ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS E
REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS
MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO PRÓ-SINOS
SUBPRODUTO 2.10
S
ITUAÇÃO DA HABITAÇÃO
ÍNDICE
1 APRESENTAÇÃO ... 3
2 SITUAÇÃO DA HABITAÇÃO ... 5
2.1 LEGISLAÇÃO ... 5
2.1.1 Política nacional de habitação (PNH) ... 5
2.1.2 Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) ... 5
2.1.3 Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) ... 5
2.1.4 Plano Nacional de Habitação (PlanHab) ... 5
2.2 ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO E NECESSIDADES APONTADAS PELO PLANO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ... 7
2.2.1 Necessidade Habitacional ... 7
2.2.2 Caracterização da demanda por habitação... 8
2.2.3 Identificação e quantificação de assentamentos informais e precários ... 11
2.2.4 Monitoramento ... 15
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Síntese da tipologia de municípios adotada no PlanHab. ... 7
Figura 2: Situação dos entes federados frente às exigências do SNHIS. ... 7
Figura 3: Assentamentos irregulares em áreas de risco. ... 12
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1: Necessidade habitacional, em número de domicílios. ... 9Quadro 2: Déficit e Demandas Habitacionais Futuras de São Leopoldo. ... 10
Quadro 3: Problemas habitacionais. ... 12
Quadro 4: Programa de fomento e produção da habitação de interesse social... 15
Quadro 5: Programa de regularização fundiária e reassentamentos. ... 16
Quadro 6: Programa de qualificação e gestão da demanda habitacional. ... 17
Quadro 7: Programa para a qualificação da gestão habitacional e monitoramento do PLHIS. ... 18
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Composição da Necessidade Habitacional, em 2000. ... 9Gráfico 2: Composição do Déficit Habitacional, em 2000. ... 10
1 APRESENTAÇÃO
O presente documento é objeto do contrato nº 06/2012 firmado entre o Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e a Concremat Engenharia e Tecnologia S/A cujo objeto é a Elaboração dos Planos Municipais e Regional de
Saneamento Básico dos Municípios do Consórcio Pró-Sinos.
O trabalho teve início efetivo em 02 de agosto de 2012, conforme Ordem de Serviço nº 003/2012, sendo o prazo de execução de 547 dias – até 31 de janeiro de 2014.
Dos 26 municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos, 23 municípios terão os seus Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) elaborados através deste contrato: Araricá, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Caraá, Glorinha, Estância Velha, Esteio, Gramado, Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Três Coroas.
O Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB) abrangerá, além desses 23 municípios, os demais municípios do Consórcio Pró-Sinos – Canoas, Dois Irmãos e Taquara, cujos planos municipais já foram ou estão sendo elaborados em separado.
Os serviços inserem-se no contexto da Lei nº 11.445/07 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Os serviços também são balizados pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei, bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade.
A Política e o Plano, instituídos pela Lei nº 11.445/2007, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de Saneamento estabelece as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a universalização, assim como programas, projetos e ações necessários para alcançá-la.
Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.
De acordo com o Termo de Referência, o trabalho está dividido em seis etapas com seus respectivos produtos:
Etapa 1: Plano de mobilização social.
Etapa 2: Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas
condições de vida da população.
Etapa 3: Prognósticos e alternativas para a universalização dos serviços de
saneamento básico. Objetivos e metas.
Etapa 4: Concepção dos programas, projetos e ações necessárias. Ações para
Etapa 5: Mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática das ações programadas.
Etapa 6: Relatório final dos planos municipais e regional de saneamento básico.
Ainda, em atendimento ao Termo de Referência, a etapa do diagnóstico compreende o desenvolvimento de 12 subprodutos até a consolidação do Produto 2, como segue:
Subproduto 2.1: Coleta de dados.
Subproduto 2.2: Caracterização geral.
Subproduto 2.3: Situação institucional.
Subproduto 2.4: Situação econômico-financeira.
Subproduto 2.5: Situação dos serviços de abastecimento de água potável.
Subproduto 2.6: Situação dos serviços de esgotamento sanitário.
Subproduto 2.7: Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos.
Subproduto 2.8: Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.
Subproduto 2.9: Situação do desenvolvimento urbano.
