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Ío e o duplo : um bestiário

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE ARTES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS DOUTORADO EM POÉTICAS VISUAIS

Laura Cattani

Ío e o Duplo: um bestiário

Porto Alegre Dezembro de 2018

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Laura Cattani

Ío e o Duplo: um bestiário

Porto Alegre Dezembro de 2018

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em Artes Visuais, com ênfase em Poéticas Visuais. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Daniela Pinheiro Machado Kern

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Cattani, Laura

Ío e o Duplo : um bestiário / Laura Cattani. — 2018.

388 f.

Orientadora: Daniela Pinheiro Machado Kern

Tese (Doutorado) — Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Porto Alegre, BR-RS, 2018.

1. Duplo. 2. Arte contemporânea. 3. Poiética. I. Kern, Daniela Pinheiro Machado, orient. II. Título.

CIP - Catalogação na Publicação

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da UFRGS com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

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Laura Cattani

Ío e o Duplo: um bestiário

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Ar-tes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em Artes Visuais, com ênfase em Poéticas Visuais.

Aprovada em 18 de dezembro de 2018.

Orientadora:

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Daniela Pinheiro Machado Kern

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Eduardo Ferreira Veras - IA/UFRGS

Prof.ª Dr.ª Elaine Athayde Alves Tedesco - IA/UFRGS

Prof.ª Dr.ª Ana Zeferina Ferreira Maio - ILA/FURG

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À memória de Maria Lucia Cattani e Claudia Paim, duas artistas cuja potência poética e confiança na arte me marcaram profundamente.

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A

gradecimentos

Não há tese gestada sozinha. Assim como a produção artística e a pesquisa se retroalimentaram constantemente, as reflexões aqui apresentadas só foram possíveis graças a uma rede de apoio que me per-mitiu a dedicação necessária. Agradeço a Munir, meu outro-eu, interlocutor e parceiro, e aos felinos que compartilham conosco suas curiosas formas de estar no mundo. A minha família, em especial meus pais, An-tonio e Icleia Cattani, por todo o incentivo e apoio, e minha irmã Iandra, que me trouxe o foco necessário em momentos cruciais. Agradeço minha orientadora Prof.ª Dr.ª Daniela Kern pelo estímulo, referências instigan-tes e pela confiança. Ao Prof. Dr. Eduardo Vieira da Cunha, Prof. Dr. Eduardo Veras e Prof.ª Dr.ª Claudia Paim pelas valiosas contribuições em minha banca de qualificação, a Prof.ª Dr.ª Ana Maio por sua participação, e a Prof.ª Dr.ª Andri Michael por sua calorosa acolhida durante minha temporada na França e excelentes indica-ções. A meus professores, pelo conhecimento partilhado, e meus colegas, pelas estimulantes discussões. Um agradecimento especial é devido a Paulo Herkenhoff e Julia Rebouças, cuja interlocução foi valiosa, e Juliana Oliveira, cuja pesquisa trouxe uma rica contribuição. Agradeço a Marina Roncatto e Cristielle Souza, cujo apoio logístico foi fundamental na finalização da tese, e Natalia de Moraes por seu minucioso trabalho. Sou especialmente grata a Thiago Kern e seu dedicado trabalho que permitiu dar à tese sua forma desejada. Agradeço ao PPGAV, inclusive o constante auxílio da Patrícia, e ao Instituto de Artes da UFRGS, em especial a biblioteca, valiosa fonte de material de pesquisa. Um agradecimento é devido à CAPES, que tornou possível a temporada de estudo na França, permitindo acesso a um arcabouço teórico para a pesquisa que a redefiniu significativamente, além de conceder a bolsa que me permitiu realizar esse projeto com total dedicação.

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R

esumo

Esta tese propõe uma investigação sobre o conceito de duplo, oriunda da percepção de sua presença na pro-dução artística da Ío. Partindo de um resgate de sua genealogia, busco compreender o surgimento do duplo, conceituá-lo por meio de suas representações na mitologia e nas artes, para identificar as formas através das quais este se apresenta em variadas áreas do conhecimento e realizações humanas. Partindo de estudos an-tropológicos e psicanalíticos que identificam o duplo como indissociável da experiência humana, e sua mani-festação na forma de cópias, replicações, mas também sombras, reflexos, e outros, investigo as pulsões sub-jacentes à sua existência, e suas formas menos evidentes de apresentação. O que norteia a tese é a percep-ção do duplo como um conceito fortemente vinculado às inquietações no que tange à morte, dividindo-se em três eixos principais: o duplo como forma de preservar o eu após a morte do corpo; o embate entre as pulsões de vida e de morte, Eros e Thanatos; e o duplo como uma armadilha do si-mesmo, uma busca por aniquilação. Ancorado na produção da Ío, ao longo dos capítulos é tecido um diálogo com diversos artistas contemporâneos cuja obra permeia estes temas, bem como são traçados paralelos com outras manifesta-ções culturais e áreas do conhecimento que se debruçam sobre este assunto, emulando a própria forma com que estruturo meu pensamento artístico. O duplo se apresenta como um conceito fugidio, aparentemente simples, porém de difícil definição quando nos debruçamos sobre ele. Graças à pesquisa realizada, foi possí-vel elaborar o que chamei de bestiário de duplos, identificando suas diferentes formas, ocorrências e, sobre-tudo, pertinência no campo da arte enquanto conceito operatório.

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R

ésumé

Cette thèse présente une recherche sur le concept de double, provenant de la perception de sa présence dans la production artistique de Ío. En revisitant sa généalogie, je cherche à comprendre l’émergence du double, à le conceptualiser à travers ses représentations dans la mythologie et les arts, à identifier la manière dont il se présente dans divers domaines de la connaissance et des réalisations humaines. En partant d’étu-des anthropologiques et psychanalytiques identifiant le double comme indissociable de l’expérience humai-ne, et sa manifestation sous forme de copies, de réplications, mais également d’ombres, de réflets et d’au-tres, j’enquête sur les pulsions sous-jacentes à son existence et ses formes de présentation moins évidentes. La thèse est guidée par la perception du double comme concept étroitement lié aux préoccupations envers la mort, divisée en trois axes principaux: le double comme moyen de préserver le soi après la mort du corps; le choc entre les pulsions de vie et de mort, Eros et Thanatos; et le double comme un piège envers soi-même, une recherche d'annihilation. Ancré dans la production de Ío, un dialogue est établi tout au long des chapi-tres avec plusieurs artistes contemporains dont le travail imprègne ces thèmes, ainsi que parallèlement à d’autres manifestations culturelles et domaines de la connaissance traitant de cette question, en imitant la forme même à travers laquelle je structure ma pensée artistique. Le double apparaît comme un concept fugi-tif, apparemment simple, mais difficile à définir quand on le regarde de plus près. Grâce à cette recherche, il a été possible d'élaborer ce que j'ai appelé un bestiaire de doubles, en identifiant leurs différentes formes, occurrences et, surtout, leur pertinence dans le domaine de l'art en tant que concept opératoire.

