• Nenhum resultado encontrado

Cuidados Básicos na Criação de Caprinos e Ovinos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Cuidados Básicos na Criação de Caprinos e Ovinos"

Copied!
46
0
0

Texto

(1)

CUIDADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

CAPRINOS

E OVINOS

CA

PRI

NOS

E

OVI

NOS

(2)

Carina M. Cezimbra

CAPRINOS

E OVINOS

Eng.a Agrônoma, MSc,

(3)

Rui Costa

SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO RURAL

Josias Gomes

DIRETOR-PRESIDENTE DA COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO E AÇÃO REGIONAL (CAR)

Wilson Dias

DIRETOR-GERAL DA COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO E AÇÃO REGIONAL (CAR)

José Adroaldo de Almeida

EQUIPE DO PROJETO BAHIA PRODUTIVA COORDENADOR GERAL

Fernando Cezar Cabral

COORDENADOR DE ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO

Gilberto Andrade

COORDENADORA DE APOIO AOS ESCRITÓRIOS TERRITORIAIS

Dora Helena Passos

COORDENADORA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Egla Ray Costa

COORDENADORA DE CAPACITAÇÃO

Elira de Andrade

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO

Silvia Costa

COORDENADOR DE INTELIGÊNCIA E MERCADO

Guilherme Cerqueira

ASSESSOR DA DIRETORIA DA CAR

Ivan Fontes

ASSESSORA DE AQUISIÇÕES

Nara Lins

ASSESSORA FINANCEIRA

Maria Juçara Monteiro

ASSESSOR DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Wecslei Ferraz

(4)

ALIMENTAÇÃO

SAÚDE

18

30

(5)
(6)
(7)
(8)

criação de caprinos e ovinos a é

comumente realizada

utilizando-se de práticas que caracterizam

muito mais uma atividade de

subsistência do que propriamente

um sistema de produção

organizado.

O rebanho é considerado como

a “poupança” dos agricultores e

agricultoras familiares e outras

populações tradicionais, mas

a atenção dispensada não é

suficiente para elevar a qualidade

da carcaça e assim obter animais

de qualidade desejável pelo

(9)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

Para você organizar seu criatório e ter um bom rebanho, observe as dicas que seguem:

SAIBA ESCOLHER

OS REPRODUTORES

Tem todas as características da raça escolhida?

Qual a sua origem? Procurar conhecer de onde veio, seus pais e filhos, se for o caso; Apresenta um aspecto e um

comportamento mesmo de “macho”? Têm os dois testículos na bolsa escrotal (sacos)? Tamanhos e formas iguais? Verifique se o saco e o pênis estão sadios, sem nenhuma lesão.

Possui boa atração sexual pela fêmea? E boa fertilidade (capacidade do reprodutor de fecundar as fêmeas por ele cobertas)?

Não adquira animais muito velhos (de preferência, jovens, mas que já tenham filhos que possam ser vistos).

Importante observar os cascos – estão sadios e têm bons aprumos?

Não compre animais que apresentem problemas de saúde ou algum defeito de nascença, como prognatismo (arcada dentária inferior maior do que a superior) e retrognatismo (arcada inferior menor do que a superior), para não os transmitir para as crias.

No caso de caprinos, não adquirir machos mochos de nascença, pois eles podem produzir crias “machos-fêmeas”.

ESCOLHA DAS MATRIZES

Tem todas as características da raça escolhida?

Tem um aspecto bem feminino e dócil ao manejo?

Procure saber o histórico reprodutivo da fêmea (se já abortou, se teve retenção de placenta, número de parições e de crias nascidas que já teve), se puder, observe alguma cria dela que esteja no local. Apresenta qualquer tipo de defeito ou doença? Se sim, melhor não adquirir! Importante observar os cascos – estão sadios e têm bons aprumos?

(10)

REPR OD Dente de leite Animal jovem 1ª Muda 2ª Muda 3ª Muda Boca cheia 1,5 a 2 anos 3 anos 4 a 5 anos e acima 8 anos e acima As fêmea estão prontas para ser cobertas aos 9-10 meses de idade Os machos estão prontos para cobrir as fêmeas aos 10-12 meses de idade

Se a fêmea muito jovem for utilizada para reprodução, terá seu desenvolvimento prejudicado, além de aumentar o risco de ocorrer problemas no parto!