Subproduto 2.10: Situação da habitação.
Subproduto 2.11: Situação ambiental e dos recursos hídricos.
Subproduto 2.12: Situação da saúde.
2 SITUAÇÃO DA HABITAÇÃO 2.1 LEGISLAÇÃO
2.1.1 Política nacional de habitação (PNH)
Durante o ano de 2004, foi elaborada, e posteriormente instituída pelo Ministério das Cidades, a Política Nacional de Habitação. Motivada pelos crescentes déficits habitacionais no país, esta Política contribui para retomar o processo de planejamento do setor habitacional, garantindo, assim, novas condições institucionais para o acesso à moradia digna a todos os segmentos da população, conforme a Constituição Federal Brasileira. Por moradia digna entende-se aquela cujos padrões mínimos de habitabilidade sejam oferecidos, com infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo, equipamentos e serviços urbanos e sociais.
São objetivos da Politica Nacional de Habitação - além da universalização do acesso à moradia digna - a promoção da urbanização, a regularização e inserção dos assentamentos precários à cidade, o fortalecimento do papel do Estado na gestão da Política e na regulação dos agentes privados, a identificação da questão habitacional entre as prioridades nacionais, a democratização do acesso à terra urbanizada e ao mercado secundário de imóveis, a ampliação da produtividade e melhoria da qualidade na produção habitacional e o incentivo à geração de empregos e renda.
2.1.2 Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS)
Instituído pela Lei Federal 11.124, em 2005, o SNHIS tem como objetivo principal a mobilização de recursos para a implementação de políticas e programas que promovam as diretrizes da PNH, centralizando, também todas essas ações destinadas à habitação de interesse social.
2.1.3 Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS)
Para a centralização dos recursos, foi criado, também pela Lei 11.124, o FNHIS. Neste fundo são adicionados os recursos para os programas inseridos no SNHIS obtidos no Orçamento Geral da União, Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social, doações, recursos de empréstimos externos e internos, entre outros. Dentre as ações para aplicação deste recurso estão: aquisição, construção, conclusão, melhoria, reforma, locação social e arrendamento de unidades habitacionais; produção de lotes urbanizados para fins habitacionais; regularização fundiária e urbanística de áreas de interesse social; implantação de saneamento básico, infraestrutura e equipamentos urbanos, complementares aos programas de habitação de interesse social.
2.1.4 Plano Nacional de Habitação (PlanHab)
Para a implementação da PNH, foram instituídas diretrizes para a realização do Plano Local de Habitação em Interesse Social (PLHIS) através do PlanHab, o qual busca formular estratégias a longo prazo para atender às necessidades habitacionais. Dessa forma, o direcionamento dos recursos existentes poderá ser otimizado de acordo com as características e dificuldades de cada região.
A lei que instituiu o SNHIS prevê, em seu artigo 12, que os Estados e Municípios, ao aderirem ao SNHIS, se comprometem a elaborar seus respectivos PLHIS. A apresentação do PLHIS é condição para que os entes federados acessem recursos do FNHIS.
O processo de cadastramento do PlanHab iniciou com a adesão formal ao SNHIS, através da assinatura do termo de adesão, no prazo de 30 de junho de 2010. Após, os Planos tiveram o prazo de dezembro de 2010 para serem concluídos. Visando a não prejudicar os municípios que não conseguiram cumprir os prazos estabelecidos, a Instrução Normativa 04/2013 do Ministério das Cidades flexibilizou esses prazos, conforme o extrato a seguir. Mesmo que os prazos para a entrega dos planos tenham sido ampliados, enfatiza-se que a elaboração do PLHIS é obrigatória para os municípios que assinaram o Termo de Adesão ao SNHIS.
A vigência dos contratos de repasse ou termos de compromisso, celebrados até 31 de dezembro de 2012, cujo objeto seja a elaboração de Plano Habitacional de Interesse Social, poderá ser prorrogada pelo prazo necessário para conclusão do objeto pactuado, a critério do Agente Operador.