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L

ista de imagens

A Velha Senhorita - Cena da apresentação da peça. DAD/UFRGS, 2003 ... 31

O Diabo Está Nu Atrás da Porta - Ío. 2003. Visão geral da instalação ... 33

Espécie de demônio - Ío. O Diabo Está Nu Atrás da Porta, 2003. Detalhe da instalação (porta) ... 34

Um simulacro - Ío. O Diabo Está Nu Atrás da Porta, 2003. Detalhe da instalação (sala de estar) ... 35

Espia pelos buracos - Registro da vigilância da Stasi compilado por Simon Menner, 2013 ... 37

Site - http://io.art.br/2015/ ... 39

Gêmeas - Ío. 2003-2013. Imagem que compunha o projeto Zede Etes ... 39

Sombras - Ío. 2005. Still de vídeo que compunha o projeto Zede Etes ... 39

O Administrador - Ío. 2003-2013. Imagem que compunha o projeto Zede Etes ... 40

Leda sendo seduzida por Zeus - Leda e o Cisne, 1740. Atribuída a François Boucher... 50

Ibeji - Ibeji Yorùbá, figuras votivas, Nigéria. Arquivo Fowler Museum, sem data ... 51

Sem conseguir parar de dançar - Michael Powell e Emeric Pressburger. Os sapatinhos vermelhos, 1948 ... 52

Se a aparência for idêntica - Diane Arbus. Identical twins Roselle N J, 1966 ... 53

Incesto - Ío. 2012 ... 56

Viver sem sua sombra - Gêmeas Gibbons, c. 1960-1970 ... 57

O Horla - William Julian-Damazy. 1908 ... 61

William Wilson - Arthur Rackham. 1935 ... 63

O Médico e o Monstro - Pôster de uma versão teatral para The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde, sem data, autor não identificado ... 66

(10)

Um corpo que cai - Vertigo - Alfred Hitchcock, 1958 ... 67

O amante duplo - L’amant double - François Ozon, 2018 ... 68

Nicholas Barclay - Foto do acervo da família, disponibilizada na internet ... 72

Frédéric Bourdin - Cena do documentário O impostor (The imposter - Bart Layton, 2012) ... 73

Zygotic acceleration, Biogenetic de-sublimated libidinal model (enlarged x 1000) - Jake e Dinos Chapman. 1995 ... 75

Chantier Barbès-Rochechouart - Pierre Huyghe. 1994 ... 76

Règle du Jeu - Elina Brotherus. Règle du Jeu (About Being My Model), 2017 ... 76

Turned Upside Down, it’s a forest - Takahiro Iwasaki. 2017 ... 77

Eixo Exógeno - Tunga. 1986-1997 ... 77

Xifópagas Capilares - Tunga. 1985 ... 78

Xifópagas Capilares - Tunga. 2012 ... 78

Retratadas - Alberto da Veiga Guignard. As Gêmeas (retrato de Léa e Maura), 1940 ... 79

Semeando Sereias - Tunga. 1987 ... 80

Retratando um menino - Fotografia que deu origem à série Cem Fantasmas não valem um Homem ... 87

Ponto de partida - Fotografia foi divulgada nas redes sociais para buscar informações sobre a identidade do menino .... 88

Softwares de envelhecimento facial - Um dos primeiros resultados de simulação usando softwares disponíveis na internet ... 88

Nenhum deles traria um resultado definitivo - Primeiro desenho da série Cem Fantasmas não valem um Homem ... 89

Cem Fantasmas não valem um Homem - Ío. 2013-2015 ... 91

Qual é o nome do meu irmão? - Ío. 2018 ... 96

Qual é o nome do meu irmão? - Ío. 2018 ... 97

Qual é o nome do meu irmão? - Ío. 2018 ... 98

Qual é o nome do meu irmão? - Ío. 2018 ... 99

Ombro não teria sido esfacelado - Tomografia computadorizada de meu ombro esquerdo com fratura múltipla no colo do úmero em processo de calcificação, em abril de 2017 ... 100

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Modelo exemplar - Santa Apolônia e os Mártires de Alexandria. Autoria desconhecida ... 101

Uma história por demais conhecida - Avião do tipo pilotado por Beuys durante a 2ª Guerra Mundial ... 101

Ao lado dos nazistas - Joseph Beuys com uniforme da Luftwaffe, c. 1940 ... 103

Polinizar - Joseph Beuys. Unschlitt, 1977. 20 toneladas de gordura de sebo ... 104

Tiros na cabeça - Cena do filme Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead - George Romero e Dario Argento, 1978) ... 104

Junção anormal - Ío. Conjunção adversativa, 2018 ... 107

Tunga - Tunga. À Luz de Dois Mundos, 2005 ... 109

Berlinde De Bruyckere - Berlinde De Bruyckere. Lichaam (Corps), 2002-2006 ... 109

Bruce Nauman - Bruce Nauman. Carousel, 1988 ... 109

Secções de um momento feliz em Argel - David Claerbout. 2008 ... 110

Lentidão - Nelson Felix. A mesa, 1997-1999 ... 111

Acrômio - Ío. 2013 ... 113

Espaço de inserção laboriosamente construído - Relicário contendo um dente, supostamente pertencente a Santa Apolônia. Catedral do Porto, Portugal ... 114

Se contaminassem - Tunga. Da série cadentes lácteos Sino, c. 1989. Garrafa e funil de ferro fundido ... 115