TAMBÉM NO MOMENTO DA COMPRA É IMPORTANTE OBSERVAR OS DENTES DO ANIMAL, ISSO VAI PERMITIR TER UMA IDEIA DA SUA IDADE!

Observe se a fêmea apresenta bom desenvolvimento corporal, úbere normal e bem formado.

Compre fêmeas jovens, mas que já tenham parido pelo menos uma vez.

PRIMEIRO ACASALAMENTO

E O CIO EM OVINOS E

CAPRINOS

O Primeiro acasalamento

Os bodes e carneiros só devem ser colocados para acasalar (cruzar) com as cabras e ovelhas, respectivamente, depois de atingirem a maturidade sexual –

Em geral, temos o seguinte cenário quanto à maturidade dos animais para fins de acasalamento:

(11)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

O QUE É CIO?

Também chamado de estro, o cio é o período em que a fêmea está receptiva para receber o macho para cruzar.

Sinais do cio:

A vulva se apresenta inchada e avermelhada, com a presença de secreção

parecida com clara de ovo (muco). Procura o macho com muito interesse. Monta e se deixa montar por outras fêmeas ou pelo macho.

Fica agitada, muito inquieta e berra com muita frequência.

Abana a cauda repetidamente. Diminui o apetite.

1º CIO

2º CIO

CICLO

ESTRAL

21 dias para cabra e 17 dias para ovelha

(12)

REPR

OD

E O QUE É ESTAÇÃO DE MONTA?

Período ou períodos em que os machos são colocados para cruzar com as fêmeas. Quais as vantagens da Estação de Monta?

Concentrar os nascimentos em épocas de boa pastagem;

Permitir o manejo sanitário (tratos sanitários, vermifugações e vacinações em um mesmo período);

Facilitar a identificação de fêmeas inférteis ou de baixa fertilidade para serem descartadas; Produção de lotes mais uniformes –

padroniza o lote.

*No caso da produção de Cordeiros/Cabritos precoce o tempo de venda/descarte é menor.

Exemplo de esquema de estação de monta – 3 partos a cada 2 anos

ANO I ANO II

Monta Parição Desmame Venda*

Jan-Fev Jun-Jul Set-Out Fev-Abr Set-Out Fev-Mar Mai-Jun Out-Dez Mai-Jun Out-Nov Jan-Fev Jun-Ago

(13)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

É importante ter alguns cuidados durante a gestação para que o parto ocorra normalmente e as crias nasçam fortes e com saúde. É o período desde que a fêmea emprenha

até o momento em que a cria nasce ou a matriz aborta. Em ovinos e caprinos, tem duração média de 152 dias, podendo demorar mais ou menos, de acordo com:

1. a época do ano;

2. a quantidade de crias que está na barriga da mãe;

3. se a fêmea está gorda, bem alimentada, ou emagrecendo demais.

Sinais de prenhez:

Não entra mais em cio, enquanto durar a gestação.

Perde o interesse pelo macho.

A barriga e o úbere ficam aumentados. Fica mais calma, engorda com

facilidade e fica com o pelo bonito.

Mantenha as cabras e ovelhas em boas condições de saúde e bem alimentadas (sem excessos!);

Mantenha as fêmeas prenhes em lote separado das demais, evitando contatos com animais de temperamento agressivo ou estranhos ao rebanho;

Tenha o máximo de cuidado quando for manejá-las em currais, bretes, balanças, porteiras, evitando traumatismos;

(14)

REPR

OD

Evite mudanças bruscas de alimentação; Evite longas caminhadas e seu transporte em caminhões e picapes;

Coloque as cabras e ovelhas que estejam perto de parir em piquete maternidade ou em cercado perto da casa do produtor ou do tratador, com sombra à disposição; Se possível, pouco antes do parto, aparar os pelos da cauda e manter limpa a região da vulva, com água e sabão.

Parto

Em geral, nas ovelhas e nas cabras, o parto ocorre de forma normal, sendo pouco frequente a ocorrência de partos anormais. Próximo ao parto, as cabras e as ovelhas podem apresentar os seguintes sinais:

Volume do úbere aumentado e tetas dilatadas.

Garupa descarnada e caída.

Inquietação (se deitando e se levantando), respiração ofegante, berros frequentes. Presença de corrimento na vulva. Contrações (ao iniciar o parto).