(Ministério das Cidades, 2013). É importante lembrar que, diferentemente de outros planos cujos conteúdos mínimos estão definidos por lei, o Plano Local de Habitação de Interesse Social deve ser elaborado
considerando as especificidades do local e da demanda. No Guia de Adesão ao SNHIS é
apresentada uma sugestão de estrutura básica para o PLHIS. Na mesma Instrução Normativa já citada, é aberta a possibilidade de ser apresentado um plano em modelo simplificado, desde que os municípios tenham até 50.000 habitantes e não estejam recebendo recursos do FNHIS.
É facultada aos municípios com população limitada a 50.000 (cinquenta mil) habitantes: I - a elaboração dos seus respectivos Planos Habitacionais de Interesse Social, sem o aporte de recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS, por meio do preenchimento do modelo simplificado disponível no sítio eletrônico do Ministério das Cidades, (...) e que possuam contrato de repasse ou termo de compromisso em vigor, objetivando a elaboração de Plano Habitacional de Interesse Social, adotar o modelo simplificado, de que trata o inciso anterior, condicionado ao prévio distrato e, se for o caso, à prestação de contas do correspondente contrato de repasse ou termo de compromisso, junto ao Agente Operador.
(Ministério das Cidades, 2010) Analisando as informações apresentadas pelo Ministério das Cidades, o município de São Leopoldo enquadra-se na classificação B, segundo a tipologia do PlanHab. Para esta classificação são identificados os municípios com mais de 100 mil habitantes, localizados em regiões metropolitanas do Centro-Sul, conforme o esquema a seguir.
Figura 1: Síntese da tipologia de municípios adotada no PlanHab. Fonte: Plano Nacional de Habitação, 2010.
2.2 ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO E NECESSIDADES APONTADAS PELO PLANO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Para auxiliar os municípios no controle das políticas de habitação, o Ministério das Cidades disponibiliza a consulta on-line da situação frente às exigências do SNHIS. São Leopoldo encontra-se na situação PENDENTE, devendo encaminhar o Plano Habitacional para ter acesso aos recursos previstos.
Figura 2: Situação dos entes federados frente às exigências do SNHIS. Fonte: Ministério das Cidades.
2.2.1 Necessidade Habitacional
Desenvolvidos em parceria com o Banco Interamericano (BID) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Fundação João Pinheiro (FJP) apresenta anualmente estudos sobre a situação da habitação do país. Assim, os dados utilizados nos PLHIS dos municípios brasileiros, utilizam estes relatórios para a identificação e análise das
necessidades habitacionais, geralmente atualizadas com projeções para as datas de levantamento do estudo.
Ainda, conforme a Fundação de Economia e Estatística a necessidade habitacional pode ter duas causas: déficit ou inadequação habitacionais.
2.2.1.1 Déficit habitacional
Corresponde à necessidade de reposição total de unidades precárias e ao atendimento à demanda das pessoas sem poder de compra nas condições de mercado.
Para o cálculo deste índice, são somados os seguintes atributos:
Domicílios improvisados: construções para fins não residenciais, mas que servem de moradia;
Coabitação familiar: famílias conviventes no mesmo domicílio ou indicando o aluguel de quartos ou cômodos para moradia de outras famílias;
Cômodo cedido ou alugado: domicílios na condição de alugados ou cedidos por empregador e/ou de outra forma.
2.2.1.2 Inadequação Habitacional
Corresponde às unidades habitacionais com determinadas carências que impedem de serem consideradas com um padrão mínimo de habitabilidade.
O padrão mínimo de habitabilidade foi definido a partir de dois critérios:
Acesso à infraestrutura, que leva em consideração a qualidade dos serviços relacionados ao ambiente em que a moradia está inserida, com carência ou deficiência em iluminação, abastecimento de água, instalação sanitária ou destino do lixo;
Adensamento habitacional, que é considerado suportável quando não ultrapassar o limite de três (3) moradores por dormitório.
2.2.2 Caracterização da demanda por habitação
O Plano de Habitação do município deve conter o diagnóstico das condições de moradia, cadastro das áreas de risco e ocupações irregulares, identificação das demandas
Dados do PLHIS do município relacionam o déficit habitacional com a maioria da demanda com população entre zero (0) e três (3) salários mínimos; para as habitações consideradas inadequadas, o percentual de domicílios é ligeiramente superior a 20% do total no município, indicando que a maioria das habitações está dentro dos padrões de habitabilidade.