Se contaminassem - Tunga. Cadentes Lácteos, 1994 ... 115

Se contaminassem - Tunga. Brasiliana, 2013 ... 115

Sem que tenham sido concebidos para esse fim - Henry Darger. Sem título, meados do século XX. Detalhe ... 118

Sem que tenham sido concebidos para esse fim - Arthur Bispo do Rosário. Manto da Apresentação, meados do século XX ... 119

Princípios do Mundo - Ío. 2013 ... 122

Natureza diabólica - Robert De Niro como Louis Cyphre em Coração Satânico ... 125

Negociação entre humanos e demônios - Mickey Rourke (Harry Angel/Johnny Favourite) e Robert De Niro (Louis Cyphre) em cena de Coração Satânico ... 125

(12)

Pequeno monstro que senta sobre o peito - Johann Heinrich Füssli. The Nightmare (variação do tema), c. 1790-1791... 134

Exus Capa Preta - Autoria desconhecida, Exu Capa Preta da encruzilhada, objeto religioso ... 135

Afeto que precisa de um corpo - Ío. Qual é o nome do meu irmão, 2018. Detalhe ... 136

Arte povera - Jannis Kounellis. Untitled, 1996 ... 137

Richard Serra - Richard Serra. To Lift, 1967 ... 137

Tauromaquia – Ciclo Circadiano - Ío. 2018 ... 138

Uma gama de formas - Ío. Tauromaquia – Ciclo Circadiano, 2012. Testes de formas ... 139

Estudos para uma Fonte - Ío. 2013 ... 140

Emergindo do solo - Ío. Qual é o nome de meu irmão, 2018. Detalhe ... 142

Execução do projeto virtual - Ío. Qual é o nome de meu irmão, 2018. Simulação 3D por Gabriel Solon ... 144

Imagens de referência - Dobermans: atento, rosnando e latindo ... 145

Três momentos distintos - Ticiano. Alegoria do tempo governado pela prudência, 1565-1570... 145

Oculta sob a água - Goseki Kojima. Kozure Ōkami (Lobo Solitário), 1970-1976 ... 146

Parcialmente descarnados - Louis-Auguste Mélot. Estudo de um cão esfolado sobre um banquinho, 1880 ... 146

Ideia de peso - Anselm Kiefer. The High Priestess, 1985-1989 ... 147

Em partes - Processo de impressão 3D ... 147

Várias camadas de primer - Processo de pintura das cabeças ... 148

Índios da região do Prata - Segundo o diário de viagem de Hendrick Ottsen, 1603 ... 149

Mastophora catarina - Aranha boleadeira ... 149

Arachne - Ío. 2018 ... 150

Posicionada de diversas formas - Estudo para Arachne (maquete) ... 150

Desenhos e recortes sobre papel - Desenho para Arachne ... 151

Nadir - Túlio Pinto. Nadir #16, 2018 ... 152

Anunciação da Neve - Ío. 2009... 153

(13)

Black Shuck - Abraham Fleming. A straunge and terrible wunder, 1577 ... 155

Lampião e seus Cangaceiros decapitados - Fotógrafo desconhecido. 1938 ... 157

Decapitação - Théodore Géricault. Têtes coupées, 1818-1819 ... 157

O condenado se ajoelha - Affonso de Oliveira Mello. Execução de um rebelde, 1894 ... 160

Cabeças que permanecem vivas - Gustave Moreau. A aparição, 1876 ... 161

O Milagre de São Justo - Peter Paul Rubens. Het Mirakel van Sanctus Justus, 1630 ... 162

Mortos-vivos - Cena da série The Walking Dead, 2015 ... 162

Por meio de descargas elétricas - Henry R. Robinson. Um cadáver galvanizado, 1836. Ilustração satírica ... 162

Medusa - Bernini. 1644 ... 163

Orfeu - John William Waterhouse. Nymphs finding the head of Orpheus, 1900 ... 164

Górgonas - Simulação virtual para a obra Górgonas, feita para a Ío por Gabriel Solon ... 165

Fierce forces are my state - Matthew Barney. River of Fundament, 2014. Still ... 166

The Body of Nefertiti - Little Warsaw. 2003 ... 168

Destricted - Matthew Barney. Hoist, 2006 ... 168

Rio de fezes - Cena de River of Fundament, Matthew Barney. ... 168

Cenas apresentadas no filme, as performances e as esculturas - Imagens de três instâncias do projeto River of Fundament, Matthew Barney ... 169

Osíris - Matthew Barney e Jonathan Bepler. River of Fundament, 2014. Cena ... 170

Assemelhar a um barco - Matthew Barney. Boat of Ra - River of Fundament, 2014 ... 171

Sekhu - Escultura que compõe a exposição River of Fundament, 2014 ... 171

Elaboradas na obra de Barney - Imagem da página inicial do site http://www.riveroffundament.net/ ... 172

Khaibit - Câmara funerária de Irinefer, Deir el-medina, Egito, XIX dinastia, entre 1200 AEC e 1150 AEC ... 174

Criatura moldada no barro - Knhum molda um rei e seu ka. Monumento de Amenhotep III (1405-1370 AEC) em Luxor ... 175

(14)

Um momento, quando evocado, manifesta-se por inteiro - Ío. 2013 ... 180

A influência de Francis Bacon nos veículos automotores brasileiros - Ío. 2004-2010. Still de vídeo ... 181

Dimensões distintas de percepção - Demonstração do Efeito Stroop ... 182

Dentes afiados - Ío. Demônio Pessoal, 2015. Detalhe ... 186

Demônio Pessoal - Ío. 2015 ... 187

Acionador - Ío. Demônio Pessoal, 2015. Detalhe ... 188

Captura - Planta carnívora da espécie dioneia ... 189

Desvirtuá-los - Pablo Picasso. Cabeça de Touro, 1942 ... 191

Apropriação de mecanismos ou objetos - Olafur Eliasson. Um ventilador em The curious garden, 1997 ... 192

Apropriação de mecanismos ou objetos - Matthew Barney. Um disparador de alvo é utilizado em Drawing Restraint 5, 1989 ... 192

Apropriação de mecanismos ou objetos - Roman Singer. Uma bicicleta em Fahrrad mit Farbe, 1995-2003. ... 192

