Power (poder das flores) foi tema utilizados por eles como um símbolo da não violência e repúdio a Guerra do Vietnã. O termo criado pelo poeta

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Allen Ginsberg em 1965, tinha como objetivo incentivar a vida em comunidade, livre das dominações capitalistas. Vários artistas aderiram a causa e a cidade de São Francisco tornou-se o ponto de encontro das bandas de rock que agitavam a cultura local e do país. Esses hippies do movimento Flower Power reivindicavam mais liberdade, igualdade de direitos, defesa dos animais e do meio ambiente, o fim da Guerra e a luta contra as armas.

O movimento hippie no Brasil também acontecia com adesão principalmente dos estudantes e artistas, como no caso os tropicalistas, que buscaram usar o rock’n’roll como ferramenta, usando roupas coloridas e rompendo com o comportamento social e cultural da época. Vivendo uma Ditadura Militar, esses jovens tinham em comum, com os hippies, objetivos parecidos nas questões de igualdade de direitos, liberdade de comportamento, fim do machismo e das arbitrariedades dos governos militares.

O movimento teve como principal evento notório o Festival de Woodstock que aconteceu nas imediações da cidade de Bethel nos Estados Unidos, em agosto de 1969. Representou o auge da contracultura e do borbulhante movimento cultural do momento. Foram 3 dias de muita agitação, com uso de drogas, as principais delas maconha, mescalina e LSD.

2.2 RELAÇÃO COM LSD

Um dos pilares da contracultura se deu através do crescimento do uso das drogas psicodélicas. Muitas experiências com estes tipos de drogas se faziam presentes na literatura de autores como Willian James na primeira metade do século XX, porém só vindo a ser conhecidas popularmente através dos experimentos de Aldous Huxley, que se consagrou com a distopia de Admirável Mundo Novo.

O termo “psicodelia” se forma com a junção de duas palavras do grego antigo, psico (mente) e delos (manifestação, visão), o que já remete à ideia de efeitos que provocam visões atípicas aguçadas pela mente.

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Já em 1953 o psiquiatra Humphry Osmond apresenta a Mescalina, princípio extraído do peiote, e começar a relatar “viagens” e a escrever sob o efeito deste forte alucinógeno. Dizia que ajudava no controle social.

A expansão da consciência, um dos temas usados fortemente pelo movimento da contracultura e subcultura hippie, era fortemente ligada ao conceito de psicodelia e todo o universo que estava envolvido o LSD e outras drogas alucinógenas, como STP, ayahuasca e mescalina.

Na orla boêmia de nossa rebelada cultura jovem, todos os caminhos levam à experiência psicodélica. O fascínio pelas drogas alucinógenas aparece persistentemente como o denominador comum das muitas formas tomadas pela contracultura desde o fim da II Guerra Mundial. Corretamente compreendida (o que raramente acontece), a experiência psicodélica é um elemento importante da rejeição radical da sociedade adulta por parte dos jovens. (ROSZAK, 1972, p. 161)

No livro de ensaios publicado em 1954, “As portas da percepção”, Huxley explica sobre suas experiências sob o efeito da mescalina, onde sua mente transita entre demonstrações alegóricas das cores, sons, e realidade distorcida sob o efeito da droga. “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito”, citação do poema de Willian Blake que dá origem ao título do livro.

Ele tenta provar no livro como a mescalina forma uma percepção diferenciada ao ficar sob efeito do alucinógeno. A teoria do autor é que em condições normais o cérebro humano filtra o que é transmitido a ele, processando menos sons, ideias, cheiros e impressões do que ele seria capaz de assimilar, preservando assim uma economia para não ser sobrecarregado. (HUXLEY, 2002). Esse tipo de droga, faria o papel de “abrir” o cérebro, e fazer com que ele filtrasse praticamente nada. O livro foi um sucesso, inspirando vários artistas, músicos, escritores em suas visões e experiências artísticas.

Uma das bandas musicais mais famosas da época, o The Doors, tinha um vocalista chamado Jim Morrison, - nascido na Flórida, morador de Venice Beach, que era um poeta e fã dos beats e de Huxley – que tomava LSD frequentemente, lia e escrevia suas obras sob efeito da droga. O The Doors se tornou uma referência da contracultura por conta das letras experimentais do autor, que remetiam a poemas de

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Gisnberg, e livros de Rimbaud e Nietzsche, com aproximações com o psicodélico, fundindo vários estilos musicais, e longos improvisos ao vivo. Com apresentações bastante sexualizadas e imprevisíveis, Morrison era o retrato de pessoas sob o efeito do LSD.

A atriz Carrie Fisher, famosa pelo seu papel como a Princesa Leia da saga Guerra nas Estrelas, alega no documentário Have a good trip, adventures in psychedelics, que usou muito ácido na sua vida, tendo até sido diagnosticada uma parte da sua vida como bipolar, já que se sentia “livre” da fama quando estava sobre o efeito da droga.