Gráfico 1: Composição da Necessidade Habitacional, em 2000.
Fonte: PLHIS, 2012.
2.2.2.1 Análises das projeções do déficit e inadequação habitacional
Segundo o PLHIS de São Leopoldo, os resultados da pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro a partir de dados do Censo de 2000, realizado pelo IBGE, indicam que o município possuía, no ano de 2000, um Déficit Habitacional de 3.844 domicílios, e 18.000 situações diversas de inadequação das moradias, como pode ser visto no Quadro 1.
Quadro 1: Necessidade habitacional, em número de domicílios.
Déficit Habitacional Inadequações de moradia
3.844 18.000
Urbano Rural Urbano
Famílias Conviventes 3311 7 Carência de Infraestrutura 6.263 Cômodos Alugados 262 7 Adensamento Excessivo 2.206 Domicilios Improvisados 44 0 Inadequação Fundiária 7.133
Domicilios Rústicos 213 0 Sem sanitário 2.398
Fonte: PLHIS, 2012.
As composições do déficit e da necessidade habitacional estão indicadas nos gráficos a seguir.
Gráfico 2: Composição do Déficit Habitacional, em 2000.
Fonte: PLHIS, 2012.
Gráfico 3: Composição da Inadequação de Moradia, em 2000.
Fonte: PLHIS, 2012.
Com base nos dados de 2000 e de referências do PlanHab foi realizada uma projeção para os anos seguintes, até 2023, do déficit habitacional (Quadro 2). Na elaboração do PLHIS, foram contabilizadas as unidades habitacionais construídas pelo município a partir de 2005.
Quadro 2: Déficit e Demandas Habitacionais Futuras de São Leopoldo.
Déficit - Demandas Habitacionais
2.2.3 Identificação e quantificação de assentamentos informais e precários
Segundo levantamentos do PLHIS junto à Secretaria de Habitação, a maioria dos casos de reassentamento estão ligados a habitações localizadas em áreas de risco ou áreas de preservação ambiental. No total, tem-se 3.582 unidades habitacionais nestas condições, sendo que mais de 50% já está sendo contemplada com alguma forma de atendimento. Conforme já mencionado no Subproduto 2.9 – Desenvolvimento Urbano, as áreas denominadas de AEIS são aquelas destinadas à produção de Habitação de Interesse Social. No município, estão estipuladas cerca de 30 áreas para regularização fundiária (AEIS I e II) e 21 para produção de HIS. O PLHIS, entretanto, aponta que
O Plano Diretor não identificou AEIS vazias quando da sua elaboração. O instrumento vem sendo utilizado desde 2007 mediante demanda de projetos de HIS, entretanto as AEIS III não têm sido utilizadas como reserva de áreas de forma a contribuir para a implementação de uma política programada e preventiva.
(PLHIS, 2012) Conforme dados do Censo 2000 (IBGE), o município apresentava 2.476 domicílios em situações subnormais totalizando 91 núcleos; com levantamentos apresentados pelo PLHIS, foram identificadas mais 2.746 habitações nestas condições. Em 2006, o município realizou um levantamento de priorização de áreas de risco a serem atendidas, identificando cerca de 5.000 famílias com necessidade de reassentamento.
Para auxiliar o processo de adequação das famílias assentadas em áreas irregulares, foram realizados estudos gerando mapas para as 8 sub-bacias do município, com a identificação dessas áreas. As áreas irregulares podem ser, então, divididas em duas: áreas de risco e áreas de preservação permanente. Como áreas de risco têm-se quatro fatores de relevância: áreas alagáveis, áreas de erosão hídrica e áreas de alta declividade. As áreas de preservação são as de banhado, de topo de morro, ao longo de cursos hídricos, nascentes e áreas verdes com restrição.
Figura 3: Assentamentos irregulares em áreas de risco. Fonte: Adaptado de SEMMAM (2012).
Em relação ao déficit, são identificadas as regiões de Duque de Caxias, Bras II e Paim como mais críticas. Já para a inadequação habitacional, deve-se priorizar as regiões Nordeste e Norte II.