Logo que ocorre o rompimento da bolsa d’água:

Aparecem os primeiros sinais de saída do feto. Surgem primeiramente as patas dianteiras com a cabeça sobre elas

Em seguida, ocorre a expulsão total da cria. Os partos devem ocorrer em instalações limpas e bem arejadas ou no piquete maternidade.

O parto tem duração média de

(15)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

CUIDADOS COM AS CRIAS

Observar se a mãe limpou a cria e iniciou a amamentação (colostro);

O que é o colostro? É o primeiro leite da cabra ou da ovelha e é geralmente utilizado pelas crias por um período de 2 a 7 dias. Garante a saúde das crias, protege contra várias doenças. É rico em minerais, vitaminas, proteínas e em outras substâncias que limpam os intestinos e protegem contra intoxicações.

Caso contrário, o produtor deve ajudar nessas duas tarefas - limpando e ajudando a cria a mamar no peito da mãe.

É importante que o recém-nascido tome os colostros nas primeiras horas pós-nascimento, entre 6 e 12 horas.

Outra prática importante para evitar que a cria adoeça é o corte e cura do umbigo Cortar logo após o nascimento, com tesoura desinfetada, à distância de 2 cm da barriga; Após o corte, deve-se mergulhar o umbigo em solução de tintura de iodo a 10 % ou repelente spray, repetindo-se a operação pelo menos uma vez nos períodos chuvosos; Lembre-se: o umbigo funciona como um canudo, pois é uma porta aberta para a entrada de micróbios causadores de doenças.

(16)

REPR

(17)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

Outras Práticas de Manejo e Controle Zootécnico

Marcação - antes de tudo, é para indicar que o animal tem um dono!

Pesagem - permite avaliar os resultados do manejo alimentar, principalmente;

Castração - A castração impede que carneiros ou bodes de menor valor genético, ou que possuam outros defeitos, cruzem com as matrizes que o produtor

selecionou para serem cruzadas com reprodutores de melhor qualidade. Aconselha-se o uso do burdizo!. Apartação- Permite o desenvolvimento mais rápido da cria. Já a partir do 10º dia de vida, pode-se

(18)

REPR

OD

Creep Feeding

O creep feeding, também conhecido por alimentação privativa, é a suplementação de cordeiros em aleitamento com rações de alta qualidade, em locais que suas mães não têm acesso.

Separação das crias por sexo - Os machos devem ser separados das fêmeas logo após a apartação - geralmente entre 90 e 120 dias de nascidos, nos sistemas mais extensivos.

Descarte orientado no rebanho - É muito importante pelo fato de permitir eliminar o que não presta no rebanho, ou seja, os animais sadios e mais produtivos devem permanecer no criatório, e os defeituosos e menos produtivos ou improdutivos devem ser descartados, evitando futuros prejuízos na exploração.

(19)
(20)
(21)
(22)

COMIDA!

De nada adianta todo o trabalho,

se o rebanho não estiver bem

alimentado: em quantidade e em

qualidade.

No período de chuvas, os animais

devem se alimentar nas pastagens

nativas porque é nessa época

que a vegetação apresenta a

maior produção de forragem,

bem diversificada e com alto

valor alimentício. Para manter sua

Caatinga por muitos anos, existem

quatro formas simples de manejo:

(23)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

Raleamento – Diminuir o número de árvores/ha, reduzindo a densidade de espécies de baixo valor forrageiro e madeireiro;

Rebaixamento – Fazer um corte na planta a uma altura em torno de 70 cm, permitindo acesso dos animais às partes mais altas; Raleamento e rebaixamento – Consiste na combinação dos dois métodos

(24)

ALIMENT

Enriquecimento – Consiste em adicionar outras espécies, principalmente herbáceas, à vegetação já existente em uma Caatinga raleada.

Lembramos que o “bolo alimentar”, que o animal ingere, deve ser formado por diver-sas substâncias chamadas de nutrientes. Proteínas, Carboidratos, Gorduras, Minerais e Vitaminas. Tudo isso está nas plantas!