A banda Beatles nunca escondeu que tomaram LSD por diversas vezes neste período, e sendo muito influente em suas composições.

A dietilamida do ácido lisérgico é provavelmente a substância alucinógena com maior potência conhecida. Até hoje não se sabe de nenhuma outra droga que promova alucinações tão fortes quanto o LSD, que precisa de doses inferiores a 500 microgramas (0,005g) para provocar efeitos que duram horas. É ao menos cinco mil vezes mais potente que a mescalina, quando comparados no mesmo volume. Tomado normalmente por via oral (raramente intravenosa), é, como outras drogas alucinógenas, considerado livre de compostos que promovam dependência química, apesar da afirmação ser contestável.

Sob o efeito do LSD, o usuário passa por mudanças na percepção auditiva e visual, principalmente. São relatadas distorções e fusões nos sentidos, sensação de estar muito acordado, com sentimentos mais vívidos e uma tendência à visualização dos fatos sob uma esfera metafísica. São incontáveis os relatos que associam as visões vividas nas viagens a Deus, espíritos e encontros com pessoas já falecidas.

Seria a chamada “expansão da consciência”, pela qual o indivíduo se “iluminaria”. Este período alucinatório é tido como o ápice da experiência, que no início causa leve taquicardia, salivação e dilatação das pupilas. O LSD tem ainda uma capacidade de desenvolver no usuário uma espécie de tolerância a dor e é efetivo no combate à dependência do álcool, como foi estudado por especialistas tanto americanos quanto britânicos. Até a proibição, em 1966, pesquisas com o “ácido” vinham se proliferando (CASHMAN, 1980). Já os efeitos psicológicos a longo prazo são imprevisíveis, podendo desencadear patologias escondidas. Pesquisas conduzidas durante anos

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mostram que pessoas que possuem questões psiquiátricas potencialmente sérias, mesmo que latentes, podem apresentar comportamentos atípicos.

Há também o risco das bad trips, consideradas “roletas russas” pelo perigo das crises que se caracterizam, sejam por overdose ou razões psicológicas, por momentos em que o usuário da droga psicodélica experimenta ansiedade, pânico, sensação de perseguição, estranheza diante das alterações “normais” provocadas pelo efeito e algumas manifestações fisiológicas, como suor, palpitações e sensação de variação de temperatura. Há casos extremos que podem levar o indivíduo a tentar o suicídio.

2.3 MOVIMENTO HIPPIE E MÚSICA

O movimento hippie nasceu no coração da arte estado-unidense: na Califórnia.

Hip significa zombar e melancolia. Pacifista, pregava a filosofia do amor (filósofo significa amigo do saber). Jovens estudantes reuniram-se para expor ao ridículo a guerra do Vietnã – foi um ato de zombaria que revelou o desencantamento de uma juventude sem ideal.

As bandas que surgiram no início da década de 1960 traziam novas estéticas, junto à ideia de “faça você mesmo” quanto às composições musicais: assim aparecem os Beatles, os Beach Boys, os Rolling Stones, The Who, Janis Joplin, The Doors, Jimi Hendrix Experience, entre outros. Da segunda metade da década em diante ganha espaço a estética psicodélica, com formas soltas, cores chocantes, liberdade em forma e conteúdo motivada pela ideia de expansão sensorial, de que se abrissem as

“portas da percepção” (The doors of perception, livro publicado em 1954, em que Aldous Huxley narra sobre a experiência com mescalina e que inspirou o nome da banda The Doors), uma via possibilitada pelo LSD, cujo uso era largamente defendido pelo neurocientista Timothy Leary. Entre os variados símbolos desse movimento de contracultura, ou seja, chocar através do comportamento, contestando valores e buscando novas formas de expressão, estão o livro de Jack Kerouac, On the Road (1957), considerado o precursor da corrente beatnik; a repercussão do existencialismo

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dos filósofos Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir e os protestos de 1968 feito por jovens de Paris, Praga e na Cidade do México. No mesmo ano, no Brasil ocorre a Passeata dos Cem Mil, contra a ditadura militar no poder desde 1964, e em dezembro de 1968 é baixado o AI-5, legitimando juridicamente a repressão sangrenta feita pelo regime. Nos EUA, Kennedy era assassinado em 1963, Martin Luther King em 1968.

Em 1969 acontecia o Festival de Woodstock, consagrando o mote “Paz e Amor” e a contracultura, comprometida nos protestos contra a Guerra do Vietnã.

Na música os anos 60 viveram o que se chamou de segunda dentição do rock. Nascido nos anos 50, revolucionou o mundo por meio dos fulgurantes cometas de Bill Haley, da guitarra dançante de Chuck Berry, do eletrizante piano de Jerry Lee Lewis, da sensualidade rebolante de Elvis e dos gritos de Little Richard.