Assédio de Zeus - Corregio. Júpiter e Ío, 1532-1533 ... 193

Io e Zeus - Ío. 2013 ... 193

Vênus escondida - Ío. 2008 ... 194

Um humor jocoso e sexualizado - Ío. Galáxia (Homenagem à Maria Martins), 2013 ... 194

Um humor jocoso e sexualizado - Marcel Duchamp. Paysage fautif, 1946. Sêmen em Astralon sobre cetim preto ... 194

Atmosfera de violência - Kara Walker. A Warm Summer Evening in 1863, 2008 ... 195

Objetos violentos, instrumentos de execução - Rebbeca Horn. High Moon, 1981 ... 196

Objetos violentos, instrumentos de execução - Tom Sachs. Chanel Guillotine (Breakfast Nook), 1998 ... 196

Objetos violentos, instrumentos de execução - Anish Kapoor. Shooting into the Corner, 2009-2013... 196

Objetos violentos, instrumentos de execução - Andy Warhol. Double Silver Disaster, 1963 ... 196

O martírio transcende a carne - Bernat Martorell. Martírio de Santa Eulalia, 1440 ... 197

Spider - Louise Bourgeois. Spider (Cell), 1997 ... 200

(15)

Latrodectus mactans - Viúva negra ... 203

Olímpia - Robert Wilson e Anna Calvi. The Sandman, 2017... 205

Personificação da ameaça de castração - Robert Wilson e Anna Calvi. The Sandman, 2017 ... 206

Uma opção que traz, sempre, a sombra da outra - Louis Bouwmeester em Édipo Rei, 1896 ... 207

Enigma da Esfinge - Gustave Moreau. 1864 ... 208

Compramos uma armadilha - Registro da armadilha comprada na feira ... 211

Uma serra para madeira sem o cabo - Ío. Movimento involuntário, 2013 ... 212

O objeto invisível - Alberto Giacometti. L’Objet Invisible (Mains tenant le vide), 1934-1935 ... 213

Dispositivo III – Também nós nos despedimos - Ío. 2013 ... 215

Imagens de armadilhas - Exemplos de armadilhas diversas encontradas na internet ... 216

Armadilha alterada - Conroy Maddox. Máquina de escrever onanista, 1940 ... 217

Facilmente reconhecível - Cena do desenho animado Papa Léguas, da franquia Looney Tunes and Merrie Melodies, criado por Chuck Jones em 1949 para os estúdios Warner Bros. ... 217

Armas primitivas - Ío. Terceira Dentição, 2009-2013... 219

Arcada de tubarão - Imagem encontrada na internet ... 219

Punhal improvisado - 126 facas improvisadas apreendidas em presídio de Bangu, no Rio (VISTORIA..., 2016) ... 220

Esboços de seu mecanismo - Estudo para a estrutura de Demônio Pessoal ... 221

Maquetes - Registro de processo de trabalho: estudo para Demônio Pessoal, 2015 ... 221

Mecanismo plenamente funcional - Ío. Demônio Pessoal, 2015. Processo de construção do mecanismo ... 221

Aço galvanizado - Ío. Demônio Pessoal II, 2015 ... 225

Cinza escuro - Ío. Demônio Pessoal III, 2015 ... 225

Um ar de instrumento cirúrgico - Ío. Demônio Pessoal IV, 2018 ... 225

Perdição humana - Michelangelo. O tormento de Santo Antônio, 1487 ... 226

A figura mais anedótica do imaginário cristão - Michael Pacher. São Wolfgang e o diabo, 1483 ... 228

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Posicionamento em relação ao espaço expositivo - Planta com esquema das obras e opções de posição ... 231

Fluxo Laminar - Ío. 2015 ... 232

Visível desde a entrada - Ío. Aporia, 2015. Visão da entrada da exposição ... 233

Duplo dispositivo de segurança - Detalhe de um dos dispositivos ... 234

As lâminas de vidro - Ío. Demônio Pessoal III, 2015... 238

Amor impossível - John William Waterhouse. Echo and Narcissus, 1903 ... 241

Espelho permite uma perspectiva de si - Ío. Estamento, 2018 ... 242

Destruir o próprio duplo - Cena de O Retrato de Dorian Gray (The Picture of Dorian Gray - Albert Lewin, 1945) ... 245

Delíquio - Ío. 2015 ... 248 Delíquio - Ío. 2015 ... 249 Delíquio - Ío. 2015 ... 250 Delíquio - Ío. 2015 ... 251 Delíquio - Ío. 2015 ... 252 Delíquio - Ío. 2015 ... 253

A pérola - Matthew Barney & Bjork. Drawing Restraint 9, 2005 ... 254

Seu nascimento - William-Adolphe Bouguereau. O Nascimento de Vênus, 1879 ... 255

Vênus - Vênus, afresco em Pompéia, século I EC ... 255

Estojos de jade - Traje mortuário em jade de Dou Wan, Dinastia Han (206 AEC, 24 EC) ... 256

Bastante refratários, emocionalmente - Damien Hirst. The impossibility of Death in the mind of someone living, 1991 .. 257

Quem morre são os outros - Túmulo de Marcel Duchamp, 1887-1968 ... 258

As Montanhas de Eva Braun - Marina Camargo. 2013 ... 260

Artefatos para bloquear orifícios - Peças em jade para tamponamento anal mortuário em forma de porquinhos, Dinastia Han (206 AEC, 220 EC) ... 261

Plugues eróticos - McCarthy. Tree, 2014 ... 261 Toma a forma de uma besta - Cena do filme Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula - Francis Ford Coppola,

(17)

1992) ... 262

Vampiromania global - Cartaz do filme Garota Sombria Caminha pela Noite ... 263

Deveria ser mantido nas sombras - Nosferatu: O vampiro da noite (Nosferatu: Phantom der Nacht - Werner Herzog, 1979) ... 266

Delícia - Hieronymus Bosch. O Jardim das Delícias Terrenas, 1503-1515. Detalhe ... 267

Orgasmo - Bernini. O Êxtase de Santa Teresa, 1647-1652 ... 268

Delíquio - Ío. 2015 ... 269

Aporia - Ío. Aniamsi, 2015 ... 270

Aporia - Ío. Vista parcial da exposição Aporia, 2015 ... 271

Peso e leveza - Ío. Fluxo Laminar, 2015 ... 272

Orgânico e artificial - Ío. Princípios do Mundo – Amerásia I, 2015 ... 272

Como em camadas - Ío. Princípios do Mundo – Amerásia II, 2015. Primeira versão, posteriormente apagada e novamente recoberta com talco ... 273