(25)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

Só para não esquecer:

Alimentos Volumosos Alimentos Concentrados

São aqueles muito fibrosos (têm mais de 18% de fibra) Aqueles que são muito ricos em carboidratos

(energia) e em proteínas

• FENOS • SILAGENS • PALHAS E RESTOS DE CULTURA DIVERSOS • FORRAGENS VERDES PICADAS • PALMA-FORRAGEIRA • PASTAGENS EM GERAL.

• GRÃOS DE MILHO E DE SORGO • FARELOS DE SOJA, ALGODÃO, GIRASSOL, MILHO, TRIGO, COCO ETC. • POLPA

CÍTRICA • RASPA DE MANDIOCA, FARELO DE VAGEM DE ALGAROBA • UREIA • MELAÇO.

(26)

ALIMENT

ÁGUA

Quem disse que caprinos e ovinos não gostam de água?

É o nutriente mais importante. Setenta a oitenta por cento do corpo dos animais é formado por água. Ela é responsável por:

Regular a temperatura do corpo. Fazer o transporte dos nutrientes que o animal ingere para as diversas partes do corpo.

Ajudar a eliminar as substâncias tóxicas (fezes, urina) formadas no organismo dos animais.

UMA CABRA OU OVELHA PRECISA BEBER DIARIAMENTE CERCA DE 1 A 2 LITROS DE ÁGUA; SE ESTIVER ALTA (A TEMPERATURA)

E SE ALIMENTANDO DE FORRAGENS SECAS, O CONSUMO DE ÁGUA PODE

(27)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

ARMAZENAMENTO E

CONSERVAÇÃO DE

FORRAGENS

É importante guardar alimento para as épocas de pouca chuva, quando a pastagem natural está escassa e com baixa qualidade de forragens. Existem algumas maneiras simples e baratas de fazer isso: É a silagem e o feno. Silagem

É o material que sofreu fermentação, dentro do silo, na ausência de oxigênio. Para produção:

A planta deve ser colhida no momento certo, com adequado teor de umidade. No caso do milho, é no ponto de canjica; Ao cortar a forragem, logo fazer a ensilagem;

O material deve apresentar tamanho de partícula de 2 a 6 cm, dependendo do tipo de material utilizado – usar máquina forrageira para reduzir o tamanho do material;

A compactação pode ser feita por pisoteio dos homens, animais, ou trator, de forma que seja retirado o máximo de ar possível; A vedação do silo deve ser feita

imediatamente após o seu fechamento para evitar entrada de oxigênio;

Ao abrir o silo, o material deverá estar com cheiro agradável de melaço e com tom marrom-claro. Caso esteja com cheiro ácido (azedo), ou com cor escura, ou presença de mofos, ocorreu fermentação inadequada e o material não deverá ser fornecido aos animais.

1 3 4 5 6 2

(28)
(29)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

FENO

O processo de fenação visa a reduzir o teor de umidade da forrageira para 20 a 15%. A fenação consiste no corte da forragem para desidratação, sendo posteriormente enfardada e armazenada.

Aproveite subprodutos, restos de culturas e outros materiais para a alimentação do rebanho. Eles podem ser armazenados para o período de baixa na Caatinga (período seco) ou ser utilizados como suplemento. Os mais comuns são:

Quando ao apertar os entrenós do caule, não existe eliminação de umidade, e ao torcer uma porção de forragem, ela se desfaz lentamente e não há eliminação de água.

VOCÊ SABE O PONTO IDEAL DO FENO PARA SER ARMAZENADO?

(30)

ALIMENT Raspas de mandioca.

Palhada e sabugos de milho. Palhada e panícula de sorgo.

Palhada e cascas de feijão e de arroz. Folhagem e manivas de mandioca. Bagaços de cana.

Resíduos do sisal.

Capins secos (búfel, azevém, elefante) Folhagens secas e verdes de plantas nativas da Caatinga.

Plantas espinhentas da Caatinga. As palhadas e os materiais mais

grosseiros que sobram na propriedade (manivas, sabugos e cascas) podem ser armazenados em montes ou medas feitas no campo, com o cuidado de proteger a parte de cima com um plástico, para evitar que alguma chuva inesperada se infiltre e apodreça o material. Em geral, as palhadas, incluindo capins secos e folhagens secas da vegetação da Caatinga, podem ser fornecidas à vontade, preferencialmente trituradas. Podem ser dadas puras ou misturadas com ureia.

