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NOVA TENTATIVA DE CLONAGEM DE MAMUTES EDITORIAL DICAS CIENTÍFICAS

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Academic year: 2021

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EDITORIAL

As pesquisas do Projeto Paleotocas continuam surgindo nas publicações científicas: desta vez foi publicado na Revista Brasileira de Paleontologia um artigo detalhado sobre a paleotoca da propriedade Laudir Ogliari em Boqueirão do Leão:

http://www.sbpbrasil.org/revista/edicoes/16_1 /07_Frank_et_al.pdf

É um resultado de um trabalho em equipe. Foram várias saídas a campo e inúmeras horas no computador, incluindo o trabalho dos revisores da Revista, através dos quais o artigo ficou mais preciso. Agradecemos a todos e vamos partir para o próximo artigo, cujo rascunho já está pronto.

DICAS CIENTÍFICAS

Em muitos eventos científicos – de todas as áreas - são apresentados Resumos Científicos de baixa qualidade, são expostos Pôsters muito mal feitos e são realizadas Apresentações Orais que não seguem as mínimas regras básicas. Orientações de como elaborar bons Resumos, bons Pôsters e boas Apresentações Orais podem ser encontrados no site do Projeto Paleotocas:

www.ufrgs.br/paleotocas/Producao.htm .

NOVA TENTATIVA DE

CLONAGEM DE MAMUTES

Cientistas russos encontraram em uma ilha do Oceano Ártico o cadáver de uma fêmea de mamute que morreu há mais de 10.000 anos atrás com uma idade de 60 anos. Enquanto as costas e a cabeça foram atacadas por predadores já naquela época, a parte de baixo do cadáver estava dentro de um lago congelado e se manteve tão bem que os cientistas encontraram carne ainda vermelha e sangue ainda fluido. Como já em 2008, os cientistas tentarão clonar o mamute. Mas o procedimento é muito complexo e jamais foi tentado; as possibilidades de sucesso são pequenas, mas sempre há uma chance. O simples anúncio da tentativa já mostra que a intenção dos cientistas é absolutamente séria.

PALEOTOCAS NO

JORNAL DO ALMOÇO

No dia 10 de maio foi veiculada uma matéria sobre paleotocas, com 5 minutos de duração, no Jornal do Almoço, da RBS-TV. O vídeo está disponível em:

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/nossa- terra/2013/noticia/2013/05/rs-tem-mais-de-600-

paleotocas-que-abrigaram-animais-pre-historicos.html

Boletim Informativo das Pesquisas do Projeto Paleotocas Número 26 – junho de 2013

Responsável: Prof. Heinrich Frank Site: www.ufrgs.br/paleotocas

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ESTAMOS RODEADOS DE PALEOTOCAS !

Encontrando uma paleotoca aqui, outra paleotoca acolá, outra lá mais adiante, fica a impressão de que antigamente havia alguns animais pré-históricos que de vez em quando cavavam algumas tocas – nada de muito intenso nem freqüente. Pois exatamente o oposto é o que ocorre, como mostra um trabalho de campo recente que fizemos.

Nos últimos dois anos está sendo duplicado o trecho da BR-386 entre Tabaí (RS) e Estrela (RS). E ficamos acompanhando os grandes cortes que foram feitos ao longo da rodovia nas coxilhas daquela região. Especialmente entre a cidade de Tabaí e a cidade de Fazenda Vilanova. Corresponde a um trecho de 17 km de estrada. Desconsiderando alguns cortes muito pequenos, foram feitos naquele trecho 15 cortes grandes, com alturas de até 12 metros e comprimentos de até 500 metros. Os cortes expõem a história geológica daquela região: as grandes dunas do deserto Jurássico, algumas rochas vulcânicas que foram injetadas para dentro das areias enquanto as dunas ainda estavam ativas, as cascalheiras de basalto que depois foram trazidas do Norte pelos grandes rios há milhões de anos atrás, e finalmente a espessa capa de material alterado vermelho superficial.

Ao longo destes dois anos, passando dezenas de vezes neste trecho, sempre com uma máquina fotográfica em punho, fomos fotografando as feições que surgiram: em 4 dos cortes conseguimos detectar paleotocas – sempre preenchidas; surgem como manchas circulares ou elípticas escuras dentro da rocha da rocha clara que forma os cortes. São entre 2 e 6 paleotocas por corte, com larguras entre 0,8 e 2,3m e alturas de até 1,0 m. Algumas, como esta, muito bonitas:

Considerando que os cortes feitos expõem apenas uma pequena porção das coxilhas e que ¼ dos cortes mostraram paleotocas, é lícito supor que todas as coxilhas da região têm pelo menos um sítio com paleotocas. Estamos rodeados de paleotocas, elas estão por toda parte. Este trabalho será apresentado no Congresso Brasileiro de Paleontologia, em outubro/2013, em Gramado.