Não possui uma representação icônica - Pierre Eugène Emile Hébert. Et Toujours! Et Jamais! (La mort et la vierge), 1863 ... 274

Morte compunha uma atmosfera - Pieter Bruegel, o Velho. O triunfo da morte, c. 1562 ... 275

Memento Mori - Roda da Fortuna. Mosaico policromado de Pompéia, século I AEC ... 275

Sob a influência da religião cristã - Catacumbas dos Capuchinos de Palermo, Sicília, Itália (inaugurada em 1599) ... 275

Tempus Fugit - Felix Gonzalez-Torres. “Untitled” (Perfect Lovers), 1991 ... 276

Retorno intenso deste ícone na moda - Jean-Charles de Castelbajac, desfile Vogue 2011, Paris ... 277

Memento Mori - Walmor Correa. 2007 ... 277

Dança Macabra - Janez iz Kastva. 1490. Réplica em afresco. Igreja da Santíssima Trindade, Eslovênia ... 278

Dança Macabra - Cena de O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet - Ingmar Bergman, 1959) ... 278

Vanitas - Hans Memling. Tríptico da Vaidade Terrena e da Salvação Divina, c. 1485 ... 279

(18)

Vanitas - Damien Hirst. Pelo amor de Deus, 2007 ... 279

Vanitas - Nicolas Rubinstein. Mickey também é um rato, 2007... 279

Belas imagens sedutoras - Pierre et Gilles. Saint Sébastien de la Guerre, 2009 ... 280

Presença da morte - Ío. Zip Zap Zip, 2005 ... 281

Estética macabra - Mark Romanek, The Perfect Drug (videoclipe da banda Nine Inch Nails, 1997) ... 281

Shiva - Estátua Shiva Nataraja. Representação tradicional, sem autor ou data ... 282

Rosto desumanizado - Dimitri Tsykalov. Fruit and vegetable skulls, 2005-2008 ... 282

A extinção é a norma da Vida – Meus sonhos são todos violentos - Ío. 2015 ... 283

Sua forma depende de quem olha - Em forma humana. Mike Dringenberg. Sandman, 1990 ... 284

Sua forma depende de quem olha - Em forma felina. Kelley Jones. Sandman, 1990 ... 284

Pato-coelho - Coelho e Pato (Kaninchen und Ente), da edição de 23 de outubro de 1892 do periódico humorístico semanal die Fliegender Blätter ... 285

Amor inconsequente - Antonio Canova. O Amor e Psiquê, 1787-1793 ... 285

Jogo bastante duchampiano - Marcel Duchamp como Rrose Sélavy, por Man Ray, 1921. O nome desse alter ego feminino de Duchamp significa “eros é a vida” ... 286

Deus primordial filho do caos - Eros arauto do amor, Lécito Ateniense, aprox. século V AEC, Museu Hermitage ... 286

Abismo insondável - Anish Kapoor. Descension, 2014 ... 287

Nix - Foto de nossa gata Nix ... 288

Corpo que apodrece - Anônimo, rolo ilustrado do poema dos nove estágios de um cadáver em decomposição, período Muromachi, c. 1527 ... 289

Se reintegrando a natureza - Também nós nos despedimos (à frente), Desmos (ao fundo), na exposição Não esta Morte, Outra. Ío, 2015 ... 290

Morte-passagem - Ío. Também nós nos despedimos, 2015 ... 290

Dispositivo VII – Hans Christian Andersen e a morte - Ío. 2013-2015 ... 291

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Um momento, quando evocado, manifesta-se por inteiro - Ío. 2015. Detalhe ... 293

Disposição de movimento - Ío. Dispositivo XI – Ponía trabas a su propia visión por mirar el objeto tan de cerca, 2013 .... 293

Eros e Thanatos - Philippe Halsman e Salvador Dalí. Voluptas Mors, 1951 ... 294

Pulsão de morte - Gustav Klimt. Morte e vida, 1916 ... 295

Romeu e Julieta - Cena do balé coreografado por Nureyev, Opéra Bastille, Paris, 1995 ... 297

Ciclo gestativo - Ío. Obstruções, 2015 ... 299

Coesão das pulsões - Chris Cunningham. Flex, 2000 ... 299

Ilinx - Ío. 2018 ... 301

Que se conectam - Esquema para o funcionamento de Ilinx ... 302

Quando acionado - Peter Fischli and David Weiss. Der Lauf Der Dinge, 1987 ... 302

União do amor através da semelhança - Eva & Adele, duo de artistas que fazem do ato de vestir-se e maquiar-se de modo idêntico parte de seu trabalho e estilo de vida ... 304

Imagens icônicas de feminilidade - Sandro Botticelli. Vênus, 1480 ... 317

Não realista - Hans Bellmer. La Poupée, 1935 ... 318

Cultura pop - Milo Manara. Homenagem a Mucha, 2013 ... 318

Ascendências da história da arte ocidental - Lucas Cranach, o Velho. Vênus com véu, 1531 ... 318

A volúpia e o desejo - Ío. Delíquio, 2015 ... 319

Efeito de deslocamento de pico - Teste de efeito de deslocamento de pico com filhote de gaivota... 320

Deusa Parvati - Estatueta votiva de autoria desconhecida ... 320

Preencher - Rachel Whiteread. House, 1993 ... 322

Preencher - Nelson Felix. Vão, 1996 ... 322

Integridade corporal - Peça em jade para tamponamento anal mortuário, parte das peças funerárias de Dou Wan ... 322

Obstruções - Ío. 2016 ... 323

Gramatologia - Ío. 2012... 324

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Maneirismo - El Greco. São Sebastião, 1610-1614 ... 325

Fundo dourado - Beyoncé no Grammy de 2017 ... 327

Isolamento sensorial - Cena do filme Gravidade (Gravity - Alfonso Cuarón, 2013) ... 328

Cinco conselhos para entrar em uma sala onde houver uma Roupa de se Transformar em Monstro - Ío. 2013 ... 330