Não foi um retorno homogêneo. Alguns artistas defendiam um resgate da música country como raiz da identidade nacional – até mesmo a chamada música psicodélica evoca essa identidade.

Bob Dylan lançou seu álbum de estreia em 62, pouco antes da explosão do movimento hippie. Surgiu num momento em que interessava aos jovens recuperar as raízes da cultura popular norte-americana, marcada pela tradição de crítica política, tão frequente na música country daquele país. O gênero caipira ganhou uma nova roupagem, que contava com a presença de elementos do rock. Nascia o folk, e Dylan, ao lado de Joan Baez, passavam a ser os porta-vozes da geração de jovens politizados da nova esquerda com a música de protesto americana.

2.3.1 Lucy in the Sky with Diamonds – The Beatles

Terceira faixa do lendário álbum dos Beatles "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", álbum que foi criado por Paul tendo em mente um show de uma banda de metais, transportada para a era psicodélica. Os Beatles finalmente puderam se dedicar exclusivamente a um disco, já que estavam livres de compromissos e shows.

Ele foi lançado em junho de 1967, durante o conhecido "Verão do Amor". O contemplado Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band foi um dos primeiros álbuns

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duplos da história e o primeiro que incluiu encarte com as letras das músicas, embalagem interna decorada e uma capa feita por um artista conceituado.

Tudo começa em uma tarde, no início de 1967 quando Julian Lennon, filho de John Lennon e Cynthia Powell, volta da escola trazendo um desenho que havia feito de sua colega de classe, Lucy O'Donnell, que, na época, tinha quatro anos. Julian o explicou ao pai dizendo que era Lucy "no céu com diamantes". John ficou impressionado com a frase e começou a fazer associações que o levaram a compor Lucy in the Sky with Diamonds.

A letra de Lucy, com sua maior parte criada por Paul McCartney, que fala sobre flores de celofane amarelas e verdes crescendo pela cabeça, ou táxis feitos de jornais aparecendo na costa; e pessoas perto da fonte em cavalos de pau, comendo tortas de marshmallow, e todos sorrindo enquanto você passa boiando pelas flores, que crescem inacreditavelmente altas, é inspirada pelo lirismo surrealista de Alice através do espelho – e o que ela encontrou por lá, livro de Lewis Carroll de 1871, particularmente o capítulo Lã e água, no qual a Rainha conduz Alice por um rio em um barco que vira um carneiro, em dado momento. Mas como diria o próprio John Lennon em outra de suas músicas, God: o sonho acabou. O fim da década de 1960 assinalava o fim do sonho, das esperanças em seguir transformando o mundo, a realidade?

Logo após o lançamento da canção, surgiu a especulação de que a junção da primeira letra de cada um dos substantivos do título formava, intencionalmente, "LSD", parecia surgir a comprovação: a música era a descrição de uma viagem provocada por ácido lisérgico. Tal teoria foi negada por Lennon, tanto em público quanto em particular. Ele insistia que o título fora baseado na interpretação de Julian sobre sua pintura. Apesar de Lennon negar isso veementemente, a BBC proibiu a canção.

Quando criança, Lennon tinha dois livros favoritos: Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho. Certa vez ele declarou que, em parte, foi graças à leitura que ele percebeu que as imagens em sua cabeça não eram indícios de insanidade.

"Surrealismo para mim é realidade", ele afirmou. "A visão psicodélica é realidade para mim e sempre foi".

O beatle adorava o programa de rádio britânico The Goon Show, com Spike Milligan, Harry Secombe e Peter Sellers, que era transmitido pela BBC entre meados

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de 1952 e o início de 1960. Os roteiros eram basicamente escritos por Milligan e satirizavam figuras do establishment, atacavam o conservadorismo do pós-guerra e popularizavam um humor nonsense. John disse a Spike que Lucy In the sky with Diamond, assim como outras canções, foi inspirada em diálogos do The Goon Show.

Lucy in the sky with Diamonds ganhou várias versões cover famosas, como a versão feita pela Miley Cyrus, pelo Dan Torres que foi tema de abertura da novela Império da rede Globo e a mais famosa delas, cantada pelo cantor britânico Elton John em 1974, que foi lançada como single. A gravação aconteceu em Caribou Ranch e contou com a presença de ninguém menos que John Lennon, ou Dr. Winston O'Boogie (pseudônimo), deixando sua marca registrada nos backing vocals e na guitarra. A versão chegou ao número 1 da Billboard e foi o único cover de uma canção dos Beatles que conseguiu alcançar esse título.