O tamanho do túnel sugere que não foi escavado por tatus gigantes, mas sim por preguiças gigantes. As camadas horizontais do seu preenchimento mostram que ele foi entulhando lentamente, ao longo de centenas ou milhares de anos, talvez em períodos de chuvas.

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VIDEO SOBRE MEGAFAUNA

Nosso colega Renato Lopes chama atenção para um vídeo sobre Megafauna que está disponível no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=UzSMVEHT9sU). Trata-se de um documentário de ótima qualidade produzido pela BBC e falado em inglês. Aborda a megafauna do Hemisfério Norte, mostrando tigres-de-dente-de-sabre, preguiças gigantes, gliptodontes, mamutes e outros, muito semelhantes aos que havia por aqui. Há algumas coisas muito interessantes.

1. O caso do estrume de preguiças gigantes

Na região do Grand Canyon, em um local bastante inacessível, há uma caverna relativamente grande dentro da qual há pilhas de estrume de preguiça gigante; parecem bolas de estrume de gado, só que maiores. O estrume está muito bem preservado, porque o clima da região é desértico e simplesmente não houve água para apodrecer o material. Analisando as pilhas de estrume, que chegam a 1,5 metros de altura, é possível analisar a sua composição em termos de restos vegetais e a partir daí obter conclusões sobre a flora da região – as plantas que as preguiças comiam. Além disso, pode-se fazer a datação do estrume por Carbono 14: o estrume da base tem mais de 45.000 anos de idade, o do topo é muito mais jovem. Combinando as datações com a análise composicional do estrume, é possível diferenciar estrume depositado durante períodos interglaciais (mais quentes, mais plantas) de estrume depositado durante períodos glaciais (mais frios, menos plantas). Mais uma sensacional pesquisa envolvendo preguiças gigantes e cavernas.

2. O caso das rochas polidas.

Em uma região na costa da Califórnia há alguns rochedos no meio da planície costeira. Vários destes rochedos mostram superfícies muito lisas, extremamente polidas, um polimento que o vento, a chuva ou outros agentes naturais jamais conseguiriam produzir. Estranho é que as superfícies polidas estendem-se apenas até pouco mais de 3 metros de altura. As pesquisas conduzidas na região concluíram que o mais provável é que as superfícies representam locais nos quais os mamutes se esfregavam para limpar a pele. Durante décadas e séculos, naqueles locais preferidos, gerações e gerações de mamutes esfregavam as costas naquelas pedras, que acabaram se tornando polidas. Hoje em dia a gente vê o gado fazendo isso em postes e cercas. E três metros de altura correspondem exatamente à altura dos ombros dos mamutes que viveram naquela região. Algo semelhante temos visto em várias paleotocas: as paredes são extremamente lisas, praticamente polidas. Apenas não brilham porque a rocha é arenito, que não adquire polimento. Nossa conclusão, ratificada pelos revisores dos artigos, é que as superfícies foram alisadas pelo contínuo roçar dos corpos das preguiças gigantes, durante séculos e séculos, geração após geração.

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TRABALHOS DE CAMPO EM ANDAMENTO

1) Campo em Bom Retiro do Sul

Voltamos em duas oportunidades à paleotoca conhecida como “Gruta da Santa”, realizando fotografias de detalhes e topografia na Gruta. Desta vez estavam na equipe a Natália, a Manuella e a Luciana.

2) Campo em Fazenda Vilanova

Continuamos a cavar, pela quarta vez, para encontrar o acesso a uma grande paleotoca. Não conseguimos ainda. Na equipe o Rafael, o Fernando e a Luciana.

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3) Campo em Porto Alegre

Recebemos a indicação de duas paleotocas em uma obra da Zona Sul. Já estão bastante entulhadas e desabadas, mas são bem interessantes. Na equipe, o Diego e a Luciana.

4) Campo em Estância Velha

Investigamos uma informação de Estância Velha. São dois restos de paleotocas pequenas, situadas no alto de um barranco, de difícil acesso.

O resultado dos trabalhos de campo surge nas publicações científicas: submetemos 4 Resumos para apresentação no Congresso Brasileiro de Paleontologia que transcorre em outubro/2013 em Gramado. Novos trabalhos de campo e publicações estão em elaboração.

Referências

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