Caráter ilustrativo - Ío. Cinco conselhos para entrar em uma sala onde houver uma Roupa de se Transformar em Monstro (primeira versão), 2008 ... 331

Pelagem animal - Ío. Cinco conselhos para entrar em uma sala onde houver uma Roupa de se Transformar em Monstro, 2013. Detalhe ... 332

Cela de uma prisão - Carcel de Miguelete, inaugurado em 1888 ... 332

Duas ursas para trucidar 42 meninos - Imagem lúdica infantil para colorir, retirada do site supercoloring.com ... 335

A Caça - Ío. 2018 ... 336

Instrumento de purgação - Ío. La Sangre, en Portugués, es Masculino, 2013 ... 341

Um fundamento - Pintura rupestre, c. 7350 AEC. Cueva de las Manos (Patagônia, Argentina) ... 344

Em Magma - Ío. 2012... 345

Princípios do Mundo - Nostalgia - Ío. 2014 ... 346

Las dos Fridas - Frida Kahlo. 1939. ... 347

Cadeira - Joseph Kosuth. Uma e Três Cadeiras, 1965 ... 349

Repertório de objetos míticos - Réplica de fetos xifópagos na feira de amuletos de Bangcoc ... 350

Existissem simultaneamente - Krishna Criança. Representação votiva, sem autor, sem data ... 351

Io e Zeus - Ío. Dispositivos V e VI, 2013 ... 353

O outro lado deste homem - René Magritte. La reproduction interdite, 1937 ... 354

Estou pensando em ti - Ío. 2016 ... 356

Cleptomancia - Foto de divulgação da exposição Cleptomancia ... 378

Investigação poética - Ío. Cleptomancia, 2018 ... 379

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S

umário

Introdução ... 22

1 Genealogia do Duplo ... 30

1.1 O Duplo – Encenação de um ensaio ... 31

1.2 As vozes na cabeça ... 44

1.3 Telegonia ... 48

1.4 Literatura e cinema – encarnações do duplo como morte ... 59

1.5 A vida imita a arte, como farsa ... 70

1.6 Cem fantasmas não valem um homem ... 86

2 A morte do eu-outro ... 93

2.1 Qual é o nome do meu irmão? ... 96

2.2 Bootstrap ... 100

2.3 Haja luz; e houve luz (sobre a velocidade) ... 105

2.4 Todo trabalho de arte é a possibilidade de outro mundo ... 112

2.5 Coração Satânico ... 121

2.6 Cada substância de um pesar tem vinte sombras ... 128

2.7 Moldar as bestas ... 136

2.8 Cortem as cabeças! ... 149

2.9 River of Fundament... 166

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3 Demônio Pessoal ... 185 3.1 Da arte das armadilhas ... 186 3.2 Máquinas Ruins ... 191 3.3 Ob-Rogar ... 202 3.4 A navalha triste ... 211 3.5 Seus dentes e seus ossos ... 215 3.6 Um demônio pessoal ... 226 3.7 Aporia ... 231 3.8 Narciso ... 237 4 Eros e Thanatos ... 247 4.1 O destino terminal não os alcançará ... 254 4.2 O reflexo distorcido da vida ... 260 4.3 A dança macabra ... 269 4.4 Eros e Thanatos ... 284 4.5 A destruição como causa do devir ... 294 4.6 Cartas Fantasma ... 308 4.7 Efeito de deslocamento de pico ... 317 4.8 A cova e o útero ... 330 Conclusão – um bestiário de duplos ... 342 Referências ... 358 Anexo – A ilusão se contenta com pouco ... 378

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Je est un autre. Rimbaud

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I

ntrodução

Doppelgänger é um temo alemão que nos é muito caro: doppel significa “duplo” ou “réplica” e gänger, “andante”, “ambulante” ou “aquele que vaga” e, tradicionalmente, se refere à exis-tência de dois seres semelhantes entre si, quase indiscerníveis e, no entanto, subjetivamente dialéticos até a quase complementaridade. O Duplo é um mito fortemente introjetado na humanidade, que perpassa múltiplas mitologias da antiguidade e se repete de forma recalci-trante na ficção. Qualquer pessoa que tenha se postado diante de um espelho, e olhado aten-tamente para aquela inacessível figura à sua frente, instintivamente percebe que uma outra realidade lhe é negada. A crença em metempsicose, ou em um espírito ou alma que perdura após a putrefação do corpo, parte da ideia de existência de um duplo. Mais do que um mito, o duplo é uma autorreflexão ou um enigma: “quem seria eu, se não fosse eu?” (ÍO, 2018).

Quando o duplo nasce em mim?

Talvez em certo ponto indefinido de minha infância, quando passava longo tempo parada em frente ao espelho, com vergonha de ser vista. Eu ponderava se aquela imagem à minha frente era eu ou uma outra, uma desconhecida que me imitava como em um jogo. Qual seria seu destino, ou que outra forma assumiria, quando eu não conjurava sua presença com meu corpo? Outra pergunta recorrente era se me seria possível através de uma chave, encanto ou gesto, ter acesso àquele lugar, àquele outro lado, em tudo semelhante ao meu, apenas um pouco diferente em sua curiosa inversão (será que o tempo também correria em outro sen-tido?).

Talvez pudesse voltar ainda mais, à primeira infância, no momento em que eu olhava meus pés e mãos como entidades independentes que pertencem a um outro, até que meus pais passaram a aderir um

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nome sobre mim, repetido inúmeras vezes, unificando-me até que eu me tornasse esta Laura. Ou, ainda, nas primeiras vezes em que, com certo assombro, eu percebi que havia uma voz que parecia à margem de meus pensamentos (que em um átimo desaparecia, e eu retornava temporariamente a ser uma entidade única). Es-sas experiências, somadas, só contribuíam para o fascínio dessa percepção de uma espécie de outro que havia em mim. Mas esse fascínio foi, na adolescência, envolvido pelo temor. Induzida por histórias contadas por fami-liares e lendas que ouvia entre amigas, eu me trancava em uma peça, iluminada apenas por uma vela, e obser-vava no espelho um rosto que se transformava diante de meu olhar. Mesmo convicta de seu pertencimento, muitas vezes o entendia como um outro que, a qualquer instante, poderia me interpelar. Estas experiências, no decorrer do tempo, foram alinhavadas com a literatura e o cinema fantástico, que povoavam meu imaginário e, mesmo que muito reconfiguradas, ainda permeiam meu pensamento poético.