2.3.2 Blowin’ in the wind – Bob Dylan

Canção escrita por Bob Dylan em 1962 e lançada em seu segundo álbum de estúdio The Freewheelin' Bob Dylan, em 1963. Embora tenha sido descrita como uma canção de protesto, ele coloca uma série de perguntas retóricas sobre a paz, a guerra e a liberdade. O refrão "The answer, my friend, is blowin' in the wind" (literalmente "a resposta, meu amigo, está soprando no vento") tem sido descrita como

"impenetravelmente ambígua: ou a resposta é tão óbvia que está direta em seu rosto, ou é tão intangível quanto o vento". Foi composta em inacreditáveis 10 minutos --- São apenas três acordes, nove versos e muitas indagações.

Mais do que dar respostas fáceis, o cantor queria propor discussões incômodas. “Alguns dos maiores criminosos são aqueles que viram as costas quando veem algo errado”, sentenciou Dylan no encarte do álbum The Freewhelin’ Bob Dylan.

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A inspiração para compor “Blowin’ in the Wind” surgiu após uma discussão sobre política. Dylan dizia que testemunhar uma injustiça e não fazer nada para impedi-la é a mesma coisa que cometê-la. “A ideia veio a mim de que você é traído por seu silêncio, de que todos nós nos EUA, que não nos manifestávamos, estávamos sendo traídos por ele”, afirmou mais tarde, segundo Nigel Williamson, autor de O Guia do Bob Dylan.

Não por acaso, “Blowin’ in the Wind” ganhou status de hino do movimento dos direitos civis nos EUA e tornou-se a canção mais gravada do vasto repertório do cantor. Até o senador Eduardo Suplicy já se arriscou a entoá-la em uma das sessões do Congresso Nacional, em Brasília.

Bob Dylan gosta de cantar “Blowin’ in the Wind” em eventos importantes. Como a Marcha de Washington, organizada por Martin Luther King no dia 28 de agosto de 1963. A canção foi ouvida também no Concerto para Bangladesh, promovido pelo ex- beatle George Harrison, no dia 1º de agosto de 1971, e no Live Aid, organizado por Bob Geldof, em 13 de julho de 1985.

Em 1994, a canção foi introduzida no Grammy Hall of Fame. Em 2004, ficou em 14º lugar na lista da revista Rolling Stone das "500 Maiores Músicas de Todos os Tempos". Também em 1994 a canção é cantada ligeiramente no filme "Forrest Gump", pela atriz Robin Wright Penn (Jeny Curran).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os hippies avassalaram a década dos anos 60 e 70 por seus princípios, estilos de vida e costumes atravessando de geração em geração. Representado pelo ideal anti-capitalista, repulsando a violência, o preconceito e apoiar a ideia do uso de muitas drogas que permitissem tirá-los do constante medo – momento de Guerra contra o Vietnã.

Esse movimento teve origem nos Estados Unidos, impulsionado por artistas e músicos, se espalhando rapidamente por diversos países ao redor do mundo. Por

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exemplo, os Beatles surgiram nesta época e contexto e carregavam a ideia da contracultura e a difundiram por todo o globo.

As bandas que surgiram no início da década de 1960 traziam novas estéticas, junto à ideia de “faça você mesmo” quanto às composições musicais: assim aparecem os Beatles, os Beach Boys, os Rolling Stones, The Who, Janis Joplin, The Doors, Jimi Hendrix Experience, entre outros.

O movimento teve como principal evento notório o Festival de Woodstock que aconteceu nas imediações da cidade de Bethel nos Estados Unidos, em agosto de 1969. Representou o auge da contracultura e do borbulhante movimento cultural do momento. Foram 3 dias de muita agitação, com uso de drogas, as principais delas maconha, mescalina e LSD.

Permanecendo em êxtase com o alto uso de diferentes drogas, uma que teve grande destaque nesta época foi o LSD, que “alterava” essa realidade de violência que o mundo se encontrava, sendo um ácido fabricado em laboratório com intuito de fazer que o usuário sinta, veja e ouça coisas que não seria capaz de sentir normalmente.

A expansão da consciência, um dos temas usados fortemente pelo movimento da contracultura e subcultura hippie, era fortemente ligada ao conceito de psicodelia e todo o universo que estava envolvido o LSD e outras drogas alucinógenas.

BIBLIOGRAFIA

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GARCIA, Sueli. A contracultura e a vestimenta hippie – EUA e Inglaterra. São Paulo, 2017

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PONTES, Cleber da S. Contestação Social: História e Análise de um Movimento. Rio de Janeiro; Achiamé, 1984

ROSZAK, Theodore. A contracultura: reflexões para a sociedade tecnocrática e a oposição juvenil. Trad. Donaldson M. Garchagem. Rio de Janeiro; Vozes, 1972

TAVARES, Carlos A.P. O que são comunidades alternativas. São Paulo; Brasiliense, 1985

VIEIRA, Maria M. Subculturas Juvenis nas Sociedades Modernas: Os Hippies e os Yuppies. Lisboa, 1992

Referências

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