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Apesar de ser professor, e viver do Direito, viver de dar aulas, cobrando justamente para compartilhar o conhecimento, eu não quis receber nem um centavo por este conteúdo porque eu percebi que, assim, eu poderia levar estas aulas para mais pessoas e, sobretudo, para quem não tem condições de pagar por um curso como este.
Decidi fazer isso, sobretudo, pensando no S. que me escreveu dizendo que havia perdido o emprego na pandemia e que por isso precisaria trancar a faculdade. Mas eu quero dizer que este curso, feito da maneira como eu gostaria de ter sido apresentado ao Direito Tributário, é para muitas pessoas.
É para o aluno que faltou naquele dia na Faculdade e quer repor a aula. É para quem não entendeu um ponto que o professor explicou e quer ver de novo a explicação do tema. É para quem estava na aula, pensando na namorada ou no namorado. É para quem entendeu tudo, mas tem vontade de conhecer outro ponto de vista. É para o aluno estudioso que quer aprofundar a matéria. É para o aluno exibido que quer adiantar o tema da aula para responder todas as perguntas assim que perguntado. É para rever acelerando o vídeo 2x antes do dia da prova. É para revisar a matéria antes de um concurso público. É para um jovem professor de direito tributário que vai dar aula pela primeira vez e que está morrendo de medo da sala, de descobrirem que ele não sabe algum artigo do código tributário, e quer ver como se monta uma aula. É para o jovem advogado que quer fazer de novo um curso de tributário nas horas que pode porque não teve um bom curso na faculdade. É para o excelente tributarista que não lembra mais dos conceitos fundamentais, da diferença entre taxa de serviço e de poder de polícia. É para o estagiário que quer fazer a diferença na entrevista de emprego. É para os meus professores, para que tenham orgulho ao verem que o aluno deles hoje dá aula para fazer dos jovens de agora os professores de direito tributário das salas de aula de amanhã.
Esse curso é dedicado para você.
Eu resolvi disponibilizar integralmente um semestre inteiro de curso porque achei errado manter em meu computador aulas que poderiam, por meio da Internet, chegar a mais pessoas e ajudar a divulgação científica do Direito Tributário no Brasil.
MENSAGEM DO PROF. LEONARDO BRANCO SOBRE ESTE CURSO
1. INTRODUÇÃO
Ideia de sistema: classificações que demandam um critério de pertinência Compatibilidade de elementos que formam a classe: (i) qual o critério; e (ii)
identificação das espécies (E = G + De)
Espécie é gênero + diferencial específico Classificação dogmática (direito posto)
Classificar como distribuir em classes Procedência + Compatibilidade
Somente um fundamentum divisionis por operação
1.1.
Pré-1988 Achille Gianninni
Critério é o fato jurídico que dá ensejo ao vínculo obrigacional Alfredo Becker: critério é a base de cálculo (há impostos e taxas)
Geraldo Ataliba: vinculados e não vinculados a uma ação estatalálise é do aspecto material da HI (ser ou não vinculado a uma atividade estatal)
PBC: segue Ataliba (décadas de 1960 e 1970)
1.2. Pós-1988
TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Surgimento de dois grupos: (i) aqueles que persistem na classificação conforme CR/67 + EC 1/69 (Ataliba, PBC e Carrazza); e (ii) aqueles que demandam por uma
nova classificação (Ives Gandra, Luciano Amaro, Hugo de Brito)
CR/88 introduz os elementos da destinação do produto da arrecadação e da restituição do tributo pago
Luciano Amaro: são dados juridicizados ao lado da vinculação.
Mas como conjugar os novos critérios?
1.2. Pós-1988
Art. 4º do CTN (1966) afirma a irrelevância da destinação, mas ela passa a ser a base de quase todas as divisões
Tributo se volta a (a) contraprestacionar utilidade divisível do Estado, ou (b) financiar atuação geral do Estado
Aires Barreto: destinação e restituibilidade como subcritérios:
NV: (i) destinados (empréstimos compulsórios) ou (ii) não destinados (impostos) VINC: (i) com destinação e restituibilidade (empréstimos compulsórios); (ii) com
destinação (contribuições); (iii) sem destinação (CIDES e taxas)
1.2. Pós-1988
CR/88: impostos não podem ter destinação vinculada a órgão fundo ou despesa Não há uniformidade nas classificações e depende do critério: FG, lançamento etc.