Quadro 3: Problemas habitacionais.
Localidade Déficit Inadequação Problema Localização
Localidade Déficit Inadequação Problema Localização
Bras II 456 77 Risco de inundação
Bras I 120 359 Risco de deslizamento e inundação
Rio dos Sinos 102 469 Risco de inundação
Paim 390 196
Risco de inundação; proximidade à estrada e rede de alta tensão
Localidade Déficit Inadequação Problema Localização
Paulo Couto 180 119 Risco de inundação; proximidade à estrada
Santo André 140 90 Risco de inundação
Trensurb 245 251 Risco de deslizamento e inundação
2.2.4 Monitoramento
Foi proposto pelo PLHIS desenvolvido o monitoramento das ações, metas e objetivos, por meio de indicadores de eficiência, eficácia e efetividade. Os indicadores de eficiência são relacionados às metas, os de eficácia, às ações e os de efetividade, à mudança do quadro habitacional propriamente dito. A seguir, são apresentados os programas, ações e metas indicados, devendo ser identificado se “as metas foram cumpridas no prazo estabelecido”, “a
ação empreendida cumpriu com os objetivos propostos”, “ocorreram mudanças efetivas na condição de moradia da população” e se “correram mudanças efetivas na capacidade de gestão pública da política habitacional”, conforme aponta o PLHIS.
Quadro 4: Programa de fomento e produção da habitação de interesse social.
Metas Ações Prazo
Promover continuidade das ações de produção de HIS em andamento e/ou com financiamento aprovado que atendem aos reassentamentos programados
Finalizar construção unidades habitacionais. Curto
Promover os reassentamentos. Médio
Viabilizar o pós-ocupação e a regularização fundiária da
totalidade das famílias reassentadas. Médio
Elaborar instrumentos apontados como necessários para a gestão da produção publica, em parceria e nos processos cooperados de produção da HIS
Elaboração cadastro informatizado com a qualificação da
Demanda HIS. Curto
Elaboração e formatação final do Cadastro de Terras
Aptas para HIS. Curto
Realização de seminário para debater com agentes a realização das parcerias no atendimento da demanda publica da HIS.
Curto Organização institucional da ação de parcerias, com definição de recursos técnicos, operacionais e financeiros. Curto Regulamentação das parcerias e dos processos de
cooperação. Curto
Viabilizar a produção HIS a ser realizada pelo Poder Público segundo prioridades e cenários estabelecidos
Viabilizar recursos para a continuidade da ação do Arroio
Gauchinho. Curto
Execução do Projeto Especial Arroio Gauchinho. Médio Viabilizar recursos para o projeto do Morro do Paula. Curto Execução do Projeto Especial do Morro do Paula. Longo Viabilizar o reassentamento, o pós–ocupação e a
regularização fundiária no novo assentamento. Longo
Viabilizar as parcerias na produção habitacional para atendimento da DHP (demanda habitacional prioritária)
Identificar e selecionar glebas de interesse e proceder ao
gravame programado de ZEIS. Médio
Aquisição programada das glebas segundo seleção da
demanda a ser atendida através da parceria. Longo Estabelecer condições de parceria no empreendimento
segundo regulamentação. Longo
Execução empreendimentos para agente parceiro. Longo Viabilizar o reassentamento, o pós-ocupação e a
regularização fundiária dos reassentamentos realizados. Longo Viabilizar AT para a produção isolada e/ou em grupos nas
situações em que o beneficiário já dispõe de lote. Longo Promoção do envolvimento de
agentes sociais organizados na produção de HIS
Realização de seminário para debater e divulgar alternativas da atuação pública no fomento e qualificação da produção social da moradia.
Médio Organização institucional da ação de promoção da AT e do
apoio ao “empreendedor social”. Médio Firmar convênio com agente financeiro. Médio
Metas Ações Prazo Realizar cadastros dos agentes promotores da HIS. Médio Selecionar famílias/comunidades a partir do cadastro de
demandas habitacionais. Médio
Aprovar seleção das famílias/comunidades no Conselho de
Habitação. Longo
Monitorar produção programada segundo cenários e metas
estabelecidas. Longo
Promoção do envolvimento de empreendedores imobiliários locais na produção de HIS através do Programa MCMV
Realização de seminário com empreendedores locais para
identificar oportunidades para o seu envolvimento. Médio Organização institucional da ação de promoção de
fomento e de gestão territorial indutora e de incremento da produção privada da HIS.