Esse processo é chamado de

Amonização. Consiste em dissolver a ureia em água e depois regar o material seco, camada por camada. Depois, cobre o material com uma lona plástica e espera-se por 20 dias de sol quente, até poder abrir e dar aos animais.

SOLUÇÃO DE 1KG DE UREIA PARA 10L DE ÁGUA

(31)
(32)
(33)

C

APRINOS E O

CUID

(34)

REPR

OD

Conheça os sinais de saúde e de doença:

Sinais de Saúde

• VIVACIDADE (ATIVO). • APETITE NORMAL (COME COM PRAZER ALIMENTOS QUE SÃO OFERECIDOS). • PELOS LISOS E BRILHANTES. • TEMPERATURA DO CORPO

QUE VARIA DE 38,5ºC A 39,5ºC. • FEZES EM FORMA DE BOLOTAS BRILHANTES E URINA DE COLORAÇÃO PRÓPRIA. • RUMINAÇÃO PRESENTE (REMOENDO). •

DESENVOLVIMENTO CORPORAL COMPATÍVEL COM A IDADE E A RAÇA.

Sinais de Doenças

• TRISTEZA, ABATIMENTO, OLHOS BRANCOS (ANÊMICOS). • ISOLAMENTO DO REBANHO (FICA RETRAÍDO). • DIMINUIÇÃO DO APETITE OU APETITE DEPRAVADO (COMER

AREIA, PLÁSTICO, PAPEL). • QUEDA DE PELOS, PELOS SEM BRILHO E ARREPIADOS. • TEMPERATURA DO CORPO

ACIMA DE 40ºC. • FEZES PASTOSAS OU COM DIARREIA (MOLE, COM MAU CHEIRO, COM SANGUE, ESCURAS).

(35)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

Porém, as doenças podem ser controladas ou até impedidas de acometer o rebanho com práticas de higiene. Assim como é importante o rebanho estar bem alimentado, é também importante estar em instalações limpas com utensílios (bebedouro, comedouros etc.) limpos também. As principais recomendações a seguir são:

Varra os chiqueiros e apriscos.

Lave os bebedouros e comedouros, se possível diariamente.

Retire alimentos velhos e estragados dos comedouros bem como trocar a água. Desinfete as instalações com a substância denominada de Cresol (exemplo: creolina) ou vassoura de fogo, mensalmente.

A QUARENTENA É UMA PRÁTICA MUITO IMPORTANTE E QUE POUCOS CRIADORES

A PRATICAM. CONSISTE EM OBSERVAR SE APARECEM DOENÇAS EM ANIMAIS APARENTEMENTE SADIOS, RECÉM-ADQUIRIDOS DE OUTRAS PROPRIEDADES, ANTES DE

MISTURÁ-LOS COM O RESTANTE DO REBANHO.

O produtor mantém os animais em um local isolado (quarentenário) e procura observar sinais de doenças por um intervalo de 30 a 60 dias. Quando aparecer um animal doente no meio do próprio rebanho, o produtor deve separá-lo em um local isolado (uma baia afastada, um pequeno cercado ou um pasto próximo), para não contaminar os demais animais.

(36)

animais devem ser descartados.

Devem ser sacrificados, por exemplo, animais que apresentem:

Brucelose. Raiva.

Tuberculose.

Matrizes com mastite crônica (úbere “duro”). Artrite-encefalite caprina a vírus (CAE). Machos caprinos mochos (sem chifre) de nascimento.

Doença crônica nos cascos.

Animais que apresentaram linfadenite caseosa (mal do caroço) mais de duas vezes.

Lembre-se que algumas doenças podem rapidamen-te contaminar outros animais do rebanho e o prejuízo pode ser bem maior, caso não faça o descarte! É sempre aconselhável procurar um profissional capacitado para o auxílio do diagnóstico, a fim de tomar a decisão mais acertada e com economia!

(37)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

VACINAÇÃO

As vacinas são utilizadas para evitar o aparecimento de certas doenças nos rebanhos existentes na região. Para estabelecer um calendário de vacinações, consulte um veterinário ou a empresa de extensão rural da região, pois apenas eles poderão indicar corretamente as vacinas que devem ser usadas nos rebanhos ovino e caprino de cada região.

VERMIFUGAÇÃO

Consiste na aplicação de anti-helmínticos (vermífugos) visando ao controle da

verminose no rebanho. Em muitas regiões, a verminose é a doença responsável pelo maior número de mortes nos rebanhos ovino e caprino.