Classificações: (i) dicotômica (impostos e taxas), e (ii) tricotômica (impostos, taxas e contribuições)
Contribuições: espécie vinculada a uma aaçãoção estatal, mas voltada diretamente ao contribuinte
Ramón Valdés: correte tricotômica prevalece na América Latina CTN prevê 3 espécies em 1966
Sacha Calmon: para a ciência, 2 espécies, para o direito, 3
1.2. Pós-1988
Schoueri: classificações voltadas para a HI
não dão conta dos tratamentos diferenciados da CR/88 Art. 145: impostos, taxas e contribuições de melhoria
Mas no mesmo capítulo (Sistema Tributário Nacional) fala de empréstimos compulsórios e contribuições sociais e especiais
As 3 espécies do art. 145 são aquelas que podem ser instituídas pelas três unidades federativas e DF
José Arthur Lima Gonçalves e Eurico de Santi assentem com esta ideia
1.2. Pós-1988 Paulo Ayres Barreto
Se destinação e restituibilidade aparecem como subclasses sucessivas de VINC e NV, e se somente os antigos critérios não dão conta de explicar as variáveis do
sistema positivo, então há necessidade de cotejar HI com BC. Proposta:
VINC DEST REST Empréstimos compulsórios
NÃO REST Taxas, contribuições de melhoria
NÃO DEST REST --
NÃO REST --
NÃO VINC DEST REST Empréstimos compulsórios
NÃO REST Contribuições
NÃO DEST REST --
NÃO REST Impostos
1.3. Art. 4º CTN
Natureza jurídica do tributo determinada pelo FG da OT, sendo irrelevantes a denominação e a destinação. Logo, bastaria a HI para o CTN (FG).
Schoueri: irrepreensível quanto à “denominação”: CR rígida na divisão de competências (eg. Finsocial, imposto).
Década de 60: FG no centro da teoria do tributo (Dino Jarach).
Empréstimos compulsórios e contribuições não seriam espécies do ponto de vista do FG e daí o desprezo à destinação.
1.3. Art. 4º CTN
Por isso o art. 217 CTN prevê a validade de contribuições que não se enquadravam ao conceito.
CR/88 arrola mais espécies que o CTN e torna a destinação relevante para a determinação do regime jurídico (eg. caso do IRPJ e da CSLL)
Conseqüências são relevantes
(eg. desnecessidade da anterioridade geral às contribuições, exigindo-se apenas a nonagesimal)
1.4. Classificações atuais: a doutrina dos critérios extrínsecos, a jurisprudência e a ideia de causa ou justificação
Doutrina dos critérios extrínsecos
Eurico de Santi: classificação é válida/inválida no contexto prescritivo (direito positivo) e verdadeira/falsa no contexto descritivo (ciência do direito).
Classificação intrínseca do CTN não é único modo de classificar, sendo possível se buscar o critério externo à coisa (classificação relacional ou extrínseca) em
concessão à pragmática (relação com o meio no qual a norma se insere), do que decorre a classificação pelos critérios: (a) intrínseco (FG/HI); e (b) extrínseco
(destinação legal e restitutibilidade).
1.4. Classificações atuais: a doutrina dos critérios extrínsecos, a jurisprudência e a ideia de causa ou justificação
Causa e justificação
Ezio Vanoni: idéia de causa como a função/justificação da lei (assim, a causa de uma OT não pode estar na lei).
Schoueri: tributos da mesma espécie encontram a mesma justificação (critério relevante ao lado da HI e da destinação).
Supremo Tribunal Federal 5 grandes espécies
1.4. Classificações atuais: a doutrina dos critérios extrínsecos, a jurisprudência e a ideia de causa ou justificação
Causa e justificação
Ezio Vanoni: idéia de causa como a função/justificação da lei (assim, a causa de uma OT não pode estar na lei).
Schoueri: tributos da mesma espécie encontram a mesma justificação (critério relevante ao lado da HI e da destinação).
Supremo Tribunal Federal 5 grandes espécies
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