Médio Adequação da normativa e regulamentações necessárias. Médio Selecionar famílias a partir do cadastro de demandas
habitacionais. Longo
Monitorar produção programada segundo cenários e metas
estabelecidas. Longo
Fonte: PLHIS, 2012.
Quadro 5: Programa de regularização fundiária e reassentamentos.
Metas Ações Prazo
Dar continuidade as ações de regularização fundiária em andamento
Concluir regularização fundiária nas áreas com ações
em andamento. Médio
Promover a regularização da transferência de propriedade nos loteamentos regularizados e que apresentam pendência de titulação.
Avaliar condições legais e operacionais de regularização e efetivar a titulação para 1.721 lotes em loteamento públicos regulares.
Curto
Retomar conteúdos do PRF implementado e revisar formato e formas de operacionalização para redefinição do programa e suas
prioridades
Definir estruturas e procedimentos de operacionalização
do programa. Curto
Estabelecer prioridades e formas de intervenção na regularização das ocupações de áreas publicas e nos reassentamentos de áreas com TAC do MP.
Curto Retomar com MP a viabilidade de regularizar as ocupações localizadas em áreas consideradas passíveis de consolidação.
Curto Estabelecer Plano de Intervenção, elaborar projetos e viabilizar recursos conforme programação. Curto Implementação gradativa das
ações progressivas para a
regularização e urbanização dos Implementar ações de regularização fundiária e
Metas Ações Prazo prioridades estabelecidas no
Plano de Intervenção
Definição das possibilidades de intervenção publica e formato de intervenção nas ações de regularização urbanística das áreas das cooperativas habitacionais
Realização de seminário com as cooperativas habitacionais para retomada do debate e redefinição das competências e atribuições de cada agente.
Curto Organização institucional das ações de apoio e fomento à regularização urbanística das áreas das cooperativas habitacionais.
Curto Constituição de instancia participativa / Fórum das Cooperativas para a regularização e qualificação urbana das áreas consolidadas das cooperativas habitacionais.
Curto Viabilizar recursos junto aos projetos de RF para a melhoria habitacional. Longo Viabilizar AT e orientar famílias sobre como solicitar financiamento na CEF para a
ampliação e reformas. Longo
Cadastramento de novas demandas, avaliação pelo Conselho e orientações/ acesso AT
para busca do financiamento. Médio
Fonte: PLHIS, 2012.
Quadro 6: Programa de qualificação e gestão da demanda habitacional.
Metas Ações Prazo
Formatar o banco de dados de caracterização e monitoramento da demanda dos programas habitacionais, a partir da avaliação e sistematização dos dados já existentes na secretaria de habitação.
Sistematizar informações existentes nos cadastro da SEMHAB e avaliar necessidade/estratégias de complementação para a finalidade de subsidiar os programas.
Curto Complementar coleta de informações dos assentamentos informais a partir da demanda das ações dos programas de regularização fundiária e reassentamentos.
Curto Consolidar o cadastro de monitoramento das áreas
irregulares. Curto
Formatar o banco de dados para caracterização e estratificação da demanda da demanda por HIS (cadastro MCMV) e consolidar o Cadastro da Demanda Habitacional do Município.
Curto Cadastro de demandas e necessidades habitacionais das famílias em maior grau de vulnerabilidade social. Curto
Elaboração do Plano Geral de Desenvolvimento
Socioeconômico
Articulação das ações de educação ambiental, capacitação profissional e de organização comunitária p/ geração de renda.
Curto Formatação de Plano Geral de Desenvolvimento Socioeconômico direcionado às famílias atendidas pelas políticas habitacionais.
Curto Implementação das ações de capacitação. Longo Articular a oportunidade de
construção de habitações sociais às ações de geração de renda e inclusão social.
Formatação de curso de capacitação profissional para a formação de profissionais da construção civil. Curto Criação de cadastro dos profissionais habilitados. Curto Planejamento das ações
complementares à provisão da moradia nos programas de reassentamento
Levantar demanda específica nas áreas de educação, saúde, lazer, das comunidades no momento do reassentamento/empreendimento.