Para a região semiárida, a Embrapa Caprinos recomenda o seguinte esquema de vermifugações:

(38)

Outras práticas são muito importantes para o sucesso no controle das verminoses.

Fazer a limpeza das instalações, colocan-do esterco nas esterqueiras.

Manter os bebedouros e comedouros sem-pre limpos e, se possível, fora das baias. Fornecer água e alimentos de boa quali-dade.

Deixar os animais presos no chiqueiro ou no aprisco, após a vermifugação, por pelo menos 12 horas (procurar vermifugar sempre no final da tarde).

Evitar a superlotação das pastagens.

Fazer rodízio de pastos.

Vermifugar os cordeiros e cabritos a partir da terceira semana, após o início do pastejo.

Separar os animais jovens dos adultos, tanto na baia como nos pastos.

Vermifugar as fêmeas 30 dias antes do parto.

Vermifugar todo animal de compra, antes de incorporá-lo ao rebanho.

Trocar o tipo de vermífugo utilizado a cada ano para evitar que os vermes criem resis-tência ao mesmo.

(39)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

Controle de parasitos externos

Os ectoparasitos ou parasitos externos que atacam os ovinos e os caprinos são os piolhos (pediculoses) e os ácaros, insetos causadores de sarnas.

As formas de controle são:

Separe imediatamente os animais com piolhos e sarnas dos demais.

Banhe os animais com produtos

carrapaticidas, utilizando um pulverizador costal ou caixas de amianto com capacidade para 500 litros (para banhos de imersão). Repita o banho 7 a 10 dias depois.

Banhe os animais recém-adquiridos antes de incorporá-los ao rebanho.

Procure banhar os animais no final da tarde. Forneça água e alimentos antes do banho.

NÃO BANHAR OVELHAS E CABRAS NOS ÚLTIMOS 50 DIAS DE GESTAÇÃO, NEM AS CRIAS COM MENOS DE 1 MÊS DE IDADE. USAR

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (BOTAS, LUVAS E MÁSCARAS) DURANTE O PREPARO DA SOLUÇÃO CARRAPATICIDA E A

(40)
(41)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

PRINCIPAIS DOENÇAS DOS

OVINOS E CAPRINOS

Mal do caroço (Linfadenite Caseosa); Podridão do casco / mal do casco (Pododermatite);

Broncopneumonia (Tosse / Catarro); Mastite (mamite);

Cegueira (Ceratoconjuntivite infecciosa); Clostridioses;

Tétano; Botulismo;

Enterotoxemias;

Carbúnculo sintomático ou manqueira ou quarto inchado;

Boqueira (Ectima Contagioso); CAE (Artrite encefalite caprina); Bicheira (miíase);

Eimeriose (Coccidiose);

Ectoparasitas (que se aproveita por fora do corpo do animal);

Piolhos (pediculose); Sarnas;

Moscas; Carrapatos.

(42)

causadores são bactérias, vírus, micoplasmas, protozoários, larvas, clostrídio etc. O

importante mesmo, é reduzir e até impedir que eles afetem nosso rebanho. Então, o criador deve adotar em suas tarefas diárias medidas de higiene e controle, a fim de minimizar a entrada desses patógenos na sua propriedade. Então, é importante:

Fornecer o colostro às crias; Controlar a mosca na propriedade; Prevenir traumatismos – pancadas nos animais;

Evitar que algum ferimento “vá adiante” – por isso é importante olhar o rebanho todos os dias;

Varrer e limpar as instalações (chiqueiro, aprisco) e utensílios (bebedouro,

comedouro, saleiro etc.);

castrações, descornas etc.;

Utilizar a quarentena de animais recém-chegados à propriedade;

Controle rígido da quantidade de ração ingerida;

Tratar adequadamente o umbigo dos recém-nascidos;

Isolar animais doentes dos outros que estão sadios;

Fazer esterqueira;

Ter uma farmacinha básica na

propriedade, em caso de emergência; Queimar e enterrar cadáveres.