Minha própria produção artística dá-se através de um alter ego, Ío, que é de certa forma um duplo, pois compartilho a criação e execução das obras com Munir Klamt. Trabalhamos dessa forma há quinze anos, e nes-se processo uma estranha simbiones-se ocorreu, na qual connes-seguimos atuar de forma coesa, porém mantendo opi-niões, vontades e mesmo interpretações sobre as obras que são bastante díspares. Assim, sua identidade é, paradoxalmente, individual, dual e múltipla.

Esta tensão entre um nós que é um eu (e que nos envolve), me permite naturalmente falar na terceira pessoa (feminina) deste outro, esta persona que parece sempre movida por um desejo de morte, vertigem, lu-xúria – todos processos contínuos de desagregação. Sob muitos aspectos, a Ío é uma sinédoque do tema que constitui esta tese: a contração de um duplo constituído por um ele e um ela em constante conflito, e um outro duplo, ao mesmo tempo amálgama de ambos e entidade à parte, que mesmo não existindo fisicamente, é a signatária que produz matérias concretas no mundo.

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Todo trabalho artístico se estrutura sobre alguns fundamentos específicos, sejam eles conceitos, técni-cas, visões de mundo, temas, materiais e suas simbologias. Enquanto alguns artistas têm muito claro quais são esses fundamentos com os quais operam, para outros é algo vago e impreciso, que se torna mais nítido à medi-da em que ordenam uma quantimedi-dade representativa de seus trabalhos, ou que buscam desenvolver uma refle-xão sobre eles.

Neste processo de autoanálise inerente ao fazer artístico, uma percepção se torna gradualmente nítida: a importância do duplo na minha poética, e seu aspecto fundante (os primeiros trabalhos da Ío, apresentados no primeiro capítulo, tratam explicitamente sobre o tema). Ao mesmo tempo, no decorrer do tempo se estabe-leceu uma relação contraintuitiva, ao perceber que esta entidade capaz de bilocação, este duplo que se refere à existência de dois seres semelhantes entre si, quase indiscerníveis (e, no entanto, subjetivamente dialéticos até a complementaridade), vai sendo sublimado em direção de uma substância difusa, que parece se instalar nas fissuras da matéria. Uma imagem que será como um leitmotiv ao longo deste texto é a do daimon,1 pois, à sua maneira, ela capta duas essências que estão presentes no texto e na poética da Ío. A primeira é a permanência e as transformações das genealogias de formas e pulsões; a segunda é ser a própria ideia que anima um objeto, lugar ou ser.

Ío e o Duplo: um bestiário pode ser um título decepcionante. O texto não contém, efetivamente, a dis-posição de listar criaturas fantásticas. Mas este título está correto, na medida em que sugere que estas são gra-dualmente transformadas por um mundo técnico e revividas no cotidiano, estabelecendo um diálogo

constan-1 Daimones são a manifestação da vontade divina em elementos naturais, lugares, e na própria natureza humana (assim, há

daimones do amor, da ira, do fogo, da água, de uma pessoa, de uma cidade, uma estrada...). Os daimones atuariam como mensageiros e intérpretes entre deuses e homens, guia das almas após a morte, mas também seriam uma voz interior.

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te, embora cifrado, conosco. Estes monstros que habitam o ecossistema da poética da Ío não trazem uma apo-logia do disforme e do obscuro, mas uma crença nas polaridades, nas contraposições, nos contrastes, nos equi-líbrios de força.

É natural, portanto, que este texto tenha um fluxo ambíguo. Reiteradamente serão trazidas característi-cas identificadas como constituintes do duplo em suas multiformes manifestações – seja nas mitologias, nas artes, ou profundamente arraigadas na ontologia do ser. Há a disposição de entender quais as origens e a natu-reza deste duplo que não cessa de se atualizar. Neste movimento, procurarei elaborar uma reflexão sobre al-guns dos conceitos que guiam a produção, de forma a demonstrar as formas em que os trabalhos da Ío se en-contram em relação ao duplo, ora profundamente imbricadas nele (os mais antigos), ora como um sinal lumino-so que o ofusca (os hodiernos).

Ao pensar na ideia de duplo, é natural associá-la aos desdobramentos e replicações, algo idêntico, ou quase indiscernível: gêmeos univitelinos, clones, fotocópias... Ainda que um dos grandes arquétipos do duplo seja o idêntico que é, em essência, o oposto (como nos mitos dos gêmeos antagônicos). O que me moveu foi perceber que o duplo pode surgir de forma muito mais complexa e sutil (a tradição nos permite anexar as som-bras, a morte e os espelhos ao seu legado), e que a poética da Ío intenta emular esta orquestração. Em sua di-mensão arquetípica, o duplo é resiliente e resiste a ser soterrado pelo século XXI – pelo contrário, encontramos extensões de seu ser, ainda que transfiguradas, em muitos lugares. Por consequência, minha disposição não é fazer um levantamento exaustivo do tema, mas sim buscar uma apreensão transversal, focada nas artes plásti-cas.

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olhar para onde o próprio trabalho estava me conduzindo, de forma que a tese é estruturada por trabalhos da Ío que agenciam características vinculadas ao duplo, orbitados pela poiética, referências teóricas, trabalhos de outros artistas, filmes, livros, dentre outras referências e digressões. Uma obra pode ter sua origem na tentati-va de sintetizar os mitos ancestrais, em um chiste ouvido na rua, em um sonho ruim ou um artigo científico – tudo o que me instiga vai compondo esse corpus de referências, e essa deshierarquização ordena o corpo do texto.