Longo Articular com secretarias afins o atendimento das
famílias reassentadas. Longo
Monitoramento do Trabalho Definição das pautas de interesse municipal para o Curto
Metas Ações Prazo empreendimentos realizados em
parceria e/ou contratados p/ Executivo
habitacional prioritária.
Monitoramento do desenvolvimento dos trabalhos. Longo Fonte: PLHIS, 2012.
Quadro 7: Programa para a qualificação da gestão habitacional e monitoramento do PLHIS.
Metas Ações Prazo
Preparação da instituição para a implementação do PLHIS
Consolidar estruturas necessárias e equipes de caráter interdisciplinar responsáveis pela implementação dos programas instituídos.
Curto Promover seminários para capacitação dos gestores. Curto Adequar estrutura da secretaria com e equipamentos e softwares de banco de dados. Curto Efetivação dos instrumentos da
política habitacional relacionados à gestão do solo
Regulamentar os instrumentos de gestão do solo que ampliam as oportunidades de acesso ao solo urbanizado e de financiamento da cidade.
Curto
Implantar cadastro de terras da política habitacional associado a procedimentos programáticos para sua consecução
Definição das áreas que integram o Cadastro de Terras da política habitacional com detalhamento das informações.
Curto Avaliar áreas do cadastro de terras com potencial para realização de parcerias através da aplicação do Instrumento Consorcio Imobiliário.
Curto Estabelecer os procedimentos para o gravame
programado de AEIS. Médio
Capacitar os Conselheiros de Habitação e fortalecer novo papel do Conselho
Capacitação dos Conselheiros da habitação em aspectos relacionados ao financiamento habitacional, à gestão financeira do Fundo de Habitação de Interesse Social e Estratégias do PLHIS.
Curto Revisar a lei do Conselho de Habitação para adequação
ao PLHIS. Curto
Fortalecer o FMH e Incrementar receitas para o financiamento da PMHIS
Estabelecer procedimento de gestão financeira do Fundo Municipal de Habitação por parte do Conselho Municipal de Habitação.
Curto Ampliar a arrecadação do Fundo através da aplicação futura dos instrumentos do Plano Diretor a serem regulamentados.
Médio Estabelecer critérios para recuperação parcial dos
investimentos em HIS para famílias com capacidade de pagamento, canalizando os recursos para o Fundo.
Curto
Monitorar a implementação das ações do PLHIS
Elaboração de relatório de avaliação dos indicadores de
eficácia. Longo
Elaboração de relatório de avaliação dos indicadores de
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FEE – Fundação de Economia e Estatística. Necessidades Habitacionais. Disponível em: <http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/sobreafee/pg_deficit_pop_notas.php>. Acesso em: 10 de junho de 2013.
FJP – Fundação João Pinheiro. Déficit Habitacional no Brasil. Disponível em: <http://www.fjp.gov.br/index.php>. Acesso em: 09 de setembro de 2013.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/index.php>. Acesso em: junho de 2013.
Ministério das Cidades. Demanda futura por moradias no Brasil 2003-2023: uma abordagem demográfica. Brasília, 2009.
______. Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social. Maio de 2010.
______. Instrução Normativa nº 4, de 6 de fevereiro de 2013. DOU de 07 de fevereiro de 2013, nº 27, Seção 1, pág. 44.
______. Plano Nacional de Habitação (PNH). Dezembro de 2010.
______. Situação dos entes federados frente às exigências do Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social. Brasília, 2005. Disponível em: <https://www.cidades.gov.br/situacao_snhis/src/pdf/situacao_municipios_fnhis.pdf?1373644 444>. Acesso em: 5 de julho de 2013.
SEMMAM – Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Atlas Socioambiental de São
Leopoldo. São Leopoldo, 2012.
SEPLAN – Secretaria de Planejamento Urbano. Plano Diretor do Município de São
Leopoldo. São Leopoldo, 2012.
Prefeitura Municipal de São Leopoldo. Plano Local de Habitação em Interesse Social (PLHIS). São Leopoldo, 2012.