(43)

C

APRINOS E O

CUID

ADOS BÁSICOS NA CRIAÇÃO DE

CONCLUSÃO

Algumas práticas de manejo são muito simples e fáceis de serem realizadas. Porém, em alguns casos, o produtor – ou por desinformação ou por falta de tempo – não as incorpora em sua rotina diária. Essa mudança de criar os animais é de fundamental importância para o produtor e sua família, pois um rebanho bem zelado é garantia de boa renda, de boa alimentação e de saúde para todos.

Caprinos e Ovinos são animais

extremamente adaptados ao Semiárido, mas, se a gente der uma forcinha para eles, o resultado certo é o sucesso. Hoje, existe uma grande procura pela carne de cabritos e cordeiros. Se você quer ser reconhecido como um criador de Ovinos e/ou Caprinos, gostaria de concluir deixando algumas questões para que você possa refletir: Por que não dispensar um olhar mais criterioso para esse criatório? Por que não dedicar um maior tempo no que diz respeito ao manejo com esses animais?

Sugestão de uma farmácia básica para uma propriedade, para executar as atividades de manejo sanitário do rebanho.

Deve-se ter uma pequena sala fechada, para manter esses materiais, limpando sempre após o uso e guardando em local seco e limpo (frascos de vidro, potes

plásticos). Instrumentos e produtos que

o ovino-caprinocultor deve ter sempre à disposição na propriedade:

Pistola dosificadora

Agulhas de injeção de diversos calibres Bico dosificador Seringas descartáveis de 05, 10 e 15 ml. Tesoura Bisturi e lâminas Pinças Termômetro

Tesoura para casco de ovinos e caprinos

FARMÁCIA

(44)

Burdizzo

Caneca de fundo escuro Pulverizador costal Vassoura de fogo Luvas plásticas Escovas Algodão Gaze

Álcool iodado, iodo glicerinado Permanganato de potássio

Unguento ou qualquer pomada cicatrizante Repelente-cicatrizante (spray mata–bicheiras) Colírio a base de antibióticos

Regulador ruminal (empazinamento) Purgante salino

Antitóxico Antibiótico Anti-inflamatório Antidiarreico

Placentol (retenção de placenta) Pomada contra mastite

Piolhicida Vermífugo

Formol e creolina Água sanitária Sabão

Com esses cuidados básicos, seu rebanho ficará mais sadio e sua renda será melhor.

(45)

Sede do Bahia Produtiva

Av. Luiz Viana Filho, 250 Conjunto Seplan, CAB CEP: 41745-001, Salvador-Bahia / Tel: (71) 3115-3941

Carina M. Cezimbra Engenheira Agrônoma, MSc,

Revisão

Ovídio Brito

Fotos

André Fofano e André Frutuôso

Projeto Gráfico

P55 Edição

A coordenação do Bahia Produtiva conta com uma equipe técnica em Salvador e nos 27 Serviços Territoriais de Apoio à Agricultura

Familiar (SETAF), unidades descentralizadas da SDR.

sdrbahia sdrbahia | ascomcar

sdrbahia

sdrbahia | carbahia www.sdr.ba.gov.br | www.car.ba.gov.br

(46)

CAPRINOS

E OVINOS

Referências

Documentos relacionados

In this study, particularly focused on the small-bodied cladoceran Ceriodaphnia pulchella, we intend to provide additional information on the dynamics of cladocerans in lake Vela

Quer seja para energia em regime contínuo, de emergência (standby), de ponta ou cogeração, também chamada de aplicações de Calor e Energia Combinados (CHP), nossas soluções

Serve o presente relatório para descrever e refletir sobre as atividades realizadas durante o Estágio Profissionalizante do 6º ano do Mestrado Integrado em

No caso deste artigo, busca-se expor referenciais de uma reflexão sobre como o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB DF) apresenta a si mesmo e se constitui como

Acessos ao Texto Completo dos Artigos (da maior quantidade para a menor)1. Revista: The Journal of the latin american socio-cultural studies of sport

apresentaremos, de forma, sucinta, as relações dialógicas de Mikhail Bakhtin e a linguagem como um fenômeno social da interação verbal; na segunda, trataremos dos gêneros

Coeficiente de uniformidade de distribuição em função do tempo de funcionamento para nitrato de cálcio (NitCa), nitrato de amônio (NitAm), nitrato de potássio (NitK),

Para inovar e mostrar como esse pode ser um doce realmente interessante para quem deseja obter uma fonte de renda extra muito lucrativa, vou passar alguns sabores, mais para saber