Os capítulos se estruturam em blocos que, apesar de postos em certa ordem, possuem uma identidade não-linear, como a dos mapas mentais. Em paralelo, uma barra lateral à direita tece um outro discurso conjun-to-disjunto: são imagens entendidas como discurso e não ilustração, comentários propositalmente dispersivos ou veredas pertinentes que não cabiam no corpo do texto.2

O primeiro capítulo é dedicado a uma revisão do tema do duplo para que seus conceitos operacionais sejam sugeridos e contrapostos com mais liberdade nos demais capítulos. Ele inicia com trabalhos primevos da Ío, demonstrando este desejo do duplo; na sequência, é apresentado um breve histórico sobre o tema, miran-do questões que serão importantes no desenvolvimento miran-dos demais capítulos. Há a disposição de identificar qual o entendimento geral sobre o conceito, suas características e propriedades, além de apontar alguns exem-plos de sua manifestação em diversas áreas, desde os considerados clássicos até os dias atuais. Para criar esta fundação, recorri a áreas distintas do conhecimento, partindo de estudos sobre o duplo tanto no campo da

an-2 Cabem algumas observações sobre convenções adotadas na presente tese. Toda as citações diretas de fontes em línguas estrangeiras são traduções de minha autoria, excetuando-se aquelas que tenham indicação em contrário. Citações de textos produzidos pela Ío, não publicados em livro, catálogo ou outro tipo de documento, são identificadas em notas laterais, quan-do necessário. Os títulos das obras de arte foram mantiquan-dos em suas línguas originais, salvo quanquan-do a obra é mais conhecida no Brasil pelo título em português, ou quando sua compreensão é necessária para a contextualização da obra .

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tropologia quanto da literatura, neurologia, arte e psicanálise. Hipóteses sobre a origem do duplo e exemplos de suas primeiras manifestações convivem com análises que buscam entender e especular as razões das cons-tantes transformações que a ideia de duplo vem sofrendo, notadamente no decorrer dos séculos XX e XXI. Para uma abordagem de sua manifestação contemporânea, tomo a obra de Tunga e sua influência sobre minha poé-tica. O duplo enquanto desdobramentos de identidade é abordado por meio da obra Cem Fantasmas não va-lem um Homem , composta por uma série de desenhos com futuros possíveis de uma mesma pessoa.

O segundo capítulo, A morte do eu-outro, parte do trabalho Qual é o nome do meu irmão?, centrado em um brutal episódio envolvendo um irmão natimorto de Munir Klamt, para refletir, através da sombra, sobre o amplo espectro da fragilidade da identidade e como esta percepção evoca o duplo. A sombra se metaforiza em direção dos múltiplos fantasmas que envolvem o ser e seu devir, e seus segredos do passado. Alguns temas co-mo a metempsicose, os trajetos metafísicos no submundo, a aniquilação da identidade, permeiam todo o capí-tulo, seja artisticamente, mitologicamente ou enquanto alegoria. A série Três-Marias, na qual está incluso Qual é o nome do meu irmão?, leva o tema da sombra à questão da apropriação das identidades. É comentado um filme, Coração Satânico, que traz o duplo como crise de identidade, em uma dimensão místico-religiosa. A refi-nada mitologia mortuária egípcia, mediada por Norman Mailer e Matthew Barney, nos serve de condutor para penetrarmos nas entranhas do submundo, locus da sombra, onde os rituais almejavam criar um duplo do ser na vida pós-morte.

Na mitologia do duplo, é constante que o embate entre antagonistas resulte em auto aniquilação. O ter-ceiro capítulo se centra em Demônio Pessoal, um trabalho que mimetiza esta força autodestrutiva. Trata-se de uma armadilha, dispositivo de espera, cujas presas são de vidro e o acionador lembra um espelho. As razões da constituição do trabalho, os empecilhos técnicos, relações casuais que a construíram permitem aproximar do

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Unheimlich Freudiano. Narciso, em diversas instâncias, é evocado neste trabalho, e analisado no texto. Uma videoinstalação, Ob-Rogar, também faz uma costura com o mito de Édipo. Nesse capítulo parto de Freud e da mitologia grega para pensar sobre as questões evocadas, e abordo a manifestação do duplo na forma dos dai-mones, a dimensão escultórica de predadores e armadilhas na obra de Louise Bourgeois e o acaso objetivo se-gundo André Breton.

O núcleo do quarto capítulo é a polissemia da morte – palavra mais atavicamente vinculada ao duplo, e tema recorrente na poética da Ío. Partindo de rituais mortuários chineses, mas com grande carga erótica, Delí-quio (e seus desdobramentos, Obstruções e Cartas Fantasmas), são obras da Ío que nos servem como balança para refletir sobre a dialética central do duplo e as tensões das oposições. Eros e Thanatos, desde sua origem na mitologia, são os símbolos mais enfáticos deste capítulo e insistimos em sua presença de forma tautológica, seja nas atualizações dos Vanitas e do Memento Mori, nas persistentes lendas vampíricas, em reflexões sobre a natureza do desejo e o prazer (talvez furor) da destruição, por um viés psicanalítico. É o capítulo em que polos opostos realizam os movimentos mais coordenados.

Ao final, um anexo traz um fragmento heteróclito, apresentando a pesquisa de Juliana Proenço de Oli-veira sobre três obras da Ío, Qual é o nome do meu irmão?, Conjunção adversativa e Demônio Pessoal, o que permite acumular perspectivas, pois essa pesquisa foi realizada como parte de seu trabalho de conclusão de curso em História da Arte no Instituto de Artes da UFRGS, e sua análise parte de três experimentos com públi-cos diversos, que eram instados a descrever essas obras da Ío na exposição RSXXI Experimental, realizada no Santander Cultural em Porto Alegre em 2018.

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das identidades. São esses questionamentos que mantém sua atualidade. Minha hipótese é que na arte con-temporânea o duplo não se manifesta como simples desdobramento de algo (corpo, imagem, etc.) mas de um modo mais denso, sutil e transversal, muitas vezes despercebido por seus autores. Portanto, minha busca pelo duplo na produção hodierna foca nas camadas mais profundas de sua manifestação – excluindo as duplicações imagéticas, as cópias seriais, os bonecos autômatos – buscando transcender sua manifestação direta, envolven-do as ideias que o fundamentam. Infiro que o duplo possa ser um conceito operatório próprio dentro envolven-do campo das artes, que busco identificar como elemento constituinte ou motor de minhas obras.

Na conclusão, partindo das diversas formas através das quais o tema do duplo foi abordado no decorrer dos capítulos, almejo verificar a propriedade de considerá-lo como um princípio estruturador de trabalhos artís-ticos e definir suas condições de atuação nas obras.

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